Buscar

Livro desenvolvimento pessoal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Desenvolvimento Pessoal e 
Profissional 
 
 
 
 
 
 
 
ANO:2015 
 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Claudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais, e 
grupos de estudos, o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
Nesta disciplina será apresentado o conceito de "trabalho", e o significado 
que o desenvolvimento pessoal e profissional assumem no contexto de inserção 
no convívio social, identificando as diferenças apresentadas pelas pessoas (no 
ambiente pessoal e profissional), com a finalidade de facilitar a interação (e 
convivência) entre os indivíduos. 
Serão apresentados alguns conceitos tais como: as classificações da 
qualidade em duas dimensões, os tipos de qualidade, o nível de desempenho e 
a forma como as pessoas desqualificam as informações; enfatizando que a 
qualidade está diretamente ligada ao indivíduo e consequentemente as suas 
emoções. 
A construção da visão de mundo começa a ser realizada nos primeiros 
anos de vida. Serão estudadas as posições existenciais e será possível verificar 
que, de acordo com a forma que a pessoa se vê, a relação inter e intrapessoal 
acontece de maneira diferente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 1 - A relação do trabalho para a humanidade e as diferenças 
Culturais 
Apresentação Aula 1 
Nesta aula será conceituado a relação do trabalho para a humanidade e sua 
importância no contexto social, no qual se enfatizará a finalidade de facilitar a 
convivência e interação entre os sujeitos. 
 
 1. A relação do trabalho para a humanidade e as diferenças culturais 
 
No mundo globalizado atual, a maior parte dos profissionais se preocupa 
em desenvolver da melhor forma suas atividades laborais; no entanto, esquecem 
que o primordial é ter o conhecimento de outros aspectos que influenciam 
diretamente em suas atividades. Por esse motivo, é que a disciplina de 
Desenvolvimento Pessoal e Profissional foi planejada com o objetivo de 
apresentar fatores que influenciam diretamente no desenvolvimento das 
atividades. Schmidt (2012) traz sua contribuição ao discorrer: 
 
Acreditamos que só haverá mudanças a partir de ações efetivas de 
cada um de nós, porque não basta ter conhecimento técnico ou ter um 
emprego para ser feliz, a diferença está no agir. Este agir é reflexo da 
consciência que temos de quem somos, do que queremos, para onde 
vamos. Perceber o que nos faz feliz no dia a dia, é uma questão 
individual e só pode ser respondida se pararmos para pensar sobre 
nós mesmos. (SCHIMDT, 2012. p. 5) 
 Para conseguir realizar as ações efetivas citadas por Schmidt (2012) é 
que propõe-se uma reflexão sobre diferentes temáticas ao longo dessa 
disciplina, a qual: 
 Permita o autoconhecimento; 
 Auxiliar no desenvolvimento da autonomia; 
 Estimular uma visão crítica; 
 Promover reflexões sobre a vida pessoal e profissional de cada um. 
Com essas habilidades desenvolvidas, é possível que tenha a 
oportunidade e condições de mudar a forma de agir frente aos grupos sociais 
aos quais convive a sociedade, seja no âmbito pessoal ou profissional. 
 
1.1 Significado e importância do trabalho para a humanidade 
 
A palavra trabalho tem origem no termo latino tripallium, que era um tipo 
de instrumento de tortura. 
Pensando em seu significado é possível ter uma visão negativa, e essa 
origem da palavra não foi o único fator que levava as pessoas a terem essa visão 
do trabalho. Por anos essa atividade foi realmente utilizada como um instrumento 
de tortura, uma vez que as pessoas eram submetidas a horas de trabalho sem 
qualidade ou direito. 
Com o passar do tempo modificações aconteceram e, por esse motivo, o 
trabalho começou a ser visto de uma maneira diferenciada. 
O trabalho não é mais visto como um instrumento de tortura e sim, um 
instrumento de crescimento tanto pessoal como profissional, uma vez que as 
pessoas têm a possibilidade de escolher o trabalho de acordo com suas 
habilidades. 
Para muitos o trabalho: 
 É Percebido como algo positivo; 
 Contribui para uma sociedade mais justa; 
 Auxilia na resolução de problemas sociais; 
 Possibilidade de se fazer o que gosta; 
 Possibilidade de satisfação; 
 Representa segurança financeira. 
 
Vale lembrar que, ainda hoje muitas pessoas escolhem suas atividades 
laborais visando apenas uma estabilidade financeira ou quem sabe por 
acomodação, e por esse motivo mantém uma visão de que o trabalho é um 
instrumento de tortura, pois não se sentem felizes e/ou satisfeitas com o trabalho 
que realizam. 
 
 
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS COM RELAÇÃO Á VISÃO DE 
CADA UM A RESPEITO DO SIGNIFICADO DO TRABALHO 
Entusiasmo e Alegria 
Pesar, Sofrimento, Tristeza, 
Desmotivação e Indiferença 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 É importante pontuar a relevância que o trabalho tem para o ser humano, 
independente da relação que este tenha com o trabalho, pois é por seu 
intermédio que o homem consegue satisfazer suas necessidades básicas. 
 Segundo ZANELLI (2004, p. 27): “Na sua condição originária, o trabalho 
deriva de necessidades naturais (fome, sede, etc), mas realiza-se na interação 
entre os homens ou entre os homens e a natureza.” 
 Psicólogo de grande destaque, Abraham Maslow, desenvolveu seus 
estudos e pesquisas voltados para as necessidades humanas, ou seja, o homem 
é motivado de acordo com suas necessidades, as quais se manifestam em 
diferentes graus de importância. 
 As necessidades humanas influenciam diretamente na motivação, na 
realização e no desenvolvimento humano. São essas motivações que fazem 
com que cada pessoa continue a buscar suas ideais e a prosseguir para a 
realização das demais necessidades. Para representar essas necessidades e o 
grau de importância, Maslow criou a “Pirâmide de Maslow”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.tracto.com.br/quatro-pilares-da-navegacao-por-smartphone/- 
adaptado 
Importante 
 
Vale lembrar que o trabalho mais do que suprir as necessidades básicas 
deveria possibilitar a concretização de sonhos, atingir objetivos de vida, 
possibilitar que o indivíduo demonstre ações e iniciativas, desenvolva e 
aperfeiçoe habilidades e aprenda a conviver com as pessoas e 
principalmente com as diferenças. 
 
 
Todas as pessoas são diferentes e possuem necessidades individuais. 
São essas diferenças que tornam cada pessoa única e especial. 
 
Para Refletir 
Como conviver com essas diferenças tanto no grupo de convivência 
pessoal quanto no grupo de trabalho? 
 
 
 
A melhor maneira de se conviver com as diferenças é identificá-las, 
compreendê-las e aceitá-las. Portanto, dentre as diversas diferenças 
encontradas entre as pessoas, existe uma queé significativa: o fato dessas 
pessoas terem nascidos em diferentes contextos históricos; e a essa diferença 
chamamos de diferença de gerações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.flickr.com/photos 
 
Antigamente, as gerações eram determinadas em um espaço de tempo 
de 25 anos, atualmente em virtude dos avanços e da globalização não se espera 
tanto tempo para que uma nova geração seja estudada e definida. Alguns 
especialistas afirmam que uma nova geração pode surgir a cada 10 anos. 
 As diferenças de gerações foram percebidas em todos os grupos sociais, 
porém os maiores conflitos foram percebidos nas empresas. Isso se deu em 
virtude de que pessoas de diferentes idades e costumes passaram a conviver 
em um mesmo ambiente de trabalho, trocando experiências e principalmente 
gerenciando conflitos. 
 
1.2 Conhecendo as gerações e seu contexto histórico 
 
1.2.1 Geração tradicional 
 
São as pessoas nascidas aproximadamente até o ano de 1950. As 
pessoas nascidas nessa geração valorizam a lealdade, a disciplina e 
principalmente o respeito pela autoridade. Não apresentam problemas com as 
hierarquias e são formais. Tanto na vida pessoal quanto na vida profissional, 
contudo são bastante dedicadas, compreensivas, uma vez que entendem e se 
conformam com o sacrifício. Admitem as recompensas tardias. Para eles o dever 
vem antes do prazer, e mesmo pressionados conseguem tomar decisões; sendo 
assim foram protagonistas da vida corporativa em momentos de forte 
desenvolvimento econômico. 
 
1.2.2 Geração Baby Boomers 
 
 São as pessoas nascidas entre 1951 e 1964. Esta geração surgiu logo 
após a Segunda Guerra Mundial em virtude de um fenômeno ocorrido nos 
Estados Unidos logo após o fim da guerra, quando os soldados voltaram para 
suas famílias e conceberam filhos quase todos em uma mesma época. Por esse 
motivo são chamados de “Baby Boomer”, termo que pode ser traduzido como 
“explosão de bebês”. São pessoas revolucionárias e moldadas com grande 
disciplina. São céticos em relação à autoridade, independentes e 
transformadores. Eram educados com disciplina e respeito aos outros. Estão 
sempre buscando reorganizar ou reestruturar suas organizações. 
O trabalho é uma prioridade em sua vida, por esse motivo gostam de ser 
reconhecidos por sua experiência. Não se sentem intimidados em viver em um 
mundo competitivo e compenetrado. Eram totalmente contra os conflitos 
armados e por este motivo eram conhecidos como os inventores do lema “paz e 
amor”. Valorizavam e apreciavam todas as formas de cultura. 
Atualmente, em sua grande maioria, ocupam cargos de diretoria e gerência 
nas empresas. Demonstram lealdade as empresas que trabalham, buscam 
sempre bons resultados e mantêm um compromisso com a missão da empresa. 
Apresentam dificuldade em lidar com as gerações mais jovens em virtude da 
grande diferença de ideais existentes entre essas gerações. 
 
