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Conceitos de Farmacologia

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CURIOSIDADE: 
 Quando há proximidade entre DL e DE dizemos que há um baixo índice terapêutico. 
 Dessensibilização devido a aumento da tolerância por uso a longo tempo: DOWN REGULATION 
 Ressensibilização por meio de corticoide sensibiliza enzimas : UP REGULATION 
 Antidepressivos inibem a enzima que destróis a serotonina, portanto depressão é quando o corpo produz menos serotonina. 
Farmacologia 
Farmacidinâmica 
 
Conceitos 
 
É o que a droga faz com o organismo. 
O efeito farmacológico ocorre devido a alteração de 
um processo fisiológico, onde o fármaco “imita” uma 
substância já existente no organismo. 
↪ AFINIDADE 
É a capacidade do fármaco de se ligar ao seu sítio de 
ação, sua força de união química. 
↪SELETIVIDADE 
É a capacidade do fármaco de produzir efeito 
farmacológico, com menor quantidade de efeitos 
colaterais, isso se dá a sua seletividade em ligação para 
específico receptor plasmático. 
Ou seja, quanto mais seletiva a droga, menos efeitos 
colaterais. 
↪TOLERÂNCIA 
É quando o organismo se “adapta” a determinado 
fármaco devido ao uso contínuo. 
Os mecanismos responsáveis são: 
A) Metabolismo acelerado do fármaco. 
B) Diminuição de quantidade de receptores ou da 
sua afinidade com o fármaco(taquifilaxia) 
↪EFICÁCIA 
É o gral de capacidade da droga de produzir resposta 
desejada 
↪POTÊNCIA 
É a quantidade mínima necessária da droga para 
produzir resposta máxima, medido pela DE50 e a DL 
50. 
↪ DOSE EFETIVA MEDIANA (DE50) 
É a dose máxima para produzir determinado efeito em 
50% da população. 
↪ DOSE LETAL MEDIANA (DL50) 
É a dose necessária para matar 50% da população. 
↪ MARGEM DE SEGURANÇA 
Margem entre a dose letal e a efetiva / terapêutica. 
Calculado LD50/DE50 
 
 
↪ SÍTIO ALOSTÉRICO 
É quando duas substâncias diferentes se ligam a sítios 
diferentes. 
↪ SÍTIO DE LIGAÇÃO 
Interage com o ligante, é complementar em tamanho, 
forma, carga e afinidade a àgua. 
 
 
 
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Receptores 
São ativados, ou inativados quando o fármaco se liga a 
eles. 
Quando ativados são representados por R*. 
Quando inativados são representados por R. 
São eles quem captam o sinal para produzir uma 
resposta. 
↪ Receptor canais iônicos dependentes de ligantes 
Tem função de regular poros que fluem os íons 
Quando o agosta se liga e ele, fica aberto por alguns 
milissegundos. 
. 
↪Receptor acoplado a proteína G 
Sua ação dura de vários segundos a minutos. 
Podem agir em efetores, como a adeniliciclase e a 
fosfolipaseC. 
 
Alfa está ligado ao GDP, Beta e Gama. 
Quando o fármaco se liga ao receptor, GDP ganha um 
fosfato e se transforma em GTP, então alfa se desliga 
de beta e gama e se liga a molécula efetora(fosfolipase 
C que produz IP3 e DAG e a adeniliciclase que produz 
AMP cíclico), que pode ser uma enzima, produzindo 
resposta. 
Quando o fármaco se desliga do seu sítio de ação, o 
GTP perde um fosfato, e volta ser GDP, e alfa volta a 
se ligar a beta e gama. 
↪ Receptor enzimático: 
Este tem sua resposta aumentada quando na forma R* . 
A resposta pode durar de minutos a horas. 
Este receptor geralmente é utilizado pela insulina., 
serotonina, entre outros. 
 
Possui capacidade Tirosinocinase, podendo autofosforilar 
o próprio receptor. 
O receptor fosforilado fosforila outros peptídeos ou 
proteínas que ativam outros sinais celulares importantes, 
gerando cascata de ativações, que resulta na 
multiplicação do sinal inicial 
↪ Receptores intracelulares / nucleares 
Fármaco deve ser lipossolúvel para atravessar a célula, 
pois ele precisa se difundir para dentro da célula, para 
se ligar ao receptor intracelular e após ligação, fármaco 
e receptor atingem a cromatina, no núcleo celular, 
ativando a transcrição de genes específicos. 
Seu tempo de ativação pode variar de horas a dias. 
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Fármacos - Introdução 
São classificados de acordo com sua ação, como 
agonistas e antagosnistas, podendo ser ainda 
subclassificados. 
Fármacos – Agonistas 
É uma substância ou droga que se liga ao receptor, 
ativando-o e produzindo uma resposta esperada. 
↪ Agonista total 
Capaz de produzir resposta máxima, e estabiliza 
receptor tornando-o R* . 
Ativa completamente o receptor 
↪ Agonista parcial 
Não produz resposta tão efetiva quanto o agonista 
total, mesmo ocupando todos os receptores, portanto 
não estabiliza todos os receptores. 
Não completa totalmente o receptor e pode atuar 
também como antagonista do agonista total. 
Fármacos – Antagonistas 
Se ligam ao receptor inativando-o e impedindo a ligação 
do agonista. 
*** Bloqueia o sítio de ação do receptor*** 
↪ Antagonista competitivo 
Quando antagonistas e agonistas se ligam de maneira 
reversível., hora liga agonista e produz resposta, hora 
liga antagonista e há ausência de resposta. 
A inibição pode ser superada pelo aumento de 
concentração de agonistas, sendo possível desta 
maneira, ter efeito máximo dos agonistas. 
 
