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LIBERALISMO E MARXISMO

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA 
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CODÓ - CESCD 
CURSO: BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: POLITÍCAS PÚBLICAS 
DOCENTE: CÉLIO GUERRA ALVARES SOBRINHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIAS DO LIBERALISMO E MARXISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CODÓ – MA 
2020 
 
 
RAYSE DANIELE PEREIRA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIAS DO LIBERALISMO E MARXISMO 
Trabalho destinado à obtenção parcial da 
primeira nota na disciplina de Políticas 
Públicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CODÓ – MA 
2020 
O LIBERALISMO E O MARXISMO 
Como o próprio nome aponta, o liberalismo é uma teoria política, econômica 
e social embasada nos ideais de liberdade individual e mercantil, em que toda a 
população deve ter direitos humanos iguais para garantir a livre concorrência no 
mercado. Nesse sentido, os governos adeptos ao liberalismo econômico e 
político devem promover a liberdade singular e evitar imposições estatais, 
desenvolvendo uma sociedade justa e igualitária para todos, inclusive na distribuição 
de serviços e recursos públicos. 
Dessa maneira, o Estado não tem o direito de interferir na vida e nas 
liberdades individuais dos cidadãos, a menos que esses atentem contra a ordem 
vigente. Esse pensamento liberal norteou eventos como a Revolução Francesa e a 
Revolução Industrial, criando um Estado de Direito liberal na modernidade, que visava 
assegurar os direitos dos cidadãos e acabar com o despotismo. 
Para os liberais, o ser humano era dotado de direitos naturais (pensamento 
herdado do filósofo inglês John Locke) que assegurariam o direito de todos os 
cidadãos de participar da política e da economia, de trabalhar, acumular riquezas e 
adquirir uma propriedade privada. Do mesmo modo, eram direitos naturais à vida e à 
liberdade, sendo vedado ao Estado qualquer forma autoritária e injustificada de 
restrição da liberdade ou assassinato dos cidadãos. 
Para os teóricos liberais modernos, não havia qualquer justificativa para o 
controle da vida, do governo e da economia por parte dos monarcas. Isso porque a 
monarquia absolutista estava assentada no ideal do direito divino, ou seja, os 
governantes eram pessoas eleitas por Deus para guiar o povo. 
Já o marxismo é uma doutrina sociológica, filosófica e política baseada no 
materialismo histórico dialético e no pensamento socialista científico criada por Karl 
Marx e Friedrich Engels. Esses pensadores foram responsáveis por fundamentar 
econômica e sociologicamente as ideias socialistas que já existiam na Europa, no 
século XIX, oriundas de teorias políticas anticapitalistas que pregavam a necessidade 
de se pensar em uma sociedade igualitária. 
O termo “marxismo” foi criado por pensadores posteriores a Marx para fazer 
referência ao conjunto de ideias propostas pelo autor, ou seja, para designar o 
conjunto de sua obra e a sua doutrina socialista científica. No fim do século XIX e 
início do século XX, o marxismo difundiu-se na Europa, principalmente, por conta dos 
sindicatos e dos partidos de orientação socialista e comunista que surgiram no 
período, fazendo com que grande parte da classe trabalhadora, também denominada 
proletariado, enxergasse a situação de exploração em que vivia. 
O reconhecimento da exploração sofrida pelo proletariado e causada pela 
burguesia, a classe que detém os meios de produção, foi o principal ponto de partida 
da análise marxista da sociedade. O socialismo, que era uma doutrina política anterior 
a Marx, já estabelecia a necessidade de ansiar por uma sociedade com maior 
igualdade, pois o recente capitalismo industrial estava levando a classe trabalhadora 
a uma miséria cada vez mais evidente. O que Engels e Marx fizeram foi um estudo 
organizado e sistemático do pensamento socialista para elaborar uma teoria 
econômica socialista que fosse aplicável na prática. 
No âmbito da economia, as principais características do marxismo são a 
proibição da propriedade privada, e, consequentemente, a extinção da burguesia e da 
distinção de classes sociais. E, segundo Marx, isso seria possível mediante uma forte 
ditadura que ele chamou de ditadura do proletariado, que assumiria o estado e 
acabaria com todas as estruturas estatais e sociais que mantinham o poder 
hegemônico da burguesia na sociedade capitalista: o sistema jurídico burguês, a 
economia baseada na propriedade privada, a mídia burguesa e a religião. 
Todos esses elementos formam conjuntos que Marx denominou 
superestrutura (Estado e sistema jurídico capitalista) e infraestrutura (mídia e religião 
que criam ideologias para manter o proletariado conformado com a sua exploração). 
No setor da política, o objetivo principal das teorias marxistas é promover a 
queda total do capitalismo por meio de um Estado socialista forte e opressor contra a 
burguesia. Eliminando a propriedade privada, a burguesia e o capitalismo por 
completo a sociedade chegaria, conforme a teoria marxista, a um estágio de plena 
igualdade chamado de comunismo. 
 
