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Organização Judiciária Estadual - Aula 03

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Livro Eletrônico
Aula 03
Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com
Videoaulas - Pós-Edital
Tiago Zanolla
60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira
 
 
 
 
 
 
 1 
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PODER JUDICIÁRIO 
Tribunal de Justiça do Estado do 
Maranhão 
 
AULA 03 
COJE (ARTS. 62 A 86 E 194 A 207) 
 
Dos Magistrados .......................................................................................................... 2 
Do Compromisso, da Posse, Dos Exercícios e da Matrícula .....................................................................2 
Da Remoção, Da Permuta, Da Promoção, Da Disponibilidade e Da Aposentadoria ...............................6 
Da Promoção do Juiz ................................................................................................................................8 
Da Disponibilidade não punitiva ..............................................................................................................9 
Da aposentadoria ..................................................................................................................................10 
Dos Direitos e Garantias ........................................................................................................................10 
Das Prerrogativas...................................................................................................................................14 
Das Incompatibilidades ..........................................................................................................................15 
Dos Subsídios e Vantagens ....................................................................................................................16 
Da Licença e das Férias ..........................................................................................................................21 
Vestes Talares ........................................................................................................................................27 
Dos Deveres e Vedações ........................................................................................................................27 
Disposições Diversas .................................................................................................. 29 
Questões .................................................................................................................... 31 
Questões Propostas ...............................................................................................................................31 
Gabaritos ...............................................................................................................................................36 
Questões Comentadas ...........................................................................................................................37 
Tiago Zanolla
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DOS MAGISTRADOS 
Hoje vamos falar das regras aplicáveis aos magistrados em geral. 
É um item com pouca incidência em provas, mas que cai. 
Para tornar nosso estudo mais produtivo, vamos direto nos assuntos que são mais 
importantes, sendo os demais replicados com o texto de lei. 
Era isso. Boa aula! 
 
 
DO COMPROMISSO, DA POSSE, DOS EXERCÍCIOS E DA MATRÍCULA 
Vamos começar falando do provimento do cargo de magistrado. 
Provimento é o ato administrativo que preenche o cargo público. Por outro lado, 
vacância é o ato administrativo que declara vago o cargo. 
Existem várias etapas. Vamos seguir uma sequência mais lógica que aquela proposta 
pela lei, OK? 
Doutrinariamente, o provimento de cargo público pode ocorrer de duas formas: 
• Originária – Ocorre quando não há relação jurídica entre o ente da 
administração e o sujeito. É o ingresso no serviço público. Essa forma segue o rito 
concurso ➔ nomeação ➔ posse ➔ exercício. 
Só que durante a vida funcional, o servidor pode ter mutações funcionais. São as 
chamadas formas de provimento derivada. 
• Derivada – Ocorre quando já existe vínculo jurídico anterior. Utilizada para 
a movimentação na carreira do servidor. 
 
Vamos falar inicialmente do provimento originário. 
Após a nomeação, o magistrado tem o prazo de 30 dias para tomar posse, contados 
da publicação do respectivo ato. A posse dos juízes de direito substitutos de entrância 
inicial será precedida de exame de sanidade física e mental perante junta médica do 
Tribunal de Justiça. 
O prazo para entrada em exercício é de 30 dias. 
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Já no caso dos Desembargadores, não há prazo assinalado para a posse, mas há para 
o exercício, que é imediatamente após a posse. 
No caso de promoção, remoção ou permuta, os magistrados têm o que chamamos 
de “tempo de trânsito”, que será de 15 dias. 
Os juízes de direito substitutos de entrância inicial, quando titularizados, terão o prazo 
de quinze dias para o exercício; e os juízes de direito auxiliares de entrância final, 
quando titularizados, terão prazo de três dias para o exercício, em ambos os casos 
contados da posse. 
Os juízes de direito substitutos de entrância inicial, quando titularizados, terão o prazo 
de quinze dias para o exercício; e os juízes de direito auxiliares de entrância final, 
quando titularizados, terão prazo de três dias para o exercício, em ambos os casos 
contados da posse. 
E se não tomar posse no prazo legal? 
Nesse caso, considerar-se-á sem efeito o ato de nomeação, promoção, remoção ou 
permuta caso não se verifique a posse no prazo estabelecido neste artigo, salvo casos 
de doença comprovada e apreciados pelo Plenário. 
Art. 62. Os magistrados tomarão posse nos seus cargos no prazo de trinta dias, contados 
da publicação do respectivo ato de provimento no Diário da Justiça. 
§1º Todos os empossados, mesmo nos casos de promoção, remoção, permuta ou 
titularização, farão antecipada declaração de bens e prestarão compromisso de bem 
servir, considerando-se completo o ato, para os efeitos legais, somente depois de 
iniciado o exercício. 
§2º A posse dos juízes de direito substitutos de entrância inicial será precedida de exame 
de sanidade física e mental perante junta médica do Tribunal de Justiça. 
§3º Os desembargadores entrarão em exercício imediatamente após a posse e 
independentemente de termo especial. 
§4º O prazo para o exercício será de trinta dias para juízes de direito substitutos de 
entrância inicial e de quinze dias para os juízes de direito titulares quando se tratar de 
promoção, remoção ou permuta, em ambos os casos contados da posse. 
§5º Os juízes de direito substitutos de entrância inicial, quando titularizados, terão o prazo 
de quinze dias para o exercício; e os juízes de direito auxiliares de entrância final, quando 
titularizados, terão prazo de três dias para o exercício, em ambos os casos contados da 
posse. 
§6º Nenhum magistrado, mesmo antes de iniciado o exercício, poderá praticar 
quaisquer atos na sua antiga comarca, vara ou juizado após a posse em razão de 
promoção, permuta, remoção ou titularização. 
§7º Considerar-se-á sem efeito o ato de nomeação, promoção, remoção ou permuta 
caso não se verifique a posse no prazo estabelecido neste artigo, salvo casos de doença 
comprovada e apreciados pelo Plenário. 
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 48§8º Não será permitida a desistência de promoção, remoção e permuta após a posse; 
e o não exercício nos prazos estabelecidos implicará abandono de cargo. 
§9º Os juízes de direito substitutos de entrância inicial e os juízes de direito auxiliares de 
entrância final não poderão recusar a titularização, que será sempre de acordo com a 
ordem de antiguidade, sob pena de caracterização de abandono do cargo. 
 
Ainda, os Juízes de Paz tomarão posse, prestarão compromisso e entrarão em exercício 
concomitantemente, no prazo de trinta dias, perante o diretor do fórum da comarca. 
 
Vamos anotar esses prazos: 
PRAZO ATO QUEM 
30 DIAS Posse Juiz Substituto em virtude de nomeação 
30 DIAS 
Exercício 
Juiz Substituto em virtude de provimento originário 
Imediatamente 
após posse 
Nomeação para Desembargadores 
15 DIAS 
Exercício na nova 
unidade 
Para os juízes de direito titulares quando se tratar 
de promoção, remoção ou permuta, 
15 DIAS 
juízes de direito substitutos de entrância inicial, 
quando titularizados 
3 DIAS 
juízes de direito auxiliares de entrância final, 
quando titularizados 
30 dias Posse e Exercício 
Os juízes de paz tomarão posse, prestarão 
compromisso e entrarão em exercício 
concomitantemente. 
 
O próximo item vai tratar como será a posse. 
SUJEITO POSSE 
Presidente do TJ 
compromisso e posse perante o Tribunal 
de Justiça, em sessão solene 
Vice-presidente 
Corregedor-Geral 
Desembargadores 
juízes de direito substitutos de entrância inicial perante o presidente do Tribunal de 
Justiça juízes de direito auxiliares de entrância final 
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juízes de direito titulares 
Juiz de paz perante o diretor do fórum da comarca 
Da posse será lavrado “termo de compromisso” e será assinado da seguinte forma pelo 
presidente do Tribunal, salvo na hipótese de posse de novo presidente. Nesse caso, 
será assinado pelo presidente que deixa o cargo. 
OBS: 
 
O restante é tudo muito simples: 
Art. 63. O presidente do Tribunal, o vice-presidente, o corregedor-geral da Justiça e os 
desembargadores prestarão compromisso e tomarão posse perante o Tribunal de 
Justiça, em sessão solene; e os juízes de direito substitutos de entrância inicial, os juízes 
de direito auxiliares de entrância final e os juízes de direito titulares, perante o presidente 
do Tribunal de Justiça. 
§1º Do compromisso que prestarem as autoridades mencionadas no caput lavrar-se-á 
o devido termo, que será assinado, no primeiro caso, pelo presidente que deixa o cargo 
e pelo seu sucessor; e nos demais, pelo presidente e pelo empossando. 
§2º Os desembargadores, caso requeiram, poderão prestar compromisso e tomar posse 
perante o presidente do Tribunal de Justiça. 
§3º A posse dos juízes de direito substitutos de entrância inicial terá caráter solene. 
§4º Os juízes de direito titulares entrarão em exercício na comarca, vara ou juizado no 
qual tomaram posse, devendo encaminhar cópias do termo de exercício ao presidente 
do Tribunal de Justiça, ao corregedor geral da Justiça e ao presidente do Tribunal 
Regional Eleitoral. 
§5º Os juízes de direito substitutos de entrância inicial e os juízes de direito auxiliares de 
entrância final entrarão em exercício perante o corregedor-geral da Justiça. 
§6º Os juízes de paz tomarão posse, prestarão compromisso e entrarão em exercício 
concomitantemente, no prazo de trinta dias, perante o diretor do fórum da comarca, 
devendo ser encaminhadas cópias do termo às secretarias do Tribunal de Justiça e da 
Corregedoria Geral da Justiça. 
 
