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Institucionalismo: Contexto Histórico e Neoinstitucionalismo

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Institucionalismo 
Contexto histórico
	A expressão “economia institucionalista” surge em um trabalho acadêmico pela primeira vez em 1919, escrito por Walton Hamilton. 
	“O termo ‘movimento institucionalista’ define uma série de teorias, práticas e experiências que têm como premissa a autogestão e a auto-análise, objetivando impulsionar experiências coletivas criadoras de novos saberes” (BAREMBLITT, 1992).
	Mais tarde, essa teoria aparece nos estudos de Thorstein Veblen (1857-1929), que se dedicou em analisar a economia nos séculos XIX e XX. Ademais, os economistas John Commons (1862-1945) e Wesley Mitchell (1874-1948) também contribuíram para a formação dessa nova teoria econômica, formando assim a base do “velho” institucionalismo.
	O velho Institucionalismo é caracterizado por fazer uma oposição à teoria neoclássica, uma vez os “neoclássicos passaram a dar ênfase aos problemas estáticos da eficiência econômica em lugar dos problemas dinâmicos do desenvolvimento de longo prazo.” (COSTA, 2011) 
	Indo de modo contrário ao mainstream os pensadores institucionalistas buscavam por meio da ideia de instituições, que seriam os hábitos, regras, costumes sociais e a ação humana para explicar a atividade econômica.
	As principais concepções que influenciaram Veblen foram: a filosofia pragmatista e o evolucionismo. Para Veblen, o comportamento econômico, quer social ou individual é determinado pelas instituições e viu a organização econômica como um processo de evolução contínua. Esta evolução era impulsionada pelos instintos humanos de construção e exploração ou predatório. (COSTA, 2011)
	O institucionalismo ajudou no desenvolvimento do New Deal, através da colaboração de economistas institucionalistas, como o Rexford Tugwell e Gardiner Means. O New Deal foi um artifício usado para solucionar o revés ocasionado pela Grande Depressão (1929), e para isso contava com a presença do Estado, dessa forma a crise seria solucionada por suas instituições. 
Neoinstitucionalismo
	O institucionalismo é uma importante ferramenta para estudo e compreensão da sociedade, pois o funcionamento e a efetividade de suas instituições permitem entender uma série de funções sociais, políticas, econômicas e culturais através das quais se regula o comportamento do indivíduo. Os estudos institucionais atuais têm gerado novas abordagens sobre o tema, o denominado neoinstitucionalismo. As novas concepções sobre o tema surgiram no decorrer das décadas de 1970 e 1980 em resposta a supostas crises de abordagem do Institucionalismo. 
	O neoinstitucionalismo não constitui uma corrente de pensamento unificada, sendo desdobrados em pelo menos três métodos de análises diferentes: o institucionalismo histórico; institucionalismo da escolha racional e institucionalismo sociológico.
Institucionalismo Histórico
 
	O institucionalismo histórico desenvolve uma concepção mais ampla das instituições, atribuindo grande importância às instituições políticas oficiais. Trabalha com a evolução histórica associando-as às organizações e às regras ou convenções editadas pelas organizações formais. Importa-se com o modo como as instituições dividem o poder de maneira desigual entre os grupos sociais e defende uma causalidade social dependente de sua trajetória histórica.
	Esta escola de pensamento possui quatro características próprias. Em primeiro lugar, esses teóricos tendem a conceituar a relação entre as instituições e o comportamento individual em termos muito gerais. Segundo, elas enfatizam as assimetrias de poder associadas ao funcionamento e ao desenvolvimento das instituições. Em seguida, tendem a formar uma concepção do desenvolvimento institucional que privilegia as trajetórias, as situações críticas e as consequências imprevistas. Enfim, elas buscam combinar explicações da contribuição das instituições à determinação de situações políticas com uma avaliação da contribuição de outros tipos de fatores, com as ideias, a esses mesmos processos (Hall e Taylor). 
Institucionalismo da Escolha Racional
	A teoria da escolha racional assume que as pessoas são capazes de calcular a utilidade esperada ou o valor esperado de cada ação quando enfrentam risco. No que diz respeito às escolhas interdependentes e estratégicas, podemos descrever como escolhas que indivíduos devem tomar quando confrontados com um ambiente independente de suas escolhas, nas quais os indivíduos levam em conta as escolhas de outros antes de decidir sua própria linha de ação. Transforma-se numa perspectiva de suma importância para compreender os fenômenos legislativos. Isso porque, nessa abordagem as instituições são analisadas a partir de duas interpretações: na primeira delas são definidos as regras de um jogo, seus participantes, suas possibilidades de ação estratégica e as informações necessárias para a tomada de decisão, bem como o resultado das escolhas individuais (SHEPSLE, 2008).
Institucionalismo Sociológico
	O institucionalismo sociológico surgiu influenciado pela teoria das organizações e seus defensores definem instituição de maneira mais global que seus pares na Ciência Política. Além das regras e procedimentos ou normas formais, incluem os sistemas de símbolos, esquemas cognitivos e modelos morais (J.L.CAMPBELL, 1995). As instituições, assim, não apenas influenciaram o cálculo estratégico individual, como afirma a escolha racional, mas as próprias preferencias dos autores. Se para a escolha racional há ênfase na maximização do bem-estar material, para o sociológico há busca de definição da identidade dos atores conforme modos socialmente apropriados (HALL e TAYLOR). Os teóricos desta escola distinguem-se ao adotar variável de observação o enfoque culturalista.
Bibliografia 
COSTA, L. S. . Coase isn´t Veblen. In: Associação Brasileira de Pesquisadores em Historia Economica, 2011, Curitiba. Associação Brasileira de Pesquisadores em Historia Economica, 2011.
http://www.revispsi.uerj.br/v7n1/artigos/html/v7n1a02.htm

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