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APROVAÇÃO ÁGIL DIREITO CONSTITUCIONAL TRT

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DIREITO 
CONSTITUCIONAL 
TÉCNICO TRT (Geral) 
ATUALIZADO EM 11/2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 2 
 
 
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APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 3 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL TRT (Geral) 
 
Constituição: princípios fundamentais ........................................................................................ 4 
Da aplicabilidade das normas constitucionais: normas de eficácia plena: contida e 
limitada; normas programáticas .................................................................................................. 6 
Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e coletivos; 
dos direitos sociais; dos direitos de nacionalidade; dos direitos políticos ....................... 7 
Da organização político-administrativa: das competências da União, Estados e 
Municípios ....................................................................................................................................... 28 
Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos ....................... 35 
Da organização do Estado: Da Organização dos Poderes: Do Poder Legislativo; do 
Poder Executivo; do Poder Judiciário ...................................................................................... 45 
Das funções essenciais à Justiça: Do Ministério Público; da Advocacia Pública: da 
Advocacia e da Defensoria Públicas ........................................................................................ 89 
Notas sobre as atualizações ...................................................................................................... 95 
 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 4 
 
Constituição: princípios fundamentais 
 
Importante você diferenciar (tema cobrado em provas): 
- o art. 1º da CF trata sobre fundamentos da República ou princípios fundamentais; 
- o art. 3º da CF trata sobre objetivos da República; 
- o art. 4º da CF trata sobre princípios internacionais. 
 
As questões vão tentar confundir você, colocando pedindo no enunciado para você anotar qual é o 
fundamento da República, mas as alternativas vão misturar com objetivos da República e princípios 
internacionais. 
 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e 
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
 
I - a soberania; 
 
II - a cidadania 
 
III - a dignidade da pessoa humana; 
 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
 
V - o pluralismo político. 
 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos 
ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
Nota: Para decorar os fundamentos – SO – CI – DIG –VAL - PLU; 
 
*Forma de governo, sistema de governo, forma de Estado. 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação. 
 
Atenção! Os concursos costumam cobrar se o candidato sabe a diferença entre o que é princípio 
e o que é objetivo. Uma dica é perceber que os objetivos sempre começam com um verbo! 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios: 
 
I - independência nacional; 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 5 
 
II - prevalência dos direitos humanos; 
 
III - autodeterminação dos povos; 
 
IV - não-intervenção; 
 
V - igualdade entre os Estados; 
 
VI - defesa da paz; 
 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
 
X - concessão de asilo político. 
 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e 
cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de 
nações. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 6 
 
Da aplicabilidade das normas constitucionais: normas de eficácia plena: contida 
e limitada; normas programáticas 
 
Normas de eficácia plena 
 
São aquelas que desde a entrada em vigor da Constituição produzem todos os seus efeitos 
essenciais. Não precisam ser regulamentadas e não podem ser restringidas. 
 
Exemplo: Art. 5º, inciso II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei. 
 
Normas de eficácia contida 
 
Também é conhecida como norma constitucional de conteúdo restringível. O constituinte regulou 
suficientemente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à autuação 
restritiva por parte da competência discricionária do Poder Público. 
 
Exemplo: Art. 5º, inciso XIII – É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão atendida 
as qualificações que a lei estabelecer. 
 
Neste caso, é livre o exercício de todo e qualquer trabalho, porém o Poder Público pode restringir 
o alcance desta norma e estabelecer requisitos para que, após regular cumprimento, possa haver o 
pleno exercício deste trabalho. 
 
Normas de eficácia limitada 
 
Somente possuirão aplicabilidade plena após o Poder Público editar uma lei para regulamentá-la. 
 
Exemplo. Art. 7º, inciso XI, da Constituição Federal: participação nos lucros, ou resultados, 
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme 
definido em lei; 
 
O trabalhador somente terá direito a participação nos lucros e resultados, bem como a participação 
na gestão empresarial depois que for editada uma norma que regulamente o tema. 
 
As normas de eficácia limitada, de acordo com a maioria da doutrina, se dividem em normas 
programáticas e normas de princípio institutivo ou organizativo. 
 
Normas de princípio programático 
 
São aquelas em que foram fixados princípios e diretrizes para que os órgãos e entes estatais 
devem observar para atender às vontades do legislador constituinte, e alcançar a efetividade da 
norma constitucional.Normas de princípio institutivo ou organizativo 
 
São as normas constitucionais que trazem estruturação do estado, como a norma que estipula que 
os Territórios integram a União. São também as normas que instituem direitos, mas que não têm 
um fundo de eficácia, como por exemplo, o artigo da Constituição que trata da instituição da 
participação nos lucros e resultados e gestão na empresa. Sem a edição de lei regulamentando 
tais direitos, a norma constitucional não tem nenhuma aplicabilidade. 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 7 
 
Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e 
coletivos; dos direitos sociais; dos direitos de nacionalidade; dos direitos 
políticos 
 
 
Gerações ou dimensões dos direitos fundamentais 
 
Os direitos fundamentais foram paulatinamente conquistados pela humanidade, tudo de acordo 
com os momentos históricos. 
 