1.2.3 Geração X 
 
 Esta geração é formada pelos filhos da geração baby boomers, ou seja, 
as pessoas nascidas entre os anos de 1960 a 1980. É uma geração que 
estabeleceu uma ruptura com as gerações anteriores por acreditarem que 
poderiam ter voz ativa em algumas questões, contribuindo assim para o 
desenvolvimento de uma sociedade mais justa, e isto fica evidenciado quando 
observa-se as principais características dessa geração, tais como: maior valor 
aos indivíduos do sexo oposto, oposição as normas impostas por regimes 
vigentes e a situações que prejudicam uma sociedade como um todo. 
 
Por serem mais questionadores, procuram uma maior liberdade 
e individualidade, porém, não abrem mão da convivência em 
grupo. Com relação à família, o posicionamento também é 
diferente uma vez que o respeito atribuído a este grupo é menor, 
comparado as gerações anteriores. 
A busca por seus direitos também é uma característica marcante 
desta geração. Apresentam uma maturidade principalmente na 
hora de escolher produtos, observam a qualidade e a utilidade 
dos mesmos. 
 Apesar de ser uma geração de mais atitude e explosão frente as diversas 
questões pessoais, sociais e culturais, apresentam insegurança quando se 
refere a questões profissionais, ou seja, serem substituídos em seus cargos por 
pessoas mais novas e que possam apresentar um desempenho superior ou 
ideias inovadoras. Outro fator que causa insegurança nessa geração é o medo 
de perder o emprego. 
 
 
1.2.4 Geração Y 
 
É uma geração considerada relativamente nova, por esse motivo existe uma 
grande discussão com relação as datas que marcam o início e o fim desta 
geração. Sabe-se, porém, que eles são os filhos da geração X e netos da 
geração Baby Boomers. 
 Além da discussão existente com relação a população que forma esta 
geração, outros questionamentos são levantados com relação a elas, causando 
embate na hora de caracterizá-la. Porém, dentro dos estudos sobre as gerações, 
algumas observações foram feitas e se tornaram consenso. Dentre elas 
podemos citar que essa geração nasceu na época de grandes transformações, 
ou seja, o mundo entrando em uma era na qual as informações eram trocadas 
de forma muito rápida. Em virtude disso, estão sempre conectados e fazem 
grande uso de recursos digitais para auxiliá-los nessa comunicação, tais como: 
internet, e-mails, redes sociais, entre outros. Estão sempre em busca de novas 
tecnologias. 
 A busca por informações rápidas e fáceis também é uma característica 
marcante desta geração. 
 
 Procuram informação rápida e imediata 
 
 computadores a livros 
 Preferem e-mails a cartas 
 digitam ao invés de escrever 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
1.2.5 Geração Z 
 
 Da geração Z, assim como a geração Y é caracterizada pela 
conectividade. Porém, diferente da geração anterior, com o avanço tecnológico, 
essa geração tem acesso ainda mais rápido. Utilizando-se de um único aparelho, 
geralmente portátil como o celular, está sempre conectado independente da hora 
e local. 
Considera-se indivíduo desta geração pessoas que já nascem em um mundo 
no qual os recursos tecnológicos fazem parte do seu cotidiano, ou seja, pessoas 
que nasceram no final do século XX. 
Trazem consigo características comportamentais das gerações anteriores. 
Possuem uma consciência ecológica, se preocupam com a preservação do meio 
ambiente, pois conhecem as consequências que a destruição do mesmo pode 
causar. Possuem uma responsabilidade social e procuram efetivá-la com 
diferentes ações. 
 
1.2.6 Geração Alfa 
 
Esta geração é bastante nova e ainda está sendo estudada. As pessoas 
dessa geração já nasceram em um mundo conectado em rede e extremamente 
globalizado, ou seja, são os filhos das gerações Y e Z. 
Além de fazerem parte de um mundo conectado, são caracterizados pelo 
fácil acesso às informações, pela instrução e educação. Isso significa dizer que 
apesar das evoluções vivenciadas pelas demais gerações, nenhuma teve tanto 
acesso ao conhecimento humano quanto esta geração que começa a se formar. 
Sabe-se que as discussões sobre as gerações e o surgimento de novas 
gerações não se encerram por aqui. Este é apenas o ponto de partida para 
auxiliar você na compreensão das diferenças existentes nas pessoas nascidas 
em contextos diferentes e como este fato influência nos relacionamentos 
interpessoais. Conhecer essas gerações permite que sejam criadas novas 
estratégias para estabelecer um relacionamento compatível com cada uma, 
aceitando as diferenças e amenizando os conflitos.Curiosidade 
 
ENTENDENDO A DENOMINAÇÃO DAS GERAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Provavelmente você já deve ter se perguntado o motivo 
das gerações terem recebido letras em suas denominações. 
O que se sabe sobre esse fato é que as classificações dadas 
foram baseadas no alfabeto Latino, quando os filhos do baby 
boomers foram denominados de geração X, uma das letras 
finais desse alfabeto. As gerações posteriores seguiram a 
mesma lógica Y e Z. Porém, após a geração Z surgiram 
outras e, como as letras do alfabeto Latino tinham terminado 
surgiu uma dúvida: que letra usar agora para as novas 
gerações? 
 Retornar as letras iniciais do alfabeto não fazia sentido, 
além de que poderia causar uma grande confusão com a 
utilização das letras fora de uma ordem específica, uma vez 
que é normal as pessoas seguirem uma ordem, seja do 
alfabeto, seja cronológica em sua vida. 
 Na tentativa de solucionar este problema, os sociólogos 
que estavam envolvidos com esses estudos sugeriram que 
as novas gerações fossem denominadas também com letras, 
porém ao invés do alfabeto Latino, que fossem utilizadas 
letras do alfabeto Grego. 
Outra preocupação foi em utilizar a primeira letra desse 
alfabeto, assim as demais gerações seriam denominadas 
com as outras letras seguindo uma sequência. 
 Assim, a geração das pessoas nascidas a partir de 2010, 
já foi denominada de geração Alfa, que é o nome da primeira 
letra do alfabeto Grego. 
 
 
 
Resumo Aula 1 
Nesta aula evidenciou-se o significado pessoal e social do trabalho, o qual 
o socializa inserindo-o na sociedade. 
Elucidou-se também o conceito de trabalho e como se pode identificar as 
diferenças atitudes apresentadas pelos indivíduos, seja dentro do ambiente 
pessoal ou profissional, enfatizando a necessidade de que os indivíduos 
administrem estas diversidades de maneira que as mesmas não prejudiquem a 
convivência em grupo. 
 
Atividade de Aprendizagem 
 
A importância da convivência e da geração na formação das 
gerações a sociedade possui características e particularidades, 
aspectos peculiares de cada geração que envolvem o processo 
de desenvolvimento de cada uma. Discorra sobre o tema. 
 
 
Aula 2 - Qualidade pessoal e profissional 
Apresentação Aula 2 
Esta aula terá como tema central a qualidade pessoal e profissional. O 
tema permitirá refletir a quem está sendo atribuindo a responsabilidade com 
relação a qualidade, tanto em nossa vida pessoal quanto profissional. Serão 
conceituadas também: as classificações da qualidade em duas dimensões, os 
tipos de qualidade, o nível de desempenho e a forma como as pessoas 
desqualificam as informações 
 
2. Qualidade pessoal e profissional 
2.1 Garantia da qualidade 
Muitas vezes, as pessoas costumam atribuir seu insucesso a outras 
pessoas ou situações. Isso acontece, pois, é mais fácil colocar em alguém a 
“culpa” do que assumir sua real responsabilidade. No caso, o que essas pessoas 
não sabem é que: a única pessoa capaz de garantir a qualidade nos serviços é 
aquela que entrega o serviço, ou seja, o próprio indivíduo. 
 
A verdadeira qualidade começa em cada um de nós, esse é a melhor forma 
de garantir qualidade. Somente quando temos consciência disso é que 
podemos trabalhar o desenvolvimento de nossa qualidade pessoal. 
(SCHMIDT, 2012, p. 34) 
 
 
Schmidt (2012) então, afirma que a qualidade é responsabilidade de cada 
um e que é através dela que pode-se desenvolver a qualidade em nível pessoal. 
Para Exemplificar: se alguém quer emagrecer, a única pessoa 
responsável por isso é ela mesma. Cabe a ela decidir a hora de iniciar uma dieta, 
mudar o estilo de vida, fazer exercícios físicos, etc. Porém, a perda de peso será 
maior ou menor de acordo com a qualidade que eu atribui às suas escolhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
Mas será que essa qualidade acontece e é vista pelas pessoas de 
maneira igual? A resposta para essa pergunta é simples e pode ser dada por 
intermédio de uma reflexão. 
Equilíbrio 
nas relações 
dentro 
da comunidade 
 
 
 
Harmonia 
 
Qualidade 
de vida 
Bem-estar 
físico 
Equilíbrio 
nas relações 
laborais 
 
Equilíbrio 
nas relações 
familiares 
Para Refletir 
 
Se você pegar várias críticas sobre um determinado filme, 
todas serão iguais? Todos terão a mesma impressão sobre 
o filme? 
A resposta com certeza será não. Algumas críticas serão 
positivas outras negativas com relação ao mesmo filme. Isso 
acontece, pois as pessoas percebem as coisas de diferentes 
pontos de vista. Inúmeros fatores influenciam nessa análise, 
dentre elas podemos citar: fatores culturais, de idade, as 
experiências de vida, educação recebida entre outros. 
 
