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Aula-03-Cont -Avcd -ICMS-PR-Ativo-Intangível

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Curso: Contabilidade Avançada p/ ICMS PR 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Luciano Moura - Aula 03 
 
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Assunto Página 
1. Ativo Intangível 3 
2. Questões Comentadas 24 
3. Risco Exponencial 50 
4. Lista de Questões 53 
5. Gabarito 66 
 
 E para facilitar sua referência, abaixo as esquematizações disponíveis nesta 
aula: 
Esquema 1 – Características dos Ativos Intangíveis ............................................................. 4 
Esquema 2 – Detalhamento do subgrupo Ativo Intangível .................................................... 6 
Esquema 3 – Reconhecimento de um Ativo Intangível ......................................................... 7 
Esquema 4 – Composição do Custo do Ativo Intangível adquirido separadamente ................... 7 
Esquema 5 – Custos diretamente atribuíveis ao Ativo Intangível ........................................... 8 
Esquema 6 – Custos não incluídos no valor contábil do Ativo Intangível ................................. 9 
Esquema 7 – Reconhecimento do Ativo Intangível – Fases .................................................. 11 
Esquema 8 – Aspectos a serem demonstrados na Fase de Desenvolvimento ......................... 12 
 
Olá meu caro aluno, 
Está animado para começar nossa Aula 03 de Contabilidade Avançada? 
Espero que sim, mas se, por alguma razão você não esteja com essa animação 
toda, procure pensar nos motivos que o levaram a começar essa luta de estudar 
para concursos e, certamente, você ficará mais disposto. Lembre-se que a vida 
de concursando é passageira, mas o cargo conquistado e o orgulho de ingressar 
no serviço público ficarão para sempre. 
Na aula de hoje, abordaremos os aspectos relacionados aos ativos 
intangíveis que mais são cobrados em prova, todos de acordo com a Resolução 
CFC nº 1.303/2010, e alterações posteriores – CPC 04 (R3). Falaremos, 
também, dos pontos da Lei nº 6.404/76 que tratam do assunto. Por fim, não 
poderia ser diferente, resolveremos diversos exercícios de provas anteriores, 
para que você sinta a forma de cobrar o assunto pela banca que fará a sua 
prova. Vamos nessa então!? 
 Bons estudos!  
Aula 03 – Ativo intangível: Objetivo, alcance, definições, 
procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 
1.303/2010 do CFC. Conceitos e procedimentos: Reconhecimento e 
mensuração. Reconhecimento de despesa. Mensuração após 
reconhecimento. Vida útil. Ativo intangível com vida útil definida e 
indefinida. 
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1. Ativo Intangível 
 As entidades frequentemente despendem recursos ou contraem 
obrigações com a aquisição, o desenvolvimento, a manutenção ou o 
aprimoramento de recursos intangíveis como conhecimento científico ou 
técnico, projeto e implantação de novos processos ou sistemas, licenças, 
propriedade intelectual, conhecimento mercadológico, nome, reputação, 
imagem e marcas registradas (incluindo nomes comerciais e títulos de 
publicações). 
São exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas: 
softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, 
listas de clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de 
importação, franquias, relacionamentos com clientes ou fornecedores, 
fidelidade de clientes, participação no mercado e direitos de comercialização. 
Porém, nem todos os itens descritos anteriormente se enquadram na 
definição de ativo intangível. Isso porque, de acordo com o CPC 04, Ativo 
Intangível é um ativo não monetário, identificável e sem substância física. 
Ativo não monetário é aquele que não pode ser representado por 
dinheiro ou por direitos recebíveis em uma quantia fixa ou determinável de 
dinheiro. 
Continuando, um ativo é identificável, isto é, satisfaz o critério de 
identificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando: 
 For separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, 
transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com 
um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de 
uso pela entidade; ou 
 Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, 
independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da 
entidade ou de outros direitos e obrigações. 
 
Ademais, a definição de ativo intangível requer que ele seja identificável 
para diferenciá-lo do Ágio Derivado da Expectativa de Rentabilidade Futura 
(goodwill), do qual falaremos mais adiante. 
Por fim, um ativo sem substância física é aquele que não existe 
fisicamente, não podendo ser visto ou tocado. Mas Luciano, uma marca não 
pode ser vista? Não, o que vemos nos rótulos dos produtos não é o direito de 
uso da marca (que efetivamente é o ativo intangível), mas sim um logotipo 
criado para fazer menção a tal direito. 
Contudo, alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos 
que possuem substância física, como um disco (como no caso de software), 
documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme. Para 
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saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser 
tratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível, a entidade avalia qual 
elemento é mais significativo. Por exemplo, um software de uma máquina-
ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse software 
específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado 
como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um 
computador. No entanto, se o software não for parte integrante do respectivo 
hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível. 
 
 Assim, esquematizando as características dos ativos intangíveis, 
podemos escrever: 
 
Esquema 1 – Características dos Ativos Intangíveis 
 
 Além disso, como não poderia deixar de ser, o ativo intangível se 
subordina ao conceito geral dos ativos, ou seja, é um recurso: 
 Controlado pela entidade como resultado de eventos passados; e 
 Do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros para a 
entidade. 
 
A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter 
benefícios econômicos futuros gerados pelo recurso subjacente e de 
restringir o acesso de terceiros a esses benefícios. Normalmente, a capacidade 
da entidade de controlar os benefícios econômicos futuros de ativo intangível 
advém de direitos legais que possam ser exercidos num tribunal, de modo que 
a ausência de direitos legais dificulta a comprovação do controle. No entanto, a 
imposição legal de um direito não é uma condição imprescindível para o 
controle, visto que a entidade pode controlar benefícios econômicos futuros de 
outra forma (como na carteira de clientes, por exemplo). 
Ativos 
Intangíveis
Não monetário
Não representado por 
dinheiro ou direitos 
recebíveis
Identificável
For separável
ou
Resultar de direitos 
contratuais ou outros 
direitos legais
Sem substância 
física
Não existe 
fisicamente
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www.exponencialconcursos.com.brOs benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem 
incluir a receita da venda de produtos ou serviços, redução de custos ou 
outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade. Por exemplo, o 
uso da propriedade intelectual em um processo de produção pode reduzir os 
custos de produção futuros em vez de aumentar as receitas futuras. 
 
 Que tal resolvermos a primeira questão da nossa aula de hoje, 
para aquecermos? 
1- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - 
Gestão Tributária / 2009) São características necessárias para a identificação 
de um ativo Intangível 
a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser 
indivisível. 
b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração 
de seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade 
patrimonial. 
c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. 
d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada. 
e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais. 
Resolução: 
De acordo com o CPC 04, um Ativo Intangível é um ativo não monetário, 
identificável e sem substância física. Além disso, o ativo intangível se 
subordina ao conceito geral dos ativos, ou seja, é um recurso: 
 Controlado pela entidade como resultado de eventos passados; e 
 Do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros para a 
entidade. 
Gabarito: C 
 
 Continuando, vistos os conceitos da norma contábil, passamos ao 
conceito esculpido na Lei das Sociedades por Ações. Após a edição da Lei nº 
11.638/07, que alterou a Lei nº 6.404/76, foi criado o Ativo Intangível como 
um subgrupo do Ativo Não Circulante, no qual são classificados os direitos que 
tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da 
companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio 
adquirido. 
 
 
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 Assim, de acordo com a Lei nº 6.404/76, temos: 
 
Esquema 2 – Detalhamento do subgrupo Ativo Intangível 
 
 Vejamos outra questão: 
2- (FCC / TJ-SE - Analista Judiciário - Contabilidade 
/ 2009) O Fundo de Comércio adquirido é evidenciado em conta 
a) intangível. 
b) de resultados de exercícios futuros. 
c) diferido. 
d) imobilizado. 
e) de reserva de capital. 
Resolução: 
 Moleza essa, não!? Pena que não se fazem mais questões como estas 
hoje em dia, rsrs... O Fundo de Comércio Adquirido, ou goodwill, deve ser 
evidenciado em conta do ativo intangível. 
Gabarito: A 
 
1.1. Reconhecimento 
O reconhecimento de um ativo intangível exige, além do atendimento 
de todas as definições de ativo intangível vista anteriormente, que: 
 Seja provável que os benefícios econômicos futuros esperados 
atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e 
 O custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. 
 
