Buscar

PPRA EXPLICACAO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

06/05/2020 Versão para impressão
1/35
Segurança do Trabalho
Programa de prevenção de riscos ambientais –
PPRA
O programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA) surgiu principalmente da
necessidade de melhor orientar a adoção de medidas de proteção aos trabalhadores contra os
riscos ambientais. Assim, o ministério do trabalho resolveu, por meio desse, normatizar conceitos,
etapas e procedimentos que devem ser utilizados em um programa de higiene do trabalho.
A partir de sua criação, o PPRA passou a ser o elo condutor das diversas ações em saúde e
segurança do trabalho que podem ser desenvolvidas dentro de uma organização, sendo que
deverá estar articulado com as demais normas regulamentadoras, principalmente com o
programa de saúde ocupacional – PCMSO.
O PPRA visa preservar a saúde e integridade desses trabalhadores, por meio da
antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do controle dos riscos ambientais existentes ou
que podem vir a existir no ambiente de trabalho, levando em consideração a proteção do meio
ambiente e dos recursos naturais. São considerados riscos ambientais: os agentes físicos,
químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho, que em decorrência da sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, podem ocasionar danos à saúde
do trabalhador.
Assim, o PPRA monitora os agentes físicos, químicos e biológicos. Segundo a NR-9, os
agentes físicos são as diversas formas de energia em que os trabalhadores possam estar
expostos, como o ruído, vibrações, umidade, calor, frio, radiações e pressões anormais. Como
agentes químicos, as substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo por
meio da via respiratória na forma de poeira, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que
devido a natureza da atividade ou exposição podem ter contato ou ser absorvidas pelo organismo
por meio da pele ou por ingestão. Por outro lado, como agentes biológicos são as diversas
formas de microrganismos, por exemplo, os vírus, bactérias, fungos, bacilos, parasitas e
protozoários.
06/05/2020 Versão para impressão
2/35
Com base na classificação realizada pela NR-9, é fácil constatar que os agentes
ergonômicos e mecânicos não são abrangidos pela norma. Sendo que esse procedimento está
correto, pois o PPRA trata-se de um programa de higiene do trabalho, e os riscos mecânicos e
ergonômicos, embora sejam de fundamental importância para a saúde do trabalhador, deverão
ser tratados especificamente em outros programas, não sendo objeto de estudo do PPRA. Além
disso, o agente ambiental iluminamento foi revogado pela portaria nº 3.715, de 23 de novembro
de 1990, passando a ser considerado agente ergonômico na NR-17.
Lembre-se que o PPRA não deve ser confundido com o mapa de riscos. Pois o PPRA trata-se de
um programa de higiene do trabalhador, considerando apenas os riscos físicos, químicos e
biológicos, por outro lado, o mapa de riscos é uma inspeção quantitativa realizada pelo próprio
trabalhador em seu posto de trabalho, levando em consideração os agentes químicos, físicos,
biológicos, ergonômicos e mecânicos.
Segundo o item 9.3.1.1 da NR-9, a elaboração, implementação e a avaliação do PPRA
poderão ser realizadas pelo serviço especializado em engenharia de segurança e em medicina
do trabalho (SESMT) ou por pessoa ou equipe que, a critério do empregador, sejam capazes de
desenvolver o disposto nessa mesma norma regulamentadora. Assim, como o PPRA necessita
do conhecimento de diversas áreas, e não somente dos ramos relacionados à engenharia e à
medicina, uma vez que envolve a antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle de
agentes químicos, físicos e biológicos, sendo responsabilidade do empregador a sua implantação
e implementação, esse programa possibilita ao empregador total liberdade na escolha dos
profissionais a serem convocados para a sua execução e implantação. Apesar da liberdade
existente para a empresa escolher seu próprio SESMT ou uma consultoria externa de
profissionais especializados, e da forma que achar mais conveniente para atender aos objetivos e
metas do programa, é fundamental que o profissional escolhido, independentemente da sua
formação básica, tenha os conhecimentos de higiene ocupacional necessários para promover o
desenvolvimento do PPRA.
Tomando como base esse item da NR-9, a portaria nº8, de 23 de fevereiro de 1999, que
alterou a CIPA, prevê, como atribuição desta, colaborar no desenvolvimento e implementação do
programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) e do PPRA e de outros programas
relacionados à saúde e segurança do trabalho.
MENU (#menu-mobile)
Estrutura do PPRA
Segundo a NR-9 o PPRA deve conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
06/05/2020 Versão para impressão
3/35
Clique ou toque para visualizar o conteúdo.
a. Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma
Entende-se como meta a situação ao qual se deseja chegar após ser realizada a
implantação do PPRA, sendo que dependendo das condições que se encontra o local onde o
trabalhador executa suas funções, podem ser realizadas mais de uma ação de controle de
riscos. Assim, as metas poderão ser várias, bem como as ações que devem ser
desencadeadas para alcança-las, portanto, é imprescindível priorizar as metas, assim como
as ações, e que seja determinado um prazo para alcançar os objetivos.
b. Estratégia e metodologia de ação
Neste item deve-se informar a forma como se pretende alcançar a meta, no prazo estipulado,
bem como o método de trabalho que deverá ser empregado.
c. Forma de registro, manutenção e divulgação dos dados
Este tópico trata da busca para resguardar as informações obtidas no desenvolvimento do
PPRA de forma ordenada, podendo ser informatizada, a fim de que seja possível sua
utilização futura, já que todos os dados têm que ser preservados por 20 anos. No que se
refere à divulgação das informações, a NR-9 fixa alguns parâmetros, como a obrigatoriedade
da CIPA ter cópia do documento base e alterações; e todo e qualquer trabalhador ou seu
representante, assim como a autoridade competente, devem ter disponível o registro desses
dados.
06/05/2020 Versão para impressão
4/35
d. Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA
A NR estabelece que a cada ano deve ser realizada uma análise global do programa, para
estabelecer todos os ajustes necessários e realizar a definição de metas e prioridades.
Assim, para garantir que o PPRA atinja seus objetivos e que as metas propostas sejam
alcançadas, é fundamental estabelecer mecanismos de avaliação do programa, visando
analisar seu desenvolvimento e, para isso, as empresas podem criar um procedimento de
auditoria interna por meio do qual seja possível verificar o cumprimento das etapas, das
ações previstas, da adequação das estratégias e metodologias escolhidas e o alcance das
metas, realizando sempre que necessário, ajustes no programa.
É importante destacar que na análise realizada anualmente do programa não
necessariamente deve-se realizar nova avaliação dos agentes ambientais. E os agentes
ambientais devem ser avaliados de forma sistemática e repetitiva, de acordo como determina
o subitem 9.3.7.1 da NR-9, isto é, o programa não deve ser avaliado apenas na data da
revisão anual.
