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TCC - LSF - Jorge Barrelin

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Centro Universitário de Brasília - UNICEUB 
 
Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais Aplicadas - FATECS 
 
Curso: Engenharia Civil 
 
 
 
 
 
JORGE PAULO BARRELIN FILHO 
 
 
 
 
 
 
LIGHT STEEL FRAME: ANÁLISE ESTRUTURAL E DIMENSIONAMENTO DE 
UMA EDIFICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília-DF 
2020 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 3 
2 OBJETIVOS 4 
3 CONCEITOS INICIAIS 5 
 3.1 LIGHT STEEL FRAMING 5 
 3.1.1 Característica do Sistema LSF 5 
 3.1.2 Vantagens no uso do LSF 6 
 3.1.3 Desvantagem no uso LSF 6 
4 COMPONENTES ESTRUTURAIS 7 
 4.1 FUNDAÇÃO 7 
 4.2 GUIAS 8 
4.3 MONTANTES 9 
4.4 VIGAS 10 
4.5 BLOQUEADORES 11 
4.6 VERGAS DE ABERTURAS 12 
4.7 LIGAÇÕES 13 
4.7 COBERTURAS 14 
5 METODO CONSTRUTIVO 15 
6 DO SOFTWARE UTILIZADO NO ESTUDO 16 
7 METODO CIENTÍFICO 17 
 Características do Projeto 18 
 Cargas Padrão 19 
 Ações do vento 20 
 Combinações das ações 23 
 Detalhamentos 24 
8 ANÁLISE DOS RESULTADOS 26 
9 ORÇAMENTO 28 
10 CONCLUSÃO 30 
 BIBLIOGRAFIA 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Com a evolução constante em nossos processos e a busca por novas 
tecnologias, a construção civil vem tentando inovar seus sistemas construtivos afim 
de trazer mais rapidez, economia, entre outros aspectos que melhorem o seu 
desempenho. 
O Light Steel Frame (LSF) aparece como excelente alternativa quando se 
tem a vontade de executar um sistema construtivo fora do convencional concreto 
armado, tendo como característica, rapidez de execução, precisão de orçamento, 
menos desperdício de insumos e alta produtividade. O LSF é um sistema construtivo 
altamente industrializado de concepção racional, que tem como principal 
característica uma estrutura constituída por perfis de aço galvanizados de pequena 
espessura formados a frio, possibilitando um processo de construção de alta 
eficiência e grande rapidez de execução (BATISTA, 2011 apud PRUDÊNCIO, 
2013). 
No entanto, apesar do Brasil ser um dos maiores produtores de aço do 
mundo, ainda tem um volume pequeno de construções à seco, atualmente mais 
direcionadas para a demanda habitacional, que vem abrindo campo para o sistema 
construtivo moderno do LSF e trazendo melhorias à indústria da construção civil 
(SANTIAGO, 2008). 
Desta forma esse estudo tem como objetivo conhecer as vantagens e 
desvantagens do sistema LSF, adquirindo a compreensão necessária de seu 
funcionamento estrutural e premissas de dimensionamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
O objetivo da pesquisa e apresentar as características, etapas construtivas 
e vantagens na utilização do sistema construtivo Light Steel Framing, como também 
o entendimento e funcionamento de uma estrutura metálica, a partir de sua 
concepção estrutural e dimensionamento. 
 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
● Detalhar as etapas construtivas, vantagens, desvantagens do sistema LSF 
 
● Fazer a análises estruturais para a edificação, aumentando a eficiência 
estrutural através de sistemas de contraventamentos; 
 
● Utilização de materiais que garantam a eficiência e tenham o menor custo. 
 
● Dimensionar a estrutura de uma residência padrão médio de 54 m², 
utilizando o software mCalc_LSF da STABILE; 
 
 
 
 
5 
 
3 CONCEITOS INICIAIS 
 
3.1 LIGHT STEEL FRAMING 
 
3.1.1 Característica do Sistema LSF 
 
De acordo com (SANTIAGO, 2008) o Light Steel framing (LSF), é um sistema 
construtivo de concepção racionalizada. Tem como característica uma estrutura 
constituída por perfis de aço galvanizados formados a frio, que formam um 
enquadramento estrutural capaz de suportar os carregamentos solicitantes da 
edificação, e por vários componentes e subsistemas que juntos possibilitam uma 
construção industrial com muita produtividade. Os perfis de aço galvanizado são 
utilizados na fabricação de painéis estruturais ou não estruturais, vigas de piso, 
vigas secundárias, estrutura de telhados e outros componentes (Figura 1). 
 