 Esquematizando o reconhecimento dos Ativos Intangíveis, temos: 
 
Intangível
Bens incorpóreos 
destinados à 
manutenção das 
atividades
Marcas, Patentes, 
Softwares, Direitos 
Autorais etc.
Fundo de Comércio 
Adquirido (goodwill)
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Esquema 3 – Reconhecimento de um Ativo Intangível 
 
Este requerimento é aplicável tanto a custos incorridos inicialmente 
para adquirir ou gerar internamente um ativo intangível quanto aos custos 
incorridos posteriormente para acrescentar algo, substituir parte ou recolocá-
lo em condições de uso. 
Todavia, a natureza dos ativos intangíveis implica, em muitos casos, não 
haver o que ser adicionado ao ativo nem se poder substituir parte dele. Por 
conseguinte, a maioria dos gastos subsequentes provavelmente são 
efetuados para manter a expectativa de benefícios econômicos futuros 
incorporados ao ativo intangível existente, não atendendo à definição e aos 
critérios de reconhecimento dos ativos intangíveis, devendo, por isso, ser 
reconhecidos no resultado do período. 
 
1.2. Mensuração 
 
1.2.1. Ativo Intangível adquirido separadamente 
 De acordo com o CPC 04, o custo de ativo intangível adquirido 
separadamente inclui: 
Preço de Aquisição 
(–) Descontos Incondicionais Concedidos 
(–) Abatimentos 
(+) Impostos de importação 
(+) Impostos não recuperáveis 
(+) Custos diretamente atribuíveis à preparação do ativo 
para a finalidade proposta (benefícios a empregados, 
honorários profissionais, testes etc.) 
Esquema 4 – Composição do Custo do Ativo Intangível adquirido separadamente 
Reconhecimento de 
um ativo intangível 
atendimento de 
todas as 
definições de 
ativo intangível
não
monetário
identificável
sem
substância 
física
Seja provável que os 
benefícios 
econômicos futuros
esperados atribuíveis 
ao ativo serão gerados 
em favor da entidade
O custo do ativo 
possa ser 
mensurado
com 
confiabilidade
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São exemplos de custos diretamente atribuíveis: 
 Custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que 
o ativo fique em condições operacionais (de uso ou funcionamento); 
 Honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo 
fique em condições operacionais; e 
 Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando 
adequadamente. 
 
Esquema 5 – Custos diretamente atribuíveis ao Ativo Intangível 
 
O reconhecimento dos custos no valor contábil de ativo intangível cessa 
quando esse ativo está nas condições operacionais pretendidas pela 
administração. Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou 
reinstalação de ativo intangível não devem ser incluídos no seu valor contábil, 
como, por exemplo, os seguintes custos: 
 Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo 
propaganda e atividades promocionais); 
 Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova 
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); 
 Custos administrativos e outros custos indiretos; 
 Custos incorridos durante o período em que um ativo capaz de operar 
nas condições operacionais pretendidas pela administração não é 
utilizado; e 
 Prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a 
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida. 
 
 
Custos diretamente 
atribuíveis
Benefícios aos 
empregados
incorridos 
diretamente
para que o ativo fique em 
condições operacionais
Honorários 
profissionais
diretamente
relacionados
Testes para 
verificar se o ativo 
está funcionando 
adequadamente
 
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Esquema 6 – Custos não incluídos no valor contábil do Ativo Intangível 
 
 Vejamos como isso já foi cobrado em provas: 
3- (FCC / TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário 
- Contabilidade / 2011) Podem ser classificados no Ativo Intangível da 
companhia os gastos referentes às 
a) despesas pré-operacionais. 
b) despesas de pesquisa com produtos. 
c) despesas de reorganização da sociedade. 
d) benfeitorias efetuadas em imóveis de terceiros, sem cláusula de devolução. 
e) marcas adquiridas de outra companhia. 
Resolução: 
 De acordo com o CPC 04, os gastos para gerar benefícios econômicos 
futuros à entidade, sem a aquisição ou criação de ativo intangível,tais como as 
despesas pré-operacionais e as despesas de reorganização da sociedade, bem 
como as despesas de pesquisa com produtos devem ser contabilizados como 
despesas. (Eliminamos as letras A, B e C) 
 Além disso, de acordo com o CPC 27 (Ativo Imobilizado), os 
melhoramentos e as benfeitorias em imóveis de terceiros são reconhecidos 
Custos incorridos no 
uso ou na 
transferência ou 
reinstalação de ativo 
intangível não devem 
ser incluídos no seu 
valor contábil
introdução de novo
produto ou serviço 
incluindo 
propaganda / 
atividade 
promocional
transferência das 
atividades para novo 
local ou para nova 
categoria de clientes
incluindo 
treinamento
prejuízos 
operacionais 
iniciais
ex: enquanto a 
demanda pelos 
produtos do ativo 
é estabelecida
custos 
administrativos
e outros custos 
indiretos
custos incorridos
durante o período em 
que um ativo capaz 
de operar mas não
foi utilizado
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como ativo imobilizado porque permitem à entidade obter benefícios 
econômicos futuros. (Eliminamos a letra D) 
 Finalmente, as marcas adquiridas de outra companhia são 
classificadas no Ativo Intangível. 
Gabarito: E 
 
Dando continuidade, algumas operações realizadas em conexão com o 
desenvolvimento de ativo intangível (antes ou durante as atividades de 
desenvolvimento) não são necessárias para deixá-lo em condições operacionais 
pretendidas pela administração. Por isso, as receitas e as despesas relacionadas 
devem ser reconhecidas imediatamente no resultado do período. 
Todavia, se o prazo de pagamento de ativo intangível excede os 
prazos normais de crédito, seu custo deve ser o equivalente ao preço à 
vista. A diferença entre o preço à vista e o total dos pagamentos deve ser 
reconhecida como despesa com juros, durante o período, a menos que seja 
passível de capitalização como custo financeiro diretamente identificável de 
ativo (quando se tratar de ativo que leva necessariamente um período 
substancial de tempo para ficar pronto para o seu uso). Nesse último caso, o 
custo financeiro deve ser capitalizado no valor do ativo. 
 
1.2.2. Aquisição como parte de combinação de negócios 
Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, o 
seu custo deve ser o valor justo na data de aquisição, o qual reflete as 
expectativas dos participantes do mercado na data de aquisição sobre a 
probabilidade de que os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo 
serão gerados em favor da entidade. 
Em outras palavras, a entidade sempre espera que haja benefícios 
econômicos em seu favor para ativos intangíveis adquiridos em uma 
combinação de negócios, mesmo se houver incerteza em relação à época e ao 
valor desses benefícios econômicos. Além disso, se o ativo for separável ou 
resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, sempre é considerado 
que existe informação suficiente para mensurar com confiabilidade o seu valor 
justo. 
 
1.2.3. Ativo Intangível gerado internamente 
Além de atender às exigências gerais de reconhecimento e mensuração 
inicial de ativo intangível, a entidade deve classificar a geração do ativo: 
 Na fase de pesquisa; e/ou 
 Na fase de desenvolvimento. 
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Esquema 7 – Reconhecimento do Ativo Intangível – Fases 
 
 Fase de pesquisa 
Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser 
reconhecido, haja vista que, durante a fase de pesquisa de projeto interno, a 
entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará 
prováveis benefícios econômicos futuros. Portanto, os gastos com pesquisa 
devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. 
 
São exemplos de atividades de pesquisa: 
 Atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento; 
 Busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de 
pesquisa ou outros conhecimentos; 
 Busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, 
sistemas ou serviços; e 
 Formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis 
para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços 
novos ou aperfeiçoados. 
 
 Fase de desenvolvimento 
Um ativo intangível resultante de desenvolvimento deve ser reconhecido 
somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir 
enumerados: 
 Viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele 
seja disponibilizado para uso ou venda; 
 Intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; 
 Capacidade para usar ou vender o ativo intangível; 
 Forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos 
futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a 
existência de mercado para os produtos do ativo intangível ou para o 
Fase de 
pesquisa
Fase de 
desenvolvimento
Reconhecimento de 
ativo intangível 
Não 
Sim, se atender todos 
aspectos definidos 
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próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua 
utilidade; 
 Disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos 
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo 
intangível; e 
 Capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao 
ativo intangível durante seu desenvolvimento. 
 
São exemplos de atividades de desenvolvimento: 
 Projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou pré-
utilização; 
 Projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova 
tecnologia; 
 Projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não esteja 
em escala economicamente viável para produção comercial; e 
 Projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, 
dispositivos, produtos, processos, sistemas e serviços novos ou 
aperfeiçoados. 
 
