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Artigo Científico Biomédica Vitória Ibotirama BA

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INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE BARREIRAS - IAESB 
FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARRREIRAS – FASB 
 
CURSO DE BACHAREL EM BIOMEDICINA 
 
VANDEILDO MACHADO LEITE 
VITÓRIA GIOVANNA COSTA DO VALE 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA PREVENÇÃO DE ENDO E ECTOPARASITOSES EM 
DIFERENTES UNIDADES ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA - 
BAHIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARREIRAS-BAHIA 
2019 
VANDEILDO MACHADO LEITE 
VITÓRIA GIOVANNA COSTA DO VALE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA PREVENÇÃO DE ENDO E ECTOPARASITOSES EM 
DIFERENTES UNIDADES ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA - 
BAHIA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, em 
formato de Artigo Científico, apresentado ao 
Curso de Biomedicina da Faculdade São 
Francisco de Barreiras, como requisito para 
obtenção do grau de Bacharel. 
Orientação: Prof.ª Gisele Angélica de Souza 
Louzada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARREIRAS-BAHIA 
2019 
VANDEILDO MACHADO LEITE 
VITÓRIA GIOVANNA COSTA DO VALE 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA PREVENÇÃO DE ENDO E ECTOPARASITOSES EM 
DIFERENTES UNIDADES ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA - 
BAHIA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, em 
formato de Artigo Científico, apresentado no 
dia 19 de junho de 2019 ao Curso de 
Biomedicina da Faculdade São Francisco de 
Barreiras, como requisito para obtenção do 
grau de Bacharel, tendo sido aprovado pela 
banca examinadora composta pelos 
professores abaixo: 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
_______________________________________________ 
Profº. Gisele Angélica de Souza Louzada 
Orientadora – Faculdade São Francisco de Barreiras 
 
 
_________________________________________________ 
Profª. Caren Rigon Mizdal 
Membro - Faculdade São Francisco de Barreiras 
 
 
___________________________________________________ 
 
Profª. Letícia Tsieme Gushi 
Membro - Faculdade São Francisco de Barreiras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho a todos que no caminho, nos 
estenderam as mãos. 
“São as nossas escolhas, Harry, mais do que as nossas 
capacidades, que mostram quem realmente somos”. 
 
- Alvo Dumbledore. 
AGRADECIMENTOS 
Agradecimento de Vandeildo Leite: Primeiramente dedico esse trabalho a minha irmã 
Lucia, que foi uma grande colaboradora e incentivadora nessa jornada. Sem a sua ajuda, 
jamais teria conseguido; e toda minha família incondicionalmente. Agradecimento às pessoas 
especiais: Aos meus pais Joaquim e Vanda e irmãos Lila, Lucia, Jivanildo que apesar de todas 
as dificuldades, me ajudaram na realização desse curso. A minha tia Lô e Tia Ana (ninha) 
que tantas vezes me ajudaram financeiramente e nos seus entusiasmos. A tia Lindinalva 
(Linda) In memoriam que foi uma grande guerreira na luta pela saúde, e que legou a todos 
familiares esperançosos e com fé, que desistir jamais. E que eu cansado numa certa tarde 
conversando me disse que eu era capaz, saudade eterna; A prima Eurânia pelas nossas 
conversas sobre plantas e alimentação saudável, e que tanto lutou pela saúde de sua mãe, com 
sua irmã e seu pai um exemplo de amor incondicional a sua esposa. Aos meus familiares de 
Brasília onde iniciei o curso em especial Tia Luzia e Tio Israel pelo apoio em sua casa, prima 
Beatriz por ter sempre me recebido bem; A prima Learice grande apoio que proporcionou ter 
iniciado o curso de Biomedicina em Brasília e incentivo a voltar estudar em Barreiras; Ao 
primo Ivanildo pela atenção e apoio que tive quando sempre precisei em Brasília as muitas 
conversas sobre conhecimentos e a admiração que sempre teve por mim; Ao primo Josevan 
pelo apoio sempre; A toda família Machado sinônimo de união, admiração e amor 
incondicional. A todos os professores, que contribuíram nessa formação; A colega de sala 
nessa caminhada Biomédica Vitoria Giovanna pelas nossas conversas de humanidades além 
do cientificismo, e pelo convite de ser dupla nesse projeto com as crianças de Ibotirama, 
muito mais do que cientifico, humanístico; Aos colegas de sala pela boa convivência. 
 
Agradecimento de Vitória Giovanna Vale: A minha família, pelo apoio nesta jornada. 
Mainha, Painho, Tio Ná, Cecília e Antônia, Gisele, Mateus, Diego e Renan. Eu amo vocês. 
Gabriel Patrocínio e a Gustavo Muller meus companheiros, pela compreensão de vocês, 
dedico-lhes este sonho. Amo-os incondicionalmente, meu primeiro amor e meu grande amigo. 
Van não existe palavras o suficiente para lhe dizer como sou grata. 
 
 
E em comum: A professora e amiga Gisele Angélica de Souza Louzada, que com sua 
dedicação e cuidado de mestre, orientou-nos na produção deste trabalho e nos deu suas mãos 
e sua luz quando ninguém mais o fez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Todo processo de crescimento e desenvolvimento é um 
processo doloroso. Se você não acreditar, não tiver fé e não 
fizer o que gosta nada vai dar certo.” 
- Alexandre Won. 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES: 
 
Figura 01 - Distribuição dos participantes do Programa Sai de Mim Bichinho, para pesquisa 
de endo e ectoparasitoses, Ibotirama, 2019. .................................................................... Pág. 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS: 
 
Tabela 01 - Questionários de Conhecimentos Prévios - Relação de Perguntas e Respostas 
(número absolutos e porcentagem) sobre ectoparasitoses, Ibotirama, 2019. .................. Pág. 17 
Tabela 02 - Número de casos de endoparasitoses de acordo com o sexo e faixa etária, 
analisados do projeto Sai de Mim Bichinho, Ibotirama, 2019. ....................................... Pág. 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ANEXOS E APÊNDICES: 
 
 
Anexo 01 - Parecer de Aprovação do Projeto pelo CEP ................................................ Pág. 27 
 
Apêndice 01 – TCLE ...................................................................................................... Pág. 29 
Apêndice 02 - Ficha de Cadastro de Dados Pessoais ..................................................... Pág. 33 
Apêndice 03 – Questionário Exploratório ...................................................................... Pág. 34 
Apêndice 04 – Ficha de Acompanhamento de Ectoparasitoses ..................................... Pág. 38 
Apêndice 05 – Folder distribuído para as crianças e adultos, Projeto Sai de Mim Bichinho, 
Ibotirama, 2019. .............................................................................................................. Pág. 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 5 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES: ..................................................................................................... 7 
LISTA DE TABELAS: .............................................................................................................. 8 
LISTA DE ANEXOS E APÊNDICES: ..................................................................................... 9 
ARTIGO ORIGINAL .............................................................................................................. 11 
RESUMO ........................................................................................................................ 11 
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 12 
MÉTODO ....................................................................................................................... 12 
RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 14 
CONCLUSÃO ................................................................................................................22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTIGO ORIGINAL 
 
EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA PREVENÇÃO DE ENDO E ECTOPARASITOSES EM 
DIFERENTES UNIDADES ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA - BAHIA 
 
Gisele Angélica de Souza Louzada
1
, Vandeildo Machado Leite
2
, Vitória Giovanna Costa do Vale
2.
 
 
1Docente dos cursos de Biomedicina e Agronomia da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, Barreiras/Bahia/Brasil. 
2Acadêmicos do 9° semestre do Curso de Biomedicina da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, Barreiras/Bahia/Brasil. 
Endereço para correspondência: vitoriagiovannacostadovale@gmail.com
 
RESUMO 
Um parasita é um organismo que vive 
em um organismo hospedeiro e obtém seu 
alimento/sustento ou à custa de seu 
hospedeiro. Existem três classes principais de 
parasitas que podem causar doenças em 
humanos: protozoários e helmintos que são 
endoparasitas, e também ectoparasitas. 
Objetivo: Analisar o perfil 
epidemiológico do acometimento das endo e 
ectoparasitoses em crianças de 05 a 12 anos 
dos centros educacionais da cidade de 
Ibotirama, localizada no Oeste do estado da 
Bahia e se este acometimento atinge também 
seus responsáveis e professores. 
Método: Estudo realizado nas redes de 
ensino do município de Ibotirama-Bahia com 
240 participantes (crianças matriculadas em 
centros educacionais e seus responsáveis) no 
período de março/maio de 2019, utilizando-se 
de três distintos vieses: aplicação de um 
questionário exploratório que demostra a 
condição socioeconômica do participante e 
seus hábitos de higiene; quantificação de 
ectoparasitas (piolhos) na população estudada 
por análise visual direta das cabeças; e análise 
laboratorial de amostra fecal via coletor 
Coprotest
®
 para detectar a presença de 
endoparasitoses. 
Resultados: 49,1% dos analisados 
para endoparasitoses de mostram positivos. As 
maiores taxas de acometimentos de 
ectoparasitas são em crianças do sexo 
feminino. Foram utilizados tratamentos 
alternativos nos dois casos para buscar a 
erradicação dos parasitas. Todos os indivíduos 
acometidos por alguma parasitose foram 
tratados. A educação em saúde mostra-se como 
de suma importância na elucidação de casos e 
prevenção de novos acometimentos. 
 
