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Quando analisamos a prática pedagógica de qualquer professor, vemos que, por trás de suas ações, há sempre um conjunto de ideias que as orienta. Mesmo quando ele não tem consciência dessas ideias, elas estão presentes. Para compreender a ação do professor, é preciso analisá-la com o objetivo de desvelar os aspectos que a definem. (WEISZ, 2004, p. 55). A partir disso, reflita: qual concepção teórica sua prática revela ou a futura prática revelará. Você tem consciência dela ou sabe operacionalizar na prática a teoria que considera válida? O professor precisa tomar cuidado com o que diz e com o que ensina em sala de aula, o aluno se espelha nele, como um modelo a ser seguido. O professor deve ter ciência de que seus atos praticados dentro e fora da sala de aula podem influenciar diretamente ou indiretamente ao aluno que o enxerga como educador. Coisas simples como falar bem, se comportar, ser educado, ouvir opiniões adversas, esperar a pessoa terminar de falar para depois falar, são atitudes que muitos professores não têm e refletem muito na educação e formação de seu aluno. O professor que se expressar em seus atos, de como deve ser o ensino, a sua concepção, e que se expressa em seus atos, do processo de aprendizagem, isto é, dos caminhos pelos quais a aprendizagem acontece. O professor deve produzir a prática que trabalha segundo a concepção empirista: a língua (conteúdo) é vista como transcrição da fala, a aprendizagem se dá pelo acúmulo de informações e o ensino deve investir na memorização. Na verdade, qualquer prática pedagógica, qualquer que seja o conteúdo, em qualquer área, pode ser analisada a partir deste trio: conteúdo, aprendizagem e ensino. Se o professor procura inovar sua prática, adotando um modelo de ensino que pressupõe a construção de conhecimento sem compreender suficientemente as questões que lhe dão sustentação, corre o risco, grave no meu modo de ver, de ficar se deslocando de um modelo que lhe é familiar para o outro, meio desconhecido, sem muito domínio de sua própria prática - "mesclando".
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