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Carne alimento com alto valor nutritivo e vida-de-prateleira curta. Visando preservação da carne foram desenvolvidos métodos, como: salga, secagem, defumação e etc... Produto cárneo industrializado obtido de carne suína ou suína e bovina, adicionado de toucinho, ingredientes, embutido em envoltórios naturais e/ou artificiais, curado, fermentado, maturado, defumado ou não e dessecado. Início da produção no Brasil. Produção de Salames no país: é significativa, em torno de 110 a 120 toneladas por dia. Ao longo do tempo percepção de melhorias, principalmente de qualidade e tecnológicas. Segundo a Instrução Normativa n°22, de 31 de julho de 2000, do Ministério da Agricultura e Abastecimento, são definidas características de identidade e qualidade de oito tipos de salame. A diferenciação está: 1.Na matéria-prima 2.Granulometria da carne e do toucinho 3.Condimentação Formação de película seca por dentro do invólucro Presença de buracos na massa do salame, a rancificação Recobrimento total de mofos Coloração escura. Geralmente, nas fases de cura, fermentação e secagem O consumo de derivados de animais é muito antigo, antigamente os produtos eram comercializados de forma natura, e posteriormente, passaram a ser processados com o intuito de formar novos produtos até chegar ao processo de industrialização de seus derivados. Animais saudáveis Descanso no pré e pós abate em locais limpos. Equipamentos com higienização correta. Um dos primeiros processos que a carne passa. A associação de condimentos servem para impressionar o paladar. Além disso,utilizados para preservação, como por exemplo, o nitrato/ nitrito que são importantes para evitar doenças causadas por microrganismos responsáveis pela deterioração do produto embutido. Na produção de embutidos, os aditivos são bastante utilizados e são classificados em: conservantes, estabilizantes, condimentos, antioxidantes, aromatizantes e corantes. Permite-se a utilização dos aditivos quando sua utilização é benéfica aos aspectos sensoriais e não trouxer riscos ao consumidor. As principais características do salame giram em torno da sua coloração, aroma e sabor. O sabor do salame é dado pela fermentação; A coloração do salame pode variar dependendo da quantidade relativa de três formas de mioglobina pode ser: vermelho púrpura, vermelho brilhante e marrom. Sabor forte e picante e uma textura elástica; pH de 5,8-6,0 e uma concentração de salmoura de 13-16%, que corresponde a 25-28% de água e 3,5- 5,5% de sal; Atividade de água baixa < 0,88; Dois fatores básicos tornam este produto diferente dos demais embutidos: baixo teor de umidade e presença de ácido láctico, que confere um sabor característico. Características Quantidade Atividade de água (Máx) 0,92 Umidade (Máx) 40% Gordura (Máx) 35% Proteína (Máx) 20% Carboidratos (Máx) 1,5% Características Físico-Químicas: Salame Tipo Italiano Salame Tipo Milano Salame Tipo Hamburguês Salaminho Segurança e qualidade na produção de salame: 1.Formar a equipe de APPC (Análise de Pontos Críticos de Controle) 2.Descrever o produto, seus ingredientes e forma de uso 3.Elaborar o fluxograma de processo detalhado 4.Identificar os perigos nas matérias-prima e nas etapas de processo 5.Identificar os Pontos Críticos de Controle (PCC) ou necessidades de modificações nos ingredientes/processo, para cada perigo identificado. Segurança e qualidade na produção de salame: 6.Descrever os procedimentos de controle dos PCC’s e as modificações necessárias no processo 7.Estabelecer a freqüência de controle para cada PCC 8.Estabelecer os limites de controle para cada PCC 9.Estabelecer as ações corretivas para cada PCC 10. Estabelecer o sistema de registro para cada PCC 11. Implantar o Sistema de HACCP no processo 12. Avaliar o funcionamento do Sistema de HACCP periodicamente Fluxograma do processo produtivo de salame: Carnes de ótima qualidade Carnes de coloração avermelhada, de animais mais velhos. pH entre 5,4 e 5,8 Carne não deve estar muito úmida Gordura deve ser da região costo-lombar (ventre - maior conteúdo de ácidos graxos facilitando rancificação). A carne deve estar resfriada e o toucinho congelado Matérias-primas: Principalmente carne suína e bovina Paleta, pernil, dianteiro, toucinho são recebidas e inspecionadas. Fluxograma do processo produtivo de salame: Processo realizado em condições higiênicas. 