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apostila, as relações entre práxis e a formação docente

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As Relações Entre a Práxis 
e a Formação Docente
W
BA
01
71
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1.
2
2/190
As Relações Entre a Práxis e a Formação Docente
Autor: Clivanir Ap. de Campos
Como citar este documento: CAMPOS, Clivanir. As Relações Entre a Práxis e a Formação Docente. 
Valinhos: 2016.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira 05
Unidade 2: A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes 
Educativos
31
Unidade 3: A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo 57
Unidade 4: A Gestão da Formação Continuada do Professor para o Exercício das Práxis 79
2/190
Unidade 5: A Pesquisa como Elemento Essencial na Formação Continuada do Professor 98
Unidade 6: A Pluralidade do Saber Docente 118
Unidade 7: O Lugar da Docência na Sociedade Atual 136
Unidade 8: O Papel da Docência Diante do Avanço Tecnológico 158
3/190
Apresentação da Disciplina
A presente disciplina procura relacionar 
a práxis docente e sua formação. Perceba 
que essa temática é muito relevante para 
a organização dos espaços educativos, 
uma vez que a formação docente terá 
um impacto direto sobre as práticas 
pedagógicas, e estas, por sua vez, estão 
voltadas à qualidade da educação. 
A qualidade que buscamos é aquela 
que “permite ao aluno relacionar a 
aquisição de saberes à legislação 
vigente como possibilidade de promover 
uma educação de qualidade a partir 
de práticas pedagógicas reflexivas”. A 
formação continuada está associada 
a aspectos relacionados à identidade 
do professor e o caminhar na trajetória 
profissional. Entenda que a razão de ser 
das práticas pedagógicas é a formação e o 
protagonismo do aluno. E é nesta direção 
que devemos refletir sobre a formação 
inicial e continuada dos professores. 
Para possibilitar a reflexão sobre a 
formação continuada deve-se conhecer as 
atribuições da gestão escolar como forma 
de estimular o professor a tornar-se um 
pesquisador. A partir do conhecimento 
adquirido pelo professor, o mesmo será 
capaz de transmitir o conhecimento de 
acordo com a pluralidade social e, de 
acordo com o contexto em que a escola 
está inserida, poderá transformar a 
realidade e não apenas reproduzir aspectos 
relacionados à sociedade atual. 
4/190
Cabe ao professor utilizar vários 
instrumentos para sua formação docente, 
dentre eles, os recursos tecnológicos 
que possibilitam a ampliação dos 
conhecimentos e vêm ao encontro do 
interesse dos alunos. Perceba que, além 
de uma autoformação, os gestores 
(coordenador, diretor e supervisor) 
também são responsáveis por auxiliar 
e instrumentalizar o educador neste 
processo. 
A práxis pedagógica exige compreender 
que o papel do professor é, portanto, 
promover, aguçar, incentivar, valorizar 
todos os conhecimentos prévios que os 
alunos já possuem e mediar a construção 
de novos conhecimentos de maneira 
significativa. 
Isso só será possível se o educador tiver 
uma formação adequada e consciência 
da importância de seu trabalho e de sua 
práxis pedagógica. Gostaria de pontuar 
que uma perspectiva teórica que sustenta 
esta produção é a abordagem histórico-
crítica de Paulo Freire e sua relação com 
o materialismo dialético de Marx, pois a 
práxis docente exige um processo contínuo 
e um movimento dialético de ação-
reflexão-ação. 
5/190
Unidade 1
A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira
Objetivos
1. Refletir sobre a formação do 
pedagogo, a partir da construção de 
sua identidade
2. Conscientizar o pedagogo sobre os 
diversos saberes necessários à sua 
formação
3. Estabelecer a relação entre a 
legislação e a formação continuada
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira6/190
Introdução 
Historicamente, a formação dos 
educadores passou por diversas etapas 
e modificações. O período primitivo foi 
marcado por chefes de família e sacerdotes 
que transmitiam seus conhecimentos, 
representando assim os primeiros 
professores. A educação enquanto 
necessidade humana sempre esteve 
presente na formação humana. Nessa 
época não existia uma educação formal, ou 
seja, o único objetivo era ajustar a criança 
ao ambiente físico e social por meio de 
experiências do cotidiano.
O processo de formar uma criança não 
estava relacionado às suas especificidades 
enquanto tal, mas em garantir que elas 
fossem preparadas para exercer a sua 
vida adulta, o que justifica a percepção 
das crianças como miniadultos, sendo 
os jovens a base da força econômica e 
produtiva destas sociedades. 
Um marco para esta discussão é 
compreender o surgimento do curso de 
Pedagogia (1939), por meio do Decreto-
Lei número 1.190, de 4 de abril do mesmo 
ano, no qual, por ocasião da organização 
de parte da Universidade do Brasil, foram 
criadas quatro sessões: Filosofia, Ciências, 
Letras e incluindo o curso de Pedagogia. A 
formação destes educadores fora forjada 
a partir de referenciais europeus, os quais 
importaram um modelo de educação no 
qual o processo de ensino-aprendizado 
estava centralizado na autoridade e no 
conhecimento do educador. Ao passo que o 
aluno, como indica a própria etimologia da 
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira7/190
palavra, apresenta-se como um ser “sem 
luz” que deveria ser formado e iluminado 
pelo conhecimento proveniente dos 
professores. 
Isto marca uma práxis docente focada na 
autoridade do professor e na submissão 
dos alunos. Eles eram considerados tábula 
rasa, sem conhecimentos prévios e, 
portanto, passivos, alienados do processo 
de ensino-aprendizagem, o qual não 
deveria ser questionado. Este modelo 
adequava-se à necessidade de formar o 
aluno para se transformar em uma mão 
de obra qualificada minimamente para ser 
inserida em um contexto urbano-industrial. 
A formação dos educadores passou 
por muitos conflitos, com avanços e 
retrocessos que exigiram a implantação 
de legislações que contemplassem o 
perfil destes profissionais. Ao tratar das 
questões de formação docente, torna-se 
necessário considerar as políticas públicas 
que asseguram tais formações. Além do 
amparo legal. 
Perceba que, ao discutirmos a formação 
inicial e continuada, estamos pensando 
que ela traz um impacto não somente na 
profissionalização do docente, mas em 
sua ação prática e pedagógica, visando 
garantir uma qualidade no processo 
educacional.
Insisto que este é um ponto central, pois 
a essência da prática pedagógica é a ação 
“com”, “junto” e “para” os alunos, uma vez 
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira8/190
que eles são o mote do processo de ensino-
aprendizagem. 
1. A formação docente: aspectos 
constitutivos 
Refletir sobre a formação docente 
implica compreender a construção 
da sua identidade profissional e ser 
capaz de perceber que seus elementos 
constitutivos irão determinar marcas 
profundas em sua atuação docente. 
Os saberes necessários à formação do 
educador podem ser adquiridos de diversas 
formas, tanto em relação à participação 
em cursos, na prática pedagógica e na 
troca de experiências entre os pares. Esta 
perspectiva deve acompanhar sua reflexão 
sobre este material, pois é fundamental 
lembrarmos que a prática docente, tal 
como seu processo de formação, sempre 
articula duas dimensões: a individual, 
compreendida por seus valores e sua 
visão de mundo, e a coletiva, uma vez 
que o exercício da docência é inserido em 
um grupo composto por alunos, outros 
professores e demais profissionais que 
estejam ligados ao ato educativo de forma 
direta ou indireta. 
Ainda é relevante considerarmos que, por 
meio da legislação vigente, alguns aspectos 
relacionados à formação docente buscam 
garantir uma educação de qualidade. 
Perceba que quando pontuo que buscam 
garantir é porque este é seu horizonte, 
contudo, para que se efetive é necessáriaa 
ação em si. 
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira9/190
Para iniciarmos, devemos pensar quais 
são os elementos constitutivos desta 
formação. Conforme presente em grande 
parte dos autores que tratam do tema, 
indico que não podemos preceder dos 
âmbitos teórico-científicos, sua formação 
didática e sua formação prática. O que 
obrigatoriamente exige a percepção de 
que estes processos estão imbricados e 
deveriam ser indissociáveis. 
A formação teórico-científica é aquela 
relacionada à formação inicial dos 
professores e que fornece o seu arcabouço 
técnico e instrumental para a ação 
docente. Ressalto que ao escolher e ser 
influenciado por uma determinada linha 
teórica, o professor expressa sua forma 
de compreender o mundo e o próprio 
processo de compreender o processo de 
ensino-aprendizagem. Logo, não podemos 
imaginar que exista uma perspectiva 
teórica que seja melhor ou pior do que 
outra, e sim, mais adequada ou menos a 
um contexto social. 
A formação teórico-científica deve 
estar articulada com o conhecimento 
específico da disciplina do professor e com 
o momento histórico-político-cultural 
de determinada sociedade. Via de regra, 
esta formação é inicial e ocorre de forma 
privilegiada nas instituições que promovem 
o Ensino Superior. 
Um ponto relevante é perceber que uma 
outra articulação deve ocorrer neste 
processo, que se refere à formação didática 
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira10/190
do professor, pois devemos compreender 
que a didática é uma dimensão essencial 
da constituição profissional da prática 
docente. Assim, as instituições de Ensino 
Superior devem estar preocupadas com 
seus currículos não apenas em seu aspecto 
conceitual, mas entendo que este será 
exercitado em um contexto de prática 
pedagógica. 
