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Arcenio Artur Munguambe Trabalho de campo Técnicas de Expressão Oral e Escrita Tema: Articulação sintáctica do texto Discente: Arcenio Artur Munguambe Docente: __________________ Xai-Xai, Abril de 2020 Índice 1. Introdução ............................................................................................................................. 1 1.2. Metodologia ...................................................................................................................... 2 2. Quadra teorico ...................................................................................................................... 3 2.1. Os Fatores de Textualidade ............................................................................................... 4 2.1.1. A Coerência Textual .................................................................................................. 4 a) A continuidade............................................................................................................................ 5 b) A progressão ................................................................................................................................ 5 c) Não contradição .......................................................................................................................... 5 d) A articulação .............................................................................................................................. 5 2.1.2. Coesão Textual .......................................................................................................... 5 2.1.3. Modalidades da Coesão ............................................................................................. 7 a) Coesão referencial ..................................................................................................... 7 b) coesão sequencial ...................................................................................................... 7 2.2. Conectores discursivos e Marcadores discursivos ............................................................ 8 2.2.1. Marcadores discursivos ............................................................................................. 8 a) Funções dos Marcadores ........................................................................................... 8 2.2.2. Conectores discursivos .............................................................................................. 9 a) Funções dos conectores ........................................................................................... 10 Referencias bibliográficas ............................................................................................................. 13 1 1. Introdução O presente trabalho tem como tema, Articulação sintáctica do texto, com objectivo de abordar sobre: textualidade (Coerência e Coesão textual) e Marcadores e conectores discursivos. O texto é qualquer ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa (função social), semântica (unidade de sentido) e formal (relações de sentido marcadas por formas da língua: léxico e gramática). Beaugrande e Dressler (1981) definem texto como uma ocorrência comunicacional que satisfaz critérios interdependentes (coesão, coerência, intencionalidade, aceitabilidade, intertextualidade, informatividade, situacionalidade), também chamados fatores de textualidade. Textualidade um conjunto de características que nos possibilita conhecer um texto. Os fatores de textualidade que serão discutidos neste trabalho são: coerência e coesão textual. Textualidade descrevendo alguns aspectos da produção textual e da prática da leitura, como atividades essenciais para a ampliação da competência comunicativa do aprendiz. Coerência: conexão conceitual-cognitiva. Diz respeito, pois, às relações lógicas das ideias do texto e à compatibilidade entre a rede conceitual (rede de ideias) configurada no mundo textual e o conhecimento de mundo de quem processa o sentido do texto. Coesão: manifestação linguística da coerência. Conexão formal entre as unidades de significação do texto. A coesão contribui para a coerência e é indispensável em certos gêneros de texto, mas pode haver textos sem marcas de coesão sem que isso comprometa a construção de sentidos; nesse caso, o processamento dos sentidos depende especificamente de esquemas cognitivos (modelos de armazenamento de informações na memória). Os conectores e os marcadores discursivos, elementos linguísticos que sinalizam, explicitam uma relação coesiva entre dois segmentos textuais e guiam, de acordo com suas propriedades morfossintáticas, semânticas e pragmáticas, as inferências que se realizam no momento da comunicação. 2 1.1.Objectivo 1.1.1. Geral Articulação sintáctica do texto; 1.1.2. Específicos Concetualizar a textualidade; Falar dos Coerência e Coesão textual e suas funções; Falar dos Marcadores e conectores discursivos e suas funções. 