Esse documento de avaliação periódica deverá conter as etapas, ações e metas que foram
cumpridas, bem como as que não foram, de forma integral ou parcial, ou ainda as que
sofreram alterações. Sendo fundamental que todas as alterações e descumprimentos sejam
bem justificados, pois poderão possibilitar autuações quando for feita a fiscalização pelos
órgãos competentes, uma vez que a proposta original foi estabelecida pela própria empresa,
atendendo à realidade.
Os resultados obtidos pelo PPRA, por meio de suas ações, devem preferencialmente ser
apresentados nas reuniões da comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA) e
anexados ao livro de atas dessa comissão.
MENU (#menu-mobile)Desenvolvimento do PPRA
O PPRA não se baseia em apenas identificar os riscos ambientais nos processos produtivos
e estabelecimento de medidas para eliminação, redução ou controle dos riscos. A NR-9
estabelece uma metodologia para o desenvolvimento do PPRA, tomando como base as
06/05/2020 Versão para impressão
5/35
seguintes etapas: antecipação dos riscos ambientais; reconhecimento dos riscos ambientais;
avaliação dos riscos e exposição dos trabalhadores; estabelecimento de prioridades e metas de
controle; implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; monitoramento dos
riscos; registro e divulgação dos dados.
Clique ou toque para visualizar o conteúdo.
a. Antecipação dos riscos ambientais
São medidas de caráter preventivo, tendo como finalidade evitar que o risco se instale, por
meio da utilização de um mecanismo de controle. Exemplos:
Uma empresa só adquire equipamentos cujo nível de pressão sonora não
ultrapasse 80 decibéis. E caso isso não possa ser evitado e a empresa efetue a
compra de máquinas com ruído elevado, deverão ser fornecidos protetores
auriculares às pessoas que irão trabalhar com essas máquinas.
Uma empresa só adquire produtos químicos se o fornecedor enviar a folha de
verificação de segurança do produto, e a partir desses dados, o SESMT e o
chefe do laboratório de análises químicas e toxicológicas é que recomendam a
sua utilização pelos trabalhadores.
É importante citar que a antecipação dos riscos ambientais deverá também acontecer
sempre que houver um projeto de instalação de novos setores ou máquinas, em lugares pré-
existentes ou novos setores no processo de produção. Sendo que, essa análise deve levar
em consideração a opinião dos membros do serviço especializado em engenharia de
segurança e em medicina do trabalho (SESMT) e da CIPA, procurando evitar que novos
riscos venham a surgir.
Deste modo, a antecipação consiste na análise dos projetos para verificar a constatação de
novos riscos diferentes dos já existentes ou a possibilidade de modificações que venham
desencadear o aumento dos riscos que já se fazem presentes.
06/05/2020 Versão para impressão
6/35
b. Reconhecimento
O reconhecimento dos riscos ambientais deve ser realizado de forma criteriosa, uma vez que
é a base para realizar o planejamento das avaliações quantitativas dos agentes ambientais,
podendo também levar à adoção imediata de medidas de controle em condição ou situação
de trabalho que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à
integridade física do trabalhador.
Esta fase deverá ser constituída das seguintes informações:
1. A identificação dos riscos
Clique para visualizar a imagem (objetos/info1-01.jpg)
Riscos físicos: ruído, frio, calor, vibração, umidade, radiações.
Riscos químicos: produtos químicos, poeira, névoa, neblina e fumaça.
Riscos biológicos: fungos, bactérias e vírus.
2. Determinação e localização das possíveis fontes geradoras
As máquinas, equipamentos, ferramentas e o processo de produção podem ser potenciais
fontes geradoras dos riscos ambientais em qualquer atividade, por meio de fontes mecânicas
ou da manipulação de produtos.
3. Identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no
ambiente de trabalho
Inúmeros agentes de risco podem se propagar por meio das vias aéreas como, por exemplo,
os produtos químicos sob a forma de poeira, gases, vapores ou neblinas para atingir o
trabalhador.
4. Identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos
Por meio da observação do ambiente de trabalho e identificação das atividades
desempenhadas pelos trabalhadores, deve-se determinar os riscos e o número de
trabalhadores expostos aos agentes de riscos que foram detectados no ambiente de
trabalho.
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/info1-01.jpg
06/05/2020 Versão para impressão
7/35
5. A caracterização das atividades e do tipo da exposição
É de suma importância compreender a relação existente entre os trabalhadores e o processo
produtivo com os seus agentes, para isso deve-se efetuar a explanação das atividades
desenvolvidas pelos empregados expostos e todas as fontes de exposição, pois, os
trabalhadores podem estar expostos aos agentes de riscos ao realizar tarefas diretamente
envolvidas com esses agentes, por contato acidental em contaminação do ambiente ou em
decorrência de tarefas realizadas por outros trabalhadores.
As atividades desenvolvidas pelos trabalhadores devem ser observadas, atentando-se para
aspectos como o tipo de exposição ao qual o trabalhador está exposto, se é habitual,
permanente, intermitente ou ocasional:
Habitual é aquela exposição em que o trabalhador submete-se aos agentes de
riscos, como atribuição legal do seu cargo por tempo superior à metade da
jornada de trabalho semanal.
Permanente é a exposição que é constante, e durante toda a jornada de
trabalho, sendo a principal atividade do trabalhador.
Intermitente é a exposição experimentada pelo trabalhador de forma
programada para certos momentos inerentes à produção, repetidamente,
tomando como base certos intervalos.
Ocasional é a exposição experimentada pelo trabalhador de maneira não
programada, sem mensuração de tempo, acontecimento previsível ou não.
Além disso, cabe citar a importância da formação dos grupos homogêneos de exposição ao
risco (GHER), este é a base para efetuar uma avaliação detalhada da exposição do
trabalhador ao risco presente no ambiente de trabalho. Assim, o GHER é caracterizado por
um grupo de trabalhadores que apresentam as mesmas chances de exposição a um dado
agente de risco ambiental (todos os membros do grupo não precisam ter exposições
idênticas num único dia aos riscos presentes no ambiente de trabalho). Essa exposição
idêntica que pode existir entre os trabalhadores, resulta do desenvolvimento de atividades
com as mesmas características ou similares do ponto de vista de exposição.
Seria muito bom realizar a avaliação de todos os trabalhadores, todos os dias, para os
agentes de interesse. Mas infelizmente não é viável considerar toda a população (das
exposições ocupacionais). Assim, é importante definir o GHER para se obter amostras
adequadas deles, e com isso poder representar a exposição de todo o grupo.
