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VIRGÍNIA DE CARLI ATM 2018/2 Ordem do Ângelo Machado. VASCULARIZAÇÃO DO SNC Parada de circulação cerebral por mais de 7 segundos → perda da consciência. Parada de circulação cerebral acima de 5 min → lesões irreversíveis; morrem os neurônios do córtex. O fluxo sanguíneo é muito ↑. O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é diretamente proporcional à diferença entre pressão arterial (PA) e pressão venosa (PV), e é inversamente proporcional à resistência cerebrovascular (RCV → resistência que os vasos cerebrais oferecem ao fluxo sanguíneo) → , onde TA = PA - PV → TA = tensão arterial. A PV varia muito pouco. Variações de pressão arterial sistêmica refletem-se diretamente no FSC. A Resistencia cerebrovascular depende: da pressão intracraniana, da condição da parede vascular, da viscosidade do sangue, do calibre dos vasos cerebrais. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ENCEFÁLO: O encéfalo é irrigado pelas artérias carótidas internas e vertebrais, originadas no pescoço. No pescoço não dão origem a nenhum ramo importante. Na base do crânio, formam um polígono anastomótico, o POLÍGONO DE WILLIS → da onde saem as principais artérias p/ vascularização cerebral. Artérias cerebrais → muito finas → propensas a hemorragias. No homem → quase independência entre as circulações artérias intracraniana e extracraniana. As poucas anastomoses existentes são incapazes de manter uma circulação colateral útil em caso de obstrução na carótida interna. Há certa importância entre a anastomose da artéria nasal com artéria angular → essa anastomose pode manter a circulação da orbita e de parte das ópticas em caso de obstrução da carótida interna. Há 2 sistemas de irrigação encefálica: SISTEMA CAROTÍDEO INTERNO e o SISTEMA VERTEBRO - BASILAR. ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA: após um trajeto no pescoço, penetra a cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal → atravessa seio cavernoso (no seu interior descreve em um plano vertical uma dupla curva, em formato de S, → sifão carotídeo). Perfura a dura- máter e aracnoide, e no inicio do sulco lateral, próximo a subst. perfurada anterior, divide-se em seus 2 ramos terminais: artérias cerebrais media e anterior. Carótida interna → Canal carotídeo (osso temporal) → seio cavernoso (sifão carotídeo) Artéria cerebral Media ┐ ↓ No início do sulco lateral ← Dura-máter e aracnoide Artéria Cerebral Anterior ┘ Além dos 2 ramos terminais, a artéria carótida interna dá origem a outros ramos importantes: Artéria Oftálmica: emerge da carótida qdo esta atravessa a dura-máter Irriga bulbo ocular e formações anexas. Artéria Corióidea Anterior: dirige-se p/ trás, ao longo do trato óptico; penetra no corno inferior o ventrículo lateral. Irriga parte da capsula interna e os plexos corióides. Artéria Comunicante Posterior: Amastomosa a carótida com artéria cerebral posterior (ramo da basilar) → contribuindo p/ formar Polígono De Willis. ARTÉRIAS VERTEBRAL E BASILAR: ┌ Artéria Vertebral Direita e Esquerda – sobem pelo pescoço dentro dos │ forames transversos das vertebras │ cervicais (penetra em C6), perfuram │ a membrana atlanto-occipital, a │ dura-máter e a aracnoide, penetrando Artéria Subclávia Direita e Esquerda no crânio pelo forame magno. ↓ Percorre face ventral do bulbo, e ao nível do sulco bulbo-pontino FUNDEM-SE para formam um tronco único → ARTÉRIA BASILAR. ↓ Percorre o sulco basilar ponte e termina anteriormente bifurcando-se p/ formar as Artérias Cerebrais Posteriores Direita e Esquerda. Nesse trajeto, a Artéria Basilar emite os seguintes ramos mais importantes: Artéria Cerebelar Superior: nasce da basilar, logo atrás das cerebrais posteriores, distribuindo-se a mesencéfalo e parte superior do cerebelo. Artéria Cerebelar Inferior Anterior (antero-inferior): distribui-se à parte anterior da face inferior do cerebelo(irriga-o). Artéria do Labirinto: penetra no meato acústico interno junto com os nervos facial e vestíbulo-colear, vascularizando as estruturas do ouvido interno. Artérias