1.2.Metodologia Para Fonseca, apude Gerhardt, et al., (2009, p 1), methodos significa organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Devido a natureza dos objectivos do trabalho, tem com o procedimento técnico, ou seja, a maneira pela qual obtemos os dados necessários para a elaboração da pesquisa. o presente estudo terá sua delimitação caracterizada como pesquisa bibliográfica. pesquisa Bibliográfica: Quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Prodanov, et al., 2013, 55). 3 2. Quadra teorico Texto Ttexto ou discurso é, conforme esclarece Schmitd (1973), uma unidade de linguagem em uso, cumprindo uma função identificável num dado jogo de atuação sócio comunicativa. Ttexto é uma ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sócio comunicativa, semântica e formal. um texto é uma unidade de linguagem em uso, cumprindo uma função identificável num dado jugo de atuação sócio comunicativa. Tem papel determinante em sua produção e recepção uma série de fatores pragmáticos que contribuem para a construção de seu sentido. (Costa Val, 2016,) O autor ainda ressalta que o texto não pode ser somente um amontoado de frases isoladas, pois precisa transmitir um sentido, a fim de que o assunto abordado seja significativo. Tal produção necessita ainda de clareza para ser entendida e para que seja explicitamente exposto o sentido buscado pelo escritor, que deve revelar suas ideias de maneira objetiva tornando o texto compreensível àquele que o recebe. No entanto, é notável a dificuldade que algumas pessoas possuem em relação ao seu processo de produção, ou seja, na concretização das ideias no papel, acreditando ser este um ato espontâneo ao invés de uma habilidade desenvolvida com a prática, pois escrever não é uma atividade fácil para muitas pessoas e nem existem fórmulas para se apreender. A escrita constitui uma das mais importantes competências comunicativas, mas esse é um trabalho que depende muito do interesse e empenho do discente e da condução e postura didático-metodológica do professor. É importante ressaltar que ao escrever um texto bem estruturado é necessário que ele possua elementos indispensáveis à sua construção. Primeiramente, é preciso que o aluno possuaconhecimento sobre o tema, para ser capaz de estruturar ideias por meio de uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão, sempre lembrando que há um encadeamento lógico entre elas. Costa Val (2016) ainda ressalta que para que um texto seja considerado texto, é necessário que possua uma relação socio comunicativa, semântica e formal. Assim, um texto será bem - compreendido quando ele atingir os seguintes aspectos: 1. O pragmático tem a ver com seu funcionamento enquanto atuação informacional e comunicativa; 4 2. O semântico-conceitual é a base da coerência do texto; 3. O formal refere-se à sua coesão. Um texto bem construído e, naturalmente, bem interpretado, vai apresentar aquilo que Beaugrande (1981) chamam de textualidade, ou seja, um conjunto de características que tornam-o um texto e não uma sequência de frases. Conceber a produção textual a partir de concepções sobre a textualidade requer a aceitação de que o texto não é um produto e sim um processo composto por etapas interdependentes e intercomplementares que vão do planejamento à reescrita. De modo que, cada elemento da textualidade é peça fundamental para a atividade escrita numa perspectiva sociodiscursiva e interativa da linguagem. Para tanto, Beugrande e Dresser (1981) apontam sete critérios de textualidade, a saber: coerência, coesão, situacionalidade, informatividade, intertextualidade, intencionalidade e aceitabilidade. 2.1. Os Fatores de Textualidade Entende-se por textualidade um conjunto de características que nos possibilita conhecer um texto. Os fatores de textualidade são os seguintes: coerência, coesão, intencionalidade, aceitabilidade, informatividade e relevância. Vejamos cada um deles. 2.1.1. A Coerência Textual É o fator relacionado aos sentidos do texto. É importante para o seu entendimento, para a sua compreensão. A coerência é responsável pelo sentido do texto, envolvendo fatores lógico-semânticos e cognitivos, já que a interpretabilidade do texto depende do conhecimento partilhado entre os interlocutores. Um texto é coerente quando compatível como conhecimento de mundo do receptor. Observar a coerência é interessante, porque permite perceber que um texto não existe em si mesmo, mas sim constrói-se na relação emissor-receptor-mundo. Existem alguns textos que apresentam algumas inadequações em relação à coerência. Para detectá- las, o professor de Língua Portuguesa, em uma de suas muitas atribuições que é a correção textual, deve estar atento às chamadas metarregras, que são ferramentas que auxiliam na análise e avaliação das falhas na coerência de um texto. 