Palavras-Chave: Infecções por Protozoários, 
Helmintíases, Pediculose, Crianças, Educação 
em Saúde. 
 
ABSTRACT 
A parasite is an organism that lives in a 
host organism and obtains its food / sustenance 
or at the expense of its host. There are three 
main classes of parasites that can cause 
diseases in humans: protozoa and helminths 
that are endoparasites, and also ectoparasites. 
Objective: To analyze the 
epidemiological profile of endo and 
ectoparasitoses in children aged 5 to 12 years 
of the educational centers of the city of 
Ibotirama, located in the western part of the 
state of Bahia, and if this affect reaches also 
their parents and teachers. 
Method: A study was carried out in 
the teaching networks of the municipality of 
Ibotirama-Bahia with 240 participants 
(children enrolled in educational centers and 
their parents) in the period of March / May 
2019, using three different biases: an 
exploratory questionnaire demonstrates the 
socioeconomic condition of the participant and 
his / her hygiene habits; quantification of 
ectoparasites (lice) in the study population by 
direct visual analysis of the heads; and 
laboratory analysis of faecal sample via 
Coprotest® to detect the presence of 
endoparasitoses. 
Results: 49.1% of the patients tested 
for positive endoparasites. The highest rates of 
ectoparasite complications are in female 
children. Alternative treatments were used in 
both cases to seek the eradication of parasites. 
All individuals affected by some parasitosis 
were treated. Health education is of paramount 
importance in the elucidation of cases and 
prevention of new complications. 
 
Keywords: Protozoal Infections, 
Helminthiases, Lice Infestation, Children, 
Health Education. 
 
INTRODUÇÃO 
Parasitas são organismos que vivem 
em um hospedeiro e obtém seu sustento à custa 
deste. Existem três classes principais de 
parasitas que podem causar doenças em 
humanos: protozoários e helmintos (também 
classificados como endoparasitas) e também 
ectoparasitas, como os piolhos
1
. 
Essas doenças causam um grande 
impacto nas populações endêmicas, incluindo a 
perda da capacidade de frequentar a escola ou 
o trabalho, o retardo do crescimento em 
crianças, o comprometimento de habilidades 
cognitivas e o desenvolvimento de crianças 
pequenas e a séria carga econômica imposta a 
países inteiros
2
. As doenças parasitárias afetam 
principalmente a população de pré-escolares e 
escolares, tendo correlação com o déficit no 
desenvolvimento físico, psicossomático e 
social dos estudantes
5
. 
Usando com os dados do último censo 
do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), O município de Ibotirama 
concentra a maior parte de sua população atual 
em crianças na faixa etária entre 0 a 14 anos, 
representando estes 27,6% da população total 
aproximada do município
9
. A taxa de 
escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi 
de 96.4 em 2010, e encontram-se matriculadas 
nas séries do ensino básico de educação 
(ensino fundamental I e II) 4.220 crianças 
atualmente. Em contra partida aos bons dados 
de escolaridade apresentados no município, 
IBGE também aponta que apenas 30.8% de 
domicílios contam com esgotamento sanitário 
adequado e 0.3% de domicílios urbanos em 
vias públicas com urbanização adequada 
(presença de bueiro, calçada, pavimentação e 
meio-fio)
9
. 
A falta de saneamento básico 
adequado, exposição ao esgoto a céu aberto 
pela falta de esgotamento dos dejetos humanos 
e falta de um correto tratamento e 
armazenamento da água e dos alimentos para 
consumo estão entre os principais causadores 
de contaminação por parasitas
2, 9
. 
Outra causa se deve também a falta de 
conhecimento por parte da população sobre as 
formas de acometimento, prevenção e 
tratamento de parasitoses, muitas vezes 
defasada pelos mitos e tabus que acercam estas 
doenças
3, 4,5. 
Por ser o local de formação do senso 
crítico, moral, hábitos básicos de vida, e 
principalmente para o desenvolvimento de 
ações de educação, prevenção e promoção em 
saúde, a escola deve ser entendida como um 
espaço privilegiado para o desenvolvimento 
crítico, que contribui na construção de valores 
pessoais e maneiras de conhecer o mundo, 
interferindo diretamente na produção social e 
na saúde. Levando em consideração que os 
educadores, na sua grande maioria possuem 
formação em Pedagogia, entre outras 
graduações da área da educação que não 
contemplam a modalidade educação em saúde, 
estes educadores podem não ser hábeis o 
necessário para atuarem a cerca da educação 
em saúde, causando uma deficiência em longo 
prazo no nível de conhecimento sobre praticas 
de promoção a saúde em seus educandos
6, 7,8. 
Entender como se encontram os níveis 
de conhecimento de uma comunidade sobre as 
questões sanitárias que envolvem seus dia a dia 
principalmente no ambiente escolar podem 
revelar como um local consegue prevenir o 
acometimento e a disseminação de doenças em 
seus meio
7
. 
Neste contexto esse estudo possui 
relevância para meio acadêmico cientifico e 
social, tendo como objetivo analisar o perfil 
epidemiológico do acometimento das endo e 
ectoparasitoses em crianças de 02 a 12 anos em 
cinco centros educacionais da cidade de 
Ibotirama, seus responsáveis e professores e o 
conhecimento de cada um sobre como prevenir 
e tratar parasitoses. 
MÉTODO 
O estudo se baseou em um inquérito de 
prevalência de parasitoses intestinais e 
ectoparasitoses, associado a uma avaliação das 
condições do local de inserção da população 
estudada e o nível de conhecimento destes a 
respeito de cada tipo de parasitose.Realizada 
em 05 (cinco) centros de educação infantil do 
Município de Ibotirama, situada no oeste da 
Bahia, todos em zona urbana, com participação 
das crianças, seu núcleo familiar e seus 
professores. 
A coleta de dados foi realizada entre os 
dias 15 de março de 2019 a 31 de maio de 
2019. O trabalho de coleta de dados foi 
desenvolvido de três formas distintas, sendo 
elas: 
 
Aplicação de questionário: A primeira parte da 
pesquisa foi realizada por meio da aplicação de 
um questionário semiestruturado aos pais e 
responsáveis pelos alunos pesquisados, onde o 
questionário contendo questões objetivas, 
elaborado pelos pesquisadores, e abordava 04 
(quatro) temáticas diferentes. A primeira versa 
sobre o perfil sociodemográfico dos 
participantes (quem este é, qual a composição 
de sua família, onde mora); a segunda refere-se 
ao saneamento domiciliar (como é a sua casa, 
tem presença ou ausência de adequadas 
instalações sanitárias, qual destino do lixo e 
dejetos), a terceira discorre acerca dos hábitos 
alimentares e higiênicos da família (possuem 
filtro, fervem a agua, lavam as mãos) e a 
quarta investiga a interação família-criança-
escola e o conhecimento dos questionados 
sobre parasitoses. O questionário foi aplicado 
no centro educacional, em sala reservada, de 
maneira individual, com duração de trinta 
minutos, com os pesquisadores auxiliares a 
todo o momento do lado do participante para 
sanar dúvidas. Os questionários, ao termino do 
preenchimento, foram acondicionados em 
envelope âmbar de forma que nenhuma pessoa 
não autorizada poderia ter acesso às respostas 
contidas nestes. Ao término desta etapa de 
coleta de dados a quantidade de questionários 
respondidos foi de 200 fichas, sendo avaliadas 
as famílias dos alunos e suas residências, bem 
como as famílias e residências dos professores. 
Objetivou-se com essa coleta de dados inicial 
conhecer de forma mais intima a realidade 
onde estava inserida a família a ser pesquisada, 
e se o nível de conhecimento sobre parasitoses 
e os costumes diários executados pelos 
integrantes da mesma podem influenciar no 
fato destes apresentarem positividade ou 
negatividade para parasitoses. 
 
Avaliação de ectoparasitos: A segunda parte de 
pesquisa consistiu na avaliação de infestação 
por Pediculus humanus, parasita que causa a 
Pediculose. Esta avaliação foi realizada pelos 
pesquisadores na cabeça das crianças de forma 
individual e privativa, com o uso de EPI’s 
como luvas, toucas e máscaras, e 
recomendações foram passadas aos seus 
responsáveis e professores para que fizessem o 
mesmo nos demais moradores das suas 
residências, incluindo os mesmos. 
A recomendação para esta verificação se deu 
da seguinte forma: A pessoa a ser avaliada 
deveria estar em local abundantemente 
iluminado, de preferência durante o dia, com 
os cabelos limpos e desembaraçados, de 
preferência úmidos, sem uso de cremes ou 
outros, afastada da presença de outras pessoas 
(além da que irá examinar os cabelos) em pelo 
ao menos um metro (já que a força estática de 
pentes e outros métodos de avaliação ao entrar 
em contato com o cabelo seco pode fazer os 
piolhos serem injetados para fora do corpo 
infestado em até um metro de distância). Se 
possível colocaria um tecido claro por trás das 
costas do avaliado, de forma que caso este 
esteja contaminado, ao manusear o cabelo, os 
parasitas não cairiam no chão ou no corpo 
desta pessoa. Apresentando positividade em 
adultos ou crianças, o caso deveria ser 
reportado aos pesquisadores de forma 
privativa, por meio de uma ficha de 
acompanhamento que foi entregue junto com 
um folheto informativo em data agendada. 
A recepção das fichas de acompanhamento foi 
feita em uma sala reservada dentro da própria 
da unidade de ensino, de maneira individual. 
Recomendou-se ao participante que caso 
tivesse dificuldade na identificação de um 
ectoparasita, trouxesse-o se possível até o 
pesquisador antes do preenchimento da ficha 
de acompanhamento. 
Foram desenvolvidas vinculadas a esta fase, 
palestras nos centros educacionais com a 
presença de crianças e acompanhantes, bem 
como atividades lúdicas para esclarecer 
dúvidas sobre os mitos que cercam a doença, 
as suas formas de transmissão e tratamentos. 
No final das palestras as crianças ganhavam 
kit’s de higiene pessoal com sabonetes 
antibacterianos. 
 
