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FACULDADE CATHEDRAL 
I-BRAS – INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO, CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GISELE LOPES CAVALCANTE
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO I: UMA ANÁLISE FARMACÊUTICA DOS PACIENTES DO PIAUÍ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TERESINA
2018
FACULDADE CATHEDRAL 
I-BRAS – INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO, CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA 
 
 
 
 
GISELE LOPES CAVALCANTE
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO I: UMA ANÁLISE FARMACÊUTICA DOS PACIENTES DO PIAUÍ 
 
 
Artigo apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Farmacologia Clinica e Prescrição da Faculdade Cathedral/Instituto Brasil de Pós-Graduação, Capacitação e Assessoria.
Orientador: Prof. Rodrigo Gonsalves Lopes
 
 
 
 
TERESINA
2018
GISELE LOPES CAVALCANTE
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO I: UMA ANÁLISE FARMACÊUTICA DOS PACIENTES DO PIAUÍ 
 
 
  
  
 
 
 
Trabalho apresentado para a obtenção do título de Especialista em Farmacologia Clinica e Prescrição, realizado pela Faculdade Cathedral/Instituto Brasil de Pós-Graduação.
Aprovado em ____/____/____ nota--------------
 
Professor Avaliador
Professor Avaliador
TERESINA
2018
PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO I: UMA ANÁLISE FARMACÊUTICA DOS PACIENTES DO PIAUÍ
RESUMO: 
A Diabetes Mellitus consiste em um problema de saúde pública, que acomete milhões de pessoas no Brasil e no mundo. O tipo Diabetes Mellitus 1 é uma patologia predominante autoimune, onde as células ß pancreáticas são destruías progressivamente, resultando na deficiência absoluta de insulina, hormônio responsável pela regulação de glicose no sangue, que se manifestam predominantemente em crianças e adolescentes. Este estudo visa demostrar a análise das características dos portadores de DM1 atendidos pelo componente especializado da assistência farmacêutica (CEAF) do Piauí. A pesquisa foi realizada no CEAF/SESAPI, através de um levantamento de dados feito por de análises de protocolos e cadastros dos portadores de DM1 atendidos neste local no período de janeiro a julho de 2018. O presente estudo, mostrou os portadores de DM1 atendidos pelo CEAF/SESAPI, são predominantemente adolescentes e adultos jovem, provenientes da capital do estado. A pesquisa demostrou, que apenas 37% dos portadores de DM1, estão com bom controle glicêmico, demostrando sinal de alerta. Foi evidenciado que entre as complicações agudas ocasionadas pela DM1, a hipoglicemia foi a mais frequente, em relação as complicações crônicas, 28% já apresentavam os mesmos, sendo a microalbuminúria a de maior ocorrência. As prescrições contidas nos protocolos dos pacientes foram analisadas e verificou-se, que 42% destas, apresentava-se fora das exigências da lei, o que pode atrapalhar o desenvolvimento da terapia farmacológica. Com isso observa-se a importância de se analisar o perfil destes pacientes com DM1, como dado de relevância para a discussão sobre o uso dos medicamentos e insumos adicionais da insulinoterapia, servindo de base para melhorar a atenção aos pacientes DM1 do CEAF/SESAPI e assim gerar maior eficácia no tratamento, menores custos e melhoria na qualidade de vida dos pacientes. Podendo ainda chamar atenção dos profissionais de saúde para outros estudos nesse grupo especifico de diabéticos.
