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Procedimentos de combate ao plágio na UTFPR

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Procedimentos de combate ao plágio na UTFPR
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) recomendou por meio do documento intitulado “Orientações CAPES - Combate ao Plágio” que as Instituições de Ensino Públicas e Privadas Brasileiras adotem políticas de conscientização e informação sobre propriedade intelectual, adotando procedimentos específicos que visem coibir a prática do plágio quando da redação de teses, monografia, artigos e outros textos por parte de alunos e outros membros de suas comunidades. 
As orientações da CAPES são provenientes da Comissão Nacional de Relações Institucionais e da Seccional da OAB/Ceará (no 2010.19.07379-01) aprovadas pelo referido Conselho. Considerando que muitos casos de plágio são propiciados pelo uso de ferramentas tecnológicas da informática e o advento da Internet que proporciona acesso irrestrito a muitos bancos de dados oficiais e particulares, a OAB recomenda o uso de softwares que fazem leitura eletrônica de texto (artigo, monografia, dissertação ou tese). Em seguida, estes softwares realizam rastreamento comparativo em vários sites de busca no internet e em base de dados, verificando se o autor copiou frase ou parágrafo, por exemplo, identificando a base de dados e o texto copiado. Por não se tratar de programa absoluto, a OAB orienta que as Instituições estabeleçam procedimentos internos para aferir se houve ou não plágio. Entre os procedimentos sugeridos está a criação de comissões que avaliem os resultados obtidos pelo software de forma objetiva, aferindo o grau de gravidade no caso de textos copiados.
Procedimentos a serem seguidos na UTFPR em caso de plágio 
Todo o corpo docente, discente e de apoio da UTFPR deve estar envolvido no combate à prática do plágio. Esta atitude deve ser pró-ativa, no sentido não apenas de identificar ocorrências de plágio, como também de orientar aos interessados sobre o uso correto de citações e referências, bem como facilitar o acesso às fontes de informação disponíveis. 
Considera-se adequado que as unidades acadêmicas da Instituição – departamentos, coordenações de cursos – constituam comissões para analisar os casos suspeitos de plágio. Isto é especialmente importante no caso dos programas de pós-graduação stricto sensu, onde está indicada a constituição formal de um grupo com esta finalidade. A importância do orientador e do co-orientador na vigilância da existência de plágios é crucial, em virtude da inerente responsabilidade assumida quando da aceitação da orientação acadêmica.
As seguintes etapas e indicações devem ser seguidas no questionamento e identificação de um plágio: 
· Questionamento da existência de um plágio em documento submetido à avaliação na UTFPR: este questionamento pode ser feito por qualquer integrante do corpo docente, discente ou de apoio da UTFPR, e será dirigido à coordenação ou chefia da unidade acadêmica ao qual o trabalho foi apresentado (coordenação de curso, chefia de departamento, etc);
· O questionamento deverá ser feito por escrito, subsidiado do documento (ou trecho) sob suspeita ou forma de acesso ao mesmo, bem como da indicação da(s) fonte(s) de informação da qual se supõe tenha ocorrido o plágio;
· Ao receber a denúncia o chefe da unidade acadêmica deverá encaminhar a mesma à comissão de análise de plágios – se esta existir na unidade correspondente – ou criará uma comissão “ad-hoc” para analisar o caso;
· A comissão de análise deverá ser constituída de 3 (três) servidores efetivamente envolvidos com as atividades relacionadas à unidade acadêmica à qual o trabalho sob suspeita foi submetido; no caso de programas de pós-graduação stricto sensu a comissão deverá ser constituída por docentes permanentes do programa; 
· A comissão de análise de plágios ou comissão “ad-hoc” deverá analisar a denúncia, utilizando-se de todos os meios necessários para o esclarecimento definitivo da questão; 
· É obrigação de qualquer membro do corpo docente, discente ou de apoio da UTFPR o fornecimento de esclarecimentos, informações ou a indicação de fontes que possam esclarecer a existência ou não de um plágio; 
· A comissão de análise deve obrigatoriamente questionar o acusado de cometer o plágio, o que pode ser feito por escrito e/ou por meio de reunião presencial;
· Deve ser assegurado ao acusado o acesso a todas as provas e documentos relativos ao processo;
· De posse das informações necessárias e da declaração do acusado, a comissão deverá redigir um relatório conclusivo sobre a denúncia, a qual deve estabelecer de forma clara uma das seguintes situações:
