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Código AlfaCon Carreiras Policial - 2018

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Policiais
Carreiras
Direito Constitucional
Índice
1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL .. 10
TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ������������������������������������������������������� 10
TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ������������������������������������ 10
CAPÍTULO I- DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS .................. 10
CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS ....................................................................... 12
CAPÍTULO III- DA NACIONALIDADE ........................................................................... 14
 CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS ................................................................ 14
CAPÍTULO V - DOS PARTIDOS POLÍTICOS ................................................................ 15
TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ����������������������������������������������������������15
CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ........................... 15
CAPÍTULO II - DA UNIÃO .............................................................................................. 15
CAPÍTULO III - DOS ESTADOS FEDERADOS .............................................................. 18
CAPÍTULO IV - DOS MUNICÍPIOS ................................................................................ 18
CAPÍTULO V - DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS ................................ 20
CAPÍTULO VI - DA INTERVENÇÃO .............................................................................. 21
CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................... 21
TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ����������������������������������������������������� 25
CAPÍTULO I - DO PODER LEGISLATIVO .....................................................................25
CAPÍTULO II - DO PODER EXECUTIVO .......................................................................32
CAPÍTULO III - DO PODER JUDICIÁRIO ..................................................................... 34
CAPÍTULO IV - DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ......................................... 44
TÍTULO V - DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS ������������46
CAPÍTULO I - DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO ........................... 46
CAPÍTULO II - DAS FORÇAS ARMADAS .................................................................... 47
CAPÍTULO III - DA SEGURANÇA PÚBLICA ................................................................ 48
TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO ��������������������������������������������������48
CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL .............................................. 48
CAPÍTULO II - DAS FINANÇAS PÚBLICAS ................................................................. 54
TÍTULO VII - DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA �������������������������������������������� 57
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA ..................57
CAPÍTULO II - DA POLÍTICA URBANA ........................................................................58
CAPÍTULO IV - DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ........................................... 59
TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL �������������������������������������������������������������������������60
Índice
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÃO GERAL ............................................................................. 60
CAPÍTULO II - DA SEGURIDADE SOCIAL ................................................................... 60
CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO .......................... 63
CAPÍTULO IV - DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO ...................................... 66
CAPÍTULO V - DA COMUNICAÇÃO SOCIAL .............................................................. 66
CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE .......................................................................... 67
CAPÍTULO VII - DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM 
E DO IDOSO .................................................................................................................... 68
CAPÍTULO VIII - DOS ÍNDIOS ...................................................................................... 68
TÍTULO IX - DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS �����������������������������������69
2. ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS ... 71
 10 
CÓDIGO ALFACON - CARREIRAS POLICIAIS
1. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em assem-
bleia Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático, 
destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, 
a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igual-
dade e a justiça como valores supremos de uma sociedade frater-
na, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e 
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução 
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, 
a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.
TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indis-
solúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se 
em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre 
si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federa-
tiva do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigual-
dades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a inte-
gração econômica, política, social e cultural dos povos da América 
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana 
de nações.
TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I- DOS DIREITOS E DEVERES 
INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros resi-
dentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos 
termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desu-
mano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o 
anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, 
além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo 
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na 
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência 
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença re-
ligiosa ou de convicção filosóficaou política, salvo se as invocar 
para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica 
e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a ima-
gem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano 
material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de fla-
grante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o 
dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações te-
legráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último 
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabele-
cer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, 
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o 
sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, 
podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, perma-
necer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais 
abertos ao público, independentemente de autorização, desde 
que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para 
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade 
competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a 
de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de coopera-
tivas independem de autorização, sendo vedada a interferência 
estatal em seu funcionamento;
11 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DIR
CON
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvi-
das ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigin-
do-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permane-
cer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autori-
zadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou 
extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, median-
te justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos 
previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade compe-
tente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao pro-
prietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, des-
de que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para 
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, 
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, pu-
blicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros 
pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à 
reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades 
desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das 
obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos in-
térpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privi-
légio temporário para sua utilização, bem como proteção às cria-
ções industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empre-
sas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social 
e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será 
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos 
brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal 
do de cujus ;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do 
consumidor;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informa-
ções de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, 
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilida-
de, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à seguran-
ça da sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do paga-
mento de taxas:
a) o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos 
ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa 
de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão 
ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização 
que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra 
a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem 
prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e 
liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e impres-
critível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de 
graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpe-
centes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes 
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e 
os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de gru-
pos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o 
Estado democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo 
a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de 
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra 
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre 
outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do 
art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de 
acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam 
permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em 
caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de 
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime po-
lítico ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela au-
toridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla de-
fesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
 12 
CÓDIGO ALFACON - CARREIRAS POLICIAIS
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito emjulga-
do de sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identifica-
ção criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se 
esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais 
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, 
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do 
preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de 
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da famí-
lia e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por 
sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade 
judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei 
admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável 
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação ali-
mentícia e a do depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer 
ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liber-
dade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger di-
reito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas 
data , quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder 
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício 
de atribuições do poder público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legal-
mente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, 
em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de 
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e 
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacio-
nalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII - conceder-se-á habeas data :
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pes-
soa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados 
de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por 
processo sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação po-
pular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, 
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do 
ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita 
aos que comprovarem insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim 
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma 
da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data , 
e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegu-
rados a razoável duração do processo e os meios que garantam 
a celeridade de sua tramitação. (Inciso acrescido pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais 
têm aplicação imediata.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não 
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela 
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Fe-
derativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos huma-
nos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos mem-
bros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Parágrafo 
acrescido pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacio-
nal a cuja criação tenha manifestado adesão. (Parágrafo acrescido 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o 
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previ-
dência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência 
aos desamparados, na forma desta Constituição. (Artigo com re-
dação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou 
sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá 
indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz 
de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família 
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, hi-
giene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos 
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vincula-
ção para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do 
trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou 
acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que 
percebem remuneração variável;
13 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DIR
CON
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral 
ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua 
retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remu-
neração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empre-
sa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador 
de baixa renda nos termos da lei; (Inciso com redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diá-
rias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de 
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos 
domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, 
em cinquenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um 
terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, 
com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante in-
centivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no 
mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de nor-
mas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, in-
salubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nasci-
mento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Inci-
so com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos detrabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empre-
gador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quan-
do incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de 
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalha-
dores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção 
do contrato de trabalho; (Inciso com redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 28, de 2000)
a) (Alínea revogada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)
b) (Alínea revogada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de fun-
ções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor 
ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e 
critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e 
intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a 
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis 
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (In-
ciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo 
empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores 
domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, 
XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII 
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a sim-
plificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais 
e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculia-
ridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem 
como a sua integração à previdência social. (Parágrafo único com 
redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o 
seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação 
de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, veda-
das ao poder público a interferência e a intervenção na organi-
zação sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em 
qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econô-
mica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalha-
dores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à 
área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos 
ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou 
administrativas;
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando 
de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio 
do sistema confederativo da representação sindical respectiva, 
independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a 
sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações 
coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas or-
ganizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir 
do registro da candidatura a cargo de direção ou representação 
sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do 
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organi-
zação de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas 
as condições que a lei estabelecer.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalha-
dores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os inte-
resses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá 
sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empre-
gadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interes-
ses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e 
deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegu-
rada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusi-
va de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
 14 
CÓDIGO ALFACON - CARREIRAS POLICIAIS
CAPÍTULO III- DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais 
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe bra-
sileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República 
Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasilei-
ra, desde que sejam registrados em repartição brasileira compe-
tente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e op-
tem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira; (Alínea com redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 54, de 2007)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, 
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas 
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na Re-
pública Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos 
e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade 
brasileira. (Alínea com redação dada pela Emenda Constitucional 
de Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se 
houver reciprocidade em favor dos brasileiros, serão atribuídos 
os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta 
Constituição. (Parágrafo com redação dada pela Emenda Consti-
tucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos 
e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII – de Ministro de Estado da Defesa. (Inciso acrescido pela 
Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em vir-
tude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Inciso com re-
dação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estran-
geira; (Alínea acrescida pela Emenda Constitucional de Revisão 
nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasi-
leiro residente em Estado estrangeiro, como condição para perma-
nência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Alínea 
acrescida pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Fede-
rativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o 
hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter 
símbolos próprios.
 CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal 
e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos 
termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, 
duranteo período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repú-
blica e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e 
do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou 
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e 
do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou 
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um 
único período subsequente. (Parágrafo com redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repúbli-
ca, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes 
do pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge 
