Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Exame Físico Geral ou de Rotina e Avaliação de Linfonodos A realização de um exame físico geral ou de rotina é necessária por inúmeros motivos: • Impossibilidade de se estabelecer comunicação verbal entre o veterinário e o paciente • Casos em que a história é vaga e inespecífica • Muitas vezes, a queixa principal não apresenta relação direta com o sistema primariamente comprometido • O exame físico geral torna possível avaliar, rotineiramente, o estado atual de saúde do paciente (melhora/piora/estagnação). • Possibilita a identificação do comprometimento de outros sistemas ou estruturas do corpo. Ex: Animal com claudicação devido a artrite por migração de imunocomplexos • Exame físico geral passo decisivo para a realização do exame físico específico • Sendo generalista em um só momento e de uma só vez, apresenta ao clínico uma visão de conjunto dos sistemas. Observações do Animal 1. nível de consciência 2. postura e locomoção 3. condição física ou corporal 4. pelame 5. formato abdominal 6. características respiratória e outros 1)Nível de Consciência Avaliado pela inspeção de: • Alerta (normal) • Diminuído (deprimido, apático) • Aumentado (excitado) • É sempre importante considerar o temperamento típico de cada espécie, das diferentes raças e individuais. Postura e Locomoção, Condição Corporal e Pelame 1) Postura e locomoção: Normal ou Anormal sugerindo dor localizada,fratura,luxação ou doenças neurológicas obs: observar o paciente deitado e em seguida em movimento 2) Condição física ou corporal: obeso, gordo,normal,magro,caquético 3) Pelame (conjunto pele e pelo): pelos limpos brilhantes ou eriçados, presença de ectoparasitas (pulga,carrapato etc) Avaliação Geral da Pele • É possível avaliar o estado de hidratação do animal. • O primeiro e mais importante sinal de desidratação é o ressecamento e o enrugamento da pele. • Pele normal: elástica quando pinçada com os dedos, voltando rapidamente à posição normal quando solta (dois segundos, em média). • Em animais desidratados, quanto maior for o grau de desidratação, maior será o tempo que a pele permanecerá deformada. • A desidratação discreta (até 5%) não promove alterações clínicas marcantes. • Desidratação moderada a grave alterações importantes, incluindo o aprofundamento ou a retração do globo ocular na órbita, em virtude da perda de fluido em região periorbital e ocular. Principais causas de desidratação: • perda excessiva de líquido promovida pela ocorrência de diarréia e/ou vômito; • ingestão inadequada de água (devido à privação ou à diminuição na ingestão de água em decorrência de algumas enfermidades. Avaliação dos Parâmetros Vitais: Intensidade do Processo Febril Avaliação das Mucosas Aparentes: • Revela a existência de enfermidades próprias (inflamação, tumores, edema) • Auxilia a inferir conclusões a respeito da possibilidade de alterações sistema circulatório • Existência de doenças em outras partes do corpo (icterícia após dano hepático) • Mucosas visíveis: oculopalpebrais (conjuntiva palpebral superior,conjuntiva palpebral inferior, terceira pálpebra ou membrana nictitante e conjuntiva bulbar ou esclerótica), mucosas nasal, bucal,vulvar, prepucial e, raramente, anal. O que avaliar? 1. coloração 2. ulcerações 3. hemorragias 4. secreções • fluida • serosa • catarral • purulenta • sanguinolenta alteração na coloração das mucosas denominação 1. pálida 2. congesta ou hiperêmica 3. cianótica 4. ictérica coloração 1. esbranquiçada 2. avermelhada 3. azulada 4. amarelada significado 1. anemia 2. aumento da permeabilidade vascular 3. transtornos na hematose 4. hiperbilirrubinemia Avaliação do tempo de preenchimento capilar (TPC) • Objetivo de estabelecer se é uma anemia ou hipoperfusão • Além do tpc se associa os valores do volume globular (Ht%) (hematócrito e ptn plasmática) se tem um aumento do hematócrito associado ao aumento da ptn plasmática indica desidratação *policitemia = hematocrito alto Tempo de Preenchimento • animal sadio: 1 a 2s • animal desidratado: 2 a 4s • animal gravemente desidratado: mais de 5s • falha circulatória potencialmente fatal: mais de 10s • a tpc reflete na volemia (volume