Coleta de amostra de fezes para análise 
laboratorial: No processo de pesquisa de 
presença de macroparasitas (helmintos) e/ou 
microparasitas (protozoários), foram recolhidas 
das crianças, de dois responsáveis legais que 
domiciliavam no mesmo local que a criança e 
de seus respectivos docentes uma amostra fecal 
fresca, que foi armazenada em um coletor 
Coprotest
®11
 disponibilizado pelos 
pesquisadores aos participantes do estudo sem 
nenhum custo adicional. A análise laboratorial 
de amostra fecal foi desenvolvida de tal forma: 
As amostras foram transportadas em uma caixa 
térmica adequada, identificada e vedada, do 
local de recebimento das amostras, geralmente 
nos próprios centros escolares, até o 
Laboratório Municipal de Referencia Regional 
da cidade de Ibotirama (LACEN), num período 
máximo de até 12 horas, do recebimento até a 
leitura. Todas as amostras foram coletadas em 
triplicata, cada amostra obtida em uma semana 
distinta, mas sequentes uma as outras. Para o 
exame coprológico, foi usado o método pa-
rasitológico comercial Coprotest
®11
. 
Para cada paciente eram preparadas duas 
lâminas, lidas ao microscópio óptico por dois 
examinadores diferentes. A presença de 
parasitos era confirmada quando havia 
observação de ovos de helmintos ou cistos de 
protozoários em pelo menos uma das lâminas 
analisadas. 
As atividades foram realizadas dentro 
de um programa de combate a parasitoses, que 
foi chamado de “Sai de Mim Bichinho”, e 
envolveram ainda ações educativas como 
palestras e brincadeiras lúdicas que foram 
realizadas de forma transversal a toda coleta de 
dados, além de administração de tratamento 
adequado aos participantes infectados após 
consulta médica, com medicamentos 
alternativos e convencionais a escolha do 
participante. O presente estudo atendeu às 
diretrizes e normas da Resolução nº 196/96 do 
Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado 
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da 
Faculdade São Francisco de Barreiras em 18 
de março de 2019 (anexo I). 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
A amostra se construiu em um total de 
240 analisados, entre estes 90 (noventa) 
crianças de 02 a 12 anos (66,6% do sexo 
feminino e 33, 4% do sexo masculino), 
estudantes dos centros educacionais 
participantes; 02 (dois) ou mais de seus 
responsáveis próximos que residiam no mesmo 
domicílio que o menor com idades entre 25 a 
56 anos o que atribuiu 110 (cento e dez) 
responsáveis ao estudo (86,3% do sexo 
feminino e 13,7% do sexo masculino); e o 
docente de sua respectiva sala de aula, ou seja, 
40 (quarenta) professores (95% do sexo 
feminino e 5% do sexo masculino), com idades 
entre 22 a 58 anos que participaram da 
pesquisa. Na Figura 01 apresentada abaixo é 
possível observar a distribuição em valor 
absoluto e valor relativo de cada participante 
da pesquisa. A amostra foi definida por adesão 
desses participantes à pesquisa, certificada por 
meio de um Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido – TCLE – que foi assinado 
previamente. 
A quantidade de participantes da 
pesquisa engloba toda investigação de 
parasitas, ou seja, todos os 240 participantes 
foram analisados quando ao acometimento de 
endoparasitoses, bem como ao acometimento 
de ectoparasitoses, de forma igualitária, 
independente do sexo ou idade que tinham. 
Ao decorrer da execução do programa, 
(três meses de pesquisa) não ocorreram perdas 
amostrais, ou seja, não houve desistências de 
participantes, falta de adesão quando 
convidadosa participar do programa, 
dificuldades de adesão à pesquisa, não 
devolução dos coletores com amostra fecal ou 
desinteresse em participar da analise capilar de 
presença de ectoparasitoses, proporcionando 
uma agilidade no desenvolvimento e execução 
da pesquisa de forma satisfatória. 
 
Pesquisa de Ectoparasitoses: 
O projeto visou analisar a temática sob 
enfoque multidisciplinar, não se detendo 
apenas a questão da pediculose como ter ou 
não ter a presença de piolhos capilares, e sim, 
analisar também quais os motivos para a 
incidência desta infestação acometer a 
população. Para isto, envolvemos tanto as 
crianças como seus responsáveis e toda a 
comunidade educacional promovendo um 
diálogo franco sobre a temática, e obteve-se 
assim um espaço de discussão e aprendizagem 
mútua. Em um diálogo inicial, ficaram 
acertados entre os pais, alunos e professores 
que haveria em data marcada, em espaço 
reservado e confidencial, um mutirão para 
conferencia das cabeças de todos os 
participantes do projeto. Após a realização 
deste mutirão, chegaram-se aos seguintes 
resultados: das 90 crianças analisadas, 72,2% 
apresentavam pediculose ativa, infestação com 
presença de piolhos adultos, machos e fêmeas, 
além de alta infestação por população de 
lêndeas. Entre os 110 responsáveis analisados, 
5,5% deles apresentaram positividade para 
pediculose, todos estes com predominância de 
população de lêndeas, mas uma baixa de 
piolhos adultos encontrados; e entre os 
professores, um total de 40 analisados, não 
foram encontrados sinais de infestação. 
Após o mutirão, onde os pesquisadores já 
tinham acesso ao número de infestações e 
concluído que a positividade de casos era alta 
para o número total de crianças analisadas, a 
temática dentro do projeto foi explorada de 
maneiras diversas, desde conversar com os 
participantes em palestras sobre como era o 
ciclo de vida do inseto parasita, de como se 
dava sua transmissão, tratamento e prevenção, 
até ouvir e estudar sobre as recomendações 
caseiras que a comunidade sugeria como 
formas alternativas de tratamento para tentar 
descobrir se cientificamente essas fórmulas, 
chás e plantas tinham alguma confirmação de 
eficácia garantida. 
Em todos estes ciclos realizados, relataram-
se informações que ajudaram os pesquisadores 
a entender o porquê esta doença era um 
acometimento permanente entre a população. 
Informações como: A pediculose era uma 
doença recorrente entre as crianças dos centros 
educacionais participantes, e também os 
medicamentos convencionais não estavam 
mais sendo eficazes nos tratamentos e combate 
da ectoparasitose e que a maioria dos 
responsáveis já havia desistido de tratar a 
cabeça de seus filhos, pois a infestação se 
encontrava em altos níveis de acometimento, e 
não importava quantas vezes tratadas eram as 
cabeças, a infestação sempre reaparecia. 
Assim uma segunda etapa do projeto foi 
realizada, com a ajuda dos questionários 
aplicados as famílias das crianças e aos 
professores conseguiu-se realizar uma 
sondagem, por meio da interpretação e análise 
das perguntas feitas, sobre por qual motivo 
essas infestações eram reincidentes. Segue 
abaixo na Tabela 1 as perguntas realizadas e as 
respostas destas em porcentagem absoluta e 
relativa, onde estes dados serão discutidos 
separadamente abaixo: 
A prevalência da pediculose é tipicamente 1 
a 3% nos países desenvolvidos, podendo 
exceder a 25% nas escolas de educação 
infantil
12
. Taxas de prevalência do piolho 
podem chegar a 40% em comunidades carentes 
no Brasil, e as crianças apresentam taxas mais 
altas
13
. Em outros países latino-americanos, 
como no Chile, têm se observado taxas de 15% 
na população geral e mais de 30% na 
população infantil
14
. Pesquisa realizada na 
província de La Rioja, Argentina, avaliou 
1.370 crianças em idade escolar de 26 escolas. 
Verificou-se que 22% apresentavam sinais de 
infestação recente, mas baixa probabilidade de 
parasitismo, porém 28% tinham sinais de 
infestação e pediculose ativa.
 
Figura 01. Distribuição dos participantes do Programa Sai de Mim 
Bichinho, para pesquisa de endo e ectoparasitoses, Ibotirama, 2019. 
 
 
Fonte: Desenvolvido pelos autores. 
 
