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Doenças Imunológicas Lúpus Eritematoso Sistêmico Doenças autoimunes → As doenças auto-imunes são um tipo de desordem imunológica e sua característica reside no fato da diminuição da tolerância aos componentes do próprio organismo, devido a uma alteração no processo de diferenciação de antígenos externos e os do próprio organismo. → Esta doença tem origem na relação entre fatores externos (ambientais) e fatores intrínsecos do organismo, como predisposição genética, alterações nos níveis hormonais e, baixo controle imuno-regulatório. → O próprio corpo produz anticorpos para combater as próprias células → Doença crônica – não tem cura → PREVALÊNCIA: Acomete cerca de 5 a 8% da população → TIPOS: Existem cerca de 30 tipos de doenças autoimunes, sendo que cada uma delas possui sintomas específicos, afetando órgãos distintos, como por exemplo: ⦁ Diabetes mellitus tipo 1; ⦁ Lúpus eritematoso sistêmico; ⦁ Artrite Reumatóide; ⦁ Doença de Crohn; ⦁ Esclerose Múltipla; ⦁ Tireoidite de Hashimoto; ⦁ Vitiligo; ⦁ Psoríase; ⦁ Doença celíaca; → CAUSAS DAS DOENÇAS AUTOIMUNES ⦁ Intolerância alimentar ⦁ Vivência emocional traumática ⦁ Microrganismos da flora intestinal ⦁ Hipermeabilidade da mucosa intestinal ⦁ Reactividade a metais ↳ Todos estes podem ativar a doença Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) → É uma doença inflamatória crônica que acomete múltiplos órgãos ou sistemas, e acomete principalmente mulheres jovens → Tem etiologia multifatorial ↳ A interação da predisposição genética e diversos fatores, como os hormonais, ambientais e infecciosos, levam à perda da tolerância imunológica (está sempre imunodeprimido) e à produção de anticorpos dirigidos principalmente contra antígenos nucleares, alguns dos quais participam da lesão tecidual imunologicamente mediada → Evolui cronicamente, com fases de exacerbações e períodos de remissões → PREVALÊNCIA DE LÚPUS ↳ Mais comum em mulheres na idade fértil devido ao hormônio estrogênio que está associado ⦁ Podendo chegar 1 a cada 700 mulheres em idade fértil Manifestações clínicas → Entre os períodos de atividade e de remissão, os pacientes podem ficar assintomáticos ou pouco sintomáticos → O comprometimento de diversos órgãos ou sistemas pode acontecer de forma simultânea ou sequencial → FASE ATIVA ⦁ Mal estar ⦁ Fadiga – queixa frequente e inespecífica ⦁ Perda de peso – geralmente é leve, mas em alguns casos pode ser bastante acentuada, levando à caquexia lúpica ⦁ Febre – pode ser baixa e contínua ou alta e em picos, e deve ser diferenciada de infecção intercorrente → A possibilidade de coexistência de fibromialgia deve ser lembrada em pacientes com lúpus e queixa de fadiga e dor difusa na ausência de outras manifestações clínicas e alterações sorológicas → MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS ⦁ Lesão em asa de borboleta ou vespertílio (50% a 60%) – é caracterizada por ter início agudo, ser eritematosa, com localização em regiões malares e dorso do nariz ⦁ Lesão discóide ⦁ Fotossensibilidade – tem ocorrência variada (40% a 60%) ↳ Cerca de 30% a 40% das pessoas que têm a doença apresentam maior sensibilidade aos UV que, muitas vezes, geram o surgimento de novas lesões na pele e crises de atividade do lúpus (o sol, nesse caso, funciona como gatilho) ⦁ Basta notar que