 Esquematizando os aspectos a serem demonstrados na fase de 
desenvolvimento, temos: 
 
Esquema 8 – Aspectos a serem demonstrados na Fase de Desenvolvimento 
Fase de 
desenvolvimento
Viabilidade técnica concluir
Intenção e 
Disponibilidade de 
recursos
concluir
usar ou vender
Capacidade
mensurar gastos 
com confiabilidade
Demonstrar 
benefícios 
econômicos futuros
existência de 
mercado
utilidade para uso
e 
e 
ou 
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Contudo, marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros 
itens similares, gerados internamente, não devem ser reconhecidos como 
ativos intangíveis, haja vista que os gastos incorridos com tais itens não 
podem ser separados dos custos relacionados ao desenvolvimento do negócio 
como um todo. 
O custo de ativo intangível gerado internamente se restringe à soma dos 
gastos incorridos a partir da data em que a entidade puder demonstrar todos 
os aspectos relativos à fase de desenvolvimento. Além disso, tal custo inclui 
todos os gastos diretamente atribuíveis ao ativo, necessários à criação, 
produção e preparação do ativo para ser capaz de funcionar da forma pretendida 
pela administração, como por exemplo: 
 Gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração 
do ativo intangível; 
 Custos de benefícios a empregados relacionados à geração do ativointangível; 
 Taxas de registro de direito legal; e 
 Amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo 
intangível. 
 
Os seguintes itens não são componentes do custo de ativo intangível 
gerado internamente: 
 Gastos com vendas, administrativos e outros gastos indiretos, 
exceto se tais gastos puderem ser atribuídos diretamente à preparação 
do ativo para uso; 
 Ineficiências identificadas e prejuízos operacionais iniciais incorridos 
antes do ativo atingir o desempenho planejado; e 
 Gastos com o treinamento de pessoal para operar o ativo. 
 
 Vamos resolver uma questão de provas anteriores da FCC acerca 
desse assunto: 
4- (FCC / SEFIN-RO - Auditor - Ciências Contábeis / 
2010) Sobre os ativos intangíveis gerados internamente pode-se afirmar que 
a) os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser 
reconhecidos no resultado. 
b) a entidade pode, durante a fase de desenvolvimento e em alguns casos, 
identificar um ativo intangível e demonstrar que o mesmo gerará prováveis 
benefícios econômicos futuros. 
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c) os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de 
desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade. 
d) as atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser 
reconhecidas no ativo pelo valor do custo. 
e) os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na 
fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase 
de pesquisa da fase de desenvolvimento. 
Resolução: Conforme vimos há pouco, vamos analisar cada uma das assertivas 
da questão: 
a) os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer situação, devem ser 
reconhecidos no resultado. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento 
deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os 
aspectos enumerados no CPC 04. Lembre-se que são 6: viabilidade, intenção, 
disponibilidade, capacidade (x2) e benefícios econômicos. Se ao menos 
um não puder ser demonstrado, o ativo não poderá ser reconhecido. Incorreta 
b) a entidade pode, durante a fase de desenvolvimento e em alguns casos, 
identificar um ativo intangível e demonstrar que o mesmo gerará prováveis 
benefícios econômicos futuros. Trata-se de um dos aspectos que deve ser 
demonstrado pela entidade para poder reconhecer um ativo intangível 
resultante de desenvolvimento. Correta 
c) os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto na fase de 
desenvolvimento, devem ser reconhecidos no ativo da entidade. Nenhum ativo 
intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido, devendo tais gastos 
serem reconhecidos como despesa quando incorridos. Incorreta 
d) as atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser 
reconhecidas no ativo pelo valor do custo. Essas atividades são atividades de 
pesquisa (destinadas à obtenção de novos conhecimentos), não devendo, 
portanto, ser reconhecidas no ativo intangível. Incorreta 
e) os gastos com o projeto devem ser considerados como incorridos apenas na 
fase de desenvolvimento, quando a entidade não conseguir diferenciar a fase 
de pesquisa da fase de desenvolvimento. Para reconhecer os gastos da fase de 
desenvolvimento nos custos do ativo intangível, é primordial que a entidade 
seja capaz de diferenciar tal fase da fase de pesquisa. Incorreta 
Gabarito: B 
 
1.2.4. Ágio Derivado da Expectativa de Rentabilidade Futura 
(goodwill) gerado internamente 
 Inicialmente, vamos entender o que é o Ágio Derivado da Expectativa de 
Rentabilidade Futura (goodwill), também chamado de Fundo de Comércio 
Adquirido. 
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Vamos supor que uma empresa adquira um software (um sistema) de 
outra empresa, o qual já se encontra consagrado no mercado. Nessa aquisição, 
a entidade não está comprando apenas o sistema, mas também elementos 
incorpóreos associados a ele, como o retorno que o sistema pode gerar à 
compradora, carteira de clientes que o utilizam etc. 
Para calcularmos o valor pelo qual o software deve ser registrado na 
adquirente, devemos, inicialmente, determinar o Valor Justo dos Ativos 
Líquidos dele, ou seja, o valor pelo qual as partes desejam negociar sem 
favorecimentos. Isso porque tal valor pode ser maior ou menor que o Valor 
Contábil registrado no patrimônio da companhia vendedora. Se o valor justo 
for maior, dizemos que essa diferença é chamada de mais-valia de ativos, ou 
seja, que o sistema é negociado no mercado a valores maiores que os 
registrados no balanço da atual proprietária. A contabilização da mais-valia é 
feita, na compradora, da seguinte maneira: 
Aquisição de software com Mais-valia de Ativos 
D Softwares (ANC – Intang.) 
D Mais-valia (ANC – Intang.) 
C BCM (AC) ou Financiamentos (PC/PNC) 
 
Continuando, quando da aquisição do sistema, o Valor Pago pela 
compradora pode ser maior ou menor que o Valor Justo dos Ativos Líquidos 
do bem. Se o valor pago for maior, a diferença será o Ágio Derivado da 
Expectativa de Rentabilidade Futura (goodwill), o que significa que o 
sistema possui ativos intangíveis agregados ao seu nome, os quais fazem 
aumentar o valor que outros interessados se dispõem a pagar por ele. A 
contabilização do goodwill, por sua vez, é registrada da seguinte maneira na 
empresa compradora: 
Aquisição de software com Goodwill 
D Softwares (ANC – Intang.) 
D Goodwill (ANC – Intang.) 
C BCM (AC) ou Financiamentos (PC/PNC) 
 
 Recordando o esquema de Mais-valia X Goodwill, visto na 
primeira aula: 
 
 
Mais-valia Goodwill
Valor Contábil Valor Pago Valor Justo dos Ativos Líquidos 
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 Vamos verificar como esse assunto já foi cobrado em prova: 
5- (FGV / DPE-RO - Analista Contábil / 2015) A 
empresa de softwares Marcosoft S.A. adquiriu, pelo valor de $ 7.600.000,00, 
todos os sistemas desenvolvidos por sua concorrente Sopa Ltda. O valor justo 
dos sistemas é de $ 6.100.000,00. Nas demonstrações financeiras da Sopa era 
possível identificar que o custo para desenvolver os sistemas correspondia ao 
valor líquido de $ 3.000.000,00. 
Considerando as informações acima, a Marcosoft deve classificar essa aquisição 
da seguinte forma: 
a) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como goodwill; 
b) $ 3.000.000,00 como intangível e $ 4.600.000,00 como goodwill; 
c) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como despesa; 
d) $ 3.000.000,00 como investimento e $ 4.600.000,00 como intangível; 
e) $ 7.600.000,00 como intangível. 
Resolução: 
Analisando o enunciado da questão, temos um caso em que a empresa 
Marcosoft S.A. adquiriu todos os sistemas de sua concorrente, pagando o valor 
de $ 7.600.000,00. No balanço da concorrente, os sistemas estavam registrados 
pelo valor líquido contábil de $ 3.000.000,00, mas o valor justo deles 
correspondia a $ 6.100.000,00. 
Recordando, se o Valor Justo dos Ativos Líquidos for maior que o 
Valor Contábil, dizemos que essa diferença é chamada de mais-valia de 
ativos, ou seja, que o sistema é negociado no mercado a valores maiores que 
os registrados no balanço da atual proprietária. Nesse caso, temos uma mais-
valia de $ 3.100.000,00 ($ 6.100.000,00 – $ 3.000.000,00). 
Já a diferença entre o Valor Pago pelo bem e seu Valor Justo dos 
Ativos Líquidos será o Ágio Derivado da Expectativa de Rentabilidade 
Futura (Goodwill), que significaque o bem possui ativos intangíveis agregados 
ao seu nome, os quais fazem aumentar o valor que outros interessados se 
dispõem a pagar por ele. No caso da questão, temos um goodwill no valor de $ 
1.500.000,00. 
Desta feita, temos a seguinte contabilização na Cia compradora: 
D Softwares (ANC – Intang.) $ 3.000.000,00 
D Mais-valia (ANC – Intang.) $ 3.100.000,00 
D Goodwill (ANC – Intang.) $ 1.500.000,00 
C BCM (AC) $ 7.600.000,00 
 Assim, a empresa deve classificar essa aquisição registrando o valor de $ 
7.600.000,00 como intangível, segregados conforme especificado acima. 
Gabarito: E 
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Por fim, é importante frisar que o goodwill só é contabilizado quando se 
adquire algum bem com valor comercial (valor pago) superior ao valor justo. 
Se um proprietário funda um estabelecimento e este passa a ser 
comercialmente conhecido, o valor a mais que o fundador é capaz de auferir na 
venda do estabelecimento é chamado Ágio Derivado da Expectativa de 
Rentabilidade Futura (goodwill) gerado internamente, o qual não deve ser 
reconhecido como ativo. 
Além disso, de acordo com o CPC 01, eventual perda por 
desvalorização reconhecida para o ágio por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill) não deve ser revertida em período subsequente. Isso 
porque, como a entidade não deve reconhecer o ágio por expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente, qualquer aumento no 
valor recuperável desse ativo nos períodos subsequentes ao reconhecimento de 
perda por desvalorização seria equivalente ao reconhecimento do goodwill 
gerado internamente, o que é proibido pela norma contábil. 
 