06/05/2020 Versão para impressão
8/35
6. A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível
comprometimento da saúde decorrente do trabalho
As informações que a empresa obtém por meio do fornecedor de máquinas ou produtos
químicos utilizados no processo de produção, auxiliam no reconhecimento do potencial risco
e na posterior avaliação e controle.
7. Os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na
literatura técnica
Os danos que os riscos ambientais podem causar à saúde do trabalhador podem ser obtidos
na literatura médica da exposição aos determinados riscos físicos ou no que diz respeito aos
produtos químicos, na ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ). A
FISPQ também disponibiliza informações sobre vários aspectos dos produtos químicos
(substâncias ou misturas) referente às medidas de proteção e ações em situação de
emergência, assim esse documento é obrigatório para a comercialização de produtos
químicos e deve ser recebido por todos os empregadores que utilizem, movimentem ou
transportem esses produtos.
8. A descrição das medidas de controle já existentes
Na fase de reconhecimento dos riscos, deve ser realizada a descrição das medidas de
controle coletiva e medidas de caráter individual existentes no processo de execução das
atividades e do ambiente de trabalho que está sendo analisado.
Para esclarecer melhor todos os itens que devem ser abordados no reconhecimento dos
riscos ambientais, observe o seguinte exemplo prático de um trabalhador desempenhando
uma atividade de pintura de automóveis.
Exemplo 1:Trabalhador desempenhando atividade de pintura de automóveis.
Clique para visualizar a imagem (objetos/fig1.jpg)
Figura 1 – Trabalhador desempenhando atividade de pintura
Fonte: <http://www.actiweb.es/chocolatito/>. Acesso em: 28 ago. 2017.
Trabalhador segurando uma pistola de pintura e efetuando a pintura de um carro.
1. Identificação dos riscos: vapores de tinta e ruído.
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/fig1.jpg
06/05/2020 Versão para impressão
9/35
2. Identificação das funções e número de trabalhadores expostos
Função: Pintor de automóvel.
Número de pintores: 1.
3. Localizar a fonte geradora do risco:
Pistola de pintura.
4. Como se propaga o risco:
Pelo ar.
5. Caracterizar as atividades expostas ao risco e o tipo de exposição ao risco.
Atividades expostas ao risco: realização de pintura automobilística.
6. Tipo de exposição ao risco: permanente.
Obtenção de dados existentes na empresa de possível comprometimento da
saúde decorrente do trabalho:
Sem registros de casos de doenças ocupacionais neste setor.
7. Medidas de controle existentes:
Ventiladores para circulação de ar.
Exaustores instalados no teto para captação dos vapores.
Treinamentos, procedimentos, exames médicos etc.
Uso de EPI: respirador purificador de ar contra vapores, camisa contra agentes
químicos e protetores auditivos.
8. Tipos de danos que podem causar à saúde:
Doenças respiratórias.
Doenças da pele.
Surdez ocupacional.
06/05/2020 Versão para impressão
10/35
Lembre-se que todas as informações analisadas no ambiente de trabalho, devem ser
registradas em uma planilha básica a ser anexada no documento base do PPRA.
A planilha a seguir ilustra o reconhecimento do risco do posto de trabalho conforme ilustrado
no exemplo, de acordo com os dados obtidos na figura 1.
Baixe aqui o material em PDF (objetos/planilha1.pdf)
Fonte: Adaptado de SALIBA, Tuffi Messias et al. Higiene do trabalho e programa de
prevenção de riscos ambientais. 2. ed. São Paulo: LTr, 1998.
Segundo a NR-9, quando não for possível identificar os riscos ambientais nas fases de
reconhecimento ou antecipação, o desenvolvimento poderá se resumir apenas a estas fases,
devendo serem registrados e divulgados todos os dados obtidos. Mas para se tomar esta
decisão é necessário um bom conhecimento de higiene ocupacional e efetuar um bom
julgamento de suas análises, senão dificilmente o desenvolvimento do PPRA se resumirá
apenas nas fases de antecipação e reconhecimento. Outro ponto que merece destaque é o
fato da importância de realização da análise quantitativa para comprovar ou não a exposição
ocupacional. Sendo evidente que mesmo em situações em que o risco é pequeno, sua
quantificação se faz necessária para comprovar a magnitude do risco ambiental e constatar
que não ameaça a saúde do trabalhador.
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/planilha1.pdf
06/05/2020 Versão para impressão
11/35
c. Avaliação dos riscos e exposição dos trabalhadores
A avaliação da exposição deve ser qualitativa ou quantitativa. Quando realizada, essa última
deverá comprovar que os riscos, relacionados a determinado local de trabalho, e que foram
previamente identificados na fase de reconhecimento, estão controlados de modo a não
existir exposição dos trabalhadores ou haver uma exposição dentro dos limites toleráveis;
deve-se dimensionar o grau de exposição dos trabalhadores aos riscos, por exemplo, qual a
intensidade de ruído que os trabalhadores estão expostos em X horas de trabalho; e servir
de base para determinar quais as medidas de controle que devem ser implantadas. Além
disso, no Brasil os dados obtidos das avaliações quantitativas e qualitativas servem de base
para caracterização do direito a adicional de insalubridade e aposentadoria especial.
De acordo com os dados obtidos na fase de reconhecimento, deve-se determinar a
estratégia de avaliação, isto é, quantas medições devem ser feitas em cada um dos grupos
homogêneos de exposição, tratamento e análise dos dados, planejamento das avaliações,
entre outros itens.
Nesta fase há de se considerar que os limites de tolerância deverão ser aqueles definidos na
NR-15. Entretanto, diversos agentes não apresentam critério de avaliação nessa norma,
devendo nesses casos, a avaliação quantitativa ser comparada com os valores de limite de
exposição ocupacional adotados pela american conference of governamental industrial
higienist (ACGIH) ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva.
Portanto, os procedimentos de avaliação quantitativa não se limita apenas aos agentes
químicos constantes na NR-15, devendo ser adotadas normas de avaliação expedidas pela
fundação Jorge Duprat Figueiredo de segurança e medicina do trabalho (FUNDACENTRO)
ou national institut ocupational safety and health (NIOSH).
Para os agentes em que não há limites estabelecidos, deve-se realizar a avaliação
qualitativa, observando a natureza do agente, a forma de contato, o tempo de exposição,
entre outros itens. Assim, a avaliação dos agentes ambientais consiste em determiná-los
quantitativamente por meio de procedimentos padronizados ou ainda qualitativamente pela
análise e inspeção no local de trabalho.
Nessa fase deve-se tomar muito cuidado no sentido de obter resultados que expressem a
condição avaliada e a real exposição do trabalhador, por isso é necessário o conhecimento
básico, por exemplo, sobre calibração de equipamentos, tempo de coleta satisfatório para
determinada amostragem, local de medição, reduzem os erros de avaliação quantitativa,
permitindo a definição da existência ou não de riscos com maior exatidão.
