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REGULAR CARREIRAS JURÍDICAS CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional Disciplina: Direito Penal Especial Professor: Gustavo Junqueira Aula: 05 | Data: 14/08/2019 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 1. Furto 1.3. Consumação e Tentativa 1.4. Circunstâncias do Crime CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 1. Furto 1.3. Consumação e Tentativa B) Furto de Energia – continuação Polêmica Sinal de TV a Cabo – O STF – HC 97.261- entendeu que não é energia, porque energia teria que movimentar algo. Mas o STJ RHC 030847 - consolidou que sim, que é energia. 1.4. Circunstâncias do Crime 1.4.1. Majorante – Repouso Noturno Art. 155 do CP – (...) § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. Repouso noturno é o período durante a noite no qual as pessoas de uma determinada comunidade costumam repousar. É um conceito que varia de um lugar para o outro. Comunidade rural costuma repousar mais cedo. O conceito de repouso noturno é psicossociológico, porque leva em conta o comportamento das pessoas de cada comunidade. Prevalece que a majorante se justifica pela menor vigilância comum. Por isso, não se exige que o lugar do furto esteja habitado. Hoje é pacífica a orientação pela desnecessidade ou irrelevância de pessoas dormindo no local do furto. Atualmente, tanto no STJ – HC 306.450, como no STF – HC 130.952, entendem que a majorante incide também no furto qualificado. 1.4.2. Privilégio no Furto Art. 155 do CP – (...) Página 2 de 2 § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. O privilégio reduz a pena de 1/3 a 2/3 e/ou transforma a pena de reclusão em detenção. (o que na verdade afasta o regime integral fechado) ou converte toda a pena em multa. Requisitos do Privilégio: 1. Primariedade (não exige os bons antecedente); 2. Pequeno valor da coisa – consolidada orientação do STJ que pequeno valor é aquele não insignificante e que não supera o salário mínimo. O STJ entendeu no HC 371.069 que, reconhecidos os requisitos, o privilégio é direito subjetivo do réu. Isso porque, a lei fala “pode”, o que resulta em entendimentos diferentes dos juízes. Prevalece que não importa a fortuna da vítima, tampouco a reparação do dano ou restituição do valor – STJ HC 330.156. No estelionato o privilégio está ligado ao prejuízo, mas aqui no furto é o valor. Consolidado no STJ que, reconhecido o privilégio, o juiz deve fundamentar a escolha do benefício sob pena de não substituir simplesmente a pena por multa, por exemplo.
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