Relatório Determinação de pH

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC
CURSO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS, QUÍMICA, MECÂNICA E AMBIENTAL 
BRUNA ÉRICA MARTINS ORESTES
EDER PIUCO
MICAEL ADROALDO LEOPOLDINO SILVEIRA
THIAGO AUGUSTO BRATTI SOUZA
TUANY DE FARIAS MENEGAZ
RELATÓRIO AULA PRÁTICA: DETERMINAÇÃO DE Ph (POTENCIAL HIDROGENIÔNICO)
CRICIUMA
2020
BRUNA ÉRICA MARTINS ORESTES
EDER PIUCO
MICAEL ADROALDO LEOPOLDINO SILVEIRA
THIAGO AUGUSTO BRATTI SOUZA
TUANY DE FARIAS MENEGAZ
RELATÓRIO AULA PRÁTICA: DETERMINAÇÃO DE Ph (POTENCIAL HIDROGENIÔNICO)
Relatório apresentado à disciplina Química Experimental do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária - UNESC
Professora: Marta de Souza Hoffman
CRICIUMA
2020
SUMÁRIO
31
INTRODUÇÃO
42
OBJETIVO
53
REFERENCIAL TEÓRICO
74
MATERIAIS E MÉTODOS
74.1
MATERIAIS E REAGENTES
74.2
PROCEDIMENTO
74.2.1
Método Potenciométrico (pHmetro)
84.2.2
Método Colorimétrico
95
RESULTADOS E DISCUSSÃO
106
CONCLUSÃO
11REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
Potencial Hidrogeniônico (pH) representa a intensidade de uma condição ácida ou alcalina de um meio seja ele sólido, semi-sólido ou líquido. A determinação do pH de soluções é de grande importância para determinar primeiramente se as soluções são ácidas, neutras ou básicas.
Neste relatório serão apresentadas as etapas realizadas nos procedimentos de medição de pH em 5 amostras distintas utilizando dois métodos diferentes Potenciométrico onde utiliza-se um aparelho chamado pHmetro e também pelo método Colorimétrico utilizando-se de Fita de pH Universal em comparativos de cores para determinar o pH. 
2 OBJETIVO
Medir e comparar o pH (potencial Hidrogeniônico) de 5 soluções (amostras) através de dois métodos distintos: Potenciométrico (pHmetro) e Colorimétrico (Fita de pH Universal) visando o entendimento na prática e na teoria.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
SANTOS (2008) diz que Potencial Hidrogeniônico (pH) é uma grandeza escalar de 0 à 14 pela qual classifica-se as substancias ácidas, neutras e bases. Sendo que as substâncias com valores de pH menores de 7 são denominadas ácidas, as substâncias com pH igual à 7 são neutras, já as superiores à 7, são classificadas como básicas. 
A escala de pH está relacionada com a concentração de íons de hidrogênio (H+) presentes na solução. Porém existe três teorias para a definição de substâncias ácidas e básicas, sendo elas apresentadas no quadro 1.
Quadro 1 - Teorias para a definição de substâncias ácidas e básicas.
	Teoria
	Conceito
	Teoria de Arrehenius
	ácido é toda substância que em água libera íons de hidrogênio (H+) porionização e base e toda substância que em água libera hidroxila (OH-).
	Teoria de Bronsted-Lowry
	ácido é toda substância que pode doar prótons e base toda substância que pode receber prótons.
	Teoria de Lewis
	ácidos são substâncias capazes de receber pares de elétrons e bases são substâncias capazes de doar pares de elétrons.
Fonte: Adaptado de SANTOS (2008)
Os métodos utilizados na determinação do potencial hidrogeniônico mais comumente realizados são os métodos colorimétricos e eletrométricos, sendo que os eletrométricos é geralmente mais utilizado. O método colorimétrico era muito utilizado durante muito tempo devido a falta de conhecimento técnico que pudessem fazer dos métodos eletrométricos fossem mais utilizados no cotidiano GAMA e AFONSO (2006)
Ainda de acordo com GAMA e AFONSO (2006), O método colorimétrico consiste em utilizar uma fita pH Universal, que consiste em uma mistura de vários indicadores. Já o método eletrométrico, é realizado utilizando um aparelho denominado pHmetro, onde a leitura é realizada através da sensibilidade de um eletrodo acoplado a um potenciômetro.
SAMPAIO et al (2012) defendem que o método colorimétrico (por fita universal) possibilita a determinação do pH que varia entre escala de 0 á 14 com uma menor escala de erro. As fitas universais são feitas de polietileno com uma das extremidades apresentando faixas de indicadores de pH, quando imersas em uma solução suas cores serão alteradas de acordo com o pH da solução, sendo possível assim, analisar combinação dessas cores e então determinar o pH da solução, para tanto a fita universal é comparada ao uma tabela (gabarito) que vem acompanhado para auxiliar na leitura do resultado.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 MATERIAIS E REAGENTES
· Béquer com 50ml de amostra de água de torneira.
· Béquer com 50ml de amostra de detergente.
· Béquer com 50ml de efluente.