06/05/2020 Versão para impressão
12/35
É fundamental que todos os dados realizados no levantamento de campo sejam registrados
em planilhas, visando documentar todas as ocorrências durante a avaliação, nome do
trabalhador monitorado, condições climáticas, entre outros. E no relatório final deverão ser
registrados os principais dados obtidos, e descritos em planilhas de modo a facilitar o
entendimento do documento. A seguir um exemplo de planilha que pode ser utilizada no
laudo de avaliação.
Baixe aqui o material em PDF (objetos/planilha2.pdf)
Fonte: Adaptado de SALIBA, Tuffi Messias et al. Higiene do trabalho e programa de
prevenção de riscos ambientais. 2. ed. São Paulo: LTr, 1998.
d. Estabelecimento de prioridades e metas de controle
O resultado das avaliações quantitativas auxiliam na determinação das medidas de controle
que devem ser implantadas no ambiente de trabalho para eliminação e neutralização dos
riscos. Desse modo o grau de prioridade para a implantação destas medidas é em função do
grau de exposição. A atividade que apresentar maior grau de gravidade de exposição
ocupacional terá prioridade na implantação do controle, exemplo: o ruído 10 vezes acima do
limite de tolerância requer a adoção urgente de medidas de controle, por outro lado, o ruído
superior ao nível de ação e abaixo do limite de tolerância, a implantação de medidas pode
ser planejada dentro do cronograma do programa.
No que se refere as metas a serem alcançadas também são definidas tomando como base a
avaliação quantitativa. Assim, por exemplo, a implantação de um isolamento acústico para
uma fonte ruidosa tendo como meta proteger a exposição dos trabalhadores de um setor ao
ruído.
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/planilha2.pdf
06/05/2020 Versão para impressão
13/35
e. Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia
Esta etapa visa à prevenção dos ri¬scos ocupacionais no ambiente de trabalho e que podem
afetar a saúde dos trabalhadores. O controle dos riscos ambientais podem ser feito por meio
de medidas relativas aoambiente (coletiva), administrativas e aos trabalhadores.
A NR-9 determina que deverão ser adotadas medidas de controle visando eliminar, minimizar
ou controlar os riscos ambientais, e devem ser aplicadas quando:
Na etapa de antecipação, for identificado risco potencial à saúde, isto é, que há
possibilidade da ocorrência de um dano à saúde do trabalhador.
Na fase de reconhecimento for constatado risco evidente à saúde.
Os resultados das avaliações quantitativas de exposições dos trabalhadores
excederem os valores previstos na NR-15 ou na ausência destes, os valores de
limite de exposição que são definidos na ACGIH, ou aqueles que forem
estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que apresentem um
rigor maior que os critérios técnico-legais estabelecidos.
Quando no controle médico da saúde, ser constatado que os danos causados
à saúde dos trabalhadores têm relação com a situação de trabalho que eles
estão expostos.
É importante citar que as prioridades são: o controle da fonte ou trajetória, e por último deve-
se pensar no equipamento de proteção individual (EPI) nos trabalhadores. Os EPIs devem
ser utilizados em serviço de curta duração, nas situações emergenciais, quando for
comprovado que não é possível instalar um equipamento de proteção coletiva ou enquanto a
medida de proteção coletiva estiver em fase de estudo ou implementação, e também quando
medidas administrativas ou de organização do trabalho não forem suficientes.
Exemplo: em um local de trabalho que apresenta níveis de ruído elevado, antes da obrigação
do uso de protetores auditivos, devem ser adotadas todas as medidas capazes de reduzir ou
eliminar o ruído como, por exemplo, o enclausuramento do equipamento ruidoso.
Medidas de proteção coletivas
Segundo a NR-9, o desenvolvimento e a implantação de medida de proteção coletiva
deverão obedecer a seguinte hierarquia:
06/05/2020 Versão para impressão
14/35
Medidas que efetuem a eliminação ou redução da utilização ou formação de
agentes prejudiciais à saúde; essas medidas atuam na causa para geração do
risco, por exemplo: substituição de tintas à base de solventes, por tintas à base
de água; substituição de areia seca em operação de jateamento (portaria n°
99/04 do ministério do trabalho e emprego – MTE).
Medidas para prevenir a liberação ou disseminação desses agentes no
ambiente, por exemplo: isolamento ou barreira acústica em fontes geradoras de
ruído.
Medidas que reduzam os níveis ou concentração desses agentes no ambiente.
Por exemplo: sistema de ventilação geral diluidora e/ou exaustora (introduzir ar
novo e retirar ar contaminado do ambiente).
Lembre-se que a NR-9 cita apenas as principais medidas coletivas que podem ser aplicadas
no ambiente de trabalho, pois o detalhamento de quais medidas devem ser implantadas é
possível apenas com o estudo preciso do ambiente em que se deseja controlar os riscos
existentes. Além disso, a norma cita a importância do treinamento para os trabalhadores,
essa medida de controle é importante para conscientizar os trabalhadores de como os
agentes de risco a que estão expostos podem causar danos à saúde. Também permitem que
eles aprendam como se proteger desses agentes.
Medidas de caráter administrativo ou organização do trabalho
As medidas administrativas mostram-se eficientes na redução da exposição ao risco quando
aplicadas adequadamente. Entretanto, como muitas vezes a aplicação de tais medidas
podem interferir no processo produtivo, sua adoção esbarra na resistência dos
administradores. Logo, para que estas medidas obtenham êxito, é necessário o
comprometimento da alta gerência com a proteção dos trabalhadores.
Como medidas administrativas destacam-se:
06/05/2020 Versão para impressão
15/35
Limitação de tempo de exposição: sabe-se que o limite de tolerância é definido
em função do tempo de exposição ao agente, além da probabilidade do dano à
saúde do trabalhador. Então, a limitação de exposição aos riscos, pode-se
tornar uma solução efetiva e econômica em muitos casos críticos. São
exemplos típicos desse procedimento: o controle da exposição ao calor intenso,
a vibração e a radiação, uma vez que o controle de EPI nesses agentes é
limitado. Então, o tempo de execução das atividades, pausa de descanso,
estabelecimento de rodízios podem reduzir a exposição a limites de tolerância.
Procedimentos adequados: o conhecimento e adoção de métodos seguros de
trabalho também se mostra eficiente no controle dos riscos. Para a implantação
destas medidas, é necessário treinamento e conscientização dos trabalhadores
na execução segura do trabalho. Deste modo, por exemplo, assegurar a todos
os empregados o direito de adiar a realização de qualquer atividade onde as
medidas de segurança detectadas pela análise de risco não estejam satisfeitas
é um procedimento que se mostra eficaz na prevenção de danos à saúde do
trabalhador.
