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Língua Brasileira de Sinais - Libras III - Avaliação Final Discursiva

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Disciplina: Língua Brasileira de Sinais - Libras III 
Avaliação: Avaliação Final (Discursiva) - Individual Semipresencial 
Nota da Prova: 10,00 
1. Tratando da aprendizagem de Libras por ouvintes, os autores Leite e McCleary (2009) partem da própria 
experiência do primeiro deles. Assim, usando a metodologia de estudos em diário, Leite registrou 
cotidianamente sua experiência de aprendiz de Libras como segunda língua em contextos formais e 
informais, e encontrou algumas dificuldades que ouvintes têm na aquisição da Libras. As dificuldades que 
encontrou na área linguística estava relacionada aos seguintes aspectos: modalidade, datilologia, 
morfossintaxe, classificadores, unidades não manuais, uso do espaço, a semântica. Disserte sobre essas 
dificuldades. 
FONTE: LEITE, T. A.; MCCLEARY, L. Estudo em diário: fatores complicadores e facilitadores no 
processo de aprendizagem da Língua de Sinais Brasileira por um adulto ouvinte. In: QUADROS, R. M.; 
STUMPF, M. R. Estudos Surdos IV. Petrópolis: Arara Azul, 2009. 
 
Resposta Esperada: 
Modalidade: normalmente, os iniciantes observam as mãos dos sinalizantes e isto faz com que percam 
informações. Com o passar do tempo, tomam consciência de que é preciso focalizar o rosto, ganhando, assim, 
na qualidade da captação e percepção. 
Datilologia: parece fácil, entretanto, exige certo ritmo quando inserido no discurso espontâneo. Muitas vezes é 
dado pouco espaço à prática de soletração manual nos cursos de Libras. 
Morfossintaxe: incorre-se no erro de dar muita ênfase no ensino de vocabulário, sem contextualizar a 
construção de sentenças, o que leva o ouvinte a produzir os sinais na estrutura linear de sua primeira língua e, 
por isso, a realização daquilo que é chamado de uma interlíngua, chamada de Português sinalizado. 
Classificadores: devido a uma abordagem muito simples sobre esses elementos por parte dos professores, os 
ouvintes tendem a ficar confusos quanto ao seu uso e sua semelhança com as unidades lexicais estabilizadas e, 
por vezes, tornam-se muito parecidos com pantomimas. 
Unidades não manuais: essas unidades são difíceis de produzir, sobretudo porque, como os cursos focalizam 
muito em ensinar lista de sinais e as expressões são apenas para a distinção de determinados itens lexicais, as 
explicações para o uso prosódico e sintático ficam comprometidas. 
O uso do espaço: no espaço ocorrem vários processos de recuperação referencial, e isto é de estabelecimento 
das relações entre as unidades numa sentença, dispensando a necessidade de artigos e preposições no 
estabelecimento de certas relações gramaticais e coesivas. 
Semântica: o ensino de vocabulário geralmente compreende uma lista de sinais com sua tradução em 
Português, levando a crer que todos os sinais têm um equivalente em Português, mas que também algumas 
palavras do Português podem ter várias acepções de sinais, como no caso do verbo CAIR. 
 
2. Os estudos sobre línguas sinalizadas são recentes, e a emergência repentina de pesquisas nessa área da 
linguística, criou a necessidade urgente de nomear fenômenos que eram observados durante a descrição das 
línguas de sinais. O mais adequado foi lançar mão de termos já usados na descrição das línguas orais e este 
parece ser o caso dos classificadores. Os classificadores são muito importantes nas línguas de sinais. 
Disserte sobre os classificadores e suas características. 
FONTE: SCHEMBRI, Adam. Rethinking 'Classifiers' in Signed Languages. In: EMMOREY, K. 
Perspectives on classifier constructions in sign languages. London: Lawrence Erlbaum Associates, 2003. 
 
Resposta Esperada: 
Os classificadores são elementos que classificam e especificam determinado aspecto de uma entidade 
designada por um nome. Seus usos são variáveis em algumas línguas. A noção de elementos nominais ou 
verbais classificadores nasce a partir de estudos de línguas consideradas classificadoras, amplamente 
estudadas nas línguas faladas por vários autores. Um classificador é um afixo ou pedaço de palavra que se 
encaixa ou acompanha um nome ou verbo para dar informações sobre a relação significado-função e a classe a 
que se refere esse nome ou verbo. Os classificadores têm significado, já que eles mostram ou apontam alguma 
característica saliente de um objeto de mundo que é referido por um nome. 
Eles podem ser definidos por dois critérios bem específicos: 1. Eles se realizam como morfemas na estrutura 
 
 
https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=TEJSMDA0OA==&action2=TEJSMTA3&action3=NjM4ODQ1&action4=MjAyMC8x&prova=MjE0NzgxOTg=#questao_1%20aria-label=
https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=TEJSMDA0OA==&action2=TEJSMTA3&action3=NjM4ODQ1&action4=MjAyMC8x&prova=MjE0NzgxOTg=#questao_2%20aria-label=
de superfície sob condições específicas; 2. Eles têm significado, já que os classificadores denotam alguma 
característica saliente ou imputada a uma entidade que é referida por um nome. Os classificadores em línguas 
orais podem estar inseridos em oito categorias diferentes: material (constituição), função, forma, consistência, 
tamanho, locação, arranjo e quantia. 
Um classificador em língua de sinais trata-se de uma configuração manual que se assemelha a um 
fonema/morfema, cujo significado é construído no contexto do enunciado. 
Os elementos classificadores de um (língua oral) e outro (língua de sinais) não representam o mesmo 
fenômeno. Libras tem classificadores que se comportam como os que aparecem nas línguas predicativas. Na 
tipologia e morfologia dos Classificadores da ASL de Supalla (1981), os classificadores foram divididos em: 
especificadores de tamanho e forma; classificador semântico; classificador corpo; classificador parte do corpo; 
classificador instrumento e morfemas para outras propriedades de classes de nomes. Algumas configurações 
classificadoras são mais específicas e remetem a um significado mais estável, outras, porém, são mais 
genéricas.

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