Palavras Chaves : Farmacoterapêutico ; Diabetes Mellitus tipo 1; Glicemia 
ABSTRACT
Diabetes Mellitus is a public health problem that affects millions of people in Brazil and the world. The type Diabetes Mellitus 1 is a predominant autoimmune disease, where pancreatic ß cells are progressively destroyed, resulting in the absolute deficiency of insulin, a hormone responsible for the regulation of blood glucose, manifested predominantly in children and adolescents. This study aims to demonstrate the pharmacotherapeutic profile of patients with DM1 seen by the specialized component of pharmaceutical care (CEAF) of Piauí. The study was carried out at the CEAF / SESAPI, through a data survey done by protocol analyzes and registries of the DM1 patients attended at this location from January to July 2017. The present study showed the patients with DM1 seen by the CEAF / SESAPI, are predominantly teenagers and young adults, coming from the state capital. The survey showed that only 37% of patients with DM1 have good glycemic control, showing a warning signal. It was evidenced that among the acute complications caused by DM1, hypoglycemia was the most frequent, in relation to chronic complications, 28% already had the same, and microalbuminuria was the most frequent. The prescriptions contained in the protocols of the patients were analyzed and it was verified that 42% of these were out of the requirements of the law, which may disrupt the development of pharmacological therapy. Thus, it is important to analyze the pharmacoepidemiological profile of patients with DM1, as a relevant data for the discussion about the use of the drugs and additional insulin therapy inputs, serving as a basis to improve care for CEAF / SESAPI DM1 patients and thus generate greater efficiency in the treatment, lower costs and improvement in the quality of life of the patients. It may also draw attention from health professionals to other studies in this specific group of diabetics.
Key Words: Pharmacotherapeutic; Type 1 diabetes mellitus; Glycemia
1 INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus (DM) está entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que mais acomete pessoas no mundo, síndrome metabólica, caracterizada pelo o aumento da glicose no sangue, devido ao corpo não produzir insulina ou não conseguir empregar adequadamente a insulina que produz. Subdividida em quatro tipos, Diabetes Mellitus tipo 1(DM1), Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), Diabetes Mellitus gestacional e outros tipos específicos de DM. Destaca-se como um grande problema de saúde pública no contexto mundial e brasileiro (FRANCISCO et al, 2010; SDB, 2018).
O Diabetes Mellitus tipo 1 pode ser ocasionado por heranças ou defeitos genéticos e fatores ambientais, esse tipo de diabetes é geralmente detectado na infância e adolescência, principalmente, acontece também em adultos e idosos, porém de forma mais rara e severa. O tratamento é feito através de aplicações diárias de insulina, onde existem diversos tipos e variados esquemas terapêuticos de administração (MICULIS et al., 2010). 
Embora a fisiopatologia da DM1 seja extensamente estudada, os mecanismos concisos envolvidos na destruição das células beta permanecem não totalmente elucidados, alguns estudos demostram que sua ocorrência advém de heranças ou defeitos genéticos, fatores ambientais e\ou infecções virais, porém não se conhece o motivo específico. Esse tipo de diabetes é geralmente detectado na infância e adolescência, acontece também em adultos, porém com algumas características diferentes (SDB, 2016).
O DM1 está associado a complicações que comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos pacientes, se mostrando uma patologia de difícil controle e dolorosa uma vez que os portadores em sua grande maioria são insulinodependentes, tendo que se submeter a administrações diárias de insulina que causam desconforto ao paciente (SBD, 2016).
Quando está patologia não é tratada adequadamente, ou quando o paciente não mantem os níveis glicêmico controlados correntemente, complicações agudas e crônicas (microvasculares e macrovasculares) podem ocorrer, algumas dessas podendo ser bem graves, causando morbidade ou mortalidade do paciente, porém quando feito o tratamento periódico, a chance de desenvolver essas complicações diminuir muito ou então aparecem de forma bem retardada (GUIDONE, 2009).
O amplo predomínio do DM2 sobre o DM1 nas populações, bem como o impacto na saúde pública, faz com que a investigação de aspectos fisiopatológicos se concentre mais no tipo 2, assim existe uma produção incipiente da DM1 em decorrência dos dados epidemiológicos.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
· Analisaras características de pacientes portadores de DM1 atendidos pelo componente especializado da assistência farmacêutica (CEAF) do Piauí
2.2 objetivos específicos 
· Identificação do controle metabólico e associação com a frequência de administração das insulinas
· Verificar o aparecimento das complicações agudas e crônicas,
· Analisar outros medicamentos que pacientes utilizam
· Verificar a monitorização glicêmica realizada pelos pacientes.