quando o paciente fica exposto à luz solar por horas seguidas e sem proteção, sua pele fica avermelhada (no rosto, são visíveis lesões com o formato de asa de borboleta) ⦁ Isso ocorre porque o sol promove uma reação imunológica no organismo que desencadeia os sintomas. Comprometimentos ⦁ Cutâneo – prevalência de 85% ⦁ Articular, mialgia – prevalência de 90% ⦁ Hematológico (leucopenia e linfopenia) – prevalência de 100% nos pacientes ⦁ Renal (proteinúria – IR) – indivíduos com LES frequentemente desenvolvem insuficiência renal ⦁ Neurológico – ex: depressão ⦁ Pulmonar ⦁ Cardíaco (aterosclerose) ⦁ Vascular ⦁ Linfonodos ⦁ Digestório (hepatomegalia, pancreatite e outros) ⦁ Ocular (conjuntivite) ⦁ Alterações endócrinas (menopausa precoce) Patogenia → Interação entre os genes e/ou polimorfismos + desencadeadores externos/ambientais (ex: radiação UV) ↳ Fatores ambientais incluem: estresse extremo, exposição à luz UV, tabagismo, infecções, administração de certos medicamentos (alguns antidepressivos e antibióticos), fatores hormonais (estrogênio) e o mais atual, a DIETA. → A radiação UV desencadeia a apoptose, entretanto não ocorrerá a remoção adequada destas células apoptóticas (resíduos) → O linfócito reconhece o corpo estranho e ocorre a produção de interferons – produção de anticorpos IgG (marcador crônico) → Polimorfismos: IRF5, STAT4, osteopontina, IRAK1, TREX1 e TLR8, polimorfismos BsmI e FokI Terapia medicamentosa → CORTICOSTERÓIDES: são inflamatórios e imunossupressores ⦁ O uso causa a característica de dislipidemia e aumento de CT e TG também – pode ser observado de 1 a 2 meses de uso ⦁ Além disso, esses medicamentos induzem o aparecimento de outros fatores de risco, como obesidade, HAS, hiperinsulinemia e RI ⦁ O plano alimentar deve ser caracterizado por gorduras que removam essa característica de inflamação – ex: MUFA’s – azeite de oliva extra virgem (100g/dia); PUFA’s – ômega 3 (3g/dia) Terapia nutricional → A dieta auxilia no controle do quadro inflamatório e das complicações da própria terapêutica; minimiza complicações da doença → Pacientes com LES possuem maior risco cardiovascular – maior frequência de condições associadas à aterosclerose, como dislipidemia, DM, SM e obesidade → DIABETES MELLITUS M NO LES ↳ A hiperinsulinemia aumenta o estresse oxidativo, que é considerado um importante mecanismo fisiopatológico para o desenvolvimento da aterosclerose ⦁ Alguns estudos revelam que o DM é significativamente mais comum em pacientes com LES que na população em geral, devido à redução da sensibilidade à insulina, e que aproximadamente 18% a 38% dos pacientes apresentam SM → Autoimunidade e processo inflamatório diretamente relacionados a alterações do perfil lipídico e do metabolismo de lipoproteínas na doença ⦁ Aumenta os níveis de TG e de VLDL, associado a menores níveis de HDL → Alterações lipídicas: doença ativa ou inativa ⦁ São agravadas pelo aumento da atividade inflamatória da doença, o que demonstra que o LES, por si só, promove um perfil de lipoproteínas proaterogênico ⦁ Redução da atividade enzimática da lipase lipoproteica é responsável por determinar uma dislipoproteinemia própria da doença pois esta promove menor catabolismo de lipoproteinas ricas em TG (quilomícrons e VLDL), devido a presença de anticorpos antilipase proteica (anti-LPL) ou por ação do fator α de