e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por 
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado 
ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já 
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da 
atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela au-
toridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato 
da diplomação, para a inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibili-
dade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probida-
de administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, 
considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e 
legitimidade das eleições contra a influência do poder econô-
mico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
Índice
Policiais
Carreiras
Direitos humanos
Índice
1. DIREITOS HUMANOS ...........................................................93
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS ..............................93
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS ...................................................................95
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, 
RESOLVIDOS ..............................................................................................95
ESTATUTO DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA ............................... 104
PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS ................... 108
PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E 
CULTURAIS ................................................................................................ 115
PACTO SAN JOSÉ DA COSTA RICA ........................................................... 119
PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE O USO DA FORÇA E ARMAS DE FOGO 
PELOS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI ..........128
CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU 
PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES ................................... 131
PORTARIA INTERMINISTERIAL SEDH/MJ Nº 2, DE 15 DE DEZEMBRO 
DE 2010 - ESTABELECE AS DIRETRIZES NACIONAIS DE PROMOÇÃO 
E DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DOS PROFISSIONAIS DE 
SEGURANÇA PÚBLICA. .............................................................................136
PORTARIA INTERMINISTERIAL NO- 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 
2010 - ESTABELECE DIRETRIZES SOBRE O USO DA FORÇA PELOS 
AGENTES DE SEGURANÇA PÚBLICA. .......................................................138
REGRAS MÍNIMAS PARA TRATAMENTO DE PRISIONEIROS - REGRAS 
DE MANDELA............................................................................................ 140
DECRETO 7.037 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009 – PROGRAMA NACIONAL 
DE DIREITOS HUMANOS – PNDH-3 E DÁ OUTRAS PROVIDENCIAS ........ 150
CONVENÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE 
DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER ..................................................... 189
CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE A PROTEÇÃO DOS DIREITOS DE 
TODOS OS TRABALHADORES MIGRANTES E DOS MEMBROS DE SUAS 
FAMÍLIA ................................................................................................... 199
POLÍTICA NACIONAL DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL – DECRETO 8.243 DE 
23 DE MAIO DE 2014. ................................................................................213
93 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
DIR
HUM
1. Direitos Humanos
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS 
HUMANOS 
CONSIDERANDO que o reconhecimento da dignidade ineren-
te a todos os membros da familia humana e seus direitos iguais 
e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz 
no mundo,
CONSIDERANDO que o desprezo e o desrespeito pelos di-
reitos do homem resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a 
consciência da Humanidade, e que o advento de um mundo em 
que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da 
liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade,
CONSIDERANDO ser essencial que os direitos do homem sejam 
protegidos pelo império da lei, para que o homem não seja compe-
lido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão, 
CONSIDERANDO ser essencial promover o desenvolvimento 
de relações amistosas entre as nações, 
CONSIDERANDO que os povos das Nações Unidas reafirma-
ram, na Carta, sua fé nos direitos do homem e da mulher, e que 
decidiram promover o progresso social e melhores condições de 
vida em uma liberdade mais ampla, 
CONSIDERANDO que os Estados Membros se compromete-
ram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito 
universal aos direitos e liberdades fundamentais do homem e a 
observância desses direitos e liberdades, 
CONSIDERANDO que uma compreensão comum desses direi-
tos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumpri-
mento desse compromisso,
A assembleia Geral das Nações Unidas proclama a presente 
“Declaração Universal dos Direitos do Homem” como o ideal co-
mum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o 
objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo 
sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e 
da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, 
e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e inter-
nacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância 
universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados 
Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo 1
Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. 
São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns 
aos outros com espírito de fraternidade.
Artigo 2
I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liber-
dades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer 
espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou 
de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, 
ou qualquer outra condição.
II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na condi-
ção política, jurídica ou internacional do país ou território a que 
pertença uma pessoa, quer se trate de um território independen-
te, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra 
limitação de soberania.
Artigo 3
Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão 
e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas.
Artigo 5
Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo 
cruel, desumano ou degradante.
Artigo 6
Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares, reconheci-
do como pessoa perantea lei.
Artigo 7
Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distin-
ção, a igual proteção da lei. Todos tem direito a igual proteção 
contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e 
contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 8
Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais com-
petentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fun-
damentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Artigo 9
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 10
Todo o homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa e 
pública audiência por parte de um tribunal independente e impar-
cial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de 
qualquer acusação criminal contra ele.
Artigo 11
I) Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser 
presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido prova-
da de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham 
sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa.
II) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, 
no momento, não constituiam delito perante o direito nacional ou 
internacional. Também não será imposta pena mais forte do que 
aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
Artigo 12
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua 
família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques a sua 
honra e reputação. Todo o homem tem direito à proteção da lei 
contra tais interferências ou ataques.
Artigo 13
I) Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e residência 
dentro das fronteiras de cada Estado.
II) Todo o homem tem o direito de deixar qualquer país, inclusive 
o próprio, e a este regressar.
Artigo 14
I) Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de procu-
rar e de gozar asilo em outros países.
II) Este direito não pode ser invocado em casos de perseguição 
legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos 
contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Artigo 15
I) Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, 
nem do direito de mudar de nacionalidade.
 94 
CÓDIGO ALFACON - CARREIRAS POLICIAIS
Artigo 16
I) Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição 
de raça, nacionalidade ou religião, tem o direito de contrair matri-
mônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação 
ao casamento, sua duração e sua dissolução.
II) O casamento não será válido senão com o livre e pleno consen-
timento dos nubentes.
III) A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem 
direito à proteção da sociedade e do Estado.
Artigo 17
I) Todo o homem tem direito à propriedade, só ou em sociedade 
com outros.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
Artigo 18
Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciên-
cia e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião 
ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo 
ensino, pela prática, pelo culto e pela observâcia, isolada ou cole-
tivamente, em público ou em particular.
Artigo 19
Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; 
este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões 
e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quais-
quer meios, independentemente de fronteiras.
Artigo 20
I) Todo o homem tem direito à liberdade de reunião e associação 
pacíficas.
II) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21
I) Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo de seu 
país diretamente ou por intermédio de representantes livremente 
escolhidos.
II) Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço público 
do seu país.
III) A vontade do povo será a base da autoridade do governo; es-
ta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por 
sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que 
assegure a liberdade de voto.
Artigo 22
Todo o homem, como membro da sociedade, tem direito à segu-
rança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação 
internacional e de acordo com a organização e recursos de cada 
Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indipensáveis 
à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.
Artigo 23
I) Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de em-
prego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção 
contra o desemprego.
II) Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual re-
muneração por igual trabalho.
III) Todo o homem que trabalha tem direito a uma remuneração 
justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, 
uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se 
acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
IV) Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a neles in-
gressar para proteção de seus interesses.