Outros fatores importantes e que também influenciam de forma 
significativa na nossa percepção sobre a qualidade são as nossas experiências, 
estado físico e emocional. Esses fatores fazem com que nossas reações frente 
a uma dada situação sejam positivas ou não. 
Pode-se tomar como exemplo, quando alguém indica um médico, um 
cabeleireiro ou outro profissional dizendo que o serviço oferecido pelo mesmo é 
ótimo e quando se depara com o serviço não tem a mesma impressão, podendo 
resultar em frustração. Isso de fato pode acontecer, pois a forma de receber as 
informações difere de uma pessoa para outra. 
Para melhor compreender essa questão da qualidade Möller (1992) 
classificou-a em duas dimensões: 
A dimensão técnica está relacionada à satisfação das exigências e 
expectativas concretas. Por exemplo: o tempo de execução de um serviço, a 
durabilidade e a garantia de um produto oferecido, entre outros fatores. 
Outra experiência que pode ser citada é quando vamos comprar um 
aparelho eletrônico, ou seja, muitos critérios são levados em consideração na 
hora de realizar uma compra. 
Já na dimensão humana, relaciona-se a satisfação das expectativas e 
desejos na parte emocional. Por exemplo: atitudes, comportamentos, atenção, 
credibilidade, consistência, etc. 
Supõe-se que foi escolhido levando em consideração todos os aspectos 
técnicos e, mesmo assim, ele apresenta um defeito. Liga-se para a assistência 
técnica e agora, o que está em jogo é a satisfação com relação à qualidade 
humana. Ou seja, a expectativa passa a ser a forma como será atendido, a 
atenção que será dada às expectativas criadas, enfim, em como a empresa fará 
para resolver o seu problema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 
É preciso deixar claro que em muitas situações as dimensões técnicas e 
humanas estão relacionadas, mas nem sempre isso acontece e elas podem 
aparecer separadamente sem relacionar-se umas com as outras. 
Outro aspecto muito importante relacionado à qualidade apresentada por 
Möller (1992), é que elas podem apresentar-se em cinco tipos: 
 
Qualidade Descrição 
Qualidade Pessoal 
Está relacionada à satisfação das exigências 
técnicas e humanas do indivíduo. 
Qualidade 
departamental 
Está relacionada ao nível de satisfação técnicas e 
humanas de um departamento frente a ele mesmo e 
ao mundo externo. 
Qualidade de 
produtos/serviços 
Está relacionada ao grau de satisfação tanto do 
produto quanto do cliente. 
Qualidade da empresa 
Que se refere ao grau de desempenho global e do 
nível de satisfação das expectativas técnicas e 
humanas interna e externamente. 
Qualidade dos 
clientes/usuários 
Pode ser entendida como a percepção de quem 
recebe o produto/humano. 
Fonte: elaborado pelo DI (2015). 
 
Importante 
 
 
Os padrõesdo indivíduo estão intimamente ligados as questões 
relacionadas à qualidade pessoal, os quais também são 
apresentados na empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
Apesar da qualidade do produto ser um fator determinante na vida pessoal 
e profissional do ser humano precisamos lembrar que ninguém consegue manter 
o mesmo grau de desempenho o tempo todo. Isso significa que por mais 
empenhada e dedicada que uma pessoa esteja, em alguns momentos ela não 
Padrões do 
indivíduo
Qualidade 
pessoal
Qualidade 
na empresa
irá desempenhar suas funções em seu grau máximo de desempenho, pois como 
foi dito anteriormente, vários fatores influenciam na qualidade. 
Ainda segundo Möller (1992), existem dois padrões de qualidade: 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 
 
Saiba Mais 
 
Leia a entrevista publicada pela revista Isto é A arte de se 
relacionar que aborda sobre as seis habilidades 
consideradas fundamentais que uma pessoa deve ter para 
lidar com pessoas garantindo assim o sucesso pessoal e 
profissional. Acesso disponível em: 
http://www.istoe.com.br/reportagens/185664_A+ARTE+DE+
SE+RELACIONAR. 
 
O Nível Atual de Desempenho está relacionado ao que uma pessoa faz 
efetivamente em um determinado momento e está relacionado também com 
aquilo que se espera do desempenho dessa pessoa. 
Um piloto de Fórmula I, por exemplo. Se está acostumado a ver um 
desempenho satisfatório, sempre que esse piloto está nas pistas, espera-se que 
seu desempenho seja bom; no entanto, nem sempre isso acontece, porque o 
nível atual do seu desempenho sofre oscilação provocado pela autoestima, que 
por sua vez é influenciada pelo reconhecimento que se recebe. Por fim, é 
possível dizer que se o reconhecimento é positivo, o nível atual de desempenho 
aumenta. Em contra partida, se o reconhecimento é negativo tende a diminuir. 
Nível AP
• Nível Atual de Desempenho
Nível IP
• Nível Ideal de Desempenho
 Exemplificando: se é feito um bolo e as pessoas elogiam (reconhecimento 
positivo), isso estimula a fazer outro bolo melhorando cada vez mais. Isso é 
diferente de fazer um bolo e as pessoas não gostarem (reconhecimento 
negativo), logo será normal se a atitude for não fazer mais o bolo. 
Schmidt (2012) descreve alguns fatores que elevam ou diminuem o nível 
atual de desempenho. Fatores que elevam o AP: 
 Conhecer as metas e compreender por que seu trabalho está sendo 
feito; 
 Sucesso e fracasso incidem sobre a qualidade de seu desempenho, 
sobre seu humor e vontade de assumir novos projetos; 
 Ambiente funcional, harmônico, equipamento adequado; 
 Ambiente de respeito mútuo, abertura, informações claras, altos padrões 
éticos, confiança, segurança, tolerância, bom humor, cordialidade, 
ênfase em pontos forte das pessoas; 
 Aumento da experiência e habilidades, a natureza da tarefa, de acordo 
com desejos e expectativas, e tempo disponível para executar. 
 
 
Fatores que diminuem o AP: 
 Não conhecer as metas e não ter clareza dos motivos de sua tarefa; 
 Fracasso; 
 Ambientes confusos, poucos práticos e que causam distração; 
 Ambientes burocráticos, políticas de poder, medo, desconfiança, 
frieza, ênfase em erros, fofocas, falta de consistência, pouca 
valorização das pessoas; 
 Trabalho rotineiro para quem busca desafios, falta ou excesso de 
tempo. 
 
 O nível Ideal de Desempenho (IP) está ligado aos desejos e a visão que 
se tem com relação a esse nível ideal de desenvolvimento que influenciará 
diretamente nas metas que se pretende atingir. 
 Outro fator importante relacionado ao nível ideal de desempenho é a 
qualidade pessoal, isso ocorre, pois a percepção das pessoas com relação à 
outra irá impactar diretamente no desempenho. Estamos nos referindo a 
aspectos tais como: confiabilidade e respeito. 
 Como exposto anteriormente, a qualidade pessoal interfere na autoestima 
da pessoa, isso significa que também irá interferir no nível ideal de desempenho. 
Mas o que é preciso para se ter qualidade pessoal? 
 
A primeira coisa a se pensar com relação a qualidade, é que somos o 
principal agente responsável para que ela aconteça. Sendo assim, é importante: 
 Definir prioridades; 
 Concentra-se no que é importante; 
 Cuidar para que as exigências definidas por você e seu desempenho 
esteja em harmonia; 
 Ser acompanhada e quando necessário, fazer possíveis 
intervenções; 
 Evitar comportamentos não produtivos. 
 
 
É importante pontuar que atitudes como essas auxiliaram a melhorar a 
qualidade pessoal já estará dando um grande passo para o sucesso. 
Outra atitude relevante que devem ter com relação à qualidade, é estar 
atento às informações que chegam, pois todas as informações sobre uma 
determinada situação são importantes, e por esse motivo, devem ser levadas em 
consideração. 
Infelizmente as pessoas não dão importância e acabam desqualificando 
essas informações por acharem que elas não são importantes. Quando isso 
acontece é muito comum que não se chegue à solução dos problemas. 
 Para Eric Berne (1988) e seus estudos sobre a Análise Transacional 
existem quatro níveis de desqualificação de informação, são eles: 
 
 
NÍVEL DE 
DESQUALIFICAÇÃO 
EXPLICAÇÃO EXEMPLO 
Existência 
Quando se nega a existência 
do estímulo sendo impossível 
resolver o problema. 
Sabe que o filho está com nota 
baixa, mas não acredita que 
reprovará na escola. 
Importância ou significado 
Quando o indivíduo tem 
consciência da existência do 
estímulo porém, desconsidera 
sua importância. 
Sabe que o filho está com nota 
baixa, que reprovará de ano, 
porém desconsidera que ele 
precisa de auxílio para melhorar 
as notas. 
Possibilidade de 
mudança 
Tem consciência do estímulo 
e entende sua importância, 
mas não considera as 
alternativas que podem fazê-lo 
mudar. 
Sabe que o filho está com nota 
baixa, que reprovará de ano 
porém, que ele precisa de 
auxílio para melhorar as notas, 
mas não sabe quais auxílios 
buscar para resolver esta 
situação. 
Capacidade pessoal 
Reconhece a existência do 
problema, entende a sua 
importância, acredita na 
mudança, mas desconsidera a 
sua própria capacidade para 
resolver o problema. 
Sabe que o filho está com nota 
baixa, que reprovará de ano e 
que ele precisa de auxílio para 
melhorar as notas, sabe quais 
auxílios buscar para resolver 
esta situação, porém não se 
sente capaz de buscar essa 
ajuda. 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
Saiba Mais 
 
Análise Transacional (AT) é uma teoria da personalidade 
criada pelo Dr. Eric Berne no final da década de 50. De 
acordo com a definição da International Transactional 
Analysis Association (ITAA) "A Análise Transacional é uma 
teoria da personalidade e uma psicoterapia sistemática para 
o crescimento e a mudança pessoal". É também uma 
filosofia de vida, uma teoria da Psicologia individual e social. 
Possui um conjunto de técnicas de mudança positiva que 
possibilita uma tomada de posição quanto ao ser humano. 
Disponível em: 
http://www.josesilveira.com/novosite/index.php?option=com
_content&task=view&id=21&Itemid=33) 
 