Outro elemento constitutivo é o âmbito 
didático, pois, como apontamos, a 
didática será responsável por capacitar 
os profissionais a desenvolverem e 
selecionarem metodologias adequadas 
para a produção do conhecimento junto 
aos alunos. Assim, o conhecimento da 
didática exige que o professor seja capaz 
de transcender os aspectos meramente 
teóricos e criar situações de aprendizagem 
que sejam significativas para os alunos. 
Portanto, a formação voltada ao 
planejamento didático consiste em projetar 
metodologias, conteúdos, avaliações, 
espaços e tempos para que a prática 
pedagógica possa ocorrer. 
E, como sinalizamos, a formação prática, 
ou seja, aquela relacionada ao cotidiano 
educativo, ou seja, a relação da ação 
docente frente à comunidade com a qual 
atua. Estes saberes estão relacionados, 
especialmente, ao contexto da sala de 
aula, pois ele não é o espaço exclusivo, 
mas ainda é o privilegiado para a prática 
pedagógica. 
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira11/190
Por último, saliento que a formação inicial 
do professor deve suscitar nele a prática 
investigativa, pois o educador encontra na 
prática da pesquisa um elemento crucial 
para sua formação inicial e continuada. 
Para saber mais
Recomendo que você assista o vídeo Formação 
continuada de professores, por Marcia 
Padilha, produzido pela Fundação Telefônica. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=EbdDAayexjo>. Acesso em 29 set. 
2016.
2. A formação docente e as 
interfaces com a LDB
Ao refletirmos sobre a formação docente, 
é urgente recuperar um pouco de sua 
biografia, ou seja, quais experiências 
e vivências foram determinantes para 
sua escolha profissional. Um elemento 
importante dentro deste aspecto é 
ponderar a influência sofrida por modelos 
de professores na infância e que podem 
ser marcantes na vida de um profissional. 
É comum que os professores, ao iniciarem 
sua vida profissional, imitem os modelos de 
seus antigos professores, ou seja, de certa 
forma “copiam” os modelos que conhecem.
Certamente que o processo de formação 
e a experiência docente na construção de 
https://www.youtube.com/watch?v=EbdDAayexjo
https://www.youtube.com/watch?v=EbdDAayexjo
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira12/190
sua identidade pedagógica vão ganhando 
contornos próprios e compatíveis ao seu 
processo de subjetivação. Segundo Candau 
(2000, p. 105), a identidade é algo formado 
ao longo do tempo, por meio de processos 
inconscientes e também pela ação na 
coletividade. Candau, ao citar Hall (1997, 
p. 43), reflete que “O homem continua 
buscando a sua identidade e construindo 
biografias que tecem as diferentes 
partes de nossos “eus”, divididos numa 
unidade, “porque procuramos recapturar 
esse prazer fantasiado de plenitude”. 
Portanto, é possível compreender que a 
construção da identidade do educador 
é multidimensional, multifacetada e 
complexa. 
 
Considerando que a escolha da profissão 
esteja associada à trajetória escolar, 
bem como aos aspectos profissionais 
que possibilitam o seu crescimento, a 
aquisição e aperfeiçoamento fazem parte 
das competências a serem desenvolvidas 
na área de atuação no campo profissional 
e devem nortear os estudos relacionados 
à construção da identidade profissional 
Para saber mais
Recomendo que você assista ao vídeo com 
o professor Mário Sérgio Cortella sobre os 
Novos Paradigmas da Educação. Disponível 
em: <https://www.youtube.com/
watch?v=GQPXp7KOYAM>. Acesso em 29 set. 
2016.
https://www.youtube.com/watch?v=GQPXp7KOYAM
https://www.youtube.com/watch?v=GQPXp7KOYAM
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira13/190
do educador, de acordo com as reflexões 
de Candau (2000). Assim, a formação 
do educador é influenciada, segundo 
Candau (2000), por aspectos sociológicos 
e culturais que se relacionam com as suas 
vivências. 
Ao tratar da formação dos profissionais 
da educação, considera-se a identidade, 
a forma como se a escolha da profissão. 
Em seguida, deve-se pontuar que após 
essa decisão, outros aspectos estão 
relacionados ao educador. Aspectos 
referentes a cursos e outros relacionados 
às experiências pessoais.
Na sociedade atual, torna-se necessária 
a valorização desse profissional, não 
apenas como um simples técnico, mas 
também como mediador nos processos 
constitutivos da cidadania dos alunos 
para a superação do fracasso, bem 
como, na diminuição das desigualdades 
escolares. Lembre-se de que já pontuamos 
anteriormente que refletir sobre a 
formação docente implica compreender 
como esta irá impactar sobre o processo 
de ensino-aprendizagem. Considere que o 
aluno é o protagonista do ato pedagógico, 
logo, a formação docente deve propiciar 
que a prática educativa seja compatível 
com uma aprendizagem significativa e que 
permita ao aluno compreender e intervir na 
realidade que lhe cerca. 
Segundo Tardif (2010), são necessários 
diferentes saberes como base para a 
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira14/190
formação do profissional. Estes saberes 
são múltiplos e compatíveis com os 
elementos constitutivos que apresentamos 
anteriormente. 
Um deles, nas palavras de Tardif (2010), 
trata-se do saber profissional, recebido nas 
instituições de formação de professores, 
que abrange conhecimentos nas ciências 
humanas e ciências da educação. Porém, 
para a prática docente também são 
necessários saberes pedagógicos, que 
estão relacionados à didática (como 
ensinar), como discutimos anteriormente. Outro saber citado por Tardif (2010) é o saber 
disciplinar, que corresponde aos diversos 
campos do conhecimento, tais como se 
encontram integrados nas universidades. 
Como exemplo podemos citar: matemática, 
história, literatura, entre outros. 
Para saber mais
Recomendo que leia o artigo “Os saberes 
profissionais dos professores na perspectiva 
de Tardif e Gauhier: contribuições para 
o campo de pesquisasobre os saberes 
docentes no Brasil”. Disponível em: <http://
www.ucs.br/etc/conferencias/index.
php/anpedsul/9anpedsul/paper/
viewFile/668/556>. Acesso em 29 de setembro 
de 2016.
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/668/556
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/668/556
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/668/556
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/668/556
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira15/190
Já o saber curricular está relacionado 
aos discursos objetivos, conteúdos e 
métodos, a partir das instituições a que 
estão relacionados. E o saber experiencial 
é fundamental na formação do professor e 
está relacionado ao seu trabalho cotidiano, 
à troca de experiência com os pares, 
associado ao contexto em que a escola 
está inserida.
Para saber mais
Recomendo que você assista ao vídeo “A 
formação dos professores: o conhecimento 
científico e os saberes da experiência”. 
Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=j72-q8PcO64&list=PLR-
6MDhpLa6sJEtYvR0CO4WMdxQYrva5M> 
Acesso em 29 set. 2016.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
- LDB (Lei nº 9.394/1996) contempla a 
formação de professores na busca de 
propor um novo modelo de formação 
profissional, passando a constituir-se em 
uma preparação técnica profissionalizante 
de nível superior. Os artigos 61 a 65 desta 
lei tratam sobre a formação continuada 
dos profissionais da educação como forma 
de garantir a constante atualização dos 
mesmos.
https://www.youtube.com/watch?v=j72-q8PcO64&list=PLR-6MDhpLa6sJEtYvR0CO4WMdxQYrva5M
https://www.youtube.com/watch?v=j72-q8PcO64&list=PLR-6MDhpLa6sJEtYvR0CO4WMdxQYrva5M
https://www.youtube.com/watch?v=j72-q8PcO64&list=PLR-6MDhpLa6sJEtYvR0CO4WMdxQYrva5M
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira16/190
Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender 
aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às 
características de cada fase do desenvolvimento do educando terá como 
fundamentos: I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante 
a capacitação em serviço; II - aproveitamento da formação e experiências 
anteriores em instituições de ensino e outras atividades.
O artigo apresenta a importância de associar teorias e práticas do professor mediante a 
capacitação em serviço. A possibilidade da formação docente deve ocorrer em diversos 
espaços. Citamos como exemplo a que ocorre no ambiente escolar, a qual deverá ocorrer nos 
momentos privilegiados pelo trabalho pedagógico coletivo, que é conduzida pelo coordenador 
pedagógico e favorece a troca de experiências e leituras formativas. 
Assim, a LDB apresenta que a formação inicial deve ocorrer nas instituições de Ensino Superior, 
como presente no artigo 62: 
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira17/190
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-
se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, 
em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como 
formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas 
quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, 
na modalidade Normal. 
Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: I - cursos 
formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o curso 
normal superior, destinado à formação de docentes para a educação 
infantil e para as primeiras séries do ensino fundamental; II - programas de 
formação pedagógica para portadores de diplomas de educação superior 
que queiram se dedicar à educação básica; III - programas de educação 
continuada para os profissionais de educação dos diversos níveis. 
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira18/190
Ainda nos artigos 62 e 63 encontramos menção sobre os cursos de licenciatura que formarão 
profissionais da educação para atuarem na educação infantil e nas primeiras séries do Ensino 
Fundamental. Enquanto que os artigos 64 e 65 tratam das abrangências dos profissionais da 
educação, bem como, a obrigatoriedade de prática de ensino (estágios de no mínimo 300 horas).
