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Feito Prát Sim I - Caso concreto 3

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA I
ALUNA: MILENA PARREIRAS ROIFFÉ DE TOLEDO
MATRÍCULA: 201102311359
PRÁTICA SIMULADA I - CCJ0146
Caso Concreto 3
Gerson , brasileiro, solteiro , médico, residente em Vitória/ES, é credor de Bernardo, viúvo, residente em Salvador /BA, conforme nota promissória no valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), já vencida em 10/10/2016.
Ocorre que, Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fez uma doação, de seus dois imóveis, um localizado na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00 , para sua filha Janaína, menor impúbere, residente em Macaé/RJ, com sua genitora, com cláusula de usufruto vitalício em seu favor do próprio Bernardo , além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais.
Cumpre salientar que as dívidas de Bernardo ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, sendo certo que o imóvel doado para sua filha está alugado para terceiros.
Diante de tal situação, Gerson contrata seu serviço advocatício, para defesa de seus interesses, com o fim de anular a doação dos imóveis realizada pelo devedor Bernardo.
Elabore a peça processual cabível.
PEÇA:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE MACAÉ/RJ.
Gerson, brasileiro, solteiro, médico, portador da carteira de identidade nº _____, expedida pelo _____, inscrito no CPF sob o nº _____, endereço eletrônico ______@____, domiciliado na cidade de Vitória/ES, por seu advogado, com endereço profissional constante da procuração em anexo, para fins do artigo 77, inc. V, do CPC, vem, a esse juízo, propor
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO
pelo procedimento comum, em face de Bernardo, brasileiro, viúvo, profissão ____, portador da carteira de identidade nº ____, expedida pelo _____, inscrita no CPF sob o nº _____, endereço eletrônico ______@____, domiciliado na cidade de Salvador/BA e Janaina, solteira, menor impúbere, portador da carteira de identidade nº ____, expedida pelo _____, inscrita no CPF sob o nº _____, representada por sua genitora XXX, nacionalidade ______, estado civil ___, profissão ___, portador da carteira de identidade nº ____, expedida pelo _____, inscrita no CPF sob o nº _____, endereço eletrônico ______@____, ambas residentes e domiciliadas na cidade de Macaé/RJ, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
I - PRELIMINARMENTE
I.I - DA JUSTIÇA GRATUITA
Inicialmente declara o Requerente, sob as penas da lei, que não possui recursos que lhe permitiam custear as despesas processuais e honorárias advocatícios sem prejuízo de seu próprio sustento, conforme se comprova da declaração de hipossuficiência juntada aos autos e por fim, declara que não consegue custear as custas processuais tampouco honorários advocatícios.
Por esse motivo requer o favorecimento da justiça gratuita conforme preceitua o art. 4º da Lei nº 1060/50 (com alterações da Lei nº 7.510/86), isentando-a de taxas judiciárias e demais custas processuais, indicando patrocinar a causa os advogados qualificados na procuração anexa, que declaram aceitar o encargo.
I.II - DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para a propositura da presente ação, haja vista o objeto do caso em tela tratar-se de ação revocatória de negócio jurídico gratuito, e no caso em questão, tem-se a cobrança de nota promissória, reconhecida como título executivo, nos termos do artigo 784, inciso I do CPC. Nesses termos:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; (...) (CPC).
Dito isto, por tratar-se de obrigação ainda a ser satisfeita (como bem esclarece o artigo 53, inciso III, alínea d ), do código de processo civil pátrio), é de competência deste foro o ajuizamento da presente ação, tendo em vista, repisa -se, ser este o lugar onde deva ser satisfeita, e por não conter outra estipulação senão pagar na circunscrição onde fora emitida. Nesse sentido:
Art. 53. É competente o foro: (...)
III - do lugar: (...)
 d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; (CPC)
I.III - AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
A parte Autora possui interesse na realização de audiência de conciliação ou mediação.