 
O art. 64 trata do prontuário dos Magistrados (ficha funcional): 
Art. 64. Os Desembargadores, Juízes de Direito, Juízes Auxiliares e Juízes Substitutos serão 
matriculados na Secretaria do Tribunal, devendo conter no respectivo prontuário: 
I – nome e data do nascimento do Magistrado, do cônjuge, dos filhos e de outros 
dependentes; 
II – endereço e datas de nomeação, posse e exercício inclusive suas interrupções, e 
motivos; 
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III – datas e motivos das remoções permutas e promoções, bem como anotações sobre 
exercício inclusive suas interrupções e motivos; 
IV – Anotações sobre processos criminais e processos administrativos disciplinares 
instaurados contra o matriculado com as respectivas decisões finais. 
§1º A matrícula será feita em livro próprio aberto, rubricando e encerrado pelo 
Presidente do Tribunal de Justiça. 
§2º Pelos dados constantes da matrícula e do prontuário será feito em fichário, o Boletim 
individual. 
 DA REMOÇÃO, DA PERMUTA, DA PROMOÇÃO, DA DISPONIBILIDADE E DA 
APOSENTADORIA 
Essas são as formas de provimento derivado. 
Vamos começar falando da antiguidade. 
Art. 65. O tempo de serviço do Juiz será o constante da matrícula por cujos 
assentamentos serão organizadas as listas de antiguidade para promoções. 
Se tem algo importante dentro do Judiciário é a antiguidade dos juízes que, nada mais 
é, do que o tempo de serviço na ENTRÂNCIA deduzidas alguns afastamento. 
SIM! A lista de antiguidade é feita por entrância. Então ,teremos 4 listas. 
Professor, mas não são três entrâncias? É sim, padawan! Mas teremos uma lista também 
só de desembargadores. 
Outro ponto importante é que antiguidade é contada de tempo efetivo de serviço, ou 
seja, não são computadas as interrupções. 
Art. 66. Entende-se por antiguidade o tempo de efetivo serviço na Entrância deduzidas 
as interrupções, exceto as licenças especiais para tratamento de saúde até 90 
(noventa) dias, as férias, os afastamentos para responder a processos criminal e os 
determinados pelo Tribunal de Justiça ou pela Justiça Eleitoral para cumprimento de 
missões. 
ANOTE: 
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FÉRIAS
LICENÇAS ESPECIAIS PARA 
TRATAMENTO DE SAÚDE ATÉ 90 DIAS
AFASTAMENTOS 
COMPUTADOS NO 
TEMPO DE SERVIÇO
AFASTAMENTO PARA RESPONDER 
PROCESSO CRIMINAL
AFASTAMENTO DETERMINADO PELO 
TJ
AFASTAMENTO DETERMINADO PELA 
JUSTIÇA ELEITORAL
CUMPRIMENTO DE MISSÕES
 
 
Bem, como regra, a antiguidade é contada da POSSE! Havendo empate, atender-se-
á, sucessivamente, para prevalência: 
CONTADO A PARTIR DA 
POSSE
DATA DO EXERCÍCIO
DATA DA SESSÃO DA 
PROMOÇÃO
ANTIGUIDADE NA ENTRÂNCIA 
ANTERIOR
CLASSIFICAÇÃO NO 
CONCURSO NOS CASOS DOS 
JUÍZES DE ENTRÂNCIA INIICIAL
ANTIGUIDADE
NO CASO DE EMPATE, 
ATENDER-SE-Á, 
SUCESSIVAMENTE
 
A lista de antiguidade será anualmente atualizada, com a inclusão dos novos Juízes e 
a exclusão dos aposentados, falecidos, ou que, por qualquer motivo, houverem 
perdido o cargo. 
Art. 68. Em caso de mudança de sede do Juízo, será facultado ao Juiz remover-se para 
Comarcas de igual entrância, se houver vaga ou obter a disponibilidade, com 
vencimentos integrais. 
 
Agora, leia o artigo seguinte: 
Art. 69. Na magistratura de entrância, antes do provimento inicial ou da promoção por 
antiguidade ou merecimento será facultada a remoção. 
A regra é a seguinte: havendo vacância, ANTES de efetuar uma nomeação por 
provimento originário, deve se dar oportunidade para que os juízes que já estão na 
carreira, caso queiram, optem pelo lugar vago. 
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Parágrafo único. A ocorrência de vaga na entrância inicial que caiba remoção ou de 
vaga nas entrâncias intermediárias ou final a serem preenchidas pelos critérios de 
antiguidade ou de merecimento deverá ser divulgada por meio de edital, para que os 
juízes interessados possam requerer remoção no prazo de cinco dias. 
 
DA PROMOÇÃO DO JUIZ 
A carreira da magistratura de primeira instância far-se-á mediante promoções, 
remoções, transferências e permutas. 
A promoção dos juízes é regulada constitucionalmente e pela Lei Orgânica da 
Magistratura Nacional. Além desses normativos de âmbito nacional, o COJE e 
REGIMENTO INTERNO tratam desse assunto. 
A primeira coisa que você precisa saber é que o JUIZ deve manifestar interesse na 
promoção, isso, pois, os magistrados gozam da inamovibilidade. 
O que é mais cobrado em provas sobre o assunto é que a promoção deve observar, 
alternadamente, critérios de antiguidade e merecimento. 
Um cargo deve ser provido por antiguidade; o próximo por merecimento; o seguinte 
por antiguidade; após, por merecimento e assim sucessivamente. 
Art. 70. A promoção de juiz de direito far-se-á de entrância para entrância, 
alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes regras: 
Quanto a promoção por antiguidade, você pode achar que será promovido o juiz mais 
antigo que se candidatar, mas não é bem assim. 
Assim como na promoção por merecimento, o Juiz deve ser “aprovado” pelo TRIBUNAL 
PLENO. Na promoção por antiguidade, o Tribunal de Justiça somente poderá recusar 
o Juiz mais antigo pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, conforme 
procedimento próprio, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação 
I – a antiguidade será apurada na entrância, assim como o merecimento, este mediante 
lista tríplice quando possível; 
II – na apuração da antiguidade, o Plenário somente poderá recusar o juiz mais antigo 
pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento 
próprio estabelecido no Regimento Interno, e assegurada a ampla defesa, repetindo-
se a votação até fixar-se a indicação; 
A promoção por merecimento observa alguns critérios objetivos de avaliação e 
também, pelo menos, 2 anos de exercício na entrância. 
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III – a promoção por merecimento requer dois anos de exercício na respectiva entrância 
e integre o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver 
com tais requisitos quem aceite o lugar vago; 
IV – a aferição do merecimento, conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de 
produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento 
em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento, far-se-á de acordo com o 
estabelecido no Regimento Interno; 
 
ATENÇÃO: Será obrigatoriamente promovido o juiz que figure por três vezes 
consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento. 
 
Também existem algumas “vedações” quanto a promoção. 
VI – Não será promovido, por antiguidade ou merecimento, o juiz que, 
injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo 
devolvê-los à secretaria judicial sem o devido despacho ou decisão; 
VII – na promoção por merecimento não serão computadoss votos dados a juiz de 
direito que, a menos de um ano do dia da votação, tenha sofrido pena de censura. 
Parágrafo único. Vagando comarca de entrância inicial e decididos os pedidos de 
remoção, será a mesma provida por juiz de direito substituto de entrância inicial, 
obedecida a ordem de antiguidade. 
 