Artigo 24
Todo o homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação 
razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
Artigo 25
I) Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de asse-
gurar a si e a sua família saúde e bem star, inclusive alimentação, 
vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indis-
pensáveis, e direito à seguranca em caso de desemprego, doença, 
invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda de meios de 
subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
II) A maternidade e a infância tem direito a cuidados e assistência 
especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimô-
nio, gozarão da mesma proteção social.
Artigo 26
I) Todo o homem tem direito à instrução. A instrução será gratui-
ta, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instru-
ção elementar será obrigatória. A instrução técnic
rofissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, 
esta baseada no mérito.
II) A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvi-
mento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito 
pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. A ins-
trução promoverá a compreensão, a tolerância e amizade entre 
todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as ati-
vidades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
III) Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de ins-
trução que será ministrada a seus filhos.
Artigo 27
I) Todo o homem tem o direito de participar livremente da vida 
cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do pro-
gresso científico e de fruir de seus benefícios.
II) Todo o homem tem direito à proteção dos interesses morais e 
materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou 
artística da qual seja autor.
Artigo 28
Todo o homem tem direito a uma ordem social e internacional em 
que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração 
possam ser plenamente realizados.
Artigo 29
I) Todo o homem tem deveres para com a comunidade, na qual 
o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
II) No exercício de seus direitos e liberdades, todo o homem estará 
sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamen-
te com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito 
dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exi-
gências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma socie-
dade democrática.
III) Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, 
ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Na-
ções Unidas.
Artigo 30
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpreta-
da como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, 
do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato 
destinado à destruição de quaisquer direitos e liberdades aqui 
estabelecidos. 
95 CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
DIR
HUM
Carta das Nações Unidas 
Decreto 19.841 de 22 de outubro de 1945 - Promulga a Carta 
dasNações Unidas, da qual faz parte integrante o anexo Estatuto 
da Corte Internacional de Justiça, assinada em São Francisco, a 26 
de junho de 1945, por ocasião da Conferência de Organização In-
ternacional das Nações Unidas
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, tendo em vista que foi apro-
vada a 4 de setembro e ratifica a 12 de setembro de 1945. Pelo 
governo brasileiro a Carta das nações Unidas, da qual faz parte 
integrante o anexo Estatuto da Corte Internacional de Justiça, 
assinada em São Francisco , a 26 de junho de 1945, por ocasião 
da Conferencia de Organização Internacional da Nações Unidas; e 
Havendo sido o referido instrumento de ratificação deposita-
do nos arquivos do Govêrno do Estados Unidos da América a 21 de 
setembro de 1945 e usando da atribuição que lhe confere o atr. 74, 
letra a da Constituição, 
DECRETA: 
Art. 1º fica promulgada a Carta da Nações Unidas apensa por cópia 
ao presente decreto, da qual faz parte integrante o anexo Estatuto 
da Corte Internacional de Justiça, assinada em São Francisco, a 26 
de junho de 1945. 
Art. 2º Êste decreto entrará em vigor na data de sua publicação. 
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1945, 124º da Independência e 
57º da República. 
GETULIO VARGAS
P. Leão Velloso 
Este texto não substitui o publicado na Coleção de Leis do Brasil de 1945 
Faço saber, aos que a presente Carta de ratificação vierem, 
que, entre a República dos Estados Unidos e os países repre-
sentados na Conferência das Nações Unidas sôbre Organização 
Internacional, foi concluída e assinada, pelos respectivos Plenipo-
tenciários, em São Francisco, a 26 de junho de 1945, a Carta das 
Nações Unidas, da qual faz parte integrante o anexo Estatuto da 
Corte Internacional de Justiça, tudo do teor seguinte:
Carta das Nações Unidas Nós, os Povos 
das Nações Unidas, Resolvidos
a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que 
por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indi-
zíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais 
do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade 
de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações 
grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a jus-
tiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras 
fontes do direito internacional possam ser mantidos, e a promover 
o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma 
liberdade ampla.
E para tais fins praticar a tolerância e viver em paz, uns com 
os outros, como bons vizinhos,e unir as nossas forças para manter 
a paz e a segurança internacionais, e a garantir, pela aceitação de 
princípios e a instituição dos métodos, que a força armada não 
será usada a não ser no interesse comum, a empregar um me-
canismo internacional para promover o progresso econômico e 
social de todos os povos.
Resolvemos conjugar nossos esforços para a consecução dês-
ses objetivos.
Em vista disso, nossos respectivos Governos, por intermédio 
de representantes reunidos na cidade de São Francisco, depois de 
exibirem seus plenos poderes, que foram achados em boa e devi-
da forma, concordaram com a presente Carta das Nações Unidas 
e estabelecem, por meio dela, uma organização internacional que 
será conhecida pelo nome de Nações Unidas.
CAPÍTULO I- PROPÓSITOS E PRINCÍPIOS
Artigo 1. Os propósitos das Nações unidas são:
1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, 
coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e repri-
mir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, 
por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça 
e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias 
ou situações que possam levar a uma perturbação da paz;
2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no 
respeito ao princípio de igualdade de direitos e de autodetermi-
nação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortale-
cimento da paz universal;
3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver os pro-
blemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou 
humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos 
humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção 
de raça, sexo, língua ou religião; e
4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a 
consecução desses objetivos comuns.