1.3. Reconhecimento de despesa 
Os gastos com um item intangível devem ser reconhecidos como despesa 
quando incorridos, exceto: 
 Se fizerem parte do custo de ativo intangível que atenda aos critérios de 
reconhecimento; ou 
 Se o item é adquirido em uma combinação de negócios e não possa ser 
reconhecido como ativo intangível. 
 
Em alguns casos são incorridos gastos para gerar benefícios econômicos 
futuros à entidade, sem a aquisição ou criação de ativo intangível ou outros 
ativos passíveis de serem reconhecidos. Por exemplo, gastos com pesquisa 
devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. São exemplos de 
outros gastos a serem reconhecidos como despesa quando incorridos: 
 Gastos com atividades pré-operacionais destinadas a constituir a 
empresa, tais como custos jurídicos e de secretaria, incorridos para 
constituir a pessoa jurídica, gastos para abrir novas instalações ou 
negócio ou gastos com o início de novas unidades operacionais ou o 
lançamento de novos produtos ou processos; 
 Gastos com treinamento; 
 Gastos com publicidade e atividades promocionais; e 
 Gastos com remanejamento ou reorganização, total ou parcial, da 
entidade. 
 
 
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1.4. Mensuração após o reconhecimento 
 O CPC 00 (Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório 
Contábil-Financeiro) prevê que a entidade pode, em determinadas 
circunstâncias, optar pelo método de custo ou pelo método de reavaliação para 
a sua política contábil. 
Contudo, a reavaliação de bens tangíveis ou intangíveis não é mais 
permitida desde a edição da Lei nº. 11.638/07, que alterou a Lei nº. 6.404/76. 
Assim, a mensuração após o reconhecimento de ativos intangíveis deve se dar 
apenas pelo método de custo, ou seja, após o seu reconhecimento inicial, um 
ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual 
amortização acumulada e a perda acumulada, conforme estudamos na aula 
anterior. 
 
1.5. Amortização de Ativos Intangíveis 
De acordo com a Lei nº 6.404/76, a diminuição do valor dos elementos 
do ativo intangível deve ser registrada periodicamente na conta de 
amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na 
aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer 
outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam 
bens de utilização por prazo limitado. 
Assim, tal qual ocorre o registro da despesa de depreciação para os ativos 
imobilizados, vista no curso de Contabilidade Geral, há que ser registrada a 
despesa de amortização para os ativos intangíveis. Inclusive, todos os 
conceitos já estudados naquele assunto (vida útil, valor residual, valor 
amortizável etc.) são aplicados neste, de maneira que, a seguir, abordaremos 
apenas os aspectos peculiares dos ativos intangíveis. 
 
1.5.1. Vida Útil 
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo 
intangível com vida útil definida deve ser amortizado, ao passo que um ativo 
intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. 
A entidade deve avaliar se a vida útil de ativo intangível é definida ou 
indefinida e, no primeiro caso, a duração ou o volume de produção ou 
unidades semelhantes que formam essa vida útil. 
Muitos fatores devem ser considerados na determinação da vida útil de 
ativo intangível, inclusive: 
a) A utilização prevista de um ativo pela entidade e se o ativo pode ser 
gerenciado eficientemente por outra equipe de administração; 
b) Os ciclos de vida típicos dos produtos do ativo e as informações 
públicas sobre estimativas de vida útil de ativos semelhantes, utilizados 
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de maneira semelhante; 
c) Obsolescência técnica, tecnológica, comercial ou de outro tipo; 
d) A estabilidade do setor em que o ativo opera e as mudanças na 
demanda de mercado para produtos ou serviços gerados pelo ativo; 
e) Medidas esperadas da concorrência ou de potenciais concorrentes; 
f) O nível dos gastos de manutenção requerido para obter os benefícios 
econômicos futuros do ativo e a capacidade e a intenção da entidade 
para atingir tal nível; 
g) O período de controle sobre o ativo e os limites legais ou similares para 
a sua utilização, tais como datas de vencimento dos 
arrendamentos/locações relacionados; e 
h) Se a vida útil do ativo depende da vida útil de outros ativos da 
entidade. 
 
A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou 
outros direitos legais não deve exceder a vigência desses direitos, podendo 
ser menor dependendo do período durante o qual a entidade espera utilizar o 
ativo. Caso tais direitos sejam outorgados por um prazo limitado renovável, a 
vida útil do ativo intangível só deve incluir o prazo de renovação, se existirem 
evidências que suportem a renovação pela entidade sem custo 
significativo. 
A existência dos fatores a seguir, entre outros, indica que a entidade está 
apta a renovar os direitos contratuais ou outros direitos legais sem custo 
significativo: 
a) Existem evidências de que os direitos contratuais ou outros direitos 
legais serão renovados. Se a renovação depender de autorização de 
terceiros, devem ser incluídas evidências de que essa autorização será 
concedida; 
b) Existem evidências de que quaisquer condições necessárias para obter 
a renovação serão cumpridas; e 
c) O custo de renovação para a entidade não é significativo se 
comparado aos benefícios econômicos futuros que se espera fluam para 
a entidade a partir dessa renovação. 
 
O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil 
definida devem ser revisados pelo menos ao final de cada exercício. Caso a 
vida útil prevista do ativo sejadiferente de estimativas anteriores, o prazo de 
amortização deve ser devidamente alterado. Se houver alteração no padrão de 
consumo previsto, o método de amortização deve ser alterado para refletir essa 
mudança. 
Porém, quando, com base na análise de todos os fatores relevantes, não 
existe um limite previsível para o período durante o qual um ativo intangível 
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deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos para a entidade, ela deve atribuir 
vida útil indefinida ao ativo. 
Contudo, o termo “indefinida” não significa “infinita”. A vida útil de ativo 
intangível deve levar em consideração apenas a manutenção futura exigida para 
mantê-lo no nível de desempenho avaliado no momento da estimativa da sua 
vida útil e capacidade e intenção da entidade para atingir tal nível. A conclusão 
de que a vida útil de ativo intangível é indefinida não deve estar fundamentada 
em uma previsão de gastos futuros superiores ao necessário para mantê-lo 
nesse nível de desempenho. 
Ademais, a vida útil de ativo intangível que não é amortizado deve ser 
revisada periodicamente para determinar se eventos e circunstâncias 
continuam a consubstanciar a avaliação de vida útil indefinida. Caso contrário, 
deverá ser feita a mudança na avaliação de vida útil de indefinida para definida, 
passando o ativo a ser amortizado periodicamente. 
De acordo com o CPC 01 (Redução ao Valor Recuperável), a entidade 
deve testar a perda de valor dos ativos intangíveis com vida útil indefinida, 
comparando o seu valor recuperável com o seu valor contábil anualmente e 
sempre que existam indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor. 
Além disso, a revisão da vida útil de ativo intangível de indefinida para 
definida é um indicador de que o ativo pode já não ter valor. Assim, a entidade 
deve testar a perda de valor do ativo em relação ao seu valor recuperável, de 
acordo com o CPC 01, reconhecendo a eventual desvalorização como perda. 
 
