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C. E. PROF. ABELARDO ROMERO DANTAS – CEPARD DISCIPLINA: FILOSOFIA DOCENTE: ALEXANDRE MAGNO DISCENTE: _______________________________________________ SÉRIE: 2ª – TURMA : ____ ATIVIDADE 02 – PRATICANDO E EXERCITANDO A ARGUMENTAÇÃO Leia o texto e escreva um breve parágrafo argumentando a questão proposta: Texto 01: Regimes democráticos “A palavra democracia é de origem grega e significa “governo do povo”, “governo de todos os cidadãos”.1 A democracia foi uma invenção dos gregos da Antiguidade, que elaboraram teoricamente esse conceito e implantaram o regime democrático na pólis. Em Atenas, no século VI a.C., a ágora – praça pública – era o local de encontro dos cidadãos, onde se discutiam os problemas da cidade. A mais famosa ágora foi a de Atenas, onde, além das instituições políticas, eram construídos os tribunais, o templo e o mercado para as transações comerciais. Alguns minimizam o valor e a originalidade da democracia grega diante da constatação de que em Atenas, no século V a.C., era muito baixa a porcentagem de cidadãos autorizados a participar das assembleias, já que escravos, mulheres e estrangeiros eram delas excluídos. No entanto, é notável a invenção desse regime, em que a política aristocrática foi substituída pela participação de cidadãos, independentemente de sua classe social. A escolha de políticos era feita por sorteio, para que qualquer um pudesse ser alternadamente “governante e governado”. O regime grego caracterizou-se pela democracia direta – e não pela representativa, como é a nossa –, porque decisões eram tomadas diretamente pela assembleia popular. Ainda mais, prevalecia o pressuposto de que todos são iguais perante a lei (isonomia) e têm o mesmo direito à palavra (isegoria). Ao longo da história, essa primeira expressão de democracia encontrou teóricos e ativistas que desejaram revivê-la. Constituiu-se de maneira lenta e irregular, ora acentuando um valor, ora desprezando outro, diante das exigências de liberdade e igualdade”. (ARANHA, Cap. 17, pág. 229). Texto 02: Vivemos uma democracia? Será que o Brasil é um país democrático? Haverá quem responda afirmativamente sem titubear. Como justificativa, pode-se argumentar que, após os anos sombrios da ditadura militar, iniciados com o golpe de 1964, o Brasil recuperou liberdades perdidas: eleições livres; liberdade de pensamento e de expressão; liberdade de imprensa; ressurgimento de associações representativas, como partidos, sindicatos e diretórios estudantis; não repressão a reivindicações e greves. No entanto, seria melhor dizer que o Brasil é e não é uma democracia. Para entender essa aparente contradição, vamos nos apoiar no jurista e filósofo italiano Norberto Bobbio (1909- 2004), que estabelece a distinção entre democracia formal e democracia substancial. Democracia formal consiste no conjunto das instituições características desse regime: voto secreto e universal, autonomia dos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário –, pluripartidarismo, representatividade, ordem jurídica constituída, liberdade de pensamento e de expressão, pluralismo e assim por diante. Trata-se, propriamente, das “regras do jogo” democrático, que estabelecem os meios pelos quais a democracia é exercida. Democracia substancial diz respeito não aos meios, mas aos fins, aos resultados do processo. Entre esses valores, destaca-se a efetiva – e não apenas ideal – igualdade política, social, econômica e jurídica. Portanto, a democracia substancial avalia os conteúdos alcançados: se de fato todos são iguais perante as leis e têm moradia, educação, emprego, acesso ao poder e à cultura etc. Ao observar diversos países, constata-se que alguns apresentam conquistas de democracia formal, embora não tenham estendido a todos as promessas da democracia substancial: é o caso de países liberais, incluindo o Brasil. Em outros, a democracia substancial é implantada sem que se dê atenção democracia formal. É o caso de democracias para o povo, mas não pelo o povo, como ocorreu em países socialistas, por exemplo os da antiga União Soviética (da qual fazia parte a Rússia) e Cuba. Nessas experiências políticas, a erradicação do analfabetismo e a ampliação do sistema de saúde caminharam ao lado da censura a intelectuais e da perseguição a dissidentes. Portanto, para garantir a democracia substancial, a democracia formal foi adiada, com a promessa – não cumprida – de ser um estado provisório. (ARANHA, Cap. 17, pág. 230). Argumente (máximo de 12 linhas já enumeradas abaixo): No Brasil se constitui a democracia formal, substancial ou ambas levando em consideração as ideias contidas no vídeo e nas reflexões de José Saramago e de Norberto Bobbio? Justifique seu argumento com ideias conceituais dos materiais dispostos. 01 _________________________________________________________________________________ 02 _________________________________________________________________________________ 03 _________________________________________________________________________________ 04 _________________________________________________________________________________ 05 _________________________________________________________________________________ 06 _________________________________________________________________________________ 07 _________________________________________________________________________________ 08 _________________________________________________________________________________ 09 _________________________________________________________________________________ 10 _________________________________________________________________________________ 11 _________________________________________________________________________________ 12 _________________________________________________________________________________
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