Vertebrais dão origem à : 2 Artérias Espinhais Posteriores e à Artéria Espinhal Anterior → vascularização da medula. Elas originam também: Artérias Cerebelares Inferiores Posteriores, que irrigam a porção inferior e posterior do cerebelo e a área lateral do bulbo. POLÍGONO DE WILLIS: Também chamado de Círculo Arterial. Anastomose arterial, situada na base de cérebro, onde circunda o quiasma óptico e o túber cinéreo, relacionando-se ainda com a fossa interpeduncular e a subst. perfurada anterior. É formado pelas porções proximais das Artérias Cerebrais Anterior, Média e Posterior, pela Artéria Comunicante Anterior, pelas Artérias Comunicantes Posteriores (D e E). A A. Comunicante Anterior anastomosa com as 2 Cerebrais Anteriores adiante do quiasma óptico. As Artérias Comunicantes Posteriores unem, de cada lado, as carótidas internas com as Cerebrais Posteriores correspondentes. Assim, elas anastomosam o sistema carotídeo interno com o vertebral. Praticamente não existe troca de sangue entre as metades direita e esquerda do círculo arterial. O Polígono de Willis permite a manutenção de um fluxo sanguíneo adequado em todo cérebro em caso de obstrução de uma ou mais das quatro artérias que irrigam o cérebro. Porém, o estabelecimento de uma circulação colateral adequada depende de vários fatores, como a rapidez com que se instala o processo obstrutivo e o estado da parede arterial. As Artérias Cerebrais Anterior, Média e Posterior dão ramos: o Ramos Corticais – destinam-se a vascularização do córtex e da subst. branca subjacente. Os ramos corticais podem ser curtos ou longos. Possuem anastomoses, mas são insuficientes p/ manutenção de uma circulação colateral adequada em casos de obstrução. o Ramos Centrais (Profundos) - emergem do Polígono de Willis, ou seja, na porção proximal de cada uma das artérias cerebrais e das artérias comunicantes. Eles penetram perpendicularmente na base do cérebro e vascularizam o diencéfalo, os núcleos da base e a capsula interna. Quando se retira a pia-máter, permanecem os orifícios de penetração dos ramos centrais, o que deu às áreas onde eles penetram o nome de Substância Perfurada Anterior e Posterior. Os Ramos Centrais que se destacam da Artéria Cerebral Média e penetram na subst. perfurada anterior são chamados de ARTÉRIAS ESTRIADAS, e vascularizam a maior parte do corpo estriado e da capsula interna. Admitia-se que os ramos centrais do Polígono de Willis não se anastomosavam; hoje, porém, sabe-se que estas anastomoses existem, mas são escassas. Artéria Cerebral Posterior: ramos da bifurcação da Artéria Basilar. Dirige-se p/trás, contorna e o pedúnculo cerebral e percorre a face inferior do lobo temporal. Supre o lobo occipital. Artéria Cerebral Média(vide carótida interna – acima): percorre sulco lateral em toda sua extensão, vascularizando a maior parte da face supero-lateral de cada hemisfério. Artéria Cerebral Anterior(vide carótida interna – acima): dirige-se p/ diante e p/ cima, ganha a fissura longitudinal do cérebro, curva-se em torno do corpo caloso. Supre a face medial de cada hemisfério e a parte mais alta da face supero-lateral. As Artérias a seguir já foram explicas anteriormente: Artéria Vertebral, Artéria Inferior Anterior( vide art. vertebral e basilar – ACIMA), Artéria do Labirinto(vide art. vertebral e basilar – ACIMA ) Artéria Oftálmica (vide art. carótida interna - ACIMA), Artéria Comunicante Anterior (vide art. carótida interna – ACIMA), Artéria Comunicante Posterior (vide art. carótida interna - ACIMA) VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCEFÁLO: De um modo geral, não acompanham as artérias. Drenam p/ os seios da dura-máter, de onde o sangue convergem p/ veias jugulares internas (recebem praticamente todo sangue venoso encefálico). Os seios da dura- máter comunicam-se com as veias extracranianas por meio de pequenas veias emissárias. As paredes das veias encefálicas são muito finas e praticamente desprovidas de musculatura. Não existem válvulas nas veias cerebrais (gravidade → a favor do retorno venoso). O leito venoso do encéfalo é muito maior