3 METODOLOGIA
3.1 Método de pesquisa
O presente estudo de investigação, atendendo aos objetivos propostos, caracteriza-se por ser um estudo transversal descritivo, retrospectivo de abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada no período de janeiro a julho de 2018, através de um levantamento de dados, a partir de análises de prontuários e cadastros dos portadores de DM1 que são atendidos pela Farmácia do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI), comparações de dados já existentes e discussão desses levantamentos. 
3.2 Cenário e participante do estudo
A pesquisa teve como local alvo o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí. (SESAPI), por ser tratar do local responsável pela dispensação do maior número de insulinas diferentes. 
Os critérios de inclusão utilizados no presente estudo foram: ser portador de Diabetes Melittus tipo 1 e estarem recebendo medicação no CEAF no ano de 2018. Os critérios de exclusão adotados foram: protocolos com informações incompletas, rasuradas e prontuários de pacientes que abandonaram seu tratamento e/ou não retiram mais seu medicamento no CEAF do Piaui. 
3.3 Coleta dos dados
Foram analisados 208 cadastros de pacientes com DM1, o instrumento de coleta de dados utilizado na pesquisa, consiste em uma ficha elaborada pelo próprio pesquisador (Apêndice A), as várias analisadas foram informações sobre o sexo, faixa etária, naturalidade, raça\cor\ etnia, história clínica, tipo (s) de insulina (as) utilizada (as), frequência de aplicação destas, aparecimento de complicações agudas, tipos de hipoglicemia, complicações crônicas e valores dos exames laboratoriais dos pacientes de DM1.Os dados foram organizados em forma de tabelas, geradas pelo Microsoft Word 2010 e gráficos e planilhas, obtidas através do Microsoft Excel 2010. 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os esquemas de insulinização mais prescritos estão demostrados no Gráfico 1, diante disso observou-se que o esquema mais utilizado foi a insulina Glargina em associação com a insulina asparte 38% (n=79), seguida da Glargina associada com a glulisina 33% (n=67) e da glargina associada com lispro (n=44). 
Gráfico 1 - Esquemas terapêuticos mais prescritos os portadores de DM1 atendidos pelo CEAF/SESAPI de 01 de janeiro a 31 de Julho de 2018
Fontes: Dados da pesquisa (2018)
A maioria dos portadores de DM1 atendidos pelo CEAF já haviam realizado tratamento prévio, assim antes de utilizar os análogos de insulinas descritas no Gráfico 1, esses pacientes utilizaram insulinas do tipo regular e NPH, que por algum motivo não estavam sendo eficazes no tratamento e/ou causando efeitos indesejáveis, o que levou a troca da medicação. O tratamento correto da DM1 preconiza a utilização de dois tipos de insulinas diferentes, para simular a secreção basal e o pico insulínico gerado após as refeições, este tratamento pode ser realizado com a aplicação de múltiplas doses de insulina com diferentes tipos de ação, com seringa, caneta ou sistema de infusão contínua de insulina (DAVIES, 2014; SBD, 2016).
Entretanto visualiza-se no Gráfico 1, que 5% (N=10) dos pacientes estão utilizando um esquema de insulinização com apenas um tipo de insulina, o que prejudica o resultado terapêutico. Glargina e Determir são classificadas como análogos de insulinas de ação prolongada, que simulam o pico de secreção basal da insulina; lispro, asparte e glulisina são classificados como análogos de insulina de ação ultrarrápida, estas imitam o pico insulínico de secreção gerado após a alimentação (DAVIES, 2014). 
Algumas vantagens podem ser obtidas na substituição da insulina regular e NPH por esses análogos, principalmente no que diz respeito aos eventos hipoglicêmicos graves e noturnos (EYZAGUIRRE; CODNER, 2006). Diversos estudos demonstraram menor frequência de hipoglicemia com análogos de insulina de ação prolongada, glargina e detemir em relação à insulina NPH, o que seria explicado pela ausência (ou diminuição) de pico dessas insulinas (HEISE et al., 2004; HERMANSEN; DAVIES, 2007). 