Além disso, o estudo mostra que crianças 
de escolas públicas possuem maior prevalência 
da ectoparasitose se comparado às de escolas 
particulares
15
. 
Outras pesquisas nacionais convergem 
opiniões a respeito da maior proporção de 
infestação em crianças em relação aos adultos, 
principalmente oriundas de instituições 
escolares e durante o período letivo, 
reforçando a hipótese de que são os principais 
locais de transmissão pela aglomeração e 
características peculiares da população 
infantil
16, 17
. 
Muitas dúvidas e condutas errôneas 
enraizadas na comunidade dificultam o 
combate de infestações por ectoparasitas. Com 
relação ao comportamento desse ectoparasita, a 
maioria da população deste estudo referiu que 
muitos piolhos são capazes de voar e/ou pular 
(92,5% das pessoas), preferem o clima mais 
quente (88% afirmou isso), provêm da falta de 
higiene (95% das pessoas tem este 
pensamento) entre outros questionamentos. 
Os piolhos são invariavelmente sem asas 
(ápteros), ou seja, sua transmissão ocorre por 
contato, seja direto (pessoal) ou por uso de 
utensílios (boné, pente, travesseiro, tiaras de 
cabelo), e sendo estes incapazes de voar ou 
pular, diferente do que muitas pessoas, 
inclusive as participantes deste estudo, 
acreditam. 
Esses ectoparasitas se proliferam, 
principalmente, em ambientes quentes e 
úmidos, talvez daí a impressão de que 
preferem o verão. Porém as medidas 
preventivas devem ser mantidas durante todo o 
ano. Em conversas com algumas das crianças 
infectadas e seus responsáveis, sugeriu-se por 
parte dos pesquisadores que as crianças 
evitassem prender os cabelos ainda molhados, 
no processo de tratamento da infestação e 
depois do tratamento concluído, pois este 
hábito criava um ambiente propício ao 
desenvolvimento e eclosão de ovos já 
presentes no couro cabeludo
17, 18
. 
A incidência de pediculose em humanos 
não tem relação direta com a higiene, muito 
menos com barreiras sociais, econômicas ou 
geográficas, haja vista sua surpreendente 
infestação nos últimos anos, refletindo em 
grande aumento nas vendas de produtos 
piolhicidas. Esta informação desmistifica a 
ideia que a maioria das pessoas questionadas 
tem, pois pensam que só pessoas de classe 
social mais baixa ou pessoas com maus hábitos 
de higiene podem ser infectadas por 
ectoparasitas, quando na verdade, todos são 
igualmente propensos a serem infectados, 
independente da sua faixa etária ou social
19
.
 
Tabela 1 – Questionários de Conhecimentos Prévios - Relação de Perguntas e Respostas (número 
absolutos e porcentagem) sobre ectoparasitoses, Ibotirama, 2019. 
 
Fonte: Desenvolvido pelos autores. 
 
Observação: Só foram respondidos 200 questionários, pois crianças menores de 08 anos, pessoas analfabetas e 
pessoas que se abstiveram a participar da pesquisa por meio de questionários não somam aos resultados 
apresentados na tabela, mesmo que tenham sido anteriormente analisados para a presença de ectoparasitose. 
 
 
Infelizmente ainda faltam estudos 
referentes ao motivo da predisposição que 
algumas pessoas têm de adquirir mais piolhos 
que outras, contudo não há relação com o nível 
de açúcar no sangue, questionamento feito aos 
pesquisadores em uma das conversas com os 
responsáveis, onde os mesmos questionaram se 
pessoas com o sangue “mais doce” seriam 
mais propensas a sofrer de infestação por 
piolhos
20, 21,22
. 
As lêndeas são ovais, pequenas, de 
coloração branca amarelada, hermeticamente 
fechada e se fixam próximas ao couro 
cabeludo pela ação de um “cimento”, ou seja, 
uma substância quitinosa de difícil remoção.Cabe salientar que não existem pesquisas que 
comprovem a ação do sal e do vinagre no 
combate ao piolho e à lêndea, porém alguns 
estudos afirmam que podem facilitar a 
dissolução dessa substância. Fato, talvez, que 
Perguntas Realizadas Respostas 
Verdadeiro Falso 
Meios de infestação de piolhos n % n % 
 
Piolhos voam e pulam 
 
 185 92,5 15 7,5 
Prefere o clima quente, o verão 176 88 24 12 
Piolhos provêm da falta de higiene 190 95 10 05 
Cabelo curto e liso tem menos piolhos 102 51 98 49 
Meninas têm mais que meninos 116 58 84 42 
Tratamento n % n % 
Quem tem uma vez não tem novamente 12 06 188 94 
Remédios químicos matam lêndeas 194 97 06 03 
Não precisa de pente fino em cabelo liso 123 61,5 77 38,5 
Xampu comum mata piolhos 167 83.5 33 16,5 
Sal, vinagre, querosene e Bayon matam piolhos 
 
 174 87 26 13 
Total de participantes: 200 questionários respondidos 
comprove a resposta alta nesta pesquisa de que 
esse método é eficaz na eliminação desta 
ectoparasitose
18
. 
Porém, mesmo diante de tantas pessoas 
que acreditam neste fato, coube aos 
pesquisadores responsáveis levar até a 
população que, como o acido acético ou 
vinagre é um produto abrasivo e perigoso se 
não utilizado corretamente, este fosse evitado 
no tratamento de ectoparasitoses administrado 
diretamente sobre o coro cabeludo. Quanto ao 
uso de sal em combinação com o vinagre, não 
foram encontrados estudos que comprovem a 
eficácia deste sobre a eliminação ou redução 
de populações de ectoparasitas
20, 22
. 
O uso irracional e disseminado de 
produtos piolhicidas vem proporcionando 
grande resistência desses ectoparasitas, assim 
como as bactérias aos antimicrobianos, motivo 
pelo qual a indústria farmacêutica está sempre 
modificando e lançando novas fórmulas. 
Resistência é entendida como sobrevivência a 
concentrações ou doses de um produto que 
deveria causar mortalidade total
19
. O xampu 
comum não possui essa propriedade
19
, mas 
83,5% da população deste estudo consideraram 
que esta era uma alternativa adequada para o 
tratamento da pediculose. Outro fato 
preocupante refere-se ao conceito de que 
querosene e Baygon
®
, extremamente tóxicos à 
população infantil, matavam piolhos. Os dois 
conceitos acima citados foram desmistificados 
pelos pesquisadores para as pessoas presentes 
que participaram das rodas de conversas e 
responderam os questionários, principalmente 
ao chamar a atenção dos presentes para os 
riscos de utilizar produtos químicos altamente 
abrasivos como inseticidas aerossóis químicos 
no couro cabeludo infantil e adulto
19
. 
Outro mito encontrado é a afirmativa de 
que cabelo curto e liso tem menos piolhos, 
onde 58% dos participantes responderam a 
esse questionamento de forma positiva, que 
poderia ter algum tipo de sentido quando se 
analisa que esse tipo de cabelo permite fácil 
visualização e “catação” dos ectoparasitas, 
como foi dito por alguns responsáveis e alguns 
professores na roda de conversa. Este conceito 
se expande aos que acham que meninas têm 
mais piolhos que meninos (58% dos 
participantes responderam de forma positiva a 
esse questionamento). Porém, estas afirmações 
também são falsas, pois quando se trata de 
probabilidade de contágio e proliferação tanto 
pessoas de cabelos curtos ou longos, finos ou 
grossos, crespos a lisos tem a mesma 
propensão a serem infectados e colonizados
20, 
21, 22
. 
Dentre os meios de tratamento, não há 
dúvida que a forma mecânica preventiva é a 
mais eficaz, ou seja, “catação” manual com 
uso de pente fino, até mesmo nos cabelos lisos, 
pois como citado acima, o composto químico 
que faz com que as lêndeas sejam aderidas a 
superfície do fio de cabelo é suficiente forte 
para aderir até mesmo nos fios lisos, de forma 
que somente a lavagem o balanço natural dos 
fios não se fazem suficientes para eliminar 
estes ovos. 61,5% das pessoas que 
responderam ao questionário achavam que os 
cabelos de fio liso não necessitavam do uso de 
pente fino, e 97% destas relataram que os 
remédios químicos vendidos em farmácias, 
como xampus e comprimidos matavam 
também as lêndeas do couro cabeludo e 
ajudavam a elimina-las
20
. 
Porém, esta informação não é verídica, já 
que compostos químicos em sua maioria não 
são suficientes para invalidar e eliminar os 
ovos, que quando eclodirem formarão novos 
piolhos e a infecção irá reincidir
23
. Talvez 
fosse esse o motivo pelo qual o nível de 
infecções continua entre a amostra estudada 
fosse tão alta, e em conversas com os pais e 
professores, essas explicações puderam ser 
transmitidas de forma clara, onde pessoas que 
não imaginam como era importante o uso de 
pente fino sempre que possível, no banho ou 
depois deste, puderam perceber que só aplicar 
a medicação e não realizar a catação das 
lêndeas não se faz suficiente para eliminar os 
focos de proliferação e contágio de 
ectoparasitoses
23
. 
O surgimento de produtos para combater 
piolhos com promessas milagrosas, associado à 
globalização e amplas jornadas de trabalho dos 
familiares responsáveis, deixou a forma 
mecânica no esquecimento
18
. Sua retomada é 
essencial ao combate à pediculose. Processos 
educativos para reciclagem conceitual devem 
alcançar não apenas educadores e escolares, 
mas todos os familiares envolvidos neste 
contexto, pois muitas são as dúvidas 
observadas com relação à característica do 
parasita, prevenção, transmissão, tratamento e 
complicações, como podem ser observados, 
por exemplo, ao longo de todo 
desenvolvimento do projeto executado
18
. 
Além disso, a conscientização é essencial, 
principalmente os profissionais da saúde, para 
amenizar as dificuldades desses trabalhadores, 
proporcionando colaboração mútua entre os 
envolvidos na promoção do bem-estar 
infantil
18
. Por outro lado, ficou expresso, na 
presente pesquisa, que a falta de conhecimento 
dos pais e responsáveis está entre as principais 
dificuldades no manejo dessas ectoparasitoses 
juntamente com a omissão por parte da criança 
da coceira que apresenta a cabeça; contudo, o 
desconhecimento do tratamento correto e a 
falta de apoio dos profissionais de saúde 
corroboram os achados supracitados
18, 23
. 
Uma pesquisa realizada em creche no 
município do Rio de Janeiro mostra a 
importância do apoio do profissional da saúde, 
principalmente a equipe de enfermagem, na 
atuação direta frente aos educadores infantis
24
. 
Assim como em nosso estudo, a pediculose foi 
vista entre os problemas de maior incidência 
em crianças de zero a quatro anos, reafirmando 
a necessidade de apoio mútuo entre essas 
categorias profissionais, juntamente com o 
núcleo familiar, na promoção do bem-estar 
infantil
24
. 
No presente estudo também os mitos e 
tabus estiveram fortemente presentes quanto à 
forma de lidar com a pediculose, inclusive 
naqueles que vivenciam no ambiente familiar. 
Outra pesquisa analisou os conhecimentos e 
práticas de trabalhadoras de creche relativas 
aos agravos respiratórios na infância e 
considerou que os mesmos são apropriados, 
porém educadoras manifestam a necessidade 
de atualizações constantes no desejo de agirem 
com base científica
25
. Ressaltam que para 
adquirem esses conhecimentos são 
imprescindível orientação contínua dos 
profissionais da saúde por meio de encontros 
presenciais para discussão de temas 
relacionados. Dentre as dificuldades 
encontradas destaca-se, assim como neste 
estudo, a falta de comunicação entre 
educadores e familiares
25
. 
 