necrose tumoral TNF-α ↪ RESUMINDO: mulheres com LES apresentam frequentemente alterações em seus exames de sangue, apresentam anticorpos anti-LPL, enzima responsável pelo metabolismo das gorduras ⦁ Como o corpo produz anticorpos contra essa enzima, não haverá a metabolização das gorduras corretamente e isso fará com que elas fiquem aumentadas na circulação sanguínea ⦁ A mulher com LES tem um aumento da LDL (devido aos anticorpos anti-LPL fazendo com que fique aumentada no sangue) e tem inflamação = maior risco de ter ERO’s “inflamando” a LDL alta ⦁ A própria doença causa o processo proaterogênico – cursa com risco aterogênico e o plano alimentar precisa estar adequado Lipídeos → Dieta normolipídica – adequada em PUFA’s (poli) e MUFA’s (mono) ⦁ PUFA’s: suprimem a produção de citocinas pró inflamatórias, proliferação de linfócitos, atividade de células T citotóxicas, citotoxicidade mediada por macrófagos e quimiotaxia de neutrófilos/monócitos → Reduzir gorduras saturadas e aumentar as poliinsaturadas ↳ Ômega 3 – antiinflamatório e anti autoimune;a dose não deve ser alta para que não suprima o sistema imunológico inato ↳ Ômega 6 – desencorajar o consumo pois já é consumido em grande quantidade, e isso em excesso pode causar desequilíbrio, agravando a situação → A suplementação com óleo de prímula pode aumentar a sobrevida em camundongos, provavelmente devido ao conteúdo de GLA (19%), do qual a prostaglandina E1 (PGE1) (anti-inflamatória e redutora da atividade linfocitária) é formada → ÔMEGAS – AÇÃO NO PROCESSO INFLAMATÓRIO: eicosanóides mediadores inflamatórios (que modulam a resposta inflamatória) de origem lipídica ↳ Sintetizados a partir de ácidos graxos ômega-6, como o ácido araquidônico (AA) ou ácidos graxos ômega-3 como EPA e DHA ⦁ Vias enzimáticas = (cicloxigenase e lipoxigenase) – para ambos ácidos graxos (competição) – eicosanóides ⦁ O AA é precursor de eicosanóides como a prostaglandina E2 (PGE2), leucotrieno B4 (LTB4), tromboxano 2 (TX2) e fator de agregação de plaquetas (PAF). ↳ Esses mediadores apresentam maior potencial inflamatório quando comparados com os eicosanóides sintetizados a partir dos ácidos graxos n-3, como a prostaglandina E3 (PGE3), leucotrieno B5 (LTB5) e tromboxano 3 (TX3). ⦁ Quem consome maior quantidade de W3, a membrana celular é mais maleável, evitando a arteriosclerose (enrijecimento da artéria) ⦁ Linhagem 2: resposta inflamatória mais elevada ⦁ Linhagem 3: resposta inflamatória mais atenuada – não é exagerada a ponto de causar uma inflamação que faça mal ao organismo → PUFA’s OU ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS ↳ W3 – estudo com pacientes com nefrite lúpica suplementados com óleo de peixe (180 mg de EPA e 120 mg de DHA) mostrou redução do ácido araquidônico, do estado inflamatório e da agregação plaquetária, bem como da viscosidade sanguínea ⦁ Por reduzir a viscosidade sanguínea, e, portanto, deixar o sangue mais fluído e podendo diminuir a PA, é contraindicado em processos cirúrgicos e deve ser suspenso por 15 dias por este motivo de diminuir a PA, podendo levar à uma hemorragia ⦁ Os eicosanóides provenientes do metabolismo dos AG ômega-3 resultam em resposta inflamatória atenuada, capaz de inibir a resposta inflamatória aguda, induzida ou agravada por eicosanóides derivados do metabolismo dos ácidos graxos ômega-6. ↳ Linhaça: também pode inibir o fator de ativação plaquetária, comumente elevado na resposta inflamatória de pacientes com LES ⦁ O consumo deve ser feito em sua forma integral; a dosagem de 30 g/dia mostrou-se benéfica na redução da creatinina sérica em pacientes com nefrite lúpica, além de promover uma redução de 11% dos níveis de colesterol total e de 12% de LDL. → W6 – gordura relacionada com o aumento da resposta inflamatória ⦁ Em condições inflamatórias, há um aumento da síntese de eicosanóides potentes mediadores inflamatórios Proteínas → Dieta hipoproteica – melhora TFG (taxa de filtração glomerular) em lúpicos com DRC e reduz perda mineral óssea. ↳ 0,6g/kg/dia ⦁ O Lúpus afeta o sistema renal (nefrite lúpica), por isso a dieta deve ser hipoproteica – podem perder mais Cálcio → Camundongos alimentados com dieta moderada em proteína apresentaram função imunológica duradoura e retardo no desenvolvimento autoimune em comparação a camundongos com dieta normoproteica → Foi demonstrado também que uma dieta restrita em aminoácidos fenilalanina, tirosina e arginina foi benéfica para camundongos – estes aminoácidos aumentam alguns marcadores inflamatórios → FIBRAS: efeitos benéficos sobre a dislipidemia e marcadores inflamatórios (citocinas e homocisteína) – cereais, vegetais, etc → GELEIA REAL: 2g/dia ↳ Pode ser benéfica pois é imunomoduladora, diminui marcadores inflamatórios e é quase um polivitamínico ⦁ Rica em aminoácidos livres, carboidratos simples, proteínas, ácidos graxos de cadeia curta e vitaminas ⦁ Promove redução do colesterol e apresenta atividades imunomoduladoras e anti-inflamatórias ⦁ A suplementação da geleia real induziu a uma redução dos níveis séricos de IL-10 e aumentou a sobrevida dos camundongos, suprimindo os sintomas causados pela doença ⦁ Composição da geleia real em 100g: ∘ Tiamina (Vitamina B1) - 690.0 mcg ∘ Ác. Pantotênico (Vitamina B5) - 15.453.3 mcg ∘ Piridoxina (Vitamina B6) - 1.833.6 mcg ∘ Biotina - 114.0 mcg ∘ Ác. Fólico - 40.0 mcg ∘ Vitamina B12 - 445.3 mcg ∘ Inositol - 11.000.0 mcg ∘ Acetil Colina - 95.8000.0 mcg ∘ Vitamina C - 8.929.9 mcg ∘ Vitamina A - 349.9 ug ∘ Vitamina D - 66.6 ug ∘ Vitamina E - 1.933.3 ug → TAURINA: 1g/dia ↳ Principal β-aminoácido intracelular livre encontrado nos tecidos dos mamíferos. ⦁ Fonte: ovos, carnes, lula e ostra ⦁ Exerce importante função protetora, além de regular a resposta imunológica, diminui estresse oxidativo, a apoptose, as citocinas inflamatórias e a oxidação lipídica ⦁ Comumente indicada no tratamento de insuficiência miocárdica, em anormalidades hepáticas associadas ao LES e em danos hepáticos de pacientes com hepatite crônica Vitaminas → Antioxidantes – A e E podem trazer efeitos tóxicos se forem usadas em excesso → A preocupação é com o estresse oxidativo = gatilho para a autoimunidade → A supressão das vias de estresse oxidativo, pode reduzir a toxicidade das terapias imunossupressoras, reduzir a atividade da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com LES → VITAMINA A ↳ Os metabólitos da vitamina A, como o ácido retinoico, têm papel antineoplásico, regulador da proliferação celular e de diferenciação ⦁ Possui ainda, efeitos terapêuticos em vários modelos animais de doenças renais, como o da nefrite lúpica ⦁ A dose de 100.000 UI de vitamina A por duas semanas mostrou-se benéfica no aumento da