Equipamentos de proteção Individual
Os EPI que devem ser fornecidos aos trabalhadores é de responsabilidade do empregador,
sendo que a definição quanto ao qual EPI deverá ser utilizado pelo empregado, irá depender
da função exercida e os riscos ao qual cada um está exposto.
A definição de qual EPI deverá ser utilizado pelo empregado da empresa, é realizada com
base nos riscos identificados no PPRA. Os profissionais de saúde e segurança da empresa,
preferencial profissionais do SESMT da empresa, irão definir os EPIs adequados para
diminuir ou neutralizar os riscos identificados.
Segundo a NR-9, o PPRA deve prever a seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a
que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, levando em consideração a eficiência
necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo a avaliação
do trabalhador usuário. Assim, por exemplo, para os trabalhadores expostos ao risco ruído
de uma determinada empresa, conforme registro no PPRA, o SESMT da empresa
determinará a entrega de protetores auriculares a estes trabalhadores. São considerados
EPIs apenas aqueles listados no anexo I a NR-6, intitulado “lista de equipamento de proteção
individual”.
06/05/2020 Versão para impressão
16/35
A NR-9 também estabelece, que a partir da caracterização das funções ou atividades dos
trabalhadores, sejam determinados os respectivos EPIs, tomando como base os riscos
ambientais identificados. Sendo fundamental a realização de um programa de treinamento
dos trabalhadores quanto à correta utilização dos EPIs e orientações sobre as limitações de
proteção que o equipamento oferece. Esse treinamento pode ser conduzido em grupo ou
individualmente.
Deve ser realizada as manutenções regulares dos EPIs, pois sem a devida manutenção, a
efetividade de um EPI não pode ser garantida. Essa manutenção deve incluir inspeção,
cuidado, limpeza, reparo e armazenamento adequado. Então, é necessário o
estabelecimento de procedimentos para substituir peças de EPIs danificados e mantê-los
limpos, pois, o uso desses equipamentos com defeito ou com um baixo padrão de
manutenção pode ser perigoso, uma vez que os trabalhadores pensam que estão protegidos
quando, na verdade, não estão.
Assim, é preciso que o PPRA estabeleça critérios e mecanismos de avaliação da eficácia
das medidas de proteção implantadas, levando em consideração os dados obtidos nas
avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR-7 e também dos itens
da NR-6.
Controle médico
O PPRA deverá ser articulado com as demais normas regulamentadoras, principalmente o
programa de controle médico e saúde ocupacional (PCMSO). Os dados de avaliação
quantitativa e qualitativa são a base para o médico coordenador estabelecer o controle
médico dos trabalhadores. Além disso, os exames médicos constituem um importante critério
de avaliação da eficácia das medidas de controle adotadas, principalmente quando o
controle dos riscos é realizado com o uso do EPI.
Nível de ação
O nível de ação é o valor acima do qual devem ser iniciadas as ações preventivas de modo a
minimizara probabilidade de que as exposições aos agentes ambientais ultrapassem os
limites de tolerância. Desse modo, é necessário o monitoramento periódico da exposição,
06/05/2020 Versão para impressão
17/35
informar os trabalhadores sobre a importância de métodos seguros de trabalho, o controle
médico do trabalhador exposto, além de outras medidas preventivas a critério do
responsável técnico pela implementação do PPRA.
A NR-9 apenas define nível de ação para os agentes químicos (concentração superior à
metade do limite de exposição ocupacional) e ruído (dose acima de 0,50 ou 50% que
corresponde ao nível equivalente de 80,0 dB (A)).
f. Monitoramento dos riscos
Após serem implantadas as medidas de controle, é importante que o profissional
responsável pelo PPRA realize constantemente a avaliação e monitoramento dos riscos,
para avaliar se as medidas de controle são eficazes ou se são necessárias novas
adequações.
Assim, com os dados do monitoramento inicial, o responsável pelo PPRA deve estabelecer a
frequência de monitoramento dos agentes, com a repetição das medições e seu tratamento
adequado, tendo como objetivo definir com mais exatidão a existência ou não do risco e por
consequência, efetuar o planejamento adequado do monitoramento. Então, temos como
situações que exigem o monitoramento: a introdução de medidas de controle, mudança no
processo de trabalho, mudança no leiaute, entre outras.
Vale ressaltar que muitas vezes o empregador tende a realizar o monitoramento por ocasião
da análise global do programa e, dessa forma, o monitoramento acontece no mesmo
período. Mas esta prática é incorreta, pois, não contempla as variações de intensidade ou a
concentração dos agentes ao longo do tempo.
06/05/2020 Versão para impressão
18/35
g. Registro e divulgação dos dados
De acordo com a NR-9, deve ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de
dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do
desenvolvimento do PPRA. Então, o documento-base, a avaliação global e as alterações do
PPRA serão arquivados no estabelecimento por um período mínimo de 20 anos, bem como
aqueles documentos inerentes ao tema, como laudos técnicos de avaliação de riscos
ambientais. A CIPA terá acesso ao documento-base, a avaliação global e alterações para
analisar, discutir e validar, sendo que uma cópia deverá ser anexada na ata da reunião. O
registro dos dados deverá estar disponível aos trabalhadores interessados ou
representantes, bem como as autoridades competentes.
O histórico das avaliações dos riscos e a evolução das medidas de controle é importante
para determinar a eficiência dessas medidas e a exposição ocupacional ao longo do tempo.
Deste modo, a possível ocorrência de doença do trabalho poderá ser ou não comprovada
pelas autoridades competentes, peritos, e dentre outros especialistas na matéria, por meio
do histórico do programa.
Os dados coletados no PPRA podem ser divulgados aos funcionários dos setores analisados
por meio de treinamentos específicos, boletins e jornais internos, reuniões setoriais etc. Além
disso, para se obter êxito na aplicações das ações do PPRA, é fundamental a elaboração de
um cronograma, por meio desse documento tem-se uma ideia do que será realizado mês a
mês.
Exemplo de cronograma:
Baixe aqui o material em PDF (objetos/planilha3.pdf)
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/planilha3.pdf
06/05/2020 Versão para impressão
19/35
Cronograma -
Ano 2017
Meses
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Formação
equipe do
PPRA
X
Análise
preliminar dos
riscos
X
Elaboração
plano de ação X
Elaboração
documento -
base
X
Aprovação
documento -
base
X
Implementação
PPRA X X X
Implementação
Medidas de
controle
X X X
Programa de
treinamento X X X X X X X X X X X X
Avaliação
ambiental X
Análise crítica
periódica X
Fonte: Adaptado de Campos (2014).