Conhecer esses níveis de desqualificação é de suma importância e evita 
que se tenham comportamentos que desqualifiquem as informações impedindo 
que os problemas sejam resolvidos. 
Mas não é apenas a desqualificação de informação que faz com que os 
problemas não sejam resolvidos. Adotar comportamentos passivos também 
prejudica a resolução de problemas. Mas o que são os comportamentos 
passivos? São os comportamentos adotados pelas pessoas que fazem com que 
elas adotem uma postura passiva frente a uma situação,ou seja, são 
comportamentos que não permitem que as pessoas busquem soluções para um 
determinado problema. Muitas vezes são comportamentos repetitivos e 
inconscientes que a pessoa adota que as impede de agir. 
Segundo Berne (1988) e Krausz (1999), esses comportamentos são: 
 
 Não fazer nada: quando a pessoa inibe suas energias e, por esse 
motivo, acaba por não fazer reflexões sobre a situação, omitindo-se 
diante do problema; 
 Superadaptação: quando a pessoa imagina o que o outro espera que 
seja feito, independente da expectativa ser real ou não. Esse 
comportamento é bem aceito e recebe reforço positivo, mas não 
garante que a pessoa saiba o que deve ser feito, pois na maioria das 
vezes realiza metas que não são próprias e sim, metas para satisfazer 
as outras pessoas. 
 Incapacidade e ou violência: nesse comportamento a pessoa se 
recusa a buscar uma solução para a resolução dos problemas. 
 
Amplie Seus Estudos 
 
SUGESTÃO DE LEITURA 
O livro O Lado Humano da Qualidade de Möller (1992) 
aborda que a qualidade é um fator fundamental para o 
aumento da qualidade. Outro aspecto muito importante 
abordado nesse livro é com relação à qualidade pessoal 
considerada a base para todos os outros tipos de 
qualidade. 
 
 
Resumo Aula 2 
Nesta aula foi possível verificar sobre de quem é a responsabilidade em 
garantir a qualidade tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Ao tratar desse 
assunto verificou-se que a verdadeira qualidade depende de cada um, ou seja, 
cada pessoa é responsável por manter a qualidade naquilo que desempenha. 
Neste contexto pode-se observar a qualidade por maneiras diferentes e 
quais os fatores que as influenciam. 
Atividade de Aprendizagem 
Nesta aula foi abordado sobre a desqualificação das 
informações, a qual é um comportamento comum adotado por 
algumas pessoas e que não as permite se posicionar de forma 
a resolver os problemas. Discorra sobre o tema. 
 
Aula 3 - Emoção 
Apresentação Aula 3 
Nesta aula o foco será a compreensão da estreita relação entre: emoção, 
indivíduo e qualidade precisa-se entender melhor sobre emoção. Mas afinal, o 
que é emoção? 
É uma resposta intuitiva dada pelo indivíduo em uma determinada 
situação; a qual não acontece de forma singular e está associada a um registro 
importante vivenciado pela pessoa, ou seja, a história pessoal de cada um. 
Em estudos baseados na Análise Transacional, será possível verificar que 
as emoções são classificadas em autênticas e de disfarce. Serão apresentados 
os tipos de reconhecimentos e suas características. 
 
 3. Emoção 
 
A maneira como cada indivíduo expressa sua emoção está diretamente 
ligada à cultura local do grupo ao qual está inserido, assim como é importante 
considerar o momento histórico vivido pelas pessoas, pois a forma de expressar 
suas emoções, também estão conectadas, uma vez que os aspectos sociais, 
culturais, religiosos e econômicos influenciam de alguma forma como a 
manifestação das mesmas pode acontecer. 
Vamos pensar em alguns anos atrás. Por exemplo, quando uma pessoa 
não estava satisfeita com um regime político, ela não podia manifestar suas 
emoções com relação à sua insatisfação, caso contrário, seria punida por isso. 
Atualmente a situação é diferente, as pessoas podem manifestar suas 
emoções desde que cumpram a lei, sem serem punidas, pois hoje vive-se no 
Brasil um regime democrático que antes não existia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.flickr.com 
 
 No entanto, apesar das imagens mostrarem a expressão facial das 
pessoas, não se pode garantir que essa situação permaneça, pois mudanças 
sociais e novos regimes políticos podem influenciar e mudar a atual situação; 
consequentemente outras emoções e atitudes surgirão. 
Vale ressaltar que essas situações também acontecem nas empresas, 
pois com a evolução da sociedade e com o posicionamento das pessoas em 
relação a produtos e serviços, as empresas criaram alguns setores específicos 
para controlar a qualidade - Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) que 
estão disponíveis para receber as reclamações e as sugestões de seus 
consumidores com o objetivo de após esses levantamentos de informações 
movimento, elaborar estratégias de melhorias dos pontos indicados pelos 
consumidores. 
 
 
Fonte: www.flickr.com 
 
É importante lembrar que a família é o primeiro grupo de referência de 
uma pessoa e por esse motivo possui uma influência significativa. Portanto, para 
o mundo das emoções, pode-se elencar também o grupo familiar, em que de 
acordo com a forma com que a família se posiciona frente às emoções, será a 
forma como ela será manifestada. 
 
Ví deo 
 
Assista o filme Duas Vidas (título original – The Kid) de Jon 
Turteltaub, o qual permitirá a observação de que maneira 
relação familiar influencia as escolhas pessoais e profissionais 
do personagem protagonista. 
Link do trailer: 
https://www.youtube.com/watch?v=D_ubwE3IJhY 
 
As emoções de uma pessoa podem ser consideradas positivas ou 
negativas e, segundo a Análise Transacional de Eric Berne pode ser classificada 
em emoções autênticas ou de disfarce. 
 
 
Saiba Mais 
 
Análise Transacional (AT) é uma teoria da personalidade 
criada pelo Dr. Eric Berne no final da década de 50. De 
acordo com a definição da International Transactional 
Analysis Association (ITAA) "A Análise Transacional é uma 
teoria da personalidade e uma psicoterapia sistemática para 
o crescimento e a mudança pessoal". É também uma 
filosofia de vida, uma teoria da Psicologia individual e social. 
Possui um conjunto de técnicas de mudança positiva que 
possibilita uma tomada de posição quanto ao ser humano. 
Atualmente, a AT tem evoluído e se desenvolvido através 
das diversas contribuições teóricas e práticas de muitos 
autores seguidores de Berne e conta também com uma 
difusão e aplicação em nível mundial. 
Disponível no acesso: 
http://www.josesilveira.com/novosite/index.php?option=com
_content&task=view&id=21&Itemid=33 
 
As emoções autênticas, como o próprio nome diz, são aquelas que são 
expressas espontaneamente pela pessoa. São consideradas emoções 
autênticas, ou seja, o amor, a raiva, a tristeza, o medo e a alegria. 
Muitas vezes expressa-se essas emoções sem ao menos perceber. Ao 
ler uma mensagem recebida pelo celular, por exemplo, se essa mensagem é 
boa ou que a pessoa fica feliz e esboça um sorriso. Caso contrário, se ela não é 
tão boa ou deixa as pessoas apreensivas, naturalmente, a expressão se modifica 
de acordo com o sentimento. Muitas vezes essas reações passam 
despercebidas pela pessoa que produz. 
 
 
Fonte: www.flickr.com Fonte: www.flickr.com 
 
 
As emoções autênticas podem ser reprimidas quando a pessoa sente 
uma determinada emoção, mas não a expressa, apenas ressignifica, ou seja, ela 
sente uma coisa e expressa outra. 
As emoções de disfarce são usadas para disfarçar/camuflar uma 
determinada emoção. No geral, elas são utilizadas no lugar de outra emoção que 
não foi aceita anteriormente ou até foram condenadas em outra situação. 
É válido dizer que, uma emoção ao ser condenada por um determinado 
grupo, pode ser considerado normal que a pessoa expresse outra no lugar, de 
forma a não contrariar o grupo que recriminou a emoção anterior. Para essa 
situação Schmidt (2012) explica que: 
 
Autores como Goulding e Goulding (1985) e Pena (2001) corroboram 
esse pensamento, ao afirmarem que a maioria das pessoas reprimem 
aquelas emoções que não são aceitas em sua convivência com a 
família durante a infância, e que substituem a felicidade por emoções 
que eram premiadasou permitidas. Por esse motivo, as expressões 
emocionais são modeladas de uma forma ou de outra pelo reforço que 
recebe da família.” (Schmidt, 2012, p. 51) 
 
 
 Se para um adulto é difícil receber um reconhecimento negativo sobre 
suas emoções, façamos ideia de como é para uma criança. Isso é tão sério que, 
de acordo com a forma que foi recebida a emoção de uma criança, da mesma 
forma ela irá devolvê-la, manifestá-la. Por exemplo, se ela recebeu um retorno 
positivo para suas emoções, ela entende que pode continuar a expressá-las. No 
entanto, caso receba um retorno negativo para suas emoções saberá que não 
poderá expressá-las. 
 
Importante 
 
 
Com base na forma de como o indivíduo demonstra suas 
emoções é que ele estabelece sua relação com o outro, ou seja, 
a emoção interfere diretamente nas relações interpessoais. 
 
 
 
Quando o ser humano cresce também molda a forma de demonstrar 
essas emoções, principalmente no ambiente de trabalho. Isso acontece, pois as 
pessoas vão ajustando as emoções de acordo com a reação do grupo ao qual 
está inserido; e de acordo com a reação do grupo é que a pessoa vai 
estabelecendo a melhor forma de demonstrar ou não tais emoções. 
 Todas as pessoas, por mais que não admitam, necessitam estabelecer 
contato com outras pessoas. O ser humano, na verdade, não foi criado para viver 
sozinho, por isso, que sempre, de uma maneira ou de outra, precisa da presença 
de alguém, seja pessoalmente ou não. 
 