Por isso, fala-se em gerações dos direitos fundamentais. Liga-se, portanto, ao momento histórico 
em que foram consagrados os direitos fundamentais. 
 
1ª dimensão – os direitos de primeira dimensão são os direitos civis e políticos. Pense-se numa 
época em que a maioria do planeta era regida por monarquia, sendo grande parte dela absolutista. 
Também era vigente o feudalismo. 
Não havia a noção que hoje temos de liberdade individual e nem mesmo o direito ao cidadão 
comum de participação nas decisões políticas. 
A primeira dimensão de direitos fundamentais é ligada, portanto, a um princípio de liberdade. 
Nos direitos de primeira dimensão, verifica-se um não fazer por parte do Estado. Ou seja, nos 
direitos de primeira dimensão, há a ideia de que o Estado não pode interferir na esfera particular 
do indivíduo. 
 
2ª dimensão – os direitos de segunda dimensão são os direitos sociais, culturais e econômicos e 
decorrem da próxima fase histórica da civilização ocidental: a burguesia ascende como classe 
social e política e, com isso, o entendimento prevalecente era o de total liberdade econômica. O 
que decorreu disso foi grande desigualdade e a colocação de certos grupos de pessoas à margem 
das decisões da sociedade, não por uma vedação jurídica, mas por uma imposição de fato: tais 
pessoas não tinham condições fáticas de contribuir para as decisões da sociedade como um todo. 
Disso surgiu a ideia dos direitos sociais, culturais e econômicos, ligados a um princípio de 
solidariedade. 
Nos direitos de segunda dimensão, diferente dos de primeira, verifica-se uma obrigação de fazer 
por parte do Estado. Ou seja, o Estado tem de garantir determinados preceitos mínimos 
civilizatórios para o indivíduo. 
 
3ª dimensão – são os direitos ligados ao meio ambiente equilibrado, ao patrimônio comum da 
humanidade. Verifica-se a existência de direitos transindividuais, ou seja, direitos difusos, 
pertencentes não a um indivíduo, mas a um grupo indeterminado de pessoas ou até mesmo à 
sociedade em geral. 
 
São direitos ligados à ideia de fraternidade. 
 
Existem outras dimensões de direitos fundamentais indicados pela doutrina, mas não existe 
consenso. Essas três dimensões são de senso comum na doutrina. O perfil de prova, tanto objetiva 
ou discursiva, não vai exigir conhecimento sobre as demais dimensões de direitos fundamentais. 
 
 
 
Mínimo existencial e reserva do possível 
 
Você viu que os direitos fundamentais têm algumas dimensões e alguns desses direitos 
fundamentais geram obrigações de fazer para o Estado. Nesse contexto, surge a ideia de mínimo 
existencial. Mínimo existencial é a consecução de direitos sociais pelo Estado, de forma a garantir a 
dignidade da pessoa humana. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 8 
 
STF, RE 639.337 – “‘a noção de mínimo existencial, que resulta, por implicitude, de determinados 
preceitos constitucionais (CF, art. 1º, III, e art. 3º, III), compreende um complexo de prerrogativas 
cuja concretização releva-se capaz de garantir condições adequadas de existência digna, em 
ordem a asseguras à pessoa acesso efetivo ao direito geral de liberdade e, também, a prestações 
positivas originárias do Estado, viabilizadoras da plena fruição de direitos sociais básicos, tais como 
o direito à educação, o direito à proteção integral da criança e do adolescente, o direito à saúde, o 
direito à assistência social, o direito à moradia, o direito à alimentação e o direito a segurança’. 
 
Reserva do possível, por outro lado, é quando o Estado diz que deve haver limitações financeiras e 
orçamentárias que torna impossível o cumprimento. Assim, devem juiz e Administrador sopesar, no 
caso concreto, o mínimo existencial e a reserva do possível. 
 
Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e coletivos 
 
Nota: o Supremo Tribunal Federal já decidiu que o rol de direitos fundamentais do artigo 5º da 
Constituição Federal não é taxativo. Por isso, pode haver direitos fundamentais não previstos no 
artigo 5º, como por exemplo o princípio da anterioridade tributária (artigo 150, III, da Constituição 
Federal). 
 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
Nota: Este artigo traduz o princípio constitucional da igualdade (da paridade ou da isonomia). 
 