· Arquivamento do processo: deve ocorrer quando se conclui pela inexistência do plágio e /ou falta de provas;
· Indicação de trabalho de baixa qualidade acadêmica: se a comissão considerar que o suposto plágio é conseqüência de um trabalho acadêmico de baixa qualidade, e que o texto/extrato considerado como plágio pode ser considerado pequeno em relação ao contexto global do trabalho, a comissão deverá indicar a situação ao(s) responsável (is) pela avaliação do trabalho, de forma que esta condição seja refletida no conceito aplicado ao mesmo em sua avaliação;
· Confirmação do plágio: neste caso o relatório conclusivo deverá explicitar a evidência do suposto plágio, um relatório do questionamento feito ao seu autor, e uma indicação da gravidade considerada do plágio;
· O relatório da comissão de análise de plágio deverá ser encaminhado ao responsável pela unidade acadêmica envolvida (coordenação, departamento, etc) que deverá aplicar, em função da gravidade apurada da infração, uma das seguintes penalidades:
· Em casos menores onde o plágio ocorre pela primeira vez, o autor do plágio poderá ser advertido apenas no âmbito da unidade acadêmica envolvida, devendo ser informados os responsáveis pela atividade onde foi apurado o plágio (disciplina, orientação, etc) para outros desdobramentos, tais como a reapresentação de trabalho, etc; 
· Em casos onde o plágio é significativo, ou ainda em casos de reincidência de processo de plágio pelo mesmo autor, o processo deverá ser encaminhado à Diretoria do correspondente nível de ensino (graduação, pós-graduação) para a tomada das penalidades disciplinares cabíveis, em consonância com o regulamento disciplinar da Instituição;
· Em qualquer situação, as conseqüências de um plágio confirmado poderão ser retroativas, o que pode implicar na reavaliação da atividade envolvida, reconsideração dos créditos atribuídos e/ou no cancelamento de títulos concedidos.
· As penalidades decorrentes da evidência de um plágio definidas no âmbito da UTFPR não eximem seu autor de outras punições legais previstas, como a aplicação da Lei dos Direitos Autorais. 
Orientações ao combate ao plágio na UTFPR
1. O que é plágio ? 
“O plágio é o ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza – texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc – contendo partes de uma obra que pertença a outra pessoa sem colocar os devidos créditos para o autor original. No ato do plágio o plagiador apropria-se indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma” 
.
Em certos casos os alunos podem indevidamente cometer o plágio por desconhecimento do que exatamente é um plágio e de como evitá-lo. O objetivo deste texto é esclarecer esta questão e indicar os procedimentos a seguir no caso da detecção de um plágio na UTFPR.
Trabalhos escritos, e em particular os de cunho acadêmico, são baseados na síntese de fontes e em idéias. É perfeitamente aceitável o uso das idéias ou opiniões de outras pessoas quando se está elaborando um determinado trabalho. De fato, isto deve ser encorajado, já que a construção do conhecimento está, em regra, fundamentada nas descobertas e/ou afirmações de outras pessoas, que realizaram trabalhos anteriores sobre o mesmo tema. 
São exemplos típicos de plágio
:
· Incluir o texto elaborado por outra pessoa em seu próprio texto sem o uso de marcas de citação (aspas) e a indicação da fonte original (que pode serum livro, artigo, relatório, trabalho escrito, site web, notas de classe de um professor, etc);
· Sumarizar o trabalho de outro sem a indicação da fonte original;
· Usar idéias ou o auxílio de outra pessoa sem indicar a fonte (inclusive provisão de materiais e assistência técnica);
· Copiar o trabalho de outro estudante, com ou sem sua permissão;
· Colaborar com outros estudantes na elaboração de trabalho que deveria ser realizado de forma individual;
· Copiar e colar (“cut/paste”) de fontes eletrônicas sem a indicação explícita da fonte ou site, e sem o uso das marcas de citação (aspas) ou rotulando a fonte do diagrama, figura ou tabela.
Cabe ainda destacar que, tecnicamente, o plágio é um crime qualificado pela Lei no 9.610/1998 – a Lei dos Direitos Autorais. 
2. Como submeter um trabalho 
Os trabalhos escritos por alunos submetidos à avaliação na UTFPR, aí incluídos provas, relatórios técnicos, trabalhos de conclusão de curso, monografias, dissertações e teses, devem obedecer ao seguinte:
· O trabalho deve refletir claramente o esforço do próprio aluno no tratamento do tema em questão, constituindo-se em análise e apresentação próprias;
· As fontes de informação pesquisadas devem ser devidamente referenciadas; isto inclui a citação completa de qualquer fonte, seja ela constituída por livros, artigos, sites web, jornais, imagens, diagramas, tabelas, fontes de dados, etc. 