Para Refletir 
 
Se for pedido um determinado produto pela internet 
acreditando que dessa forma não se mantenham contato 
com alguém, se está completamente enganado. O que 
acontece é que não se tem o contato direto com a pessoa; 
mas ao fazer o pedido, alguém precisa recebê-lo, separar o 
produto e postá-lo. Nesse momento se estabeleceu o 
primeiro contato. A partir do instante em que esse produto é 
postado, alguém irá recebê-lo e encaminhá-lo até o endereço 
de recebimento, e por último alguém irá entregá-lo. 
 
 
Analisando esse processo é possível perceber a quantidade de pessoas 
envolvidas nessa ação, e como existe dependência entre as pessoas para que 
o produto seja entregue. 
Fonte: www.flickr.com 
 
Como visto anteriormente, segundo a teoria de Maslow, todo ser humano 
possui necessidades básicas. Para relembrar quais são essas necessidades: 
fisiológicas, segurança, sociais, estima e autorealização. Porém, segundo Berne 
(1988) o ser humano possui outras três necessidades básicas as quais ele 
denominou de “três fomes básica”: 
 
 
Fonte: elaborado pelo DI (2015). 
 
Importante 
 
 
 
Com relação à essas três fomes é importante considerar que 
elas estão interligadas, ou seja, não podem ser vistas 
separadamente e, por esse motivo não é possível explicá-las de 
maneira separada; mas, ao analisar suas características 
individuais, fica claro que todas elas, de uma maneira ou de 
outra implicam em reconhecimento. 
 
 
Assim, se compreende como acontece a fome de reconhecimento e 
compreende-se também as demais fomes: a de estímulo e a de estruturação de 
tempo. 
Nesse momento, deve-se então compreender a fome de reconhecimento, 
que para Berne (1999) nada mais é do que o envio de um estímulo a uma 
pessoa. Este estímulo é intencional, uma vez que, reconhece-se a presença e a 
importância dessa pessoa a qual está sendo enviando o reconhecimento. 
 Quando uma pessoa recebe um reconhecimento positivo ela se sente 
estimulada e procura, cada vez mais se superar e assim, receber novos 
Fome de estímulo
Fome de estruturação de tempo
Fome de reconhecimento
reconhecimentos. Para Schmidt (2012) é ressaltar e perceber que o 
reconhecimento muitas vezes é negligenciado, ou seja: “A falta de afeto e de 
reconhecimento é constante nas famílias desestruturadas e estudos indicam ser 
esta uma das causas comuns para o uso de drogas (drogadição) e delinquência 
juvenil.” (Schmidt, 2012, p. 80) 
 
 É importante ter consciência de que reconhecer uma qualidade, pode ter 
um valor enorme e auxiliar no desenvolvimento da pessoa, enquanto que a falta 
de reconhecimento pode levar a mesma a buscar uma forma de compensar essa 
falta de reconhecimento seja nas drogas, na bebida, na depressão ou de outra 
forma. 
 
 
Krausz (1999) em seus estudos explica que o reconhecimento 
está atrelado as diferentes culturas e por este motivo 
assumem diferentes formas. 
 
 
 
 
Um exemplo que se pode basear é com relação à fidelidade de um homem 
a uma única pessoa, enquanto que em outras culturas o reconhecimento é dado 
quando esse tem mais de uma esposa. Para uma mesma situação existem dois 
tipos de reconhecimento e o que os diferem, é a cultura na qual o homem está 
inserido. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.acapella.sg/wp-content/gallery/wedding-day-1/acapella-wedding-
day-p1-033.jpg 
 
 
 
Fonte: http://www.abc.es/Media/201307/22/poligamia--644x362.jpg 
Os tipos de reconhecimento citados por Krausz (1999) são: quanto ao 
objetivo, quanto à aceitação, quanto à intenção e quanto a forma. 
 
 Reconhecimento quanto ao objetivo: pode ser positivo quando 
valorizam uma pessoa ou atitude e faz com que essa se sinta aceita 
elevando assim a autoestima incentivando a busca pelo crescimento e o 
fortalecimento pessoal; também pode ser negativo quando faz com que a 
pessoa se sinta rejeitada e com isso diminui a autoestima. Isso muitas 
vezes pode inibir a pessoa de se desenvolver e mostrar sua capacidade 
e potencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 Reconhecimento quanto à intenção: pode ser autêntico quando é dado 
de forma espontânea. Esse reconhecimento expressa o que uma pessoa 
realmente pensa ou sente em relação a outra. Por ser dado 
espontaneamente, este sentimento não tem consigo uma segunda 
intenção tampouco tenta mostrar ou expressar algo que não seja real; já 
o reconhecimento falso é um tanto quanto perigoso uma vez que, tenta 
ocultar algo que realmente está sendo sentido ou pensado. É um 
reconhecimento manipulador e que sempre tenta ser agradável aos olhos 
alheios na intenção de obter vantagens. O reconhecimento dado por 
alguém não traduz seus sentimentos reais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: elaborado pelo DI (2015). 
 
 Reconhecimento quanto à forma: esse reconhecimento pode ser verbal 
ou não verbal. Como o próprio nome diz, o reconhecimento verbal é 
aquele que é dado através de palavras enquanto que o não verbal é dado 
através de gestos, olhares, tom de voz e principalmente pelas expressões 
faciais. Muitas pessoas, nem se dão conta mas, apesar de estarem dando 
um reconhecimento verbal positivo expressa com suas expressões faciais 
um reconhecimento verbal negativo. Isso também acontece na forma 
contrária quando é dado um reconhecimento verbal negativo e estamos 
demonstrando um reconhecimento não verbal positivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 Reconhecimento quanto à aceitação: esse tipo de reconhecimento 
pode ser condicional quando é dado ao realizar determinadas ações. O 
reconhecimento condicional também pode ser positivo ou negativo. Em 
ambos os casos esse tipo de reconhecimento tem por objetivo modelar 
nossos comportamentos uma vez que, reforçam e induzem esses 
comportamentos. Podem ser dados de maneira forma ou informal 
dependendo da situação ou momento. 
 
 O reconhecimento quanto à aceitaçãotambém pode ser incondicional, 
quando é dado as pessoas por aquilo que somos (jeito de ser, nossas 
características, defeitos e qualidades). Esse tipo de reconhecimento é muito 
importante independente de ser positivo ou negativo pois é a partir dele que nos 
sentimos estimulados ou destruídos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 
 Reconhecimento quanto à direção: esse reconhecimento pode ser 
direto quando é dado diretamente a pessoa, dito de forma clara e objetiva 
aquilo que estamos pensando. Já o reconhecimento indireto é dado de 
forma indireta, não é dito de forma clara e objetiva. Neste caso não fica 
claro a quem ou qual situação estamos nos referindo isentando a pessoa 
de assumir a responsabilidade por esse reconhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 O estudo dos tipos de reconhecimento atrelado aos demais 
conhecimentos abordados nesta aula possibilita a percepção como as emoções 
estão influenciando a sua forma de se relacionar com os outros e a melhor forma 
de fazer com que esse relacionamento aconteça de uma maneira amistosa e 
amigável. Outro aspecto importante é a possibilidade de compreender o porque 
das pessoas agirem de determinada maneira e os motivos que as levam ter tais 
atitudes. 
 
Amplie Seus Estudos 
 
 
SUGESTÃO DE LEITURA 
Leia o livro de Rosa Krausz denominado 
Trabalhabilidade, no qual a autora demonstra a 
importância da competência e equilíbrio interpessoal e 
intrapessoal fatores que auxiliam na qualidade das 
pessoas e das organizações. 
 
 
 
Resumo Aula 3 
Nesta aula trabalhou-se importantes conceitos que auxiliam a perceber de 
que forma se dá o relacionamento com as pessoas. Iniciou-se com a 
compreensão do conceito de emoção e como as emoções estão relacionadas 
ao registro da história individual de uma pessoa, bem como a cultura a qual ela 
está inserida. 
Evidenciou-se que as emoções podem ser disfarçadas por uns e 
evidenciadas por outros, influenciando de forma direta nas afeições. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Os tipos de reconhecimento citados por Krausz (1999) são: 
quanto ao objetivo, quanto à aceitação, quanto à intenção e 
quanto à forma. Neste contexto discorra sobre os mesmos. 
 
 
 
Aula 4 - Como se vê o mundo 
Apresentação Aula 4 
Nesta aula será apresentada a forma como as pessoas veem o mundo e 
dessa maneira, é possível perceber como alguns fatos influenciam esse olhar e 
como, a partir desses fatos construir relacionamentos com as pessoas que estão 
ao seu redor. 
 
 4. Como se vê o mundo 
4.1 Construindo a visão de mundo 
 
É importante pontuar que a construção da visão de mundo do ser humano 
começa muito cedo, já nos primeiros anos de vida. Isso acontece, pois é a partir 
dos reconhecimentos recebidos, sejam positivos ou negativos, que se constroem 
essa visão. 
Ao pensar em uma família que tem o hábito da leitura, na qual todos após 
o jantar sentam-se para ler. Para essas pessoas é normal parar um instante de 
suas vidas para realizar a leitura. Esse hábito só causa espanto justamente à 
pessoa que não tem o mesmo. Mas é preciso considerar quando acontece uma 
situação contrária. Neste contexto a pessoa que tem o hábito da leitura pode 
estranhar a atitude de uma pessoa que não gosta de ler. 
Toda visão criada nos primeiros anos de vida influenciam e influenciarão 
relacionamentos, na interpretação e na compreensão dos fatos. 
 