Atenção! Este princípio trata da igualdade material, ou seja, da igualdade efetiva, realizada de fato, 
e não da isonomia formal (aquela que apenas consta da letra fria da lei, e não alcança o plano 
fático) 
 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
 
Nota: Princípio da legalidade. 
 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem; 
 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos 
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e 
militares de internação coletiva; 
 
Nota: Apesar do Brasil ser um Estado sem uma religião oficial, a assistência religiosa é possível 
em qualquer lugar, tanto em entidades civis como militares. 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 9 
 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou 
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o 
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 
por determinação judicial; 
 
Nota: O conceito de “casa” compreende “(a) qualquer compartimento habitado, (b) qualquer 
aposento ocupado de habitação coletiva e (c) qualquer compartimento privado onde alguém 
exerce profissão ou atividade” (decisão do STF, RE 251.445, Relator Ministro Celso de Mello, DJ 
de 03.08.2000) 
Para parte da doutrina, a expressão “durante o dia”, abrange o período de tempo compreendido 
entre 06h00 e 18h00. Para outra parte, compreende o períodode tempo compreendido entre a 
aurora e o crepúsculo (período de iluminação solar). 
Sem o consentimento do morador a casa somente será violável nos seguintes casos: 
- Durante a noite: Flagrante delito (crimes que estejam acontecendo ou acabaram de acontecer), 
desastre, ou prestação de socorro. 
- Durante o dia: Flagrante delito, desastre, prestação de socorro para prestar socorro e também 
por determinação judicial. 
O STF também decidiu que a apreensão de livros contábeis e documentos fiscais realizada em 
escritório de contabilidade, por agentes da Fazenda Pública ou policiais, sem mandado judicial ou 
anuência do responsável pelo escritório é prova ilícita, por ofender a inviolabilidade do domicílio 
(HC 93.050, STF). 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a 
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 
 
A gravação ambiental de conversa feita por um dos interlocutores não é a mesma coisa que 
interceptação telefônica, não violando o artigo 5º, XII, da CF (RE 453.562-AgR, Rel. Min. Joaquim 
Barbosa) 
 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando 
necessário ao exercício profissional; 
 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos 
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; 
Atenção: O direito de reunião é garantido a todos desde que de forma pacífica e não frustre outra 
reunião anteriormente marcada. Note que não é necessário a autorização, mas tão somente uma 
comunicação a autoridade responsável. 
 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 10 
 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, 
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
 
Nota: Portanto, para que seja extinta a associação, será necessária decisão judicial da qual não 
caiba mais recurso (decisão transitada em julgado). Para a suspensão das atividades associativas 
tal requisito não será necessário, sendo possível a suspensão apenas por decisão judicial no 
curso de determinado processo judicial. 
 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
 
Nota: Princípio da liberdade associativa. Tal direito aplica-se tanto a pessoas físicas como jurídicas 
(por exemplo, um sindicato tem o direito à livre associação a uma ou outra federação sindical). 
Esta liberdade ainda pode ser vista tanto de seu aspecto positivo (direito a associar-se a 
determinada entidade), como em seu aspecto negativo (direito a desassociar-se de um ente 
associativo). 
 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
 
Atenção! em caso de associações sindicais (sindicatos) não é necessária a autorização expressa 
dos representados. Vide art. 8º, inciso III desta Constituição. 
 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade 
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os 
casos previstos nesta Constituição; 
 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não 
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, 
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; 
 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas 
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz 
humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que 
participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e 
associativas; 
 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, 
bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a 
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e 
econômico do País; 
 
XXX - é garantido o direito de herança; 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 11 
 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei 
pessoal do "de cujus"; 
 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, 
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e 
do Estado: 
 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso 
de poder; 
 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal; 
 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
 
Nota: Princípio da inafastabilidade da jurisdição (poder-dever do Estado de solucionar os conflitos 
trazidos ao Poder Judiciário). 
 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
 
Nota - Princípio da segurança jurídica: 
Significados: 
- Direito adquirido: aquele direito que já integra a personalidade ou patrimônio de determinada 
pessoa. 
- Ato jurídico perfeito: ato (ou pluralidade de atos) que já alcançou(aram) seus efeitos, ou seja, que 
já está(ão) consumado(s), constituindo, modificando ou extinguindo determinadas relação 
jurídicas. 
- Coisa julgada: decisão judicial da qual não caiba mais recurso (trânsito em julgado ou preclusão 
máxima). 
 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
 
Nota: Princípio do juiz natural. Trata da proibição constitucional da criação de órgão jurisdicional 
para julgamento de casos específicos ocorridos em momento anterior a sua criação. 
 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: 
 
a) a plenitude de defesa; 
 
b) o sigilo das votações; 
 
c) a soberania dos veredictos; 
 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
 
Nota: Crime doloso: Aquele no qual o agente ativo (aquele que comete o crime) tem a intenção de 
obter o resultado criminoso. 
 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
 
Nota: Princípio da legalidade e anterioridade da lei penal incriminadora. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITOCONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 12 
 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
 
Nota: Princípio da irretroatividade da lei penal. A lei penal só “volta atrás” se for para beneficiar o 
réu. 
 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; 
 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 
nos termos da lei; 
 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, 
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes 
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se 
omitirem; 
 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, 
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
 
Atenção! Os examinadores costumam confundir o candidato com tais diferenças entre os incisos 
XLII, XLIII e XLIV). 
 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e 
a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra 
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; 
 
Nota: Princípio da intransmissibilidade da pena. As indenizações devidas pelo “de cujus” (falecido) 
serão sempre executadas apenas até o valor de sua herança. 
 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
 