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, 
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a 
educação básica será feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em 
nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta 
formação, a base comum nacional. 
Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá 
prática de ensino de, no mínimo, trezentas horas.
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira19/190
Outro documento que trata sobre a formação de professores é o Plano Nacional da Educação 
– PNE, sendo que o vigente compreende o período que abarca 2014-2024. Tal documento 
foi criado com disposição transitória da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
respeitando uma exigência constitucional e revisto com a periodicidade decenal. Dentre as 
metas descritas no documento, apresenta-se a de número 16.
Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos 
professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, 
e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação 
continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, 
demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
Para saber mais
Recomendo que leia a LDB. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/
leis/lein9394.pdf>. Acesso em 29 de setembro de 2016.
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira20/190
Assim, o profissional da educação se 
forma inicialmente pela sua trajetória 
escolar, na qual é inspirado a escolher por 
esta profissão, mas sua formação inicial 
requer o ingresso em cursos de instituições 
específicas do Ensino Superior. Contudo, 
como indica o próprio nome, esta é o início 
de sua trajetória, que será complementada 
e aperfeiçoada pela formação continuada, 
a qual, à luz da legislação, incentiva que o 
Para saber mais
Recomendo que você leia a Lei 13.005/13, 
que aprovou o Plano Nacional da Educação. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.
htm>. Acesso em 29 set. 2016.
docente participe em eventos, cursos ou 
outras práticas que propiciem a troca de 
experiências no ambiente de trabalho.
Para saber mais
Para finalizarmos esta primeira etapa, 
recomendo que você assista ao vídeo de 
Paulo Freire sobre a Escola Cidadã e se inspire 
na busca de uma formação continuada. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=ZC1ruqUnX7I>. Acesso em 29 set. 
2016.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm
https://www.youtube.com/watch?v=ZC1ruqUnX7I
https://www.youtube.com/watch?v=ZC1ruqUnX7I
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira21/190
Glossário
Práxis: atividade prática, ação, exercício, uso. É a reflexão e ação dos homens sobre o mundo 
para transformá-lo.
Pluralidade: o próprio plural; qualidade de ser numeroso, de existir em grande número ou 
quantidade; diversidade, multiplicidade.
Aguçar: excitar, estimular, tornar perspicaz, despertar o interesse.
Disponível em http://michaelis.uol.com.br/.Acesso em 29 set. 2016.
http://michaelis.uol.com.br/
Questão
reflexão
?
para
22/190
De acordo com as reflexões que você pôde fazer ao 
longo desta primeira leitura, argumente a partir dessa 
afirmação: “O professor não nasce professor, ele se 
constrói”.
23/190
Considerações Finais
• A identidade do professor se constrói a partir da trajetória escolar, da 
participação em cursos de formação e da prática pedagógica. 
• A sociedade atual exige do educador formações contínuas para a formação 
do aluno crítico e cidadão consciente.
• O papel do pedagogo é garantir ao aluno possibilidades para que ele se 
desenvolva de forma plena.
• A legislação fundamenta aspectos relacionados à formação docente como 
forma de garantir um ensino de qualidade.
Unidade 1 • A Formação Docente Inicial e Continuada: Aportes Históricos e a Legislação Brasileira24/190
Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9.394, 20 de dezembro de 
1996. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf>. 
Acesso em 16 jul. 2016.
______. Plano Nacional de Educação - PNE/Ministério da Educação. Brasília, DF: INEP, 2001. 
Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. 
Acesso em 16 jul. 2016.
______. Decreto-Lei n. 1190, de 4 de abril de 1939. Da organização à faculdade nacional de 
filosofia. 
CANDAU, V. M. (org). Reinventar a escola. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. RJ: Dp&A, 1997. 
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
______.RAYMOND, D. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério. Educação 
& Sociedade. 2000. Disponível em <www.scielo.br/pdf/es/v21n73/4214.pdf>. Acesso em 17 jul. 
2016.
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm
www.scielo.br/pdf/es/v21n73/4214.pdf
25/190
1. Segundo o texto, a identidade do educador se constrói sob:
a) Aspectos culturais e dimensão religiosa.
b) Aspectos sociológicos e dimensão pessoal.
c) Aspectos sociológicos e dimensão religiosa.
d) Aspectos culturais e dimensão pessoal. 
e) Aspectos culturais e sociológicos; dimensão religiosa e pessoal.
Questão 1
26/190
2. De acordo com o texto, Tardif afirma quais são os saberes necessários 
à formação do pedagogo.
a) Profissional e experiencial.
b) Profissional e curricular.
c) Profissional, disciplinar, curricular e experiencial.
d) Profissional, disciplinar e curricular.
e) Profissional, curricular e experiencial.
Questão 2
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3. No artigo 63 da LDB 9.394/96, a formação nas instituições de Ensino 
Superior permite ao pedagogo atuar:
a) Na Educação Infantil e primeiras séries do Ensino Fundamental
b) Na Educação Infantil e na graduação
c) Na Educação Infantil e séries finais do Ensino Fundamental
d) Nas séries finais do Ensino Fundamental e na graduação
e) No Ensino Médio e na graduação
Questão 3
28/190
4. O PNE, em sua meta de número 16, apresenta aspectos relacionados a:
a) valorizar profissionais do magistério nas redes particulares de educação e equiparar o 
rendimento médio aos demais profissionais com escolaridade equivalente.
b) valorizar profissionais do magistério nas redes públicas de educação e equiparar o 
rendimento médio aos demais profissionais com escolaridade equivalente.
c) assegurar no prazo de dois anos a existência de planos de carreira para profissionais da 
educação e superior pública de todos os sistemas de ensino.
d) formar em nível de pós-graduação 100% dos professores de educação básica em sua área 
de atuação, considerando as demandas do sistema de ensino.
e) formar em nível de pós-graduação 50% dos professores de educação básica em sua área 
de atuação, considerando as demandas do sistema de ensino.
Questão 4
29/190
5. No link do vídeo de Paulo Freire, o tema principal é a escola cidadã e 
fundamenta-se em:
a) uma visão de preparação do indivíduo pesquisador.
b) uma visão de escola que atende às legislações vigentes.
c) uma visão de preparação do indivíduo pesquisador e que atende às legislações vigentes. 
d) uma visão transformadora de mundo, de acordo com os sujeitos que a constroem.
e) uma visão transformadora de sujeito, de acordo com os contextos em que a escola está 
inserida.
Questão 5
30/190
Gabarito
1. Resposta: B.
Baseia-se na citação de Candau 
(2000): a dimensão pessoal se constrói 
pela trajetória escolar e os aspectos 
sociológicos, sendo edificada nas relações 
sociais vivenciadas.
2. Resposta: C.
Baseia-se na citação de Tardif que abrange 
todos os saberes citados.
3. Resposta: A.
O artigo da LDB assegura que o pedagogo 
pode atuar na Educação Infantil e séries 
iniciais.
4. Resposta: E.
Retirado do documento Plano Nacional da 
Educação – PNE.
5. Resposta: D.
O aluno deverá assistir ao vídeo em que 
está explícito o que é uma escola cidadã, de 
acordo com Paulo Freire.
31/190
Unidade 2
A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos
Objetivos
1. Identificar os profissionais gestores 
dos ambientes educativos e suas 
atribuições;
2. Compreender a importância da 
articulação dos gestores com a 
equipe docente;
3. Elencar algumas formas em que 
os gestores podem promover a 
formação continuada dos professores 
no ambiente educativo.
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos32/190
Introdução
Considerando que um dos principais papéis 
exercidos pelas unidades educativas seja 
realizar a ponte entre o conhecimento e a 
sociedade, torna-se necessário oferecer 
ao aluno condições adequadas para que 
ele tenha seu pleno desenvolvimento e 
atue como um cidadão engajado, capaz de 
compreender a realidade e intervir sobre ela.
Para atuar no mercado de trabalho da 
atualidade é fundamental que alunos e 
professores exerçam sua cidadania de 
forma crítica e consciente, especialmente 
sobre suas responsabilidades e a relevância 
de uma formação consolidada. Para 
assegurar o direito à educação, a equipe 
escolar deve criar projetos pedagógicos 
que permitam a participação e a interação 
de todos, tanto no ambiente intra, quanto 
no extraescolar.
Assim, devemos refletir um pouco sobre o 
papel da equipe gestora neste processo, 
pois será a articulação de uma equipe 
diretiva, com formação específica em 
sua atuação, que irá contribuir para sua 
formação continuada ou em serviço. 
Lembre-se de que, tal como vimos 
anteriormente, a formação é um processo 
contínuo e dialético, pois a formação inicial 
será fundamental para que o professor se 
inicie em seu ofício, dominando os saberes 
e conhecimentos exigidos para sua prática 
futura. Contudo, esse processo não termina 
com sua formação no Ensino Superior. Ao 
adentrar na prática, ele se depara com a 
necessidade da formação continuada ou 
em serviço, que será realizada em diversos 
espaços, por exemplo: dentro da escola na 
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos33/190
qual atua, nos cursos de especialização, 
junto às diretorias de ensino, e tantos 
outros espaços. 