Ví deo 
 
Assista ao vídeo Educar pelo exemplo, que trata sobre a 
educação de crianças através do exemplo. 
 
Link: http://www.youtube.com/watch?v=QwFSviLaEaE 
 
 
 Ao focar seus estudos dentro de uma dinâmica da compreensão de 
mundo, Berne (1988) trilhou seu caminho nos padrões de comportamento 
apresentados pelas pessoas nesse processo. 
A partir de suas observações, percebeu-se que as pessoas apresentavam 
alguns comportamentos padrões e, com base nisso os dividiu em: adulto, criança 
e pai. 
Esses nomes surgiram por conta de alguns comportamentos, pois Berne 
(1988) observou que eles se assemelhavam aos comportamentos apresentados 
de acordo com as características da idade. A essa divisão o autor denominou de 
Estados de Ego. 
 Nesse momento, observe como cada um desses estados de ego se 
apresentam: 
 Estado de Ego PAI representa a influência à assimilação na infância de 
condutas repassadas pelos pais ou responsáveis. Será refletido agora, 
quantas vezes se reproduz frases aos filhos que foram ditas aos pais 
quando ainda eram crianças? Exemplo: “vou contar até três: um... dois... 
três...”; ou também: “se você não comer não vai ficar forte quando 
crescer”. 
 
Importante 
 
 
Antigamente essa postura era muito comum e até hoje algumas mães 
seguem essa educação. Porém o nosso papel enquanto educadores é 
refletir sempre no mais adequado e íntegro para a formação do nosso aluno, 
enquanto ser humano que precisa se posicionar, mas conhecer também até 
onde vai seu limite. 
 
A função dessas frases e desses comportamentos é educar, mostrar o 
que é certo ou errado com base nos padrões e visões de mundo dessa pessoa 
e, por esse motivo, quando estão agindo com base nesse estado de ego, agem 
sob o impacto das emoções. Schmidt (2012) esclarece que: 
 
O estado de ego Pai é um conceito de vida aprendido, o que significa 
dizer que são comportamentos, pensamentos e sentimentos que 
copiamos ou aprendemos com nossos pais, familiares e figuras de 
autoridade que consideramos modelo, principalmente nos nossos 
primeiros anos da infância. Muitas vezes não temos consciência de que 
copiamos esses comportamentos, que continuamos repetindo. 
Abrange valores, tradições, moral e ética, costumes, julgamentos, 
preconceitos, transmitidos de geração em geração e que garantem a 
continuidade do processo educacional. (Schmidt, 2012, p. 64) 
 
De acordo com o pensamento de Schmidt (2012), o Estado de Ego Pai se 
subdivide em: Pai Crítico (PC) e Pai Protetor (PP). 
 Estado de Ego Pai Crítico se manifesta quando acontece julgamento, 
crítica ou apresenta-se atitudes preconceituosas, fazendo acusações, 
censura, imposição de limites entre outras atitudes. 
 Estado de Ego Pai Protetor acontece quando apresenta-se 
comportamentos que estimulam, protegem, confortam e dão segurança. 
 
 
Ví deo 
 
Assista ao vídeo da campanha publicitária da MetLife (2005), a 
mesma evidencia de forma clara o estado de Ego Pai Protetor. 
 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=RyXSjBPq-HE 
 
Tanto o Estado de Ego Pai Crítico quanto Pai Protetor, quando 
manifestados em excesso pode prejudicar a outra pessoa, pois de alguma forma 
acaba influenciando no seu comportamento. 
O quadro de “Comportamentos observáveis característicos do estado de 
ego Pai (P)” adaptado por Schmidt (2012) de Krausz (1999): 
 
ÁREAS PAI CRÍTICO (PC) PAI PROTETOR (PP) 
Postura 
Altiva, queixo alto, 
mantém distância, 
arrogante. 
Ereta, acolhedora, receptiva. 
Gestos 
Braços cruzados, dedo 
riste, punho cerrado. 
Mãos sobre o ombro, braços 
abertos, braços que apoiam, 
abraçam. 
Expressão 
facial 
Cenho franzido, severa, 
crítica, reprovadora. 
Bondosa, receptiva, amigável, 
tranquila, sorridente, 
compreensiva. 
Tom de voz 
Autoritário, cortante, 
crítico. 
Terno, suave, acolhedor, cordial, 
carinhoso, de lamúria. 
Palavras 
Certo/errado, bom / mau, 
bonito / feio, precisa, 
deve, tem que, você 
deve. 
Não se preocupe, eu 
compreendo, eu ajudo, eu faço 
por você, pobrezinho, conte 
comigo.Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 
 
Quando se direciona uma análise paralela entre o Estado de 
Ego do Pai Crítico e o Estado de Ego do Pai Protetor é 
possível traçar duas situações distintas. Por exemplo: uma 
criança está cansada, brincou o dia todo, foi pra escola, teve 
aula de artes, e ao chegar em casa necessite de um 
aconchego dos pais ou responsáveis, onde o que se necessita 
e deverá se manifestar é a presença do Estado de Ego do Pai 
Protetor, apresentando ações de acompanhamento e de 
aconchego. Já um exemplo de sala de aula é quando o aluno 
ao realizar um trabalho orientado pelo professor, por algum 
motivo não alcançou o objetivo e o professor dá a devolutiva, 
esta criança necessitará de receber o amparo do Estado de 
Ego Pai Protetor, sendo que nesta situação o professor não 
deverá adotar a postura de Estado de Ego Pai Crítico, pois se 
suas ações forem de julgamento, critica ou apresentar 
atitudes preconceituosas (censurando, impondo limites ou 
fazendo críticas o aluno entre outras atitudes) poderá em 
acarretar em um bloqueio na reação dos mesmos, 
bloqueando assim o processo de aprendizagem. 
 
 Estado de Ego Adulto é onde o ego age objetivamente, analisando a 
realidade e decidindo o que é certo ou errado. 
 
As características que marcam esse estado de ego é a organização, a 
facilidade de adaptação, o fato de apresentarem um pensamento lógico e 
conseguirem analisar de forma madura uma situação. Para as referências de 
Schmidt (2012) é possível dizer que podemos concluir o estado de ego adulto 
como “um conceito de vida raciocinado, um conjunto de sentimentos, atitudes e 
padrões de comportamento adequado à realidade”. 
Para melhor visualização dos comportamentos observáveis e 
característicos do estado de ego Adulto (A) coloca-se seguir uma tabela com 
algumas considerações para a fácil visualização: 
POSTURA 
PALAVRAS 
TÍPICAS 
GESTOS 
EXPRESSÃO 
FACIAL 
TOM DE 
VOZ 
Descontraída, 
flexível 
O que, como, 
quando, onde, 
porque, 
concluo, penso 
Explicativos, 
coerentes 
com o que 
faz ou diz 
Alerta, 
tranquila, 
serena, 
concentrada 
Firme, 
calmo, 
tranquilo, 
compassado, 
uniforme, 
modulado 
Fonte: Schmidt (2012, p. 69) adaptado por Krausz (1999, p. 30). 
 
Para Refletir 
 
Vejamos agora como essa tabela pode ser contextualizada 
no seu dia a dia, ou como é possível executá-la no seu 
ambiente de trabalho?! Digamos que está havendo uma 
reunião com a sua coordenação e você começa a observar 
as pessoas, seus gestos, expressões, atitudes e com base 
nesses fatos, você inicia uma reflexão e tomadas de decisão, 
ou seja, elenca todas as informações para saber como agir 
depois diante da equipe. Isso traduz o Estado de Ego Adulto. 
 
 Estado de Ego Criança se manifesta quando apresenta-se 
comportamentos infantis, ou seja, quando manifesta-se emoções 
autênticas. É considerado a parte mais autêntica e reprimida pela nossa 
educação a fim de se adequar aos padrões sociais. 
 
 Esse estado de ego subdivide-se em Criança Livre (CL), Pequeno 
Professor (Peq. Prof.) e Criança Adaptada (CA). Este estado de ego CA dividido 
em: Criança Adaptada Submissa e Criança Adaptada Rebelde. 
 Dentro de toda a rede de pontuações referente ao Estado de Ego Criança, 
vamos trabalhar então item por item: 
 A Criança Livre (CL): é a parte da personalidade que expressa as 
emoções autênticas e de forma espontânea, ou seja, quando se age de 
maneira inconsciente e acaba tendo atitudes inesperadas para 
determinas ocasiões, como no trabalho. 
 
 O Pequeno Professor (Peq. Prof.): considerado um estado de ego que 
se expressa por intermédio da intuição, da criatividade e da curiosidade. 
Nesse estado de ego o sujeito é muito observador, e por esse motivo, 
consegue perceber a comunicação não verbal e as informações que nem 
sempre são evidenciadas ou traduzidas em palavras concretas. 
 
 Na Criança Adaptada (CA): fica evidente que os comportamentos foram 
moldados pelas pressões sociais, ou seja, da escola, da família, de 
autoridades entre outros. É a partir de todas as informações recebidas por 
esses grupos que a pessoa vai se adaptando em relação a diversos 
aspectos, para ser aceita e sentir-se pertencente a esses grupos. Esse 
processo de adaptação pode manifestar-se de duas formas: 
 
 Criança Adaptada Submissa (CAS): quando se assumi 
comportamentos para agradar os outros. Além disso, que 
auxiliam a conviver melhor com os outros. 
 
 Criança Adaptada Rebelde (CAR): ao apresentar 
comportamentos rebeldes que contrariam os padrões 
estabelecidos pela sociedade. 
 