O sistema de infusão contínua (SICI) de insulina, geralmente chamado de bomba de infusão de insulina, tem como objetivo terapêutico simular o que ocorre fisiologicamente no organismo, mantendo a liberação de insulina durante 24 h para tentar obter níveis normais de glicose entre as refeições e liberar insulina nos horários de alimentação. Dessa forma, os pacientes passam a receber uma infusão subcutânea contínua de análogos ultrarrápidos em forma de doses basais ao longo do dia e bolus antes das refeições ao invés de receberem múltiplas, ao invés de doses de injeções subcutâneas de insulina de longa e curta duração (FOWLER, 2008). 
O Gráfico 2, demostra que apenas 37% (n=77) dos portadores de DM1 da pesquisa apresentam um controle glicêmico adequado, ou seja, estão com a HbA1c dentro da meta, assim 63% (n=131) expõem índices de controle glicêmicos inadequados, com HbA1c alterados.
Gráfico 2 - Controle glicêmico dos portadores de DM1 atendidos pelo CEAF/SESAPI de 01 de janeiro a 31 de Julho de 2018
Fontes: Dados da pesquisa (2018)
A avaliação do controle glicêmico da diabetes, é realizado mediante a valores de dois recursos laboratoriais: os testes de glicemia e os HbA1c, sendo está última a mais significativa, pois os testes de glicemia demostram o nível glicêmico atual no momento exato em que foram realizados, enquanto os testes de HbA1c revelam a glicemia média pregressa dos últimos 4 meses.
Os valores ideais de HbA1c preconizados pela SBD (2016), ADA (2017) e IDF (2015) consiste em HbA1c < 7% para adultos e menor que <7,5% em crianças e adolescentes, estes foram os valores utilizados para realização do gráfico 2. O valor de meta da HbA1c pode variar também de acordo com o paciente, a depender de uma série de fatores, especialmente comorbidades, pacientes com expectativa de vida mais curta, riscos maiores de hipoglicemia, problemas cardiovasculares, diabetes de longa duração, insulinizados e com complicações crônicas do diabetes, podem ser tratados menos rigidamente, com HbA1c < 8,5 ou 8% (SELVIN, 2016; ADA, 2017).
O gráfico 3, demostra que a complicação aguda mais relatada entre os pacientes de DM1, foi a hipoglicemia 43% (n=89), seguida de episódios de labilidade glicêmica 19% (n=39) e de Hiperglicemias Agudas 12% (n=26), 26% (n=54) dos prontuários não apresentavam esta informação
Gráfico 3 - Complicações agudas evidenciadas pelos portadores de DM1 atendidos pelo CEAF/SESAPI de 01 de janeiro a de Julho de 2018
Fontes: Dados da pesquisa (2018)
Existem três complicações agudas do diabetes relacionados aos desequilíbrios de curto prazo na glicose sanguínea: hipoglicemia, que acomete principalmente os pacientes que fazem uso de insulina e as hiperglicemias agudas dividias em cetoacidose diabética (CAD) e estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH), detectadas geralmente no diagnóstico da DM1 (OYER, 2013; FERREIRA, et al., 2012). 
Examinando o gráfico 3, observou-se um alto percentual (43%) de pacientes DM1 com hipoglicemia durante o tratamento, mesmo com o uso de análogos de insulina, sendo que diversos prontuários da pesquisa, relatavam que o paciente havia diminuindo a frequência de hipoglicemia com a troca do tipo de insulina. 
A hipoglicemia pode ser definida pela glicemia baixa (< 50mg/dl), isso ocorre geralmente, devido falta de produção hepática de glicose, ou por utilização periférica exagerada da glicose. Em circunstancias habituais, a hipoglicemia é evitada devido ao mecanismo neuro-hormonal complexoe muito bem integrado. Dessa forma, mesmo em jejum prolongado, não ocorre hipoglicemia em indivíduos saudáveis (LOTTENBERG, 2007; KREIDER; PADILLA; PEREIRA, 2017).