Artigo 2. A Organização e seus Membros, para a realização dos 
propósitos mencionados no Artigo 1, agirão de acordo com os se-
guintes Princípios:
1. A Organização é baseada no princípio da igualdade de todos os 
seus Membros.
2. Todos os Membros, a fim de assegurarem para todos em geral 
os direitos e vantagens resultantes de sua qualidade de Membros, 
deverão cumprir de boa fé as obrigações por eles assumidas de 
acordo com a presente Carta.
3. Todos os Membros deverão resolver suas controvérsias interna-
cionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a 
paz, a segurança e a justiça internacionais.
4. Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacio-
nais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial 
ou a dependência política de qualquer Estado, ou qualquer outra 
ação incompatível com os Propósitos das Nações Unidas.
5. Todos os Membros darão às Nações toda assistência em qual-
quer ação a que elas recorrerem de acordo com a presente Carta 
e se absterão de dar auxílio a qual Estado contra o qual as Nações 
Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo.
6. A Organização fará com que os Estados que não são Membros 
das Nações Unidas ajam de acordo com esses Princípios em tu-
do quanto for necessário à manutenção da paz e da segurança 
internacionais.
7. Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as Nações 
Unidas a intervirem em assuntos que dependam essencialmente 
da jurisdição de qualquer Estado ou obrigará os Membros a sub-
meterem tais assuntos a uma solução, nos termos da presente 
Carta; este princípio, porém, não prejudicará a aplicação das me-
didas coercitivas constantes do Capitulo VII.
 96 
CÓDIGO ALFACON - CARREIRAS POLICIAIS
CAPÍTULO II - DOS MEMBROS
Artigo 3. Os Membros originais das Nações Unidas serão os Esta-
dos que, tendo participado da Conferência das Nações Unidas so-
bre a Organização Internacional, realizada em São Francisco, ou, 
tendo assinado previamente a Declaração das Nações Unidas, de 1 
de janeiro de 1942, assinarem a presente Carta, e a ratificarem, de 
acordo com o Artigo 110.
Artigo 4. 1. A admissão como Membro das Nações Unidas fica 
aberta a todos os Estados amantes da paz que aceitarem as obri-
gações contidas na presente Carta e que, a juízo da Organização, 
estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.
2. A admissão de qualquer desses Estados como Membros das 
Nações Unidas será efetuada por decisão da assembleia Geral, 
mediante recomendação do Conselho de Segurança.
Artigo 5. O Membro das Nações Unidas, contra o qual for levada 
a efeito ação preventiva ou coercitiva por parte do Conselho de 
Segurança, poderá ser suspenso do exercício dos direitos e pri-
vilégios de Membro pela assembleia Geral, mediante recomen-
dação do Conselho de Segurança. O exercício desses direitos e 
privilégios poderá ser restabelecido pelo conselho de Segurança.
Artigo 6. O Membro das Nações Unidas que houver violado per-
sistentemente os Princípios contidos na presente Carta, poderá 
ser expulso da Organização pela assembleia Geral mediante reco-
mendação do Conselho de Segurança.
CAPÍTULO III - ÓRGÃOS
Artigo 7. 1. Ficam estabelecidos como órgãos principais das Na-
ções Unidas: uma assembleia Geral, um Conselho de Segurança, 
um Conselho Econômico e Social, um conselho de Tutela, uma 
Corte Internacional de Justiça e um Secretariado.
2. Serão estabelecidos, de acordo com a presente Carta, os órgãos 
subsidiários considerados de necessidade.
Artigo 8. As Nações Unidas não farão restrições quanto à elegibi-
lidade de homens e mulheres destinados a participar em qualquer 
caráter e em condições de igualdade em seus órgãos principaise 
subsidiários.
CAPÍTULO IV - assembleia GERAL 
Composição
Artigo 9. 1. A assembleia Geral será constituída por todos os Mem-
bros das Nações Unidas.
2. Cada Membro não deverá ter mais de cinco representantes na 
assembleia Geral.
Funções e atribuições
Artigo 10. A assembleia Geral poderá discutir quaisquer questões 
ou assuntos que estiverem dentro das finalidades da presente 
Carta ou que se relacionarem com as atribuições e funções de 
qualquer dos órgãos nela previstos e, com exceção do estipula-
do no Artigo 12, poderá fazer recomendações aos Membros das 
Nações Unidas ou ao Conselho de Segurança ou a este e àqueles, 
conjuntamente, com referência a qualquer daquelas questões ou 
assuntos.
Artigo 11. 1. A assembleia Geral poderá considerar os princípios 
gerais de cooperação na manutenção da paz e da segurança 
internacionais, inclusive os princípios que disponham sobre o 
desarmamento e a regulamentação dos armamentos, e poderá 
fazer recomendações relativas a tais princípios aos Membros ou 
ao Conselho de Segurança, ou a este e àqueles conjuntamente.