Na tabela evidenciam-se de forma segmentada os comportamentos 
observáveis e característicos do Estado de Ego Criança (C) 
ÁREAS CL PEQ. PROF. CAS CAR 
Postura 
Flexível, 
movimentada, 
mutante 
Estática, cabeça 
ligeiramente 
inclinada 
Tensa, encolhida, 
cabisbaixa 
Arrogante, 
desafiadora, 
provocante 
Gestos 
Expansivos, 
rápidos, 
descontraídos 
Cuidadosos, 
intencionais, 
exploradores 
Contidos, tímidos, 
desajeitados... 
Bruscos, 
desafiadores, 
inesperados 
Expressão 
facial 
Curiosa, 
indagadora, 
excitada, de 
expectativa, 
impaciente 
Observadora, 
desconfiada, 
cautelosa 
Ansiosa, insegura, 
procurando 
aceitação 
(Aprovação)... 
De desafio, 
irônico, de 
desprezo 
Tom de 
voz 
Agudo, 
barulhento, 
vibrante 
Baixo, suave, 
envolvente 
Sim, está bem, vou, 
como achar melhor, 
você sabe que... 
Cortante, 
agudo 
Palavras 
Oba, quero, 
não quero, 
agora, já 
Se eu fizer 
você..., Quando 
você..., Será 
que... 
Inexpressivo 
Não, discordo, 
faça/vá você, 
como / quando 
eu quiser 
Olhar Expressivo Cativante 
______ Ressentido, 
desafiador 
Fonte: Schmidt (2012, p. 72) apud Krausz (1999, p. 33). 
 
É muito importante pontuar e ter em mente que todos, em algum momento 
da vida, apresentam comportamentos característicos desses estados de ego. 
Isso não é um problema galgado, porém é necessário observar quais 
impactos eles estão causando, principalmente se positivos ou negativos, para 
que saiba como, quando e onde modificá-los quando necessário e da maneira 
mais correta possível; pois fazer esta autoavaliação sobre o comportamento é 
fundamental. 
 
 
Qualquer tipo de comportamento, quando apresentado em 
excesso traz prejuízo ao indivíduo que apresenta esse 
comportamento e as pessoas que estão à sua volta. 
 
 
 Como é possível perceber os estados de ego estudados até aqui, 
influenciam diretamente na leitura que se faz do mundo, ou seja, como a pessoa 
se vê e como ela é vista pelas outras pessoas. 
 Para essa leitura de mundo, Berne (1988) denominou de Posição 
Existencial e as dividiu em quatro, são elas: 
 
 Eu estou OK – você está OK; 
 Eu estou Ok – você não está OK; 
 Eu não estou Ok – você está OK; 
 Eu não estou Ok – você não está OK. 
 
É necessário compreender o que cada um quer dizer e como podem 
vivenciá-lo, pois a intenção é colocar uma intenção em todos os conteúdos 
aqui estudados. 
 
4.2 Posições existenciais 
 
4.2.1 Eu estou ok – você está ok 
 
 É a posição de vida considerada a mais saudável, uma vez que, nessa 
posição está agindo com o circuito positivo dos estados de ego. Quando utilizado 
o circuito positivo é possível compreender que tem qualidades e limitações, 
sendo assim, aceita-se os erros, os analisa e busca-se novas formas de corrigi-
los adquirindo dessa forma novas habilidades e competências para a solução de 
problemas. Além disso, Schmidt (2012) diz que as: 
 
[...] pessoas nessa posição de vida não sentem necessidade de 
desqualificaras outras pessoas para sentirem-se competentes. Ao 
contrário, contribuem para o desenvolvimento daqueles que fazem 
parte de seu convívio. (Schmidt, 2012, p. 95) 
 
 
 São pessoas conscientes de sua capacidade, por esse motivo, assumem 
a responsabilidade pelos seus atos, direcionando sua carreira e os projetos 
pessoais. Na empresa estão sempre tendo atitudes positivas não só para o 
crescimento individual como também para o crescimento da equipe e da 
empresa que trabalha. 
Isso para a nossa atuação profissional é de suma relevância, pois o ser 
humano precisa acreditar primeiramente sempre no seu potencial e reconhecer 
suas limitações para trabalhar essas questões e encontrar no outro colega de 
jornada uma pessoa que pode somar, acrescentar valores e conhecimentos. 
 Por exemplo, quando um empresário constrói seu próprio negócio, na 
fase de edificação e negociação, ele para colher bons resultados precisa fazer 
um estudo de campo, busca de profissionais capacitados para sua equipe, é 
necessário ouvir outros empresários pra ver se está no caminho certo, ou se vai 
retomar algumas questões para dar um passo errado. 
 Na verdade, como profissionais não podem agir individualmente no meio 
dos negócios, pois dessa maneira concentra-se as energias e conhecimentos e 
não tem a oportunidade de compreender e até mesmo entender o que os demais 
participantes do mercado estão oferecendo ou vivendo. 
 
Para Refletir 
 
O MacDonald’s e o Burguer King que são grandes redes de 
fastfood e estão presentes em vários países. 
O que você consegue perceber entre esses dois grandes 
negócios? 
Quais os outros você pode identificar? 
 
Pois sabe-se os pontos fortes e as limitações de cada uma das redes já 
citadas; apesar de reconhecer a importante disputa de produtos entre ambas, 
isso se torna até uma inteligência para o mercado. A mesma situação acontece 
na atuação profissional e pessoal. 
 
4.2.2 Eu estou ok – você não está ok 
 
 Quando a pessoa encontra-se nessa posição existencial é comum que ela 
se sinta superior a outra, ou seja, acredita que ela é melhor do que o outro. O 
que infelizmente a pessoa que está nessa situação não sabe, é que esta é uma 
visão equivocada da realidade, porque não reconhecem seus próprios erros e 
por esse motivo tende a distribuir aos outros a responsabilidade dos seus 
próprios erros. 
 Pessoas nessa posição não se sentem aceitas, são egocêntricas, 
excessivamente autoconfiantes, buscam ocupar posições e cargos de poder e 
se sentem bem quando inferiorizam os outros. Só reconhecem suas qualidades 
e não assumem suas limitações. Para atingir seus objetivos não costumam agir 
com ética. 
 
Importante 
 
 
Essa posição é delicada, mas muito comum de acontecer em 
vários âmbitos da nossa atuação profissional e pessoal. Essas 
atitudes são frequentes no trabalho, na família em determinadas 
situações, principalmente quando envolve poder de liderança, 
com dinheiro envolvido, formação acadêmica quando um tem 
mais que o outro e por aí podemos continuar a conversa. 
 
 
 
4.2.3 Eu não estou ok – você está ok 
 
Nesta posição existencial é normal a pessoa assumir a culpa e 
responsabilidades que não são suas. Está sempre se depreciando, 
supervalorizando as qualidades dos outros e não percebendo que essas 
pessoas também possuem limitações. Com relação a si, a visão é oposta, ou 
seja, não reconhecem suas qualidades e só identificam suas limitações. 
Para Schmidt (2012), “definem metas, mas só conseguem alcançar parte 
delas, e assim reforçam sua baixa autoestima e sentimentos de menos valia”. 
Outro aspecto relevante de pessoas nessa posição existencial é que 
tendem a ser negativas e principalmente resistentes a mudanças. Além disso, 
dificilmente chegarão a ocupar cargos e posições de liderança. 
 
 Para Refletir 
 
Pensando agora no profissional que existe em sua empresa, 
instituição, local de trabalho que raramente consegue um nível 
de satisfação em suas atividades desenvolvidas. 
O que você compreende que pode ser modificado para esse 
profissional se sentir satisfeito, lisonjeado com o seu trabalho? 
Será que o chefe chegar e elogiar? 
Um colega indiretamente dizer que tal trabalho feito por ele foi 
utilizado num outro momento na empresa, por exemplo, e o 
resultado foi satisfatório? 
Quais são as possíveis estratégias indicadas por você, a 
serem utilizadas? 
 
 
 
4.2.4 Eu não estou ok – você não está ok 
 
 Nesta posição de vida é normal que a pessoa apresente uma tendência 
ao pessimismo. Por esse motivo, não se respeita, tampouco reconhece suas 
qualidades e limitações. Tem o mesmo posicionamento com relação às outras 
pessoas. Estão sempre se sentindo mal e não conseguem acreditar que alguém 
possa ajudá-lo. Com relação às metas definidas não conseguem alcançá-las 
uma vez que não se sentem capazes para atingi-las. 
 Na vida, tanto pessoal quanto profissional se tem duas alternativas 
sempre e é preciso escolher a que melhor cabe à situação. Mas é necessário 
lembrar que para cada ação há uma reação. 
 
Importante 
 
É possível perceber como é preciso conhecer as posições 
existenciais? Ter esse conhecimento é relevante, pois, dessa 
forma, é possível estabelecer uma autoavaliação e descobrir 
qual delas está se adotando, e quais os resultados e 
consequências determinados comportamentos estão trazendo 
para a vida e os relacionamentos pessoais e profissionais, bem 
como para a carreira individual. 
 
 
Ao conhecer essas características se tem a possibilidade de mudar e 
enfrentar o mundo de outra maneira e com menos estresse, o que tem acometido 
grande parte da população. 
Para garantir uma qualidade de vida, tanto pessoal quanto profissional, 
precisa-se estruturar corretamente do tempo buscando uma harmonia entre 
nossas atividades. Para auxiliar, Berne (1988) corrobora dizendo que existem 
algumas formas de administrar o tempo e que irão nos auxiliar na busca pelo 
equilíbrio na hora de fazê-lo. 
 
 
4.3 Formas de administrar o tempo segundo Berne 
 
4.3.1 Isolamento 
 
Não há comunicação com outra pessoa nessa forma de estruturar o 
tempo. Existem dois tipos de isolamento, o físico e o psicológico. O físico 
acontece quando uma pessoa isola-se fisicamente, ou seja, fica distantes das 
outras pessoas; enquanto que o psicológico acontece mesmo quando está ao 
lado de muitas pessoas, porém não estabelece contato com essas pessoas. 
 
