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Prévia do material em texto

CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA4
TEOLOGIA
 A palavra “teologia” vem dos termos gregos “theos” 
(Deus) e “logos” (palavra). Então, teologia é o estudo de 
Deus ou sobre Deus. Muita gente, sobretudo dentro do 
movimento pentecostal, assusta-se ao ouvir a palavra 
“teologia”, pois vêm a sua mente discussões intermináveis 
sobre assuntos sem a menor importância, apresentadas 
friamente de forma acadêmica.
 Porém, a teologia genuína, é na verdade bem diferen-
te: é o estudo dos fundamentos da fé cristã, o estudo de 
Deus, Sua natureza, Seus atributos, Sua obra e Seu pro-
pósito para com a humanidade. Esses temas estão bem 
longe de discussões superficiais e tediosas; são artigos em 
que se baseiam a nossa fé e a nossa vida. A teologia sadia 
responde às perguntas básicas do ser humano: Quem sou? 
Donde vim? Para onde vou? Qual o propósito da vida? 
 A Teologia Sistemática, em última análise, é a resposta 
bíblica para estas perguntas.
 Outro fator muito importante é que o estudo da teolo-
gia é “uma atividade espiritual para a qual precisamos da 
ajuda do Espírito Santo”.
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS 
DA TEOLOGIA CRISTÃ
A TEOLOGIA CRISTÃ É UMA TEOLOGIA DA BÍBLIA
 Seu objeto de estudo é a Bíblia. Suas conclusões são 
baseadas na Bíblia.
Igreja Evangélica Assembleia de
 
Deus de Porto Alegre
 
-
 
RS
Presidente: Pr. João Oliveira de Souza
Centro Educacional e Social Missionário Nils Taranger 
Presidente: Pr. Claudemir Garcia de Vasconselos
Instituto Bíblico Esperança
Diretor: Pr. Jorge Nei Pereira
 
Vargas
Diretor: Pr. Eduardo Moreira Dipp dos
 
Santos
Supervisor Adminstrativo: Vagner Bitencourt
Autoria de
Pr. Paulo André Barbosa
Comissão Redatorial do Instituto Bíblico Esperança
Pr. Eliezer Morais
Pr. Jorge Nei Pereira Vargas
Pr. Eduardo Moreira Dipp dos Santos
Pr. Paulo André Barbosa da Silva
Prof. Jonas Saraiva
Rua Deodoro, 265 - Bairro Protásio Alves
 CEP 91260-370 - Porto Alegre - RS - Brasil
Fone: (0xx51) 3387.1161
www.ibeteologia.com.br
E-mail: ibeteologia@gmail.com
Edição - 2019
É proibida a reprodução total ou parcial deste livro.
Direitos reservados ao Instituto Bíblico Esperança.
Arte e Diagramação:
Carisson André Stallbaum Klaus
(51) 3577 1323 | 9 9241 3443
atendimento@tecnoinfo-rs.com.br
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 3
Pr. João Oliveira de Souza
Presidente da Assembleia de Deus de Porto Alegre - RS
Pr. Claudemir Garcia de Vasconselos
Presidente do Centro Educacional e Social Missionário Nils Taranger
om muita satisfação apresentamos esta unidade de 
ensino, que tem como objetivo preparar obreiros 
e leigos, homens e mulheres para realizarem uma 
grande obra para o Senhor. Quando nos propomos a estu-
dar a Palavra do Senhor, não só o fazemos para nosso cres-
cimento espiritual, mas principalmente estamos investindo 
no Reino de Deus.
 Desejamos que você, de forma humilde e piedosa, 
aprenda as verdades doutrinárias, estando apto a refutar 
as heresias que têm se multiplicado nos dias atuais, sendo 
usado nas mãos de Deus para pregar o Evangelho com gra-
ça e sabedoria, ganhando muitas almas para o Senhor.
aro irmão e estudante do nosso Instituto Bíblico Es-
perança, é grande a minha alegria em apresentar a 
você este livro. O conhecimento teológico é uma 
bênção para a Igreja de Cristo e deve ser valorizado como 
tal. Por isso, meu conselho é que você curse esta e as de-
mais unidades deste nível com o maior empenho possível, 
pedindo sempre que Deus, por meio do Espírito Santo, 
conceda-lhe a plena compreensão das verdades eternas 
de Sua santa Palavra.
 A graça do Senhor Jesus Cristo seja com você.
C
C
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 3
Pr. João Oliveira de Souza
Presidente da Assembleia de Deus de Porto Alegre - RS
Diretor Geral do Instituto Bíblico Esperança
Pr. Jorge Nei Pereira Vargas
Diretor Administrativo do Instituto Bíblico Esperança
com muita satisfação que apresento essa Unidade de 
estudo, que tem como objetivo preparar homens e 
mulheres para realizar uma grande obra para o Senhor. 
Quando você se propõe a estudar teologia, não só está fazen-
do para o seu crescimento espiritual, mas principalmente está 
investindo no Reino de Deus. 
 Desejo que você, de forma humilde e piedosa, aprenda 
as verdades doutrinárias, estando apto a refutar as heresias que 
têm se multiplicado nos dias atuais, sendo usado nas mãos de 
Deus para pregar o evangelho com graça e sabedoria, gan-
hando muitas almas para o Senhor.
gradeço a Deus pelo IBE, que, no decorrer de sua 
história, tem contribuído para o crescimento espiritual 
de inúmeros irmãos e irmãs. Desejamos que essa Uni-
dade de Estudo seja uma importante ferramenta no preparo in-
telectual e na qualificação teológica de obreiros que procuram 
preparar-se para melhor servir ao Senhor Jesus e Sua obra. 
 Rogamos a Deus que todos cheguem ao pleno conhe-
cimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento 
espiritual, vivendo de modo digno do Senhor, para o Seu in-
teiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no 
conhecimento de Deus. 
 Que o Espírito Santo venha ajudar nessa gloriosa tarefa 
de estudar a Palavra de Deus.
 A graça do Senhor Jesus Cristo seja com todos! 
É
A
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 5
A TEOLOGIA CRISTÃ É UMA TEOLOGIA SISTEMÁTICA
 É um estudo que se preocupa em recolher todos os 
dados bíblicos sobre um determinado tópico. As doutri-
nas podem ser bem abrangentes ou bem restritas, como a 
“doutrina de Deus”, ou a doutrina da autossuficiência de 
Deus, ou ainda a doutrina da Trindade, etc. 
A TEOLOGIA CRISTÃ É UMA TEOLOGIA PRÁTICA
 Não somente aprendemos teologia, vivemos teologia. 
A aplicação da teologia, ou seja, da doutrina à nossa vida, 
é um dos aspectos menos observados. Todo o cristão ver-
dadeiro, ao estudar e ao meditar na Palavra de Deus, terá 
sua vida aprofundada e crescerá espiritualmente.
A TEOLOGIA CRISTÃ É CONTEMPORÂNEA
 Um fato impressionante em relação à Bíblia é que se 
trata de um dos livros mais antigos do mundo e, ao mes-
mo tempo, o mais atual. Uma vez que a teologia cristã é 
uma teologia da Bíblia, compartilha as verdades eternas 
das Escrituras, procurando explaná-las ao homem moder-
no, sem, no entanto, comprometer a sua mensagem.
AS DIVISÕES DA TEOLOGIA
 A teologia é vastíssima, pois subdivide-se em diversas 
disciplinas.
TEOLOGIA HISTÓRICA
 Acompanha a trajetória de fé do povo de Deus através 
da Bíblia e da história eclesiástica, observando o desenvol-
vimento das doutrinas cristãs através dos tempos, expres-
sas nas confissões de fé e nos credos da Igreja.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA6
TEOLOGIA EXEGÉTICA
 Procura analisar detalhadamente a Escritura, buscando 
o seu significado real. Fazem parte desse ramo teológico, 
por exemplo, o conhecimento das línguas originais e o es-
tudo da arqueologia e dos métodos hermenêuticos.
TEOLOGIA BÍBLICA
 Estuda os elementos que compõem a teologia da Bí-
blia, buscando uma visão panorâmica dos temas e o apro-
fundamento dos principais eixos e temas teológicos que 
perpassam os diferentes textos das Escrituras.
TEOLOGIA FILOSÓFICA
 Usa instrumentos e métodos do raciocínio filosófico, 
dando ao estudo teológico um aspecto mais direcionado 
para a racionalidade humana. Neste ramo, a dúvida advin-
da da reflexão é sempre benéfica e o seu método pode ser 
positivo para o teólogo cristão se baseado na revelação 
bíblica.
TEOLOGIA APOLOGÉTICA
 Busca defender a fé cristã de maneira racional para 
convencer os incrédulos. Preocupa-se também, além da 
defesa dos valores cristãos, com a denúncia das falsas reli-
giões e doutrinas errôneas que, por vezes, infiltram-se nas 
igrejas cristãs.
TEOLOGIA PRÁTICA
 A teologia só tem valor real na vida do estudante se for 
vivenciada. Regeneração, santificação, edificação, perdão 
e amor não são apenas doutrinas ou conceitos teológicos, 
pois constituem o caminho que o crente deve trilhar dia-
riamente. A adoração ao Senhor, a oração, a liturgia no 
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 7
culto, todos utilizados com bases bíblicas, são campos de 
ação da teologia prática.
TEOLOGIADOGMÁTICA
 Coleta o material da teologia exegética e da bíblica e 
o organiza, sintetiza e classifica em tópicos. Por exemplo, 
a coletânea de todos os ensinos bíblicos relacionados a 
Jesus Cristo inclui-se no grupo chamado “Cristologia”. É a 
teologia sistematizada produzida com base nos credos e 
confissões de fé das igrejas cristãs. 
TEOLOGIA PASTORAL
 Estuda o obreiro como pessoa e como ministro de Cris-
to. Analisa aspectos e áreas do trabalho pastoral na con-
gregação, à luz dos princípios teológicos que orientam o 
ministro no desempenho de suas atividades.
TEOLOGIA DE MISSÕES
 Estuda o que é a missão da igreja, analisando os fun-
damentos bíblicos e históricos desse tema, oferecendo 
subsídios para uma reflexão crítica sobre o fundamento 
bíblico-teológico de missões.
BENEFÍCIOS DO ESTUDO DA TEOLOGIA
ESTUDAR TEOLOGIA NOS AJUDA A VENCER AS FAL-
SAS DOUTRINAS
 Em nossa sociedade, a religião tornou-se um grande 
negócio. Muitos sistemas religiosos populares, e inclusive 
alguns grupos “ditos” cristãos, disputam o público com 
filosofias fáceis de autoajuda. O nosso tempo testemunha 
o maior número de seitas e religiões proliferando-se dia a 
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA8
dia. A questão não é mais crer, mas no que crer. E a teo-
logia nos ensina a expor e refutar, com análise minuciosa, 
com humildade e com apresentação da verdade bíblica, os 
erros doutrinários, baseados, com certeza, em uma distor-
ção dessa verdade. 
ESTUDAR TEOLOGIA NOS AJUDA A AVANÇAR RUMO 
À MATURIDADE
 Amadurecemos e mudamos para melhor quando estu-
damos a Palavra de Deus. A Bíblia ensina que a sã-doutrina 
e a piedade estão ligadas (1Tm 6.3; Tt 1.1).
ESTUDAR TEOLOGIA NOS AJUDA A ENCARAR BIBLI-
CAMENTE AS NOVAS QUESTÕES DOUTRINÁRIAS
 Se o Senhor Jesus não vier daqui a 10 ou 20 anos, que 
modismo teológico surgirá nas igrejas onde ministramos? 
Como nos posicionaremos? Aqueles que estudam teologia 
sistemática poderão responder a essas questões. Quem 
tem aprendido as doutrinas da Palavra de Deus está mais 
habilitado a tomar decisões que agradam a Deus. 