PODER E POLÍTICA 
A política se insere em todos os aspectos da vida humana. O terrorismo, o 
aquecimento global, a diminuição da biodiversidade, a inserção social de imigrantes 
no país, a melhoria da qualidade de vida dos idosos, o aumento da inclusão social, 
são todas situações que dependem de decisões de ordem eminentemente política. 
Nesse contexto, podemos afirmar que muitos problemas, antes de serem sociais, 
culturais, ou ambientais, são essencialmente políticos, pois dependem de decisões 
tomadas, geralmente, no âmbito dos Estados (DIAS, 2010, p. 7). 
A política pode ser abordada a partir do ponto de vista histórico, indagando-
se a sua origem e natureza; ou enfocando-a sob a ótica d o poder e da luta pela sua 
conquista, manutenção e expansão, por exemplo. É possível, outrossim, compreender 
a política sob o ângulo da relação entre Estado e governo, examinando as instituições 
por meio das quais o poder é exercido. Ainda, sob um aspecto internacional, a política 
pode ser analisada partindo-se das relações multilaterais travadas entre os Estados 
soberanos. 
Max Weber, por sua vez, entende por política o conjunto de esforços feitos 
com vistas a participar do poder ou influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, 
seja no interior de um único Estado. (1970, p. 56). 
Finalizando a parte conceitual, a política pode ainda ser entendida como uma 
arte, ou seja, uma destreza, habilidade ou perícia com que se maneja um assunto 
delicado ou uma atitude já estabelecida com respeito a determinados assuntos. 
É perceptível que são variadas as tentativas de definir a política. Sendo assim, 
para melhor entendê-la é preciso ter em mente a sua relação intrínseca com o poder. 
Isso porque a política é uma forma de atividade humana relacionada ao exercício, à 
distribuição e à organização do poder em sociedade. Quem “faz política”, em verdade, 
busca ou exerce o poder sobre o outro, ou sobre um determinado grupo social, 
visando a obter uma vantagem pessoal ou coletiva, a qual definirá, justamente, a 
legitimidade ou não desse poder. 
Nesse diapasão, Max Weber diz que todo homem que se entrega à política 
aspira ao poder, seja porque o considera como instrumento a serviço da consecução 
de outros fins, ideais ou egoístas, seja porque deseje o “poder pelo poder” para gozar 
do sentimento de prestígio que ele confere. (1970, p. 57). 
Como vemos, o termo “política” possui várias acepções, mas grosso modo, 
se pode dizer que discutir política é referir-se ao poder, considerado aqui, de forma 
genérica, como a capacidade ou possibilidade de agir, de produzir determinados 
efeitos sobre os indivíduos ou grupos humanos. Portanto, entender as relações que 
permeiam o poder torna-se fundamental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
PINTO, Marcio Moreno. A política e o poder. JusBrasil. 2014. Disponível em: < 
https://marciomorena.jusbrasil.com.br/artigos/142705400/a-politica-e-o-poder>.Acesso em: 
04/07/2020. 
PORFíRIO, Francisco. "Marxismo"; Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conceitos-marxismo.htm>. Acesso em 04 de julho 
de 2020. 
PORFíRIO, Francisco. Marxismo. Mundo Educação. Disponível em: < 
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/marxismo.htm>. Acesso em 04 de julho de 
2020. 
PORFíRIO, Francisco. Liberalismo. Mundo Educação. Disponível em: < 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/liberalismo.htm>. Acesso em 04 de julho de 
2020. 
STEWART, Donald Junior. O que é o Liberalismo. 5ª edição. Revista e aumentada. Rio de 
janeiro: Instituto Liberal. 1995. 
WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1970. 
 
 
 
https://marciomorena.jusbrasil.com.br/artigos/142705400/a-politica-e-o-poder

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