 
Figura 1 – Desenho esquemático de construção Steel Framing 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Santiago; Freitas; Castro, 2012, P.32 
 
 
 
 
6 
 
3.1.2 Vantagens no uso do LSF 
 
 Para o sistema LSF, segundo Crasto (2005) e Rego (2012), os benefícios 
são: 
 
● Maior durabilidade da estrutura em virtude do processo de galvanização 
das peças 
● Leveza dos elementos estruturais, contribuindo para a montagem, 
manuseio e transporte 
● Alta resistência e controle de qualidade, aliando a maior precisão 
dimensional ao elevado desempenho da estrutura 
● Facilidade na execução de ligações devido ao processo de furação dos 
perfis ainda sobre controle industrial 
● Alta velocidade de construção, tendo assim a diminuição do prazo de 
execução, consequentemente reduzindo custos de imobilização 
● Emprego de materiais totalmente recicláveis (aço) e incombustíveis 
(gesso e lá de rocha) 
● Elevado desempenho termo acústico em comparação com métodos de 
fechamento tradicionais 
● Facilidade de produção dos perfis formados a frio (PFF) 
● Flexibilidade para mudanças futuras no projeto 
 
 
3.1.3 Desvantagem no uso LSF 
 
O sistema LSF como qualquer outra forma de construção tem seus pontos 
positivos e negativos que são: 
 
● Construção de edifícios com número máximo de cinco pavimentos 
● Ao pendurar objetos pesados, as paredes e as estruturas poderão ser 
danificadas; com isso deve se fazer a análise antes da execução 
● Limitação do número de fornecedores em algumas regiões do Brasil 
● Carência de profissionais especializados no mercado. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4 COMPONENTES ESTRUTURAIS 
 
4.1 FUNDAÇÃO 
 
O sistema construtivo Light Steel framing tem sua leveza como uma de suas 
principais vantagens, com isso, as solicitações de carregamento é reduzido 
consideravelmente à fundação, gerando assim, uma economia na execução. No 
entanto, como a estrutura distribui uniformemente as cargas através dos painéis, 
exige-se uma fundação contínua que possa suportar essas cargas em toda a sua 
extensão. Sendo assim, o radier e a sapata corrida são as melhores opções. 
 
O radier é uma fundação rasa que transmite ao solo as cargas da edificação 
de forma distribuída e uniforme, através de uma laje contínua de concreto armado 
ou protendido (Figura 2). Esse tipo de fundação é a mais utilizada para construção 
em Steel Framing, ideal para construção de residências térreas. Esse tipo de 
fundação exige que as instalações hidráulicas, elétricas, esgoto e telefone devem 
ser executadas antes da concretagem. 
 
Figura 2 – Exemplo de fundação Radier 
 
 
Figura 2 – Fundação Radier de concreto armado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: fotos.habitissimo.com.br
 
 
 
 
8 
 
4.2 GUIAS 
 
As guias devem ser usadas na horizontal para formar a base e o topo dos 
painéis de parede e de entrepiso. São também utilizadas combinadas ou não com 
as fitas, para o travamento lateral de vigas e de montantes e montagem das vergas. 
(RODRIGUES, 2017). 
Geralmente o perfil utilizado é o U simples para que assim possa receber os 
montantes para composição dos painéis. 
 
Figura 3 – demonstração de guias recebendo os montantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Pinterest 
 
 
 
 
9 
 
4.3 MONTANTES 
 
 Os montantes, por sua vez, são elementos verticais que compõem os 
painéis e estruturas de cobertura, como treliças, sendo formados por perfis do tipo 
UE com espaçamento máximo, para as paredes, de 400 mm ou 600 mm. Para 
efeitos de cálculo, Caldas e Rodrigues (2016) recomendam a análise de 
extremidades rotuladas e o dimensionamento avaliado para esforços de 
compressão e tração atuando isoladamente em casos de montantes de paredes 
interna.Por outro lado, para montantes de paredes externas, há grande atuação de 
esforços provenientes da ação do vento, levando o cálculo para 
dimensionamentos à flexão composta, variando entre flexo-tração e flexo-
compressão dependendo do sentido do vento 
 
 
Figura 4 – demonstração dos montantes na formação dos painéis 
 
Fonte: Castro, 2005, p.42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
4.4 VIGAS 
 
Em vista da definição da modulação do painel ser dada pelos montantes, o 
espaçamento entre as vigas de piso (Figura 5) segue essa mesma fixação. Esses 
elementos recebem carregamentos como peso próprio, ocupação de pessoas, 
móveis, equipamentos etc. e os transmitem os painéis, podendo também servir de 
apoio para contrapiso. 
 