XLVII - não haverá penas: 
 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a 
idade e o sexo do apenado; 
 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos 
durante o período de amamentação; 
 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, na forma da lei; 
 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 13 
 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
 
Nota: Princípio do juiz natural, diretamente relacionado com o inciso XXXVII, acima. 
 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
 
Nota: Princípio do devido processo legal. Prevalece o entendimento que deste princípio 
constitucional decorrem os demais princípios processuais, dentre eles: princípio do duplo grau de 
jurisdição (direito a recurso); princípio do juiz e promotor natural, princípio do contraditório; 
princípio da ampla defesa; princípio da proibição de prova ilícita; princípio da motivação das 
decisões; princípio da publicidade das decisões; princípio da razoável duração do processo e 
princípio da presunção de inocência. 
 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
 
Nota: Princípio do contraditório e da ampla defesa. 
 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
 
Nota: Princípio da proibição de prova ilícita. 
 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
 
Nota: Princípio da presunção de inocência. 
 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses 
previstas em lei; 
 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo 
legal; 
 
Nota: A ação penal pública é de titularidade do Ministério Público (art. 129, I, desta Constituição). 
Em caso de inércia do MP na propositura da ação, caberá a propositura ação privada de forma 
subsidiária. 
 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou 
o interesse social o exigirem; 
 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei; 
 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente 
ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado; 
 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial; 
 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 14 
 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, 
com ou sem fiança; 
 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
 
Atenção! Atualmente é possível a prisão civil por dívida apenas em caso de falta de pagamento 
injustificável de obrigação alimentícia. Nos termos da Súmula Vinculante nº 25 do STF: “É ilícita a 
prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”. Aplicação da 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de S. José da Costa Rica), art. 7º, § 7º. 
 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado 
por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder 
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
 
Atenção! O mandado de segurança, somente é possível nos casos em que não é cabível o 
habeas-corpus ou habeas-data. 
 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; 
 
Nota: No caso do item “b”, o requisito de “funcionamento há pelo menos um ano” na defesa dos 
interesses de associados só se aplica às associações. 
 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne 
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo; 
 
Súmula 2 do STJ – Não cabe o habeas data (…) se não houve recusa de informações por parte da 
autoridade administrativa. 
 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídicaintegral e gratuita aos que comprovarem insuficiência 
de recursos; 
 
Nota: A Lei nº 1.060/1950 e o Código de Processo Civil estabelece normas para a concessão de 
assistência judiciária aos necessitados. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 15 
 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do 
tempo fixado na sentença; 
 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
 
a) o registro civil de nascimento; 
 
b) a certidão de óbito; 
 
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos 
necessários ao exercício da cidadania. 
 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do 
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
Nota: Princípio da razoável duração do processo ou da celeridade processual. 
 
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
 
Nota: Significa dizer que as normas do presente Título da Constituição, que engloba as normas 
definidoras de direitos e garantias fundamentais dos indivíduos, tem eficácia plena, ou seja, 
devem ser aplicadas independentemente de normas infraconstitucionais que regulem as matérias 
aqui especificadas (são autoaplicáveis). 
 
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do 
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte. 
 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em 
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
 
Nota: Portanto, tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos, aprovados de forma 
equivalente às emendas constitucionais (3/5 dos votos, em dois turnos, na câmara e no Senado) 
têm força de norma constitucional. Os únicos exemplos de normas enquadradas neste parágrafo, 
incluído pela Emenda Constitucional nº 45/2004, são os Decretos nº 6.949/2009 e 9.522/2018, 
que promulgaram a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu 
Protocolo Facultativo e o Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às 
Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou com Outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto 
Impresso. 
 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha 
manifestado adesão. 
 
 
Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos sociais 
 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, 
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição. 
 
Atenção! No art. 7º da Constituição Federal, para facilitação dos estudos, foram marcados em 
negrito os incisos que dispõem sobre direitos já assegurados aos empregados domésticos. 
Também foram marcados em itálico os incisos que dispõem sobre direitos dos trabalhadores 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 16 
 
domésticos que dependem de regulação legal, conforme parágrafo único incluído pela EC 
72/2013. 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
 
Nota: Princípio da aplicação da norma mais benéfica ao trabalhador. 
 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 
 
Nota: esta norma não é autoaplicável (não tem aplicabilidade enquanto não publicada referida Lei 
Complementar). 
 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
 
Nota: Desemprego involuntário: ocorrido, em regra, no caso de dispensa do empregado sem justa 
causa. 
 
Súmula nº 389 do TST - Seguro-desemprego. Competência da Justiça do Trabalho. Direito à 
indenização por não liberação de guias. 
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e 
empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-
desemprego. 
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-
desemprego dá origem ao direito à indenização. 
 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
 
Nota: Regulamento: Lei nº 8.036/90. 
 
IV- salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades 
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, 
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
 
Nota: Vide súmula vinculante nº 04 do STF e súmula nº 228 do TST: 
 
Súmula Vinculante nº 04 do STF - Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não 
pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de 
empregado, nem ser substituído por decisão judicial. 
 