5 a) A continuidade É a retomada das ideias que acontecem no decorrer de um texto. Em outras palavras, é o conjunto de elementos constantes, repetidos de forma que não interfiram na elegância textual (estado agradável de ler o texto, tanto no que se refere ao seu conteúdo, quanto à suaforma) e nem canse o leitor, que proporcionam a determinação do texto como um todo único. b) A progressão Essa metarregra consiste no acréscimo de informações novas aos elementos que foram retomados no texto, fazendo com que o seu sentido progrida, evolua. c) Não contradição Relaciona-se ao sentido do texto, de forma que aquilo que está sendo mencionado nele não pode se contradizer. d) A articulação É o modo como aquilo que está sendo dito no texto se relaciona entre si, havendo, às vezes, a necessidade da utilização de conectivos adequados. 2.1.2. Coesão Textual Coesão textual é a capacidade de um texto possuir um valor intersubjetivo e pragmático está no nível argumentativo das produções lingüísticas, mas a sua totalidade semântica decorre de valores internos à estrutura de um texto. (Pécora, 1987, p. 47) Coesão textual o sistema formado por elementos linguísticos dispostos na superfície do texto, com o objetivo de estabelecer uma ligação entre as palavras, frases e períodos, contribuindo, assim, para a organização dos seus parágrafos e para a compreensão do leitor (na modalidade escrita) ou ouvinte (na modalidade oral). Assim, estudar os elementos coesivos de um texto nada mais é que avaliar os componentes textuais cuja significação depende de outros dentro do mesmo texto ou no mesmo contexto situacional. Segundo Halliday & Hasan, há cinco diferentes mecanismos de coesão: 1. Referência: elementos referenciais são os que não podem ser interpretados por si próprios, mas têm que ser relacionados a outros elementos no discurso para serem compreendidos. Há 6 dois tipos de referência: a situacional (exofórica ) feita a algum elemento da situação e a textual (endofórica) Exemplo: Você não se arrependerá de ler este anúncio. – Exoforia Paulo e José são advogados. Eles se formaram na PUC. – endofórica 2. Substituição: colocação de um item no lugar de outro no texto, seja este outro uma palavra, seja uma oração inteira. Exemplo: _ Pedro comprou um carro e José também. _ Professor acha que os alunos estão preparados, mas eu não penso assim. _ Pedro comprou uma camisa vermelha, mas eu preferi um verde. 3. Elipse: substituição por @ : omissão de um item, de uma palavra, um sintagma, ou uma frase. Exemplo: _ Você vai à Faculdade hoje? – @Nãof @@@. 4. Conjunção: este tipo de coesão permite estabelecer relações significativas entre elementos e palavras do texto. Realiza-se através de conectores como e, mas, depois etc. Exemplo: _ Agora (abre um novo estágio na comunicação, um novo ponto de argumentação, ou atitude tomada ou considerada pelo falante); _ Bem (significa eu sei de que trata a questão e vou dar uma resposta). 5. Coesão lexical: obtida através de dois mecanismos: repetição de um mesmo item lexical, ou sinônimos, pronomes, hipônimos, ou heterônimos. Exemplo: _ O Presidente foi ao cinema ver Tropa de elite. Ele levou a esposa. Vi ontem um menino de rua correndo pelo asfalto. O moleque parecia assustado. Assisti ontem a um documentário sobre papagaios mergulhadores. Esses pássaros podem nadar a razoáveis profundidades. 7 6. Colocação: Uso de termos pertencentes a um mesmo campo semântico. Exemplo: Houve um grande acidente na estrada. Dezenas de ambulâncias transportaram os feridos para o mais próximo. 2.1.3. Modalidades da Coesão Koch, tomando por base os mecanismos coesivos na construção do texto, estabelece a existência de duas modalidades de coesão. a) Coesão referencial Existe coesão entre dois elementos de um texto, quando um deles para ser interpretado semanticamente, exige a consideração do outro, que pode aparecer depois ou antes do primeiro (catáfora e anáfora, respectivamente) Exemplo: _ Ele era tão bom, o meu marido! (catáfora) _ O homem subiu as escadas correndo. Lá em cima ele bateu furiosamente à uma porta. (anáfora). b) coesão sequencial Conjunto de procedimentos linguísticos que relacionam o que foi dito ao que vai ser dito, estabelecendo relações semânticas e/ou pragmáticas à medida que faz o texto progredir. Os elementos que marcam a coesão seqüencial são chamados relatores e podem estabelecer uma série de relações: implicação entre um antecedente e um conseqüente: se etc. restrição, oposição, contraste: ainda que, mas, no entanto etc soma de argumentos a favor de uma conclusão: e, bem como, também etc. justificativa, explicação do ato de fala: pois etc. introdução de exemplificação ou especificação: seja...seja, como etc. alternativa (disjunção ): ou etc. extensão, amplificação: aliás, também etc. correção: isto é, ou melhor etc. 8 2.2.Conectores