 Figura 5 - Estrutura de piso em Light Steel Framing 
 
 
Fonte: Construção Industrializada, Brasilit (2014) 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
4.5 BLOQUEADORES 
 
 Peças em perfil U que servem como suporte para os montantes afim de 
evitar o excesso de flambagem, trazendo mais estabilidade à estrutura. O perfil é 
cortado e dobrado (Figura 6), ou somente usado na forma normal, ficando assim 
sem a necessidade de corte e dobra. Também muito utilizado juntamente com a 
fita metálica. 
 
Figura 6 – Demonstração de bloqueadores com abas 
 
 
Figura 7 - Travamento lateral de vigas por bloqueadores e fitas de aço galvanizado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Caldas e Rodrigues (2016) 
 
 
 
 
 
12 
 
4.6 VERGAS DE ABERTURAS 
 
 As aberturas em um painel, destinadas à instalação de portas e janelas, 
também precisam de um reforço estrutural, a fim de redistribuir os esforços para a 
base dos painéis (Figura 8). O princípio de funcionamento é o mesmo das vergas 
utilizadas em construções convencionais e, para o LSF, necessárias quando os 
montantes são interrompidos e deslocados para a lateral do vão, criando, assim, as 
ombreiras e montantes auxiliares. 
 
 
Figura 8 - Distribuição dos esforços através da verga para ombreiras 
 
 
Fonte: Crasto (2005) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
4.7 LIGAÇÕES 
 
 Em virtude dos elementos estruturais do sistema LSF serem, 
necessariamente, conectados entre si, o dimensionamento adequado do tipo 
adequado das ligações é fundamental para o real funcionamento do método, tendo 
sua resistência e estabilidades preservadas. 
 Embora os perfis formados a frio possam ser ligados por soldas de ponto ou 
contínua, esse tipo de ligação requer mão de obra mais especializada, o que o torna 
incomum e mais caro. Assim, atualmente para o sistema LSF, utiliza-se a conexão 
por parafusos em aço carbono recobertos por uma proteção zinco-eletrolítica, 
evitando processos corrosivos e mantendo a semelhança com os perfis metálicos 
(RODRIGUES, 2006). 
 
Figura 9 - Tipos de pontas usadas nos parafusos no sistema LSF 
 
 
 
 
 
Fonte: Rodrigues (2006, apud Rego, 2012) 
 
Tabela 1 - Características dos parafusos recomendadas em função da aplicação 
 
Fonte: Rodrigues (2006) 
 
 
 
 
 
14 
 
4.7 COBERTURAS 
 
 O manual Steel Framing: Arquitetura (FREITAS et al., 2012) apresenta 
diversos tipos de sistemas de cobertura empregados em estruturas LSF, 
descrevendo ainda detalhes de montagem e esquemas de verificações da 
execução. As coberturas podem ser planas (Figura 10) ou inclinadas, sendo que 
estas quando estruturadas com caibros e tesouras (Figura 11) têm seus perfis 
fabricados em formato U enrijecido, guias de encabeçamento dos painéis (sanefas) 
em perfis do tipo U simples e as barras de contraventamento (ripas) em perfis 
cartola. 
Figura 10 - Cobertura plana em Light Steel Framing 
 
Fonte: Freitas et al. (2012) 
 
Figura 11 - Cobertura inclinada estruturada com caibros, ripas, tesouras e terças 
 
Fonte: Adaptado de ABNT NBR 15253:2014 
 
 
 
 
15 
 
5 METODO CONSTRUTIVO 
 
Segundo Landolfo et al. (2002), o método de construção em LSF pode ser 
dividido, para edificações de pequeno porte, em três categorias: 
 
a) Método stick 
Consiste no corte dos perfis e montagem dos elementos como painéis, lajes, 
contraventamentos e tesouras no canteiro de obra. É comumente utilizado em locais 
onde a pré-fabricação não é inteiramente viável, podendo, porém, ter os perfis já 
perfurados para instalações de outros subsistemas. 
Entre as vantagens desse método construtivo destacam-se: 
● Facilidade de transporte por não se ter peças tão grandes e que vão 
em partes; 
● Simplicidade na execução de ligações dos elementos; 
● Desnecessidade de se ter um local para pré-fabricação. 
 
