Buscar

AULA 1 - EXAME FÍSICO GERAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXAME FÍSICO GERAL
MEDICINA VETERINÁRIA – 5º PERÍODO
SEMIOLOGIA E CLÍNICA PROPEDÊUTICA DE GRANDES ANIMAIS – AULA 1
ANDERSON SILVA FRAGA
INTRODUÇÃO
A realização de um exame físico geral ou de rotina é necessária por inúmeros motivos, dentre os quais é possível destacar:
Em virtude da impossibilidade de se estabelecer comunicação verbal entre homem e animal
Muitas vezes, a queixa principal não apresenta relação direta com o sistema primariamente comprometido
O exame físico geral torna possível avaliar, rotineiramente, o estado atual de saúde do paciente (melhora/piora/estagnação)
Por possibilitar a identificação do comprometimento de outros sistemas ou estruturas do corpo (neoplasia mamária = metástase pulmonar)
Em decorrência da dinâmica que os sintomas apresentam em diferentes enfermidades
INTRODUÇÃO
A observação do animal pode indicar inúmeras informações úteis para o diagnóstico, tais como:
Nível de consciência: alerta (normal), diminuído (deprimido, apático), aumentado (excitado)
Postura e locomoção: normal ou anormal (sugerindo dor localizada, fratura, luxação ou doenças neurológicas); observe o animal em repouso e, em seguida, em movimento
Condição física ou corporal: obeso, gordo, normal, magro, caquético
INTRODUÇÃO
Pelame: pelos limpos, brilhantes ou eriçados, existência de ectoparasitas (carrapatos, piolhos, pulgas etc.)
Formato abdominal: normal, anormal (timpanismo, ascite etc.)
Características respiratórias: eupneia ou dispneia (postura ortopneica), tipo respiratório, secreção nasal etc.
Outros: apetite, sede, defecação, vômito, secreções (vaginal, nasal, ocular) micção etc.
Nível de consciência
O comportamento ou o nível de consciência do animal deve ser avaliado pela inspeção, considerando, ainda, a sua reação a estímulos, tais como palmas ou estalos de dedos. É necessário considerar a excitabilidade do animal como “diminuída” (apático), “ausente” (coma), “normal” e “aumentada” (excitado).
Postura
Trata-se do posicionamento que o animal adota quando em posição quadrupedal, em decúbito e durante a locomoção. É necessário avaliar se o animal assume algum padrão de postura pouco usual, indicativo, muitas vezes, de anormalidades.
Para isso, é indispensável o conhecimento do comportamento da espécie envolvida; o cavalo, por exemplo, passa a maior parte do dia em posição quadrupedal e, quando deita, costuma posicionar-se em decúbito lateral.
O bovino permanece muito mais tempo em decúbito que o cavalo, mas em posicionamento esternal ou lateral incompleto. Em geral, permanece em decúbito esternal, mantendo a cabeça levantada e a expressão alerta, durante a ruminação.
Postura
Algumas atitudes são conhecidas e descritas amplamente na literatura por nomes que se assemelham à postura adotada pelo animal. Alguns exemplos são:
Postura de cachorro sentado: observada, por exemplo, nos casos de paralisia espástica dos membros posteriores
Postura de foca: comumente vista nas paralisias flácidas dos membros posteriores
Postura de cavalete: observa-se rigidez e abdução dos quatro membros, sendo vista, mais frequentemente, nos casos de tétano.
ESTADO NUTRICIONAL
Ao examinar o estado nutricional do animal, é necessário considerar: (1) a espécie; (2) a raça; e (3) a utilidade ou aptidão. Convém descrever a condição corporal ou física do animal de maneira objetiva e sem dúbia interpretação, tal como “caquético, magro, normal, gordo e obeso”. Termos como “bom” e “ruim” devem ser evitados, uma vez que os estados de magreza e/ou de obesidade são igualmente ruins, mas de aspectos opostos.
ESTADO NUTRICIONAL
AVALIAÇÃO GERAL DA PELE
Tanto fisiológica como anatomicamente, a pele é um órgão complexo. Há um ditado que retrata bem sua importância para o exame clínico: a pele é o espelho da saúde. Nos animais, o estado do manto piloso é também um bom indicador da saúde física, tanto com relação ao estado nutricional e à constituição física do indivíduo quanto ao manejo a que esse animal é submetido (ou seja, é um bom revelador, também, das características de manejo adotadas pelo proprietário do animal).