Nesse momento vale lembrar que todos nós, seres humanos, temos 
necessidades de algum tempo de isolamento para que possamos fazer 
nossas reflexões, identificarmos sentimentos, sonhos, necessidades, 
por isso o isolamento é saudável e necessário para o nosso 
autoconhecimento. (SCHMIDT, 2012, p. 108) 
 
Manter-se isolado por muito tempo pode ser prejudicial para a pessoa, 
uma vez que ela acaba perdendo o contato com a realidade que a cerca, e muitas 
vezes levando a depressão. 
Manter o equilíbrio entre o isolamento e a convivência com as pessoa é 
importante e necessário a todos. 
 
4.3.2 Rituais 
 
Esse tipo de estruturação acontece quando programa-se socialmente o 
tempo, permitindo a troca de reconhecimento. Para facilitar a compreensão dos 
rituais será utilizado como exemplo um jantar de negócio, ao qual compromete 
um tempo determinado, para cumprir necessidades e normas sociais, mas evita 
a autenticidade e um envolvimento maior entre as pessoas. Cumpre-se apenas 
um ritual, neste caso, o jantar de negócio. 
Dificilmente num momento desses apresenta-se para o outro os anseios 
ou dedica-se tanto do tempo disponível. 
 
 
 
4.3.3 Passatempo ou bate-papo 
 
Nesse tipo de estruturação de tempo acontecea troca de informações 
informais. Aquelas consideradas corriqueiras, do dia a dia. Os assuntos tratados 
nesse tipo de estruturação são superficiais e geralmente abordam temas 
comuns. 
 
4.3.4 Atividades 
 
Pode-se dizer que nessa estruturação de tempo as energias das 
pessoas estão todas voltadas para a realização de uma atividade específica, 
a qual necessariamente exige o envolvimento com as demais, como acontece 
em gincanas, festas escolares, retiros, workshop, palestra e entre outros 
eventos. 
 
4.3.5 Jogos psicológicos 
 
Os jogos psicológicos também é uma forma de estruturação do tempo, 
porém é importante saber que esses jogos são prejudiciais a comunicação e 
principalmente as forma de relacionamento entre as pessoas, uma vez que 
esses jogos são, muitas vezes, desonestos e dramáticos reforçando a 
posição existencial e os reconhecimentos negativos. Esses jogos são 
passados de uma geração para a outra e de acordo com a cultura individual. 
Nos jogos psicológicos é comum as pessoas assumirem, segundo 
Karpman (1983) três papéis diferentes durante os jogos: o de vítima, salvador 
ou perseguidor. Ele alerta ainda que uma mesma pessoa pode assumir dois 
ou mais papéis durante o jogo. 
Esses jogos são tão significativos na vida das pessoas que, segundo 
Schmidt (2012), Berne (1988) escreveu um livro com uma descrição dos 
jogos psicológicos. 
 
 
Amplie Seus Estudos 
 
SUGESTÃO DE LEITURA 
Leia o livro Os Jogos da Vida do autor Éric 
Berne, a obra aborda a forma como as 
pessoas, em seu relacionamento profissional, 
afetivo e familiar, simulam, de forma 
conscientes ou não, jogos para encobrir 
desejos, problemas e características pessoais. 
 
 
 
 
Schmidt (2012) descreve alguns tipos de jogos aos quais considera os 
que mais acontecem, sendo eles os mais conhecidos pelas pessoas: 
 
TIPO DE JOGO COMO ACONTECE... 
Agora te peguei, seu... 
Iniciado por pessoa que querem recriminar 
ou criticar as outras. 
Sim, mas... 
Iniciado por pessoas que não respeitam os 
outros e tentam provar que são superiores. 
Veja o que me fez 
fazer... 
Iniciado por pessoas ressentidas e 
procuram culpados para suas falhas. 
Por que sempre eu? 
Iniciado por pessoas que tendem a se 
vitimarem e se sentirem injustiçados 
Se não fosse por você 
Iniciado por pessoas que culpam os outros 
por sua falta de atenção, se vitimizam e 
acusam os outros. 
Fonte: Elaborado pelo DI (2015). 
 
 
4.3.6 Nivelamento 
 
Neste tipo de estruturação de tempo, as pessoas desenvolvem 
relações sinceras e saudáveis com os outros. As pessoas, para terem esse 
tipo de relacionamento precisam possuir um nível de maturidade mais 
desenvolvido pois quando a troca de reconhecimento acontece existe clareza 
e sinceridade nas informações e só aceitará a troca de reconhecimento as 
pessoas que estiverem mais maduras com relação a si e as situações que as 
rodeiam. 
Os jogos psicológicos são considerados perigosos para os 
relacionamentos entre as pessoas. Quando não se conhece a existência 
desses jogos acaba-se fazendo parte deles e assim prejudica tanto a vida 
pessoal quanto profissional. A partir do momento em que passamos a 
conhecer a existência desses jogos é possível criar mecanismos de defesas 
e maneiras de se manter afastadas das pessoas que normalmente iniciam 
esses jogos. 
 
Resumo Aula 4 
Nesta aula, apresentou-se que a visão de mundo começa a ser construída 
nos primeiros anos de vida, e se dá por intermédio dos reconhecimentos 
positivos e negativos que se recebe. 
Abordou-se sobre a divisão feita por Berne (1988) dos tipos de 
comportamentos apresentados pelas pessoas, são eles: pai, adulto e criança. 
Observou-se que cada um desses comportamentos apresentam características, 
divisões e subdivisões específicas. 
Atividade de Aprendizagem 
Nesta Aula Schmidt (2012) descreve alguns tipos de jogos aos 
quais considera os que mais acontecem, sendo eles os mais 
conhecidos pelas pessoas. Discorra sobre os mesmos. 
 
 
 
Resumo da disciplina 
Nesta disciplina apresentou-se o conceito de trabalho e o significado que 
ele assume dentro do contexto em que se está inserido, seja um significado 
pessoal ou social. Verificou-se também sobre como identificar e conviver com as 
diferenças apresentadas pelas pessoas, seja dentro do ambiente pessoal ou 
profissional, a fim de saber como trabalhar com elas de forma que essas não 
prejudiquem a convivência entre as pessoas. 
Observou-se outro assunto de extrema importância que é a formação das 
gerações na sociedade e suas características e particularidades enfatizando os 
aspectos peculiares de cada geração e envolvendo o processo de 
desenvolvimento de cada uma. A qualidade é vista de maneiras diferentes pelas 
pessoas e que fatores emocionais, laborais, familiares, culturais entre outros 
influenciam diretamente nessa percepção sobre qualidade. 
Para melhor compreender essa qualidade, observou-se que ela foi em 
duas dimensões: a técnica e a humana. Além disso, verificou-se que a qualidade 
apresenta-se em cinco tipos: a pessoal, departamental, produtos/serviços, 
empresa e cliente/usuários. 
Verificou-se que as emoções não são demostradas da mesma maneira 
por uma pessoa e que o contexto histórico também influencia diretamente na 
forma como ela é expressa. Baseados nos estudos da Análise Transacional 
verificamos que as emoções são classificadas em autênticas e de disfarce. 
Com o estudo de todos esses conceitos verificou-se que as emoções 
influenciam diretamente as relações interpessoais e que além das necessidades 
básicas descritas por Maslow, os seres humanos, de acordo com Berne, 
possuem três fomes de reconhecimento: estímulo, estruturação de tempo e 
reconhecimento. Essas três fomes estão interligadas e ao compreender a de 
reconhecimento pode compreender as demais. 
As posições existenciais também foram estudadas e possibilitou perceber 
que, de acordo com a forma que a pessoa se vê desenvolverá atitudes positivas 
ou negativas em relação a si e aos outros. 
Encerra-se a disciplina compreendendo as formas de administrar nosso 
tempo utilizando-o ao nosso favor e daqueles que estão a nossa volta. 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
ADIZES, I. Gerenciando as mudanças: o poder da confiança e do respeito 
mútuos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 
 
BERNE, E. O que você diz depois de dizer olá? A Psicologia do destino. 
São Paulo: Nobel, 1988. 
 
BERNE, R. B. Tratado De Fisiologia Humana. 4 Ed. Rj. Guanabara Koogan, 
1999. 
 
KARPMAN, V.L; BELOTSERKOVSKI, Z.B. & GUDKOV, I.A. Testes em 
Medicina Esportiva. Moscou: FIS, 1988. 
 
KHOURY, K. Liderança é uma questão de atitude. São Paulo: 
Editora Senac São Paulo, 2009. 
 
KRAUSZ, R. Trabalhabilidade. São Paulo, Nobel, 1999. 
 
MOLLER, C. O lado humano da qualidade: maximizando a qualidade de 
produtos através de desenvolvimento das pessoas. São Paulo: Pioneira, 
1992. 
 
OLIVEIRA, S. Geração Y: Era das Conexões, tempo dos Relacionamentos. 
São Paulo: Clube de Autores, 2009. 
 
PASSOS, J.S. O que é Análise Transacional. PortalBrAT. Disponível em: 
http://www.josesilveira.com/novosite/index.php?option=com_content&task=view
&id=21&itemid=33. Acesso em 01/03/2014. 
 
SCHMIDT, M.C. Desenvolvimento Pessoal e Profissional. Curitiba: Editora 
IBEPEX, 2012 
 
SCHMIDT, P.; SANTOS, J.L.; MARTINS, M.A. Avaliação de Empresas: foco 
na análise de desempenho para o usuário interno (teoria e prática). São 
Paulo: Atlas, 2006.

Continue navegando