DA DISPONIBILIDADE NÃO PUNITIVA 
A disponibilidade não punitiva é quando o sujeito não trabalha, mas recebe 
normalmente. Ela pode ocorrer por uma séria de motivos (que não são especificados 
no COJE). 
Art. 71. A disponibilidade não punitiva assegura ao magistrado, como se em exercício 
estivesse, a percepção de subsídio e vantagens incorporáveis, bem como a contagem 
de tempo de serviço, exceto as vantagens que supõem efetivo exercício da 
Magistratura, não o isentando, contudo das vedações constitucionais impostas aos 
magistrados. 
§1º Ao juiz em disponibilidade não punitiva é assegurada a opção de titularidade entre 
as unidades jurisdicionais vagas de igual entrância, salvo se existir unidade vaga na 
comarca em que se encontrava ao ser posto em disponibilidade, quando então será 
nesta titularizado. 
§2º O juiz em disponibilidade punitiva, quando do seu reaproveitamento, será 
titularizado na unidade jurisdicional vaga de igual entrância. 
 
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DA APOSENTADORIA 
Em 2015 nós tivemos a chamada “PEC da Bengala” que alterou a idade-limite no 
serviço público. 
Art. 40. § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo 
serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma 
dos §§ 3º e 17: 
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 
(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei 
complementar; 
Mas depende de LC? Sim, depende. Eis que lhes apresento a LC 152/2015: 
Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade: 
II - os membros do Poder Judiciário; 
Nesse sentido, dispõe o COJE: 
Art. 72 - A aposentadoria dos magistrados será compulsória aos 75 anos de idade, ou 
por invalidez, comprovada, ou, ainda, facultativa, aos trinta anos de serviços, após 
cinco anos de exercício efetivo na judicatura, em todos esses casos, com subsídios 
integrais. 
Parágrafo único. É automática a aposentadoria compulsória, afastando-se o 
Magistrado do exercício de suas funções no dia seguinte ao em que atingir a idade 
limite. 
 
 
DOS DIREITOS E GARANTIAS 
Os Magistrados gozam das seguintes garantias, na forma da Constituição Federal: 
• vitaliciedade; 
• inamovibilidade; 
• irredutibilidade de subsídio. 
Vejamos uma a uma: 
A vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 (dois) anos de 
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal 
de Justiça, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; 
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O cargo inicial é provido por nomeação em caráter vitalício, entretanto, a 
vitaliciedade é adquirida após dois anos de efetivo exercício. 
A vitaliciedade é uma garantia de que dispõem os membros do Ministério Público da 
União de só perderem o cargo em razão de sentença judicial transitada em julgado; 
Nesse caso, não basta processo administrativo, é necessário que seja ajuizada ação 
civil para a perda do cargo com esta e única exclusiva finalidade. 
É importante não confundir o vitaliciamento (após 2 anos) com a estabilidade dos 
servidores (após 3 anos). 
OBS: Você viu que a previsão é expressa quando a aquisição da vitaliciedade no 
primeiro grau. Você deve imaginar: ah! É porque no segundo grau são só juízes com 
bastante tempo de casa. Até aí, está certo. Mas, e os membros oriundos do quinto 
constitucional? Nesse caso, os membros se tornam vitalícios ao tomarem posse como 
Desembargador. 
 
Inamovibilidade,salvo por motivo de interesse público, observado o disposto na 
Constituição da República; 
A inamovibilidade impede que o Magistrado seja removido compulsoriamente do seu 
local de atuação para outro. 
Ex: Dart Veiderson é Juiz em Curitiba. Por estar exercendo com rigor suas funções, 
acabou condenando o prefeito municipal. Por coincidência, o prefeito é amigo 
de infância do Presidente do Tribunal de Justiça. O prefeito, pede que o Juiz seja 
transferido para Cascavel, no interior do estado. Se não fosse pela garantia da 
inamovibilidade, Dart Veiderson seria removido para exercer suas funções em 
outra localidade. 
Essa não é uma garantia absoluta. O membro judiciário pode ser removido 
compulsoriamente (ex officio) por motivo de interesse público, mediante deliberação 
do Tribunal Pleno. 
A inamovibilidade é, nos termos do art. 95, II, da CF, garantia de toda a magistratura, 
alcançando não apenas o juiz titular como também o substituto. O magistrado só poderá ser 
removido por designação, para responder por determinada vara ou comarca ou para prestar 
auxílio, com o seu consentimento, ou, ainda, se o interesse público o exigir, nos termos do inciso 
VIII do art. 93 do Texto Constitucional. 
[MS 27.958, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 17-5-2012, P, DJE de 29-8-2012.] 
 
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Irredutibilidade de subsídios - Subsídio é forma de contraprestação pecuniária fixado 
em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, 
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. 
A irredutibilidade é uma garantia financeira conferida aos membros do judiciário. 
EX. Digamos que Juiz tenham subsídio de R$ 23.000 e, em virtude de conflitos 
políticos, o legislativo decida reduzir esse valor para R$ 15.000. Diante da garantia 
da “irredutibilidade dos subsídios”, esse ato é inconstitucional. 
Chamo especial atenção ao fato que se trata de uma irredutibilidade nominal (aquele 
que figura escrito). 
Ex. Digamos que os membros tenham subsídio de R$ 23.000 e neste ano a 
inflação seja de 5%. A inflação representa a queda do poder aquisitivo do 
dinheiro (ou seja, o dinheiro “vale menos”). Nesse caso, os membros tem direito 
a reposição inflacionária? Não, pois a irredutibilidade NÃO É REAL, é apenas 
nominal. 
Vale lembrar que a irredutibilidade não veda: 
• Redução pelo teto do subsídio dos Ministros do STF (Valores recebidos a título de 
INDENIZAÇÃO não se submetem ao teto do serviço público); 
• Deduções legais (IRRF, Contribuições Previdenciárias etc.) 
• Descontos judiciais; 
 
OBS: Algumas questões ainda tratam a irredutibilidade de subsídio como 
irredutibilidade de vencimentos. 
 
Ainda, quero fazer algumas observações importantes. 
a) Os Desembargadores não passam por estágio probatório – os Desembargadores 
se tornam vitalícios a partir da POSSE no cargo. 
LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA 
Art. 22 - São vitalícios: 
I - a partir da posse: 
e) os Desembargadores, os Juízes dos Tribunais de Alçada e dos Tribunais de segunda instância da 
Justiça Militar dos Estados; 
 
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b) A vitaliciedade não impede a aposentadoria – não tome por vitalício o cargo a 
eternidade. Pelas regras constitucionais, o limite de idade no serviço público é 
de 75 anos. 
 
 
c) O serviço público tem como paradigma para a remuneração do serviço público 
os subsídios dos Ministros do STF – É importante ressaltar que o subsídio dos 
ministros do STF serve de “métrica” a todo o funcionalismo público, ou seja, é o 
teto remuneratório. Assim, nenhuma outra autoridade ou servidor público pode 
receber vencimentos superiores ao subsídio mensal dos ministros do STF (pelo 
menos em tese). 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o 
Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco 
por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e 
os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível 
federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária 
nacional, [...] 
Em todos os casos deve ser observado o teto constitucional: 
Art. 37 [...] XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos 
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões 
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as 
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como 
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio 
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados 
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores 
do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento 
do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito 
do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos 
Procuradores e aos Defensores Públicos; 
 
• Aquisição da Vitaliciedade – A vitaliciedade é adquirida no cargo inicial da 
carreira: 
Art. 73. §1º A vitaliciedade só será adquirida pelos juízes de direito substitutos de 
entrância inicial, após dois anos de efetivo exercício no cargo, contados a partir da data 
do exercício. 
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Destaco que durante o primeiro biênio, o juiz pode perder o cargo por 
deliberação do tribunal a que o estiver vinculado, e, nos demais casos, após 
vitalício, somente por sentença judicial transitada em julgado. 
 
• Acompanhamento do Estágio Probatório - O corregedor-geral da Justiça 
apresentará ao Tribunal, até três meses antes do final do biênio inicial, relatório 
das atividades do juiz de direito substituto de entrância inicial. 
GARANTIAS DOS 
MAGISTRADOS
VITALICIEDADE
SÓ PERDER O CARGO POR SENTENÇA 
JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO
INAMOVIBILIDADE
NÃO PODEM SER REMOVIDOS DE OFÍCIO 
IRREDUTIBILIDADE DOS 
SUBSÍDIOS
APENAS NOMINAL, NÃO GARANTE 
REPOSIÇÃO INFLACIONÁRIA
SUJEITO AO TETO DOS MINISTROS DO STF
APÓS 2 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO
SALVO POR INTERESSE PÚBLICO
NÃO IMPEDE O RECEBIMENTO DE PARCELAS 
INDENIZATÓRIAS
 
 
DAS PRERROGATIVAS 
O COJE assim dispõe: 
Art. 74. São prerrogativas dos Magistrados mesmo em disponibilidade ou aposentados 
as previstas no art. 33 seus incisos e parágrafo único da Lei Orgânica da Magistratura 
Nacional. 
Vamos recorrer a LC 35/1979: 
Art. 33 - São prerrogativas do magistrado: 
I - ser ouvido como testemunha em dia, hora e local previamente ajustados com a 
autoridade ou Juiz de instância igual ou inferior; 
II - não ser preso senão por ordem escrita do Tribunal ou do Órgão Especial competente 
para o julgamento, salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade 
fará imediata comunicação e apresentação do magistrado ao Presidente do Tribunala que esteja vinculado (VETADO); 
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III - ser recolhido a prisão especial, ou a sala especial de Estado-Maior, por ordem e à 
disposição do Tribunal ou do órgão especial competente, quando sujeito a prisão antes 
do julgamento final; 
IV - não estar sujeito a notificação ou a intimação para comparecimento, salvo se 
expedida por autoridade judicial; 
V - portar arma de defesa pessoal. 
 