b) Método por painéis 
O método baseia-se na pré-fabricação de painéis estruturais e não estruturais 
fora do canteiro de obra, além de elementos de contraventamento e tesouras de 
telhado que são transportados até o local para montagem convencional por meio de 
parafusos. 
Para essa técnica, as principais vantagens são: 
● Relação similar ao concreto pré-moldado, minimizando o trabalho na 
obra; 
● Maior velocidade na montagem da estrutura; 
● Automação de tarefas; 
● Controle de qualidade rigoroso durante a produção industrial como o 
aumento da precisão dimensional de cada elemento. 
 
c) Método de construção modular 
O método construtivo mais completo é executado por meio da pré-fabricação 
integral de unidades modulares, isto é, módulos com todos os acabamentos internos 
e externos, bem como louças e mobiliários. No canteiro de obra resta, portanto, a 
definição do posicionamento dos módulos conforme projeto arquitetônico, 
contribuindo para níveis altíssimos de produtividade. 
 
 
 
 
 
16 
 
6 DO SOFTWARE UTILIZADO NO ESTUDO 
 
 Para essa modelagem será usado o software da Stabile Engenharia 
denominado de mCalc_LSF para o dimensionamento da estrutura. 
 O mCalc_LSF foi desenvolvido para projetar estruturas de Light Steel 
Framing considerando os seguintes passos: 
1º – Modelagem Estrutural: Criação dos elementos da estrutura LSF, 
considerando suas propriedades e comportamento estrutural. 
2º – Geração do Modelo Estrutural: Transformação da estrutura LSF em 
modelo estrutural, realizada automaticamente pelo software. Este passo considera 
todas as vinculações, estados, combinações de ações e propriedades das barras. 
3º– Análise Estrutural: Realizada pelo programa a partir das combinações de 
ações do modelo estrutural, determinando as solicitações nas barras e 
deslocamentos dos seus nós. 
4º– Dimensionamento Estrutural: Verificação de perfis determinados na 
modelagem da estrutura LSF Caso os perfis escolhidos não apresentem boas 
condições de segurança, o usuário poderá escolher perfis mais reforçados. 
5º – Projeto da Estrutural: A qualquer momento do projeto, podem-se obter, 
a partir de um simples clique, todos os desenhos do projeto. 
 
 
BENEFÍCIOS: 
 
 Aumento de produtividade na modelagem de estruturas, em pelo menos 
100%, quando comparado a programas tipo CAD. Isso é possível em virtude 
da biblioteca que disponibiliza todos os elementos que compõem uma 
estrutura LSF: Painéis, Aberturas, Contraventamentos, Treliças de 
Contraventamento, Bloqueadores, Vigas de Entrepiso e Elementos de 
Telhado. 
 Rapidez no cálculo, a partir do carregamento da estrutura LSF, considerando 
ações gravitacionais, ação do vento, cargas nos entrepisos, cargas no 
telhado; 
 Possibilidade de testar diversos perfis LSF no módulo de Dimensionamento; 
 Automação de projetos da estrutura e exportação dos mesmos para 
programas BIM e para programas de detalhamento de estruturas de aço 
(protocolo SDNF). Com a Renderização (com módulo destacável): é possível 
visualizar e imprimir a estrutura modelada; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
7 METODO CIENTÍFICO 
 
Este estudo trata da concepção, lançamento e processamento de uma 
residência em LSF com as seguintes características; 
 
 Um pavimento 
 54 m² de área 
 Dois quartos, um banheiro, sala de estar e cozinha 
 Espaçamento de malha 60x60cm 
 Pé direito de2,8m 
 
 
Figura 12 – Planta Baixa 
 
Fonte: Autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 A configuração dos elementos adotados para a estrutura está indicada na 
figura 13, para facilitar o dimensionamento e execução, procurou-se utilizar 
elementos do catálogo da ISOESTE METÁLICAS, empresa situada no estado do 
Goiás, a escolha foi devido a necessidade de se usar um fornecedor próximo. O aço 
de catálogo é o Aço Vagalume AZM150 Full Hard (Fy = 550Mpa): #0,80mm, 
Normas: ABNT NBR 6355/12 e NBR 14762/10. 
 