Súmula nº 228 do TST - 228. Adicional de insalubridade. Base de cálculo - A partir de 9 de maio 
de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional 
de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em 
instrumento coletivo. 
 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
 
Nota: Princípio da intangibilidade ou irredutibilidade salarial, flexionado apenas em excepcionais 
circunstâncias, por determinado período e sempre por meio de norma coletiva. 
 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 17 
 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
 
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
 
Nota: A CLT fixa como adicional noturno 20% sobre as verbas de natureza salarial, para o trabalho 
realizado entre 22 horas e 05 horas do outro dia (vide súmulas 60 e 264 do TST) com a hora 
noturna reduzida, de forma ficta, para 52 minutos e 30 segundos. (art. 73). 
 
Para os trabalhadores rurais há norma específica: Lei nº 5.889/73: adicional de 25% para o 
trabalho executado 21 horas de um dia e as 05 horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as 20 de 
um dia e as 04 horas do dia seguinte, na atividade pecuária, sem a redução ficta da jornada. 
 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
 
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
 
Nota: preenchidos os requisitos da Lei nº 10.101/2000, a PLR (participação nos lucros e resultados) 
não terá natureza salarial, portanto. Vide súmula nº 451 do TST: 
 
Súmula nº 451 do TST - Participação nos lucros e resultados. Rescisão contratual anterior á data 
da distribuição dos lucros. Pagamento proporcional aos meses trabalhados. Princípio da isonomia. 
- Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma regulamentar 
que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e resultados ao fato de estar o 
contrato de trabalho em vigor na data prevista para a distribuição dos lucros. Assim, inclusive na 
rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos 
meses trabalhados, pois o ex-empregado concorreu para os resultados positivos da empresa. 
 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
 
Nota: Regulamento: Lei nº 8.213/91 – art. 65 e seguintes – pagopor filho ou equiparado de 
qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade ou inválido de qualquer idade (art. 66). 
 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho; 
 
Nota: Compensação de jornada deve ser sempre por escrito, e não pode haver norma coletiva em 
sentido contrário: súmula º 85 do TST. Banco de horas: apenas pode ser instituído por norma 
coletiva: súmula nº 85, V do TST. 
 
Súmula nº 85 do TST - Compensação de jornada 
 
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo 
coletivo ou convenção coletiva. 
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em 
sentido contrário. 
III. O mero não-atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive 
quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas 
excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido 
apenas o respectivo adicional. 
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. 
Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como 
horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais 
apenas o adicional por trabalho extraordinário. 
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade 
“banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva. 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 18 
 
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que 
estipulado em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade 
competente, na forma do art. 60 da CLT. 
 
Atenção! Esta súmula é muito cobrada, e muitos de seus itens contêm entendimentos contrários à 
recente reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017 – art. 58-A a 61 da CLT), e que ainda não foram 
atualizados pelo TST, conforme você verá no capítulo que trata da jornada de trabalho. Fique 
atento(a)! 
 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva; 
 
Nota: Vide súmulas nº 110, 360 e 423 do TST. 
 
Súmula nº 110 do TST - Jornada de trabalho. Intervalo - No regime de revezamento, as horas 
trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 
horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, 
inclusive com o respectivo adicional. 
 
Súmula nº 360 do TST - Turnos ininterruptos de revezamento. Intervalos intrajornada e semanal - 
A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo 
para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas 
previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988. 
 
Súmula nº 423 do TST - Turno ininterrupto de revezamento. Fixação de jornada de trabalho 
mediante negociação coletiva. Validade - Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a 
oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos 
ininterruptos de revezamento não têm direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras 
 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
 
Nota: Súmulas do TST sobre DSR (Descanso Semanal Remunerado): 
 
15 - Atestado médico - A justificação da ausência do empregado motivada por doença, para a 
percepção do salário-enfermidade e da remuneração do repouso semanal, deve observar a 
ordem preferencial dos atestados médicos estabelecida em lei. 
 
27- Comissionista - É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao 
empregado comissionista, ainda que pracista. 
146 - Trabalho em domingos e feriados, não compensado - O trabalho prestado em domingos e 
feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao 
repouso semanal. 
 
225 - Repouso semanal. Cálculo. Gratificações por tempo de serviço e produtividade - As 
gratificações por tempo de serviço e produtividade, pagas mensalmente, não repercutem no 
cálculo do repouso semanal remunerado. 
 
351 - Professor. Repouso semanal remunerado. Art. 7º, § 2º, da Lei nº 605, de 05.01.1949 e art. 
320 da CLT - O professor que recebe salário mensal à base de hora-aula tem direito ao acréscimo 
de 1/6 a título de repouso semanal remunerado, considerando-se para esse fim o mês de quatro 
semanas e meia. 
 