DAS INCOMPATIBILIDADES 
Art. 75. No Tribunal de Justiça não poderão ter assento na mesma Câmara ou Sessão 
cônjuges e parentes consanguíneos ou afins em linha reta, bem como em linha colateral 
até o terceiro grau. 
Os graus parentesco são contados a cada vínculo, por exemplo, pai e filho é primeiro 
grau, agora, avô e neto é segundo grau. 
Observe a tabela abaixo: 
 
Pense na tabela como um jogo de tabuleiro. A cada casa, se conta um grau de 
parentesco. Assim (de olho na tabela), entre você e seu pai, anda-se somente uma 
casa. Tem-se, portanto, parentes de primeiro grau. Para chegar aos seus avós, tem que 
passar pelos seus pais, ou seja, são duas casas, portanto, parentes de segundo grau. 
Algumas definições: 
 Parentes consanguíneos - são aqueles em que a o laço de sangue e pode ser 
em linha reta ou colateral. 
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o Em linha reta os ascendentes são pais, avós, bisavós etc. Já os 
descendentes seu filho seu neto bisneto e assim por diante. 
o Os parentes em linha colateral são aqueles descendentes dos seus 
parentes em linha reta, assim temos os seus irmãos, o seu tio, seu primo etc. 
 
 Parentes por afinidade – Os parentes por afinidade são aqueles adquiridos em 
razão do matrimônio. Veja, não há grau de parentesco entre você e o seu 
cônjuge, o que existe é uma relação conjugal. Assim, temos com os parentes 
por afinidade sobre sua sogra, cunhados e assim por diante. 
Note que seu sogro está para você como o seu pai está para você. Também, 
seus cunhados estão como para você como seus irmãos estão. Na prática, 
SOGRO=PAI; CUNHADO=IRMÃO e assim sucessivamente 
 
ATENÇÃO: primos são parentes de 4ª grau. Portanto, não há impedimentos. 
 
E no caso do Plenário em que todos os Desembargadores são integrantes? 
Nas Sessões do Plenário, o primeiro dos membros mutuamente impedidos, que votar, 
excluirá a participação do outro no julgamento. Ex: João e José são irmãos. Se José 
votar primeiro, José ficará impedido de proferir seu voto. 
A mesma regra se aplica às unidades judiciais. 
Art. 76. Não poderão funcionar no mesmo Juízo, como Juízes, Promotores ou 
Serventuários de Justiça, os que entre si forem marido e mulher, ascendentes e 
descendentes, sogro e genro, cunhado ou parentes colaterais até o terceiro grau, 
inclusive. 
 
 
DOS SUBSÍDIOS E VANTAGENS 
Art. 77. Os magistrados serão remunerados exclusivamente por subsídios em parcela 
única. 
Segundo FURTADO1, a distinção entre o subsídio e o sistema de remuneração com base 
em vencimento reside na vedação de que ao primeiro seja acrescida vantagem 
 
1 FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. 3. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012, p. 772. 
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pecuniária de natureza remuneratória, como gratificações, adicionais, abonos, 
prêmios, verbas de representação e outras de idêntico caráter, nos termos do art. 39, 
§ 4º, da CF88. 
Todavia, a própria lei faz ressalvas quanto a essas “vedações”: 
Art. 77. §4º Ficam excluídas do disposto no caput deste artigo, além das vantagens 
relacionadas no art. 78, também as seguintes verbas de caráter eventual ou temporário: 
[cuja utilização deve ser regulamentada por meio de resolução do Tribunal de Justiça] 
I - benefícios de plano de assistência médico-social e auxílio saúde; 
II – devolução de valores tributários e/ou contribuições previdenciárias indevidamente 
recolhidas; 
III – gratificação por hora-aula proferida no âmbito do Poder Público; 
IV – bolsa de estudo que tenha caráter remuneratório. 
Art. 78. Além do subsídio, poderão ser outorgadas aos magistrados, de acordo com a 
Lei Complementar nº 35, de 14 de março de 1979, a Lei Complementar nº 75, de 20 de 
maio de 1993, e a Lei nº 8.625, de 12 de fevereiro de 1993, as seguintes vantagens e 
verbas: 
I – ajuda de custo para despesas de transportes e mudança; 
III – salário-família; 
IV – diárias; 
V – representação; 
VI – gratificação pela prestação de serviços à Justiça Eleitoral caso o benefício não seja 
concedido pela União; 
VII – gratificação pela prestação de serviços à Justiça do Trabalho nas Comarcas onde 
forem instituídas Juntas de Conciliação e Julgamento; 
VIII – gratificação adicional de 5% por quinquênio de serviço, até o limite de 35%; 
IX – (vetado); 
X – Gratificação pelo efetivo exercício em Comarca de difícil acesso assim definida e 
indicada em Lei; 
XI – gratificação de Direção de Fórum; 
XII – auxílio-alimentação e auxílio-saúde, em valor fixado por resolução do Tribunal de 
Justiça; 
XIII – ajuda de custo para serviço fora da sede de exercício; 
XIV – licença remunerada para curso no exterior; 
XV – Indenização de férias não gozadas, por absoluta necessidade de serviço, após o 
acúmulo de dois períodos; 
XVI – licença não remunerada para tratamento de assuntos particulares; 
XVII – licença para representação de classe, para membros de diretoria, até três por 
entidade. 
XVIII - diferença de remuneração para o cargo de desembargador quando convocado 
o juiz para substituição de desembargador ou para auxiliar junto ao Tribunal de Justiça 
ou à Corregedoria Geral de Justiça, inclusive o Juiz Gestor da Coordenadoria de 
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Precatórios, o Juiz Coordenador dos Juizados Especiais, o Juiz Coordenador do Núcleo 
de Planejamento Estratégico e o Juiz Coordenador do Núcleo Permanente de Métodos 
Consensuais de Solução de Conflitos. 
§ 1º - A verba de representação, salvo quando concedida em razão do exercício de 
cargo em função temporária, integra os vencimentos para todos os efeitos legais. 
§ 2º - O auxílio saúde, a que se refere o inciso XII deste artigo, poderá ser concedido aos 
magistrados inativos, nos termos da respectiva Resolução." 
Não é necessário comentar um a um. Para fins de prova, basta ficar de olho na lista 
acima. 
Existem algumas outras observações: 
Art. 77. [...] 
 §1º O subsídio dos desembargadores corresponde a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. 
§2º Os subsídios dos Juízes de Direito serão fixados com a diferença de 5% (cinco por 
cento) de uma para outra entrância, atribuindo-se aos de entrância mais elevada 95% 
(noventa e cinco por cento) dos subsídios dos Desembargadores. 
Vai funcionar assim: 
PARADIGMA MINISTROS DO STF 
Desembargador 90,25% do Subsídio dos Ministros 
Juiz de Direito de Entrância Final 95% do Subsídio dos Desembargadores 
Juiz de Direito de Entrância Intermediária 95% do Subsídio dos juízes de entrância final 
Juiz de Direito de Entrância Inicial/Substituto 95% do Subsídio dos juízes de entrância intermediáriaPode não parecer muito, mas veja o exemplo abaixo2: 
Magistrado Subsídio 
Desembargador R$ 35.462,28 
Juiz de Direito de Entrância Final R$ 33.689,16 
Juiz de Direito de Entrância Intermediária R$ 32.004,70 
Juiz de Direito de Entrância Inicial/Substituto R$ 30.404,47 
 
 
 