Figura 13 – Configuração iniciais dos elementos estruturais 
 
 
Fonte: O Autor 
 
 
Em seguida foram utilizadas, como mostra na figura 14, as seguintes 
cargas para formação da composição das forças atuantes. Segue abaixo 
características de material; 
 Placa Interna – OSB de 15mm de espessura e uma camada única de 
lã de vidro de 55mm 
 Placa Externa – OSB de 15mm de espessura e uma camada única 
de lã de vidro de 55mm 
 
 
 
 
19 
 
 Revestimento Interno – Aplicação de gesso e pintura 
 Revestimento Externo – Impermeabilização manda líquida e tela de 
polietileno e pintura em acrílico 
 Cobertura com telha metálica trapezoidal 
 Forro cobertura - OSB de 15mm de espessura, lã de vidro de 55mm, 
acabamento em gesso e pintura. 
 
 
Figura 14 – Cargas Padrão 
 
Fonte: O Autor 
 
 No modelo dimensionado não foi adotado entrepiso, somente reforço na 
área do banheiro através de perfis UE123X42X12X08, e aplicado força horizontais 
nesse perfil de 150kgf/m2 
 Uma das ações que mais influenciam no dimensionamento de uma 
estrutura metálica é a ações do vento. Para este estudo foram adotadas algumas 
características, mostradas na Figura 15, como; inclinação telhado, dimensão da 
edificação e altura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Figura 15 – Configuração iniciais das dimensões 
 
Fonte: O Autor 
 
 Para velocidade básica do vento (VO) foi adotado o valor de 36m/s, um Fator 
topográfico (S1) de 1, terreno plano e francamente acidentado, para o Fator que 
relaciona rugosidade, dimensões da edificação e altura sobre o terreno (S2) de 0.94, 
Fator estatístico (S3) de 1. 
 
 Pressão dinâmica 
 
Vo = 36 m/s Velocidade básica do vento 
 
33.94 m/s Velocidade característica do vento 
 
72.00 kgf/m² 
 
 
Coeficientes de forma externo para paredes de edificações de planta 
retangular 
 
 
Vento a 0º 
 
a = 6 m Maior dimensão horizontal da edificação 
b = 9 m Menor dimensão horizontal da edificação 
h = 2.60 m Altura da edificação 
 
 
 
 
 
21 
 
3.00 m 
 
0.00 m 
 
Figura 16 – Vento a 0º 
 
Fonte: O Autor 
 
Vento a 90º 
 
a = 6 m Maior dimensão horizontal da edificação 
b = 9 m Menor dimensão horizontal da edificação 
h = 2.60 m Altura da edificação 
 
4.50 m 
 
 Figura 17 – Vento a 90º 
 
Fonte: O Autor 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 Coeficientes de forma externo para telhados com duas águas em 
edificações de planta retangular. 
 
 
Figura 18 – Vento a 0 e 90º 
 
Fonte: O Autor 
 
 
Coeficientes de Pressão Interna 
 
Duas faces opostas igualmente permeáveis; as outras faces impermeáveis: 
- vento perpendicular a uma face permeável: Cpi = +0,2 
- vento perpendicular a uma face impermeável: Cpi = -0,3 
 
 
Figura 19 – Vento a 0 e 90º 
 
 
Fonte: O Autor 
 
 
 
 
 
 
23 
 
As combinações de ações são feitas de forma a possibilitar a avaliação da 
combinação mais crítica para o projeto em estudo, neste trabalho foram adotadas 
por meio do software m MCalc_LSF (figura 20), 5 combinações para avaliação do 
ELU, variações do vento (0º, 90º, 180º e 270º). 
Os valores adotados para os coeficientes de ponderação, para os fatores de 
combinação e fatores de utilização, foram extraídos das tabelas da NBR-14762. 
 