· As idéias e argumentos utilizados no trabalho que são de outros autores também devem ser devidamente referenciados, com a indicação da fonte correspondente;
· O formato a ser seguido para indicar as citações e referências é o indicado nas “Normas para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos da UTFPR”;
· Devem ser seguidas outras indicações específicas referentes ao trabalho em questão.
3. Outras situações 
Há situações onde devem ser observar certas peculiaridades:
· As formas de indicar as referências e citações podem variar de acordo com a área de conhecimento, de forma que o autor de trabalho acadêmico deve inteirar-se das regras específicas a serem utilizadas no trabalho a ser submetido para avaliação; 
· Nos trabalhos de cunho coletivo a participação de todos deve ser assegurada; em geral haverá um coordenador do grupo ao qual cabe determinar em que momento e de que forma devem ser feitas as contribuições individuais, e a integração destas partes para formar o trabalho coletivo;
· No caso de discussões ou mesas redondas pode haver um único relato das contribuições de todos, ou ainda a exigência de um relatório individual de cada participante: neste caso as idéias e conclusões podem ser as mesmas, mas sua elaboração deve ser individual;
· Copiar totalmente ou em parte o trabalho de um colega numa tarefa que deveria ser feita de forma individual é colusão, uma forma de plágio. 
· Em cada área de estudo há o que se denomina “conhecimento de senso comum”, formado por um corpo de informações que não necessitam ser referenciadas; pode ser difícil a um aluno determinar o que é e o que não é “senso comum” em determinada disciplina; neste caso deve-se recorrer ao professor, orientador ou coordenação do trabalho para esclarecer a questão. 
4. Softwares para detecção de plágio 
Os recentes avanços nos sistemas computacionais para Internet e, em particular, as máquinas de busca disponíveis para a recuperação de informações neste ambiente, permitiram o desenvolvimento de ferramentas computacionais destinadas à detecção automática do plágio. Basicamente um sistema de detecção de plágio efetua, a partir de um texto suspeito dado como entrada, a busca de textos similares ao apresentado na Internet, retornando taxas de similaridade e as fontes de informação (sites web) onde se encontram estes textos.
Diversos sistemas estão disponíveis de forma gratuita para efetuar este procedimento, entre os quais:
1) Sistemas “on-line”, onde se efetua a comparação do texto suspeito diretamente em site web:
· FDPE Brasileiro
· JPlag Universidade
· MOSS Universidade
· Plagium
· PlagiarismDetection.org
2) Sistemas de “uso pessoal”, que devem se instalados em determinada máquina e ativados quando ada verificação de plágio em um texto suspeito:
· AC Universidade
· Plaggie Universidade
· Sherlock Universidade
· SID Universidade
· SIM Universidade
· YAP Universidade
Considera-se que o uso destas ferramentas é de fundamental importância para subsidiar um questionamento de plágio sobre um texto suspeito.
5. Outras fontes de informação 
O problema do plágio é universal, e tem sido amplamente discutido no círculo acadêmico de todo o mundo. Como o advento da Internet e a banalização da informação disponível e de fácil acesso – embora por vezes incorreta, o problema se agravou exigindo a tomada de medidas efetivas por parte das instituições de ensino.
Podem ser destacadas outras fontes de informação que podem auxiliar que se evite o plágio e também na tomada de decisões nestes casos.
· http://jus.uol.com.br/revista/texto/16692/plagio-em-trabalho-universitario-e-o-papel-do-educador 
· http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v13n38/12.pdf 
· http://www.inverbis.net/actualidade/universidade-minho-anula-doutoramento-plagio.html 
· http://www.princeton.edu/pr/pub/integrity/pages/plagiarism.html
· http://www.education.indiana.edu/~frick/plagiarism/
· http://www.library.ualberta.ca/guides/plagiarism/ 
· http://www.law.ed.uk/docs/1122_studentguidanceplagiarism.pdf
� Fonte: Wikipedia, http://pt.wikipedia.org
� Fonte: “Guidance on the Avoidance of Plagiarism”, The University of Edimburg, http://www.law.ed.uk/docs/1122_studentguidanceplagiarism.pdf

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