· Béquer com 50ml de amostra de solução de ácido clorídrico
· Béquer com 50ml de amostra de solução de hidróxido de sódio
· Bastão de vidro
· Becker de 250ml de plástico
· Fita pH Universal
· Papel absorvente
· pHmetro (já calibrado)
· Pissete com água deionizada
4.2 PROCEDIMENTO
4.2.1 Método Potenciométrico (pHmetro)
O primeiro procedimento de medição realizado foi com o potenciômetro que já estava calibrado disposto sobre a bancada.
Inicialmente cada amostra foi agitada com auxilio de um bastão de vidro e introduzido o eletrodo na amostra, após estabilizado foi realizado a leitura e anotado o valor obtido.
Entre cada operação de troca de amostra foi realizado a lavagem do eletrodo com água deionizada e em seguida retirado o excesso de água com papel absorvente, encostando-o levemente.
Ao terminar, o eletrodo foi retirado da solução, enxaguado com água deionizada e seco com um papel absorvente. E o potenciômetro foi desligado, mantendo o eletrodo em água destilada.
4.2.2 Método Colorimétrico
O presente método foi realizado mergulhando a fita universal em cada uma das amostras. Em seguida foi observado a coloração adquirida em cada fita estabelecendo um comparatido com o padrão (gabarito) indicado na embalagem. 
O resultado foi discutido entre os participantes e o consenso foi anotado.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos nos procedimentos potenciométrico e colorimétrico estão expressos na tabela abaixo juntamente com um comparativo de valores referenciais.
Quadro2: Resultados de experimentos e padrão referencial comparativo
	Amostra
	pH (pHmetro)
	pH
(Fita Universal)
	Significado químico
	Valor Esperado
	Ácido Clorídrico
	0,10
	0
	Ácido
	0,00
	Água da Torneira
	7,42
	7
	Base
	6,0 e 9,5 
Portaria 05/2017
	Detergente
	7,03
	7
	Neutro
	7,0
	Hidróxido de Sódio
	12,42
	11
	Base
	13,50
	Efluente (DAM)
	1,19
	2
	Ácido
	3,5 ou menos
CAMPANAER e LUIZ-SILVA (2009)
Fonte: Dos autores
Ambos os métodos (potenciométrico e colorimétrico) realizados apresentaram valores relativamente próximos com leve variação. Os resultados se aproximaram dos valores referencias encontrados em bibliografias. 
Vale ressaltar que o método colorimétrico depende de avaliação e comparativo com o padrão indicado na embalagem como uma legenda, nesse sentido existe uma parcela de subjetividade na obtenção do resultado. Enquanto o pHmetro apresenta valores mais precisos e objetivos.
Todos os resultados apresentaram-se próximos ao esperado, sendo que a menor variação ocorreu na amostra de detergente e a maior variação foi no efluente. Considerando os dois métodos, ao relacionar ao valor esperado a menor variação continua sendo no detergente, já o efluente apresenta grande disparidade de resultados, contudo isso é diretamente proporcional a concentração dos agentes oxidantes (íons de ferro) no efluente onde acabam aumento ou diminuindo o pH de acordo com sua concentração.
6 CONCLUSÃO 
De acordo com os procedimentos realizados pode-se concluir que o método potenciométrico é mais objetivo e apresenta resultados mais precisos que o método colorimétrico, uma vez que o método de utilização de fita universal depende de avaliação subjetiva de comparação de colorimetria, onde sugere-se que seja utilizado para procedimentos que menor exigência de exatidão nos resultados.
Dentre as amostras analisadas foi possível verificar que o Detergente apresentou pH neutro sem grande variação entre os dois métodos realizados. Já a amostra de hidróxido de sódio apresentou maior disparidade nos resultados. A amostra com maior acidez apresentada foi o ácido Clorídrico(variando de acordo com sua concentração). A amostra com valor mais elevado foi o Hidróxido de Sódio, sendo classificado como uma base muito forte. Já o pH neutro foi observado na amostra de detergente.
Uma das práticas mais comuns e básicas para um Engenheiro Ambiental e Sanitarista é conhecer, medir e analisar o pH de soluções, amostras e reagentes. Todos os processos de recuperação ambiental, preservação ambiental e outros estão baseadas em parâmetros básicos dentre eles o pH. A partir do conhecimento e análise do pH é que podemos avaliar as melhores formas de recuperação de um ambiente ou de diagnosticar necessidades e situações a recuperar ou conservar/preservar. 
REFERÊNCIAS
BRASIL, Portaria de Consolidação nº 5 de 28 de setembro de 2017. Dispõe sobre Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr4/dados-da-atuacao/projetos/qualidade-da-agua/legislacao/portarias/portaria-de-consolidacao-no-5-de-28-de-setembro-de-2017-1/at_download/file. Acesso em 10 de jul. de 2020
CAMPANER, Veridiana Polvani; LUIZ-SILVA, Wanilson. Processos físico-químicos em drenagem ácida de mina em mineração de carvão no sul do Brasil. Química Nova, v. 32, n. 1, p. 146-152, 2009.
GAMA, Michelle da Silva; AFONSO, Júlio Carlos. De Svante Arrhenius ao peagâmetro digital: 100 anos de medida de acidez. Química Nova, v. 30, n. 1, p. 232-239, 2007.
SAMPAIO, Adriano et al. Ensino Experimental das Ciências-Um Guia para Professores do Ensino Secundário. Física e Química. Universidade do Porto, 2012.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira et al. Química e sociedade. São Paulo: Nova Geração, p. 5, 2005.