Figura 20 – Combinação de ações 
 
 
Fonte: O Autor 
 
Os detalhamentos para as esquinas da edificação e também para a junção 
entre painéis em for de T estão demonstradas abaixo (figura 22). Sendo que no 
detalhamento dos cantos foi utilizado a junção de dois perfis UE (figura 21) 
 
Figura 21 – Junção tubo UE 
 
Fonte: Isoeste Metálica 
 
 
 
 
24 
 
Figura 22 – Detalhamento esquinas e junção em T 
. 
Fonte: O Autor 
 
 
 Em seguida foram usados para os detalhamentos das tesouras do telhado, 
nos banzos perfis UE125 e para as diagonais perfis U125, seguindo o modelo de 
tesouras tipo “HOWE”. Essa opção seguiu a mesma linha de raciocínio dos guias e 
montantes, já que o catálogo traz a diferença ideal para o encaixe das peças (figura 
23). Para compor as terças perfis cartola 
 
 
 Figura 23 – Detalhamento Tesouras 
 
 
 
Fonte: O Autor 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 Para melhoras a estabilidade da edificação foram usados artifícios como 
bloqueadores horizontais com abas em perfil U125, fazendo conexão entre os 
montantes dos painéis. Outro aspecto de travação usada foi o de formar treliças nas 
pontas dos painéis, trazendo uma resistência maior nas esquinas (figura 24). 
 
Figura 24 – PE1 demonstração de bloqueadores 
 
Fonte: O Autor 
 
 Nas vergas de abertura foram usados o perfil UE125 em formato de caixa 
como mostra na figura 25. 
 
Figura 25 – Detalhamento Vergas 
 
 
 
Fonte: Silvestre et al.,2013 
 
 
 
 
26 
 
8 ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
 O software mCalc_LSF gera um arquivo em formato IFC que fornece uma 
solução de interoperabilidade entre diferentes softwares. O formato estabelece 
padrões internacionais para importar e exportar objetos de construção e suas 
propriedades. 
 
Figura 25 – Detalhamento Vergas 
 
 
 
Fonte: O autor 
 
 
 Na análise linear, o software descreve que a análise do sistema módulo 3D 
– análise elástica-linear, é feita pelo Método da Rigidez Direta, que é uma 
sistematização do Método dos Descolamentos. 
 Inicialmente é feito o lançamento da estrutura no modelador LSF do software 
mCalc_LSF com os perfis pré-configurados indicados na figura 13, apresentado no 
método científico, nesse módulo são lançadas as cargas gravitacionais e cargas de 
vento, na estrutura, com a estrutura previamente lançada passa-se para o módulo 
3D, que é utilizado para a análise da estrutura. 
Primeiramente é feita a análise da envoltória das combinações de ações, 
previamente configurado, depois de concluída a análise o software mCalc_LSF 
 
 
 
 
27 
 
obtém os esforços atuantes na estrutura para o dimensionamento dos elementos 
que já foram definidos anteriormente. 
Na próxima etapa é feito o dimensionamento dos elementos frente aos 
esforços atuantes, são verificadas as resistências de cada elemento frente as 
solicitações de cálculo (figura 26). 
 
Figura 26– Janela Dimensionamento. 
 
 
Fonte: O autor 
 
Já no módulo Dimensionamento é mostrado em gráfico, os esforços de cada 
elemento, as resistências são representadas em escala de cor, sendo as cores mais 
quentes os elementos mais solicitados, que se pode verificar na figura 27. 
 
Figura 27 – Representação gráfica dos esforços atuantes. 
 
Fonte: O autor 
 
 
 
 
28 
 
9 ORÇAMENTO 
 Determinar ou prever os custos para a realização de um empreendimento, 
antes mesmo de ser executado, segundo Giamusso (1991), é realizar o seu 
orçamento. Portanto, é possível afirmar que o orçamento de uma obra ou a atividade 
de orçar uma obra significa identificar previamente o custo que esta obra deverá 
resultar ao seu final. 
 Assim, segundo Dias (2001), todo orçamento deve apresentar as seguintes 
características: especificidade, temporalidade e aproximação. Portanto o orçamento 
aqui apresentado (Figura 28) tem base de preço o catálogo da empresa IsoEste 
Metálicas, a divisão foi feita entre painéis e somente a parte de material da estrutura 
foi orçado. 
 