ESTUDAR TEOLOGIA NOS AJUDA A EQUILIBRAR A 
EXPERIÊNCIA COM A PALAVRA
 Atualmente a experiência é supervalorizada e, no cam-
po religioso, não é diferente. Com relação à experiência 
religiosa, é comum ouvirmos: “Não sei se é bíblico, mas eu 
experienciei”. 
COMO DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA
COM HUMILDADE
 ”Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele vos exalta-
rá” (Tg 4.10). Quando passamos a estudar teologia, des-
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 9
cobrimos informações acerca da Bíblia e do próprio Deus 
que muitos dos nossos irmãos em Cristo desconhecem. 
 Nessas situações, precisamos agir com humildade e 
não com ar de superioridade em relação àqueles que não 
tiveram ainda a mesma oportunidade de estudo (Tg 1.1-
20; 3.13-18). Assim, não cairemos “no conhecimento que 
ensoberbece” (1Co 8.1), mas no desejo de servir aos outros 
com aquilo que recebemos.
COM ORAÇÃO
 ”Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai 
da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de reve-
lação no pleno conhecimento dele. Iluminados os olhos 
do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do 
seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança 
nos santos” (Ef 1.17,18). “Abre os meus olhos para que eu 
possa ver as verdades maravilhosas da tua lei” (Sl 119.18 
BLH). O estudo da teologia é uma atividade espiritual para 
a qual precisamos contar sempre com a ajuda do Espírito 
Santo. Sem uma mente renovada e um coração quebran-
tado, não podemos interpretar corretamente os ensinos 
bíblicos.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA10
GUIA DO ALUNO DO CURSO BÁSICO 
EM TEOLOGIA DO IBE
ORIENTAÇÕES GERAIS
 Para matricular-se no Curso Básico em Teologia do IBE, 
o candidato precisa, primeiramente, estar convicto quan-
to à responsabilidade que vai assumir. Deve estar movido 
unicamente pelo propósito de obter e/ou melhorar conhe-
cimentos bíblicos, para melhor servir a Deus e ao próximo.
 Cada aluno, ao matricular-se, está assumindo o com-
promisso de estudar a Unidade de Estudo (livro) do curso 
no mínimo durante 1h30min por dia, lendo-a, consultan-
do os versículos sugeridos no decorrer do texto e fazendo 
os exercícios de fixação propostos, além de frequentar as 
aulas presenciais no dia proposto pelo núcleo. 
MATRÍCULA
 As principais condições para a matrícula de candidatos 
são as seguintes:
 ¾ Ser membro de uma igreja evangélica e estar em 
comunhão pelo período mínimo de um ano – para mem-
bros de outras denominações, é solicitada carta de reco-
mendação do respectivo pastor;
 ¾ Ter idoneidade, integridade moral e vida cristã 
aprovada e recomendada pelo pastor;
 ¾ Ter idade mínima de 15 anos completos na oca-
sião da matrícula (para os casos de alunos menores de 18 
anos, é necessária autorização do responsável);
 ¾ Ter, preferencialmente, o ensino fundamental 
completo (antigo 1º grau);
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 11
 ¾ Preencher a ficha de matrícula, que deve ser as-
sinada pelo pastor, e entregá-la ao secretário-tesoureiro 
do núcleo.
 Além desses requisitos, cabem especificações sobre ou-
tros procedimentos com relação ao aluno do curso: 
MATERIAL DIDÁTICO
 ¾ Cada aluno deverá possuir seu próprio livro, não 
sendo possível frequentar as aulas sem ele.
 ¾ O IBE não fornece o material diretamente ao 
aluno. Ele será recebido através do núcleo, mediante o 
pagamento do custo do curso, que se refere ao valor da 
Unidade.
AULA SEMANAL
 ¾ A aula do núcleo será sempre semanal, com du-
ração de três horas, realizada em um dia fixo, conveniente 
para o núcleo.
 ¾ Cada aula semanal abrange uma lição da Unida-
de de Estudo, sendo revisados todos os textos e exercícios 
que a compõem, previamente estudados e preenchidos 
pelo aluno, e sendo realizada também a prova da lição. 
 ¾ O aluno deve evitar faltar ou chegar atrasado 
à aula semanal, pois ela constitui parte importante do 
aprendizado e do sistema de ensino do curso, além de 
ser o único momento em que é permitida a realização das 
provas.
PROVA SEMANAL
 ¾ A prova é realizada ao final da aula, individual-
mente e sem consulta ao material de estudos.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA12
 ¾ Não poderá haver aplicação da prova fora do 
momento propício para tanto. 
 ¾ No caso de o aluno haver perdido a aula sema-
nal, a prova da lição correspondente pode ser realizada na 
aula seguinte. 
 ¾ É constituída de questões objetivas, cuja mar-
cação deve ser feita com cuidado, evitando anulação da 
questão resurada. 
 ¾ O aluno devem realizar a prova à caneta azul ou 
preta e com letra legível nas partes escritas, sobretudo ca-
beçalho.
 ¾ Somente devem permanecer em sala de aula os 
alunos que estiverem fazendo a prova, sendo permitida a 
saída do aluno que teminar sua avaliação.
 ¾ Como ocorre comumente durante a aplicação de 
instrumentos avaliativos, o aluno não deve manter comu-
nicação de qualquer natureza durante o período de ava-
liação.
 ¾ As provas de um a quatro, de cada Unidade de 
Estudo, após aplicadas, são corrigidas pelo professor e 
lançadas nos registros.
 ¾ A prova final, aplicada no dia da última lição da 
Unidade, compreende o conteúdo dessa e das demais li-
ções. 
 ¾ A prova da unidade anterior é mostrada ao alu-
no na aula seguinte. O aluno deve entregá-la ao professor 
novamente após ter tido conhecimento da correção e de 
sua nota.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 13
DESISTÊNCIA OU TRANSFERÊNCIA
 Para o aluno que desistiu, interrompeu o curso ou tran-
cou sua matrícula e deseja reingresso, esse será feito na 
unidade que estiver sendo estudada no momento da soli-
citação.
 Quanto às demais unidades que deixou de estudar, ele 
as computará de acordo com a rotatividade normal do 
currículo.
 Em caso de transferência do aluno de um núcleo para 
outro, no novo núcleo, o aluno transferido deverá prosse-
guir com a unidade que estiver sendo estudada.
APROVAÇÃO E CONCLUSÃO 
 O Curso foi estruturado com base no período letivo de 
quatro semanas por unidade de estudo. A aprovação do 
aluno se dápor Unidade de Estudo. Um aluno só terá seu 
curso completo quando tiver sido aprovado em todas as 
Unidades. Caso tenha alguma unidade pendente, ou tenha 
sido reprovado, deverá providenciar a sua recuperação, 
que será oferecida através de uma avaliação semelhante 
à prova final. O aluno terá direito a recuperar o núme-
ro de Unidades equivalente à metade do número toal de 
Unidades do curso. Se reprovado em mais da metade das 
Unidades, o aluno deverá repetir o curso.
 A nota mínima para aprovação é 6,0 (seis). O valor cor-
respondente aos exercícios de cada lição é 0,5, e o de cada 
prova é 2,0.
Exercícios de cada lição Provas de cada lição Média Final
0,5 x 4 = 2,0 2,0 x 4 = 8,0 2,0 + 8,0 = 10,0
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA14
Todos os alunos que terminarem o curso deverão aguar-
dar, sempre através do núcleo, as informações necessárias 
e os procedimentos para a formatura. 
ESTUDANDO COM EFICIÊNCIA 
A UNIDADE
 A Bíblia é a Palavra de Deus: seu autor é o próprio DEUS, 
seu tema central é JESUS CRISTO, seu verdadeiro intérpre-
te é o ESPÍRITO SANTO e do seu conhecimento depende a 
SALVAÇÃO de todos os homens.
 Compreendendo o valor dessa premissa, faz-se neces-
sário estudar a Bíblia dentro de métodos adequados, para 
que possamos obter um resultado satisfatório. 
BUSCAR A AJUDA DIVINA
 Ore a Deus, pedindo a presença do Espírito Santo para 
que Ele possa capacitar as suas faculdades mentais quanto 
aos assuntos que são tratados na unidade de estudo.
TER TODO MATERIAL DIDÁTICO
 Além da Unidade de Estudo, tenha em mãos:
 ¾ Bíblia - se possível em mais de uma versão;
 ¾ Dicionário Bíblico;
 ¾ Dicionário da Língua Portuguesa;
 ¾ Atlas Bíblico;
 ¾ Concordância Bíblica;
 ¾ Caderno e caneta para apontamentos individu-
ais.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 15
PLANEJAR O TEMPO PARA ESTUDAR
 Reservar uma hora e trinta minutos, diariamente, para 
ler e completar os exercícios da Unidade de Estudo, além 
do dia designado pelo núcleo para a aula presencial e para 
a prova.
PLANEJAR AS TÉCNICAS DE ESTUDO
 No primeiro contato com a matéria, procure fazer uma 
leitura de toda a Unidade de estudo, para ter uma visão 
global dela. Na segunda leitura, devem-se destacar as pa-
lavras desconhecidas da lição, procurando os seus signifi-
cados. A terceira leitura servirá para depreender as ideias 
principais e secundárias do texto e resolver os exercícios 
de fixação.
TIRAR O MELHOR PROVEITO DA AULA PRESENCIAL
 Escute com atenção, participando sempre com brevi-
dade dentro do assunto que está sento estudado. Desli-
gue-se de possíveis elementos distratores e procure tomar 
nota de tudo o que achar necessário. Não deixe de tirar 
dúvidas que tenham surgido tanto durante o estudo da 
lição, quanto durante a aula.
“Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor.” 
(Oseias 6.3a)
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA16
v
a.C - Antes de Cristo
ARA - Almeida Revista e Atualizada
ARC - Almeida Revista e Corrigida
ACF - Almeida Corrigida Fiel
AT - Antigo Testamento
BV - Bíblia Viva
BEP - Bíblia de Estudo Pentecostal
Cap. - Capítulo
Caps. - Capítulos
Cf. - Confira 
d.C. - Depois de Cristo
Gr. - Grego
Heb. - Hebraico
Ibid. - Na mesma obra
Idem - O mesmo
LXX - Septuaginta
Lat. - Latim
NT - Novo Testamento
NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje
NVI - Nova Versão Internacional
TM - Texto Massorético
Vs. - Versículo
AR - IBB - Almeida Revisada Imprensa Bíblica 
Brasileira
ABREVIATURAS
Todas as citações bíblicas são da Tradução 
de João Ferreira de Almeida, Edição Revista e 
Atualizada no Brasil, 2ª Edição, Sociedade Bí-
blica do Brasil, salvo indicação em contrário.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 17
LIÇÃO 01 - INTRODUÇÃO À CRISTOLOGIA
TEXTO 01 -
TEXTO 02 -
TEXTO 03 -
TEXTO 04 -
LIÇÃO 02 - A DIVINDADE E A HUMANIDADE DO SE-
 NHOR JESUS
TEXTO 01 -
TEXTO 02 -
TEXTO 03 -
TEXTO 04 -
TEXTO 05 -
LIÇÃO 03 - A OBRA DE CRISTO
TEXTO 01 -
TEXTO 02 -
TEXTO 03 -
TEXTO 04 -
26
31
43
51
60
67
81
87
98
108
115
126
132
A PREEXISTÊNCIA DE CRISTO ................
OS TÍTULOS E NOMES DE CRISTO .........
A PESSOA DE CRISTO ............................
A IMPECABILIDADE DE CRISTO .............
A DIVINDADE DE CRISTO ......................
AS PROVAS BÍBLICAS DA DIVINDADE DE 
CRISTO .................................................
A UNIDADE DA PESSOA DE CRISTO ......
OS ESTADOS DE CRISTO (ESTADO DE 
HUMILHAÇÃO) .....................................
O ESTADOS DE CRISTO (ESTADO DE 
EXALTAÇÃO) .........................................
O TRÍPLICE OFÍCIO DE CRISTO ...............
A EXPIAÇÃO .........................................
A ESCATOLOGIA E CRISTO ....................