Ações desenvolvidas para eliminação de 
casos positivos: 
Após os dados de acometimentoem mãos, 
reuniu-se a equipes de pesquisadores com os 
pais e professores para passar a estes como 
seria realizado o manejo dos casos positivos a 
fim de erradicar a infestação, e notou-se o 
quanto a maioria dos responsáveis apresentava 
aversão à administração de medicamentos 
químicos em seus filhos para o combate a 
pediculose. Recorreu-se a literatura para tentar 
descobrir que outras formas naturais eram 
reconhecidas cientificamente como sendo 
eficazes para eliminação dos piolhos adultos, e 
também se procurou métodos alternativos que 
ajudassem na eliminação das lêndeas além da 
“catação” mecânica. 
Com base no artigo publicado no 
periódico Vitalle, em 1999, de autoria de 
Gomes, Rodrigues e Vaz
26
, pode ser 
confirmada a teoria levantada pelos pais em 
alguns dos encontros, de que a Ruta 
graveolens, conhecida popularmente como 
arruda, é eficaz no tratamento de pediculose 
para eliminar piolhos adultos, se administrada 
em uma concentração de 20% de extrato 
aquoso, por quatro dias consecutivos, 
esfregando o extrato diretamente na cabeça 
infestada, mantendo o extrato a agir durante 
uma hora no couro cabeludo e enxaguando-a 
depois deste período em água corrente 
abundante
26
. 
Além desta forma de eliminação, foi 
sugerido também pelos próprios responsáveis, 
como uma das formas de conhecimento 
popular, que utilizassem de calor direto sobre 
os fios de cabelo infestados para matar as 
lêndeas do couro cabeludo, usando para isso 
uma prancha de cabelo, conhecida 
popularmente como chapinha, para alisar os 
cabelos da pessoa infestada, matando assim 
com o calor as lêndeas que estariam aderidas 
ao fio desde a raiz até as pontas. Porém, como 
a maioria da amostra infestada eram crianças 
de 02 a 09 anos, utilizar calor nestas não era 
uma opção viável, restringindo esta opção 
somente a população adulta infestada. Nas 
crianças que não puderam utilizar calor nem o 
composto de arruda para eliminação da 
infestação, utilizou-se um pente da marca 
Floris
®
, pente eletrônico que emite impulsos 
elétricos que resultam na morte dos piolhos e 
lêndeas e facilita a retirada dos mesmos dos 
fios. 
Cada método de tratamento foi 
selecionado de livre escolha pelos responsáveis 
e seus filhos, julgados por estes como sendo o 
melhor para o seu caso, realizado em sua 
residência para conforto e privacidade deste, 
porém tendo todo o acompanhamento dos 
pesquisadores ao longo de duas semanas da 
evolução dos casos positivos para documentar 
os resultados. 
 
Resultados obtidos por meio das ações: 
Em sete dias de tratamento dos casos, com o 
comprometimento dos responsáveis em 
erradicar o número de positividade dos adultos 
e crianças infestadas, por meio de utilização de 
todos os métodos apresentados acima e uso 
também por alguns pais do medicamento 
Escabin
®
, se conseguiu obter eliminação de 
infestações ativas nas pessoas parasitadas, 
permanecendo esta inatividade durante os 
meses de duração de projeto nos centros 
educacionais. 
Conhecimentos e práticas corretas e 
atualizadas do cuidado à infância refletem a 
qualidade do atendimento infantil, seja na 
prevenção da doença, promoção ou 
reabilitação da saúde. Educadores são potentes 
aliados das unidades de saúde, atuando como 
multiplicadores do conhecimento científico no 
combate a mitos de diversos agravos, incluindo 
a pediculose, capazes de pôr em risco 
desenvolvimento e crescimento saudável das 
crianças. Atuam no cotidiano de seu trabalho, 
como ponte entre os profissionais da saúde e 
familiares, tendo como escopo a formação da 
consciência em luta da cidadania e bem-estar 
coletivo, ou seja, das crianças
18, 23. 
 
Pesquisa de Endoparasitoses: 
Entre as 240 amostras fecais analisadas, 
118 pessoas (49,1%) apresentaram 
positividade para parasitas intestinais desde a 
primeira lâmina lida até a terceira amostra 
entregue e devidamente conferida, e 122 
pessoas apresentaram negatividade absoluta 
para parasitoses intestinais, ou seja, em 
nenhuma das três amostras entregues e 
conferidas havia a presença de cistos de 
protozoários ou ovos de helmintos, 
representando assim 50,9% de amostras 
negativas ao estudo. 
A maior parte de infecções é atribuída à 
amostra de crianças do estudo, já que das 90 
crianças analisadas, 55 amostras apresentaram 
positividade para parasitas, 29 amostras 
femininas e 26 amostras masculinas. 
Seguidamente, estão os pais e responsáveis 
com 51 amostras positivas entre as 110 
analisadas, sendo 36 amostras positivas do 
sexo feminino e 15 amostras do sexo 
masculino. A menor taxa de amostras positivas 
em relação à quantidade de pessoas analisadas 
na categoria está entre os professores, já que 
dos 40 professores participantes da pesquisa 
que entregaram sua amostra fecal, somente 12 
apresentavam positividade, sendo 10 amostras 
positivas do sexo feminino e 02 amostras de 
pessoas do sexo masculino positivas. 
Na Tabela 02 que segue abaixo, estão 
descritos quais parasitas foram encontrados e 
sua prevalência em cada faixa etária e de 
acordo com o sexo dos analisados. 
As parasitoses intestinais infelizmente 
ainda são problemas muito comuns no Brasil e 
em outros países onde as baixas condições 
sanitárias e a má educação sanitária são 
constantes
27
. Para o diagnóstico desses tipos de 
infecções o exame parasitológico das fezes 
continua sendo um exame eficaz e de baixo 
custo, o que é de suma importância, uma vez 
que no Brasil, os investimentos no setor da 
saúde são precários e exames baratos e 
eficientes são sempre boas alternativas. De 
acordo com os resultados apresentados, na 
amostra de Ibotirama, o coeficiente de 
prevalência de parasitoses intestinais foi de 
49,1%, assim percebemos que uma fração 
significativa da população estava parasitada 
(118 pessoas no geral, entre 240 analisadas). A 
variável “sexo” foi significativa para a 
determinação de maior percentagem de 
parasitados percebendo assim que a maioria da 
população analisada que se encontrava 
parasitada era do sexo feminino, em sua maior 
parte crianças de 05 a 10 anos. 
Ao se observar se os parasitos eram 
patogênicos ou não, verificou-se que a 
frequência dos seres comensais era 
significativa, contribuindo com quase 80% dos 
indivíduos que albergavam algum tipo de 
parasito. Apesar de se tratadas como espécies 
comensais, às mesmas são boas indicadoras de 
contaminação, uma vez que as vias de 
transmissão dessas parasitoses são as mesmas 
que transmitem os parasitos patogênicos
28
. 
Portanto trata-se de um dado 
importante para que medidas profiláticas 
(educação médico-sanitária, saneamento básico 
entre outras) sejam tomadas a fim de se evitar 
todos os tipos de parasitoses, bem como todos 
os prejuízos causados pela presença das 
mesmas. 
Em relação aos indivíduos parasitados 
por espécies patogênicas verificou-se uma 
discreta elevação da frequência dos 
protozoários e quase nenhum achado de 
helmintos, como T. vaginalis achado em 
adultos do sexo feminino. Assim pode ser 
proposto um novo trabalho, com o objetivo de 
avaliar a questão do saneamento básico, já que 
espécies que não necessitam da passagem ao 
solo par evoluir, foram encontradas, tais como 
a G. lamblia, E. histolytica entre outras. 
A Giardia lamblia também pode 
apresentar-se como comensal inofensivo no 
trato intestinal humano ou determinar quadro 
sintomático, com diarreia, dor abdominal, 
diminuição do apetite, vômito ou constipação. 
A elevada prevalência do protozoário G. 
lamblia pode ser explicada pela falta de 
indivíduos sintomáticos, porque liberam 
ativamente os cistos nas fezes uma vez que não 
são tratados. A frágil educação sanitária da 
população teve que ser trabalhada com muita 
atenção, no sentido de evitar a transmissão, a 
resistência e a elevada infectividade dos cistos, 
mesmo os não patogênicos, uma vez que nas 
fezessão liberados em grande número. Os 
indivíduos portadores assintomáticos 
favorecem a disseminação do parasito já que 
disseminam pelo ambiente os cistos, uma vez 
que geralmente não passam por nenhum 
tratamento
29, 30
. 
 