II - DOS FATOS JURÍDICOS
Ocorre que o Autor, é legítimo credor quirografário de Bernardo, conforme se extrai da nota promissória emitida em favor do mesmo no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais), vencida em 10 de outubro de 2016, acostada aos autos. O cerne da ação está no fato de que Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fizera uma doação, de seus dois imóveis, um localizado em na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R $ 300.000,00, para sua filha Janaína, menor impúbere, residente em Macaé /RJ, com sua genitora, com estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício em favor do próprio Executado, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais. Cumpre ressaltar que as dívidas de Bernardo já ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, e o imóvel doado para sua filha encontra-se alugado para terceiros.
III - DO MÉRITO
III.I - DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Excelência, o negócio jurídico do caso ora sob análise, não deixa dúvidas sobre passividade de anulação, visto tratar -se de patente meio ilícito utilizado pelo devedor com o fito de resguardar os imóveis de uma possível execução judicial, proveniente, pois, das inúmeras dívidas que o Réu possui. Tanto é que as doações se deram, de modo impudico, acrescente-se, logo após o vencimento da dívida contraída, tornando -se insolvente. Restando em nítida fraude contra os credores, sujeitando-se, assim, a anulação da s transações, em consonância ao que dita o artigo 158 do código civil pátrio. Nesse sentido:
 
 Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. (CC)
Cumpre ressaltar que o negócio jurídico também está eivado do vício de nulidade, haja vista a flagrante simulação da doação ocorrida a menor impúbere, como estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício para o Réu, mantendo este, o domínio de fato sobre os bens, e que outro objetivo não seria tal cláusula, se não burlar a justiça e os direitos dos credores, em uma ação executiva judicial? Nesse sentido expõe o artigo 167 do código civil:
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - Aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas
daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; (CC). 
Deste modo, por todo exposto, requer o Autor, a anulação do negócio jurídico gratuito que ocorrerá no caso aqui discutido, tendo em vista o claro objetivo de ferir o direito do credor. 
III.II - DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
O Autor emitiu em favor do ora Réu nota promissória no valor de R$ 80.000,000 (oitenta mil reais), sendo que o seguinte título executivo se resta vencido desde 10 de outubro de 2016, com isso, o Autor torna-se legítimo credor quirografário de quantia líquida, certa e exigível (no atendimento do que dispõe o artigo 784, II do CPC), não conseguindo, frise-se, até a presente data, conciliar com o devedor, meios para saldar a dívida contraída, muito pelo contrário, a bem verdade, fora surpreendido com os recursos danosos utilizados pelo Réu a fim de guarnecer seu patrimônio e deixar seus credores sem possibilidades de recuperarem o s créditos expedidos, ou em outras palavras, “ a ver navios”. Nesses termos:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura públicaou outro documento público assinado pelo devedor
III.III - DA PENHORA E ALIENAÇÃO DOS BENS DO EXECUTADO
Ora Excelência, uma vez constatada a nítida fraude contra os direitos de legítimos credores empregada pelo Réu, e a vista de tal repugnante ato, o douto magistrado declare a anulação dos negócios jurídicos ocorridos, vem, o Autor, desde logo, requerer a alienação ou a penhora dos bens do mesmo, a fim de que, deste modo, seja devidamente pago a dívida na quantia certa contraída, ou ainda, caso assim julgue o nobre magistrado, o Credor, desde logo, declara que aceita receber as quantias relativas aos aluguéis dos imóveis até que ocorra o efetivo pagamento total do débito, qual se ja o montante de R$ 80 .000,000 (oitenta mil reais), como é sabido, tais bens encontram-se alugados e rendendo frutos financeiros ao Réu. Nesse sentido, os artigos 824, 825 e 831 do CPC:
Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado, ressalvadas as execuções especiais.
Art. 825. A expropriação consiste em:
I - adjudicação;
II - alienação;
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens.
Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos
honorários advocatícios. (CPC)
IV - FUNDAMENTOS JURÍDICOS
O negócio jurídico celebrado entre as Rés é incontestavelmente anulável, em razão de a transmissão gratuita dos bens só ter ocorrido com o intuito de lesar os interesses da parte Autora, que é credor da primeira Ré, com dívida já vencida, eivando o negócio de defeito, conforme previsão contida no artigo 158 do Código Civil.
A primeira Ré possui dívidas que totalizam o montante de R$400,000,00, sendo certo que o negócio gratuito por ele efetivado com a SEGUNDA PARTE RÉ, incontestavelmente, o reduziu à insolvência. 
Com base no exposto, o Autor, como credor da primeira Ré, tem a plena faculdade de pleitear a anulação do negócio jurídico em questão, amparada pela previsão expressa no mencionado dispositivo legal. 
Portanto, não há dúvida quanto ao direito do Reclamante, fazendo-se jus ao acolhimento do pedido de anulação do negócio jurídico realizado entre as Rés
Com efeito, estão presentes aos requisitos:
FUMUS BONI JURIS
PERICULUM IN MORA
		
Quanto ao primeiro, não existe apenas a fumaça do bom direito, mas a própria chama, visto que efetivamente, mostram-se condições básicas previstas no comando constitucional para a fruição do benefício em seu favor, pois o Requerente comprova indícios de irregularidades, havendo em análise perfunctória danos gravíssimos. 
No segundo existe um remoto PERIGO que os requerente tenha prejuízo, assim como, terceiros caso seja mantido sem publicidade a presente. 
PRESTAÇÃO DE TUTELA JURISDICIONAL DE URGÊNCIA
Requer a V. Exa com fulcro o artigo 300 do CPC que seja deferida a Antecipação da Tutela Jurisdicional, liminarmente com o fito de determinar o seguinte:
 Que suspenda LIMINARMENTE os efeitos do negócio jurídico, ora impugnado neste momento, devendo ser oficiado o RGI, onde encontra-se o imóvel assentado, para que seja anotado onde couber a SUSPENSÃO DOS EFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO.
V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o autor requer a esse juízo:
1. O deferimento da Gratuidade de Justiça;
2. A Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação dos réus para seu comparecimento;
3. A citação dos Réus para, querendo, contestar a ação, no prazo de 15 dias, conforme artigo 564, CPC;
4. A declaração anulatória do negócio jurídico gratuito que ocorrerá no caso aqui discutido, tendo em vista o claro objetivo de fraudar o direito do credor ora Autor, nos termos do artigo 158 do CC; 
5. Que possa ao final, ser extraídas sentença e enviado ao RGI, para as devidas anotações no assentamentos;
6. Do reconhecimento do título extrajudicial que deu início a ação proposta, por ocorrência de sua quantia certa, líquida e exigível, em atendimento ao que dispõe o artigo 784, II do CPC;
7. Deixar expresso a possibilidade receber as quantias relativas aos aluguéis dos imóveis até que ocorra o efetivo pagamento total do débito, qual seja o montante de R$ 80.000,000 (oitenta mil reais), como é sabido, tais bens encontram-se alugados e rendendo frutos financeiros ao Réu; 
8. Deixar expresso a possibilidade para audiência de mediação e conciliação;
9. Determinar que os Réus sejam condenados em 20% de honorários sucumbenciais e custas de praxe.
VI - DAS PROVAS
Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, estando já em poder do título executivo extrajudicial devidamente assinado pelo devedor, acostado aos autos; prova testemunhal, pericial, documental e os que se fizerem necessários, para demonstrar o direito ora invocado nesta petição, bem como o depoimento pessoal dos requeridos. 
VII - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 400.000,00 (trezentos mil reais).
Nestes Termos;
Pede deferimento.
Macaé, xx de xxx de 20xx.
Advogado
OAB/ (Sigla do Estado)
CASO CONCRETO DA SEMANA 3
PRÁTICA SIMULADA I
MILENA PARREIRAS ROIFFE DE TOLEDO
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

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