A ESCATOLOGIA E CRISTO (CONTINUA-
ÇÃO) ....................................................
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA18
LIÇÃO 04 - ANGELOLOGIA
TEXTO 01 -
TEXTO 02 -
TEXTO 03 -
TEXTO 04 -
TEXTO 05 - 
143
149
159
169
177
A IMPORTÂNCIA DA ANGELOLOGIA ......
A NATUREZA DOS ANJOS ......................
 O MINISTÉRIO DOS ANJOS ...................
DEMONOLOGIA BÍBLICA ........................
BATALHA ESPIRITUAL ............................
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 19
INTRODUÇÃO À CRISTOLOGIA
A PREEXISTÊNCIA DE CRISTO
OS TÍTULOS E NOMES DE CRISTO
A PESSOA DE CRISTO
A IMPECABILIDADE DE CRISTO
ESBOÇO DA LIÇÃO 01
TEXTO 01 -
TEXTO 02 -
TEXTO 03 -
TEXTO 04 -
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA20
INTRODUÇÃO À CRISTOLOGIA
 “Indo Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, per-
guntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho 
do Homem?” (Mt 16.13). Essa, na verdade, é a pergun-
ta mais relevante já feita na história. Quem descobrir 
quem é Jesus terá a resposta para sua vida, a luz no fim 
do seu túnel escuro.
 Quando Jesus veio a este mundo, veio de forma ines-
perada; porém, chegou no tempo certo, na “plenitude 
do tempo” (Gl 4.4). Veio em um momento de grande 
expectativa. “És tu aquele que estava para vir ou have-
mos de esperar outro?” (Mt 11.3), perguntava o Batista. 
A mulher samaritana afirmava: “Eu sei, que há de vir o 
Messias” (Jo 4.25). André afirmou a Simão: “achamos o 
Messias” (Jo 1.41).
 Quem é Jesus para a Igreja? Qual o conceito que te-
mos de Jesus? A resposta a essa pergunta determinará 
a sua felicidade eterna: “E a vida eterna é esta: que te 
conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, 
a quem enviaste” (Jo 17.3).
 Oscar Cullmann diz1 que “se a Teologia é a ciência 
que tem por objeto Deus, a Cristologia é aquela que 
tem por objeto Cristo, sua pessoa e obra“. A Cristologia, 
portanto, é a doutrina de Cristo, que tem como objetivo 
esclarecer que Jesus Cristo é Deus, que Se fez homem, 
1. Oscar Cullmann, Cristologia do Novo Testamento, Editora Líber, pág. 17.
LIÇÃO 01
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 21
tornando-se Senhor e Salvador do Seu povo através de 
Sua morte expiatória. “Jesus é verdadeiro Deus e verda-
deiro homem”. A igreja tem que seguir, nestes tempos 
de pluralismo, mais do que nunca, a voz de Jesus. Ele é 
o verbo, a Palavra final de Deus.
A RELAÇÃO ENTRE A CRISTOLOGIA E A ANTROPO-
LOGIA TEOLÓGICA
 A antropologia teológica trata do homem, criado à 
imagem de Deus e dotado de verdadeiro conhecimen-
to, justiça e santidade, mas que, pela voluntária trans-
gressão da Lei de Deus, despojou-se de sua verdadei-
ra humanidade e transformou-se em pecador. Mostra, 
ainda, o homem como criatura altamente privilegiada, 
trazendo alguns traços de sua glória original, mas uma 
criatura que perdeu os direitos de sua verdadeira liber-
dade e sua justiça e santidade originais.
 A antropologia teológica salienta não apenas a con-
dição primária do homem, mas também sua pecami-
nosidade, isso é, a distância ética que há entre Deus 
e o homem, como resultado da queda. A Cristologia 
é, em parte, resposta a essa situação calamitosa. Põe-
-nos a par da obra de Cristo, afastando as barreiras, 
cumprindo a Lei; como diz Berkhof2: “Cristo tipificado, 
prefigurado no AT como o Redentor do homem, veio na 
plenitude do tempo, para tabernacular entre os homens 
e levar a efeito uma reconciliação eterna”.
2. Louis Berkhof -Teologia Sistemática, pág. 305 - Luz para o Caminho.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA22
A RELAÇÃO ENTRE A CRISTOLOGIA E A SOTERIO-
LOGIA 
 A pessoa de Cristo Jesus torna-se conhecida por Sua 
obra, pelo impacto que causou na história. É aqui que 
existe uma ligação umbilical entre a Soteriologia, que é 
a doutrina da Salvação, e a Cristologia, a doutrina do 
Salvador. A Cristologia e a Soteriologia podem ser con-
sideradas como dois lados da mesma moeda.
O LUGAR DE JESUS NA TEOLOGIA
 O Senhor Jesus Cristo é o fundamento de toda a te-
ologia cristã, é a figura central do cristianismo. A teolo-
gia que não for teocêntrica e cristocêntrica não repre-
senta o claro ensino bíblico que apresenta Jesus como 
o cumprimento das expectativas do Antigo Testamento 
e o autor dos ensinos do Novo Testamento.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 23
A PREEXISTÊNCIA DE CRISTO
 O nascimento de Cristo, em Belém da Judeia, há dois 
mil anos, é um fato histórico que é ensinado pelas Escri-
turas. Mas as mesmas Escrituras ensinam também que 
Cristo já existia eternamente antes da Sua encarnação.
1.1 - A ETERNIDADE DO FILHO DE DEUS
 Na eternidade passada, Cristo “estava com Deus”. Na 
realidade, “Ele era Deus” (Jo 1.1); e isso “antes que hou-
vesse mundo” (Jo 17.5). Ele é chamado “ho logos“ (Jo 
1.1-14; Ap 19.13).
 Cristo, em sua oração sacerdotal, referiu-se a Sua 
preexistência: “e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo 
mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que 
houvesse mundo...Pai, a minha vontade é que onde eu 
estou, estejam também comigo os que me deste, para 
que vejam a minha glória que me conferiste, porque me 
amaste antes da fundação do mundo” (Jo 17.5,7). 
1.2 - CRIADOR E PRESERVADOR
 As Escrituras afirmam que Cristo teve parte na cria-
ção. João diz que “Todas as coisas foram feitas por in-
termédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” 
LIÇÃO 01 - TEXTO 01
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA24
(Jo 1.3 cf. o versículo 103). Paulo fala em 1Co 8.6: “toda-
via, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas 
as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus 
Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por 
ele”. Paulo continua dizendo em Colossenses 1.16,17: 
“pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e so-
bre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam 
soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi 
criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as 
coisas. Nele, tudo subsiste”. Esses textos apresentam o 
Senhor Jesus Cristo como: Criador e Preservador. 
 Quando Deus estava para criar o homem, entrou em 
conselho divino. Deus disse: “Façamos o homem à nos-
sa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26). 
Esse fato pressupõe que Cristo estava tendo parte na 
criação.
 Às vezes, são feitas a nós perguntas como: “Quando 
Cristo passou a existir?” ou “Como o Pai criou o filho? 
Podemos afirmar, com base nos argumentos bíblicos 
expostos acima e em outros, que Cristo é preexistente, 
incriado, eterno, sem começo e sem final. Ele é o “alfa e 
o ômega” (Ap 1.8).
1.3 - JESUS É O EU SOU
 “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu 
vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU” (Jo 8.58). 
Essa declaração fez com que os judeus desejassem ma-
tar a Jesus (Jo 8.59), porque, nela, Ele Se identificou 
como Deus, quando falou a Moisés no monte em Êx 
3. João 1.10: “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, 
mas o mundo não o conheceu”.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 25
3.144. Paulo, ao apelar para a generosidade dos irmãos 
de Corinto, faz uso da doutrina da preexistência de 
Cristo quando diz que “Cristo, sendo rico, fez-se pobre” 
(2Co 8.9).
1.4 - A ENCARNAÇÃO DE CRISTO
 A.A. Hodge diz5 que a encarnação “se acha envolvi-
da em todas as demais doutrinas de todo o sistema da 
fé cristã; em todos os atos mediatários de Cristo, como 
profeta, sacerdote e rei; na história inteira de seu esta-
do de humilhação, e em todos os aspectos de seu esta-
do de exaltação; e, sobretudo, na significação e valor 
do seu sacrifício vicário, que é o coração do Evangelho. 
Se Cristo não é uma pessoa tanto Deus como homem, 
ou não poderia morrer ou a sua morte não teria valor. 
Se Ele não fosse homem, a sua história seria um mito; 
se não fosse Deus, seria idolatria prestar-lhe culto, e, ao 
mesmo tempo, não lhe prestar culto seria desobedecer 
ao Pai (Jo 5.23)”.
 Sobre a encarnação, a Bíblia ensina que:
a) “O Verbo se fez carne” (Jo 1.14) - “...a si mes-
mo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornan-
do-se em semelhança de homens; e, reconhecido em 
figura humana” (Fp 2.7). Ele disse: ”... um corpo me for-
maste” (Hb 10.5).
4. “Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos 
de Israel: EU SOU me enviou a vós outros.”
5. Esboços de Teologia, pág. 533.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA26
b) É uma doutrina fundamental - “Nisto reco-
nheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa 
que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espíri-
to que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo 
contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do 
qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está 
no mundo” (1 Jo 4.2,3).
 Nesse contexto, fica clara a importância da encarna-
ção de Cristo: 
a) A encarnação era necessária para que Cristo 
pudesse sofrer pelos pecados dos homens. Para sofrer 
pelos pecadores, era necessário que Seu corpo fosse 
real. 
b) A encarnação era necessária para que Cristo 
pudesse ”compadecer-se das nossas fraquezas; antes, 
foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, 
mas sem pecado” (Hebreus 4.15). Pois “naquilo que ele 
mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para so-
correr os que são tentados” (Hb 2.18).
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 27
I. MARQUE “V” PARA VERDADEIRO OU “F” PARA 
FALSO:
1. ( ) Quando Deus estava para criar o homem, en-
trou em conselho divino, o que pressupõe a presença 
de Cristo.
2. ( ) Para que Jesus pudesse sofrer pelos pecadores, 
não era necessário que Seu corpo fosse real. 
3. ( ) A encarnação era necessária para que Cristo 
pudesse compadecer-Se das nossas fraquezas.
4. ( ) A doutrina da encarnação não é fundamental 
para a fé cristã.
5. ( ) Mesmo que Cristo não fosse homem, a Sua 
morte teria valor.
6. ( ) A declaração de Cristo de que “antes que 
Abraão existisse, EU SOU” (Jo 8.58) fez com que os ju-
deus reconhecessem Seu ministério messiânico.
7. ( ) Se Cristo não fosse homem, a Sua história seria 
um mito.
8. ( ) Paulo fez uso da doutrina da Preexistência de 
Cristo em 2Co 8.9.
9. ( ) Ap 1.8 permite afirmar que Deus-Pai criou a Je-
sus Cristo.
10. ( ) Na eternidade passada, Cristo estava com Deus; 
Ele próprio referiu-se a Sua preexistência em Jo 17.5,7.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA28
OS TÍTULOS E NOMES DE CRISTO
 A variedade de nomes atribuídos à pessoa do Senhor 
Jesus testifica que a riqueza e a profundidade da Sua 
missão redentora não podem ser expressas exaustiva-
mente por uma só palavra. Por essa razão, é muito im-
portante estudarmos a profundidade dos conceitos que 
permeiam os diversos nomes que o Senhor Jesus recebe 
no NT. Vamos estudar alguns deles:
2.1 - JESUS (SALVADOR)
 O nome “Jesus” é a forma grega do hebraico 
Jehoshua, Joshua (Js 1.1; Zc 3.1), ou Jeshua6, que quer 
dizer salvar. O nome expressa a ideia de salvação e re-
denção (Mt 1.21). É o nome pessoal do Filho de Deus.