Tabela 2 – Número de casos de endoparasitoses de acordo com o sexo e faixa etária, analisados do 
projeto Sai de Mim Bichinho, Ibotirama, 2019. 
 
Fonte: Desenvolvido pelos autores. 
A Entamoeba histolytica pode ser 
encontrada em três estágios em humanos: 
comensalismo, invasão intestinal e invasão 
extraintestinal. Nestas duas últimas situações, 
seja pela disenteria ou pelas reações de fase 
aguda presentes nas manifestações extra 
intestinais, há comprometimento do estado 
nutricional do hospedeiro
31
. 
A baixa prevalência dos parasitos 
helmintos: E. vermiculares (não encontrado no 
estudo); S. stercoralis e S. mansoni (não 
encontrado no estudo) pode ser justificada pelo 
método diagnóstico, uma vez que o método da 
sedimentação espontânea ou HPJ que é o 
método mais utilizado em clínicas e 
laboratórios atualmente, e o método Coprotest 
utilizado no estudo atual, não são os exame de 
maior sensibilidade para o encontro desses 
parasitos assim, no caso de suspeita de 
enterobíase
32
. 
O achado de Strongyloides stercoralis, por 
exemplo, pode ser relacionada com o modo de 
vida da população local. Como se trata de um 
município essencialmente rural, localizado na 
zona oeste da Bahia, uma cidade não tão 
desenvolvida, o clima é favorável à 
disseminação desses parasitos, além disso, 
também na região, a prática da agricultura é 
Casos de Parasitose Crianças Responsáveis Educadores Total 
Poliparasitismo Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. 
I. butschlii e E. nana 01 01 02 01 00 00 05 casos 
E. nana e E. coli 06 04 00 00 00 02 12 casos 
Parasitismo Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. 
E. coli 05 08 02 02 01 00 18 casos 
E. nana 12 10 22 07 09 00 60 casos 
E. histolytica 02 01 06 00 00 00 09 casos 
I. butschlii 01 02 00 05 00 00 08 casos 
S. stercoralis 01 00 00 00 00 00 01 caso 
G. lamblia 01 00 03 00 00 00 04 casos 
T. vaginalis 00 00 01 00 00 00 01 caso 
 
Total de casos: 
 
29 26 36 15 10 02 118 casos 
positivos 
comum, e assim é natural que os habitantes da 
região possuam o hábito de andarem descalços 
sobre a terra, o que favorece as geo-
helmintoses e os parasitas comensais não 
patogênicos
33
. 
De acordo com KATZ; ALMEIDA (2003), 
o controle da transmissão vai além da 
capacidade dos médicos e cientistas e deve ser 
feito com ações governamentais, como o 
saneamento básico, instalação de água e esgoto 
nas casas (combate as verminoses de 
veiculação hídrica) mudanças no meio 
ambiente, educação sanitária, combate aos 
hospedeiros intermediários além do 
diagnóstico e tratamento das pessoas 
infectadas
34
. 
 
Ações desenvolvidas para eliminação de 
casos positivos: 
Ao demonstrar para a comunidade os dados 
de acometimento de endoparasitoses, 
percebeu-se o quanto estes não esperavam que 
tantas pessoas na região estivessem 
parasitadas. Neste momento foram ressaltadas 
as medidas de prevenção a infecções, passadas 
anteriormente em palestras, como a de adotar o 
hábito de consumir água sempre filtrada, tendo 
em vista que a comunidade de Ibotirama é uma 
região ribeirinha, as margens do Rio São 
Francisco, e que os moradores analisados já 
haviam relatado anteriormente que não 
costumavam filtrar nem tratar a água 
consumida. 
Com um índice de acometimento por 
endoparasitas alto, principalmente comensais 
que tem seu ciclo de transmissão por via 
aquática, demonstra-se a importância de se 
adotarem medidas de Saúde Pública e ações de 
educação para a saúde que visem à utilização 
de filtros de água em todas as residências de 
áreas endêmicas, nas quais o tratamento 
público inexista ou apresente falhas. Outras 
medidas foram reforçadas, como a do uso de 
calçados apropriados para o trabalho no 
campo, evitando assim contaminação de 
helmintos por meio do solo, ou a 
recomendação de congelamento das carnes 
compradas por pelo ao menos 20 dias a -10ºC, 
evitando assim contaminação por cisticercos 
ou parasitas de origem animal. 
Outra recomendação importante passada a 
população analisada foi quanto a importância 
de lavar de forma adequada os vegetais e 
leguminosas antes do consumo destas. Para 
isso, realizou-se em um dia de culminância do 
projeto a “oficina de lavagem do sai de mim 
bichinho”, onde os pesquisadores ensinam a 
comunidade como lavar e armazenar de forma 
adequada os vegetais e leguminosas com 
objetivo de reduzir a contaminação parasitária 
no ambiente familiar. 
Todas as pessoas positivas para algum tipo 
de parasitoses foram encaminhadas para 
unidade básica de saúde (UBS) do seu bairro, e 
após consulta médica, relataram o correto uso 
do medicamento receitado em sua devida 
dosagens, sendo as amostras destes indivíduos 
reanalisadas depois de uma semana ao término 
do tratamento. 
 
Resultados obtidos por meio das ações: 
Todas as amostras apresentaram 
negatividade em sua reavaliação após 
tratamento medicamentoso das pessoas 
analisadas. 
O presente estudo apontou alguns dos 
fatores responsáveis para que as parasitoses 
intestinais ainda persistam em nosso meio. 
Mesmo em um município com um alto índice 
de desenvolvimento humano, detectou-se a 
existência de áreas com prevalências elevadas, 
principalmente, o que demonstra a 
desigualdade nas condições de vida que 
perduram na população do Brasil e que 
caracterizam o modelo típico e diferenciado de 
transição epidemiológica existente no país
7
. 
Medidas de controle mais eficientes, di-
recionadas a populações mais suscetíveis, e 
que levem em conta as associações descritas 
devem ser prioritárias, não sendo úteis apenas 
para diminuir a prevalência e a incidência de 
infecções por parasitoses intestinais, mas 
também para melhorar a qualidade de vida das 
pessoas e do sistema público de saúde como 
um todo e para aumentar a dignidade dos 
indivíduos
7
. 
Juntamente as ações descritas, necessária se 
faz a implantação de sistemas mais eficazes de 
educação e prevenção em saúde, com 
participação ativa de profissionais da suade em 
escolas e projetos sociais, objetivando a 
melhora das condições e hábitos sanitários de 
diferentes regiões. 
 
CONCLUSÃO 
 
Este trabalho demonstrou a necessidade de 
implementação de políticas públicas na saúde 
no sentido de evitar a disseminação dos 
diferentes tipos de parasitoses e as 
consequências dos agravos oriundos das 
mesmas. A implantação dessa política deve 
incluir a participação do profissional 
biomédico de forma ativa na educação em 
saúde, já que este profissional por sua atuação 
multidisciplinar é apto para agir também na 
educação escolar visando à redução da 
deficiência pedagógica na área da saúde. 
Durante as atividades realizadas, verificou-se 
que o brincar possibilita o desenvolvimento da 
criança integralmente, indo muito além de um 
instrumento didático facilitador. Com os 
adultos, trabalhar em rodas de conversas 
diretamente se mostra mais eficaz que 
trabalhar por meio de palestras que te 
distanciam da comunidade. Estratégias de 
educação em saúde são eficazes quando 
atingem os resultados esperados e, nesse 
sentido, intervenções lúdicas são estratégias 
valiosas, sobretudo no que se refereao público 
infantil, pois elas permitem a promoção da 
aprendizagem, evidenciadas pelo aumento no 
nível de conhecimento, bem como a mudança 
de comportamento e melhora na qualidade de 
vida
35, 36.
 
