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Aula 9 - O Período Regencial (1831 a 1840)
e-Tec Brasil57Aula 9 - O Período Regencial (1831 a 1840)
Nessa aula você vai conhecer o período regencial, que apesar 
de uma duração curta - aproximadamente 9 anos - foi um dos 
momentos mais agitados da história política e social do Brasil. Ao 
concluirmos essa aula você saberá identificar as circunstâncias e os 
acontecimentos que caracterizaram o período regencial como um 
dos períodos mais instáveis da política brasileira e ainda reconhecer 
nas agitações político-sociais as formas pelas quais se manifestavam 
os descontentamentos populares diante das limitações políticas 
estabelecidas por um regime que se organizava em função dos 
interesses das classes dominantes.
O período regencial (1831-1840) é uma fase que se situa entre o Primeiro 
(1822-1831) e o Segundo Reinado (1840-1889). O governo regencial, e o 
Brasil naquele período apresentaram as seguintes características: 
a aristocracia agrária assumiu o poder executivo; 
a consolidação do Estado Nacional brasileiro; 
identificação sob alguns aspectos à forma republicana; ocorrência de 
graves crises sociais e políticas em algumas províncias; 
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas gerais destacam-se como as províncias 
mais importantes.
Importante!
Transição entre o primeiro e o segundo reinado foi turbulenta
O período regencial brasileiro durou praticamente uma década: de 1831 a 
1840. Trata-se da fase de transição entre o primeiro e o segundo império 
- ou seja, o período compreendido entre os reinados de D. Pedro I (1822 
a 1831) e D. Pedro II (1840 a 1889). A regência pode ser dividida em duas 
fases, cada uma com mais dois períodos. A primeira fase é a da regência 
trina, subdividida em regência provisória e permanente. A segunda é a fase 
da regência una, subdividida nas regências de Diogo Feijó e Araújo Lima. 
Históriae-Tec Brasil 58
Fase da regência trina
Quando o imperador D. Pedro I renunciou ao trono brasileiro, em abril de 
1831, o príncipe herdeiro deveria assumir seu lugar. Porém, a Constituição 
de 1824 previa uma idade mínima para a investidura do novo imperador, e o 
príncipe não atendia ao requisito. Por isso, ficou sob a tutela de José Bonifácio 
de Andrada e Silva, escolhido pelo próprio Pedro I. Quanto ao Brasil, passou 
a ser governado por uma regência trina, de maneira provisória. A renúncia 
do imperador havia ocorrido durante o recesso parlamentar, motivo pelo 
qual não foi possível eleger os regentes permanentes. Isso ocorreu quase três 
meses depois. Apenas um dos integrantes da regência provisória, brigadeiro 
Francisco de Lima e Silva foi mantido no cargo. O triunvirato governou o 
país por cerca de quatro anos, quando uma reforma constitucional - o Ato 
Adicional de 1834 - instituiu a regência una, para a qual foi realizada eleição 
em 1835. Diogo Feijó, ministro da Justiça do início do período regencial, foi 
escolhido como novo e único regente. 
Fase da regência una
O Ato Adicional transformou a regência trina em una e concedeu 
amplos poderes para as Assembleias Provinciais. Era, assim, a expressão 
da nova correlação de forças, na medida em que aumentava o poder 
local, ao mesmo tempo em que buscava conservar certo equilíbrio 
político, concentrando o poder central nas mãos de um só regente. 
 
Os vários grupos sociais do país perceberam que o governo estava frágil e 
passaram a exigir melhores condições de vida e até mesmo algumas regiões 
buscaram a separação do país. Houve muitas revoltas nessa fase (1831-
1840) sendo esta a principal característica do chamado “período regencial”.
Período marcado por rebeliões
O período regencial foi uma fase de transição política, e, como tal, abriu 
várias possibilidades de mudanças desde o seu início. É esse o sentido de 
toda a agitação verificada nessa fase da história do Brasil, desde a renúncia 
de D. Pedro I até o golpe da maioridade, que pôs fim à regência. Cabanagem, 
Balaiada, Sabinada e Farroupilha foram algumas das mais importantes 
revoltas daquele período extremamente agitado política e socialmente.
Embora tenham existido diferenças significativas entre cada um desses 
movimentos, todos eles mostraram de que forma as incertezas trazidas com a 
regência foram aproveitadas para explicitar a luta pelo poder e por melhores 
condições de vida. Curiosamente, todas as revoltas importantes ocorreram 
e-Tec Brasil59
após 1834, talvez indicando que a divisão do poder com as províncias tenha 
ajudado a alimentar o desejo de mudança. 