AVALIAÇÃO GERAL DA PELE
durante essa fase de exame, devido à grande importância que a pele apresenta, é possível avaliá-la a fim de determinar o estado de hidratação do paciente.
AVALIAÇÃO GERAL DA PELE
AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS VITAIS
O conhecimento dos parâmetros vitais (frequências cardíaca, respiratória, do rúmen e do ceco, além da temperatura corporal) é de fundamental importância na fase que antecede o exame físico específico, pois pode sugerir o comprometimento de outro sistema que não tenha sido abordado ou mencionado pelo proprietário. Além disso, ajuda a determinar, de modo geral, a situação orgânica do paciente naquele momento.
AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS VITAIS
AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS VITAIS
AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS VITAIS
EXAME DAS MUCOSAS
Inicialmente, deve-se proceder ao exame das mucosas aparentes, que é de real importância em semiologia, pois, muitas vezes, as mucosas podem indicar o estado de saúde atual do animal, em virtude da delgada espessura da pele e grande vascularização. Esse simples exame revela a existência de enfermidades próprias (inflamação, tumores, edema), assim como auxilia a inferir conclusões a respeito da possibilidade de alterações que reflitam comprometimento do sistema circulatório ou a existência de doenças em outras partes do corpo (icterícia em virtude de dano hepático ou da ocorrência de hemólise).
EXAME DAS MUCOSAS
EXAME DAS MUCOSAS
EXAME DAS MUCOSAS
EXAME DAS MUCOSAS
EXAME DAS MUCOSAS
AVALIAÇÃO DA COLORAÇÃO
A coloração das mucosas depende de vários fatores, dentre os quais: quantidade e qualidade do sangue circulante, eficácia (ou eficiência) das trocas gasosas, da existência ou não de hemoparasitos, da função hepática adequada, da medula óssea e outros. As mucosas costumam se apresentar úmidas e brilhantes. A tonalidade, de maneira geral, é róseo-clara com ligeiras variações de matiz, vendo-se pequenos vasos com suas ramificações.
EXAME DAS MUCOSAS
EXAME DAS MUCOSAS
EXAME DAS MUCOSAS
AVALIAÇÃO DA COLORAÇÃO
A congestão de mucosas ocorre devido ao ingurgitamento de vasos sanguíneos, por processo infeccioso ou inflamatório, local ou sistêmico (congestão pulmonar, conjuntivite, estomatite); é de grande valia como indicador do estado circulatório do animal.
A cianose é uma coloração azulada da pele e das mucosas, causada pelo aumento da quantidade absoluta de hemoglobina reduzida no sangue.
A icteríciA é o resultado da retenção de bilirrubina nos tecidos, e ocorre devido ao aumento da bilirrubina sérica acima dos níveis de referência.
EXAME DAS MUCOSAS
EXAME DAS MUCOSAS
EXAME DAS MUCOSAS
AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS
O exame do sistema linfático (vasos linfáticos e linfonodos) é importante por vários motivos, dentre os quais se destacam:
Por participar dos processos patológicos que ocorrem nas áreas ou regiões por eles drenadas, as alterações que ocorrem no sistema linfático são capazes de identificar o órgão ou a região que está acometida
Os linfonodos, como os vasos linfáticos, apresentam alterações características em várias doenças infecciosas, tais como leucose bovina, linfadenite caseosa dos caprinos e ovinos, leishmaniose visceral canina, sendo, dessa maneira, um fator fundamental para o estabelecimento do diagnóstico nosológico
A dilatação ou hipertrofia anormal dos linfonodos, que ocorre na maioria dos processos infecciosos e inflamatórios, pode comprometer a função de alguns órgãos vizinhos, agravando ainda mais o quadro geral do animal
AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS
Os linfonodos possíveis de serem examinados na rotina prática são: (1) mandibulares ou maxilares; (2) retrofaríngeos; (3) cervicais superficiais ou pré-escapulares; (4) subilíacos (pré-femorais ou pré-crurais); (5) poplíteos; (6) mamários; e (7) inguinais superficiais ou escrotais
AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS
AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS
Características examináveis dos linfonodos
Tamanho (reação inflamatória de caráter defensivo,oriunda de processos inflamatórios, infecciosos e/ou neoplásicos, localizados ou disseminados)
Sensibilidade
Consistência
Mobilidade
Temperatura
AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS
AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS
AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL
O estudo da variação térmica (termometria) é de fundamental importância para se avaliar o estado geral do paciente e nunca deve ser desprezado pelo veterinário
As espécies domésticas (mamíferos e aves) são classificadas como homeotermas, ou seja, são capazes de, em condições de perfeita saúde, manter a temperatura corporal dentro de certos limites, independentemente da variação da temperatura ambiente.