2. A assembleia Geral poderá discutir quaisquer questões rela-
tivas à manutenção da paz e da segurança internacionais, que a 
ela forem submetidas por qualquer Membro das Nações Unidas, 
ou pelo Conselho de Segurança, ou por um Estado que não seja 
Membro das Nações unidas, de acordo com o Artigo 35, parágrafo 
2, e, com exceção do que fica estipulado no Artigo 12, poderá fazer 
recomendações relativas a quaisquer destas questões ao Estado 
ou Estados interessados, ou ao Conselho de Segurança ou a am-
bos. Qualquer destas questões, para cuja solução for necessária 
uma ação, será submetida ao Conselho de Segurança pela assem-
bleia Geral, antes ou depois da discussão.
3. A assembleia Geral poderá solicitar a atenção do Conselho de 
Segurança para situações que possam constituir ameaça à paz e à 
segurança internacionais.
4. As atribuições da assembleia Geral enumeradas neste Artigo 
não limitarão a finalidade geral do Artigo 10.
Artigo 12. 1. Enquanto o Conselho de Segurança estiver exercen-
do, em relação a qualquer controvérsia ou situação, as funções 
que lhe são atribuídas na presente Carta, a assembleia Geral não 
fará nenhuma recomendação a respeito dessa controvérsia ou si-
tuação, a menos que o Conselho de Segurança a solicite.
2. O Secretário-Geral, com o consentimento do Conselho de Se-
gurança, comunicará à assembleia Geral, em cada sessão, quais-
quer assuntos relativos à manutenção da paz e da segurança 
internacionais que estiverem sendo tratados pelo Conselho de 
Segurança, e da mesma maneira dará conhecimento de tais as-
suntos à assembleia Geral, ou aos Membros das Nações Unidas se 
a assembleia Geral não estiver em sessão, logo que o Conselho de 
Segurança terminar o exame dos referidos assuntos.
Artigo 13. 1. A assembleia Geral iniciará estudos e fará recomen-
dações, destinados a:
a) promover cooperação internacional no terreno político e incen-
tivar o desenvolvimento progressivo do direito internacional e a 
sua codificação;
b) promover cooperação internacional nos terrenos econômico, 
social, cultural, educacional e sanitário e favorecer o pleno gozo 
dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, por parte 
de todos os povos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.
2. As demais responsabilidades, funções e atribuições da assem-
bleia Geral, em relação aos assuntos mencionados no parágrafo 
1(b) acima, estão enumeradas nos Capítulos IX e X.
Artigo 14. A assembleia Geral, sujeita aos dispositivos do Arti-
go 12, poderá recomendar medidas para a solução pacífica de 
qualquer situação, qualquer que seja sua origem, que lhe pare-
ça prejudicial ao bem-estar geral ou às relações amistosas entre 
as nações, inclusive em situações que resultem da violação dos 
dispositivos da presente Carta que estabelecem os Propósitos e 
Princípios das Nações Unidas.
Artigo 15. 1 . A assembleia Geral receberá e examinará os relató-
rios anuais e especiais do Conselho de Segurança. Esses relatórios 
incluirão uma relação das medidas que o Conselho de Segurança 
tenha adotado ou aplicado a fim de manter a paz e a segurança 
internacionais.
2. A assembleia Geral receberá e examinará os relatórios dos ou-
tros órgãos das Nações Unidas.
Artigo 16. A assembleia Geral desempenhará, com relação ao 
sistema internacional de tutela, as funções a ela atribuídas nos 
Capítulos XII e XIII, inclusive a aprovação de acordos de tutela re-
ferentes às zonas não designadas como estratégias.
97 CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
DIR
HUM
Artigo 17. 1. A assembleia Geral considerará e aprovará o orça-
mento da organização.
2. As despesas da Organização serão custeadas pelos Membros, 
segundo cotas fixadas pela assembleia Geral.
3. A assembleia Geral considerará e aprovará quaisquer ajustes 
financeiros e orçamentários com as entidades especializadas, a 
que se refere o Artigo 57 e examinará os orçamentos adminis-
trativos de tais instituições especializadas com o fim de lhes fazer 
recomendações.
Votação
Artigo 18. 1. Cada Membro da assembleia Geral terá um voto.
2. As decisões da assembleia Geral, em questões importantes, se-
rão tomadas por maioria de dois terços dos Membros presentes e 
votantes. Essas questões compreenderão: recomendações relati-
vas à manutenção da paz e da segurança internacionais; à eleição 
dos Membros não permanentes do Conselho de Segurança; à elei-
ção dos Membros do Conselho Econômico e Social; à eleição dos 
Membros dos Conselho de Tutela, de acordo como parágrafo 1 (c) 
do Artigo 86; à admissão de novos Membros das Nações Unidas; à 
suspensão dos direitos e privilégios de Membros; à expulsão dos 
Membros; questões referentes o funcionamento do sistema de tu-
tela e questões orçamentárias.
3. As decisões sobre outras questões, inclusive a determinação 
de categoria adicionais de assuntos a serem debatidos por uma 
maioria dos membros presentes e que votem.