E foi justamente essa a percepção dos setores conservadores da sociedade 
brasileira. Não à toa, eles se juntaram para, em nome da ordem, garantir a 
integridade do Império. É sob essa ótica que deve ser entendido o chamado 
regresso conservador e também a antecipação da maioridade de D. Pedro II
Fonte: http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/periodo-regencial.jhtm
Acesso em 13/12/2010
No texto abaixo, vamos conhecer algumas características do período 
do Governo Regencial no Brasil!
No Pará, uma revolta política lança a província em uma violenta guerra civil, 
que se estende por cinco anos. A independência local chega a ser decretada, 
mas os rebeldes autointitulados cabanos, são violentamente esmagados, 
deixando cerca de 30 mil mortos, ou seja, cerca de 20% da população 
provincial. No extremo sul do país, a Farroupilha tem melhor sorte. 
A independência do Rio Grande do Sul é alcançada e, durante os anos de 
1835-45, a então denominada República do Piratini mantém-se separada do 
Brasil.
(...) Vez por outra, porém, tais movimentos fugiam ao controle da elite, 
tornando-se levantes populares. As chances de esses grupos alimentarem 
seus projetos de independência eram grandes, pois, nos embates com as 
tropas oficiais, os fazendeiros armavam os cativos e homens pobres. Além 
disso, os movimentos separatistas criavam divisões no interior das elites, 
como era o caso dos liberais exaltados se contrapondo aos grupos que 
procuravam se alinhar ao governo regencial. Ora, a divisão entre senhores 
dava maior eficácia aos movimentos de contestação escravistas, arriscando 
todo o sistema a sucumbir em razão da luta de classes. Essa possibilidade 
foi registrada em 1835, quando da descoberta de planos de um levante de 
escravos muçulmanos em Salvador. Detalhe da Revolta dos Malês: os cativos 
pretendiam matar todos os brancos e decretar uma monarquia islâmica na 
Bahia. 
O Maranhão também apresentou um movimento rebelde com características 
populares. Iniciada em 1838, entre as elites, essa revolta escapou ao controle 
delas, passando a ser liberada por um escravo fugido e por um fazedor 
de balaios (cestos produzidos com talas de palmeiras ou de cipó). A então 
denominada Balaiada chegou a reunir um exército de 11 mil revoltosos, 
espalhando terror entre as elites maranhenses e de províncias vizinhas. 
Nesse contexto de risco de os pobres e escravos assumirem o controle do 
Aula 9 - O Período Regencial (1831 a 1840)
Históriae-Tec Brasil 60
poder, reproduzindo em grande escala o ocorrido no Haiti em fins do século 
XVIII (ano 1701 a 1800), é que se articula entre 1837-40 o retorno dos 
mecanismos centralizadores do Primeiro Reinado.
FAUSTO, B. História Concisa do Brasil. 2 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009, pp. 167-169.
Durante o período regencial ocorreram revoltas em determinadas províncias 
contra o sistema político, econômico e social da época. A maior parte desses 
movimentos sociais tinha um caráter popular, embora as classes médias e as 
elites também tenham se colocado contrários ao governo regencial.
O fracasso dos governos regenciais ficou evidenciado nessas revoltas sociais 
com caráter separatistas que ocorreram em algumas províncias no Brasil. As 
elites perceberam a necessidade urgente de restabelecer a ordem e garantir 
um novo rumo político para o país. O período regencial chegou ao fim com 
o chamado Golpe da Maioridade (1840). De acordo com a Constituiçãode 
1824, o herdeiro do trono só poderia assumir o governo com 18 anos de 
idade. Contudo, os liberais anteciparam a maioridade de D. Pedro II que foi 
conduzido ao poder no ano de 1840. 
Atividade de aprendizagem
1. Nos dias de hoje existem movimentos sociais que procuram de alguma 
forma melhorar suas condições de vida? Identifique alguns desses movi-
mentos e como é o relacionamento deles com o governo em seus dife-
rentes níveis?
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Resumo
Nessa aula você estudou: 
O período em que o Brasil não foi governado por um representante da 
monarquia, mas sim por representantes das elites brasileiras.
Como ocorreram movimentos sociais em diversas províncias em reação 
ao governo regencial

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