2 Valores válidos para 2019 de acordo com a Resolução n. 75/2018 
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§3º Os proventos de aposentadoria dos membros do Poder Judiciário corresponderão 
aos mesmos valores do subsídio do magistrado em atividade. 
Art. 196 [...]§2º O pagamento dos proventos dos Magistrados inativos será efetuado 
juntamente como dos vencimentos que se encontrem na atividade. 
§3º Para efeito dos parágrafos anteriores continuam os inativos vinculados à Secretaria 
do Tribunal de Justiça que, obrigatoriamente, providenciará sobre a continuidade das 
anotações nas suas fichas individuais e sobre outras ocorrências no Boletim de Alteração 
Individual (B. A. I.) 
Devemos tomar cuidado com a previsão do item acima, pois ela foi redigida à época 
em que a integralidade e a paridade de vencimentos eram válidos. 
Desde a Emenda Constitucional 41/2003 a integralidade e a paridade de vencimentos 
não é mais um direito, a exceção daqueles que já estavam no serviço público no dia 
da promulgação dessa emenda e que atendam às regras de transição. 
Atualmente, as regras acima só valem para aqueles que estavam no serviço público 
antes de 19 de dezembro de 2003. 
E como funcionam (ou funcionavam)? 
Se o sujeito se aposentasse com fundamento em item acima, o cálculo de sua 
aposentadoria seria de 100% do valor do seu vencimento, acrescido de todas as 
vantagens pecuniárias incorporadas à sua remuneração. 
Para fazer jus a esse cálculo de provento, ele deveria se enquadrar em um dos 
seguintes tópicos: 
- Ter o tempo legal de aposentadoria voluntária; 
- Tornar-se inválido em acidente de serviço ou por conta de moléstia profissional; 
- Ser acometido de moléstia grave enquanto em atividade. 
- Mesmo em inatividade, ter sido acometido de alguma moléstia grave (neste caso, o 
funcionário primeiro se aposentou, provavelmente com proventos proporcionais ao 
tempo de serviço e depois, adoeceu, momento a partir do qual faz jus aos proventos 
integrais). 
Atualmente, o valor dos proventos de aposentadoria é calculado com base nos 
vencimentos, tempo de contribuição etc. Existe o fator previdenciário e mais uma série 
de quesitos que são levados em conta. 
 
IMPORTANTE: Se cair em prova perguntando como é no COJE, marque como 
aqui está. 
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Avante! 
Art. 79. Afastado de sua sede a serviço ou em representação, o magistrado terá direito 
a passagens e diárias. 
A regulamentação da concessão cabe ao Plenário, por meio de resolução, inclusive 
abertura de créditos adicionais, respeitados os seguintes limites: 
• os valores globais constantes da Lei Orçamentária vigente; 
• o máximo de 120 (cento e vinte) diárias por ano; 
• o valor máximo da diária não pode ultrapassar 6% (seis por cento) do subsídio de 
desembargador. 
 
Além de tudo isso, há também um adicional a título de representação: 
Função Adicional 
Presidente do TJ 40% do subsídio 
Vice-Presidente 30% do subsídio 
Corregedor-Geral 30% do subsídio 
Decano (Desembargador mais antigo) 20% do subsídio 
Juiz diretor do fórum nas comarcas de entrância 
inicial, inclusive no Termo Judiciário de Raposa. 
5% do subsídio 
Juiz diretor do fórum nas comarcas de entrância 
intermediária, inclusive nos termos Judiciários de 
São José de Ribamar e Paço do Lumiar; 
7,5% do subsídio 
Juiz diretor do fórum na comarca de São Luís 10% do subsídio 
Aos magistrados com jurisdição plena em mais de 
uma unidade jurisdicional ou acumulando turma 
recursal, será atribuído um décimo do subsídio de 
seu cargo, correspondente aos dias trabalhados. 
10% 
E, em sendo acumulada mais de duas unidades, 
além da qual é titular, o valor único a ser 
acrescido será de quinze por cento do subsídio. 
15% 
 
NOTAS: 
Art. 80. [...] 
§3º Quando da aposentadoria de membros do Tribunal de Justiça, será incorporada aos 
seus proventos, a maior gratificação percebida em cargo de direção. 
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§4º Quem tiver exercido qualquer um dos cargos de direção incorporará aos seus 
vencimentos, até a aposentadoria, a gratificação de que trata este artigo. 
Art. 70-A – [...] 
§1º Pela substituição transitória, o substituído perderá em favor do substituto o direito à 
percepção da Gratificação de Direção de Fórum, proporcionalmente aos dias em que 
ocorrer a substituição. 
§2º A Gratificação de Direção de Fórum não é acumulável, ainda que o magistrado 
responda pela direção de fóruns de duas ou mais comarcas. 
 
DA LICENÇA E DAS FÉRIAS 
Costumo dizer que há duas palavras que deixam qualquer pessoa feliz: bacon e férias 
(salvo se você for vegano/vegetariano, rs). 
O art. 81 regula a concessão de licenças: 
POR MOTIVO DE DOENÇA EM 
PESSOA DA FAMÍLIA
PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
LICENÇAS AOS 
MAGISTRADOS
PARA REPOUSO À GESTANTE
PRÊMIO À ASSIDUIDADE
LICENÇA-PATERNIDADE 
PARA DESEMPENHO DE MANDATO 
CLASSISTA 
Para sermos mais assertivos, vou apresentar de forma compilada. 
LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE 
 
O magistrado passará de 2 a 4 décadas prestando serviços no órgão onde tomar 
posse. Aliás, comparativamente falando, passará mais anos da sua vida trabalhando 
do que qualquer outra coisa que resolva fazer na vida. 
E, partindo do princípio que você é um ser humano, é provável que vá ficar doente 
em algum ponto da sua vida, e que este período não coincidirá com suas férias ou 
licença prêmio. 
Lá nos primórdios da humanidade, isso era uma coisa fácil de resolver: você não veio 
trabalhar, você não recebe! 
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Eis que aí surgiu a Seguridade Social na Constituição Federal: 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à 
saúde, à previdência e à assistência social. 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
Seu contracheque sofre descontos mensais a título de contribuição previdenciária, a 
fim de constituir uma reserva para os tempos difíceis. 
Você não está em condições de trabalhar por conta de sua saúde? A lei o protegerá. 
A licença para tratamento de saúde do próprio servidor ou do magistrado pode ser 
concedida a pedido ou de ofício, com base em exame médico, sem prejuízo da 
remuneração a que fizer jus. 
A licença para tratamento de saúde por prazo superior a 30 dias, bem como as 
prorrogações que importem em licença por período ininterrupto, também superior a 
30 dias, dependem da inspeção por junta médica. 
Durante o licenciamento, como regra, o Magistrado não pode exercer quaisquer das 
suas funções jurisdicionais ou administrativas, nem exercitar qualquer função pública 
ou particular. 
Todavia, salvo contraindicação médica, o Magistrado licenciado poderá proferir 
decisõesem processo que antes da licença, lhe hajam sido conclusos para julgamento 
ou tenham recebido o seu visto como Relator ou Revisor. 
 
 
 
LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA 
A licença terá duração igual à do mandato, devendo ser prorrogado no caso de 
reeleição. 
 
Art. 81. § 11 - A licença de que trata o inciso V deste artigo somente será concedida 
para desempenho de mandato em confederação, federação ou associação de 
classe, nos casos em que não houver sindicato representativo da categoria. 
Também é assegurado ao servidor o direito à licença remunerada para o desempenho 
de mandato em confederação, federação, associação de classe ou sindicato 
representativo da categoria. Há limite de membros: 
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ASSOCIADOS Servidores por entidade 
Entidade com até 500 01 Servidor 
Entidade com até 1000 02 Servidores 
Entidade com mais de 1000 03 Servidores 
 
LICENÇA À GESTANTE 
No Brasil, existe uma assimetria entre os benefícios ligados à maternidade e à 
paternidade, cuja diferença mais marcante pode ser vista no número de dias em que 
o servidor pode permanecer afastado do exercício do cargo percebendo sua 
remuneração. 
Seu professor crê que isto se deva ao fato de o legislador dar bastante importância às 
alterações biológicas que ocorrem no corpo da mãe no curso da gestação, após o 
parto e ainda, quanto à necessidade de amamentação da criança nos primeiros 
meses de vida. Mas, é difícil ter certeza, pois ninguém fala do assunto na área de 
humanas :P. 
De qualquer forma, o que você precisa ter em mente é que a licença gestante e 
paternidade não são iguais! Muito pelo contrário: a licença gestante é bem mais 
complexa que seu similar masculino, a ponto de merecer estudo mais detido. 
Feita a introdução, vamos ao texto: 
Art. 118-A. Será concedida licença à servidora gestante por 180 (cento e oitenta) dias 
consecutivos, sem prejuízo da remuneração. 
É aqui que começamos: 180 dias em casa! (tirando o fato de ter um recém-nascido 
em casa, daria até para dizer que é uma licença prêmio, ou seis férias realmente 
longas :P). 
Outra coisa interessante: a licença gestante não começa, necessariamente com o 
nascimento da criança: 
§1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo 
antecipação por prescrição médica. 
Por outro lado, uma vez nascida a criança, a licença gestante tem começo imediato, 
necessariamente: 
§2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. 
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O legislador também se preocupou em conceder licença no caso de aborto ou 
natimorto. 
§3º No caso de natimorto e de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá 
direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. 
OBS: O texto é omisso quanto à adoção, todavia, segundo o STF, o prazo para licença 
à adotante deve ser igual ao da licença à gestante. 
8. Tese da repercussão geral: “Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores aos 
prazos da licença gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à 
licença adotante, não é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança 
adotada”. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 778.889 
 
LICENÇA-PATERNIDADE 
Pelo nascimento ou adoção de filhos o servidor terá direito à licença-paternidade de 
vinte dias consecutivos, contados a partir do nascimento ou da adoção da criança. 
 