Diante do que foi exposto e para melhor entendimento da estrutura do programa de
prevenção de riscos ambientais (PPRA), acompanhe um exemplo prático.
MENU (#menu-mobile)
Exemplo prático
1. ASPECTOS GERAIS
06/05/2020 Versão para impressão
20/35
1.1 Aspecto legal
O PPRA – Programa de prevenção de riscos ambientais, foi instituído pela portaria n.º 25,
de 29 de dezembro de 1994, ao qual altera a redação da NR-9.
1.2 Objetivo geral
Preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores, por meio da antecipação,
reconhecimento, avaliação e consequentemente controle da ocorrência de riscos ambientais.
1.3 Objetivos específicos
Controlar os riscos ambientais existentes no local de trabalho com adoção de
medidas de controle.
Monitorar a exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais existentes no local
de trabalho.
1.4 Meta
Eliminar ou minimizar os níveis compatíveis com os limites de tolerância da NR-15 da
portaria 3.214/78 do ministério do trabalho ou com os da ACGIH.
2. RESPONSABILIDADE PELA IMPLANTAÇÃO
Por solicitação da Empresa X Ltda. Desenvolveu-se o PPRA inicial, devendo a contratante
dar continuidade ao programa implementando as medidas de controle de acordo com o
cronograma de ações a ser estabelecido pela mesma.
3. METODOLOGIA DE AÇÃO
O PPRA será desenvolvido em três etapas:
Antecipação e reconhecimento.
Avaliação quantitativa, avaliação qualitativa e monitoramento dos riscos ambientais.
Implementação de medidas de controle.
06/05/2020 Versão para impressão
21/35
4. RISCOS AMBIENTAIS
Segundo a NR-9 são considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e
biológicos presentes no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou
intensidade e tempo de exposição são capazes de causar danos à saúde do trabalhador,
conforme classificação que segue:
a) Agentes físicos: são diversas formas de energia que possam estar expostos os
trabalhadores, como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes e não ionizantes, entre outros riscos.
b) Agentes químicos: são todas as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo pela via respiratória em forma de poeira, gases ou vapores, ou que devido
a sua natureza da atividade de exposição possam ter contato ou serem absorvidas pelo
organismo por meio da pele ou por ingestão.
c) Agentes biológicos: são os riscos oferecidos por diversos tipos de micro-organismos, tais
como: bacilos, bactérias, fungos, parasitas, vírus, etc.
5. REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PPRA
5.1 Registro
Todos os dados serão mantidos arquivados durante no mínimo 20 anos, juntamente com o
histórico administrativo e técnico do desenvolvimento do PPRA.
5.2 Manutenção
a) Avaliação periódica: será realizada avaliação periódica para verificar o andamento dos
trabalhos e o cumprimento das metas estipuladas no cronograma.
b) Monitoramento periódico: será realizado o monitoramento para avaliar a eficiência do
programa e as medidas de controle implantadas.
c) Controle médico: os resultados dos exames médicos também serão instrumentos para
avaliar a eficácia do programa.
06/05/2020 Versão para impressão
22/35
5.3 Divulgação
Todos os dados estarão à disposição dos empregados, seus representantes legais e órgãos
competentes, em arquivo do SESMT.
As informações sobre o PPRA serão fornecidas aos trabalhadores por meio de palestras
ministradas pelo SESMT ou por outros meios de comunicação interna da empresa.
5.4 Planejamento
O planejamento anual, metas, prioridades e cronograma de execução deverão ser definidos
pela contratante.
6. DO LEVANTAMENTO DE DADOS
Para desenvolvimento do PPRA, foram realizadas medições técnicas e inspeções de
segurança nas instalações da empresa, permitindo o levantamento dos riscos ambientais a que
estão expostos os empregados, levando em consideração o reconhecimento e o adequado
controle e proteção. O estudo das condições de trabalho na empresa foi desenvolvidoindividualmente em cada setor, e os dados obtidos nas medições técnicas foram organizados em
planilhas.
7. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
Itens que identificam uma empresa:
Empresa:
Endereço:
Cidade/Estado:
CEP:
Telefone:
CNPJ:
CNAE:
Grau de Risco:
06/05/2020 Versão para impressão
23/35
8. ATIVIDADES DA EMPRESA
A empresa, objeto deste PPRA, tem como objetivo básico a produção de cimento e calcário
agrícola. A empresa foi instalada em 25/08/2015 e atualmente, conta com 70 empregados diretos
efetivos e 15 empregados de empresas prestadoras de serviços.
A capacidade instalada para produção é de 12000 toneladas/mês de cimento em sacos,
entretanto, a produção está reduzida a 2000 toneladas/mês.
A produção de calcário agrícola anual é de 80000 toneladas, sendo prevista para 2017 a
produção de 120000 toneladas.
9. PROCESSO PRODUTIVO
O fluxograma a seguir, resume as etapas do fluxo produtivo da empresa:
Clique ou toque para visualizar o conteúdo.
1. Extração
2. Britagem
3. Depósito
4. Dosagem
5. Moinho de cru
6. Silos de homogenização
7. Forno
8. Resfriador
06/05/2020 Versão para impressão
24/35
9. Depósito de clínquer
10. Adições
11. Moinho de cimento
12. Estocagem, embalagem e expedição
Etapa 1 – Extração
O calcário é a principal matéria-prima para fabricação do cimento. No processo da
extração, utilizam-se explosivos para o desmonte de rochas de minas. Nesse processo
também é extraído a argila.
Etapa 2 – Britagem
É realizado o transporte do calcário da mina até as centrais de britagem, com o auxílio
das carregadeiras e dos caminhões caçamba. Nesse processo de britagem os blocos são
reduzidos a dimensões adequadas ao processo industrial, sendo que esse tratamento
permite eliminar uma grande parte de impurezas presentes no calcário. A argila, por ser
mole, não passa pela britagem.
Etapa 3 – Depósito
É realizada a estocagem do calcário e da argila separadamente. Para garantir uma pré-
homogeneização das matérias-primas, em cada um dos depósitos de armazenamento, há
um equipamento que se encarrega de misturar as cargas. Nessa fase, as matérias-primas
são submetidas aos ensaios diversos.
06/05/2020 Versão para impressão
25/35
Etapa 4 – Dosagem
Nesta fase o composto de calcário (90%) e argila (10%) é dosado para posteriormente
ser realizada a trituração no moinho de cru. Essa dosagem é efetuada com base em
parâmetros químicos preestabelecidos, isto é, dependem das características composicionais
dos materiais estocados, sendo controlados por balanças dosadoras.
