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ANÁLISE FUNCIONAL ESSÊNCIA DA ANÁLISE FUNCIONAL • (1) IDENTIFICAR O COMPORTAMENTO E AS CONSEQUÊNCIAS; (2) ALTERAR OS COMPORTAMENTOS PARA ALTERAR AS CONSEQUÊNCIAS; (3) VER SE O COMPORTAMENTO MUDA. • SE A ANÁLISE FOR CORRETA, MUDANÇAS NAS CONTINGÊNCIAS MUDARÃO A CONDUTA, SE FOR INCORRETA, SERÁ NECESSÁRIO UMA NOVA ANÁLISE (SIDMAN, 1995). ANALISAR PARA PREDIZER E CONTROLAR • ANALISAR O COMPORTAMENTO REFERE-SE A BUSCAR DE FUNÇÃO DO COMPORTAMENTO E NÃO SUA TOPOGRAFIA (FORMA E ESTRUTURA). • ANALISAR FUNCIONALMENTE SIGNIFICA BUSCAR NO AMBIENTE EXTERNO E INTERNO OS SEUS DETERMINANTES. • EXEMPLO, DIZER EU TE AMO. RESPONDENTE E OPERANTES • PARADIGMA RESPONDENTE S – R GRITO ELICIA MEDO – CONTATO SOCIAL ELICIA TAQUICARDIA • PARADIGMA OPERANTE S: R – SR VITÓRIA DO TIME: PEDIR CARRO EMPRESTADO – EMPRÉSTIMO BRIGA COM A NAMORADA: FICAR EM CASA – ATENÇÃO DA MÃE UMA VEZ QUE ENCONTRAMOS OS DETERMINANTES DO COMPORTAMENTO • PODEMOS: 1- PREDIZER... PREVER A SUA OCORRÊNCIA. 2- CONTROLAR... AUMENTAR OU DIMINUIR DELIBERADAMENTE SUA PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA. PARA IDENTIFICAR ESTAS RELAÇÕES VOCÊ DEVE SEGUIR OS SEGUINTES PASSOS: • A CONSEQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO AUMENTA OU DIMINUI: 1- CASO TENHA AUMENTADO, ENTÃO VERIFICA-SE: a. UM ESTÍMULO FOI ACRESCENTADO OU RETIRADO DO AMBIENTE? - SE FOI ACRESCENTADO, A CONSEQUÊNCIA É UM REFORÇO POSITIVO; - SE FOI RETIRADO, A CONSEQUÊNCIA É REFORÇO NEGATIVO; A1. O ESTÍMULO ESTAVA PRESENTE OU AUSENTE NO MOMENTO O COMPORTAMENTO FOI EMITIDO? - SE ESTAVA PRESENTE, TRATA-SE DE UM COMPORTAMENTO DE FUGA; - SE ESTAVA AUSENTE, TRATA-SE DE UM COMPORTAMENTO DE ESQUIVA. PARA IDENTIFICAR ESTAS RELAÇÕES VOCÊ DEVE SEGUIR OS SEGUINTES PASSOS: • A CONSEQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO AUMENTA OU DIMINUI: 2- SE DIMINUIU, VERIFICA-SE: A. O COMPORTAMENTO PAROU DE PRODUZIR UMA CONSEQUÊNCIA REFORÇADORA? i. SE SIM, HOUVE EXTINÇÃO OPERANTE; ii. SE NÃO, HOUVE PUNIÇÃO; A CONSEQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO AUMENTA OU DIMINUI: • A CONSEQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO AUMENTA OU DIMINUI: 2- SE DIMINUIU, VERIFICA-SE: B. UM ESTÍMULO FOI ACRESCENTADO OU RETIRADO DO AMBIENTE? i. SE FOI ACRESCENTADO, TRATA-SE DE UMA PUNIÇÃO POSITIVA; ii. SE FOI RETIRADO, TRATA-SE DE UMA PUNIÇÃO NEGATIVA. CONTRA CONTROLE • CONTINGÊNCIAS CONFLITANTES – REFORÇO E PUNIÇÃO. - ESTUDO COM RATOS. ANTECEDENTES DO COMPORTAMENTO I – AVALIE AS SITUAÇÕES: • COMPORTAMENTOS TENDEM A OCORRER SEMPRE NAS MESMAS SITUAÇÕES. • EXEMPLO: NÃO DIZEMOS “OBRIGADO” QUANDO NÃO EXISTE NINGUÉM PRESENTE. • IMPORTANTE ENTÃO, COMPREENDER OS ANTECEDENTES NO QUAL O COMPORTAMENTO ANTISSOCIAL OCORRE E SE EXISTE ALGUMA SITUAÇÃO A PESSOA APRESENTA COMPORTAMENTO SOCIALMENTE HÁBIL. ANALISE O COMPORTAMENTO II – ENUMERE AS RESPOSTAS • PARA CADA SITUAÇÃO, IDENTIFIQUE A PROBABILIDADE DAS RESPOSTAS ACONTECEREM. • SELECIONE UMA AMOSTRA DE POSSÍVEIS RESPOSTAS EM DIFERENTES SITUAÇÕES. OLHE PARA AS CONSEQUÊNCIAS III – OBSERVE OS EFEITOS • OBSERVE A EFETIVIDADE DE CADA COMPORTAMENTO, OU SEJA SEUS PROVÁVEIS EFEITOS OU CONSEQUÊNCIAS. E D U A R D O M Ô N I C A ../../../../../../Videos/Eduardo Mônica Versão ilustrada.mp4 As principais observações possíveis a partir da letra da música são: a) Eduardo apresentava um repertório comportamental menos variado se comparado ao de Mônica. Assim, Mônica contribuiu por meio do processo de aprendizagem, através da modelagem e modelação, para que Eduardo aumentasse seu repertório com a aquisição de novas habilidades a conhecimentos, como falar sobre o planalto central, fazer natação, meditação, artesanato, etc. b) Os padrões comportamentais de ambos eram bem distintos, como pode ser observado neste versos “Eduardo e Mônica eram nada parecidos, Ela era de Leão e ele tinha dezesseis, Ela fazia Medicina e falava alemão, E ele ainda nas aulinhas de inglês (…)”, mas ainda assim havia uma vontade recíproca de se encontrarem, possivelmente porque quando se encontraram no passado, foram produzidos reforçadores positivos como a troca de conhecimento e de carinho, assim como possivelmente outros programas que fizeram, como ir ao cinema, foram agradáveis (reforçadores) para ambos. c) A primeira estrofe da música relata a rotina dos amantes Eduardo e Mônica antes de se conhecerem (antecedente histórico), o que ajuda a compreender em quais contextos viviam. d) Eduardo foi convidado por um amigo para uma festa cujo estilo ele não costumava frequentar. Ao chegar na festa, conheceu a Mônica e iniciou com ela uma conversa. A falta de costume com o ambiente festivo fez com que Eduardo o conceituasse como estranho e com pessoas esquisitas e consequentemente os seus comportamentos de esquiva começaram a ser emitidos, como se pode verificar nos seguintes versos: “Festa estranha, com gente esquisita, E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa – É quase duas, eu vou me ferrar”. Este último, destacado pelo travessão, faz nos inferir também que o jovem menino corre o risco de sofrer alguma punição positiva ou negativa dos pais, pelo fato de chegar tarde em casa. As principais observações possíveis a partir da letra da música são: As principais observações possíveis a partir da letra da música são: e) Apesar dos comportamentos de esquiva da “bronca” familiar emitidos por Eduardo, como ir embora antes do fim da festa, ele e Mônica criaram condições para um segundo encontro amoroso ao trocarem telefones (modificando as contingências!!). E apesar das notáveis diferenças de estilos musicais e rotina, a vontade de estarem juntos crescia gradualmente em função do acesso aos reforçadores que eram obtidos nestes encontros. Neles, o casal fazia programas de namorado, e com isso, possivelmente havia trocas de afeto, carinho e conhecimento. Logo, e óbvio, ocorreu o aumento da probabilidade da ocorrência de novos encontros. f) Por Mônica possuir mais habilidades em razão de sua experiência de vida, que resultou num repertório com maior variabilidade do que o de Eduardo, ela influenciou mais o processo de autoconhecimento e aquisição de variabilidade comportamental do outro. i) Um fato interessante que a música aborda é o comportamento supersticioso, fazendo ouvinte acreditar que o fato dela ser do signo de “Leão” interferia nos comportamentos apresentados, desconsiderando neste verso, o histórico de cada um: organização familiar, aspectos filogenéticos, ambientes estudantis, sociais e culturais. As principais observações possíveis a partir da letra da música são: Figura 1. Comportamento de Eduardo ir à festa. Na figura 1, o comportamento de Eduardo ir à