 O nome “Jesus” foi usado aproximadamente 942 ve-
zes no NT. Somente por esse nome podemos chegar à 
conclusão de que Jesus é o Yaweh. Muitas das ocorrên-
cias de “Yaweh” ou “Senhor” no AT são, na verdade, 
referências ao Senhor Jesus do NT.
2.2 - CRISTO OU MESSIAS (TÍTULO OFICIAL E MIS-
SÃO)
 Se Jesus é o nome pessoal, Cristo é o nome oficial do 
Messias. É o equivalente de Mashiach do Antigo Testa-
6. Forma comumente usada nos livros históricos pós-exílicos.
LIÇÃO 01 - TEXTO 02
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 29
mento7, e, assim, significa o ungido.
 Na antiga dispensação, os reis e os sacerdotes eram 
ungidos (Ex 29.7;Lv 4.3; Jz 9.8; 1Sm 9.16; 10.1; 2Sm 
19.10). O rei era chamado o “ungido de Yaweh” (1Sm 
24.10) – somente um exemplo de unção de profeta está 
registrado (1Rs 19.16). O óleo usado na unção desses 
oficiais simbolizava o Espírito de Deus (Is 61.1; Zc 4.1-
6), e a unção representava a transferência do Espírito 
para a pessoa consagrada (1Sm 10.1,6,10; 16.13,14). A 
unção era um sinal visível de:
a) Designação para um ofício;
b) Estabelecimento de uma relação sagrada e o 
resultante caráter santo da pessoa ungida (1Sm 14.6 
26.9; 2Sm 1.14);
c) Comunicação do Espírito ao ungido (1Sm 16. 
13). 
 O AT se refere à unção do Senhor Jesus (Sl 2.2,6; 
45.7; Pv 8.23) bem como o NT também o faz (At 4.27; 
10.38). Em Isaías 11.2; 42.1, Cristo foi instalado em 
Seus ofícios, desde a eternidade, mas, historicamente, 
essa unção se efetuou quando Ele foi concebido pelo 
Espírito Santo (Lc 1.35) e quando recebeu o Espírito, na 
ocasião do Seu batismo (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 
1.32; 3.34). A unção do Espírito serviu para qualificá-
-Lo para a Sua grande tarefa. Primeiro, o nome Cristo 
foi aplicado ao Senhor como um substantivo comum, 
com o artigo, mas gradativamente se desenvolveu e se 
tornou um nome próprio, sendo então usado sem o 
artigo. 
7. De “maschach”, ungir.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA30
2.3 - FILHO DO HOMEM - HEBRAICO: BARNASCHA, 
HUMANIDADE
 No Antigo Testamento, esse nome é encontrado em 
Sl 8.4; Dn 7.13 e muitas vezes no livro de Ezequiel. No 
Novo Testamento, esse título aparece mais de 80 vezes. 
Ele anuncia a humanidade do Senhor, que viveu sobre 
a Terra, sofrendo as mesmas coisas que sofremos, mor-
rendo a nossa morte, e ressuscitando novamente para 
a nossa justificação.
 Esse nome nos lembra que Ele conhece as nossas ne-
cessidades, não apenas como Deus Onisciente, aquele 
que conhece todas as coisas, mas também como al-
guém que teve as mesmas necessidades “nos dias de 
sua carne” (Hb 5.7). Isso acende em nós a confiança de 
que Ele é capaz de nos ajudar em todas as nossas fra-
quezas e enfermidades. 
2.4 - FILHO DE DAVI (LINHAGEM REAL)
 Esse título equivale a “Messias”, pois a característica 
marcante do Messias era Sua linhagem davídica. Deus 
prometeu a Davi uma linhagem perpétua (2Sm 7.16), à 
sua casa foi dada soberania eterna sobre Israel. O povo 
tinha uma esperança de que, acontecesse o que acon-
tecesse à nação, no tempo de Deus, apareceria um rei 
pertencente ao trono e linhagem de Davi. Os profetas 
relembravam essa esperança, afirmando que a reden-
ção de Israel estava ligada com a vinda de um grande 
rei da casa de Davi (Jr 23.5; 30.9; Ez 34.23; Is 55.3,4; Sl 
8.4; 89.34-37).
 O titulo “Filho de Davi” não era uma descrição com-
pleta do Messias, porque acentuava, principalmente, 
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 31
a Sua ascendência humana. Então, o povo, ignorando 
as Escrituras, que falavam da natureza divina de Cris-
to, esperava que o Messias humano fosse um segundo 
Davi. Jesus corrige esse conceito em Mt 22.42-46: “Que 
pensais do Cristo8? “De quem é filho? Os fariseus res-
ponderam: de Davi”. Então, Jesus citou o Salmo 110.1 
e perguntou: “Se Davi lhe chama Senhor, como é ele 
seu filho?”. Como pode o Senhor de Davi ser filho de 
Davi? Os fariseus ficaram confundidos. A resposta na-
turalmente é: o Messias é tanto Senhor como filho de 
Davi. Pelo milagre do nascimento virginal, Jesus nasceu 
de Deus e também de Maria; desse modo, Ele é filho de 
Deus e filho do Homem.
 Como filho de Deus, Ele é Senhor de Davi e, como 
filho de Maria, Ele é filho de Davi. O pai “Davi” era hu-
mano e morreu; seu reino foi terreno e se desintegrou. 
Porém, segundo Is 9.6,7, o descendente de Davi, o Rei- 
Messias, seria divino, e Seu reino, eterno. Davi foi um 
“pai” temporário para o seu povo; o Messias é um “Pai 
eterno9” para todo o povo (Sl 2.6-8; Lc 22.29)
2.5 - FILHO DE DEUS 
 O nome “Filho de Deus” foi variadamente aplica-
do, no AT, ao povo de Israel (Ex 4.22; Jr 31.9; Os 11.1), 
a oficiais de Israel, ao prometido rei da casa de Davi 
(2Sm 7.14; Sl 89.27), a anjos (Jó 1.6; 2.1; 38.7; Sl 29.1; 
89.6), a pessoas piedosas em geral (Gn 6.2; Sl 73.15; 
Pv 14.26). Em Israel, o nome alcançou significado teo-
crático. No NT, vemos Jesus apropriando-se do nome, e 
8. Isto é “do Messias”.
9. Imortal, eterno, imutável.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA32
outros atribuindo-o a Ele. O nome é aplicado a Jesus em 
quatro sentidos diferentes, nem sempre mantidos em 
distinção na Escritura. Às vezes, combinado ao nome, 
é-Lhe aplicado:
2.5.1 - Em Sentido Oficial, Messiânico
 É mais uma descrição do ofício do que da natureza 
de Cristo. O Messias pode ser chamado filho de Deus, 
como Seu herdeiro e representante. Os demônios en-
tenderam no sentido messiânico o nome quando o apli-
caram a Jesus (Mc 5.7). Parece ter esse mesmo sentido 
em Mt 24.36 e Mc 13.32. Mesmo o nome, como profe-
rido pela voz de Deus, na ocasião do batismo de Jesus 
e na transfiguração (Mt 3.17; 17.5; Mc 1.11; Lc 3.22; 
9.35), pode ser interpretado desse modo, mas tem um 
sentido mais profundo. 
2.5.2 - Em Sentido Trinitário
 Às vezes, o nome é usado para indicar a divindade 
essencial de Cristo. Como tal, indica uma filiação pre- 
existente, que transcende, absolutamente, a vida hu-
mana de Cristo e Sua vocação oficial como o Messias. 
Encontramos esse uso em Mt 11.27; 14.28-33; 16.16.
2.5.3 - Em Sentido Natalício
 Cristo é chamado Filho de Deus em virtude de Seu 
nascimento sobrenatural. O nome é assim aplicado a 
Ele na conhecida passagem de Lc 1.35, onde Sua ori-
gem humana é atribuída à direta e sobrenatural pater-
nidade de Deus.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 33
2.5.4 - Em Sentido Ético-Religioso
 É nesse sentido que o nome “filhos de Deus” é apli-
cado aos crentes do Novo Testamento.
2.6 - SENHOR
 O nome “Senhor” (do grego “Kyrios”, divindade, gló-
ria, soberania) é aplicado a Deus na Septuaginta10:
a) Como equivalente de Yaweh; 
b) Como tradução de Adonai; 
c) Como versão de um título honorífico aplicado 
a Deus11 (Js 3.11; Sl 97.5). 
 No Novo Testamento, o nome “Senhor” é aplicado a 
Deus:
a) Como uma forma polida e respeitosa de trata-
mento (Mt 8.2; 20.33); 
b) Como expressão de posse e autoridade, sem 
nada implicar quanto ao caráter e à autoridade divinos 
de Cristo (Mt 21.3; 24.42); 
c) Com a máxima conotação de autoridade, ex-
pressando um caráter exaltado, e, de fato, equivalendo 
ao nome “Deus” (Mc 12.36,37; Lc 2.11; 3.4; At 2.36; 
1Co 12.3; Fp 2.11). 
 Quando os imperadores romanos se referiam a si 
mesmos como “Senhor César”, requerendo que seus 
súditos dissessem “César é Senhor”, os gentios enten-
diam que o imperador estava se declarando divino. Os 
10. Tradução grega do AT, usada nos tempos de Cristo.
11. Principalmente “Adon”.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA34
cristãos também o entendiam e preferiam a tortura e a 
morte a atribuir a um homem um título que pertence 
somente a Cristo. O termo “Kuryos” dava a entender 
que Cristo era igual ao Pai.
2.7 - O VERBO, A PALAVRA 
 A Palavra de Deus é o veículo mediante o qual Deus 
Se expressa aos homens, o meio pelo qual Deus expres-
sa o Seu poder, a Sua sabedoria e a Sua vontade. Cristo 
é a Palavra, ou o verbo (do grego “logos”, preexistên-
cia), porque, por meio dEle, Deus revelou Sua atividade, 
vontade e propósito e, por meio dEle, tem contato com 
o mundo. Nós nos expressamos por meio de palavras. 
Deus Se expressa por meio do Filho que “é a expressa 
imagem da sua pessoa” (Hb 1.3). 
 Cristo é a Palavra de Deus demonstrada em pessoa. 
Ele não somente traz a mensagem de Deus - Ele é a 
mensagem de Deus. O homem tem anelado por uma 
resposta mais clara à pergunta: “Como Deus é?”. Então, 
aconteceu o fato mais relevante da história: “E o verbo 
se fez carne” (Jo 1.14). 
 O verbo eterno de Deus tomou para Si mesmo a 
natureza humana e tornou-Se homem, para revelar o 
eterno Deus por meio de Sua personalidade humana 
(Hb 1.1,2); à pergunta “Como Deus é?”, o crente pode 
responder: “Deus é como Cristo, porque Cristo é o Ver-
bo; a ideia queDeus tem de Si mesmo. Isso é, Cristo é 
a expressa imagem da Sua pessoa” (Hb 1.3); a imagem 
do Deus invisível (Cl 1.15).
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 35
2.8 - SERVO DE YAWEH 
 Com esse título (do hebraico: “Ebed Yaweh”, Sacrifí-
cio vicário, substituição), chegamos ao centro da Cristo-
logia. É essencial observar que os chamados “cânticos 
do servo”, em Isaías (42.1-7; 49.1-9; 50.4-9; 52.13-53; 
61.1-3) especificam Jesus Cristo com o Seu caráter im-
pecável (53.9), e a grandeza da Sua obra (42.4). O ser-
vo foi profetizado nas Escrituras como um profeta que 
nasceu humanamente (Is 49.1-2), e que foi revestido 
pelo Espírito Santo (Is 42.1; 61.1; Lc 4.21).