O papel dos gestores é envolver os 
membros do corpo docente de uma escola, 
propondo uma formação continuada para 
ampliar a qualificação dos educadores, 
instrumentalizando em diversos âmbitos 
para que possam atender às necessidades 
educativas dos alunos. De acordo com 
Perrenoud (2002), para que haja uma 
interação é necessário que cada membro 
da equipe esteja comprometido com a 
proposta e ciente de suas atribuições, pois 
sabemos que, no papel de articulação e 
acompanhamento da formação docente, 
apesar de ser responsabilidade da 
tríade coordenador pedagógico, diretor 
e supervisor de ensino, a função de 
supervisionar e direcionar este processo 
condiciona-se à especificidade de seu 
cargo. É evidente que, neste sentido, o 
coordenadorpedagógico irá ter uma maior 
proximidade com este processo, mas isto 
não quer dizer que tanto o diretor como o 
supervisor de ensino não participem deste 
processo. 
Não se esqueça de que não podemos 
determinar uma modalidade de formação 
(inicial ou em serviço) mais relevante que a 
outra, pois as duas são importantes para o 
pleno exercício do ofício docente. 
Lembre-se também de que é 
responsabilidade da equipe gestora 
refletir sobre os rumos desta formação, 
questionando-se especialmente sobre: 
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos34/190
qual é o papel do educador no século XXI? 
Quais são suas atribuições na formação 
dos alunos? Como o educador colabora 
para a formação da cidadania dos alunos? 
Devemos evidenciar que o professor 
deve garantir o protagonismo dos 
alunos e atentar-se para seu papel como 
estimulador e orientador da construção do 
conhecimento. Assim, vamos compreender 
um pouco melhor esta articulação da 
equipe gestora e a formação docente. 
1. A equipe gestora e a 
formação docente
A equipe gestora no ambiente escolar 
tem um papel fundamental na formação 
docente. Pretende-se pontuar as 
atribuições dos membros da equipe escolar 
como forma de compreender o processo 
educacional.
Veja que a formação docente deve 
buscar a ampliação e a qualificação da 
práxis pedagógica, a qual poderíamos 
compreender como a relação entre os 
saberes teóricos, científicos e conceituais 
dos professores frente à sua prática 
metodológica e profissional. Em termos 
ainda mais simples, seria a articulação 
entre a teoria e a prática dentro do 
exercício do ofício do professor. 
Aos gestores cabe conduzir o trabalho 
pedagógico, com uma postura reflexiva 
em relação ao seu próprio trabalho, ao 
seu ofício de professor, aos desafios 
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos35/190
da profissionalização e do seu papel da 
formação continuada e na evolução de 
sua equipe. A equipe gestora precisa 
desenvolver um olhar sensível ao ofício 
docente, compreendendo este como um 
fenômeno complexo, plural, multifacetado 
e que engendra processos individuais, mas 
que se concretiza em uma perspectiva 
coletiva. 
Assim, este trabalho de formação, por 
parte dos gestores, dentro do ambiente 
escolar, deve estabelecer objetivos e metas 
a serem atingidos. (PERRENOUD, 2002)
Atualmente, um ponto central dentro 
da formação de professores é a gestão 
da sala de aula, pois o professor já não 
atua em um contexto tradicional, onde 
ele é o centro do processo de ensino-
aprendizagem, portanto, deve ser capaz 
de conciliar a produção do conhecimento, 
os tempos de aprendizagem, a construção 
do conhecimento e as socializações e 
manifestações culturais que permitem a 
formação não apenas de um aluno, mas 
especialmente de um cidadão. 
É dentro deste cenário que devemos 
identificar o papel de cada membro 
da equipe gestora na formação dos 
professores. Para iniciarmos, vamos nos 
voltar ao papel exercido pelo coordenador 
pedagógico. 
A essência da função do coordenador 
pedagógico é estimular, acompanhar e 
proporcionar a formação continuada e 
em serviço dos educadores. Este papel 
é muito importante, pois cabe a ele 
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos36/190
transformar a escola em uma verdadeira 
comunidade de aprendizagem, um espaço 
de formação permanente que, ao capacitar 
e qualificar os seus profissionais, tem um 
impacto direto sobre os resultados das 
aprendizagens dos alunos. Logo, este 
processo deve ser contínuo e mobilizador 
de ações que privilegiem uma reflexão 
constante dos professores sobre o exercício 
de seu ofício enquanto educadores.
Este processo não pode ser pontual, pois 
senão terá como produto uma atualização 
profissional. Assim, você deve estar se 
questionando: mas isto também não é 
importante? Evidentemente que sim, 
mas a formação em serviço deve primar 
por “refinar” a prática docente, ou seja, 
a formação proposta pelo coordenador 
pedagógico deve ser muito mais complexa, 
no sentido de que ele engendra processos 
reflexivos com vistas a transformar a 
prática dos professores de forma mais 
ampla e que viabilize uma educação com 
melhor qualidade. 
Este trabalho pode ser realizado em 
momentos individualizados, mas deve 
privilegiar a construção coletiva dos 
processos, pois é na coletividade que 
se faz a práxis docente. Com isto, a 
interlocução das áreas, saberes e práticas 
permite a troca de experiências, desejos, 
utopias sobre o que se pretende com o ato 
educativo. 
Perceba que esta função de formação dos 
professores, por parte do coordenador 
pedagógico, é essencialmente dialógica, 
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos37/190
isto é, exige interlocução, troca, diálogo, 
acolhimento, parceria, capacitação e 
trabalho em equipe. 
Já o diretor de escola tem sido 
compreendido mais como um gestor 
administrativo, do que verdadeiramente 
pedagógico, mas não podemos 
esquecer que é dupla a sua atribuição. 
Primeiramente, porque ele é responsável 
por exercer um papel de liderança dentro 
do contexto educativo, mobilizando e 
estimulando seu avanço. Lembramos 
que este processo deve estar focado na 
gestão democrática da escola, o que 
implica primar pela interlocução com a 
comunidade escolar. 
O papel do diretor é mediar os recursos 
humanos, financeiros e materiais para 
gestar a administração burocrática e 
pedagógica do processo. Perceba que este 
processo se direciona à formação docente, 
uma vez que é responsabilidade do diretor 
garantir que o processo educativo ocorra 
com qualidade. 
O diretor deve participar das discussões 
coletivas que envolvem a gestão da 
proposta pedagógica, tanto em termos 
curriculares como metodológicos. Seu 
papel é apoiar e liderar este processo 
junto ao coordenador pedagógico, assim 
ele não pode se eximir de ser parceiro do 
coordenador neste processo de formação 
em serviço junto aos professores, uma 
vez que deve primar pela qualidade da 
proposta pedagógica e do cumprimento do 
planejamento presente no Projeto Político-
Pedagógico. 
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos38/190
O supervisor de ensino também exerce um 
papel fundamental na formação em serviço 
dos professores, pois ele tem condições 
de suscitar questões complexas sobre a 
formação dos professores, a legislação 
vigente e a proposta pedagógica. Um 
ponto a salientar é que o supervisor é o 
profissional responsável em realizar a 
ponte entre as diretrizes das Diretorias de 
Ensino e as unidades escolares. 
Desta forma, o supervisor de ensino deve 
também ser parceiro na orientação e na 
organização da formação em serviço da 
equipe docente. 
2. A formação docente e a 
articulação com o PPP
Para a escola funcionar de forma articulada, 
deve ter como referência norteadora o 
Projeto Político-Pedagógico - PPP. Tal 
projeto se constitui considerando objetivos 
a serem alcançados, métodos, organização 
e sistematização do trabalho pedagógico. 
Para saber mais
Recomendo que você leia a tese 
intitulada “Supervisores de ensino 
da Rede Estadual de São Paulo: Entre 
Práticas e Representações”. 
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos39/190
A palavra “projeto” está relacionada ao futuro, porém é necessário construí-lo a partir do 
presente. Isto significa que a equipe escolar deve elaborá-lo considerando o público-alvo e o 
contexto em que a escola está inserida.
Não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um 
rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é também político, O 
projeto pedagógico da escola é, por isso mesmo, sempre um processo 
inconcluso, uma etapa em direção a uma finalidade que permanece 
como horizonte da escola (GADOTTI,2000, p. 2).
Segundo Gadotti (2000), para que um Projeto Político-Pedagógico seja eficiente, é preciso 
compromisso, engajamento dos professores, dirigentes, pais e alunos como forma de 
representar a identidade da escola enquanto instituição social.
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos40/190
Para que o Projeto Político-Pedagógico 
seja executado, é necessário que os 
membros realizem suas atribuições de 
forma consciente. Por ser algo complexo, 
as decisões e encaminhamentos não 
devem ficar apenas na responsabilidade 
de uma única pessoa, daí a necessidade 
de uma formação adequada e de um 
apoio institucional. Sendo assim, ao tratar 
da equipe gestora de uma escola, ela é 
composta por um diretor, um coordenador 
pedagógico e um supervisor de ensino, 
como já mencionamos. Assim, gostaria de 
retomar com você brevemente as principais 
atribuições de cada um deles, pois vale 
enfatizar que todos eles serão responsáveis 
em estabelecer uma parceria na formação 
dos professores. 
O diretor tem a responsabilidade legal e 
pedagógica pela instituição, tendo como 
meta a aprendizagem de todos os alunos. 
Antes de tudo, é um educador e é o líder 
que garante o funcionamento da escola. 