↪ Antagonista não competitivo ( irreversível) 
Liga-se ao local ativo do receptor fortemente por meio 
de ligação covalente, reduzindo o número de 
receptores disponíveis para agonistas, sendo assim, não 
adianta aumentar a concentração de agonistas, pois não 
terá eficácia. 
EX: Toxina Botulinica, que se liga permanente ao 
receptor, impedindo a contração muscular da região. É 
necessário a reaplicação devido a renovação de 
receptores. 
 
 
↪ Antagonista não competitivo (alostérico) 
Liga-se em local diferente do agonista (local alostérico) 
Não são competitivos como os antagonistas 
irreversíveis. Pois mudam a conformação do sitio 
alostérico 
Não são produzidos naturalmente pelo corpo 
 
 
 
Fármacos x receptores 
↪ Modelo Chave – Fechadura 
 
↪ Teoria do Caos e estrutura de proteínas 
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Essa teoria, diz que pode haver complementaridade 
interativa: como se a chave moldasse a fechadura ao se 
encontrarem, e vice-versa. 
 
Possíveis efeitos de drogas: 
↪ Estimulação: provoca aumento na atividade das 
células atingidas; 
↪ Depressão provoca diminuição na atividade das 
células atingidas; 
↪ Irritação atua sobre a nutrição, crescimento e 
morfologia dos tecidos vivos; 
↪ Anti –infecção provoca destruição ou neutralização 
de organismos patógenos; 
↪ Reposição É a substituição de hormônios naturais ou 
sintéticos no tratamento de doenças de insuficiência. 
 
Interações Medicamentosas 
↪ Sinergismo 
É quando duas drogas do mesmo sentido atuam 
aumentando a resposta fisiológica / efeito. 
Pode ser classificada em sinergismo de adição e 
sinergismos de potencialização. 
Não pode ser aplicado para drogas com funções 
totalmente diferentes, a função de ambas deve ser a 
mesma. 
↪ Sinergismo de adição ( 1 + 1 = 2 ) 
O efeito combinado resultante da associação de duas 
drogas é IGUAL a soma dos efeitos isolados. 
Por exemplo: um paciente com dor neurogênica, 
podemos receitar tramadol (analgésico) + paracetamol 
(analgésico), ambos possuem função de analgesial, 
porém atuando em receptores e mecanismos 
diferentes.. Provocando assim a analgesia multimodal, 
atuando em diferentes pontos da dor. 
↪ Sinergismo de potencialização ( 1 + 1 = 5) 
O efeito combinado resultante da associação de duas 
drogas é MAIOR que a soma dos efeitos isolados. 
Por exemplo: um paciente com inflamação, podemos 
receitar ácido clavulâmico + amoxilina, para que dê 
cobertura para um número maior para 
microorganismos. A amoxilina inibe enzimas NAM e 
NAG para impedir ligações cruzadas, impede também 
que as bactérias B. Lactamate sejam produzidas. 
Outro exemplo é o vasoconstritor associado a 
anestésico local, o qual proporciona um efeito maior do 
anestésico, por fazer com que ele permaneça mais 
tempo no local., portanto a resposta é maior que a 
soma dos efeitos isolados 
 
 
 
 
 
 
↪ Antagonismo ( 1 + 1 = 0 ) 
É quando o efeito de uma droga diminui ou é abolido 
na presença de outra droga.. 
Uma possui ação contrária a outra. 
Por exemplo:um paciente que sofre crise de choque 
anafilático, onde a histamina está atuando no processo, 
podemos receitar adrenalina para que o efeito da 
histamina seja interrompido, pois a adrenalina é 
antagonista fisiológico da histamina (ações contrárias em 
receptores opostos) 
Pode ser classificado em antagonismo de adsorção, 
antagonismo químico e antagonismo farmacológico. 
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↪ Antagonismo de adsorção 
Quando a substância não é incorporada a outra, 
fazendo com que a substância fique localizada na 
superfície do adsorvente. 
Um exemplo clássico é o carvão ativado, que possui 
uma estrutura porosa , que adsorve , ou elimina o 
veneno. 
↪ Antagonismo químico 
Quando a substância não é absorvida ou sua atividade é 
reduzida devido a interação medicamentosa entre duas 
substâncias. 
Por exemplo: tetraciclina, um antibiótico, elas formam 
quelatos insolúveis quando entram em contato com 
magnésio, cálcio, zinco, alumínio e ferro. Se ingeridas 
juntamente com leite ou qualquer alimento que possua 
tais propriedades, haverá quelação no intestino, e a 
tetaciclina não conseguirá produzir efeito. 
 
↪ Antagonismo farmacológico 
Ocorre quando uma substância bloqueia o receptor da 
outra substância. 
Se diferencia do antagonista, pois antagonista é uma 
única substância, enquanto antagonismo é a interação 
medicamentosa. 
 
↪ Antagonismo farmacocinético 
Quando uma droga inibe a farmacocinética da outra. 
Influenciando na absorção, metabolismo ou excreção. 
Um exemplo disso é um diurético associado a qualquer 
droga, visto que ele acelera a excreção e a droga não 
seria totalmente absorvida. 
↪ Fármacos inespecíficos 
Fármacos inespecíficos são aqueles fármacos que são 
independentes, que seu efeito não depende de 
receptores, ou algo assim. 
Seu efeito farmacológico só depende das características 
farmacológicas do próprio fármaco. 
Ex: Bicarbonato de sódio 
Carvão ativado 
Osmóticos: para aumento de pressão intracraniana

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