2.8.1 - A missão do servo consistia em:
a) Sofrer vicariamente e carregar as aflições dos 
outros (Is 53.4; cf. as curas operadas por Cristo - Mt 
8.17);
b) Ficar sujeito ao opróbrio (Is 49.7; 50.6; Mt 
26.67; 27.26), encontrando incredulidade (Is 53.1);
c) Ser condenado como criminoso, entregando 
sua vida, sendo castigado pelos pecados dos outros (Is 
53.5-8; 1Pe 2.22-25), pois Deus fez de Sua alma uma 
oferta pela culpa (Is 53.10). Ele, na expiação, “asperge 
muitas nações” (Is 52.15; Hb 12.24; 1Pe 1.2);
d) Cumprir o beneplácito de Deus, sendo sepul-
tado com os ricos (Is 53.9-10;Mt 27.57) e ressuscitando 
em glória (Is 53.10,12);
e) Justificar a muitos por seu sacrifício divino 
(v.11), que também é eficaz para os gentios (Is 42.6; Lc 
2.32);
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA36
f) Estabelecer a justiça definitiva na própria Terra 
(Is 42.4; Rm 15.21). 
g) Ser, a encarnação da aliança redentora, ou do 
testamento de Deus (Is 42.6; 49.8), e a tornar eficaz 
mediante a sua morte e na sua própria vida ressurreta, 
a constituir-se em herança para os santos (Cl 1.27). 
 Os cânticos do servo são muito importantes, pois 
provêm da equiparação entre o Messias Davídico e o 
Servo Sofredor12, os dois retratos de Cristo no AT. Cris-
to revelou Sua própria identidade de modo conclusivo, 
tanto como o Messias (Jo 4.25-26), quanto como o Ser-
vo Sofredor (Lc 22.37).
2.9 - EMANUEL
 “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e 
ele será chamado pelo nome de Emanuel, que quer di-
zer: Deus conosco” (Mt 1.23, cf. Is 7.14). Esse nome do 
Salvador salienta duas verdades básicas:
a) Sua divindade - O nome Emanuel significa 
“Deus conosco”, isto é, Cristo é Deus, o que o próprio 
DeusPai reconhecia (Hb 1.8; Sl 45.6,7). Os títulos que 
Isaías aplica ao Senhor (Is 9.6) indicam a natureza divi-
na do Senhor Jesus.
b) Sua presença - “E o Verbo se fez carne e ha-
bitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a 
sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14). 
Cristo é o Emanuel, o Deus conosco, porque Sua obra é 
estar entre o homem e Deus, sendo nosso mediador (Is 
8.8; 1Tm 2.5).
12. Confira com Gn 3.15: O descendente messiânico é vitorioso, mas “é ferido no 
calcanhar”.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 37
2.10 - CORDEIRO DE DEUS
 Quando João Batista disse “Eis o Cordeiro de Deus” 
(Jo 1.36), estava indicando que todos os tipos e símbo-
los estavam sendo cumpridos em Cristo. Em Sua vida 
santa e especificamente em Sua morte, a profecia de 
Isaías cumpriu-se (Is 53.7; Mt 26.61-63; 1Pe 2.22,23). 
a) Jesus foi o sacrifício dado por Deus (Jo 3.16; Is 
28.16; 42.1; 1Pe 2.4);
b) Cristo foi o sacrifício sem mácula (2Co 5.21; 
Hb 4.15; 1Pe 2.22) e precioso diante de Deus (1Pe 1.19) 
c) A aspersão do sangue de Cristo é o sinal de 
que Deus aceita (Hb 9.14; 12.24). Quem recebeu a as-
persão do sangue de Cristo em seu coração nunca verá 
a morte, mas passou da morte para a vida (Jo 5.24; 2Ts 
1.10; 1Jo 1.7).
2.11 - OUTROS NOMES DE CRISTO
a) Semente da Mulher (Gn 3.15).
b) Renovo (Zc 6.12 cf. 3.8).
c) Fundamento (1Co 3.8).
d) Soberano (Ef 1.21).
e) Maravilhoso Conselheiro (Is 9.6).
f) Deus Forte (Is 9.6).
g) Príncipe da Paz (Is 9.6).
h) Pastor e bispo (1Pe 2.25).
i) Pão da Vida (Jo 6.35).
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA38
j) Senhor (At 2.36; Ap 17.14).
k) Autor e Consumador da fé (Hb 12.2).
SAIBA MAIS
Termos cristológicos chaves
a) Encarnação - Deus “se tornou carne”; 
b) Dupla Natureza do Salvador - duas naturezas 
distintas, humana e divina; 
c) União Hipostática - união de duas naturezas 
em uma pessoa; 
d) Pessoa Teoantrópica - a “pessoa” é tanto 
“Deus” como “Homem” (o teantropos).
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 39
I. ASSINALE A SEGUNDA COLUNA DE ACORDO COM 
A PRIMEIRA:
1. Jesus a. ( ) Kurius, divindade, glória, 
soberania.
2. Filho de Deus b. ( ) É o nome pessoal do Filho 
de Deus.
3. Senhor c. ( ) É o nome oficial do Mes-
sias.
4. Filho de Davi d. ( ) Herdeiro e representante 
de Deus.
5. Cristo e.( ) Linhagem real.
II. SUBLINHE A RESPOSTA CORRETA:
1. No AT, a (oração - unção) representava a transferên-
cia do Espírito para a pessoa consagrada.
2. Deus prometeu a (Moisés - Davi) uma linhagem per-
pétua - 2 Sm 7.16.
3. O termo (Kuryos - Yaweh) dava a entender que Cristo 
era igual ao Pai.
4. Se Jesus é nome pessoal, (Salvador - Cristo) é o nome 
oficial do Messias.
5. A santidade de Cristo não é a mesma santidade (de 
Deus - dos homens).
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA40
A PESSOA DE CRISTO
 O estudo da pessoa de Cristo é de valor incalculável 
para a teologia, por conta da relação vital que Cristo 
possui com o cristianismo; relação essa que nenhum 
dos outros fundadores de religiões teve para com elas. 
Pode-se ter um budismo sem Buda, um confucionismo 
sem Confúcio, mas é impossível um cristianismo sem 
Cristo, pois, estritamente falando, Cristo é o cristianis-
mo e o cristianismo é Cristo.
 Cristo Jesus é o centro das Escrituras. De Gênesis a 
Apocalipse, as Escrituras apresentam Cristo. No cami-
nho para Emaús, o Senhor Jesus começou por Moisés e 
percorreu todo o AT, explicando aos discípulos tudo o 
que a respeito dEle se achava nas Escrituras (Lc 24.27).
3.1 - A HUMANIDADE DE JESUS CRISTO
 A Bíblia ensina sobre a pessoa de Cristo, que Ele é 
verdadeiramente homem, ou seja, que tem uma verda-
deira natureza humana perfeita ou completa. O Cristo 
pré-existente tornou-se homem, “o verbo se fez carne” 
(Jo 1.14); Jesus Cristo era o Filho do homem, conforme 
Ele mesmo proclamou. Nessa qualidade, Cristo é o re-
presentante de toda a raça humana. Além da natureza 
física, Jesus possuía o mesmo tipo de qualidades emo-
cionais e intelectuais que todos os homens possuem; 
LIÇÃO 01 - TEXTO 03
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 41
Ele pensava, raciocinava e tinha toda a gama de sensa-
ções humanas. 
 Além disso, o ministério intercessório de Jesus era 
dependente de Sua humanidade. Se Ele era de fato um 
de nós, passando por todas as tentações e provações 
da existência humana, então Ele é capaz de nos com-
preender e ser solidário conosco em nossas lutas como 
homens. Por outro lado, se Ele não era humano, ou se 
Sua humanidade não era completa, ele não poderia re-
alizar o tipo de intercessão que o sacerdote deve fazer 
em favor dos que representa.
3.2 - AS PROVAS DA HUMANIDADE DE CRISTO
3.2.1 - Jesus Teve Nascimento Humano
a) Nascido de mulher (Gl 4.4; Mt 1.18; 2.11, Hb 
10.5), em tudo semelhante ao que é essencial ao corpo 
humano.
b) Nasceu em semelhança da carne pecaminosa 
(Rm 8.3).
c) Ele descende dos patriarcas segundo a carne 
(Rm 9.5).
d) É da linhagem de Abraão (Gl 3.16).
e) É da linhagem de Judá (Hb 7.14).
f) É da geração de Davi (Rm 1.3).
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA42
3.2.2 - Nascimento Virginal de Cristo
 Sua concepção foi singular pelo fato de não ter en-
volvido um ser humano masculino. O nascimento de 
Jesus foi milagroso (Mt 1.18;22-25 e Lc 1.26-38). Jesus 
foi concebido no ventre da virgem Maria mediante o 
poder do Espírito Santo, sem um pai humano. Em Isaías 
7.14, esse evento já tinha sido profetizado.
3.2.3 - Jesus Teve um Crescimento Humano 
 Não apenas o nascimento de Jesus, mas também a 
Sua vida indicam que Ele tinha uma natureza física hu-
mana: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, 
diante de Deus e dos homens”(Lc 2.52). “Crescia o me-
nino e se fortalecia, enchendo-sede sabedoria; e a gra-
ça de Deus estava sobre ele” (Lc 2.40).
 O Seu desenvolvimento físico e mental foi normal, 
ainda que seja possível que Seu corpo fosse mais perfei-
to que o nosso, porque Ele era sem pecado (nem mes-
mo o pecado original, tampouco a corrupção da natu-
reza pelo pecado, que é comum a todos os homens). O 
Seu desenvolvimento mental não pode ser atribuído ao 
aprendizado recebido na escola (Jo 7.5), mas, em parte, 
pode ser atribuído a Sua educação em um lar temente 
a Deus, Sua regularidade na sinagoga (Lc 4.16), Suas vi-
sitas ao templo (Lc 2.14,46,47), Seu estudo das Escritu-
ras, que é indicado pela expressão “achou o lugar onde 
estava escrito” (Lc 4.17) e pelo uso delas na tentação, e 
Sua comunhão com o Pai (Mt 4, Lc 4, Mc 1.35; Jo 4.32-
34).
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 43
3.2.4 - Jesus Tinha os Elementos Essenciais do 
Ser Humano.
a) Jesus tinha um corpo humano - “Um corpo 
me formaste” (Hb 10.5b; 10.10; Mt 26.12; Jo 2.21). O 
corpo de Jesus era semelhante ao nosso. Composto de 
carne, sangue e ossos (Lc 24.39), Ele não era um fantas-
ma, nem uma mera semelhança de corpo.
b) Jesus tinha alma - Então, disse-lhes: “A minha 
alma está profundamente triste até à morte” (Mt 26.38; 
Jo 12.27; At 2.27-31).
c) Jesus tinha espírito - “Então, Jesus clamou em 
alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, 
dito isto, expirou”(Lc 23.46; Mc 8.12). “Ditas estas coi-
sas, angustiou-se Jesus em espírito” (Jo 13.21). 
3.2.5 - Jesus Tinha Nomes Humanos
 Foram dados ao Nosso Senhor nomes humanos:
a) Jesus - é nada mais que a forma grega do 
nome Josué13 do AT;
b) Filho do Homem - Sl 8.4; Dn 7.1;
c) Filho de Davi - Mt 20.31; Mc 10.48.
3.2.6 - Jesus Teve um Crescimento Físico Normal
 O fato de Jesus ter crescido em sabedoria (Lc 2.52) 
significa que Ele passou por um processo de aprendiza-
do assim como acontece com todas as outras crianças - 
Ele aprendeu a comer, a falar, a ler e a escrever e a ser 
13. Após o exílio, o nome Josué é chamado de Jesua, daí, portanto, vem o grego 
Iesous.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA44
obediente a Seus pais (veja Hb 5.8). Esse processo nor-
mal de aprendizado fazia parte da genuína humanida-
de de Cristo.
 Além da natureza física, Jesus possuía o mesmo ti-
po de qualidades emocionais e intelectuais que todos 
os homens possuem, pois pensava, raciocinava e tinha 
toda a gama de emoções humanas: tristeza (Jo 11.35), 
angústia (Jo 13.21). Ele teve fome (Mt 21.18), cansaço 
(Jo 4.6), sono (Mt 8.24), sede (Jo 19.28). Era sujeito à 
dor e aos sofrimentos físicos (Lc 22.44). Submeteu-se à 
lei e foi obediente até a morte. 