Etapa 5 – Moinho de cru
Nesta etapa a farinha crua, composta pela mistura de calcário e argila, passa pelo
processo de moagem em moinho de bolas, rolo ou barras, onde é realizado o início do
processo de mistura das matérias-primas e ao mesmo tempo sua pulverização, tendo como
objetivo reduzir o tamanho das partículas.
Etapa 6 – Silos de homogeneização
A farinha (devido ser formada por grãos muito finos) devidamente dosada e com
dimensão adequada, deve ter a sua homogeneização assegurada para permitir uma perfeita
combinação dos elementos formadores do clínquer. A homogeneização deve ser realizada
em silos verticais de grande porte, por meio de processos pneumáticos e por gravidade.
06/05/2020 Versão para impressão
26/35
Etapa 7 – Forno
Antes de ser inserida no forno, a farinha passa por pré-aquecedores (ou pré-
calcinadores), que são equipamentos que aproveitam o calor dos gases provenientes do
forno e executam o aquecimento inicial do material. Quando a farinha chega ao forno, já
apresenta temperatura em torno de 900°C, ajudando a reduzir o consumo de energia. No
interior do forno, a temperatura chega a 1.450°C, resultando no clínquer, produto com
aspecto de bolotas escuras.
Etapa 8 – Resfriador
Um resfriador executa a redução da temperatura para menos de 200°C
aproximadamente. Sendo que a clinquerização termina nessa etapa, quando acontece uma
série de reações químicas que irão influenciar a resistência mecânica do concreto nas
primeiras idades, o calor de hidratação, o início de pega (começo da solidificação do
cimento) e a estabilidade química dos compostos.
Etapa 9 – Depósito de clínquer
A principal matéria-prima do cimento fica armazenada em silos, esperando a próxima
etapa.
Etapa 10 – Adições
Junto com o clínquer, adições de gesso, escória de alto forno, pozolana e o próprio
calcário compõem os diversos tipos de cimento. Essas substâncias são estocadas
separadamente, antes de entrarem no moinho de cimento.
06/05/2020 Versão para impressão
27/35
10. RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS
10.1 Mina
Clique ou toque para visualizar o conteúdo.
Etapa 11 – Moinho de cimento
Na moagem final que o clínquer, adicionado ao gesso ou outras adições, resulta no
cimento em cimento de alta qualidade.
Etapa 12 – Estocagem, embalagem e expedição
É realizado o transporte do cimento pronto para os silos de estocagem, no qual é
ensacado e posteriormente expedido para os pontos de consumo.
06/05/2020 Versão para impressão
28/35
Operador de equipamentos móveis
Observe alguns exemplos de formulários de avaliação de riscos ambientais:
Baixe aqui o material em PDF (objetos/planilha4.pdf)
Fonte: Adaptado de SALIBA, Tuffi Messias et al. Higiene do trabalho e programa de
prevenção de riscos ambientais. 2. ed. São Paulo: LTr, 1998.
Exemplo de avaliação quantitativa (objetos/planilha5.pdf)
Fonte: Adaptado de SALIBA, Tuffi Messias et al. Higiene do trabalho e programa de
prevenção de riscos ambientais. 2. ed. São Paulo: LTr, 1998.
Considerando o limite de tolerância estabelecido pelo anexo 1, da NR-15, da portaria n°
3.214/78, para exposição diária de 8 horas, pode-se dizer que o nível equivalente de ruído foi
superior ao estabelecido. Assim, esse nível caracteriza a atividade desempenhada pelo
trabalhador operador de equipamentos móveis, como insalubre de grau médio, sendo
necessária a adoção de medidas de controle coletivas ou uso de protetor auricular
adequado.
Além disso, a dose igual a 3,48 significa que o risco de dano auditivo é 3,48 vezes maior em
relação à exposição em condições normais, ou seja, dentro do limite de tolerância.
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/planilha4.pdf
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/planilha5.pdf
06/05/2020 Versão para impressão
29/35
Auxiliar de mineração
Veja agora exemplos de formulários de avaliação de riscos ambientais:
Baixe aqui o material em PDF (objetos/planilha6.pdf)
Fonte: Adaptado de SALIBA, Tuffi Messias et al. Higiene do trabalho e programa de
prevenção de riscos ambientais. 2. ed. São Paulo: LTr, 1998.
Baixe aqui o material em PDF (objetos/planilha7.pdf)
Fonte: Adaptado de SALIBA, Tuffi Messias et al. Higiene do trabalho e programa de
prevenção de riscos ambientais. 2. ed. São Paulo: LTr, 1998.
Considerando o limite de tolerância estabelecido pelo anexo 1, da NR-15, da portaria n°
3.214/78, para exposição diária de 8 horas, pode-se dizer que o nível equivalente de ruído foi
superior ao estabelecido. Assim, esse nível caracteriza a atividade desempenhada pelo
trabalhador auxiliar de mineração, como insalubre de grau médio, sendo necessária a adoção de
medidas de controle coletivas ou uso de protetor auricular adequado.
Além disso, a dose igual a 24,0 significa que o risco de dano auditivo é 24,0 vezes maior em
relação à exposição em condições normais, ou seja, dentro do limite de tolerância.
Tendo em conta o anexo da NR-15, a concentração de poeira total foi superior ao limite de
tolerância. Levando em consideração a saúde dos trabalhadores, a poeira respirável também
deve ser monitorada, pois, é ela que penetra nos pulmões. Desse modo, sugere-se que na fase
de monitoramento dos riscos seja também avaliada a poeira respirável.
Para este posto de trabalho, a empresa forneceaos seus trabalhadores máscara de
proteção, entretanto, a mesma não apresenta uma proteção suficiente para reduzi-la abaixo do
limite de tolerância.
No que se refere às atividades de abastecimento de veículos, carregamento e transporte de
explosivos, segundo a NR-15, portaria n° 3.214/78, são consideradas como perigosas. O auxiliar
desempenha suas atividades de forma habitual e permanente nas referidas operações, assim,
fica estabelecida a periculosidade por contato com explosivos e inflamáveis nessa atividade.
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/planilha6.pdf
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/planilha7.pdf
06/05/2020 Versão para impressão
30/35
Blaster
Veja agora exemplos de formulários de avaliação de riscos ambientais:
Baixe aqui o material em PDF (objetos/planilha10.pdf)
Fonte: Adaptado de SALIBA, Tuffi Messias et al. Higiene do trabalho e programa de
prevenção de riscos ambientais. 2. ed. São Paulo: LTr, 1998.
Baixe aqui o material em PDF (objetos/planilha8.pdf)
Fonte: Adaptado de SALIBA, Tuffi Messias et al. Higiene do trabalho e programa de
prevenção de riscos ambientais. 2. ed. São Paulo: LTr, 1998.