discursivos e Marcadores discursivos 2.2.1. Marcadores discursivos Os marcadores do discurso são unidades linguísticas invariáveis, não exercem função sintática no marco da predicação oracional e possuem uma incumbência coincidente no discurso: o de guiar, de acordo com suas diferentespropriedades morfossintáticas, semânticas e pragmáticas, as inferências que se realizam na comunicação (Portolés, 1998). Martín e Portolés (1999) complementam que os MD têm certa mobilidade dentro do enunciado e se encontram geralmente entre pausas. Além disso, não podem ser coordenados entre si, não podem ser negados, carecem (a maioria) da possibilidade de receber especificadores e adjacentes complementários e têm uma relação sintática com a totalidade do sintagma nominal. Os marcadores discursivos são unidades linguísticas invariáveis que permitem estabelecer conexões entre enunciados, de modo a construir um discurso coeso e coerente. a) Funções dos Marcadores Os marcadores discursivos são unidades linguísticas invariáveis que permitem estabelecer conexões entre enunciados, de modo a construir um discurso coeso e coerente. A tabela a baixo mostra a função dos marcadores discursivos Tabela 1. Funcao dos Marcadores discursivo Designação Função Marcadores discursivos Estruturação da informação ordenar a informação por um lado, por outro lado, em primeiro lugar, após, antes, depois, em seguida, seguidamente, até que, por último, para concluir… Reformuladores reformular o discurso, explicando-o ou retificando-o ou seja, isto é, quer dizer, por outras palavras, quer dizer, ou melhor, dizendo melhor, ou antes, como se pode ver, é o caso de, como vimos, quer isto dizer, significa 9 isto que, não se pense que, pelo que referi anteriormente Operadores discursivos reforçar e concretizar ideias de facto, na verdade, na realidade, com efeito, por exemplo, efetivamente, note-se que, atente-se em, repare-se, veja-se, mais concretamente, é evidente que, a meu ver, estou em crer que, em nosso entender, certamente, decerto, com toda a certeza, naturalmente, evidentemente, com isto (não), pretendemos, por outras palavras, ou melhor, ou seja, em resumo, em suma Fonte: Casado V, M. (2008) 2.2.2. Conectores discursivos Os conectores são um subgrupo dos marcadores discursivos cuja função é a de conectar, estabelecer um vínculo entre o membro que introduzem e o que o antecede, com o intuito assinalar explicitamente os rumos pelos que transcorre o texto e assim, guiar o leitor/ouvinte na compreensão da multiplicidade de seus sentidos; processo que exige o processamento de ambos os membros como um todo, como afirmam Martín Zorraquino e Portolés (1999, p. 4093): Um conector é um marcador discursivo que vincula semântica e pragmaticamente um membro do discurso com o membro anterior. O significado do conector proporciona uma série de instruções que guiam as inferências que deverão ser obtidas do conjunto dos membros relacionados (tradução nossa). Assim, dada a pertinência destas unidades ao grupo dos MD, além da função especifica de conectar enunciados ou membros de enunciados, favorecem a unidade do texto e orientam o discurso numa dada direção. Os conectores compartilham com os MD as seguintes características: heterogeneidade das categorias às quais pertencem: conjunções (sin embargo), advérbios (sinceramente), locuções adverbiais (más aún), interjeições (hombre), locuções preposicionais (por consiguiente); 10 invariabilidade: os conectores são unidades independentes que se reconhecem pela sua fixação morfológica, ou seja, não admitem modificadores (muy incluso) nem flexão de gênero (por tanta) e número (sin embargos); mobilidade sintática: podem ocupar diversas posições – inicial, intermediária e final; funcionalidade como elementos externos ao conteúdo proposicional da oração, ou seja, não carregam um significado conceitual, pelo que não modificam as condições de verdade do enunciado. a) Funções dos conectores Os conetores ou articuladores têm como função articular, conectar, ligar grupos de palavras; unir frases simples, formando frases complexas; estabelecer nexos lógicos entre períodos e parágrafos, de modo a construir textos coesos e coerentes. Os conectores podem ser classificados com funcionalidades lógicas distintas, de acordo com a tabela abaixo. Tabela 2.Funções dos conectores discursivos Designação Função Articuladores / Conetores do discurso Aditivos agrupar, adicionar ideias, segmentos, sequências, informação e, nem (negativa), bem como, não só… mas também, além disso, mais ainda, igualmente, ainda Alternativos / Exclusão apresentar opções, alternativas ou, ou… ou, ora… ora, seja… seja, alternativamente, em alternativa, opcionalmente Contrastivos indicar uma oposição, um contraste mas, porém, todavia, contudo, no entanto, contrariamente, pelo contrário Concessivos negar o efeito, a conclusão exprimir uma concessão