Artigo 19. O Membro das Nações Unidas que estiver em atraso no 
pagamento de sua contribuição financeira à Organização não terá 
voto na assembleia Geral, se o total de suas contribuições atrasa-
das igualar ou exceder a soma das contribuições correspondentes 
aos dois anos anteriores completos. A assembleia Geral poderá 
entretanto, permitir que o referido Membro vote, se ficar provado 
que a falta de pagamento é devida a condições independentes de 
sua vontade.
Processo
Artigo 20. A assembleia Geral reunir-se-á em sessões anuais re-
gulares e em sessões especiais exigidas pelas circunstâncias. As 
sessões especiais serão convocadas pelo Secretário-Geral, a pe-
dido do Conselho de Segurança ou da maioria dos Membros das 
Nações Unidas.
Artigo 21. A assembleia Geral adotará suas regras de processo e 
elegerá seu presidente para cada sessão.
Artigo 22. A assembleia Geral poderá estabelecer os órgãos sub-
sidiários que julgar necessários ao desempenho de suas funções.
CAPITULO V - CONSELHO DE SEGURANÇA 
Composição
Artigo 23. 1. O Conselho de Segurança será composto de quinze 
Membros das Nações Unidas. A República da China, a França, a 
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o Reino Unido da Grã-
-Bretanha e Irlanda do norte e os Estados unidos da América serão 
membros permanentes do Conselho de Segurança. A assembleia 
Geral elegerá dez outros Membros das Nações Unidas para Mem-
bros não permanentes do Conselho de Segurança, tendo especial-
mente em vista, em primeiro lugar, a contribuição dos Membros 
das Nações Unidas para a manutenção da paz e da segurança 
internacionais e para os outros propósitos da Organização e tam-
bém a distribuição geográfica equitativa.
2. Os membros não permanentes do Conselho de Segurança 
serão eleitos por um período de dois anos. Na primeira eleição 
dos Membros não permanentes do Conselho de Segurança, que 
se celebre depois de haver-se aumentado de onze para quinze o 
número de membros do Conselho de Segurança, dois dos quatro 
membros novos serão eleitos por um período de um ano. Nenhum 
membro que termine seu mandatopoderá ser reeleito para o pe-
ríodo imediato.
3. Cada Membro do Conselho de Segurança terá um representante.
Funções e atribuições
Artigo 24. 1. A fim de assegurar pronta e eficaz ação por parte 
das Nações Unidas, seus Membros conferem ao Conselho de Se-
gurança a principal responsabilidade na manutenção da paz e da 
segurança internacionais e concordam em que no cumprimento 
dos deveres impostos por essa responsabilidade o Conselho de 
Segurança aja em nome deles.
2. No cumprimento desses deveres, o Conselho de Segurança 
agirá de acordo com os Propósitos e Princípios das Nações Uni-
das. As atribuições específicas do Conselho de Segurança para o 
cumprimento desses deveres estão enumeradas nos Capítulos VI, 
VII, VIII e XII.
3. O Conselho de Segurança submeterá relatórios anuais e, 
quando necessário, especiais à assembleia Geral para sua 
consideração.
Artigo 25. Os Membros das Nações Unidas concordam em aceitar 
e executar as decisões do Conselho de Segurança, de acordo com 
a presente Carta.
Artigo 26. A fim de promover o estabelecimento e a manuten-
ção da paz e da segurança internacionais, desviando para arma-
mentos o menos possível dos recursos humanos e econômicos 
do mundo, o Conselho de Segurança terá o encargo de formular, 
com a assistência da Comissão de Estado Maior, a que se refere o 
Artigo 47, os planos a serem submetidos aos Membros das Nações 
Unidas, para o estabelecimento de um sistema de regulamenta-
ção dos armamentos.
Votação
Artigo 27. 1. Cada membro do Conselho de Segurança terá um 
voto.
2. As decisões do conselho de Segurança, em questões proces-
suais, serão tomadas pelo voto afirmativo de nove Membros.
3. As decisões do Conselho de Segurança, em todos os outros 
assuntos, serão tomadas pelo voto afirmativo de nove membros, 
inclusive os votos afirmativos de todos os membros permanentes, 
ficando estabelecido que, nas decisões previstas no Capítulo VI e 
no parágrafo 3 do Artigo 52, aquele que for parte em uma contro-
vérsia se absterá de votar.
Artigo 28. 1. O Conselho de Segurança será organizado de ma-
neira que possa funcionar continuamente. Cada membro do 
Conselho de Segurança será, para tal fim, em todos os momentos, 
representado na sede da Organização.
2. O Conselho de Segurança terá reuniões periódicas, nas quais 
cada um de seus membros poderá, se assim o desejar, ser repre-
sentado por um membro do governo ou por outro representante 
especialmente designado.
3. O Conselho de Segurança poderá reunir-se em outros lugares, 
fora da sede da Organização, e que, a seu juízo, possam facilitar o 
seu trabalho.