 Vamos ver como isso já foi cobrado em provas anteriores: 
6- (FCC / TCE-GO - Analista de Controle Externo - 
Ciências Contábeis / 2009) De acordo com a Lei nº 11.638/07, um ativo 
intangível com vida útil econômica indefinida, após o reconhecimento inicial, 
a) deve ser amortizado. 
b) deve ser depreciado. 
c) deve ser exaurido. 
d) deve ser trazido a valor presente. 
e) está sujeito ao teste de recuperabilidade. 
Resolução: 
Conforme vimos há pouco, de acordo com o CPC 01 (Redução ao Valor 
Recuperável), a entidade deve testar a perda de valor dos ativos intangíveis 
com vida útil indefinida, comparando o seu valor recuperável com o seu valor 
contábil anualmente e sempre que existam indícios de que o ativo intangível 
pode ter perdido valor. Gabarito: E 
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1.5.2. Métodos de Amortização1 
Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de 
forma sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil. 
Tais métodos incluem o método linear (ou método de linha reta), o método 
dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A seleção 
do método deve obedecer ao padrão de consumo dos benefícios econômicos 
futuros esperados, incorporados ao ativo, e aplicado consistentemente entre 
períodos, a não ser que exista alteração nesse padrão. 
Na escolha do método de amortização adequado, a entidade pode 
determinar o fator limitante predominante que é inerente ao ativo intangível. 
Por exemplo, o contrato que estabelece os direitos da entidade sobre o uso do 
ativo intangível pode especificar o uso do ativo intangível pela entidade como 
número predeterminado de anos (ou seja, tempo), como número de unidades 
produzidas ou como montante total fixo da receita a ser gerada. A identificação 
do fator limitante predominante pode servir de ponto de partida para a 
identificação da base adequada da amortização, mas outra base pode ser 
aplicada se refletir de forma mais próxima o padrão esperado de consumo de 
benefícios econômicos. 
Há uma presunção refutável de que o método de amortização baseado 
na receita gerada por atividade que inclui o uso de ativo intangível não é 
apropriado. Isso porque esta receita inclui o uso de ativo intangível reflete 
fatores típicos que não estão diretamente ligados ao consumo dos benefícios 
econômicos incorporados no ativo intangível. Por exemplo, a receita é afetada 
por outros insumos e processos, atividades de venda e mudanças nos volumes 
e preços de venda. O componente de preço da receita pode ser afetado pela 
inflação, o que não tem qualquer influência sobre a maneira como o ativo é 
consumido. Essa presunção só pode ser superada em circunstâncias limitadas: 
 Em que o ativo intangível é expresso como mensuração de receitas, 
conforme descrito a seguir; ou 
 Quando possa ser demonstrado que as receitas e o consumo dos 
benefícios econômicos do ativo intangível são altamente correlacionados. 
 
Na circunstância em que o fator limitante predominante é a obtenção de 
um limite de receita, a receita a ser gerada pode ser a base adequada para a 
amortização. Por exemplo, a entidade pode adquirir uma concessão para 
explorar e extrair ouro de uma mina de ouro. O fim do contrato pode estar 
baseado no valor fixo da receita total a ser gerada a partir da extração (por 
exemplo, o contrato pode permitir a extração de ouro da mina até que a receita 
total acumulada com a venda de ouro atinja $ 2 bilhões) e não ser baseado no 
tempo ou na quantidade de ouro extraído. Em outro exemplo, o direito de operar 
 
1 Com exceção do primeiro parágrafo deste tópico, os aspectos a seguir foram incluídos na última 
atualização do CPC 04, a qual entrou em vigor em janeiro de 2016. Portanto, a chance de serem 
cobrados na sua prova são muito grandes, pois as bancas adoram novidades! 
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a estrada com pedágio pode estar baseado no montante total fixo de receita a 
ser gerado a partir de pedágios cobrados cumulativos. No caso em que a receita 
foi estabelecida como o fator limitante predominante no contrato para a 
utilização do ativo intangível, a receita que será gerada pode ser a base 
adequada para a amortização do ativo intangível, desde que o contrato 
especifique o valor fixo total da receita a ser gerado sobre o qual a amortização 
deve ser determinada. 
 
1.5.3. Valor Residual 
Deve-se presumir que o valor residual de ativo intangível com vida útil 
definida é zero, a não ser que: 
a) Haja compromisso de terceiros para comprar o ativo ao final da sua 
vida útil; ou 
b) Exista mercado ativo para ele e: 
a. O valor residual seja determinável em relação a esse mercado; 
e 
b. Seja provável que esse mercado continuará a existir ao final 
da vida útil do ativo. 
 
1.6. Divulgação 
A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de 
ativos intangíveis, fazendo a distinção entre ativos intangíveis gerados 
internamente e outros ativos intangíveis: 
a) Com vida útil indefinida ou definida e, se definida, os prazos de vida útil 
ou as taxas de amortização utilizados; 
b) Os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida 
útil definida; 
c) O valor contábil bruto e eventual amortização acumulada (mais as 
perdas acumuladas no valor recuperável) no início e no final do período; 
d) A rubricada demonstração do resultado em que qualquer amortização 
de ativo intangível for incluída; 
e) A conciliação do valor contábil no início e no final do período, 
demonstrando: 
a. Adições, indicando separadamente as que foram geradas por 
desenvolvimento interno e as adquiridas, bem como as adquiridas 
por meio de uma combinação de negócios; 
b. Ativos classificados como mantidos para venda e outras baixas; 
c. Aumentos ou reduções durante o período, decorrentes de 
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reavaliações e perda por desvalorização, reconhecida ou revertida 
diretamente no patrimônio líquido; 
d. Provisões para perdas de ativos, reconhecidas no resultado do 
período; 
e. Reversão de perda por desvalorização de ativos, apropriada ao 
resultado do período; 
f. Qualquer amortização reconhecida no período; 
g. Variações cambiais líquidas geradas pela conversão das 
demonstrações contábeis para a moeda de apresentação e de 
operações no exterior para a moeda de apresentação da entidade; 
e 
h. Outras alterações no valor contábil durante o período. 
 
 
Bom, aqui terminamos a parte teórica da nossa Aula 03. Nesta aula, 
falamos sobre os principais aspectos dos Ativos Intangíveis, com foco especial 
nas normas disciplinadas pelo CPC 04 (Resolução CFC nº 1.303/2010). 
Seguimos agora para a segunda parte da nossa aula, com os exercícios 
comentados de provas anteriores. Ao longo da resolução, você verá que várias 
questões possuem o mesmo formato, alterando-se apenas os valores. Mesmo 
tendo o mesmo formato, fizemos questão de incluir todas as questões de 2015 
na nossa aula, para que você note isso por si próprio. 
E não se esqueça, se ficar com qualquer dúvida sobre nossa aula, não 
deixe de enviar seu questionamento por meio do fórum do nosso curso. Caso 
tenha sugestões para melhorar o nosso curso, elas também são muito bem-
vindas. 
Força e Fé, que o sucesso é certo! 
Bons estudos!  
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2. Questões Comentadas 
7- (FCC / INFRAERO - Auditor / 2011) São classificados no Ativo 
Intangível, de acordo com as atuais Normas de Contabilidade, 
a) as despesas pré-operacionais. 
b) os gastos com pesquisa de novos produtos. 
c) os gastos com reorganização societária. 
d) os empréstimos concedidos a sociedades coligadas. 
e) as marcas e patentes adquiridas de terceiros. 
Resolução: 
 Analisando cada uma das assertivas, temos: 
a) as despesas pré-operacionais. São considerados gastos para gerar benefícios 
econômicos futuros à entidade, sem a aquisição ou criação de ativo intangível, 
devendo ser contabilizados como despesas. Incorreta 
b) os gastos com pesquisa de novos produtos. São contabilizados como 
despesas. Incorreta 
c) os gastos com reorganização societária. São considerados gastos para gerar 
benefícios econômicos futuros à entidade, sem a aquisição ou criação de ativo 
intangível, devendo ser contabilizados como despesas. Incorreta 
d) os empréstimos concedidos a sociedades coligadas. São contabilizados no 
ANC Realizável a Longo Prazo, independentemente do prazo de realização. 
Incorreta 
e) as marcas e patentes adquiridas de terceiros. Correta 
Gabarito: E 
 
8- (FCC / TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Contabilidade / 
2010) Devem ser classificados no Ativo Intangível, de acordo com a legislação 
vigente: 
a) máquinas e equipamentos. 
b) benfeitorias em imóvel de terceiros. 
c) despesas pré-operacionais. 
d) gastos com pesquisas de produtos. 
e) marcas e patentes. 
Resolução: 
 Conforme vimos anteriormente, os itens das assertivas são classificados 
da seguinte maneira: 
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a) máquinas e equipamentos. Ativo Imobilizado. Incorreta 
b) benfeitorias em imóvel de terceiros. Ativo Imobilizado. Incorreta 
c) despesas pré-operacionais. Despesas. Incorreta 
d) gastos com pesquisas de produtos. Despesas. Incorreta 
e) marcas e patentes. Ativo Intangível. Correta 
Gabarito: E 
 