1ª etapa de preparação da massa. O processo de moagem é dividido em: Caracol: finalidade de movimentar a matéria-prima evitando acúmulo de matéria orgânica. Disco pré-cortador: reduz a granulometria da carne. Disco de granulometria: define a granulometria desejada 3% de sal e amadurecida à temperatura de 5ºC por 2 ou 3 dias para iniciar o crescimento de bactérias produtoras de ácido lático. Fluxograma do processo produtivo de salame: Carne a temperatura baixa!! Carne Suína (mínimo de 60%, exceto para o salame tipo hamburguês, onde o teor permitido é de no mínimo 50%) Toucinho Sal: Potencializa o sabor, desidrata, inibi o crescimento microbiano Nitrito e/ou nitrato de sódio e/ou potássio: Estabilizam a cor, é essencial para o desenvolvimento e sabor característico do salame, retarda a rancificação e inibição de bactérias Ingredientes Opcionais Carne Bovina Leite em pó Açúcares Maltodextrinas Proteínas lácteas Aditivos intencionais Vinho Condimentos, aromas e especiarias Substâncias glaceantes (revestimento externo) Fluxograma do processo produtivo de salame: Fluxograma do processo produtivo de salame: O processo de embutimento consiste em: “introduzir a massa já preparada na tripa previamente selecionada e disposta para este fim em equipamentos chamados embutideiras ou embutidoras.” A massa deve ser compacta e modelada em forma redonda evitando as bolsas de ar, o que poderia vir a provocar a oxidação da massa prejudicando a qualidade. Podem ser usadas tripas naturais ou sintéticas. As tripas recebem os grampos Fluxograma do processo produtivo de salame: Condições: Temperatura: 12-18ºC Umidade Inicial: 95% 1º dia Umidade relativa após 3-4 dias: 75-85% A velocidade do ar não pode ser mais do que 0,1 ou 0,2 m/s. Quanto mais longa essa fase, melhores as características organolépticas terá o produto final. (Segundo Ordóñez, et al, 2005) Nesta fase ocorre a maior parte da desidratação do produto e a hidrólise enzimática de proteínas e gorduras. Proteínas Peptídeos Aminoácido Sabor embutidoSabor embutido Hidrólise de natureza enzimática: Calpaínas, Catepsinas, Carboxipeptidases, Aminopeptidases, Dipeptidases, e Dipeptilpeptidases Gorduras Glicerol Ác. Graxos livres Glicerideos Sabor embutidoSabor embutido Hidrólise de natureza enzimática: Lipases originárias das bactérias lácticas. Maturação adicional e secagem para estabilização da cor e desenvolvimento do aroma Finalização do processo de preparo para a estocagem do produto. É feita a temperaturas entre 12 e 15ºC Umidade relativa de 70 a 75%. A secagem remove 40 a 60% da umidade inicial e o produto final contém cerca de 25 a 40% de água. Aumenta porcentagem de sal para 4,0 a 5,5%. Água que resta no embutido forma uma salmoura com concentração de 7% ou mais logo, inibe o crescimento de microrganismos deterioradores da carne. Os produtos fermentados podem ou não serem defumados. As melhores condições são na temperatura de 30-40ºC e umidade relativa de 75%. Temperaturas mais altas retardariam a fermentação. A fumaça tem um efeito conservante que, associado ao calor, resulta na redução da umidade, essencial no controle do desenvolvimento de microrganismos. Proporciona coloração,aroma e sabor desejados pelo consumidor são determinados pela presença de certos componentes químicos constituintes da fumaça. Valoriza e agrega valor Fluxograma do processo produtivo de salame: Materiais adequados para as condições de armazenamento e que lhe confiram uma proteção apropriada contra a contaminação. O produto poderá ser exposto no ponto de venda em temperatura ambiente quando fechado. Embalagens a vácuo: produtos fatiados, temperatura de refrigeração. Fluxograma do processo produtivo de salame: Matéria-Prima Preparo e formulação Moagem Fermentação Embutimento Secagem e Maturação Embalagem Técnicas de Fermentação: Fermentação rápida: Salas de maturação à temperatura de 24 a 26ºC durante 12-14 horas. Temperatura é diminuída para 18 a 20ºC completando-se a fermentação, pré-secagem, formação de cor e liga. Neste tipo de fermentação são adicionados: sal de nitrito → desenvolvimento de cor; ascorbato de sódio → estabilidade da cor; dextrose e xarope de milho→ acidificação rápida; Técnicas de Fermentação: Fermentação Sweating Fermentation: Temperaturas mais altas (25-28ºC). Adiciona-se quantidade maior de sal Para se obter uma umidade relativa de 100% adiciona-se vapor nas câmaras de maturação. Após