embora, ainda que, mesmo que, conquanto, apesar de, malgrado, não obstante, mesmo assim, ainda assim Temporais exprimir relações de tempo entre os segmentos do texto / discurso quando, mal, assim que, logo que, enquanto, entretanto, depois que, desde que, antes de, mais tarde, ao mesmo tempo 11 Finais traduzir o fim, a intenção, o objetivo para (que), a fim de, a fim de que, de modo / forma a, com o objetivo de Comparativos exprimir uma comparação como, tal como, assim como, bem como, também, mais / menos do que Causais exprimir a causa, a razão porque, visto que, dado que, como, uma vez que, já que Condicionais introduzir hipóteses ou condições se, caso, desde que, a não ser que, contanto que Consecutivos exprimir a ideia de por isso, daí que, de tal forma… que, tanto… que, tal… que, tão… que consequência, resultado, efeito Conclusivas expressar uma conclusão, uma inferência (dedução lógica a partir do já exposto) portanto, assim, logo, por conseguinte, concluindo, para concluir, em conclusão, em consequência, daí, então, deste modo, por isso, por este motivo Completivos completar o sentido do núcleo do grupo verbal que, se, para Confirmativos ou exemplificativos documentar exemplificar por exemplo, a ilustrar, documentando, exemplificando Fonte: Casado V, M. (2008) 12 3. Considerações finais Em suma: texto é uma unidade de sentido. Nessa perspectiva, é imprescindível que as ideias, nele presentes, sejam construídas com lógica, isto é, com coerência. Além disso, os elementos que o integram (palavras, orações, frases, períodos) precisam estar dispostos de modo articulado e harmônico. Quando há adequada ligação entre os referidos elementos, dizemos que ocorreu coesão. Textualidade é a característica fundamental dos textos, orais ou escritos, que faz com que eles sejam percebidos como textos. A coerência é a lógica entre as ideias expostas em um texto, que precisam ser dispostas de forma interligada, isto é, com coesão. Isso significa que não há coerência sem coesão. Vale reforçar que quem diz precisa produzir textos coerentes e coesos, ao passo que quem ouve ou lê precisa reconstruir os elos pretendidos pelo produtor, para que a interação de fato aconteça. Os conectores e marcadores discursivos e algumas das teorias que abordam esses elementos. Grosso modo, apesar das diferenças estabelecidas entre os conceitos de conectores e MD, tratamos de uma classe de expressões linguísticas que reagrupa, além de certas conjunções de coordenação (mas, portanto, ora, então), certas conjunções e locuções conjuntivas de subordinação (porque, como, com efeito, em consequência, o que quer que 200 Gláuks seja etc.), grupos nominais ou preposicionais (apesar disso etc.), advérbios e locuções adverbiais (no entanto etc.) e algumas estruturas que possuem um esvaziamento semântico, como parece acontecer com seja como for. Essas expressões linguísticas possuem a função de contribuir para o estabelecimento de uma relação coesiva com, pelo menos, oenunciado que as precede no discurso. Tal relação coesiva pode se referir a mais de um enunciado anterior, inclusive pode afetar toda a porção de discurso precedente, ou seja, pode conectar um enunciado a todo o texto que vem antes do conector. Ao ligar, portanto, unidades de diferentes níveis (palavras, proposições, conjuntos de proposições, grandes porções de texto), os MD guiam, de acordo com suas diferentes propriedades morfossintáticas, semânticas e pragmáticas, as inferências que se realizam no momento da comunicação. Por outro lado, algumas relações só existem entre diferentes segmentos textuais graças à presença desses elementos conectivos explícitos. 13 Referencias bibliográficas Beaugrande, R. A. e DRESSLER, W. (1981). Introduction to text linguistics. London: Longman. COSTA VAL, M. G. (2016). Redação e textualidade. 4ª Ed. São Paulo: Martins Fontes. Costa Val, M.G. (, 2004). Texto, textualidade e textualização. Pedagogia Cidadã: Cadernos de Formação. São Paulo. Casado V, M. (2008). Lingüística del texto y marcadores del discurso. In. Dolz, Joaquim & SCHNEUWLY, Bernard, NOVERRAZ, Michèle. (, 2004). Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – seqüências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: Gêneros orais e escritos na escola / Tradução e organização Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado de letras FÁVERO, L. Coesão e coerência textuais. 9ª edição. São Paulo: Ática, 2002. Martín Zorraquino, Mª A.; PORTOLÉS LÁZARO, J. (1999). Los marcadores del discurso. In: BOSQUE MUÑOZ, I.; DEMONTE BARRETO, V. (Dir.). Gramática descriptiva de la lengua española. Tomo III. Madrid: Espasa, Gerhardt, T.E e Silveira, D.T. ( 2009). Metodologia de Pesquisa. 1ª edição. Prodanov, C & Freitas, E. (2013) Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2ª edição. Rio Grande do Sul – Brasi.
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