354 - Gorjetas. Natureza jurídica. Repercussões - As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota 
de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do 
empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, 
horas extras e repouso semanal remunerado. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 19 
 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do 
normal; 
 
Nota: Não foram recepcionados pela atual Constituição quaisquer adicionais de horas extras em 
montante inferior a 50%.O mínimo para referido adicional é sempre 50%. 
 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário 
normal; 
 
Nota: Este é o chamado terço constitucional. Não confundir com o abono pecuniário de férias, 
que consiste na “venda” de 1/3 das férias, nos termos do art. 143 da CLT. 
 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte 
dias; 
 
Nota: A lei nº 11.770/2008 instituiu Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da 
licença-maternidade, em mais 60 dias, mediante concessão de incentivo fiscal. As empregadas 
gestantes de empresas que participam do referido programa, portanto, terão direito a licença de 
180 dias. 
 
Súmula nº 244 do TST - Gestante. Estabilidade provisória. 
 
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento 
da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). 
 
II. A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período 
de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos 
correspondentes ao período de estabilidade. 
 
III. A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea 
“b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão 
mediante contrato por tempo determinado. 
 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
 
Nota: atualmente a licença-paternidade é de 05 dias, nos termos do art. 10, §1º do Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). 
A lei nº 11.770/2008 instituiu Programa Empresa Cidadã, destinado à possibilidade de prorrogação 
da licença-paternidade, em mais 15 dias, mediante concessão de incentivo fiscal. 
 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da 
lei; 
 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da 
lei; 
 
Nota: A lei 12.506/2011 regulou este inciso. Para os empregados com até um ano de serviço o 
aviso prévio será de 30 dias. Após, serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na 
mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) 
dias. Vide ainda súmula nº 441 do TST: 
 
Súmula nº 441 do TST. Aviso prévio. Proporcionalidade. O direito ao aviso prévio proporcional ao 
tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir 
da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. 
 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança; 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 20 
 
XXIII- adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da 
lei; 
 
XXIV - aposentadoria; 
 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de 
idade em creches e pré-escolas; 
 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a 
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
 
Nota: De acordo com este inciso, portanto, a responsabilidade do empregador em caso de 
acidente de trabalho é subjetiva (depende da conduta culposa ou dolosa do contratante). 
 
Vide súmula nº 454 do TST, que trata do seguro de acidente de trabalho: 
 
Súmula nº 454 do TST - Competência da Justiça do Trabalho. Execução de ofício. Contribuição 
social referente ao seguro de acidente de trabalho (SAT). Arts. 114, VIII, e 195, I, “A”, da 
Constituição da República. - Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição 
referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a 
seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de 
benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 
22 da Lei nº 8.212/1991). 
 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do 
contrato de trabalho; 
 
Nota: Portanto é bienal (dois anos), contados a partir do término do contrato, o prazo de 
prescrição para se propor reclamação trabalhista em face do empregador. E, proposta a 
reclamação dentro do prazo descrito anteriormente, o empregador poderá ser condenado ao 
pagamento de parcelas decorrentes da relação de trabalho até o prazo máximo de 05 anos 
anteriores à data do ingresso da reclamação. Ex: Extinção do contrato em 01.01.2010. A 
reclamação poderá ser proposta até 01.01.2012 (prescrição bienal). Proposta a reclamação em 
01.01.2012, o reclamado poderá ser condenado ao pagamento de verbas trabalhistas devidas 
após 01.01.2007 (prescrição quinquenal – 05 anos). 
 
Vide súmulas 114, 153, 156, 206, 268, 294, 308, 326, 327, 373, 382 e 452 do TST. 
 
114 - Prescrição intercorrente - É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente. 
 
Atenção! Este entendimento do TST baseia-se na legislação anterior à reforma trabalhista. 
Esta é a atual redação do art. 11-A da CLT: 
“Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos. 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
§ 1o A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir 
determinação judicial no curso da execução. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
§ 2o A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em 
qualquer grau de jurisdição. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)” 
 
153 - Prescrição - Não se conhece de prescrição não argüida na instância ordinária. 
 
156 - Prescrição. Prazo - Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do 
direito de ação em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho. 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 21 
 
206 - FGTS. Incidência sobre parcelas prescritas - A prescrição da pretensão relativa às parcelas 
remuneratórias alcança o respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS. 
 
268 - Prescrição. Interrupção. Ação trabalhista arquivada - A ação trabalhista, ainda que arquivada, 
interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. 
 
294 - Prescrição. Alteração contratual. Trabalhador urbano - Tratando-se de ação que envolva 
pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição é total, 
exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. 
 
308 - Prescrição qüinqüenal 
I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista 
concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento 
da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. 
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) 
anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal 
quando da promulgação da CF/1988. 
 
326 - Complementação de aposentadoria. Prescrição total. - A pretensão à complementação de 
aposentadoria jamais recebida prescreve em 2 (dois) anos contados da cessação do contrato de 
trabalho. 
 
327 - Complementação de aposentadoria. Diferenças. Prescrição parcial - A pretensão a 
diferenças de complementação de aposentadoria sujeita-se à prescrição parcial e quinquenal, 
salvo se o pretenso direito decorrer de verbas não recebidas no curso da relação de emprego e já 
alcançadas pela prescrição, à época da propositura da ação. 
 