LICENÇA PRÊMIO À ASSIDUIDADE 
É conhecida como licença-prêmio. São 3 meses de licença concedidos a cada 5 anos 
de efetivo exercício. 
Aí temos algumas observações: 
§5º O termo de licença-prêmio à assiduidade não gozada será contado em dobro para 
efeito de aposentadoria, se o requerer o interessado. 
§6º A licença-prêmio à assiduidade não gozada nem contada em dobro para efeito de 
aposentadoria será convertida em remuneração correspondente ao período e paga 
ao membro de Magistratura ao aposentar-se, ou aos seus dependentes, em caso de 
morte. 
§7º A licença de que trata este artigo não poderá ser fracionada por período inferior a 
30 (trinta) dias e poderá ter a metade convertida em penúria, restando-lhe o gozo 
oportuno da outra metade. 
Aqui nós temos um probleminha.Vejamos a Constituição Federal: 
Art. 40. [...] 
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de 
contribuição fictício. 
O texto da Emenda Constitucional 20/1998 é relativamente novo. 
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Antes de sua edição era comum que os servidores averbassem “tempo de serviço em 
dobro” em função de alguma previsão estatutária (o caso mais comum era o do não 
usufruto e não conversão em pecúnia das férias e da licença prêmio ou serviço 
prestado às forças armadas em operações de guerra). Hoje não é possível fazer a 
averbação desse tempo para fins de aposentadoria, justamente por conta da 
alteração no texto da Constituição. 
Resumo da ópera: a legislação e Constituição atual não preveem qualquer meio de 
compensar o servidor se ele deixar de usufruir de suas férias (nem usufruí-las em data 
posterior, pois isso geraria acumulação, nem averba-las em dobro, pois a Constituição, 
desde 1998, impede o efeito prático disso). 
É possível, entretanto, que o servidor/magistrado seja indenizado pelo tempo não 
usufruído. 
RESUMINDO: 
LICENÇA FINALIDADE PRAZO REMUNERADA 
Para tratamento de 
saúde 
Saúde do próprio 
magistrado 
Pelo tempo necessário 
dependendo de inspeção por 
junta médica os pedidos que 
superarem a 30 dias. 
Sim 
Doença em pessoa 
da família 
Não especificado na lei 
Repouso à gestante 
Nascimento com vida, 
aborto ou natimorto 
Com vida – 180 dias 
 
Aborto/natimorto – 30 dias 
Licença-paternidade Adoção ou nascimento 20 dias Sim 
Prêmio Por assiduidade 3 meses a cada 5 anos Sim 
Classista 
Mandato em 
confederação, 
federação, associação 
de classe ou sindicato 
representativo da 
categoria. 
Igual ao do mandato Sim 
Sobre as férias, há “um monte” de regras peculiares. 
Dentre as informações mais importantes, é que os magistrados têm direito a 60 dias de 
férias por ano. 
Outro item interessante diz respeito aos desembargadores. Como regra, não podem 
exercer funções administrativas e judicantes, todavia, a seu critério, participar das 
sessões solenes e das administrativas do Tribunal Pleno. 
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Art. 82. Os magistrados terão direito a sessenta dias de férias anuais, gozadas 
individualmente. 
§1º Até trinta de novembro de cada ano, o presidente do Tribunal expedirá ato 
contendo a escala de férias dos desembargadores, cuja elaboração obedecerá às 
regras estabelecidas no Regimento Interno. 
§2º O afastamento de desembargador por motivo de férias não poderá comprometer 
a prestação da atividade jurisdicional do Tribunal de forma ininterrupta. 
§3º O presidente do Tribunal poderá convocar desembargador em férias, desde que se 
encontre na cidade de São Luís e quando necessário para formação do quórum na sua 
Câmara Isolada, sendo-lhe restituídos, ao final, os dias de interrupção. 
§4º O desembargador emgozo de férias poderá, a seu critério, participar das sessões 
solenes e das administrativas do Tribunal Pleno. 
§5º Até primeiro de dezembro de cada ano, o corregedor geral da Justiça expedirá ato 
contendo escala de férias dos juízes de direito, que obedecerá ao disposto no 
Regimento Interno e só poderá ser alterada por imperiosa necessidade do serviço e 
desde que não comprometa o andamento dos serviços judiciários. 
§6º Os juízes não poderão entrar em gozo de férias antes de julgar os processos cujas 
instruções tenham dirigido ou antes de realizarem, se da sua competência, pelo menos, 
uma das sessões anuais do tribunal do júri, salvo se não houver réu aguardando 
julgamento, ou, ainda, não tendo cumprido a exigência do inciso V do art. 41 deste 
Código. 
§7º A não concessão de férias, em razão do disposto no parágrafo anterior, não gera 
direito à indenização. 
§8º O juiz que, em gozo de férias, for removido ou promovido, não as interromperá, o 
que não impedirá, entretanto, a posse imediata. 
§9º As férias dos desembargadores e juízes de direito não poderão ser gozadas, em 
nenhuma hipótese, por período inferior a DEZ DIAS (alterado pela LC 214/19). 
§10. É proibida a acumulação de férias, salvo motivo justo, a juízo do presidente do 
Tribunal. Em nenhum caso, porém, serão acumulados mais de dois períodos. 
§11. É considerado motivo justo para fins do parágrafo anterior o exercício de cargo da 
mesa diretora do Tribunal de Justiça. 
§12. [revogado] 
§ 13 - Independentemente de solicitação, será paga aos magistrados, por ocasião das 
férias, importância correspondente a um terço da remuneração do período em que as 
mesmas devam ser gozadas. 
§ 14 - É facultada ao magistrado a conversão de um terço das férias em abono 
pecuniário, requerido com pelo menos sessenta dias de antecedência, nele 
considerado o valor do acréscimo previsto de gratificação no parágrafo anterior.” 
Art. 83. Se a necessidade do serviço Judiciário lhes exigir a presença no Tribunal nos 
períodos constantes do §1º do artigo anterior, gozarão 30 (trinta) dias consecutivos de 
férias individuais, por semestre, o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor Geral da 
Justiça. 
 
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VESTES TALARES 
Os Magistrados usarão, obrigatoriamente, vestes talares nas Sessões do Tribunal de 
Justiça e o do Tribunal do Júri, bem como nas audiências e no ato de celebração do 
casamento (Art. 84) 
Parágrafo único. As vestes talares obedecerão a modelos estabelecidos pelo Tribunal 
de Justiça. 
Note que não há previsão para utilizar as vestes talares nos gabinetes. 
Eu sei que você já está se remexendo aí na 
cadeira.. então, vai, pode perguntar! 
Professor, o que são vestes talares? 
São os trajes que vão até o calcanhar (também 
conhecida como capa do Batman, rs). 
 
 
DOS DEVERES E VEDAÇÕES 
Quanto aos deveres e vedações, não vou tomar muito de seu tempo. 
Em provas, quando cai esse assunto, as questões apenas querem saber se é um direito, 
dever ou proibição. 
Art. 85. São deveres do Magistrado: 
I – cumprir e fazer cumprir com independência, serenidade e exatidão, as disposições e 
os atos de ofícios; 
II – não exceder, injustificadamente, os prazos para sentenciar ou despachar; 
III – determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos 
prazos legais; 
IV – tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os Advogados, 
as testemunhas, os Funcionários e Auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, 
a qualquer momento, quando se tratar de providência que reclamem solução de 
urgência; 
V – residir em sua sede, salvo autorização do Órgão disciplinar a que estiver subordinado; 
VI – comparecer pontualmente, à hora de iniciar-se o expediente ou a sessão e não se 
ausentar injustificadamente antes de seu término; 
VII – exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, especialmente no que se refere 
à cobrança de custas e emolumentos, cujas contas serão por ele, obrigatoriamente, 
visadas, independente de reclamação das partes; 
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VIII – manter conduta irrepreensível na vida pública e particular. 
§1º Os Juízes não poderão afastar-se de suas sedes senão em gozo de férias, licenças, 
por determinação do Tribunal ou da Justiça Eleitoral com permissão do Presidente do 
Tribunal, ou, ainda, por motivo de força maior devidamente justificada perante o mesmo 
Presidente. 
§2º Obrigatoriamente comunicará o Magistrado, ao Presidente do Tribunal e ao 
Corregedor Geral da Justiça, seu afastamento e seu retorno ao exercício do cargo. 
 