 O trabalho atingiu seus objetivos, não só por 
permitir uma construção do conhecimento por 
parte das crianças e dos adultos na região, mas 
por oferecer aos graduandos de Biomedicina 
uma oportunidade de trabalhar a promoção da 
saúde, uma das estratégias mais importantes 
para a redução no número de pessoas atingidas 
por parasitoses e várias outras doenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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revisão integrativa da literatura. Acta Paulista 
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36. WEBER, BV; et al. Brincar e Aprender 
com a Parasitologia. Rev. Trajetória 
Multicursos – FACOS/CNE Consórsio. vol. 
05 n. 06, pag. 36-45, 2012. ISSN 2178-4485. 
 
Anexo 01 - Parecer de aprovação do projeto pelo CEPApêndice 01 – TCLE 
 
 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
FATORES ASSOCIADOS À INCIDÊNCIA DE ENDO E ECTOPARASITOSES 
NAS CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA - 
BAHIA 
INSTITUIÇÃO DOS PESQUISADORES: FACULDADE SÃO FRANCISCO DE 
BARREIRAS 
PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A) /PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Prof.ª 
GISELE ANGÉLICA DE SOUZA LOUZADA 
 
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade São Francisco de 
Barreiras/FASB, com o CAAE 03654118.5.0000.5026, Aprovado em 18/03/2019, 
telefone 3613-8854, e-mail cepfasb@fasb.edu.br. 
Este documento que você está lendo contém explicações sobre o estudo que você está 
sendo convidado a participar. 
Antes de decidir se deseja participar (de livre e espontânea vontade) você deverá ler 
todo o conteúdo. Ao final, caso decida participar, você será solicitado a assiná-lo e 
receberá uma cópia do mesmo. 
Em caso de dúvidas, a equipe deste estudo responderá às suas perguntas a qualquer 
momento (antes, durante e após o estudo). 
Leia e/ou ouça atentamente as informações a seguir antes de dar o seu consentimento. 
 
Informações sobre o Estudo: 
O projeto em andamento será realizado entre os dias 15 de fevereiro a 15 de junho de 
2019, em centros educacionais do município de Ibotirama, Oeste da Bahia. Esta pesquisa 
conta com o apoio e autorização da Secretaria de Educação e da Secretaria de Saúde do 
município, bem como da escola em que seu filho/aluno se encontra matriculado, por 
meio da direção. A pesquisa será conduzida em cumprimento total das exigências 
contidas na Resolução CNS Nº 466/12, sobre pesquisa com seres humanos. O objetivo 
deste estudo é analisar o perfil epidemiológico do acometimento das endo e 
ectoparasitoses em crianças de 05 a 12 anos dos Centros Educacionais da cidade de 
Ibotirama, e também avaliar o nível de conhecimento regional de crianças e adultos sobre 
doenças parasitológicas e suas formas de contágio, bem como correlacionar o 
acometimento de parasitas em crianças com as prováveis influencias do seu ambiente de 
 
Comitê de Ética em Pesquisa - CEP 
mailto:cepfasb@fasb.edu.br
convivência, seja familiar ou escolar, analisando fatores como nível de escolaridade, 
sexo, idade, alimentação, higiene, entre outras variáveis. 
Ao concordar com a participação você deverá responder a um questionário confidencial 
com perguntas relacionadas à situação de moradia, características comportamentais e 
pessoais que estão associadas a transmissão das parasitoses em estudo. Você também 
autoriza a coleta de amostras de fezes, que permitam confirmar a presença de parasitoses 
intestinais, onde o coletor dessa amostra será oferecido pelo pesquisador de forma 
gratuita, sem gerar nenhum custo a você. Além disso, você deverá analisar se há contágio 
de ectoparasitas no menor, tendo o auxílio do pesquisador responsável sempre que 
precisar. 
 
Riscos e Benefícios: 
Os benefícios provenientes da sua participação consistem na geração de novos 
conhecimentos para embasar as ações de prevenção e controle de parasitoses município. 
Os participantes que apresentarem amostras com resultados positivos serão 
automaticamente encaminhados a Unidade Básica de Saúde responsável pelo seu bairro. 
Os participantes também receberão noções de educação sanitária com o objetivo de 
evitar a transmissão das verminoses. 
O risco para você que porventura participe da pesquisa são mínimos. Existe o 
desconforto na coleta da amostra fecal e na entrega da mesma, e também se tem que 
dispor de um tempo para responder o formulário proposto. Entretanto, a coleta será 
realizada por profissionais especializados em local adequado e não será revelado seu 
nome ou quaisquer informações pessoais, sendo tudo feito de forma privativa. Os efeitos 
colaterais dos medicamentos são poucos e largamente compensados pelos benefícios do 
tratamento e da cura das verminoses. 
 
Confidencialidade: 
Toda informação pessoal obtida nesta pesquisa é considerada confidencial e sua será 
mantida como informação sigilosa. As amostras de fezes e as respostas dos formulários 
serão guardadas apenas com um número, sem o nome. Os relatórios e resultados deste 
estudo serão publicados na forma de textos, tabelas, gráficos e figuras, sem nenhuma 
forma de identificação individual. 
Informações adicionais: 
Você também pode e deve fazer todas as perguntas que julgar necessárias, assim como 
recorrer a seu médico ou agente de saúde para maiores informações, se assim entender. 
A participação é totalmente voluntária e você poderá se recusar a participar do estudo 
sem qualquer prejuízo pessoal. 
Você tem a liberdade de desistir ou de interromper a colaboração e participação nesta 
pesquisa no momento em que desejar, sem necessidade de qualquer explicação. 
A desistência não causará nenhum prejuízo à sua saúde ou bem estar físico. Não virá 
interferir no atendimento e na assistência a ser prestada em caso de necessidade. 
Se o Sr. (a) tiver alguma consideração ou dúvida sobre a Ética da Pesquisa, entre em 
contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), localizado na Rua: Br 135, Km 01, 
nº 2.341, Bairro Boa Sorte, CEP: 47805-270, Barreiras – BA, Prédio II, 1º andar. 
Os resultados deste trabalho poderão ser apresentados em encontros ou revistas 
científicas, entretanto, ele mostrará apenas os resultados obtidos como um todo, sem 
revelar seu nome, instituição a qual pertence ou qualquer informação que esteja 
relacionada com sua privacidade. 
Consentimento e Assentimento: 
Declaro que li e entendi as informações relativas a este estudo. Fui informado que 
assinarei duas vias do consentimento e que uma delas ficará em meu poder. Concordo 
com a minha participação voluntária nesta pesquisa. 
 
Eu,______________________________________________________, RG 
________________, após receber uma explicação completa dos objetivos do estudo e 
dos procedimentos envolvidos, concordo voluntariamente em fazer parte deste estudo. 
 
Barreiras, _____ de _____________________ de _______ 
 
________________________________________________________ 
Participante da Pesquisa 
 
_________________________________________________________ 
Assinatura da testemunha (por extenso) 
 
_______________________________________________________ 
Pesquisador (a) responsável 
 
________________________________________________________ 
Pesquisador (a) auxiliar 
 
 
CONTATO DOS PESQUISADORES 
Para informações adicionais sobre este estudo, você poderá se comunicar 
com os pesquisadores responsáveis e auxiliares: 
Prof.ª Gisele Angélica de Souza Louzada - Orientadora Geral da Pesquisa, 
Faculdade São Francisco de Barreiras, Tel.: 77999714797 E-mail: 
gisele@fasb.edu.br 
Acadêmica Vitória Giovanna Costa do Vale, Biomedicina – Faculdade São 
Francisco de Barreiras , Tel. 77 981234245 E-mail: 
vitoriagiovannacostadovale@gmail.com 
Acadêmico Vandeildo Machado Leite, Biomedicina – Faculdade São 
Francisco de Barreiras, Tel. 77 999633412 E-mail: ido.leite@gmail.com 
 
 
mailto:gisele@fasb.edu.br
mailto:vitoriagiovannacostadovale@gmail.com
mailto:ido.leite@gmail.com
Apêndice 02 - Ficha de Cadastro de Dados Pessoais 
 
 
 
 
FATORES ASSOCIADOS À INCIDÊNCIA DE ENDO E ECTOPARASITOSES 
NAS CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA – 
BAHIA 
 
DADOS PESSOAIS 
 
Nome do usuário: __________________________________________ Idade:______ 
Número de Documento de Identidade:_______________ Órgão emissor/UF:_______ 
Número de CPF:____________________ Nacionalidade:_______________________ 
Endereço:_____________________________________________________________ 
CEP: ______________ Cidade:__________________ Estado: ___________________ 
Data de nascimento: _________________ Sexo: Feminino ( ) Masculino ( ) 
 
CONTATO PESSOAL 
 
Telefone Celular:_____________________ Telefone Residencial:________________ 
E-mail:________________________________________________________________ESCOLARIDADE 
 
Fundamental ( ) Médio ( ) Qual ano? ________ Superior ( ) Qual curso:_________ 
 
CONDIÇÃO DE SAÚDE 
Apresenta Hipertensão Arterial, Diabetes mellitus, ou algum tipo de Insuficiência? 
_____________________________________________________________________ 
Possui alguma doença crônica? Qual? 
_____________________________________________________________________ 
Possui problemas estomacais como Gastrite, Ulceras Gástricas, entre outros? 
_____________________________________________________________________ 
Apresenta quadros de hemorroidas, prolapso retal, entre outros? 
_____________________________________________________________________ 
Possui quadros constantes de diarreia ou prisão de ventre severa e prolongada? 
_____________________________________________________________________ 
Apêndice 03 – Questionário Exploratório 
 