9- (FCC / TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Contabilidade / 
2010) Devem ser classificados no Ativo Intangível, de acordo com a legislação 
vigente, sem possibilidade de amortização 
a) os imóveis de renda. 
b) os gastos com pesquisas de produtos. 
c) as despesas pré-operacionais. 
d) as benfeitorias em imóvel de terceiros. 
e) o ágio pago por rentabilidade futura (goodwill). 
Resolução: 
 Novamente, vamos analisar a classificação de cada item das assertivas: 
a) os imóveis de renda. Ativo Investimentos. Incorreta 
b) os gastos com pesquisas de produtos. Despesas. Incorreta 
c) as despesas pré-operacionais. Despesas. Incorreta 
d) as benfeitorias em imóvel de terceiros. Ativo Imobilizado. Incorreta 
e) o ágio pago por rentabilidade futura (goodwill). Ativo Intangível. Correta 
Gabarito: E 
 
10- (FCC / TRF - 1ª REGIÃO - Contador / 2011) Os direitos obtidos por 
uma empresa relacionados à exploração de recursos minerais são classificados, 
no balanço, 
a) como item do Ativo Intangível. 
b) em conta do Imobilizado como propriedade de terceiros. 
c) em conta de Despesa Diferida pelos gastos de instalação. 
d) como item de Resultado de Exercício Futuro. 
e) obrigatoriamente, como item dedutível do Passivo assumido na concessão. 
Resolução: 
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Os direitos obtidos por uma empresa relacionados à exploração de 
recursos minerais são bens incorpóreos destinados à manutenção das 
atividades da empresa, devendo ser classificados, no balanço, no Ativo 
Intangível. 
Gabarito: A 
 
11- (FCC / TRE-RO - Analista Judiciário - Contabilidade / 2013) No 
reconhecimento inicial, o custo de ativo intangível adquirido separadamente 
inclui 
a) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente. 
b) custos de transferência da atividade para nova categoria de clientes. 
c) custos administrativos. 
d) impostos recuperáveis sobre compra. 
e) custos na introdução de novo produto ou serviço. 
Resolução: 
 De acordo com o CPC 04, o custo de ativo intangível adquirido 
separadamente inclui: 
Preço de Aquisição 
(–) Descontos Incondicionais Concedidos 
(–) Abatimentos 
(+) Impostos de importação 
(+) Impostos não recuperáveis 
(+) Custos diretamente atribuíveis à preparação do ativo para a 
finalidade proposta (benefícios a empregados, honorários 
profissionais, testes etc.) 
 Desta feita, podemos observar que nossa resposta é a letra A. Contudo, 
vamos verificar o que a norma estabelece que não deve ser incluído no valor 
contábil do ativo intangível: 
 Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo 
propaganda e atividades promocionais); (Eliminamos a letra E) 
 Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova 
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); (Eliminamos 
a letra B) 
 Custos administrativos e outros custos indiretos; (Eliminamos a 
letra C) 
 Custos incorridos durante o período em que um ativo capaz de operar 
nas condições operacionais pretendidas pela administração não é 
utilizado; e 
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www.exponencialconcursos.com.br Prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a 
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida. 
Além dos citados expressamente na norma, os impostos recuperáveis 
sobre a compra também não integram o valor do custo de aquisição do ativo, 
pois são reconhecidos diretamente no AC da entidade, na conta Impostos a 
Recuperar. (Eliminamos a letra D) 
Gabarito: A 
 
12- (FCC / MANAUSPREV - Analista - Contabilidade / 2015) Considere 
os elementos patrimoniais de uma sociedade anônima de capital aberto em 
31/12/2014: 
I. Direito de uso de uma marca por um período de 10 anos. 
II. Participação permanente em outras empresas, sem detenção do controle 
acionário e sem influência significativa na administração. 
III. Equipamentos adquiridos para revenda em conformidade com suas 
atividades e ciclo operacionais. 
IV. Imóvel onde funciona o setor administrativo da empresa. 
Os itens I, II, III e IV devem ser evidenciados no Balanço Patrimonial de 
31/12/2014, respectivamente, no ativo 
a) intangível, investimentos, imobilizado e imobilizado. 
b) realizável a longo prazo, investimentos, circulante e imobilizado. 
c) intangível, realizável a longo prazo, circulante e imobilizado. 
d) realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e imobilizado. 
e) intangível, investimentos, circulante e imobilizado. 
Resolução: 
 Analisando-se a classificação de cada um dos itens, temos: 
I. Direito de uso de uma marca por um período de 10 anos. Bens incorpóreos 
destinados à manutenção das atividades da empresa devem ser classificados no 
Ativo Intangível. (Eliminamos as letras B e D) 
II. Participação permanente em outras empresas, sem detenção do controle 
acionário e sem influência significativa na administração. As participações 
permanentes em outras empresas, independentemente de a investida ser 
ou não controlada ou coligada da investidora, deve ser classificada no Ativo 
Investimentos. (Eliminamos a letra C) 
III. Equipamentos adquiridos para revenda em conformidade com suas 
atividades e ciclo operacionais. Bens adquiridos para revenda são classificados 
como Estoques, no Ativo Circulante. (Eliminamos a letra A) 
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IV. Imóvel onde funciona o setor administrativo da empresa. Bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da empresa devem ser classificados no 
Ativo Imobilizado. (Confirmamos a letra E) 
Gabarito: E 
 
13- (FCC / MPE-AM - Contador / 2013) Um Ativo Intangível, com vida útil 
indefinida, deve ser mensurado pelo valor 
a) do custo corrente e não sofre depreciação. 
b) do custo histórico, menos a amortização acumulada. 
c) do custo histórico, menos a eventual perda acumulada por redução ao valor 
recuperável. 
d) justo e está sujeito, também, ao teste de redução ao valor recuperável. 
e) do custo histórico, menos a amortização acumulada e está sujeito, também, 
ao teste de redução ao valor recuperável. 
Resolução: 
 Inicialmente, vamos recordar os conceitos das bases de mensuração 
citadas na questão: 
 Custo histórico, para os ativos, é o valor pago ou a ser pago em caixa 
ou equivalentes de caixa na data da aquisição do bem, ou seja, é o 
custo de aquisição do bem; 
 Custo corrente é o valor do bem na data das demonstrações; e 
 Valor Justo é o valor pelo qual o é negociado entre partes 
conhecedoras, dispostas a isso e em uma transação sem 
favorecimentos. 
Desta feita, verificamos que um ativo intangível deve ser mensurado pelo 
custo histórico (custo de aquisição). (Eliminamos as letras A e D) 
 Continuando, sabemos que que um ativo intangível com vida útil 
indefinida não deve ser amortizado. (Eliminamos as letras B e E) 
Por fim, de acordo com o CPC 01 (Redução ao Valor Recuperável), a 
entidade deve testar a perda de valor dos ativos intangíveis com vida útil 
indefinida, comparando o seu valor recuperável com o seu valor contábil 
anualmente e sempre que existam indícios de que o ativo intangível pode ter 
perdido valor. (Confirmamos a letra C) 
Gabarito: C 
 
14- (FCC / TRT - 13ª Região (PB) - Analista Judiciário - Contabilidade 
/ 2014) Um ativo intangível adquirido com vida útil indefinida (por exemplo, 
Direito Autoral), é mensurado inicialmente pelo 
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a) custo, devendo ser amortizado ao longo da vida útil e estando sujeito ao 
teste de recuperabilidade de custo (“impairment”) anualmente e sempre que 
existirem indícios de que o ativo intangível possa ter perdido valor. 
b) custo, não devendo ser amortizado ao longo da vida útil, mas estando sujeito 
ao teste de recuperabilidade de custo (“impairment”) anualmente e sempre que 
existirem indícios de que o ativo intangível possa ter perdido valor. 
c) valor justo, devendo ser amortizado ao longo da vida útil e estando sujeito 
ao teste de recuperabilidade de custo (“impairment”) anualmente e sempre que 
existirem indícios de que o ativo intangível possa ter perdido valor. 
d) valor justo, não devendo ser amortizado ao longo da vida útil e não estando 
sujeito ao teste de recuperabilidade de custo (“impairment”). 
e) custo, não devendo ser amortizado ao longo da vida útil e não estando sujeito 
ao teste de recuperabilidade de custo (“impairment”). 
Resolução: 
 Inicialmente, sabemos que um ativo intangível deve ser mensurado 
inicialmente pelo custo de aquisição. (Eliminamos as letras C e D) 
 Continuando, sabemos que que um ativo intangível com vida útil 
indefinida não deve ser amortizado, haja vista que sua vida útil não é 
facilmente determinada. (Eliminamos a letra A) 
Por fim, de acordo com o CPC 01 (Redução ao Valor Recuperável), um 
ativo intangível com vida útil indefinida está sujeito ao teste de recuperabilidade 
de custo (“impairment”), no qual a entidade deve comparar o valor recuperável 
com o valor contábil, anualmente e sempre que existam indícios de que o 
ativo intangível pode ter perdido valor. (Eliminamos a letra E) 
Gabarito: B 
 