3.2.7 - Jesus Será um Homem Para Sempre
 Jesus não perdeu a Sua natureza humana após Sua 
morte e ressurreição, pois apareceu aos discípulos co-
mo homem após a ressurreição, e até com as cicatrizes 
dos cravos nas mãos (Jo 20.25-27). Ele possuía carne e 
ossos (Lc 24.39), e comia (Lc 24.41,42). Quando con-
versava com os discípulos, foi levado ao céu, ainda em 
Seu corpo humano ressurreto, e dois anjos prometeram 
que Ele voltaria do mesmo modo: “Esse Jesus que den-
tre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes 
subir” (At 1.11).
3.3 - A NECESSIDADE DA HUMANIDADE DE CRISTO 
3.3.1 - Para Ser Nosso Legítimo Substituto 
 Desde o pecado que ocasionou a queda, era neces-
sário que o homem sofresse o castigo. A expiação pelo 
pecado envolvia sofrimento de corpo e alma, sofrimen-
to somente cabível ao homem (Jo 12.27; At 3.18; Hb 
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 45
2.14; 9.22). Era necessário, que Cristo assumisse a natu-
reza humana, não somente com todas as suas proprie-
dades, mas também com todas as debilidades a que 
está sujeita depois da queda (Hb 2.17,18).
3.3.2 - Para Ser Nosso Mediador
 Um homem que fosse ele próprio pecador e que es-
tivesse privado de sua própria vida, certamente, não 
poderia fazer expiação por outros (Hb 7.26). Somen-
te um mediador verdadeiramente humano, que tives-
se conhecimento experimental da miséria humana e se 
mantivesse acima de todas as tentações do homem (Hb 
2.17,18; 4.15-5.2), poderia ser o mediador entre Deus e 
o homem (1Tm 2.5,6).
Opiniões errôneas acerca da pessoa de Jesus
A busca do 
“Jesus histó-
rico”
Durante séculos, os cristãos aceitaram a história 
dos quatro evangelhos sem maiores questiona-
mentos. Essas quatro narrativas apresentam na-
turalmente diferenças entre si. Estudiosos, como 
Agostinho (354-430), compararam os quatro 
evangelhos para harmonizar os seus conteúdos. 
A partir da Renascença e da Reforma, os eruditos 
deram mais atenção ao estudo sistemático do tex-
to grego, a língua original do NT.
No período do iluminismo, alguns eruditos come-
çaram a estudar o NT de um ponto de vista cético, 
questionando a interpretação tradicional da pes-
soa de Jesus. Esses pesquisadores não aceitavam 
a Bíblia como um livro inspirado por Deus, aban-
donando a fé nos milagres de Cristo como uma 
prova da Sua divindade. Rejeitando grande par-
te da doutrina cristã, alguns desses racionalistas 
queriam separar a crença em um Jesus Deus, do 
Jesus homem. 
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA46
Teologia Li-
beral
O século XIX viveu o auge da “teologia liberal”, quando 
estudiosos, principalmente da Alemanha, passaram a 
entender como mal-contada a história de Jesus, regis-
trada nos Evangelhos e então passaram a tentar recons-
tituir a verdadeira história de Jesus de Nazaré. 
Hermann Reimarus (1694-1768) é o fundador do mo-
vimento da “busca pelo Jesus histórico”. Ensinava que 
Jesus era produto do judaísmo apocalíptico do Seu 
tempo. Jesus esperava que por Sua morte viria o fim do 
mundo; como o fim não veio, os Seus discípulos apavo-
rados esconderam o corpo de Jesus e proclamaram Sua 
ressurreição. 
David Frederich Strauss (1808-1874) em seu livro, “Vida 
de Jesus”, reduziu Cristo a uma criatura infame. Ernest 
Renan (1823-1892) retrata Jesus como um revolucioná-
rio apocalíptico. 
Albert Schweitzer (1975-1965), célebre médico missio-
nário e organista14, pesquisou as várias biografias de 
Jesus e escreveu o livro “A busca do Jesus Histórico”. 
Para Schweitzer, Jesus era um louco apocalíptico, e Sua 
mensagem pouco ou nada tem a dizer sobre a nossa 
realidade. 
O Existencia-
lismo
 O existencialista Rudolph Bultmann15 propunha a demi-
tização16 da fé, ou seja, tudo o que os evangelhos tes-
tificam sobre Cristo são lendas e mitos; não podemos 
conhecer o que foi a vida de Cristo através dos evan-
gelhos. Bultmann ensinava também que, trabalhando 
com ferramentas racionalistas e históricas, podemos 
separar o Jesus histórico e o Jesus da fé, pregado pela 
Igreja.
141516
14. Foi também Prêmio Nobel da Paz.
15. Pai da Teologia do Mito. Autor de “Mitologia e Novo Testamento”.
16. Demitizar quer dizer eliminar o mito.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 47
I. MARQUE “V” PARA VERDADEIRO OU “F” PARA 
FALSO:
1. ( ) O corpo de Jesus era semelhante ao nosso.
2. ( ) Jesus não perdeu a Sua natureza humana após 
Sua morte e ressurreição.
3. ( ) O existencialista Martinho Lutero propunha a 
demitização da fé.
4. ( ) O nome “Jesus” é a forma grega do nome “Jo-
sué” do AT. 
5. ( ) O século XXI viveu o auge da “teologia reforma-
da”.
6. ( ) A Teologia liberal visa fortalecer a existência de 
Cristo, procurando fatos históricos que a comprovem.
7. ( ) Desde o pecado que ocasionou a queda, era 
necessário que o homem sofresse o castigo, por isso a 
expiação envolveu sofrimento.
8. ( ) Qualquer homem poderia ser mediador entre 
os homens e Deus, mas Jesus Se ofereceu em nosso lu-
gar.
9. ( ) O Senhor Jesus submeteu-se à lei e foi obedien-
te até a morte.
10. ( ) Jesus não possuía o mesmo tipo de qualidades 
emocionais e intelectuais que todos os homens pos-
suem, por isso conseguiu vencer a tentação.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA48
A IMPECABILIDADE DE CRISTO
 Ainda que o NT seja claro em salientar que Jesus era 
plenamente humano, exatamente como nós, também 
explica que Jesus era diferente em um aspecto impor-
tante: Ele era isento de pecado; jamais cometeu um pe-
cado sequerdurante Sua vida.
 O NT é categórico: “foi ele tentado em todas as coi-
sas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15). 
Jesus é descrito como Sumo Sacerdote “santo, inculpá-
vel, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais 
alto do que os céus” (Hb 7.26). Pedro, que conheceu 
intimamente o Senhor Jesus, declarou que Ele era “o 
santo de Deus” (Jo 6.69); ensinou que Jesus “não come-
teu pecado” (1Pe 2.22). João disse: “Nele não existe pe-
cado” (1Jo 3.5). Paulo afirma também que Cristo “Não 
conheceu pecado” (2Co 5.21). 
 Atestar a impecabilidade da natureza humana de 
Cristo, na ótica de Berkhof17, é dizer “não apenas que 
Cristo pode evitar o pecado (potuit non peccare), e que 
de fato evitou, mas também que Lhe era impossível pe-
car (non potuit peccare), devido à ligação essencial en-
tre as naturezas humana e divina”.
 Apesar de todos os evangélicos concordarem que 
Cristo nunca pecou (2Co 5.21; Hb 7.26; Tg 5.6; 1Pe 
2.22; 3.18; 1Jo 3.5), ainda que tenha passado por mui-
17. Louis Berkhof, Teologia Sistemática, pág. 318.
LIÇÃO 01 - TEXTO 04
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 49
tas lutas (Mt 26.36-46) e que Suas tentações tenham 
sido reais (Hb 4.15), muitos estão divididos na questão 
da impecabilidade18 da natureza humana de Cristo.
4.1 - ARGUMENTOS PRÓ-PECABILIDADE DA NATU-
REZA HUMANA DE CRISTO
 Alguns defendem que Cristo nunca pecou, não por-
que era incapaz de pecar (Hebreus 4.15 diz que Cristo 
foi tentado em todas as coisas semelhante aos homens).
 Os defensores dessa ideia utilizam ainda o argumen-
to puramente racional: para que uma tentação seja 
verdadeira, precisa haver a possibilidade de se cair em 
tentação. E dizem que, se Cristo não podia pecar, então 
o Salvador não possuía livre arbítrio real e não podia ser 
verdadeiro homem, uma vez que todos os homens são 
pecadores por natureza.
4.2 - ARGUMENTOS PRÓ-IMPECABILIDADE DA NA-
TUREZA HUMANA DE CRISTO
 Pode-se afirmar que tentabilidade não é a mesma 
coisa que sucetibilidade. Se Cristo podia pecar em Sua 
natureza humana; como Ele poderia ser verdadeira-
mente divino?
 Cristo foi provado em Sua natureza humana; porém, 
é necessário lembrar que o Salvador não possui, como 
nós, a depravação pelo pecado em Sua natureza. Cristo 
possuía livre arbítrio; foi livre para fazer a vontade do 
Pai, pois tinha a mesma vontade. 
18. Impecabilidade significa não somente integridade natural, mas também 
moral, ou perfeição moral.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA50
 O que aqueles que defendem a pecabilidade não en-
tendem, quando dizem que era preciso que Cristo fosse 
suscetível ao pecado para ser verdadeiramente homem, 
é que a humanidade está agora em uma situação anor-
mal. Deus não nos criou pecaminosos, mas santos e 
justos. Adão e Eva no jardim do Éden eram verdadeira-
mente humanos antes de pecar, e nós agora, apesar de 
humanos, não nos conformamos ao padrão que Deus 
deseja que preenchamos. Quando nossa humanidade 
plena for restaurada, então nos acomodaremos ao pro-
pósito de Deus, a santidade.
 Jesus era isento de toda a contaminação, “nele não 
existe pecado” (1Jo 3.5). No AT, Deus Yaweh é chama-
do “o Santo de Israel”19. No NT, é Cristo Jesus quem é 
chamado “o Santo”. A santidade de Cristo é a mesma 
santidade de Deus.
 Louis Berkhof diz20 que “Apesar de Jesus ter-se feito 
pecado judicialmente, todavia, eticamente estava livre 
tanto da depravação hereditária como do pecado fatu-
al. Ele jamais se fez confissão de erro moral; tampou-
co se juntou aos Seus discípulos na oração: “perdoa as 
nossas dívidas” (os nossos pecados). Ele pôde desafiar 
os Seus inimigos a convencê-lo de pecado”.
19. Só pelo profeta Isaías, cerca de 30 vezes.
20. Louis Berkhof, Teologia Sistemática, pág. 318.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 51
4.4 - O QUE AS ESCRITURAS REALMENTE DIZEM 
SOBRE O ASSUNTO
 A Bíblia diz que Deus não faz o mal, e não pode ser 
tentado pelo mal (Tg 1.13). Aqui a questão fica com-
plexa. E como Cristo é plenamente Deus e plenamente 
homem, como ficam, então, as afirmações de que Jesus 
foi tentado?
 Este é um dos grandes mistérios das Escrituras que 
procuraremos responder no tópico “União das nature-
zas de Cristo21”. As Escrituras afirmam claramente que 
Cristo jamais pecou de fato. Não deve haver nenhuma 
dúvida a esse respeito em nossa mente. Elas também 
afirmam que Jesus foi tentado, e que as tentações fo-
ram reais (Lc 4.2). Se cremos na Bíblia, precisamos insis-
tir que Cristo foi “tentado em todas as coisas, à nossa 
semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15).
 Também precisamos afirmar com as Escrituras que 
“Deus não pode ser tentado pelo mal” (Tg 1.13). Mas 
aqui a questão torna-se difícil: se Jesus era plenamente 
Deus e também plenamente humano, e vamos argu-
mentar adiante que as Escrituras ensinam isso várias 
vezes e de maneira clara, então não somos obrigados 
também a afirmar que, em algum sentido, Jesus tam-
bém “não pode ser tentado pelo mal”?