citotoxicidade celular dependente de anticorpo, atividade de célula natural killer e resposta de IL-2. ⦁ Porém, o consumo de doses extremamente altas de vitamina A (> 100.000 UI) pode ser tóxico e resultar em sintomas como anemia, cefaléia, pele seca, alopécia, náusea, anorexia, pseudo-hidrocefalia e morte ⦁ Por sua vez, a deficiência dessa vitamina em modelos experimentais de LES mostrou maior gravidade nos sintomas ⦁ Reduz a fotossensibilidade e efeitos na derme ⦁ Fonte: cenoura, espinafre, fígado, batata doce → VITAMINA D ↳ Pacientes com Lúpus apresentam vários fatores para a diminuição dos níveis de vitamina D (≤ 20 mg⁄mL): ⦁ Intensa fotoproteção desses pacientes ⦁ Relativo hipoparatireoidismo causado pelos altos níveis de IL-6 (principalmente na atividade da doença) ⦁ Uso crônico de esteroides, que altera seu metabolismo levando à formação de metabólitos biologicamente inativos e diminuindo a absorção de cálcio ⦁ Excesso de peso corporal é um importante fator de risco para a deficiência de vitamina D no LES ↪ VDR: receptor de vitamina D ⦁ A suplementação dessa vitamina é apropriada, pois seu melhor indicador [1,25(OH)2D3] desempenha também funções na homeostase de cálcio e na imunorregulação ↳ Se a dose for muito alta, deve-se suplementar vitamina K também pois pode ocorrer calcificação de tecido ⦁ A suplementação com vitamina D3 em camundongos MRL/lpr promoveu longevidade, redução da proteinúria, melhora da saúde óssea e impacto positivo na imunidade ⦁ A vitamina D reduz a atividade da doença e a permeabilidade intestinal ↳ Sem ela, a membrana fica mais permeável e menos íntegra, podendo absorver moléculas estranhas e ativar o sistema imune ⦁ Efeito imunomodulador e homeostase de Cálcio ⦁ Fonte: óleo de peixe, cogumelo, ovos → VITAMINA C: 500mg/dia ↳ Reduz dano celular ⦁ Fonte: frutas cítricas, tomate → VITAMINA B: 1-7mg/dia ↳ Reduz homocisteína (marcador inflamatório) – se este marcador está alto, leva ao processo inflamatório ⦁ Minimiza sintomas do Lúpus ⦁ DiminuiTG e LDL ⦁ Fonte: peixe, fígado, batata, cereais integrais → VITAMINA E: 150-300mg/dia ↳ Atividade antioxidante ⦁ Diminui marcadores inflamatórios e citocinas (IL-6, IL-10, TNF) ⦁ Aumenta a sobrevida ⦁ Fonte: nozes, castanhas, cereais integrais, peixes Minerais → SELÊNIO ⦁ Capacidade antioxidante ⦁ Reduz atividade da doença ⦁ Anti-inflamatório ⦁ Aumenta a atividade da NK ⦁ Fonte: semente de girassol, castanha do Pará, nozes, cereais integrais, ovos → CLORETO DE SÓDIO ⦁ Paciente tem chances de ter SM, então o consumo não deve ser exacerbado ⦁ Fonte: sal, conservas, enlatados, embutidos → ZINCO ⦁ Em excesso, pode ter resposta contrária (pró oxidante) ⦁ Fonte: leite, soja, espinafre, sementes → FERRO ⦁ Prevenção da anemia ⦁ Fonte: moluscos, carnes, sojas, cereais enriquecidos → COBRE ⦁ Possível efeito terapêutico nas doenças inflamatórias ⦁ Fonte: miúdos (fígado), feijão, lentilha Polifenóis → São compostos bioativos que diminuem os marcadores inflamatórios e estresse oxidativo → Flavonóides, flavonas, isoflavonas, melatonina → ISOFLAVONAS ⦁ Reduz produção de marcadores inflamatórios ⦁ Anti-inflamatória e antioxidante ⦁ Diminui proteinúria ⦁ Diminui produção de anticorpos (anti- dsDNA) ⦁ Fonte: soja e derivados, cereais matinais → CURCUMINA ⦁ Diminui proteinúria e pressão arterial ⦁ Diminui resposta de citocinas