Quanto as vedações: 
Art. 86. É vedado ao Magistrado: 
I – exercer o comércio ou particular de sociedade comercial, inclusive de economia 
mista, exceto como acionista o quotista; 
II – exercer cargo de direção ou técnica de sociedade civil, associação ou fundação, 
de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem 
remuneração; 
III – manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente 
de julgamento, seu ou de outrem, ou Juízo depreciativo sobre despachos, votos ou 
sentenças de órgãos judiciais, ressalvadas a crítica em julgamento ou em autos e em 
obras técnicas ou, ainda, no exercício do magistério. 
 
Além dessas, a CF enumera algumas outras: 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério; 
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
III - dedicar-se à atividade político-partidária. 
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, 
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três 
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
Estas merecem comentários. 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo um de 
magistério; 
O exercício de cargo de magistério superior, público ou particular, somente será 
permitido se houver correlação de matérias e compatibilidade de horários, 
vedado, em qualquer hipótese, o desempenho de função de direção 
administrativa ou técnica de estabelecimento de ensino. 
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Frise-se que a LOMAN permite um cargo de magistério superior, público ou 
particular. 
Art. 26 - O magistrado vitalício somente perderá o cargo 
a) exercício, ainda que em disponibilidade, de qualquer outra função, salvo um 
cargo de magistério superior, público ou particular; 
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processos; 
Essa é uma vedação aplicada ao magistrado como pessoa física, ou seja, o 
próprio Tribunal não está impedido de receber (as custas) 
III - dedicar-se à atividade político-partidária; 
O magistrado sequer pode ser filiado a partido político. 
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
Essa é uma vedação que se aplica a praticamente todos os servidores públicos. 
V - exercer advocacia no juízodo tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos 3 (três) anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração. 
É conhecida como “quarentena”. A vedação é de atuação no juízo do qual se 
afastou, ou seja, não impede em outras unidades judiciais. 
 
DISPOSIÇÕES DIVERSAS 
Eu antecipei essas disposições para que na próxima aula pudéssemos falar apenas 
sobre os servidores e serventuários na próxima. 
ACÓRDÃOS – Acórdão é a forma de manifestação dos órgãos jurisdicionais colegiados. 
Enquanto no primeiro grau o juiz sentencia monocraticamente, no segundo a decisão 
é tomada pelo voto dos membros do colegiado (o acórdão mostra o acordo de 
votos). 
Art. 194. As decisões do Tribunal de Justiça e de seus órgãos serão lavradas em forma 
de acórdãos, que serão publicados, e cujos requisitos constarão do Regimento Interno. 
§1º Todos os atos do presidente do Tribunal e do corregedor geral da Justiça serão 
publicados no Diário da Justiça Eletrônico. 
§2º As decisões e atos dos juízes de direito também serão publicados no Diário da Justiça 
Eletrônico. 
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TRATAMENTO AO TRIBUNAL - Ao Tribunal de Justiça é devido o tratamento de Egrégio 
e aos Magistrados o de Excelência. 
 
HONRARIAS DO CARGO - Os Magistrados conservam na inatividade, salvo as restrições 
legais, as honras e vantagens inerentes aos seus cargos (na prática é um erro chamar 
de ex-juiz ou ex-desembargador. O correto é juiz aposentado e desembargador 
aposentado). 
 
INSTALAÇÃO DE UNIDADES - A instalação de unidade jurisdicional está condicionada à 
existência de estrutura física e recursos humanos necessários à execução de suas 
atividades. 
Art. 197. A instalação de qualquer unidade jurisdicional será feita pelo presidente do 
Tribunal de Justiça ou pelo corregedor-geral da Justiça ou, na impossibilidade destes, 
por magistrado designado pelo presidente do Tribunal de Justiça. 
Parágrafo único. A instalação da unidade jurisdicional será realizada em dia e hora 
previamente designados pelo presidente do Tribunal de Justiça, após autorização do 
Plenário e com a presença do juiz designado para responder e dos servidores, sendo 
convidados os membros do Ministério Público, os advogados e as autoridades locais. 
Art. 198. Da solenidade de instalação da unidade jurisdicional será lavrada a respectiva 
ata em livro especial, na qual serão mencionados obrigatoriamente os atos de criação 
da unidade e de seus cargos, a autoridade que preside a instalação, o juiz designado 
e as demais autoridades presentes. 
Parágrafo único. Cópias da ata serão remetidas à Secretaria do Tribunal de Justiça, à 
Corregedoria Geral da Justiça, ao Tribunal Regional Eleitoral e à Procuradoria Geral da 
Justiça. 
CONTAGEM DE VOTOS – Funciona assim: uma determinada sessão pode ser 
interrompida e continuada em outro dia. Nessa hipótese, os votos proferidos serão 
mantidos, mesmo que aquele que votou não esteja participando da nova sessão. 
Art. 201. Os votos dados em julgamento interrompido serão computados no final do 
julgamento, estejam ou não presentes os Desembargadores que os tenham proferido. 
MEDALHAS DE MÉRITO - O Tribunal de Justiça, por meio de resolução, poderá criar e 
regulamentar a concessão de medalhas de mérito judiciário a serem concedidas a 
magistrados e outras autoridades com relevantes serviços prestados ao Poder 
Judiciário (Art. 203.). 
FORMAS DE 
TRATAMENTO
TRIBUNAL
DESEMBARGADORES
EGRÉGIO TRIBUNAL
EXCELÊNCIA
(MESMO APÓS APOSENTADOS) 
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DOTAÇÕES ESPECÍFICAS DO ORÇAMENTO - No orçamento do Poder Judiciário serão 
consignados recurso necessários ao pagamento de despesas postais, telegráficas, 
telefônicas e de publicação do interesse da Justiça, efetuada pelos Juízes, bem como 
de instalações de Comarcas (Art. 206). 
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA - À Escola Superior da Magistratura do Estado do 
Maranhão, ESMAM, criada pela Resolução nº 19/86, do tribunal de Justiça do Estado 
do Maranhão, compete promover (Art. 207): 
• cursos de iniciação funcional para novos magistrados; 
• cursos de extensão e atualização para magistrados; 
• seminários, simpósios, painéis e outras atividades destinadas ao aprimoramento 
da Instituição, da carreira e do magistrado; 
• cursos para serventuários da Justiça; 
NOTAS: 
§1º O funcionamento da Escola obedecerá às normas de seu Regimento Interno. 
§2º A Escola poderá celebrar convênios mediante autorização do Tribunal de Justiça. 
§3º Os Juízes de Direito Substitutos de 1º Entrância, após a posse e exercício, participarão 
do curso de iniciação funcional para novos magistrados, cujo programa deverá ser 
aprovado pela Presidência do Tribunal de Justiça, findo o qual terão o prazo de 5 (cinco) 
dias para reassumirem a jurisdição. 
 
 
QUESTÕES 
QUESTÕES PROPOSTAS 
 
 (FCC- 2009 – TRT 3ª REGIÃO - ADAPTADA) 
O Tribunal tem o tratamento de Egrégio Tribunal e os seus membros, possuem a 
designação específica de: 
a) Desembargadores Estaduais de Justiça e são tratados como Excelência. 
b) Desembargadores de Justiça e são tratados como Meritíssimo. 
c) Desembargadores e são tratados como Excelência. 
d) Desembargadores de Direito, apenas. 
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 (ESAF - 2002 - TJ-CE - ADAPTADA) 
Assinale a opção correta. 
a) A ao Tribunal é atribuído o tratamento de "ilustre". 
b) O Tribunal de Justiça é composto por Desembargadores, Juízes de Direito e membros 
do Ministério Público. 
c) Atribui-se o tratamento de "Excelência" aos Desembargadores ativos e inativos 
d) Apenas os Juízes recebem o tratamento de "Excelência”. 
 