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos41/190
O supervisor de ensino representa a 
Secretaria de Educação, a qual apoia de 
forma técnica, administrativa e pedagógica 
as escolas, garantindo a formação de 
gestores e coordenadores e dinamizando 
a implantação de políticas públicas. Já 
o coordenador pedagógico assume um 
papel importante na responsabilidade e 
na valorização das conquistas realizadas 
no planejamento e, principalmente, no 
Para saber mais
Recomendo que você assista ao vídeo “Diretor 
sempre presente nos espaços da escola”. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=h2xR2FEqEGU>. Acesso em 29 set. 
2016.
trabalho de formação de professores. Tem 
um trabalho de mediador em relação aos 
pais, alunos e comunidade. Garante ainda 
a parceria e a cumplicidade para com o 
diretor, para transformar a escola em um 
espaço de aprendizagem. A gestão do 
professor coordenador deve estar centrada 
na qualidade de ensino e na construção de 
um espaço produtivo.
Para saber mais
Recomendo que você leia este material 
produzido pela Rede do Saber. Disponível em: 
<http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/
Portals/18/arquivos/CADERNO_GESTOR_
FINAL_red.pdf>. Acesso em 29 set. 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=h2xR2FEqEGU
https://www.youtube.com/watch?v=h2xR2FEqEGU
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CADERNO_GESTOR_FINAL_red.pdf
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CADERNO_GESTOR_FINAL_red.pdf
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CADERNO_GESTOR_FINAL_red.pdf
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos42/190
Em um cenário educacional atual 
que passa por mudanças constantes, 
deve-se orientar a prática pedagógica 
considerando o Projeto Político-
Pedagógico da escola. O coordenador deve 
construir junto aos professores momentos 
de reflexão e ações, em um processo 
colaborativo. Uma das características 
essenciais ao coordenador é que ele seja 
um bom comunicador, ou seja, que abra 
espaços para a troca de experiências e que 
amplie o conhecimento da equipe trazendo 
fundamentações teóricas e discussões 
reflexivas. Deve haver, também, espaços 
para que o professor defenda suas ideias e 
posições, pois as transformações decorrem 
de um confronto entre teoria e prática.
Embora toda escola tenha uma 
especificidade em relação ao 
organograma, questões relacionadas 
à sistematização do trabalho devem 
acontecer de maneira a priorizar o que for 
“mais emergencial”. 
É possível verificar, por meio do esquema a 
seguir, de que forma os gestores escolares 
se relacionam no processo educacional. 
Percebe-se que, mesmo com atribuições 
específicas, eles se relacionam de forma 
interacional.
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos43/190
Figura 1 – A articulação entre a equipe gestora
Fonte: Revista Nova Escola. Disponível em: <http://gestaoescolar.org.br/formacao/como-atua-trio-gestor-diretor-escolar-
supervisor-ensino-supervisao-coordenacao-pedagogica-coordenador-532548.shtml>. Acesso em 30 set. 2016. 
http://gestaoescolar.org.br/formacao/como-atua-trio-gestor-diretor-escolar-supervisor-ensino-supervisao-coordenacao-pedagogica-coordenador-532548.shtml
http://gestaoescolar.org.br/formacao/como-atua-trio-gestor-diretor-escolar-supervisor-ensino-supervisao-coordenacao-pedagogica-coordenador-532548.shtml
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos44/190
O ambiente escolar é o local que permite 
a formação de professores por meio dos 
gestores, e está prevista na legislação a 
participação obrigatória dos docentes da 
instituição. Tais formações acontecem 
durante o período de ATPC.
As Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo 
- ATPC se caracterizam como espaço de 
formação continuada dos educadores, 
privilegiado de momentos de estudos, 
discussão e reflexão das propostas 
curriculares, além de uma melhoria da 
prática docente. O trabalho é coletivo 
e de caráter estritamente pedagógico, 
destinado à discussão, acompanhamento 
e avaliação da proposta pedagógica da 
escola e do desempenho escolar do aluno. 
As ATPC deverão ser planejadas e 
organizadas pelo professor coordenador 
de cada segmento do Ensino Fundamental 
e Médio, em conjunto com toda a equipe 
gestora da escola. O coordenador 
pedagógico é responsável por manter 
o cronograma e a pauta estabelecida, 
oferecer apoio individual aos professores, 
conduzir pessoalmente as reuniões, impor 
limites nos assuntos discutidos para não 
perder o foco e encaminhar uma síntese 
do trabalho desenvolvido nas ATPC para 
debate junto ao diretor.
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos45/190
O diretor também possui funções 
nas ATPC, que diferem das tarefas do 
coordenador. Tais funções são organizar 
o horário e o espaço para as reuniões, 
além de ser o responsável por criar uma 
pauta, estabelecer junto ao coordenador as 
diretrizes e metas gerais de formação. Ele 
delega parte das tarefas administrativas 
aos técnicos da secretaria e orienta 
os coordenadores, além de discutir os 
resultados das reuniões de ATPC.
Por último, é fundamental perceber que 
a articulação da equipe gestora também 
é garantir que a formação continuada 
dos professores seja pensada como 
uma interconexão com o planejamento 
realizado pelo Projeto Político-Pedagógico. 
Para saber mais
Recomendo que você assista ao vídeo “Como 
o coordenador pode ajudar na formação 
de professores especialistas?” Disponível 
em: <https://www.youtube.com/
watch?v=EZiWamu0stg&feature=youtu.be>. 
Acesso em 29 set. 2016.
Para saber mais
Recomendo que você assista ao vídeo 
“O papel do Coordenador Pedagógico”. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=iLPVxmu1pHY>. Acesso em 29 set. 
2016.
https://www.youtube.com/watch?v=EZiWamu0stg&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=EZiWamu0stg&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=iLPVxmu1pHY
https://www.youtube.com/watch?v=iLPVxmu1pHY
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos46/190
Glossário
Atribuição: Função ou responsabilidade que se encontra ligada a uma profissão ou trabalho. 
Organograma: Representação gráfica da hierarquia numa organização social complexa, que 
determina as inter-relações das unidades e as responsabilidades de cada uma delas; qualquer 
gráfico que represente operações interdependentes.
Sistematização: Arrumar ou organizar seguindo certos parâmetros; metodizar ou arranjar. 
Disponível em http://michaelis.uol.com.br/.Acesso em 29 set. 2016.
http://michaelis.uol.com.br/
Questão
reflexão
?
para
47/190
Gostaria que você refletisse sobre como o coordenador 
pedagógico deve atuar para articular a formação dos 
professores com o Projeto Político da Escola.
48/190
Considerações Finais (1/2)
• A escola enquanto instituição educacional deve ser o local que 
possibilita a construção da aprendizagem e a formação do aluno. 
Para isso, os membros desta comunidade devem estabelecer 
relações colaborativas e participativas, seja por meio de projetos ou 
de reuniões pedagógicas. 
• O papel principal dos gestores escolares é promover um ambiente 
harmônico em que os espaços físicos, os recursos materiais, possam 
ser utilizados de forma adequada para uma aprendizagem de 
qualidade.
• O coordenador pedagógico, em suas atribuições, deverá exercer 
funções estritamente pedagógicas para o acompanhamento e 
o apoio à prática pedagógica, como forma de tornar o professor 
ciente de suas responsabilidades, bem como, de sua importância na 
construção do conhecimento.
49/190
• A escola deve construir o Projeto Político-Pedagógico com a 
participação da equipe escolar e da comunidade, incluindo-se pais 
e alunos, pois tal projeto será o norte das metas a serem atingidas, 
porém, as condições de trabalho e a visão de cada segmento 
devem ser avaliadas separadamente, por serem específicas de cada 
modalidade.
Considerações Finais (2/2)
Unidade 2 • A Gestão da Formação Continuada dos Profissionais que Compõem os Ambientes Educativos50/190
Referências 
CANDAU, V. M. (org). Reinventar a escola. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
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a cidadania. São Paulo, 1997.
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com.br/textos/13/artigo246349-1.asp> Acesso em 18 jul. 2016. 
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formacao/como-atua-trio-gestor-diretor-escolar-supervisor-ensino-supervisao-coordenacao-
pedagogica-coordenador-532548.shtml>. Acesso em 18 jul. 2016. 
SÃO PAULO (Estado) SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Projeto Político-Pedagógico: dimensões 
conceituais. Disponível em <http://escoladegestores.mec.gov.br/site/2-sala_projeto_vivencial/
pdf/dimensoesconceituais.pdf>. Acesso em 17 jul. 2016. 
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http://revistaescolapublica.com.br/textos/13/artigo246349-1.asp
http://revistaescolapublica.com.br/textos/13/artigo246349-1.asp
http://gestaoescolar.org.br/formacao/como-atua-trio-gestor-diretor-escolar-supervisor-ensino-supervisao-coordenacao-pedagogica-coordenador-532548.shtml
http://gestaoescolar.org.br/formacao/como-atua-trio-gestor-diretor-escolar-supervisor-ensino-supervisao-coordenacao-pedagogica-coordenador-532548.shtml
http://gestaoescolar.org.br/formacao/como-atua-trio-gestor-diretor-escolar-supervisor-ensino-supervisao-coordenacao-pedagogica-coordenador-532548.shtml
http://escoladegestores.mec.gov.br/site/2-sala_projeto_vivencial/pdf/dimensoesconceituais.pdf
http://escoladegestores.mec.gov.br/site/2-sala_projeto_vivencial/pdf/dimensoesconceituais.pdf
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CADERNO_GESTOR_FINAL_red.pdf
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/CADERNO_GESTOR_FINAL_red.pdf
51/190
1. O Projeto Político-Pedagógico se constitui considerando:
a) Objetivos, métodos, organização e sistematização do trabalho pedagógico.
b) Objetivos, métodos e sistematização do trabalho pedagógico.
c) Objetivos, organização e sistematização do trabalho pedagógico.
d) Objetivos e sistematização do trabalho pedagógico.
e) Objetivos, métodos e organização.