A temperatura corporal dos animais é determinada pelo balanço entre o ganho de calor e sua respectiva perda, pelo equilíbrio entre dois mecanismos distintos chamados de termogênese (mecanismo químico que aumenta a produção de calor) e termólise (mecanismo físico que incrementa a perda de calor).
AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL
O exame de um paciente febril deve ser completo, com especial atenção para os órgãos que indicam a localização da doença. Para esse fim, é necessário levar em consideração principalmente a idade e a espécie animal. O exame físico deve ser minucioso, sobretudo nos pacientes que apresentam sintomas inespecíficos (perda parcial de apetite, apatia) e/ou com episódios febris prolongados. Como descrito anteriormente, a maioria dos processos febris nas espécies domésticas é causada por doenças infecciosas, que são diagnosticadas com relativa facilidade a partir da obtenção e avaliação cuidadosa da história clínica, juntamente com o exame físico do paciente.
AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL
HIPERTERMIA
Consiste, basicamente, na elevação da temperatura corporal, sem que haja, no entanto, alteração no termostato hipotalâmico. Ocorre maior produção de calor, sem que haja aumento correspondente em sua perda (Quadro 4.9). O termo hipertermia é usado com frequência para caracterizar alterações de origem não inflamatória. Assim, se administrarmos antipirético ao paciente, o mesmo não terá qualquer efeito sobre a hipertermia, visto que o termostato não se encontra alterado. A hipertermia é um sinal de febre, mas não indica, necessariamente, febre ou algum estado patológico.
HIPERTERMIA
FEBRE
A febre (ou pirexia) é a elevação da temperatura corporal acima de um ponto crítico, e ocorre em decorrência do aparecimento de algumas doenças, sendo, talvez, o mais antigo e o mais universalmente conhecido sinal de doença.
É evidente que, na maioria das doenças, a febre é benéfica, visto que a temperatura corporal elevada estimula a formação de anticorpos e outras reações de defesa e impede, de certo modo, a multiplicação excessiva de alguns microrganismos. Contudo, na maioria das vezes, os seus efeitos são mais nocivos que benéficos.
Quando a temperatura corporal ultrapassa 42,5°C, a função celular fica seriamente prejudicada e há perda de consciência.
FEBRE
HIPOTERMIA
É o decréscimo da temperatura interna abaixo dos níveis de referência, que ocorre por perda excessiva de calor ou por produção insuficiente, bem como pela introdução excessiva de toxinas, as quais paralisam a regulação térmica central. Assim, nas septicemias e gastrenterites graves, ou mesmo em casos de rupturas gástricas ou entéricas com absorção rápida de toxinas bacterianas, pode ocorrer hipotermia e colapso circulatório.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizado o exame físico geral, deve-se fazer um breve resumo das conclusões relativas às informações obtidas durante a anamnese, na avaliação da postura, do comportamento, do estado nutricional, da condição física, das frequências respiratória e cardíaca, das características dos linfonodos e da coloração de mucosas, bem como da temperatura retal, respondendo a duas perguntas básicas iniciais:
Como está a saúde geral do animal (leve, moderada ou gravemente alterada)? 
O provável local da doença é a pele, o tecido subcutâneo, o sistema linfático, o sistema cardíaco, o sistema respiratório, o sistema digestório, o sistema geniturinário, o sistema locomotor ou o sistema nervoso central?

Continue navegando