um período determinado, abaixa-se a temperatura para 16-18ºC e depois aumenta-se novamente para 28ºC Técnicas de Fermentação: Fermentação por defumação úmida: Fermentação, defumação e secagem de uma só vez Após o embutimento, os produtos são levados às câmaras de maturação a uma temperatura entre 18- 22ºC e Umidade Relativa > 90-95%. Técnicas de Fermentação: Fermentação sob pressão: São utilizadas formas de pressão de plástico ou de metal As formas são fechadas e pressionadas e mantidas em câmaras a 20 22ºC. Técnicas de Fermentação: Fermentação por salmoura: É utilizada salmoura de 6-8% Pode ser em temperaturas mais altas (18-22ºC) Ou em temperaturas baixas (8ºC). Técnicas de Fermentação: Fermentação à vácuo: O salame são mantidos em câmaras à vácuo, à pressão de 0,2 atm. Após algum tempo, reestabelece-se a pressão normal, seguida de uma redução de 0,3 atm. Repete-se o procedimento mais uma vez e finalmente a pressão de 0,5 atm é mantida. Culturas individuais ou mistas de cepas de microorganismos selecionados com uma determinada atividade enzimática e que são adicionadas em quantidades definidas para a produção da desejada transformação do substrato. Microrganismos da carne Processo mais lento Culturas “starter” Redução do tempo de fermentação Homogeneidade do produto Controle das características Conjunto de microrganismos A soma das ações de microrganismos, com a característica de cada um, visa um efeito desejado no produto final. Mais utilizados: Lactobacillus e Pediococcus Staphylococcus e Micrococcus Componentes das culturas starters para a fermentação cárnea : Grupos Gênero/Espécie Atividade metabólica Benefícios Bactérias lácticas Lactobacillus e Pediococcus Formação de ácido lático Inibição de bactérias patogênicas e deteriorantes; aceleração da formação de cor e secagem; retém água e o produto se torna mais firme Componentes das culturas starters para a fermentação cárnea : Grupos Gênero/Espécie Atividade metabólica Benefícios Cocos catalase positivos Micrococcus e Staphylococcus Redução de nitrato e consumo de oxigênio, destruição de peróxidos, redução de nitrato Formação e estabilização da cor; retardamento da oxidação; desenvolvimento de aroma; remoção de nitrato em excesso Componentes das culturas starters para a fermentação cárnea : Grupos Gênero/Espécie Atividade metabólica Benefícios Leveduras Debaromyces e Candida Consumo de oxigênio, metabolizam o ácido lático Retardamento da oxidação, desenvolvimento de aroma, redução da acidez Componentes das culturas starters para a fermentação cárnea : G rupos G ênero/E s péc i e A tividade metabólic a B enefíc ios Bolores Penicillium Consumo de oxigênio, destruição de peróxidos; Produzem enzimas lipolíticas que degradam a gordura; Evitam rancidez por impedir entrada de oxigênio; Estabilidade de cor, retardamento da oxidação, desenvolvimento de aroma Objetivos: Garantir um alimento seguro Proporcionar diminuição de custos Redução de perdas Otimização da produção Ferramentas: BPF – Boas Práticas de Fabricação APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle Fases: Fermentação Secagem Causas: Desenvolvimento insuficiente da formação de cor; Desenvolvimento insuficiente das propriedades de liga; Estabilização insatisfatória Película seca por dentro do invólucro: Secagem; Desenvolvimento microbiano; Mudanças de cor, cheiro, consistência e sabor; Presença de buracos na massa: Ação de bactérias lácticas heterofermentativas; Fermentação; Salame com a camada externa rancificada: Estocagem com temperatura, umidade e iluminação inadequadas; Agrava os problemas de deterioração, rancificação e deterioração microbiológica; Embutido com recobrimento total de mofos: Alterações de cor e sabor; Ataque ao envoltório; Problemas de saúde pública pelas toxinas; Embutido com coloração escura: Adição exagerada de sal de cura ou sal de cura não homogêneo; Uso de fixador de cor em dose insuficiente ou parcialmente oxidada; Presença de bactérias lácticas heterofermentativas; A produção de salame necessita de ser acompanhada por profissional especializado na área de alimentos para desempenhar atividades como elaboração da formulação e controle de processo; Os produtos devem atender os Padrões de Identidade e Qualidade e as indústrias produtoras devem atender as exigências do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55
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