 
 
 
FATORES ASSOCIADOS À INCIDÊNCIA DE ENDO E ECTOPARASITOSES NAS CRIANÇAS 
EM IDADE ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA – BAHIA 
 
FAMÍLIA N° ________ CENTRO EDUCACIONAL: ________________________ 
DATA: ___/___/______ INICIAIS DO ENTREVISTADO: ________________________________ 
 
INFORMAÇÕES SOBRE LOCALIZAÇÃO, FAMÍLIA E CONDIÇÕES DA RESIDÊNCIA: 
 
1. Área: 
2. Micro área: 
3. Endereço: 
4. Perímetro: ( ) Urbano ( ) Rural 
 
5. Há quanto tempo à família reside no local: ( ) < 6 meses ( ) entre 6 e 11 meses ( ) >12 meses 
 
6. Número de membros da família: 
 
7. Tipo de casa: 
• Parede: ( ) Alvenaria ( ) Madeira ( ) Lata ( ) Outros 
• Teto: ( ) Telha ( ) Amianto ( ) Laje ( ) Outros 
• Piso: ( ) Terra ( ) Cimento ( ) Taco ( ) Cerâmica ( ) Outros 
 
8. N° de cômodos: 
 
9. Quem cuida da casa – Higiene/Alimentos: ( ) Mãe ( ) Pai ( ) Tia(o) ( ) Avó(ô) ( ) Empregada 
 
10. Animais no domicílio? ( ) Cachorro ( ) Gato ( ) Aves ( ) Suínos ( ) Bovinos ( ) Mosca ( )Rato ( ) 
Barata ( ) Outros 
 
11. Número de pontos de água na casa funcionando: ( ) 5 ( ) mais de 5 ( ) menos de 5 
 
12. Se menos de 5, qual ponto de água está faltando? ( ) Pia do banheiro ( ) Vaso sanitário ( ) Chuveiro ( 
) Pia da cozinha ( ) Tanque 
 
13. Origem da água para consumo: ( ) Mina ( ) Poço artesiano ( ) Torneira pública ( ) Encanada ( ) Rio ( ) 
Açude ( ) Outros 
 
14. A água é bebida: ( ) Coada ( ) Filtrada ( ) Fervida ( ) Direto da coleção hídrica ( ) Fluoretada 
( ) Clorada ( ) Outros 
 
15. Coleção hídrica mais próxima: ( ) Vala de horta ( ) Cachoeira ( ) Córrego ( ) Lago ( ) Açude ( ) 
Rio ( ) Mina ( ) Represa ( ) Poça d’ água em ponto de passagem obrigatório 
 
16. Tempo gasto a pé: ( ) < 15 min ( ) 15 a 30 min ( ) > 30 min 
 
 
 
SANEAMENTO 
 
1. Falta água na casa? ( ) Sim ( ) Não 
 
2. Em caso afirmativo: Quantos dias/mês? 
 
3. A casa possui caixa d’água? ( ) Sim ( ) Não 
 
4. Periodicidade com que a água cai na caixa d’água (vezes por semana): ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5
 ( ) 6 ( ) Todos os dias 
 
5. Condições da caixa d’água: ( ) aberta ( ) fechada 
 
6. A família tem o hábito de lavar a caixa d’água: ( ) Sim ( ) Não 
 
7. Em caso afirmativo: Com que frequência? ( ) 6/6 meses ( ) 1/1 ano ( ) > 1 ano 
 
8. Tipo de instalação sanitária: ( ) Privada com água e descarga ( ) Privada com fossa seca ( ) Sem privada, 
com assento no chão ( ) Nenhum 
 
9. Localização da instalação sanitária: ( ) Dentro da residência ( ) Fora da residência 
 
10. Destino do esgoto: ( ) Via pública canalizada ( ) Rio ou córrego ( ) Fossa séptica ( ) Mato ( ) Vala 
negra ( ) Outros: 
 
11. Destino do lixo da casa: ( ) Coleta pública ( ) Queima ( ) Mato ( ) Buraco ( ) Rio/Córrego
 Outros: 
 
 
HÁBITOS ALIMENTARES DA FAMÍLIA 
 
1. Vegetais consumidos crus: ( ) Agrião ( ) Alface ( ) Almeirão ( ) Cebolinha ( ) Couve ( ) Espinafre ( ) 
Pimentão ( ) Tomate ( ) Outros ( ) NA 
 
2. Lavagem dos vegetais/frutas/legumes crus: ( ) Não lava ( ) Lava em água corrente ( ) Lava com água e 
sabão ( ) Deixa de molho com água e vinagre ( ) Deixa de molho com água e água sanitária ( ) Outros 
 
3. Onde adquire esses vegetais/frutas/legumes: ( )Horta própria ( )Horta de vizinho ou parente ( )Horta 
comunitária ( )Feira livre ( ) Mercado/Supermercado ( ) Outros ( ) NA 
 
4. A família consome carne pelo menos uma vez por mês: ( ) Sim ( ) Não 
 
5. A família congela as carnes a -10°C por um prazo de 20 dias ates de consumi-la? ( ) Sim ( ) Não 
 
6. Tipo de carne consumida: ( ) Bem passada ( ) Mal passada 
 
 
HÁBITOS HIGIENICOS DA FAMÍLIA 
 
1. Qual frequência de banho dos moradores da residência? 
 
2. Os habitantes do domicilio tem costume de lavar as mãos antes das refeições? ( ) Sim ( ) Não 
 
3. A família compartilha itens de higiene e cuidados pessoais? 
 
4. Qual a frequência de idas ao dentista? 
 
5. São feitos de forma preventiva e rotineira exames laboratoriais, incluindo entre eles exames 
parasitológicos? ( ) Sim ( ) Não 
 
6. Já houve casos positivos para doenças parasitológicas intestinais entre os componentes familiares que 
residem o domicílio pesquisado? ( ) Sim ( ) Não 
 
7. Em caso positivo, qual parasita foi encontrado? 
 
8. Já houve casos positivos para pediculose entre os componentes familiares que residem o domicílio 
pesquisado? 
 
9. Qual a frequência de limpeza do domicílio, com ênfase nos banheiros? 
 
 
INTERAÇÃO FAMÍLIA-CRIANÇA-ESCOLA 
 
1. Há frequência de visitas familiares a escola da criança em situações que estes não são solicitados, neste 
caso se excluindo, por exemplo, reuniões escolares e festividades? ( ) Sim ( ) Não 
 
2. A criança apresenta espontaneidade e interesse próprio em frequentar a escola/projeto? ( ) Sim ( ) Não 
 
 
INTERAÇÃO EQUIPE-CRIANÇA-ESCOLA 
 
 
1. As crianças no horário de lanche escolar lavam as mãos antes de se alimentar? ( ) Sim ( ) Não 
 
2. Quando retornem de atividades recreativas como brincadeiras em parques com areia ou em contato com 
hortas, lavam as mãos antes de entrar na sala? ( ) Sim ( ) Não 
 
3. As crianças de uma mesma sala costumam compartilhar seus lanches ou utensílios pessoais entre si? 
( ) Sim ( ) Não 
 
4. Em casos de creches, esta possui um fraldário separado de banheiros comuns e sociais, para uso infantil? 
( ) Sim ( ) Não 
 
5. Qual a frequência de higienização dos banheiros da escola, principalmente os utilizados pelas crianças? 
 
6. Qual a frequência de higienização dos brinquedos de uso compartilhado da escola utilizados pelas 
crianças? 
 
CONHECIMENTOS PESSOAIS INDIVIDUAIS 
1. Sabe como é um piolho? ( ) Sim ( ) Não 
2. Ele pula ou voa de uma cabeça para outra? ( ) Sim ( ) Não 
3. Piolho só gosta de cabeça suja? ( ) Sim ( ) Não 
4. O piolho prefere lugares quentes? ( ) Sim ( ) Não 
5. Meninas têm mais piolhos que meninos? ( ) Sim ( ) Não 
6. Meninas e meninos de cabelo liso e curto tem menos piolhos? ( ) Sim ( ) Não 
7. O piolho escorrega mais fácil em cabelos lisos, não precisa do pente fino ? ( ) Sim ( ) Não 
8. Remédios caseiros e comprados em farmácias matam as lêndeas? ( ) Sim ( ) Não 
9. Quem teve piolho uma vez, não vai ter novamente? ( ) Sim ( ) Não 
10. Xampu comum, de uso diário mata piolhos também? ( ) Sim ( ) Não 
11. Sal e vinagre na cabeça matam piolhos e lêndeas? ( ) Sim ( ) Não 
12. Querosene, gasolina, Baygon e outros produtos químicos do tipo matam piolhos? ( ) Sim ( ) Não 
13. O (a) Senhor (a) já utilizou algum produto descrito acima para matar piolhos? ( ) Sim ( ) Não 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apêndice 04 – Ficha de Acompanhamento de Ectoparasitoses 
 
 
 
 
FATORES ASSOCIADOS À INCIDÊNCIA DE ENDO E ECTOPARASITOSES NAS CRIANÇAS EM IDADE 
ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE IBOTIRAMA – BAHIA 
 
A terceira parte da pesquisa consiste na avaliação de infestação por Pediculus humanus, parasita que causa a 
Pediculose. Esta avaliação será

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