 (IESES – 2009 – TJ-MA) 
Assinale a alternativa que NÃO CONSTITUI dever do Magistrado: 
a) Dar entrevista, a qualquer meio de comunicação, lançando opinião sobre processo 
pendente de julgamento. 
b) Residir em sua sede, salvo autorização do Órgão disciplinar a que estiver 
subordinado. 
c) Cumprir e fazer cumprir com independência, serenidade e exatidão, as disposições 
e os atos de ofícios. 
d) Não exceder, injustificadamente, os prazos para sentenciar ou despachar. 
 (IESES – 2009 – TJ-MA) 
Não é vedado ao Magistrado: 
a) estabelecer críticas a decisões judiciais do Tribunal em obras técnicas ou no 
exercício do Magistério. 
b) exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia 
mista, exceto como acionista ou quotista. 
c) exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, 
de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem 
remuneração. 
d) manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente 
de julgamento, seu ou de outrem, ou Juízo depreciativo sobre despachos, votos ou 
sentenças de órgãos judiciais. 
 
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 (IESES – 2009 – TJ-MA – adaptada) 
Julgue as seguintes proposições acerca dos Magistrados Estaduais: 
I. a vitaliciedade dos juízes substitutos só será adquirida após três anos de efetivo 
exercício no cargo, a exemplo do que ocorre com os servidores. 
II. os magistrados serãoremunerados exclusivamente por subsídios em parcela única. 
III. na promoção por antiguidade, o Tribunal somente poderá recusar o Juiz mais antigo, 
pelo voto de dois terços de seus membros, repetindo-se a votação até fixar-se a 
escolha. 
IV. na promoção por antiguidade, havendo empate entre os concorrentes, atender-
se-á, como primeiro critério de desempate, a antiguidade na entrância anterior. 
Assinale a alternativa correta: 
a) estão corretas as proposições II e III. 
b) estão corretas as proposições I e IV. 
c) estão corretas as proposições I, II e IV. 
d) estão corretas as proposições I, II, III e IV. 
 
 (IESES – 2008 – TJ-MA) 
Julgue as seguintes proposições e assinale apenas a opção correta: 
a) O juiz de direito deverá residir na sede da comarca, sendo-lhe vedado residir noutro 
local, ainda que autorizado pelo órgão disciplinar a que estiver subordinado. 
b) As unidades jurisdicionais dos Juizados Especiais serão criadas por Resolução, 
condicionadas a instalação à criação dos respectivos cargos de juiz titular. 
c) O Magistrado que estiver em gozo de férias e for promovido, não tomará posse, 
senão quando retornar à função jurisdicional ou interromper as suas férias. 
d) A promoção de juiz de direito far-se-á de entrância para entrância, alternadamente, 
por antiguidade e merecimento. 
 
 (IESES – 2008 – TJ-MA) 
Aos Magistrados NÃO É VEDADO: 
a) Manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente 
de julgamento, seu ou de outrem. 
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b) Emitir juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais. 
c) Emitir crítica sobre votos ou sentenças de órgãos judiciais, em julgamento ou em 
autos e em obras técnicas ou, ainda, no exercício do magistério. 
d) Exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, 
de qualquer natureza ou finalidade, salvo associação de classe, e sem remuneração. 
 
 (IESES – 2008 – TJ-MA) 
Julgue as seguintes proposições e assinale apenas a opção INCORRETA: 
a) Os Magistrados serão remunerados exclusivamente por subsídios em parcela única. 
Poderão, no entanto, além dos vencimentos, perceber ajuda de custo para despesas 
de transporte e mudança. 
b) A disponibilidade assegura aos Magistrados a percepção de vantagens inerentes 
ao efetivo exercício da função jurisdicional. 
c) Das decisões originárias do Corregedor da Justiça, salvo disposição em contrário, 
cabe recurso para o Tribunal de Justiça, no prazo de 05 (cinco) dias, a partir do 
conhecimento da decisão pelo interessado. 
d) A Justiça Militar Estadual será exercida pelo Tribunal de Justiça, em segundo grau 
de jurisdição. 
 
 (IESES – 2008 – TJ-MA) 
Acerca da movimentação da carreira da magistratura, é INCORRETO dizer: 
a) Na magistratura de entrância, antes do provimento inicial ou das promoções por 
antiguidade e por merecimento, será facultada a remoção. 
b). Ressalvado os casos de nomeação do quinto constitucional, a investidura no cargo 
de desembargador será feito por acessos de juízes de direito, segundo os critérios, 
alternados, de antiguidade e merecimento. 
c) A promoção de juiz de direito far-se-á de entrância para entrância, sucessivamente, 
por antiguidade e merecimento, atendidas as seguintes regras 
d) A movimentação na carreira poderá ocorrer mediante remoção, permuta e 
promoção, essa última alternada pelos critérios de antiguidade e merecimento. 
 
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 (ESAG – 2005 – TJ-MA - adaptada) 
Conceder-se-á as seguintes licenças aos Magistrados, EXCETO: 
a) Prêmio assiduidade. 
b) Para desempenho de mandato político. 
c) Para repouso à gestante. 
d) Para tratamento de saúde. 
 
 (ESAG – 2005 – TJ-MA) 
Dentre as alternativas abaixo somente uma NÃO está no rol dos deveres dos 
Magistrados. Assinale-a. 
a) exceder, justificadamente, os prazos para sentenciar ou despachar. 
b) determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos 
prazos legais. 
c) manter conduta irrepreensível na vida pública e particular. 
d) cumprir e fazer cumprir com independência, serenidade e exatidão, as disposições 
e os atos de ofício. 
 
 (ESAG – 2005 – TJ-MA) 
São competências da Escola Superior da Magistratura do Estado do Maranhão – 
ESMAN, EXCETO: 
a) promover cursos de extensão e atualização para magistrados. 
b) promover seminários, simpósios, painéis e outras atividades destinadas ao 
aprimoramento dos magistrados, dos membros do Ministério Público e dos advogados. 
c) promover cursos de iniciação funcional para novos magistrados. 
d) promover cursos para serventuários da Justiça. 
 
 (ESAG – 2005 – TJ-MA) 
A promoção de Juiz de Direito far-se-á: 
a) de entrância para entrância, por antiguidade e merecimento, alternadamente. 
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b) de entrância para entrância, apenas por antiguidade e, no empate, por 
merecimento. 
c) de entrância para instância, por antiguidade e merecimento, alternadamente. 
d) de instância para instância, por antiguidade e merecimento, alternadamente. 
 
 (Elaborada pelo Professor) 
Os juízes de paz 
a) tomarão posse em 30 dias e entrarão em exercício no prazo de 15, perante o diretor 
do fórum da comarca. 
b) tomarão posse, prestarão compromisso e entrarão em exercício 
concomitantemente, no prazo de 30 dias, perante o diretor do fórum da comarca. 
c) tomarão posse em 15 dias e entrarão em exercício no prazo de 15, perante o diretor 
do fórum da comarca. 
d) tomarão posse, prestarão compromisso e entrarão em exercício 
concomitantemente, no prazo de 15 dias, perante o diretor do fórum da comarca. 
 
 (Elaborada pelo Professor) 
Os magistrados 
a) tomarão posse nos seus cargos no prazo de trinta dias do ato de nomeação e em 
exercício no prazo de trinta contados da posse. 
b) tomarão posse nos seus cargos no prazo de quinze dias do ato de nomeação e em 
exercício no prazo de cinco contados da posse. 
c) tomarão posse nos seus cargos no prazo de trinta dias do ato de nomeação e em 
exercício no prazo de quinze contados da posse. 
d) tomarão posse nos seus cargos no prazo de dez dias do ato de nomeação e em 
exercício no prazo de cinco contados da posse. 
 
GABARITOS 
 
Tiago Zanolla
Aula 03
Organização Judiciária Estadual p/ TJ-MA (Técnico Judiciário) Com Videoaulas - Pós-Edital
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608218
60297014366 - Tácito Augusto J B Oliveira
 
 
 
 
 
 
 37 
 48 
01 02 03 04 05 06 07 
C C A A A D A 
08 09 10 11 12 13 14 
A B B A B B B 
15 
A 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
 (FCC- 2009 – TRT 3ª REGIÃO - ADAPTADA) 
O Tribunal tem o tratamento de Egrégio Tribunal e os seus membros, possuem a 
designação específica de: 
a) Desembargadores Estaduais de Justiça e são tratados como Excelência. 
b) Desembargadores de Justiça e são tratados como Meritíssimo. 
c) Desembargadores e são tratados como Excelência. 
d) Desembargadores de Direito, apenas. 
Comentários 
Ao Tribunal de Justiça cabe tratamento de "egrégio", sendo privativo de seus membros 
o título de “desembargador”, aos quais é devido o tratamento de "excelência". 
GABARITO: Letra C 
 
 (ESAF - 2002 - TJ-CE - ADAPTADA) 
Assinale a opção correta. 
Tiago Zanolla
Aula 03
Organização Judiciária Estadual