Questão 1
52/190
2. Quais são os profissionais que pertencem à gestão escolar?
Questão 2
a) Diretor de escola, vice-diretor e coordenador pedagógico.
b) Diretor de escola, vice-diretor, coordenador pedagógico e supervisor de ensino.
c) Diretor de escola, coordenador pedagógico e supervisor de ensino.
d) Coordenador pedagógico e supervisor de ensino.
e) Diretor de escola, vice-diretor e supervisor de ensino.
53/190
3. São funções do coordenador pedagógico:
Questão 3
a) Formação de professores, mediação na relação pais e alunos e cumprimento de 
cronograma e sistematização de trabalho pedagógico.
b) Formação de professores, mediação na relação pais e alunos e acompanhar indisciplina de 
aluno.
c) Formação de professores, mediação na relação pais e alunos e colaborar na entrada e saída 
de alunos.
d) Formação de professores e cumprimento de cronograma e sistematização de trabalho 
pedagógico.
e) Formação de professores e mediação na relação pais e alunos.
54/190
4. As ATPCs se caracterizam como:
Questão 4
a) Momento de estudos visando uma melhoria para a prática pedagógica.
b) Momento de estudos individual para discussão e reflexão dos casos de indisciplina de 
alunos, visando uma melhoria para a prática pedagógica. 
c) Momento de estudos coletivo para discussão e reflexão dos casos de indisciplina de alunos, 
visando uma melhoria para a prática pedagógica.
d) Momento de estudos individual para discussão e reflexão das propostas curriculares 
visando uma melhoria para a prática pedagógica.
e) Momento de estudos coletivo para discussão e reflexão das propostas curriculares visando 
uma melhoria para a prática pedagógica.
55/190
5. Baseado no esquema contido no texto, que apresenta os gestores 
escolares, é correto afirmar que:
Questão 5
a) O coordenador pedagógico determina os encaminhamentos pedagógicos da escola, de 
forma autônoma.
b) O supervisor de ensino responde pela escola nas questões pedagógicas.
c) O coordenador pedagógico responde exclusivamente ao supervisor de ensino.
d) Os gestores têm atribuições específicas e se relacionam de forma interacional.
e) O diretor é a pessoa mais importante da equipe gestora.
56/190
Gabarito
1. Resposta: A.
Pois de acordo com o texto, a alternativa 
está mais completa.
2. Resposta: C.
A composição da equipe gestora está 
descrita nesta alternativa.
3. Resposta: A.
A alternativa contempla a maior parte das 
atribuições do coordenador pedagógico.
4. Resposta: E.
A alternativa contempla as realizações 
de ATPCs, sendo estas estritamente 
pedagógicas.
5. Resposta: D.
A alternativa correta pontua a importância 
de cada membro da gestão escolar e do 
trabalho interacional.
57/190
Unidade 3
A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo
Objetivos
1. Conscientizar o professor sobre a 
importância de uma boa formação 
pedagógica
2. Estabelecer estratégias para tornar-
se um professor reflexivo
3. Utilizar a autoavaliação e avaliações 
como forma de redirecionar o 
trabalho do professor.
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo58/190
Introdução
Como vimos anteriormente, acredita-se 
que o professor se forma desde o momento 
em que faz a escolha da profissão, e essa 
formação evolui durante toda a sua vida 
pessoal e profissional, sendo marcada 
por momentos negativos ou positivos 
que contribuirão no processo do saber 
experiencial.
Considera-se como fatores primordiais 
para tornar-se um professor reflexivo o 
domínio do conteúdo a ser ministrado 
em sala de aula, associado a formações 
contínuas, momentos de autoavaliação em 
relação aos objetivos a serem atingidos, 
troca de experiências com os pares. 
Para o desenvolvimento de um senso 
crítico, todos esses elementos e fatores 
externos influenciam a construção desse 
profissional reflexivo.
Este processo de formação continuada será 
fundamentalpara estimular a criticidade 
do educador, o que implica em também 
valorizar a profissão do magistério. É 
evidente que salários mais atrativos, 
bem como planos de carreiras mais 
estruturados, são elementos fundamentais 
para que os professores também se sintam 
engajados e motivados em buscar um 
aperfeiçoamento constante. 
Além disto, os professores necessitam 
ampliar seu vínculo com as redes em que 
atuam, mas ponderamos que isto não será 
possível se o professor tiver que lecionar 
em mais de duas ou três escolas, pois 
isto inviabiliza que ele tenha tempo de 
participar de forma efetiva na discussão 
dos anseios da comunidade em que a 
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo59/190
escola está inserida, tampouco conseguirá 
ampliar os debates sobre a necessidade 
de avanço da proposta pedagógica e 
curricular e do próprio planejamento 
presente no Projeto Político-Pedagógico. 
Saliento que se desejamos que um 
professor seja reflexivo, isto não pode ser 
encarado como um “modismo” ou mero 
artifício discursivo, mas como uma ação 
concreta que envolve condições objetivas 
de ser concretizada. E é evidente que isto 
irá gerar a necessidade de valorização 
profissional, remuneração e recursos 
financeiros. Somente uma sociedade que 
compreende a educação como prioritária 
pode valorizar o ofício que transforma 
teoria em práxis. 
1. Afinal, o que é um professor 
reflexivo? 
Entende-se que o professor reflexivo deve 
fazer escolhas conscientes em relação à 
formação contínua e não apenas específico 
na modalidade ou disciplina que leciona.
Torna-se necessário que o professor 
utilize diferentes recursos pedagógicos 
e avaliativos, de forma a garantir a 
aprendizagem plena do aluno e, sempre 
que necessário, redirecionar sua prática 
pedagógica.
É essencial conhecer o público-alvo, o 
contexto em que a escola está inserida, 
como forma de garantir uma aprendizagem 
de qualidade, utilizando metodologias 
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo60/190
diferenciadas, adaptando-as para o 
cotidiano escolar, visando assim uma 
educação de qualidade.
Devemos pontuar que um professor 
reflexivo tem em seu horizonte de análise 
alguns referenciais, como salientados por 
Alarcão (2005): A) é conhecedor das razões 
de sua atuação, logo sua prática não é 
espontânea ou permeada pelo improviso; 
B) compreende a articulação de sua 
função profissional e o papel que exerce na 
sociedade; C) compreende que a formação 
dos educandos deve ser com vistas à 
promoção da cidadania.
Para saber mais
Recomendo que você leia “PROFESSOR 
REFLEXIVO: UMA INTEGRAÇÃO ENTRE TEORIA 
E PRÁTICA”. Disponível em: <http://www.
ideau.com.br/getulio/restrito/upload/
revistasartigos/30_1.pdf>. Acesso em 29 set. 
2016.
Perceba que esta é uma relação entre 
a teoria e a prática, porque, ao buscar 
sua formação continuada, ele anseia por 
mudanças compatíveis com o contexto 
social em que atua. Este professor 
compreende que os problemas de 
aprendizagem e a qualidade da prática 
educativa exigem um contínuo processo de 
pesquisa sobre a realidade. 
http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/30_1.pdf
http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/30_1.pdf
http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/30_1.pdf
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo61/190
Em Paulo Freire encontramos a perspectiva 
da ação-reflexão-ação, pois o professor, 
ao conhecer sua prática e exercê-la, se 
transforma, pois seu repertório é ampliado 
e seus desafios também. É a relação com 
seus pares, com os alunos e com os saberes 
que o transformam. 
Ser um professor reflexivo significa 
também o processo de planejamento, uma 
vez que apresenta um viés de projetar o 
cenário educativo desejado. Logo, este 
educador está constantemente buscando 
novas formas de exercitar o seu ofício, o 
que é uma competência fundamental em 
nossa sociedade perpassada pelo contexto 
da Revolução Tecnológica e Comunicativa. 
2. Formação continuada: 
interlocução com a Didática 
No momento em que o professor inicia sua 
vida profissional, traz consigo o saber da 
experiência socialmente adquirida, pois 
alguns já cursaram o Magistério no Ensino 
Médio, porém, na maioria, ainda não se 
identificam como professores, na medida 
em que se intitulam ainda como alunos, 
segundo Pimenta (2002). 
Para saber mais
Recomendo que assista ao vídeo “Ser professor 
hoje”. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=m4OP64DdJSk>. Acesso em 
29 set. 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=m4OP64DdJSk
https://www.youtube.com/watch?v=m4OP64DdJSk
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo62/190
Para Pimenta (2002), o maior desafio vivenciado pelo professor na formação inicial está 
no processo de passagem de “ser aluno” para “ser professor”, ou seja, a construção de sua 
identidade. Outro aspecto pontuado por Pimenta (2002) refere-se aos cursos de licenciatura, 
pois se questiona sobre a diferença entre conhecimento e informações:
(...) qual o papel do conhecimento no mundo do trabalho; qual a 
relação entre ciência e produção material; entre ciência e produção 
existencial; entre ciência e sociedade informática: como se colocam aí os 
conhecimentos históricos, matemáticos, biológicos, das artes cênicas, 
plásticas, musicais, das ciências sociais e geográficas, da educação física. 