festa, após seu amigo do cursinho o indicar, faz parte do contexto para que o garoto conhecesse Mônica, as consequências de se conhecerem teve função de reforço positivo para que voltassem a se encontrar. http://i0.wp.com/comportese.com/wp-content/uploads/2016/01/1figura.png Figura 2. Comportamento de trocar o número de telefone Na figura 2, o comportamento de ambos trocarem o telefone resultou no telefonema. Não dá para prever quem fez a ligação, mas provavelmente a forma de interagirem ao falarem no telefone reforçou o comportamento de telefonar de ambos. http://i1.wp.com/comportese.com/wp-content/uploads/2016/01/2figura.png Figura 6. Comportamento de ensinar novas habilidades sobre diversos temas. Na figura 6, com a aquisição das novas habilidades através do que Mônica ensinava, o repertório comportamental de Eduardo aumentou, o que aponta a função reforçadora positiva http://i2.wp.com/comportese.com/wp-content/uploads/2016/01/6figurra.png OUTRAS ANÁLISES FUNCIONAIS • PROVAVELMENTE NO PRIMEIRO ENCONTRO HOUVERAM MUITOS REFORÇOS POSITIVOS PARA AMBOS, COMO POR EXEMPLO, A COMPANHIA DE UM SENDO REFORÇADORA PARA O OUTRO, MÔNICA ERA INTELIGENTE, CARINHOSA E ESPONTÂNEA E, EDUARDO UM JOVEM DIVERTIDO E ATENCIOSO, RESULTANDO ASSIM EM MAIS ENCONTROS PARA PODEREM DESFRUTAR DA COMPANHIADO OUTRO. • OS COMPORTAMENTOS DO GAROTO DE APRENDER A BEBER E AO DEIXAR O CABELO CRESCER, PODEM TER TIDO REFORÇO DO TIPO SOCIAL, COMO ATENÇÃO DE MÔNICA E APROVAÇÃO SOCIAL DO GRUPO A QUAL FAZIA PARTE. CASO CLÍNICO IDENTIFICAÇÃO • LUCAS (NOME FICTÍCIO): 16 ANOS, 1° COLEGIAL, BOM ALUNO. • FAZ COMPUTAÇÃO E MÚSICA (GUITARRA). • MÃE: 42 ANOS, DONA-DE-CASA. • PAI: 48 ANOS, OPERÁRIO. • "Pensamentos de sexo -- o dia todo. Coisas ruins, não normais. Quando tenho esses pensamentos meu coração acelera, fico muito nervoso, tenho aperto no peito. No domingo foi barra -- de dia chorei muito, fico desesperado -- começou a encucação, me abri com meu pai, ele me deu apoio e fiquei melhor. Tenho medo que isso não vá passar, que seja louco, que não vou poder ser feliz, sou um monstro. Tenho vontade de me matar, de parar com isso. Só não faço por causa da minha mãe, sei que não posso fazer isso" (sic). • Há mais ou menos 1 mês começaram esses pensamentos, ficou muito descontrolado. Quebrou uma porta e algumas coisas no quarto. Foi uma crise, chorou muito. Está bastante deprimido. • Os pensamentos de sexo referem-se a pensamentos sexuais com a mãe, ou com outras pessoas(homens também), mas sempre com muita culpa e sensação de sujeira. QUEIXA E DADOS DA ENTREVISTA • Os pensamentos sobre sexo começaram após ele assistir um filme pornográfico no vídeo. Essas imagens vêm à sua cabeça, não consegue dormir -- começa a tremer, sente aperto no coração, acelera a pulsação. Fica se questionando se é normal ou não, se é homem ou não. • Começou a ir à igreja para ver se ajudava, mas pensava que Deus não ia querer ajudá-lo.