 “Tentabilidade não implica suscetibilidade. Só por-
que um exército pode ser atacado, não quer dizer que 
ele pode ser vencido. Isso também resulta na falsa pres-
suposição que tudo aquilo que se aplica a nós também 
se aplica a Cristo22”.
21. A natureza divina e a humana de Cristo.
22. Teologia Cristã em Quadros, quadro 33.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA52
 Embora as tentações de Cristo sejam, exatamente, 
como as nossas, Ele foi provado por meio de Sua natu-
reza humana, como nós somos. No entanto, Ele não ti-
nha uma natureza pecaminosa como nós, e era divino.
 As tentações de Cristo foram exatamente como as 
nossas, exceto no fato de que não se originavam em 
desejos maus e proibidos. O Senhor Jesus foi tentado a 
partir de fora e não de dentro.
 James I. Packer23 define a impecabilidade de Cristo 
nestes termos: “Jesus Cristo era totalmente isento de 
pecado”. “[Cristo] ... não cometeu pecado, nem na sua 
boca se achou engano” 1Pe 2.22. O NT insiste que Jesus 
era totalmente isento de pecado (Jo 8.46; 2Co 5.21; Hb 
4.15; 7.26; 1Pe 2.22; 1Jo 3.5). Isso quer dizer que não 
somente Ele nunca desobedeceu a Seu Pai, mas que 
amava a lei de Deus e sentia sincero prazer em cumpri- 
la. Nos seres humanos degradados, há sempre alguma 
relutância em obedecer a Deus e, algumas vezes, res-
sentimento que se transforma em ódio diante das ala-
gações que Ele faz sobre nós (Rm 8.7). Mas a natureza 
moral de Jesus era inocente, com foi a de Adão antes 
de seu pecado, e, em Jesus, não havia nenhuma incli-
nação a afastar-Se de Deus que permitisse a Satanás 
tirar proveito de Seu coração, mente, alma e força. O 
autor24 faz uma conclusão brilhante: “a impecabilida-
de de Jesus era necessária para a nossa salvação. Não 
fosse Ele “um cordeiro sem defeito e sem mácula”, seu 
sangue não teria sido “precioso” (1Pe 1.19). Ele mesmo 
teria necessitado de um salvador, e sua morte não nos 
teria redimido. Sua obediência ativa (perfeita conformi-
23. James I. Packer, Teologia Concisa, pág. 110.
24. Ibid.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 53
dade permanente à lei de Deus para a raça humana, e 
à sua vontade revelada para o Messias) qualificou Jesus 
a tornar-se nosso Salvador ao morrer por nós sobre a 
cruz. A obediência passiva de Jesus (suportando o cas-
tigo da lei violada de Deus como nosso substituto ima-
culado) coroou sua obediência ativa para assegurar o 
perdão e aceitação daqueles que colocaram sua fé nele 
(Rm 5.18,19; 2Co 5.18-21; Fp 2.8; Hb 10.5-10)“.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA54
I. MARQUE “V” PARA VERDADEIRO OU “F” PARA 
FALSO:
1. ( ) A Bíblia diz que Deus não faz o mal e não pode 
ser tentado pelo mal.
2. ( ) A santidade de Cristo não é a mesma santidade 
de Deus.
3. ( ) O Senhor Jesus foi tentado a partir de fora e 
não de dentro.
4. ( ) Cristo não tinha uma natureza pecaminosa co-
mo nós.
5. ( ) As tentações de Cristo foram exatamente como 
as nossas, pois se originavam em desejos maus, ineren-
tes à natureza humana que Ele possuía.
6. ( ) Tentabilidade não é a mesma coisa que susceti-
bilidade, e esse é um argumento forte no que se refere 
a afirmar a impecabilidadede Cristo.
7. ( ) Cristo foi provado também em Sua natureza 
divina.
8. ( ) A humanidade está agora, ou seja, posterior-
mente à queda, em uma situação anormal com relação 
à natureza e à pecabilidade.
9. ( ) Caifás, que conheceu intimamente o Senhor Je-
sus, declarou que Ele era “o santo de Deus”.
10. ( ) No mundo evangélico, em geral, aceita-se que 
Cristo nunca pecou, mas há discussões sobre Sua inca-
pacidade de pecar.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 55
TEXTO 01 -
TEXTO 02 -
TEXTO 03 -
TEXTO 04 -
TEXTO 05 -
A DIVINDADE DE CRISTO
AS PROVAS BÍBLICAS DA DIVINDADE 
DE CRISTO
A UNIDADE DA PESSOA DE CRISTO
OS ESTADOS DE CRISTO (ESTADO DE 
HUMILHAÇÃO)
OS ESTADOS DE CRISTO (ESTADO DE 
EXALTAÇÃO)
ESBOÇO DA LIÇÃO 02
A DIVINDADE E A HUMANIDADE 
DO SENHOR JESUS
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA56
A DIVINDADE E A HUMANIDADE 
DO SENHOR JESUS
 A prova suprema do verdadeiro cristianismo é a fé 
inquebrantável na divindade do Senhor Jesus: “... sa-
bemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado 
entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e es-
tamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o 
verdadeiro Deus e a vida eterna” (1Jo 5.20 cf. Mc 2.28; 
Jo 1.1-14; Jo 8.58;20.28; Rm 9.5; Fp 2.9-11; Cl 1.19). 
Mesmo assim, durante a história da igreja, não poucas 
vezes, o povo de Deus teve de dar resposta firme diante 
dos que negavam ou deturpavam a divindade de Nosso 
Senhor Jesus Cristo. Através dos séculos, a divindade e 
a humanidade do Senhor Jesus Cristo têm sido muito 
atacadas pelas heresias; daí a necessidade de compre-
ensão bíblica da doutrina. 
 A crença na divindade de Cristo faz do cristianismo 
uma fé singular entre todas as expressões religiosas do 
mundo, porque, sendo Deus, o Senhor Jesus Cristo está 
em uma condição muito superior a de todos os homens 
que já existiram, sobretudo os fundadores das religiões, 
como: Buda, Maomé, Confúcio e outros.
 Os líderes religiosos se destacaram no mundo por 
sua filosofia e seus ensinos; porém, o Senhor Jesus des-
taca-se pelo que é: Deus, que Se tornou homem, a por-
ta, o caminho para se chegar a Deus.
LIÇÃO 02
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 57
A DIVINDADE DE CRISTO
 Poucos artigos da fé cristã tem sido tão atacados du-
rante os séculos como a divindade do Senhor Jesus Cris-
to. Ela é a base da fé Cristã; negando-a, o Cristianismo 
não subsiste. A igreja do Senhor confessa a doutrina 
de que o Senhor Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro 
homem.
 O Senhor Jesus não é meramente um humilde sábio 
do Oriente Médio; nem um ser humano divinizado; ou 
mesmo a primeira e mais excelente das criaturas, como 
ensinaram Ário, e, mais tarde, as Testemunhas de Jeová; 
não é um deus subordinado como defendiam os semia-
rianos; tampouco um homem adotado como filho por 
Deus. O Senhor Jesus não pode ser dividido em “Jesus 
histórico” e “Jesus da fé”, como defendem os liberais, 
modernistas e os denominados “demitologistas” do NT.
 Cristo é Deus. Esse é o testemunho do NT, que apre-
senta enfaticamente a deidade do Senhor Jesus, descre-
vendo-o não só como preexistente à criação do univer-
so, mas também como eterno (Jo 1.1-3).
 Antes de apresentarmos os argumentos bíblicos que 
ensinam a divindade do Senhor Jesus, em confronto aos 
falsos ensinos que os movimentos religiosos modernos 
apresentam, veremos, sucintamente, como a igreja pri-
mitiva defendeu-se das heresias históricas, que, muitas 
vezes, voltam à tona, em nova roupagem, através de 
um novo grupo.
LIÇÃO 02 - TEXTO 01
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA58
v
HERESIAS PRIMITIVAS QUE NEGAVAM 
A DIVINDADE DE JESUS
 ¾ Ebionitas - Eram uma seita de judeus cris-
tãos hereges que negavam a divindade real de Cristo. 
Jesus, segundo a teologia ebionita, era um homem 
comum que possuía dons incomuns, mas não sobre-
naturais, de justiça e sabedoria. Para eles, com o ba-
tismo, Cristo desceu em forma de pomba sobre Jesus. 
Cristo, então, era basicamente um homem, apesar 
de, pelo menos por um tempo, o poder de Deus ter 
estado nele presente e ativo em grau incomum.
 ¾ Arianos - O ensino de um presbítero de Ale-
xandria chamado Ário tornou-se a primeira grande 
ameaça à fé da igreja no que diz respeito à divinda-
de de Jesus. Apesar de condenado pelo Concílio de 
Niceia, em 325, e em concílios subsequentes, o aria-
nismo multiplicou-se, de várias formas, até os nossos 
dias. Os herdeiros modernos do arianismo são os cha-
mados Testemunhas de Jeová.
 Ário ensinava que só o Pai é eterno e incriado. O 
Verbo, portanto, é um ser criado, apesar de ser o pri-
meiro e o mais elevado dos seres. Embora o Verbo 
seja uma pessoa perfeita, não sendo, de fato, da mes-
ma classe das outras criaturas, ele não tem existência 
própria. Ário baseava sua posição em uma coleção de 
textos que “parecem” implicar uma subordinação ou 
inferioridade de Cristo em relação ao Pai. Por exem-
plo, em Jo 14.28, Jesus diz: “o Pai é maior do que eu”. 
Os arianos entenderam mal várias declarações bíbli-
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 59
vcas referentes à subordinação do Filho durante a sua 
encarnação. Descrições de Sua subordinação funcio-
nal temporária ao Pai foram mal interpretadas como 
afirmações acerca da essência do Filho.
 A igreja deu um passo relevante no Concílio de Cal-
cedônia (451 d.C.) quando fez a importante afirmação 
de que o Senhor Jesus é verdadeiramente homem e 
verdadeiramente Deus, afirmando também que as duas 
naturezas de Jesus, humana e divina, eram sem mistu-
ra, confusão, separação ou divisão.
1.1 - O ENSINO DA BÍBLIA A RESPEITO DA DIVINDA-
DE DE JESUS CRISTO
 As Escrituras, de forma unânime, afirmam a divinda-
de do Senhor Jesus Cristo. O AT, em várias passagens, 
registra a vida do Messias, Sua obra, Seu amor pelo po-
vo, e Seus sofrimentos, com impressionante precisão. 
Podem-se citar, nesse sentido, as profecias sobre Cristo 
no Antigo Testamento, claramente cumpridas no Novo 
Testamento: Seu nascimento virginal (Is 7.14 - cf. Mt 
1.18-23; Lc 1.26-35); o local do Seu nascimento (Mq 5.2 
- cf. Mt 2; Lc 2; Jo 7.42); a Galileia como ponto de parti-
da do Seu ministério (Is 9.1-2 - cf. Mt 4.13-16; Mc 1.14-
15; Lc 4.14,15); João Batista como o precursor do Mes-
sias, uma voz no deserto (Is 40.3-5 - cf Mt 3.3; Mc 1.3; 
Lc 3.4-6; Jo 1.23); a rejeição do Cristo pelo Seu próprio 
povo (Is 53.3 - cf. Jo 1.11); a Sua apresentação como o 
cordeiro de Deus (Is 53.7,8 - cf. Jo 1.29,36; At 8.30-35; 
1Pe 1.19; Ap 5.6,12); a traição por um amigo (Sl 41.9 - 
cf. Jo 13.18), o escarnecimento pela multidão (Sl 22.7,8 - 
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA60
cf. Mt 27.29, 41-44; Mc 15.18,29-32; Lc 23.35-
39); o sorteio de Suas vestes (Sl 22.18 - cf. Mt 
27.35; Mc 15.24; Lc 23.34; Jo 19.24); a inclusão en-
tre os transgressores (Is 53.12 - cf. Mt 27.38; Mc 
15.27,28; Lc 22.37), a terrível sede (Sl 69.21 - cf. 