Índice
Policiais
Carreiras
Direito Administrativo
Índice
DIREITO ADMINISTRATIVO
1. LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 ........................ 219
2. LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 ............................ 240
3. LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 ............................244
4. LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995 .....................267
5. LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999 ....................... 273
219 LEI Nº 8.112/90
DIR
ADM
1. LEI Nº 8.112, DE 11 DE 
DEZEMBRO DE 1990
DISPÕE SOBRE O REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚ-
BLICOS CIVIS DA UNIÃO, DAS AUTARQUIAS E DAS FUNDAÇÕES 
PÚBLICAS FEDERAIS
TÍTULO I - CAPÍTULO ÚNICO - DAS DISPO-
SIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos 
Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e 
das fundações públicas federais.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente 
investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilida-
des previstas na estrutura organizacional que devem ser cometi-
das a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, 
são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos 
cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos 
previstos em lei.
TÍTULO II - DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, 
REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E 
SUBSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I- DO PROVIMENTO
Seção I - Disposições Gerais
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros 
requisitos estabelecidos em lei.
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito 
de se inscrever em concurso público para provimento de cargo 
cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são 
portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por 
cento) das vagas oferecidas no concurso.
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tec-
nológica federais poderão prover seus cargos com professores, 
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os 
procedimentos desta Lei. 
Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato 
da autoridade competente de cada Poder.
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
II - promoção;
III - Revogado
IV - Revogado
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.
Seção II - Da Nomeação
Art. 9º A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provi-
mento efetivo ou de carreira;
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de 
confiança vagos. 
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou 
de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, in-
terinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atri-
buições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar 
pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. 
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de 
provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de 
classificação e o prazo de sua validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desen-
volvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão 
estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira 
na Administração Pública Federal e seus regulamentos. 
Seção III - Do Concurso Público
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo 
ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regu-
lamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição 
do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando in-
dispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção 
nele expressamente previstas. 
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, po-
dendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua reali-
zação serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial 
da União e em jornal diário de grande circulação.
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato apro-
vado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
Seção IV - Da Posse e do Exercício
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no 
qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabili-
dades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão 
ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalva-
dos os atos de ofício previstos em lei.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publica-
ção do ato de provimento. 
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação 
do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do 
art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas 
«a», «b», «d», «e» e «f», IX e X do art. 102, o prazo serácontado do 
término do impedimento. 
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por 
nomeação. 
 220 
CÓDIGO ALFACON - CARREIRAS POLICIAIS
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens 
e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao 
exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não 
ocorrer no prazo previsto no § 1º deste artigo.
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção 
médica oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julga-
do apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo 
público ou da função de confiança. 
§ 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo 
público entrar em exercício, contados da data da posse. 
§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem 
efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não 
entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado 
o disposto no art. 18. 
§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde 
for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício. 
§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com a 
data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor 
estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, 
hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do 
impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. 
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exer-
cício serão registrados no assentamento individual do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará 
ao órgão competente os elementos necessários ao seu assenta-
mento individual.
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é 
contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de 
publicação do ato que promover o servidor. 
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em 
razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou 
posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, 
trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retoma-
da do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse 
prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. 
§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afasta-
do legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a 
partir do término do impedimento. 
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no 
caput. 
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em 
razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respei-
tada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e 
observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas 
diárias, respectivamente. 
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança 
submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado 
o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que hou-
ver interesse da Administração. 
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho 
estabelecida em leis especiais. 
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo 
de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por pe-
ríodo de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e 
capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do car-
go, observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19 - estabeleceu 
o prazo de três anos)
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.
§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio proba-
tório, será submetida à homologação da autoridade competente 
a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão 
constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a 
lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo 
da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos 
I a V do caput deste artigo. 
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonera-
do ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, 
observado o disposto no parágrafo único do art. 29.
§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer 
cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia 
ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente 
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos 
de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Gru-
po-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, 
ou equivalentes. 
§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser 
concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, 
incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar 
de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para 
outro cargo na Administração Pública Federal. 
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os 
afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim 
na hipótese de participação em curso de formação, e será retoma-
do a partir do término do impedimento. 
Seção V - Da Estabilidade
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado 
em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço 
público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (prazo de 
3 anos - vide EMC nº 19)
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sen-
tença judicial transitada em julgado ou de processo administrati-
vo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
Seção VI - Da Transferência
Art. 23. Revogado
Seção VII - Da Readaptação
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de 
atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que 
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em 
inspeção médica.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será 
aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, 
respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equiva-
lência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo 
vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até 
a ocorrência de vaga. 
221 LEI Nº 8.112/90
DIR
ADM
Seção VIII - Da Reversão
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsisten-
tes os motivos da aposentadoria; ou 
II - no interesse da administração, desde que: 
a) tenha solicitado a reversão; 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
c) estável quando na atividade; 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à 
solicitação; 
e) haja cargo vago. 
§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante 
de sua transformação. 
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será conside-
rado para concessão da aposentadoria. 
§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servi-
dor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência 
de vaga. 
§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da adminis-
tração perceberá, em substituição aos proventos da aposentado-
ria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com 
as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à 
aposentadoria. 
§ 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos 
calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos 
cinco anos no cargo. 
§ 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. 
Art. 26. Revogado
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completa-
do 70 (setenta) anos de idade.
Seção IX - Da Reintegração
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no 
cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua 
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão ad-
ministrativa

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