inflamatórias ⦁ Fontes: cúrcuma → RESVERATROL ⦁ Diminui proteinúria ⦁ Diminui deposição de IgG e IgM no rim ⦁ Fonte: uvas, vinho Estado nutricional dos pacientes com Lúpus → O que mais prevalece nos pacientes com Lúpus é sobrepeso/obesidade – o excesso de peso é um distúrbio frequente durante o seguimento de pacientes com LES → Cursam com maior risco de DM, SM, HAS, além de apresentarem maior depósito de gordura → Desta forma, deve haver mudança no estilo de vida ⦁ Estabelecimento de estratégias, como programas de incentivo: ⦁ Prática de atividade física para redução do peso corporal. ⦁ Aconselhamento nutricional Intervenção dietoterápica → ESTADO NUTRICIONAL: é extremamente importante no equilíbrio do sistema imunológico, e a composição da dieta assume papel fundamental na manutenção da saúde → Uma dieta adequada pode ser um fator essencial para melhorar o prognóstico de doenças imunológicas, além de ajudar na prevenção de infecções e na progressão de doenças cardiovasculares → A forma promissora de abordagem no LES é a DIETOTERAPIA: ⦁ Indicação de alimentação rica em vitaminas, minerais (principalmente antioxidantes) ⦁ Ácidos graxos mono/poli-insaturados ⦁ Moderado consumo energético ↳ Visando à redução dos marcadores inflamatórios e ao auxílio no tratamento dessas comorbidades e das reações adversas aos medicamentos Calorias → Dieta hipocalórica/balanço energético negativo: déficit de 500 a 100kcal/dia (30-40%) – mas pode variar para cada paciente – excessão: paciente com caquexia lúpica → A restrição de calorias na dieta altera a progressão das doenças autoimunes, além de: ⦁ Atenuar o aumento de citocinas Th1 (IL-2 e interferon-gama [IFN-γ]) produzidas em camundongos ⦁ Inibir o desenvolvimento da síndrome linfoproliferativa (doença genética rara causada por um defeito na apoptose de linfócitos), com redução da secreção de IgG 2A (principal anticorpo da nefrite autoimune por depósito renal) ⦁ Inibir o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), o que pode determinar uma diminuição da lesão glomerular de camundongos ⦁ Prolonga o tempo de vida em camundongos → O jejum intermitente pode ser benéfico – as possibilidades devem ser analisadas → Pacientes com Lúpus tem tendência a cursar com R.I – tratar com carboidratos complexos e integrais ↳ Dieta normoglicídica → CALORIAS – RECOMENDAÇÕES INTERNACIONAIS ⦁ National Academy of Sciences ∘ 1.800–2.000 kcal/dia para um adulto eutrófico sedentário ∘ 2.200–2.500 kcal/dia na atividade física mínima. ⦁ Excesso de peso - 86 estudos ↳ US National Institutes of Health ∘ Dieta 1.000–1.200 kcal/dia resulta na perda de 7–13 kg (média de 8%) em 3–6 meses, com redução da gordura abdominal em média de 10cm no período de 6–24 semanas; ↳ Recomendação também mais indicada pela British Nutrition Foundation. ⦁ National Cholesterol Education Program ↳ Déficit de 500–1.000 kcal/dia: ∘ Dieta de 1.000–1.200 kcal/dia para mulheres ∘ 1.200–1.400 kcal/dia para homens. Tratamento medicamentoso → O tratamento farmacológico consiste nos agentes citotóxicos ciclofosfamida e azatioprina ↳ A sua associação com corticosteroides deve ser feita precocemente se houver comprometimento significativo de órgãos, de modo a prevenir ou minimizar o dano irreversível → Os pacientes não podem ficar sem seu imunossupressor
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