362. FGTS. Prescrição. 
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a 
prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, 
observado o prazo de dois anos após o término do contrato; 
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo 
prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a 
partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF). 
 
373 - Gratificação semestral. Congelamento. Prescrição parcial. - Tratando-se de pedido de 
diferença de gratificação semestral que teve seu valor congelado, a prescrição aplicável é a 
parcial. 
 
382 - Mudança de regime celetista para estatutário. Extinção do contrato. Prescrição bienal - A 
transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato de 
trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime. 
 
452. Diferenças salariais. Plano de cargos e salários. Descumprimento. Critérios de promoção não 
observados. Prescrição parcial - Tratando-se de pedido de pagamento de diferenças salariais 
decorrentes da inobservância dos critérios de promoção estabelecidos em Plano de Cargos e 
Salários criado pela empresa, a prescrição aplicável é a parcial, pois a lesão é sucessiva e se 
renova mês a mês. 
 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do 
trabalhador portador de deficiência; 
 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais 
respectivos; 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 22 
 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer 
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o 
trabalhador avulso. 
 
Nota: trabalhador avulso é aquele que, por intermédio de um Órgão Gestor de Mão de Obra 
(OGMO) ou de um sindicato, presta serviços pessoalmente a diversos tomadores, sem vínculo de 
emprego. Atenção: não confundir com trabalhador eventual. 
 
A lei nº 12.815/2013 trata do trabalhador avulso portuário, e a lei nº 12.023/2009 trata do trabalho 
avulso não portuário. 
 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos 
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e 
XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento 
das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas 
peculiaridades,os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à 
previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) 
 
Atenção! Em 01.06.2015 foi publicada a Lei Complementar 150, que regulamenta este parágrafo 
único. 
 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
 
Nota: Princípio da liberdade sindical. Derivação da liberdade associativa (art. 5º, XX). 
 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro 
no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização 
sindical; 
 
Nota: Liberdade sindical em face do Estado – autonomia sindical. Atenção: o Ministério do 
Trabalho ainda é responsável apenas pelo registro das entidades sindicais, para controle da 
unicidade sindical, porém é vedada da intervenção na administração das entidades. (súmula nº 
677 do STF). 
 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de 
categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos 
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; 
 
Nota: Princípio da unicidade sindical. 
 
Atenção! Não confundir unicidade (de único, relativo a um único sindicato por município) com 
unidade (de união, coesão) sindical. As bancas costumam confundir os candidatos com tais 
conceitos. 
 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, 
inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
 
Nota: é desnecessária qualquer autorização para a defesa do sindicato de direitos dos integrantes 
da categoria (Decisão do STF, RE 210.029, Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 12-
6-2006, Plenário, DJ de 17-8-2007). 
 
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será 
descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, 
independentemente da contribuição prevista em lei; 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 23 
 
 
Nota: A única contribuição expressamente fixada na Constituição é a confederativa. “A 
contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao 
sindicato respectivo.” (Súmula 666 do STF). 
 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
 
Nota: Liberdade de sindicalização, em sua faceta positiva (direito de filiar-se) e negativa (direito de 
não manter-se filiado). 
 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 
 
Nota: Apenas a participação do sindicato dos empregados é obrigatória em negociação coletiva! 
É possível ser firmado Acordo Coletivo de Trabalho entre sindicato representativo dos 
trabalhadores (categoria profissional) e uma empresa ou um conjunto de empresas, independente 
da participação do sindicato patronal (que representa a classe econômica). 
 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; 
 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo 
de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do 
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. 
 
Nota: Estabilidade provisória do dirigente sindical – para demissão do empregado dirigente 
sindical será necessário processo judicial (inquérito para apuração de falta grave). Vide súmula nº 
369 do TST: 
 
Súmula nº 369 do TST. Dirigente sindical. Estabilidade provisória. 
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a 
comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo 
previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra 
na vigência do contrato de trabalho. 
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a 
estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de 
suplentes. 
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se 
exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito 
dirigente. 
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há 
razão para subsistir a estabilidade. 
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de 
aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra 
do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de 
colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
 
Nota: A lei nº 7.783/89 dispõe sobre o exercício do direito de greve, define as atividades 
essenciais, regula o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, e dá outras 
providências. 
 
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das 
necessidades inadiáveis da comunidade. 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 24 
 
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos 
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e 
deliberação. 
 
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um 
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os 
empregadores. 
 
CAPÍTULO III 
DA NACIONALIDADE 
 
Art. 12. São brasileiros: 
 
I - natos: 
 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes 
não estejam a serviço de seu país; 
 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja 
a serviço da República Federativa do Brasil; 
 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados 
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e 
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
 
II - naturalizados: 
 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países 
de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais 
de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade 
brasileira. 
 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de 
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta 
Constituição. 
 
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos 
casos previstos nesta Constituição. 
 