Figura 28 – Orçamento 
 
PERFIL mm m Vl unit. Vl total
[ 126 x 38 x 0.8 42001 42,001 10,54 442,69R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 50088 50,088 7,74 387,68R$ 
IENR 123 x 42 x 12 x 0.8 x 0 12990 12,99 15,48 201,09R$CA 140 x 63 x 12 x 0.8 744 0,744 18,54 13,79R$ 
1.045,25R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 40661 40,661 10,54 428,57R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 61854 61,854 7,74 478,75R$ 
IENR 123 x 42 x 12 x 0.8 x 0 7794 7,794 15,48 120,65R$ 
CA 140 x 63 x 12 x 0.8 1428 1,428 18,54 26,48R$ 
IENR 140 x 63 x 12 x 0.8 x 0 1428 1,428 18,54 26,48R$ 
1.080,92R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 19842 19,842 10,54 209,13R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 26456 26,456 7,74 204,77R$ 
IENR 123 x 42 x 12 x 0.8 x 0 2598 2,598 15,48 40,22R$ 
CA 140 x 63 x 12 x 0.8 1974 1,974 18,54 36,60R$ 
490,72R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 32244 32,244 10,54 339,85R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 42618 42,618 7,74 329,86R$ 
IENR 123 x 42 x 12 x 0.8 x 0 7794 7,794 15,48 120,65R$ 
CA 140 x 63 x 12 x 0.8 1428 1,428 18,54 26,48R$ 
816,84R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 8967 8,967 10,54 94,51R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 10392 10,392 7,74 80,43R$ 
IENR 123 x 42 x 12 x 0.8 x 0 5196 5,196 15,48 80,43R$ 
255,38R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 21268 21,268 10,54 224,16R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 28228 28,228 7,74 218,48R$ 
IENR 123 x 42 x 12 x 0.8 x 0 2598 2,598 15,48 40,22R$ 
CA 140 x 63 x 12 x 0.8 2028 2,028 18,54 37,60R$ 
520,47R$ 
PE-5
PE-6
PE-3
PE-4
PE-2
PE-1
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
Fonte: IsoEste Metálicas 
 
 
 
 
[ 126 x 38 x 0.8 14554 14,554 10,54 153,40R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 25934 25,934 7,74 200,73R$ 
IENR 123 x 42 x 12 x 0.8 x 0 7794 7,794 15,48 120,65R$ 
CA 140 x 63 x 12 x 0.8 844 0,844 18,54 15,65R$ 
490,43R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 6759 6,759 10,54 71,24R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 12990 12,99 7,74 100,54R$ 
171,78R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 12102 12,102 10,54 127,56R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 23336 23,336 7,74 180,62R$ 
IENR 123 x 42 x 12 x 0.8 x 0 5196 5,196 15,48 80,43R$ 
CA 140 x 63 x 12 x 0.8 844 0,844 18,54 15,65R$ 
404,26R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 6168 6,168 10,54 65,01R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 18140 18,14 7,74 140,40R$ 
CA 140 x 63 x 12 x 0.8 844 0,844 18,54 15,65R$ 
221,06R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 7906 7,906 10,54 83,33R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 12990 12,99 7,74 100,54R$ 
IENR 123 x 42 x 12 x 0.8 x 0 2598 2,598 15,48 40,22R$ 
224,09R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 7099 7,099 7,74 54,95R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 4400 4,4 10,54 46,38R$ 
101,32R$ 
2 202,64R$ 
UENR 123 x 42 x 12 x 0.8 12699 12,699 7,74 98,29R$ 
][ 126 x 38 x 0.8 x 0 750 0,75 21,08 15,81R$ 
[ 126 x 38 x 0.8 7620 7,62 10,54 80,31R$ 
194,42R$ 
7 1.360,91R$ 
CART 20 x 30 x 13 x 0.8 96000 96 2,24 215,04R$ 
215,04R$ 
PI-5
TESOURA 11 x2
TESOURA 4 x7
TERÇA
PI-1
PI-2
PI-3
PI-4
TOTAL PERFIS 7.499,78R$ 
TOTAL PARAFUSOS 268,02R$ 
TOTAL ESTRUTURA 7.767,80R$ 
RESUMO
 
 
 
 
30 
 
 
10 CONCLUSÃO 
 Este trabalho científico apresentou o sistema construtivo Light Steel 
Framing, com um embasamento teórico coeso e sintético, mostrando suas 
características e metodologia construtivas. Mediante as vantagens e desvantagens 
do método, como questões de sustentabilidades, e falta de mão de obra 
especializada, foi possível ver que estamos cada vez mais necessitando de uma 
mudança. 
 A questão da cultura ainda é um traço forte que só terá uma mudança a partir 
de incentivos por parte do Estado. A implementação desse sistema é totalmente 
viável visto que o Brasil se destaca na exportação de Ferro, sendo necessário a 
melhora na especialização da mão de obra e incentivos para industrias e comércios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
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