De acordo com o Gráfico 3, 12% (n=26) dos pacientes apresentam hiperglicemias agudas, estas, como citadas anteriormente podem ser de dois tipos CAD e EHH. Existe algumas diferenças entre elas, no caso da EHH, não ocorre cetose e acidose, as diferenças na quantidade de insulina presente em cada condição são ditas como parcialmente responsáveis por isso (HENDRIECKX et al., 2017; LOPES, 2017).
A pesquisa mostrou que 19% (n=39) dos pacientes apresentavam labilidade glicêmica (Gráfico 3). A labilidade glicêmica, caracteriza-se como um quadro de instabilidade glicêmica que ocorre nos pacientes com DM1, designado diabetes hiperlábel ou instável, onde o mesmo apresenta hipoglicemias e hiperglicemias no mesmo dia, ou em períodos muitos curtos, neste paciente a glicose fica oscilando constantemente, assim é bastante difícil o controle metabólico do mesmo (ELIASCHEWITZ; FRANCO,2009). 
O gráfico 4, demostra a monitorização glicêmica capilar realizada pelos DM1 deste estudo, sendo evidenciado que 13 % (n=27) só realizam o monitoramento em momentos de crises, 14% (n=28), não realização monitorização, 18% (n=38) fazem monitorização mais de uma vez ao dia, 23% (n =48) monitoram apenas uma vez ao dia e 32 % (n=48) dos protocolos não apresentavam informações sobre a monitorização dos pacientes.
Gráfico 4 – Monitorização glicêmica capilar realizada pelos portadores de DM1 atendidos pelo CEAF/SESAPI de 01 de janeiro a de Julho de 2018.
Fontes: Dados da pesquisa (2018)
A monitorização da glicemia capilar é de suma importância para ações que envolvem o tratamento do diabetes, pois através dos resultados obtidos é possível reavaliar a terapêutica estabelecida mediante os ajustes no medicamento, na dieta e nos exercícios físicos, podendo proporcionar melhora da qualidade de vida e redução das complicações decorrentes do mau controle metabólico. Além disso, a construção de um perfil glicêmico favorece conhecer as atitudes das pessoas com DM diante de complicações agudas e crônicas (SBD, 2016).
Apenas 18% (n=38) deste estudo, realizavam monitorização glicêmica capilar de forma adequada, sendo que 14% (n =28) dos portadores de DM1 não realizavam nenhum tipo monitorização, o que acarreta efeitos diretos no controle dos níveis glicêmicos, uma vez que sem a monitorização o paciente não tem controle de possíveis oscilações glicêmicas que ocorrem durante o dia. 
Um Estudo realizado acerca do controle das complicações do DM mostrou que a maioria das pessoas com DM1 só conseguem manter a glicose sanguínea próxima aos níveis normais com auxílio da monitorização da glicemia capilar, e que quando eles a realizam, diariamente, alcançam níveis glicêmicos muito próximos dos de pessoas que não possuem diabetes mellitus (GOELER et al, 2003).
De acordo com os dados do estudo 28% (n=58) pacientes apresentam complicações crônicas. O Gráfico 5, demostra que complicação crônica mais frequente entre os pacientes com DM1 desta pesquisa foi a microalbuminúria 40% (n=23), seguida das dislipidemias 22% (n=13), retinopatia 19% (n=11), neuropata diabética 10% (n=6) e doença renal 9% (n=5)
Gráfico 5 - Complicações crônicas evidenciadas pelos portadores de DM1 atendidos pel0 CEAF/SESAPI de 01 de janeiro a 31 de Julho de 2018
Fontes: Dados da pesquisa (2018)
As complicações crônicas da DM, são decorrentes majoritariamente do controle inadequado, do tempo de evolução e de fatores genéticos da doença, são subdividas em complicações crônicas microvasculares e macrovasculares. As microvasculares compreendem a neuropatia diabética nefropatia diabética e a retinopatia diabética. As complicações crônicas macrovasculares, são ocasionadas de alterações nos grandes vasos e causam infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica (DPV) (GREGG, E.W. et al., 2014)
Examinado o Gráfico 5, nota-se que a complicação crônica mais evidenciada entre os pacientes desta pesquisa, foi microalbuminúria 40% (n=23). Este quadro caracteriza-se pela presença de pequenas quantidades de albumina na urina, o que representa o estágio inicial da nefropatia diabética (microalbuminúria ou nefropatia incipiente (TSCHIEDEL, 2014; MOLITCH et al 2010).