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
 
Atenção! Rol muito cobrado nos concursos. Decore! 
 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa. 
 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao 
interesse nacional; 
APROVAÇÃOÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 25 
 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado 
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos 
civis; 
 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. 
 
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo 
nacionais. 
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. 
 
CAPÍTULO IV 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
 
I - plebiscito; 
 
II - referendo; 
 
III - iniciativa popular. 
 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
 
II - facultativos para: 
 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos. 
 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
 
I - a nacionalidade brasileira; 
 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
 
III - o alistamento eleitoral; 
 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 
V - a filiação partidária; 
 
VI - a idade mínima de: 
 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e 
juiz de paz; 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 26 
 
d) dezoito anos para Vereador. 
 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e 
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um 
único período subseqüente. 
 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e 
do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes 
do pleito. 
 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos 
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado 
ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, 
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, 
a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada 
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do 
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta 
ou indireta. 
 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias 
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou 
fraude. 
 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na 
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
 
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre 
questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 
(noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número 
de quesitos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) 
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos 
termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita 
no rádio e na televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos 
de: 
 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
 
II - incapacidade civil absoluta; 
 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, 
VIII; 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 27 
 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se 
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
 
 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 28 
 
Da organização político-administrativa: das competências da União, Estados e 
Municípios 
 
TÍTULO III 
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
 
CAPÍTULO I 
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta 
Constituição. 
 
Nota: A República Federativa do Brasil é composta por 04 entes: União, Estado, Distrito Federal e 
Município. A União é a Administração Pública Federal representada pelo Presidente da República, 
o qual é responsável pelos interesses de âmbito nacional e por representar o Brasil perante os 
países estrangeiros. 
 
§ 1º - Brasília é a Capital Federal. 
 
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou 
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
 
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem 
a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei 
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação 
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
 
Art. 18-A. Os atos administrativos praticados no Estado do Tocantins, decorrentes de sua 
instalação, entre 1º de janeiro de 1989 e 31 de dezembro de 1994, eivados de qualquer vício 
jurídico e dos quais decorram efeitos favoráveis para os destinatários ficam convalidados após 5 
(cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (Redação 
dada pela Emenda constitucional nº 110, de 2021) 
 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou 
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma 
da lei, a colaboração de interesse público; 
 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
 
CAPÍTULO II 
DA UNIÃO 
 
[...] 
 
Art. 21. Compete à União: 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 29 
 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; 
 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
 
III - assegurar a defesanacional; 
 
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo 
território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
 
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
 
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
 
VII - emitir moeda; 
 
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, 
especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência 
privada; 
 
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de 
desenvolvimento econômico e social; 
 
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de 
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de 
um órgão regulador e outros aspectos institucionais; 
 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 
 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; 
 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, 
em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; 
 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; 
 
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, 
ou que transponham os limites de Estado ou Território; 
 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; 
 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
 
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios 
e a Defensoria Pública dos Territórios; 
 
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito 
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços 
públicos, por meio de fundo próprio; 
 
Atenção! Somente as Polícias e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal são de competência da 
União. 
 
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de 
âmbito nacional; 
 
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio 
e televisão; 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 30 
 
XVII - conceder anistia; 
 
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as 
secas e as inundações; 
 
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga 
de direitos de seu uso; 
 
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e 
transportes urbanos; 
 
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; 
 
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio 
estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o 
comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: 
 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e 
mediante aprovação do Congresso Nacional; 
 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para 
a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; 
 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de 
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
 
Nota: A responsabilidade por danos nucleares é objetiva, ou seja, independente de culpa. Para 
sua caracterização basta o dano. 
 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; 
 
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma 
associativa. 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 
Nota: Para memorizar sobre o que a União pode legislar privativamente basta pensar naquilo que 
ultrapasse os interesses dos Estados ou que necessitem ser tratados de forma uniforme em todo 
o Brasil. Aquilo que se enquadrar em quaisquer destes requisitos será de competência da União. 
 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do 
trabalho; 
 
II - desapropriação; 
 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; 
 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
 
V - serviço postal; 
 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; 
 
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 31 
 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
 
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; 
 
XI - trânsito e transporte; 
 
Atenção! Lei sobre o trânsito e transporte somente pode ser elaborada pela União. A educação 
sobre a segurança no trânsito é de competência comum da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
 
XIV - populações indígenas; 
 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; 
 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; 
 
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da 
Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; 
 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; 
 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, 
inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; 
 
XXIII - seguridade social; 
 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; 
 
XXV - registros públicos; 
 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; 
 
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações 
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia 
mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; 
 
XXIX - propaganda comercial. 
 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões 
específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
 
Nota: Muito embora as matérias tratadas no artigo 22 sejam de responsabilidade privativa da 
APROVAÇÃO ÁGIL - DIREITO CONSTITUCIONAL – TÉCNICO TRT 32 
 
União, esta pode delegar tais competências para os Estados em algum caso específico através de 
Lei Complementar. 
 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o 
patrimônio público; 
 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de 
deficiência; 
 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os 
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
 
IV

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