(PIMENTA, 2002, p. 21)
Para saber mais
Recomendo que você assista ao vídeo “O pensamento de António Nóvoa: o que podemos aprender com 
a formação de médicos?”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RM6GnpaVdVs>. 
Acesso em 29 set. 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=RM6GnpaVdVs
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo63/190
Trata-se, portanto, de distinguir que 
conhecimentos e informações são 
considerações diferentes. Primeiro, há um 
acesso às informações, e a partir destas 
se estabelece o conhecimento. Sendo 
assim, o conhecimento é a segunda etapa 
e acontece a partir das informações e 
análises destas. Um terceiro estágio é o da 
consciência ou sabedoria, que é a forma 
de utilizar o conhecimento de maneira útil, 
promovendo o desenvolvimento, portanto 
é a capacidade de produzir novas formas de 
humanização. 
Considera-se, portanto, que a informação 
que o professor adquire nos cursos 
realizados e nas formações em sua 
vida profissional só terá sentido se ele 
agir de forma reflexiva, para que tais 
conhecimentos promovam transformações 
no processo educacional.
Logo, o papel do professor é, diante de 
tantas informações e mídias tecnológicas, 
mediar tais informações, para que evolua e 
se transforme em sabedoria. 
Para saber mais
Recomendo que você leia o artigo sobre os 7 
saberes necessários à educação do futuro, de 
Morin. Disponível em: <http://portal.mec.
gov.br/seb/arquivos/pdf/EdgarMorin.pdf>. 
Acesso em 29 set. 2016.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/EdgarMorin.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/EdgarMorin.pdf
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo64/190
A atividade do professor consiste em 
ensinar e realizar tarefas de práticas 
pedagógicas. Isto está relacionado ao 
termo “didática”, em que Candau (2002) 
o relaciona ao “saber pedagógico”, como 
ensinar. Chamo sua atenção para perceber 
que em Candau o conceito de didática é 
sempre multidimensional, ou seja, envolve 
conhecimentos técnicos, político-sociais e 
culturais. 
A didática aparece em disciplinas nos 
cursos de licenciatura, porém não 
é suficiente para tornar o professor 
reflexivo, pois apresenta algumas técnicas 
relacionadas a outros saberes, tais como: 
psicológicos, científicos, tecnológicos, 
entre outros.
Diante da formação recebida pelo professor 
nos cursos, é necessária uma reflexão sobre 
as colaborações de outras áreas,frente ao 
insucesso escolar dos alunos, pois, muitas 
vezes, estão associadas a metodologias 
inadequadas, fragmentação curricular e 
sistematização de trabalhos. 
Pretende-se que o professor, a partir 
do saber do conhecimento e do 
saber pedagógico, por meio do saber 
experiencial, consiga refletir sobre 
resultados qualitativos e quantitativos do 
seu trabalho em sala de aula.
O trabalho docente deve ser uma práxis e 
é a sala de aula o local ideal de observação 
do professor, pois ele tem autonomia na 
medida em que conduz o seu trabalho, 
independentemente da instituição em 
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo65/190
que estiver inserido. Para isso, é preciso que ele sinta que é o sujeito do seu próprio trabalho. 
(PIMENTA, 2000).
Já para Alarcão (1996), cabe ao professor:
(...) assumir uma postura de empenhamento autoformativo e 
autonomizante, tem de descobrir em si as potencialidades que detém, 
tem de conseguir ir buscar no seu passado aquilo que já sabe e que já é 
e, sobre isso, construir o seu presente e o seu futuro, tem de ser capaz de 
interpretar o que vê fazer, de imitar sem copiar, de recriar, de transformar. 
Só o conseguirá se refletir sobre o que faz e sobre o que vê fazer. 
(ALARCÃO, 1996, p. 18).
Diante do exposto, compreende-se que a formação do professor reflexivo não se dá de forma 
individual, pois, desta forma, torna-se solitário e frustrante. As reflexões devem acontecer 
de forma coletiva, considerando outros aspectos também, como: valorização profissional, 
melhoria nas condições de trabalho, formações continuadas, e todos esses elementos 
integrados contribuirão com uma educação de qualidade. 
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo66/190
Outro fator que pode auxiliar na prática 
pedagógica de forma a redirecionar o 
trabalho do professor é a avaliação. “O 
termo avaliar tem sido constantemente 
associado como: fazer prova, fazer exame, 
atribuir nota, repetir ou passar de ano” 
(HAYDT, 2006, p. 288). 
Para saber mais
Recomendo que você leia o artigo “Formar 
professores em contextos sociais em mudança 
Prática reflexiva e participação crítica”. 
Disponível em: <http://www.unige.ch/
fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/
php_1999/1999_34.html>. Acesso em 29 set. 
2016.
Embora questões referentes à avaliação 
estejam relacionadas a medir a quantidade 
de informações retidas pelos alunos, na 
proposta pedagógica a avaliação assume 
uma dimensão orientadora e cooperativa 
na construção do conhecimento, tanto 
para o professor como para o aluno. 
Para saber mais
Recomendo que você assista ao vídeo Avaliação 
da aprendizagem, com Cipriano Luckesi. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=JqSRs9Hqgtc>. Acesso em 29 set. 
2016.
http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_1999/1999_34.html
http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_1999/1999_34.html
http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_1999/1999_34.html
https://www.youtube.com/watch?v=JqSRs9Hqgtc
https://www.youtube.com/watch?v=JqSRs9Hqgtc
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo67/190
Para um professor autoritário, ela pode 
servir como punição, porém, para um 
profissional consciente, reflete avanços e 
dificuldades e é um forte indicador do “re-
planejamento” do trabalho docente.
Como a avaliação é um processo contínuo, 
permite ao professor conhecer os alunos, 
verificar os conhecimentos prévios que eles 
possuem, portanto, a avaliação tem uma 
função diagnóstica. 
Ao estabelecer o perfil da turma, em 
relação ao conteúdo, é possível que 
o professor reflexivo utilize essas 
informações como forma de promover 
o desenvolvimento de habilidades e 
adequar os procedimentos pedagógicos às 
necessidades da turma. 
Segundo Luckesi (2003), o professor deve 
ser solidário com o aluno no processo de 
avaliação. Isto significa que o sujeito deve 
construir-se como um ser que aprende e 
age, sendo que este convive com outros 
sujeitos. Requer, portanto, tolerância, 
respeito e ética.
No processo avaliativo, a autoavaliação 
também faz parte da construção do 
professor reflexivo. Tal prática permite 
tanto ao professor, como ao aluno, 
analisar seu progresso em questões de 
aprendizagem.
A autoavaliação pode ser realizada 
em forma de roteiro para facilitar o 
processo (HAYDT, 1994). Esse roteiro pode 
conter questionamentos em relação à 
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo68/190
participação, cooperação nos trabalhos, 
atitudes, habilidades e preferências. É 
importante ressaltar que o professor 
também realize tal procedimento, pois 
assim será possível identificar pontos 
fortes e dificuldades em que ambos 
assumem responsabilidades para melhoria 
da qualidade de ensino.
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo69/190
Glossário
Magistério: Cargo de professor ou exercício do professorado e faz referência à classe dos 
professores.
Didática: Arte de transmitir conhecimentos ou técnica de ensinar. Na pedagogia, trata dos 
preceitos científicos que orientam a atividade educativa de modo a torná-la mais eficiente.
Ética: Parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, disciplinam 
ou orientam o comportamento humano.
Disponível em http://michaelis.uol.com.br/. Acesso em 29 set. 2016.
http://michaelis.uol.com.br/
Questão
reflexão
?
para
70/190
De que forma a autoavaliação pode contribuir para 
uma melhoria na prática docente?
71/190
Considerações Finais
• O professor reflexivo se forma de diferentes maneiras, desde sua formação 
inicial até o momento em que atua em sala de aula, e jamais se esgota.
• Vários são os fatores que interferem na formação do professor, dentre eles, 
os saberes que o professor adquire, a formação continuada e as condições 
de trabalho da instituição educacional a que ele pertence.
• A avaliação é um indicador importante para reflexão do trabalho 
docente. Por ser diagnóstica, ela oferece indicadores que possibilitam o 
redirecionamento do trabalho docente e a utilização de outros recursos 
para favorecer a aprendizagem dos alunos.
• Para que um professor desenvolva a consciência reflexiva, não pode ser 
de forma individual. Deve-se buscar por meio do trabalho em equipe, 
incluindo gestores que possam tomar decisões que possibilitem atingir os 
objetivos, a partir do Projeto Político-Pedagógico, utilizando: sequências 
didáticas, projetos pedagógicos e diferentes instrumentos de avaliação.
Unidade 3 • A Gestão da Formação Continuada para a Construção do Professor Reflexivo72/190
Referências 
ALARCÃO, I. Formação Reflexiva de Professores – Estratégias de Supervisão. Porto: Porto 
Editora, 1996.
CANDAU, V. M. (org). Reinventar a escola. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
FREIRE, P. Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 1997.
HAYDT, R. C. C. Curso de didática geral. São Paulo Ática, 1994.