Jo 19.29); a preservação dos Seus ossos (Sl 34.20 - 
cf. Jo 19.31-36), o sepultamento no túmulo do rico (Is 
53.9 - cf. Mt 27.57-60).
1.1.1 - O Ensino do Novo Testamento Sobre Cris-
to
 O Novo Testamento professa a crença na 
divindade do Senhor Jesus e ensina que o Filho de Deus 
é:
a) Eterno como o Pai - e estava com Ele no prin-
cípio (Jo 1.1; 1Jo 1.1);
b) Alfa e Ômega - o primeiro e o último, o prin-
cípio e o fim (Ap 22.13);
c) Onipresente - depois da Sua glorificação, Ele 
permanece com a igreja e cumpre tudo em todos (Mt 
28.20; Ef 1.23, 4.10);
d) Imutável e fiel - “Cristo Jesus é o mesmo on-
tem, hoje e o será eternamente” (Hb 13.8);
e) Onisciente - por isso, ouve nossas orações (At 
1.24; 7.59; 16.13; Rm 10.13); Ele é aquele que conhece 
o coração do homem (At 1.24);
f) Onipotente - pois todas as coisas estão sujei-
tas a Ele e todo o poder Lhe foi dado no céu (Mt 28.18; 
1Co 15.27; Ef 1.22; Ap 1.4; 19.16) e na Terra; 
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 61
g) Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (Ap 
19.16).
1.1.2 - Títulos divinos aplicados ao Senhor Jesus 
Cristo
a) Primeiro e último: Ap 1.17; 2.8; 22.13;
b) A verdadeira luz: Jo 1.19;
c) Rocha ou pedra: 1Co10.4; 1Pe 2.6-8;
d) Esposo: Ef 5.28-33; Ap 21.2;
e) Supremo pastor: 1Pe 5.4;
f) Grande pastor: Hb 13.20;
g) Redentor: Tt 2.13; Ap 5.9;
h) Perdoador de pecados: At 5.31; Cl 3.13;
i) Salvador do mundo: Jo 4.42;
j) Juiz dos vivos e mortos: 2Tm 4.1.
1.2 - A AUTOCONSCIÊNCIA DE JESUS
 Durante Seu ministério terreno, Jesus, claramente, 
agiu como quem tem autoridade divina. Assumiu para 
Si a prerrogativa de purificar o templo (Mc 11.27-33), 
buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10), ter a 
autoridade divina para perdoar pecados (Mc 2.5-7; Lc 
7.48,49). 
 A autoconsciência de Jesus é vista no relacionamen-
to incomum que tinha com o Pai. Ele alega ser “um com 
o Pai” (Jo 10.30); vê-Lo e conhecê-Lo é ver e conhecer o 
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA62
Pai (Jo 14.7-9). Em João 8.58, Jesus afirma Sua preexis-
tência. A indicação mais clara da autocompreensão de 
Jesus é encontrada em associação ao Seu julgamento 
e condenação. A acusação, de acordo com o relato de 
João, era a de que “a si mesmo se fez Filho de Deus” 
(Jo 19.7; cf. Mt 26.63). Não apenas Jesus não discutiu 
a acusação de que teria afirmado ser Deus, como tam-
bém aceitou que os discípulos Lhe atribuíssem divinda-
de (Jo 20.28).
 Outra importante indicação da autoconsciência de 
Jesus é a maneira como Ele justapõe Suas próprias pa-
lavras às do AT, as Escrituras do Seu tempo. Várias ve-
zes, Ele afirma: “ouvistes o que foi dito aos antigos... 
eu porém vos digo...” (Mt 5.21,22,27,28). Aqui, Jesus 
coloca a Sua palavra no mesmo nível das Escrituras do 
AT. Jesus possui a mesma autoridade dos ensinos do AT. 
Jesus é superior a Abraão (Jo 8.53), a Jacó (Jo 4.12), ao 
templo (Mt 12.6), e ao sábado (Mc 2.28). Cristo afirmou 
também que o destino de todas as pessoas dependia de 
como reagiriam a Ele (Mt 10.32-33; 11.6; Mc 8.34-38).
 O que Jesus pensava de Si mesmo? Lucas retrata um 
incidente da infância de Jesus, quando, com 12 anos 
de idade, estava cônscio de duas coisas: primeira, uma 
revelação especial para com Deus, a quem chamava de 
“Pai”; segunda, uma missão especial na Terra, que cha-
mava “negócios de meu Pai” (Lc 2.49).
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 63
I. MARQUE “V” PARA VERDADEIRO OU “F” PARA 
FALSO:
1. ( ) A divindade do Senhor Jesus Cristo é a base da 
fé Cristã.
2. ( ) Jesus não possui a mesma autoridade dos ensi-
nos do AT.
3. ( ) Durante Seu ministério terreno, Jesus agiu co-
mo quem tem autoridade divina.
4. ( ) As Escrituras, de forma unânime, afirmam a di-
vindade do Senhor Jesus Cristo.
5. ( ) Jesus confirmou, Ele próprio, Sua preexistência. 
II. SUBLINHE A RESPOSTA CORRETA:
1. Cristo é (Onipotente - Imutável), pois todas as coisas 
estão sujeitas a Ele.
2. Cristo é (Onisciente - Onipotente); por isso, ouve nos-
sas orações.
3. “Cristo Jesus é o mesmo ontem, hoje e o será eterna-
mente”. Ele é (Todo Poderoso - Imutável e fiel).
4. As profecias sobre Cristo, declaradas no AT (cumpri-
ram-se - não se cumpriram) plenamente no NT.
5. Os (ebionitas - arianos) afirmavam que Jesus era ape-
nas um homem comum com dons incomuns.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA64
AS PROVAS BÍBLICAS DA 
DIVINDADE DE CRISTO
 O Antigo Testamento vaticinava o Messias divino (Sl 
2.6-12 - cf. Hb 1.5; 45.6,7 e Hb 1.8,9; Sl. 110.1 - cf. Hb 
1.13; Is 9.6; Jr 23.6; Dn 7.13; Mq 5.2; Zc 13.7). É impos-
sível negar que o Novo Testamento ensina a divinda-
de de Cristo. Nos evangelhos sinóticos25, Seu caráter e 
obras justificam Sua reivindicação, como encontramos 
em: Mt 5.17; 9.6; 11.1-6,27; 14.33; 16.16,17; 28.18; 
25.31-46; Mc 8.38, e em outras passagens similares, 
bem como passagens paralelas.
 No Evangelho de João, achamos o mais elevado 
conceito da pessoa de Cristo, como constatamos nas 
seguintes passagens: Jo 1.1-3,14,18; 2.24,25; 3.16-18, 
35,36; 4.14,15; 5.18, 20-22, 25-27; 11.41-44; 20.28; 
1Jo 1.3; 2.23; 4.14,15; 5.18, 20-22, 25-27. Nas epis-
tolas paulinas e na epístola aos Hebreus, encontramos 
conceito semelhante: Rm 1.7; 9.5; 1Co 1.1-3; 2.8; 2Co 
5.10; Gl 2.20; 4.4; Fp 2.6; Cl 2.9; 1Tm 3.16; Hb 1.1-
3,5,8; 4.14, 5.8, e etc.
25. Sinótico: de visão conjunta. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas.
LIÇÃO 02 - TEXTO 02
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 65
2.1 - OS NOMES DADOS AO SENHOR JESUS ATES-
TAM SUA DIVINDADE
2.1.1 - Deus
 O termo é usado no sentido absoluto, referindo-se à 
Divindade (Hb 1.8; Jo 20.28; 1.18; 5.20; At 20.28; Rm 
9.5; Tt 2.13).
2.1.2 - Filho de Deus
 Este nome é dado ao Senhor Jesus mais de 
40 vezes nas Escrituras (Mt 16.16,17; 27.40,43; Mc 
14.61,62; Lc 22.70; Jo 5.25; 10.36; 11.4; veja Mt 8.29).
2.1.3 - Primeiro e Último, Alfa e Ômega
 “O Dr. Pierson diz-nos que este título descreve Cristo 
como tema de todas as Escrituras, o Criador de todos os 
mudos e criaturas, o Controlador de toda a história.”26 
(Ap 1.17; cf. Is 41.4; 44.6; Ap 1.8;22.12,13,15).
2.1.4 - Santo
 “Vós, porém, negastes o Santo e o Justo e pedistes 
que vos concedessem um homicida” (At 3.14). “Não 
executarei o furor da minha ira; não tornarei para des-
truir a Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o 
Santo no meio de ti; não voltarei em ira” (Os 11.9). 
26. E. H. Bancroft. Teologia Elementar. Imprensa Batista Regular, pág. 119.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA66
2.1.5 - Senhor de Todos e Senhor Da Glória
 Estes dois nomes apresentam Cristo, respectivamen-
te, em Sua soberania divina e em Sua majestade divina 
(At 10.36; 1Co 2.8; Sl 24.8-10; Is 9.6; Hb 1.8).
 Os nomes que claramente implicam divindade são 
usados a respeito de Jesus Cristo; desse modo, Sua Di-
vindade é tão firmemente estabelecida como a do Pai.
2.2 - O CULTO QUE É PRESTADO A CRISTO ATESTA 
SUA DIVINDADE
 Adoração como a que Cristo recebeu era ordinaria-
mente prestada somente a Deus. Portanto, ao receber 
esse culto, Cristo reconheceu Seu direito como Deus. 
“Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque 
está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele 
darás culto” (Mt 4.10 - cf. At 10.25,26; Ap 22.8,9; At 
12.20-25; 14.14,15).
2.2.1 - A Bíblia Salienta Que Adoração é Devida 
Somente a Deus
 A adoração prestada a Cristo, nos escritos sagrados 
do Novo Testamento, não passaria de idolatria sacrílega 
se Ele não fosse verdadeiramente Deus. A Bíblia testi-
fica de homens que foram alvo da adoração que per-
tence, exclusivamente, a Deus, e do terrível castigo que 
receberam: Nabucodonozor (Dn 4.29-31) e Herodes (At 
12.20-25). Também a Bíblia registra o exemplo de ou-
tros que horrorizados rejeitaram a adoração que não 
lhes pertencia: Paulo e Barnabé (At 14.12-15); Pedro (At 
10.25,26) e anjos (Ap 22.8,9).
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA 67
2.2.2 - Jesus Cristo, Sem Qualquer Hesitação, 
Aceitou e Encorajou a Adoração a Sua 
Pessoa
 “Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; 
porque eu o sou” (Jo 13.13 - cf. Mt 14.33; Lc 24.52; Jo 
4.10; Lc 5.8; Jo 20.27-29).
2.2.3 - A Vontade Revelada de Deus é a de Que 
Cristo Seja Adorado
 “E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mun-
do, diz: E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.6 - cf. 
Is 45.21-23; Jo 5.22,23).
2.2.4 - A Igreja Primitiva Tinha Como Prática Sa-
grada Orar a Cristo e Adorá-Lo
 “E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Se-
nhor Jesus, recebe o meu espírito!” (At 7.59). “...à igreja 
de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo 
Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em 
todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cris-
to, Senhor deles e nosso” (1Co 1.2 - cf. 2Co 12.8-10;).
2.3 - OS OFÍCIOS DIVINOS QUE AS ESCRITURAS 
ATRIBUEM A CRISTO ATESTAM SUA DIVINDA-
DE
 Somente um ser que possui inerentemente a vida 
eterna é que pode proporcioná-la; e somente Deus pos-
sui a vida eterna no sentido absoluto; por conseguinte, 
Jesus Cristo, para ser doador da vida eterna, necessaria-
mente tem de ser Deus.
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA68
2.3.1 - Criador do Universo
 A Bíblia ensina que Jesus Cristo não é incluído nas 
“coisas criadas”; antes, é considerado como a origem de 
todas elas. Como Criador e não criatura, é infinito e

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