“ Vou acabar ficando louco. Se sou sujo de um lado vou ser puro de outro. Me sinto diferente dos outros. Desequilibrado" (sic). • Na infância revela bom relacionamento com a mãe, pai e com a irmã. Aos 6 anos brincava de médico com a vizinha. Aos 10 anos teve esse "lance sexual" (sic) com um amiguinho. Muito inseguro, nunca soube o que queria ser. "Sempre tive medo de crescer e não saber o que quero ser. Hoje penso sobre essas experiências sexuais na infância e me questiono -- será que sou homem ou não?". • Aos +/- 13,14 anos teve sua época de "revoltado". Apareceu de cabelo comprido, calça jeans rasgada, brinco -- gostava de chocar os outros. "Nunca gostei do comum, cara normal era chato. Saía bastante, nessa época". • Aos 13 anos, ao saber que havia repetido de ano, chegou esmurrando a porta, chutando tudo. • Aos 12 anos quis entrar numa peça de teatro na escola, mas depois desistiu, não sabia se era mesmo isso que queria. • Em criança, +/- dos 6 aos 10 anos, sempre que frustrado chutava portas e quebrava algo. • "Era muito descontrolado e estourado". Seus pais eram compreensivos, nunca bateram nele. Mãe sempre conversava muito com ele e o entendia. • Aos +/- 10 anos teve tiques: fazia caretas com o rosto (gestos). "Eram como manias. Tinha quefazer algo de determinado jeito". • Hoje tem ótimo relacionamento com a mãe e irmã. Discorda muito do pai, que gostaria que ele jogasse futebol e fosse mais seguro, mais "machão". • O pai é operário e "acha que homem tem que trabalhar e jogar futebol". Inventário de Willoughby 58%. • Tem dificuldades de expressar-se assertivamente. Muito medo do futuro. Muita ansiedade. É negativista. • Mudou-se para Campinas há 2 anos. • Nunca teve namorada. Análise Funcional Antecedentes: Imagens negativas sobre sexo (Estímulos antecedentes encobertos) Comportamentos: Sentimentos negativos sobre sua sanidade e seu equilíbrio psicológico. "Não sou normal, sou louco, não mereço viver". Desespero. nervosismo. Sinais fisiológicos - Aperto no peito, pulso elevado, coração acelerado. Sinais Motores - Chorar, descontrolar-se (desequilíbrio), quebrar coisas, esmurrar (evitação ativa). FORMULAÇÃO COMPORTAMENTAL • O cliente apresenta atualmente um quadro de depressão por não conseguir lidar com sua ansiedade muito elevada frente a situações de sua vida. Ele é um adolescente numa fase típica, cheia de conflitos. Sente muito medo e ambivalência em relação às novas responsabilidades que tem que enfrentar (carreira, afetividade, escolhas, sexo). • Sua ansiedade se manifesta basicamente em explosões/crises (generalização da ansiedade por comportamentos de esquiva ativa -- quebrando ou explodindo), ou em pensamentos negativos sobre sexo (aversivas e punitivas). • Apresenta também muita ansiedade em relação a expressar-se assertivamente e afetivamente e tem baixo repertório social para se comunicar (especialmente com garotas). • O cliente já apresentou no passado comportamentos compulsivos (manias, gestos), que eram resultado provavelmente de alguma situação de ansiedade na época, e também já apresentou anteriormente comportamento compensatórios de generalização de ansiedade (quebrar, chutar). FORMULAÇÃO COMPORTAMENTAL Ampliar o autoconhecimento do cliente, para que este possa compreender e explicar seus problemas emocionais. (Ansiedade tende a diminuir quando mais compreensão se tem dos problemas). Trabalhar sua auto-imagem, desenvolver novos repertórios para enfrentamento de conflitos e ansiedade. É preciso trabalhar sua competência social e afetiva, assertividade, independência, capacidade de enfrentar situações novas. Ensinar novos repertórios sociais e ampliar a rede de apoio do cliente PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
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