15- (FCC / DPE-RS - Analista - Contabilidade / 2013) Considere as 
seguintes assertivas sobre Ativos Intangíveis: 
I. O custo de um ativo intangível (identificado e separável) adquirido em uma 
combinação de negócios é o seu valor justo na data da aquisição. 
II. Os ativos intangíveis gerados internamente, resultantes da fase de pesquisa, 
devem ser reconhecidos, uma vez que o custo pode ser determinado com 
segurança. 
III. Um ativo intangível com vida útil indefinida deve ser reconhecido 
inicialmente pelo custo, não sofre amortização e está sujeito ao teste de redução 
ao valor recuperável. 
Está correto o que se afirma em 
a) III, apenas. 
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b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
Resolução: 
 Analisando-se a classificação de cada um dos itens, temos: 
I. O custo de um ativo intangível (identificado e separável) adquirido em uma 
combinação de negócios é o seu valor justo na data da aquisição. De acordo 
com o CPC 04, se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de 
negócios, o seu custo deve ser o valor justo na data de aquisição. Correta 
(Eliminamos as letras A e D) 
II. Os ativos intangíveis gerados internamente, resultantes da fase de pesquisa, 
devem ser reconhecidos, uma vez que o custo pode ser determinado com 
segurança. Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser 
reconhecido, haja vista que, durante a fase de pesquisade projeto interno, a 
entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará 
prováveis benefícios econômicos futuros. Incorreta (Eliminamos as letras B e 
E) 
III. Um ativo intangível com vida útil indefinida deve ser reconhecido 
inicialmente pelo custo, não sofre amortização e está sujeito ao teste de redução 
ao valor recuperável. Correta (Confirmamos a letra C) 
Gabarito: C 
 
16- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária / 
2013) A Empresa GAMA S.A. incorreu, durante o exercício social de 2012, em 
gastos com 
I. atividades pré-operacionais e treinamento de pessoal. 
II. aquisição de softwares, licenças e franquias. 
III. aquisição de marcas, patentes e direitos de propriedade. 
IV. publicidade e reorganização da sociedade. 
Com base na Resolução no 1.303/2010 do CFC, enquadram-se na definição de 
Ativo Intangível e podem ser reconhecidos no Balanço Patrimonial de uma 
empresa os gastos relacionados em : 
a) I, II, III e IV. 
b) I, III e IV, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) II e IV, apenas. 
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e) III e IV, apenas 
Resolução: 
 Analisando-se a classificação dos itens apresentados no enunciado, 
temos: 
I. atividades pré-operacionais e treinamento de pessoal => despesas 
II. aquisição de softwares, licenças e franquias => Ativo Intangível 
III. aquisição de marcas, patentes e direitos de propriedade. => Ativo 
Intangível 
IV. publicidade e reorganização da sociedade. => despesas 
Desta feita, com base na Resolução no 1.303/2010 do CFC, enquadram-
se na definição de Ativo Intangível e podem ser reconhecidos no Balanço 
Patrimonial de uma empresa somente os itens II e III. 
Gabarito: C 
 
17- (FCC / TJ-PE - Analista Judiciário - Contabilidade / 2012) Observe 
os elementos patrimoniais listados a seguir: 
I. Assinaturas de revistas pagas antecipadamente por um período de 18 meses. 
II. Prédio utilizado pela educação superior. 
III. Participações permanentes em empresas controladas pelo governo federal. 
IV. Computadores a serem distribuídos para famílias de baixa renda. 
V. Softwares utilizados para acompanhamento do atendimento aos usuários do 
Sistema Único de Saúde. 
São classificados, respectivamente, como ativo imobilizado e ativo intangível os 
itens 
a) I e IV. 
b) II e III. 
c) II e V. 
d) III e I. 
e) IV e V. 
Resolução: 
 Novamente, analisando-se a classificação dos itens apresentados no 
enunciado, temos: 
I. Assinaturas de revistas pagas antecipadamente por um período de 18 meses 
=> Ativo Circulante 
II. Prédio utilizado pela educação superior => Ativo Imobilizado 
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III. Participações permanentes em empresas controladas pelo governo federal 
=> Ativo Investimentos 
IV. Computadores a serem distribuídos para famílias de baixa renda => como 
não são destinados ao uso, não devem ser classificados no ativo imobilizado, 
devendo ser registrados nos Estoques, ou seja, no Ativo Circulante 
V. Softwares utilizados para acompanhamento do atendimento aos usuários do 
Sistema Único de Saúde. => Ativo Intangível 
Assim, são classificados, respectivamente, como ativo imobilizado e 
ativo intangível os itens II e V. 
Gabarito: C 
 
18- (FCC / TRF - 2ª REGIÃO - Contador / 2012) É um dispêndio que pode 
ser classificado no Ativo Intangível, de acordo com as atuais normas brasileiras 
de contabilidade: 
a) Gastos com pesquisas de produtos, porque a entidade pode demonstrar que 
serão gerados benefícios econômicos futuros. 
b) Benfeitorias em imóvel de terceiros, desde que haja cláusula de não 
devolução das mesmas à entidade no fim do contrato de aluguel. 
c) Despesas pré-operacionais. 
d) Gastos com remanejamento ou reorganização, total ou parcial, da entidade. 
e) Gastos com o desenvolvimento de produtos, desde que a entidade demonstre 
que gerarão prováveis benefícios econômicos futuros. 
Resolução: 
 Analisando-se cada uma das assertivas, temos: 
a) Gastos com pesquisas de produtos, porque a entidade pode demonstrar que 
serão gerados benefícios econômicos futuros. Nenhum ativo intangível 
resultante de pesquisa deve ser reconhecido, haja vista que, durante a fase 
de pesquisa de projeto interno, a entidade não está apta a demonstrar a 
existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos 
futuros, devendo tais gastos serem reconhecidos como despesa. Incorreta 
b) Benfeitorias em imóvel de terceiros, desde que haja cláusula de não 
devolução das mesmas à entidade no fim do contrato de aluguel. De acordo 
com o CPC 27 (Ativo Imobilizado), as benfeitorias em imóveis de terceiros são 
reconhecidas como ativo imobilizado porque permitem à entidade obter 
benefícios econômicos futuros. Incorreta 
c) Despesas pré-operacionais. São considerados gastos para gerar benefícios 
econômicos futuros à entidade, sem a aquisição ou criação de ativo intangível, 
devendo ser contabilizados como despesas. Incorreta 
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d) Gastos com remanejamento ou reorganização, total ou parcial, da entidade. 
Também são gastos para gerar benefícios econômicos futuros à entidade, sem 
a aquisição ou criação de ativo intangível, devendo ser contabilizados como 
despesas. Incorreta 
e) Gastos com o desenvolvimento de produtos, desde que a entidade demonstre 
que gerarão prováveis benefícios econômicos futuros. Os gastos incorridos na 
fase de desenvolvimento de um ativo podem ser reconhecidos como ativo 
intangível desde que a entidade possa demonstrar, entre outras coisas, a 
forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros. 
Correta 
Gabarito: E 
 