LUCKESI, C. A base ética da avaliação da aprendizagem na escola. In: Congresso Internacional 
sobre Avaliação da Educação. Curitiba: COC, 2003.
PIMENTA, S. G. Saberes pedagógicos e atividade docente. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
______. Saberes pedagógicos e atividade docente. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
73/190
1. Segundo o texto, quais são os fatores primordiais para se tornar um 
professor reflexivo?
a) Domínio do conteúdo, formação continuada, autoavaliação e troca de experiências com os 
pares. 
b) Domínio do conteúdo, formação continuada e autoavaliação. 
c) Domínio do conteúdo, formação continuada e troca de experiências com os pares. 
d) Domínio do conteúdo, autoavaliação e troca de experiências com os pares. 
e) Domínio do conteúdo e troca de experiências com os pares.
Questão 1
74/190
2. De acordo com Pimenta (2002), no momento em que o professor inicia 
sua vida profissional, o maiordesafio está:
a) Na baixa remuneração recebida pela função.
b) Nas condições inadequadas do ambiente de trabalho.
c) Na falta de recurso tecnológico para utilizar na sala de aula.
d) Na indisciplina dos alunos. 
e) Na construção de sua identidade, portanto, na passagem de ser aluno para ser professor.
Questão 2
75/190
3. Qual o papel do professor diante das informações e mídias tecnológicas?
a) Mediar tais informações e promover a reflexão. 
b) Mediar tais informações, promover a reflexão e tornar conhecimento em sabedoria. 
c) Transmitir conhecimento e transformar em sabedoria. 
d) Trazer tais informações e transformar em conhecimentos. 
e) Transmitir sabedoria e transformar em conhecimento.
Questão 3
76/190
4. Por ser a avaliação um processo contínuo, permite ao professor:
a) Conhecer os alunos, verificar os conhecimentos prévios e atribuir notas.
b) Conhecer os alunos e efetivar um diagnóstico.
c) Conhecer os alunos, verificar os conhecimentos prévios e efetivar um diagnóstico.
d) Conhecer os alunos, efetivar um diagnóstico e atribuir notas.
e) Conhecer os alunos, atribuir notas e reprovar o aluno.
Questão 4
77/190
5. A autoavaliação contribui com a formação do professor reflexivo, pois:
a) É possível identificar suas melhores qualidades e defeitos.
b) É possível identificar dificuldades para melhoria na qualidade de ensino e atribui nota ao 
seu trabalho.
c) É possível identificar dificuldades para melhoria na qualidade de ensino. 
d) É possível identificar pontos fortes e dificuldades para melhoria na qualidade de ensino. 
e) Deve acontecer somente de forma oral e diária.
Questão 5
78/190
Gabarito
1. Resposta: A.
É a questão que abrange de forma mais 
completa os fatores primordiais para se 
tornar um professor reflexivo.
2. Resposta: E. 
Todos os itens estão corretos, porém, de 
acordo com Pimenta, o maior desafio está 
na construção da identidade.
3. Resposta: B.
Pois é a resposta mais completa quanto ao 
papel do professor no contexto citado.
4. Resposta: C.
O objetivo principal da avaliação não está 
associado a notas e nem reprovação de 
alunos.
5. Resposta: D.
A autoavaliação contribui para identificar 
aspectos do trabalho pedagógico para 
melhoria da qualidade de ensino.
79/190
Unidade 4
A Gestão da Formação Continuada do Professor para o Exercício das Práxis
Objetivos
1. Conscientizar o professor sobre a 
importância de sua formação para 
uma práxis profissional.
2. Promover no ambiente escolar 
a formação continuada para 
construção do currículo escolar 
adequado.
3. Propor ações e atividades para a 
troca de experiências no ambiente 
escolar.
Unidade 4 • A Gestão da Formação Continuada do Professor para o Exercício das Práxis80/190
Introdução
Uma escola de qualidade requer que 
a equipe escolar trabalhe de forma 
harmoniosa, considerando aspectos 
relacionados ao Projeto Político-
Pedagógico (PPP). Para isso, deve oferecer 
igualdade de oportunidades para o 
aprendizado do aluno e ter clareza nos 
objetivos a serem alcançados. 
Vale ressaltar que, além do conhecimento 
que o professor traz da sua formação 
inicial, deve haver a continuidade de sua 
formação no ambiente escolar e fora 
dele, mas também são necessárias ações 
em forma de projetos e atividades que 
envolvam toda a comunidade escolar.
Segundo Perrenoud (2002), para atingir-
se os objetivos no processo educacional 
e na formação docente é necessário 
ter um ponto de partida, valorizar os 
conhecimentos que a equipe escolar possui 
para construir novos saberes. Tal situação 
só será possível por meio de práticas e de 
tempo para escutar relatos, justificativas e 
vivências.
1. O planejamento das práticas 
pedagógicas
As atividades pedagógicas realizadas no 
ambiente escolar devem ser planejadas 
pela equipe escolar, como forma de 
enriquecer o currículo e promover uma 
aprendizagem de qualidade.
Vamos iniciar nossa discussão 
compreendendo que estamos estruturando 
como se dá o planejamento das práticas 
Unidade 4 • A Gestão da Formação Continuada do Professor para o Exercício das Práxis81/190
pedagógicas. Esta é uma ação racional, 
executada de forma sistemática e 
organizada, que visa empregar todos os 
recursos existentes de maneira eficiente e 
eficaz para atingir os objetivos educativos. 
A práxis pedagógica exige um professor 
competente, centrado e dinâmico, que 
busca formação contínua, que seja um 
pesquisador e que reflita constantemente 
sobre suas ações e sua função de mediador 
do conhecimento. 
Segundo Perrenoud (2002, p. 180), “(...) O 
exercício de uma competência é mais do 
que uma simples aplicação de saberes; 
ele contém uma parcela de raciocínio, 
antecipação, julgamento, criação, 
aproximação, síntese e risco.”
Também é necessário que a escolha por 
determinadas práticas pedagógicas não 
está isenta do posicionamento político 
do professor, ou seja, é coerente com 
a proposta educativa à qual se filia o 
professor. Lembramos que deve existir uma 
consonância entre a visão pedagógica do 
educador e a concepção pedagógica da 
escola. 
Para saber mais
Recomendo que você leia reportagem sobre a 
rotina escolar e o planejamento. Disponível em: 
<http://novaescola.org.br/conteudo/343/
como-fazer-da-rotina-uma-aliada>. Acesso 
em 29 set. 2016.
http://novaescola.org.br/conteudo/343/como-fazer-da-rotina-uma-aliada
http://novaescola.org.br/conteudo/343/como-fazer-da-rotina-uma-aliada
Unidade 4 • A Gestão da Formação Continuada do Professor para o Exercício das Práxis82/190
Atualmente, é necessário que o professor 
tenha um olhar sensível para o papel 
deste planejamento e de que forma irá 
impactar o processo de aprendizagem. 
Aqui nos interessa pensar na organização 
pedagógica de cunho progressista, pois 
esta prima pela autonomia do aluno e a 
democratização do ensino. 
O planejamento das práticas pedagógicas 
tem um forte apelo ao desenvolvimento 
do aluno como um sujeito. Assim, para 
pensarmos esta organização, devemos 
compreender a relação professor versus 
aluno dentro de um viés de parceria, onde 
as práticas pedagógicas são horizontais 
no estabelecimento das relações de poder. 
A autoridade do professor reside na sua 
competência em levar o aluno a construir o 
conhecimento. 
Este é um outro ponto valioso para 
esta abordagem. O conhecimento não 
é meramente transmitido, porque os 
professores valorizam a construção 
realizada pelos alunos, além de 
engendrarem o início do processo de 
aprendizagem de seus saberes prévios. 
Outro aspecto muito relevante é 
compreender que o interesse do aluno 
é o mote para o desenvolvimento do 
conhecimento que se pretende construir. 
Por último, as práticas pedagógicas 
exigem pensarmos sobre como ocorre 
o processo avaliativo. Saliento que esta 
é uma perspectiva de avaliação para a 
aprendizagem. 
Esta forma de avaliar implica compreender 
que a avaliação é um momento do 
Unidade 4 • A Gestão da Formação Continuada do Professor para o Exercício das Práxis83/190
processo de ensino-aprendizagem e 
não um mecanismo de classificação, 
punição ou seleção dos alunos. Portanto, 
a avaliação é planejada como uma 
prática pedagógica contínua, cumulativa, 
processual e com instrumentos 
diversificados, que garantem que o 
professor possa se apropriar sobre como 
está ocorrendo o desenvolvimento do 
aluno, e, portanto, possa propor ações que 
lhe auxiliem neste processo. 
2. A elaboração de um projeto 
pedagógico e a prática docente
As atividades pedagógicas devem compor 
a escola atual mais do que apenas 
como uma forma de apropriação do 
conhecimento (CANDAU, 2000, p. 14). 
Devem também estimular o exercício da 
capacidade reflexiva de uma visão plural e 
histórica do conhecimento e de diferentes 
linguagens. 
Nos dias de hoje, tornam-se necessárias, 
portanto, diferentes leituras sobre um 
determinado assunto, diversas formas 
de expressão, ou seja, uma dinamicidade 
pedagógica.
Candau (2002) define esse novo sistema 
escolar pontuado em um cenário em que 
se fundamentam

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