Considerando o limite de tolerância estabelecido pelo anexo 01, da NR 15, da portaria n°
3.214/78, para exposição diária de 8 horas, pode-se dizer que o nível equivalente de ruído foi
superior ao estabelecido. Assim, esse nível caracteriza a atividade desempenhada pelo
trabalhador que desempenha a função como blaster, como insalubre de grau médio, sendo
necessária a adoção de medidas de controle coletivas ou uso de protetor auricular
adequado.
Além disso, a dose igual a 3,48 significa que o risco de dano auditivo é 3,48 vezes maior em
relação à exposição em condições normais, ou seja, dentro do limite de tolerância.
No que se refere às atividades de abastecimento de veículos, carregamento, transporte de
explosivos, inspeção, armazenamento, entre outras, segundo a NR-15, portaria n° 3.214/78,
são consideradas como perigosas. O blaster desempenha suas atividades de forma habitual
e permanente nas referidas operações, assim, fica estabelecida a periculosidade por contato
com explosivos e inflamáveis nessa atividade.
10.2 Medidas de controle
No presente trabalho, foram desenvolvidos o reconhecimento e avaliação quantitativa em
todos os postos de trabalho, com base apenas nas medições de cada agente ambiental. Então,
de acordo com esses dados, foram sugeridas a implantação de medidas de controle dos riscos
ambientais, segundo a seguinte hierarquia: medidas coletivas, medidas administrativas de
organização do trabalho e medidas de proteção individual. Desse modo, a empresa deve estudar
a viabilidade técnica de implantação de cada uma delas.
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/planilha10.pdf
https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5193691-dt-content-rid-176611471_1/institution/Senac%20RS/TST/UC06/conteudo_imp/2_estrutura/objetos/planilha8.pdf
06/05/2020 Versão para impressão
31/35
Durante a análise das medidas, outras soluções, além das sugeridas, poderão ser
encontradas. Assim, toda a adoção de medidas deverá ser precedida de um estudo mais
profundo da viabilidade técnica e econômica, assim como a repetição das avaliações dos agentes
ambientais nos locais de trabalho.
Clique ou toque para visualizar o conteúdo.
06/05/2020 Versão para impressão
32/35
Medidas de controle coletivas
• Mina
Foi realizada a implantação de um sistema de exaustão na perfuratriz, que embora tenha
reduzido a concentração, ainda não é suficiente para diminuir a intensidade abaixo do limite
de tolerância. Então, sugere-se realizar o estudo do projeto do sistema, e verificar a
possibilidade de que as perfurações possam ser realizadas a úmido, pois o material úmido
praticamente não gera poeira.
Nas operações de carregamento, sugere-se a umidificação do material antes de realizar o
carregamento. Outra sugestão é realizar o fechamento da cabine da pá carregadeira com
ventilação interna adequada.
• Britador
Como neste local a concentração de poeira é bastante elevada, sugere-se que seja realizado
o trabalho a úmido, isto é, instalação de aspersores de água nos pontos de maior geração de
poeira. Como medida alternativa, pode ser realizada a instalação de captores nos pontos de
geração com maior concentração de poeira.
Além disso, pode ser feito o isolamento da cabine de operação de instalação de britagem, a
fim de reduzir a exposição à poeira e ruído.
• Moinhos
Sugere-se efetuar o isolamento da cabine dos operadores, para reduzir a exposição ao
ruído. E para controle de poeira, deve ser realizada a manutenção nas gaxetas das bombas,
evitando assim o vazamento de poeira.
• Laboratório
Nesse local deve-se manter as capelas em bom estado de operação e ser realizada a
instalação de chuveiros automáticos.
• Oficina mecânica
Para as operações de soldagem deve ser instalado um sistema de exaustão portátil ou sobre
a bancada.
06/05/2020 Versão para impressão
33/35
• Ensacamento de cimento
Deve ser realizada a regulagem dos bicos de enchimento para que não ocorra o
derramamento de cimento e consequentemente o levantamento de poeira. A carroceria dos
caminhões deve ser mantida limpa, pois a queda dos sacos com cimento provoca o
levantamento de poeira.
Além disso, deve-se efetuar o redimensionamento do sistema de exaustão existente.
• Pá carregadeira – Calcário agrícola
Para evitar que haja a interferência de poeira, sugere-se o fechamento da cabine da
carregadeira.
• Ensacamento de calcário agrícola
Recomendam-se as mesmas medidas de controle que foram sugeridas para ensacadeira de
cimento.
Medidas de controle administrativas
Nos locais onde o nível de exposição está acima do nível de tolerância, sugere-se a limitação
do tempo de exposição dos trabalhadores. Além disso, os locais de trabalho deverão estar
sempre limpos, sendo que essa limpeza deve ser realizada a úmido ou por aspiração para
evitar o levantamento de poeira.
06/05/2020 Versão para impressão
34/35
Equipamentos de proteção individual
Na empresa em estudo, constata-se o fornecimento de EPI aos trabalhadores, mas não é
efetivo o uso pela maioria. Além disso, alguns EPI’s não são adequados para minimizar os
riscos aos níveis adequados. Assim, recomenda-se:
Exigir na compra do EPI o certificado de aprovação (CA) com as informações
sobre redução, limitação de proteção etc.
Realizar a seleção do equipamento de proteção individual adequado ao risco
que o trabalhador está exposto e a atividade exercida, levando em
consideração a eficiência necessária para o controle de exposição ao risco e o
seu conforto. Além disso, os trabalhadores devem ser treinados quanto a sua
correta utilização e limitação de proteção do EPI.
O estabelecimento de normas e procedimentos para promover o fornecimento,
o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição
do EPI, com objetivo de garantir as condições de proteção originalmente
estabelecida.
Nos locais onde os EPI’s não são suficientes para controlar a exposição, os
mesmos devem ser substituídos.
Treinamento
Todos os trabalhadores devem ter treinamentos sobre os riscos existentes em seu local de
trabalho e sobre a importância de adoção de medidas preventivas. Além disso, devem ser
submetidos aos treinamentos sobre o uso correto dos EPI’s e as limitações de proteção
oferecida.
06/05/2020 Versão para impressão
35/35
Nível de ação
Considera-se nível de ação o valor acima do qual deverão ser iniciadas as medidas
preventivas, de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições aos agentes
ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações incluem:
Medições periódicas da exposiçãoocupacional
Treinamento dos trabalhadores
Controle médico
Segundo a NR-9, deverão ser objeto de controle as situações que apresentem exposição
ocupacional acima dos níveis de ação, conforme critério indicado nas alíneas:
a) Agentes químicos: metade dos limites de exposição ocupacionais adotados.
b) Ruído: dose de 0,5 (50% de dose) do limite de tolerância previsto para a jornada de
trabalho.
MENU (#menu-mobile)

Continue navegando