sanguíneo) do animal, indicando desidratação ou vasoconstrição periférica, associada a baixo débito cardíaco Sistema Linfático • Principais constituintes do sistema linfático. Linfa: derivada do líquido intersticial que flui para os vasos linfáticos. A linfa, antes de atingir o sangue, atravessa ao menos um linfonodo. Linfonodos: remove partículas estranhas e as destrói, filtrando a linfa antes de chegar ao sangue. Estão distribuídos por todo o organismo no trajeto dos vasos linfáticos. Os linfonodos em geral têm forma de rim e apresentam um lado convexo e outro com uma reentrância (hilo) pelo qual penetram as artérias nutridoras e saem às veias. Bolsa gutural: termorregula o sangue que vai para o sist nerv podendo se encher de pus, proc infl causando aumento, podendo confundir com linfonodo infartado • Os linfonodos, como os vasos linfáticos, apresentam alterações características em várias doenças infecciosas como: leucose bovina, linfadenite em caprinos e ovinos, leishmaniose canina. Exame dos Linfonodos: Palpação • melhor métodos que avaliam a condição dos linfonodos,pois avalia tamanho, consistência, sensibilidade (dor),mobilidade e a temperatura. • sempre examinar bilateralmente, para que se possa determinar se o processo é localizado (uni ou bilateral) ou generalizado. Particularidades • Retrofaríngeos: Normalmente não são palpados somente quando aumentados de volume. • Pré-Crurais: Não são fáceis de serem palpados se estiverem normais • Inguinais superficiais ou escrotais: Normalmente palpado por via retal em grandes animais • Poplíteos: são ausente em equinos Características Examináveis: 1) Tamanho: Apresentam normalmente forma de grão de feijão ou rim e são relativamente maiores em jovens, já que estão expostos a uma grande variedade de estímulos antigênicos (vacinação).Depende da sua localização e do seu estado nutricional. Animais caquéticos podem induzir a uma falsa impressão de adenopatia. E em outras situações, o emagrecimento pode tornar palpáveis linfonodos que antes não eram. 2) Sensibilidade:Palpar para verificar se há sensibilidade (dor).Nos processos inflamatórios e/ou infecciosos agudos os linfonodos tornam-se sensíveis.Nos animais normais e durante os processos crônicos, a sensibilidade é normal ou discretamente aumentada. É necessário este tipo de palpação para diferenciar certas enfermidades. 3) Consistência: Normalmente, apresenta consistência firme. Nos processos inflamatórios e/ou infecciosos agudos a consistência não se altera, mas podemos notar o aumento de volume e da sensibilidade. Nos processos inflamatórios e infecciosos crônicos e neoplásicos, os linfonodos ficam duros. 4) Mobilidade:Os linfonodos normalmente apresentam boa mobilidade, eles são móveis tanto em relação à pele quanto às estruturas vizinhas quando palpados.A perda ou ausência de mobilidade é um achado comum nos processos inflamatórios bacterianos agudos, devido ao desenvolvimento de celulite localizada. 5) Temperatura: Apresentam uma temperatura igual à da pele que os recobre. A elevação da temperatura é acompanhada, geralmente, de dor à palpação. Deve-se determinar se o aumento de temperatura e/ou tamanho é uni ou bilateral, para se determinar se há um comprometimento unilateral da área de drenagem de determinado linfonodo ou algo sistêmico. Exames Complementares: • Pode-se ser feita a biópsia por excisão ou aspiração. • Excisão: faz-se a remoção cirúrgica de todo linfonodo ou de uma parte para futuro exame histopatológico. • Aspiração: faz-se a punção com uma agulha apropriada, e após acoplada em uma seringa, aspira-se o material proveniente do linfonodo. • USG Abdominal e Local: importante a verificação de baço • Exame por palpação externa. • Se estiver esplenomegalia torna-se mais fácil a sua palpação. • Causas: Torção / Hematoma / Enfartamentos Mormo • é uma bactériaque formam abcesso ao longo do corpo e fistulam • eutanasia obrigatória Garrotilho • bactéria que coloniza trato respiratório e linfonodos • ela prolifera no linfonodo formando material purulento e fístula • considerado uma doença infecciosa Adenite equina - Garrotilho Linfadenite caseosa • comum em caprinos e ovinos • fibrosamento do linfonodo
Compartilhar