19- (FCC / TCM-RJ - Auditor / 2015) Uma empresa apresentava em seu 
Balanço Patrimonial de 31/12/2012 um ativo intangível com vida útil indefinida 
registrado pelo valor contábil de R$ 20.000.000,00, o qual era composto pelos 
seguintes valores: 
− Custo de aquisição: R$ 24.000.000,00. 
− Perda por desvalorização (“impairment"): R$ 4.000.000,00. 
Em 31/12/2013 a empresa realizou novamente o teste de recuperabilidade 
(“impairment") para este ativo intangível e obteve as seguintes informações: 
− Valor em uso do intangível: R$ 21.000.000,00. 
− Valor justo líquido das despesas de venda do intangível: R$ 19.000.000,00. 
Nas demonstrações contábeis do ano de 2013, a empresa 
a) manteve o valor contábil de R$ 20.000.000,00 no Balanço Patrimonial de 
31/12/2013. 
b) reconheceu, no resultado do ano de 2013, um ganho no valor de R$ 
1.000.000,00 decorrente da reversão de parte da perda por desvalorização. 
c) reconheceu uma perda por desvalorização, no resultado do ano de 2013, no 
valor de R$ 1.000.000,00. 
d) reconheceu, no resultado do ano de 2013, um ganho no valor de R$ 
4.000.000,00 decorrente da reversão da perda por desvalorização anterior. 
e) reconheceu, no resultado do ano de 2013, uma perda por desvalorização no 
valor de R$ 3.000.000,00. 
Resolução: 
 Pelas informações do enunciado, verificamos as seguintes informações 
importantes: 
 Valor Contábil em 31/12/2012: R$ 20.000.000,00 
 Valor em Uso em 31/12/2013: R$ 21.000.000,00 
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 Valor Justo em 31/12/2013: R$ 19.000.000,00 
Sabemos queo teste de recuperabilidade consiste em verificar se os 
valores contábeis pelos quais seus ativos se encontram registrados condizem 
o valor recuperável do mercado, o qual é definido como o maior montante 
entre o valor justo líquido da despesa de venda e o valor em uso. Sendo 
assim, temos que: 
Valor em uso > Valor justo líquido da despesa de venda, então: 
Valor recuperável = Valor em uso 
Valor recuperável = R$ 21.000.000,00 
Como o valor contábil registrado para esse ativo é de R$ 
20.000.000,00, ou seja, inferior ao valor recuperável, nenhuma perda deve 
ser reconhecida. 
Contudo, como existe uma perda por desvalorização (“impairment") 
reconhecida anteriormente, no valor de R$ 4.000.000,00, o valor contábil do 
ativo deve ser aumentado, a título de reversão de perda por desvalorização, 
a qual não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido 
de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por 
desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores (valor 
contábil “original”), ou seja, R$ 24.000.000,00, neste caso. 
 Assim, o valor contábil do ativo em 31/12/2013, após do teste de 
recuperabilidade, é o seguinte: 
Custo de aquisição R$ 24.000.000,00 
(–) Perda por desvalorização (R$ 4.000.000,00) 
(+) Reversão da perda por desvalorização R$ 1.000.000,00 
(=) Valor contábil R$ 21.000.000,00 
 Desta feita, a empresa reconheceu, no resultado do ano de 2013, um 
ganho no valor de R$ 1.000.000,00 decorrente da reversão de parte da perda 
por desvalorização. 
Gabarito: B 
 
20- (FCC / TCE-CE - Analista de Controle Externo / 2015) A empresa 
Marcas Diversas S.A. apresentava em 31/12/2014 o saldo de R$ 3.500.000,00 
na conta Intangíveis, correspondente a uma patente adquirida no passado. A 
composição deste saldo era a seguinte: 
− Custo de aquisição: R$ 5.000.000,00. 
− Amortização acumulada até 31/12/2014: R$ 1.500.000,00. 
Para a elaboração do Balanço Patrimonial de 31/12/2014, a empresa realizou o 
teste de recuperabilidade (“impairment”) para esta patente e obteve as 
seguintes informações: 
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− Valor em uso da patente: R$ 3.600.000,00. 
− Valor justo líquido de despesas de venda: R$ 3.000.000,00. 
Com base nestas informações, o valor contábil apresentado para este ativo 
(patente) no Balanço Patrimonial da empresa Marcas Diversas S.A. em 
31/12/2014 foi, em reais, 
a) 3.600.000,00. 
b) 3.000.000,00. 
c) 5.000.000,00. 
d) 0,00 (a patente não deve ser registrada por ser intangível). 
e) 3.500.000,00. 
Resolução: 
 Pelas informações do enunciado, verificamos as seguintes informações 
importantes: 
 Valor Contábil em 31/12/2014: R$ 3.500.000,00 
 Valor em Uso em 31/12/2014: R$ 3.600.000,00 
 Valor Justo em 31/12/2014: R$ 3.000.000,00 
No teste de recuperabilidade realizado em 31/12/2014, apurou-se o 
valor recuperável (maior montante entre o valor justo líquido da despesa 
de venda e o valor em uso) de R$ 3.600.000,00 (Valor em uso). 
Como o valor contábil registrado para esse ativo é de R$ 
3.500.000,00, ou seja, inferior ao valor recuperável, nenhum registro contábil 
deverá ser feito, pois os ativos só devem ser ajustados quando a entidade 
constate que há ativos registrados por valores superiores àqueles 
economicamente recuperáveis. 
 Assim, o valor contábil do ativo em 31/12/2014, após do teste de 
recuperabilidade, permanecerá o mesmo, isto é, R$ 3.500.000,00. 
Gabarito: E 
 
21- (FCC / DPE-RR - Contador / 2015) Um ativo intangível foi adquirido 
em separado por uma empresa pelo valor de R$ 30.000.000,00 em 31/12/2012, 
apresentando características que permitem identificá-lo como de vida útil 
indefinida. Em 31/12/2013, a empresa contabilizou uma perda por 
desvalorização (impairment) no valor de R$ 2.000.000,00 para este ativo. 
Para a elaboração do Balanço Patrimonial de 31/12/2014, a empresa realizou 
novamente o teste de recuperabilidade (impairment) e, para isto, obteve os 
seguintes valores para o ativo intangível: 
− Valor em uso do ativo .............................................. R$ 29.000.000,00. 
− Valor justo líquido de despesas de venda do ativo ......... R$ 25.000.000,00. 
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Sabendo que o ativo intangível continuava com a característica de vida útil 
indefinida em 31/12/2014 e que durante 2014 o seu valor contábil não sofreu 
alterações, nas demonstrações contábeis do ano de 2014, a empresa deveria 
a) reconhecer, no resultado do ano, um ganho no valor de R$ 1.000.000,00 
decorrente da reversão da perda por desvalorização. 
b) manter o valor contábil de R$ 28.000.000,00 no balanço patrimonial de 
31/12/2014. 
c) reconhecer uma perda por desvalorização, no valor de R$ 3.000.000,00, no 
resultado do ano. 
d) reconhecer, no resultado do ano, um ganho no valor de R$ 2.000.000,00 
decorrente da reversão da perda por desvalorização. 
e) reconhecer, no resultado do ano, uma perda por desvalorização no valor de 
R$ 5.000.000,00. 
Resolução: 
 Pelas informações do enunciado, verificamos que o valor contábil do ativo 
em 31/12/2013 é o seguinte: 
Custo de aquisição R$ 30.000.000,00 
(–) Perda por desvalorização (R$ 2.000.000,00) 
(=) Valor contábil R$ 28.000.000,00 
 Em 31/12/2014, a empresa realizou novo teste de recuperabilidade, no 
qual obteve os seguintes resultados: 
 Valor em Uso em 31/12/2014: R$ 29.000.000,00 
 Valor Justo em 31/12/2014: R$ 25.000.000,00 
Como base nesses valores, verificamos que o valor recuperável do ativo 
em 31/12/2014 (maior entre os dois valores acima) é de R$ 
29.000.000,00 (Valor em uso). 
Como o valor contábil registrado para esse ativo, na mesma data do teste, 
é de R$ 28.000.000,00, ou seja, inferior ao valor recuperável, nenhuma perda 
deve ser reconhecida. 
Contudo, como existe uma perda por desvalorização (“impairment") 
reconhecida anteriormente, no valor de R$ 2.000.000,00, o valor contábil do 
ativo deve ser aumentado, a título de reversão de perda por desvalorização, 
a qual não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido 
de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por 
desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores (valor 
contábil “original”), ou seja, R$ 30.000.000,00, neste caso. 
 Assim, o valor contábil do ativo em 31/12/2014, após do teste de 
recuperabilidade, é o seguinte: 
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Custo de aquisição R$ 30.000.000,00 
(–) Perda por desvalorização (R$ 2.000.000,00) 
(+) Reversão da perda por desvalorização R$ 1.000.000,00 
(=) Valor contábil R$ 29.000.000,00 
 Desta feita, a empresa reconheceu, no resultado do ano de 2014, um 
ganho no valor de R$ 1.000.000,00 decorrente da reversão de parte da perda 
por desvalorização. 
Gabarito: A 
 
22- (FCC / TCM-GO - Auditor de Controle Externo / 2015) Uma empresa 
é proprietária de um ativo intangível de vida útil indefinida que foi apresentado 
no balanço patrimonial de 31/12/2013 pelo valor contábil de R$ 1.200.000,00, 
composto pelos seguintes valores: 
- Custo de aquisição: R$ 1.680.000,00. 
- Perda por desvalorização (“impairment"): R$ 480.000,00. 
Para a apresentação do Balanço Patrimonial de 31/12/2014, a empresa realizou 
novamente o teste de recuperabilidade

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