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ANEXO 10 - Item 2 do Relatório - 5ª ação

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ª VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE VITÓRIA – ESPIRITO SANTO. 
 
 
 
 
GERSON, brasileiro, solteiro, médico, residente e domiciliado em Vitoria 
– Espirito Santo, portador da cédula de identidade sob o nº, inscrito no CPF sob o n.º, 
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado 
devidamente qualificado, propor a presente: 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO 
 
Em face de: 
 
BERNARDO, viúvo, residente e domiciliado em Salvador - 
Bahia, portador da cédula de identidade sob o nº, inscrito no CPF sob o n.º, 
pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos: 
 
I – PRELIMINARMENTE. 
 
I.I – DA GRATUIDADE JUDICIAL. 
 
Requer o Autor, nos termos da Lei nº 1.060/50 e do artigo 98 e seguintes do 
Código de Processo Civil, que lhe sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita, tendo 
em vista que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários 
advocatícios sem o prejuízo do seu sustento próprio, vejamos: 
 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou 
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as 
 
 
custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios 
tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. 
 
Veja-se que as normas legais mencionadas não exigem que os requerentes da 
assistência judiciária sejam miseráveis para recebê-la, sob a forma de isenção de custas, 
bastando que comprovem a insuficiência de recursos para custear o processo, ou, como 
reza a norma constitucional, que não estão em condições de pagar custas do processo 
sem prejuízo próprio ou de sua família, bem como as normas de concessão do benefício 
não vedam tal benesse a quem o requeira através de advogados particulares. 
 
I.II – DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO. 
 
Trata-se de cobrança de nota promissória, reconhecida como título executivo, 
nos termos do artigo 784, inciso I, Código de Processo Civil 
 
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a 
debênture e o cheque; 
 
Sendo assim, por compreender obrigação ainda a ser satisfeita, é de 
competência do presente foro o ajuizamento da presente ação, tendo em vista, repita-se, 
ser este o lugar onde deva ser satisfeita, e por não conter outra estipulação senão pagar 
na circunscrição onde fora emitida. Vejamos o disposto no Código Civil: 
 
Art. 53. É competente o foro: 
III - do lugar: 
 
 
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se 
lhe exigir o cumprimento; 
 
II – DA SÍNTESE FÁTICA. 
 
O Autor é credor do Réu, conforme se extrai da nota promissória emitida em 
favor do mesmo no montante de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), vencida recentemente, 
conforme faz prova os documentos acostados aos autos. 
 
Ocorre que, o Réu, dias após o vencimento do débito, ressalta-se, sem o 
devido adimplemento, fizera a doação de seus dois imóveis (um localizado na cidade de 
Aracruz – Espirito Santo e o outro na Cidade de Linhares – Espirito Santo), que 
culminam na importância de R$ 300.00,00 (trezentos mil reais), para sua filha JANAINA, 
menor impúbere, residente em Macaé – Rio de Janeiro, com sua genitora, com 
estabelecimento de clausula de usufruto vitalício em favor do próprio Réu. 
 
É de se verificar, que as dívidas do Réu já ultrapassaram a quantia de R$ 
400.000,00 (quatrocentos mil reais), e o imóvel doado para a sua filha encontra-se 
atualmente alugado para terceiros, sendo que, o Réu é quem desfruta dos valores pagos 
a título de aluguel. 
 
III - DO DIREITO. 
 
III.I – DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO. 
 
É evidente a passividade de anulação do presente caso, visto tratar-se de meio 
ilícito utilizado pelo Réu com intuito de resguardar os imóveis de uma possível execução 
judicial, proveniente das inúmeras dívidas que o Réu possui, corroborando ás afirmações 
trazidas a plano pelo Autor é o fato que ocorreram somente após o transcurso do prazo 
para pagamento do débito. 
 
 
 
Sendo assim, resta comprovado a fraude contra os credores, sujeitando-se, 
assim a anulação das transações, em consonância ao que dita o artigo 158 do Código Civil, 
vejamos: 
 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou 
remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou 
por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, 
poderão ser anulados pelos credores quirografários, como 
lesivos dos seus direitos. 
 
Ressalta-se que o negócio jurídico também está eivado de nulidade, haja vista a 
flagrante simulação de doação ocorrida a menor impúbere, com o estabelecimento de 
clausula de usufruto vitalício em favor do Réu, mantendo este, o domínio de fato sobre os 
bens, com único objetivo de burlar a justiça e os direitos dos credores, assim determina o 
Código Civil: 
 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o 
que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas 
diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou 
transmitem; 
 
Deste modo, por todo exposto, requer a parte Autora, a anulação do negócio 
jurídico que ocorrera entre o Réu e sua filha, tendo em vista o claro intuito de burlar o 
direito de seus credores. 
 
III.II – DO TÍTULO EECUTIVO EXTRAJUDICIAL 
 
O Autor emitiu em favor do Réu nota promissória no valor de R$ 80.000,00 
(oitenta mil reais), sendo que o seguinte título executivo se resta vencido, com isso, o 
Autor torna-se legítimo credor de quantia liquida, certa e exigível, não conseguindo, 
conciliar com o devedor meios para saldar a dívida contraída. 
 
 
 
Nota-se que trata-se de exatamente o inverso, visto que o Réu utilizou de meios 
danosos afim de guarnecer seu patrimônio e deixar seus credores sem possibilidades de 
recuperarem os créditos expedidos, nesse sentido: 
 
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a 
debênture e o cheque; 
II - a escritura pública ou outro documento público assinado 
pelo devedor; 
 
III.III – DA PENHORA E ALIENAÇÃO DOS BENS DO EXECUTADO. 
 
Constata-se a fraude contra os direitos dos credores empregada pelo Réu, e a 
vista de tal repugnante ato, o douto magistrado declare a anulação dos negócios jurídicos 
ocorridos, vem, o Autor, desde logo, requerer a alienação ou a penhora dos bens do Réu, 
afim de que, deste modo, seja devidamente adimplida a dívida, caso assim, não julgue o 
nobre magistrado, o Autor, declara que aceita receber as quantias relativas as alugueis dos 
imóveis até que ocorra o efetivo pagamento total do débito, nesse sentido: 
 
Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela 
expropriação de bens do executado, ressalvadas as execuções 
especiais. 
Art. 825. A expropriação consiste em: 
I - adjudicação; 
II - alienação; 
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de 
estabelecimentos e de outros bens. 
Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos 
bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, 
das custas e dos honorários advocatícios. 
 
IV – DOS PEDIDOS. 
 
Diante do exposto, requer que seja recebida e processada a presente Ação, 
para que ao final seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE os presentes pedidos: 
 
 
 
a) Requer a declaração anulatória do negócio jurídico que ocorrera no presente caso, 
em conformidade com o disposto no artigo 158 do Código Civil; 
b) Que seja reconhecido o título extrajudicial que deu início a ação proposta, por 
ocorrência de sua quantia certa, liquida e exigível, em atendimento ao que dispõe o 
artigo 784, II do Código de Processo Civil; 
c) Honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa; 
d) O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que o mesmo é pobre no sentido 
jurídico do termo; 
e)Protesta em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos; 
 
Dar-se-á o valor da causa em R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Boa Vista – local, Data. 
Advogado/OAB.

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