que o arterial → circulação venosa é muito mais lenta. Pressão venosa no encéfalo é muito baixa e varia pouco devido à grande distensibilidade das veias e seios. VEIAS DO CÉREBRO: dispõem-se em 2 sistemas: SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL e SISTEMA VENOSO PROFUNDO. Esses dois sistemas são unidos por numerosas anastomoses. Veias Diploícas: presentes no díploe → drenam essa região → seio longitudinal superior. SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL: veias que drenam o córtex e a subst. branca subjacente, anastomosam na superfície do cérebro e formam grandes troncos venosos. Veias Cerebrais Superficiais Superiores: vem da face medial e da metade superior da face supero-lateral de cada hemisfério → Seio Longitudinal Superior. Veias Cerebrais Superiores Inferiores: vem da metade inferior da face supero-lateral de cada hemisfério → seios da base ( petroso superior e cavernoso) e Transverso. Veia Cerebral Média Superficial: Principal veia superficial inferior. Percorre sulco lateral e termina no seio cavernoso. Veia Anastomótica Superior (Trolard) Veia Anastomótica Inferior (Labbé) SISTEMA VENOSO PROFUNDO: drenam regiões situadas profundamente no cérebro → corpo estriado, capsula interna, diencéfalo, grande parte do centro branco medular do cérebro. Veia Cerebral Magna (Veia de Galeno): converge p/ ela quase todo sangue do sistema venoso profundo. É um curto tronco venoso ímpar mediano, formado pela confluência das Veias Cerebrais Internas. Desemboca no Seio Reto. Suas paredes são muito finas e podem ser facilmente rompidas. VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA: ARTERIAL: Irrigada pelas artérias espinhais anterior e posterior e pelas artérias radiculares. Artéria Espinhal Anterior: resulta da confluência dos ramos que emergem das artérias vertebrais D e E. Vai, ao longo da fissura mediana anterior, ate o cone medular. Vascularizam as colunas e os funículos anterior e lateral da medula. Emite as artérias sulcais que penetram no tecido nervoso pelo fundo da fissura mediana anterior. Artérias Espinhais Posteriores D e E: emergem das artérias vertebrais correspondentes, dirigem-se dorsalmente, contornam o bulbo, percorrem longitudinalmente a medula e medialmente as raízes dorsais dos nervos. Vascularizam a coluna e o funículo posterior da medula. Artérias Radiculares: derivam dos ramos espinhais das artérias segmentares do pescoço e do tronco. Os ramos penetram nos forames intervertebrais com os nervos espinhais e dão origem às artérias radiculares anterior e posterior, que ganham a medula com as correspondentes raízes dos nervos espinhais. Das 60 artérias que penetram com os nervos espinhais, apenas 6 ou 8 contribuem p/ vascularização da medula. Conceito de vascularização segmentar da medula → Errado. ADAMKIEWCZ (10° raiz torácica) VENOSA: Veia Espinhal Anterior; Veia Espinal Posterior; Veia Intervertebral ( entre as vertebras); Veia Radicular (junto com os nervos); Veias Basivertebrais (base das vertebras); Plexo Extravertebral; Plexo Intravertebral. CIRCULAÇÃO LIQUORICA: Formado pelas células ependimárias do plexo corióide(ventrículos laterais) ↓ Forame Interventricular ou de Monro ↓ III Ventrículo ↓ Aqueduto do Mesencéfalo ou de Sylvius ou Cerebral ↓ IV Ventrículo ↓ 2 forames de Luschka(laterais) e 1 de Magendie(medial) ↓ Espaço Subaracnóideo → reabsorção do liquor pelas granulações aracnóideas. Existem plexos corióides nos ventrículos laterais (corno inferior e parte central), e no tecto dos III e IV ventrículo. Mas são os ventrículos laterais que contribuem com o maior contingente liquorico. A circulação de liquido no espaço subaracnóideo no encéfalo se faz de baixo p/ cima. No espaço subaracnóideo da medula, a circulação desce em direção caudal. Mas apenas uma parte volta, pois uma pequena qtidade é reabsorvida nas pequenas granulações aracnóideas dessa região. A maior parte do liquor é reabsorvidade nas granulações aracnoideas do seio longitudinal superior. A circulação do liquor é extremamente lenta.
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