De acordo com o Gráfico 5, 22 % (n=13) dos portadores de DM1 deste estudo, apresentam algum tipo de dislipidemias, a grande maioria deles já fazia uso de estatinas. A diabetes é fortemente relacionada com o surgimento de dislipidemias, nesses pacientes ocorre hipertrigliceridemia e diminuição do colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDL-C) (SBD, 2016; TORQUATO, 2012).
A retinopatia diabética (RD) é a principal causa de novos casos de cegueira entre 20 e 74 anos, 19% (n=11), dos pacientes desta pesquisa aprestavam RD (Gráfico 5), está é mais comum no DM1 e sua incidência está fortemente relacionada à duração do diabetes (TSCHIEDEL, 2014).
Neste estudo 10% (n=6) dos pacientes apresentaram neuropatia diabética (Gráfico 5). Está patologia apresenta-se como uma a complicação microvascular tardia de maior ocorrência no diabete, que compromete o sistema nervoso periférico, pode ser evidenciada no DM2. (BOULTON et al.,2000).
CONCLUSÃO
O desenvolvimento desta pesquisa evidenciou a importância de se analisar o perfil farmacoepidemiológico de pacientes com diabetes mellitus tipo 1, como dado de relevância para a discussão sobre o uso dos medicamentos e insumos adicionais da insulinoterapia, servindo de base para melhorar a atenção aos pacientes DM1 do componente especializado da assistência farmacêutica do Piauí e assim gerar maior eficácia no tratamento, menores custos e melhoria na qualidade de vida dos pacientes. Podendo ainda chamar atenção dos profissionais de saúde para outros estudos nesse grupo especifico de diabéticos. 
Os resultados obtidos dos pacientes DM1 do CEAF/SESAPI, geram uma base para análise de como os pacientes tratados por essa entidade estão respondendo ao tratamento e proporciona um direcionamento para intervenções futuras. Ficou evidenciado também neste estudo a pouca quantidade de pesquisas sobre o perfil farmacoepidemiológico de pacientes com DM1 no Brasil, que servissem de comparação aos resultados encontrado, quanto a nível estadual está foi a primeira pesquisa realizada no CEAF/SESAPI, utilizando este grupo especifico de diabéticos.
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STROM, B.L.; KIMMEL, S. E.; HENNESSY, S. What is Pharmacoepidemiology 5.ed. editora Wiley-Blackwell, 2012.
Coluna1	
SICI c/ Lispro	Detemir + Lispro	Glargina	Glargina + Lispro	Glargina + Glulisina	Glargina + Asparte	0.01	0.03	0.05	0.21	0.33	0.38	
Vendas	27%
63%
 Controle glicêmicos adequado 	Contrle glicêmicos inadequado 	0.3	7	0.63	
Vendas	
Hipoglicemia	Não constam 	Labilidade Glicêmica 	Hiperglicemias Agudas	0.43	0.26	0.19	0.12	
Em crises	Não realizam monitorização 	Mais de uma vez ao dia 	Uma vez ao dia	Não informaram	0.13	0.14000000000000001	0.18	0.23	0.32	
Retinopatia; [VALOR]
Microalbuminúria	Dislipidemias 	Retonopatia	Neuropatia Diabetica	Doença Renal Avançada	0.39655172413793105	0.22413793103448276	0.18965517241379309	0.10344827586206896	8.6206896551724144E-2	
Microalbuminúria	Dislipidemias 	Retonopatia	Neuropatia Diabetica	Doença Renal Avançada	
Microalbuminúria	Dislipidemias 	Retonopatia	Neuropatia Diabetica	Doença Renal Avançada