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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO AV2 1) A tradição do Direito no Ocidente realizava uma distinção entre dois tipos de direito, um, que chamamos de direito natural e outro de direito positivo. Com base nesta informação, como você explicaria o Direito Natural? Cite um exemplo da presença do direito natural em nosso ordenamento jurídico. Resposta: O Direito Natural é o direito inerente a todo ser humano. Ele não depende do Estado e de nenhuma lei, sendo de carácter universal, imutável e atemporal. Este direito se baseia nos princípios humanos e na moral, revelando ao legislador os princípios fundamentais de proteção ao ser humano, que deverão ser consagrados pela legislação, para que se tenha um ordenamento jurídico justo. Essa teoria sustenta que todo ser humano é dotado de uma natureza e um fim. A natureza, ou seja, as propriedades que compõem o ser define o fim que este tende a realizar. O Direito Natural consiste na permanente aspiração de justiça que acompanha o ser humano. Portanto, o Direito Natural é superior ao Estado, ligado a princípios e nasce da própria natureza humana, como por exemplo, o direito à vida, à liberdade, à reprodução e corresponde à ideia de justiça. 2) Considerando a importância e representação ao Direito, explane seu conhecimento sobre Direito Objetivo e Direito Subjetivo. Caso for necessário, cite também exemplos. Resposta: O Direito Objetivo é considerado como uma norma de agir (norma agendi) que visa ordenar as relações sociais por meio de disposições normativas escritas (jus scriptum) e consuetudinárias (decorrente dos costumes). Trata-se, portanto, do conjunto de normas escritas e não escritas que refletem o momento social em que foram criadas, sendo representado por modelos genéricos e abstratos de condutas, como, por exemplo, códigos, leis etc. O Direito Subjetivo, por sua vez, é o poder reconhecido pelo ordenamento jurídico a um sujeito para a realização de um interesse do próprio sujeito, ou seja, é a faculdade (facultas agendi) do indivíduo valer-se da lei para defender seus interesses, podendo exercer este direito com liberdade dentro da legalidade. 3) Leia a afirmativa abaixo e redija um pequeno texto informando se ela é verdadeira ou falsa: "Toda relação social é uma relação jurídica, mas nem toda relação jurídica é uma relação social." Resposta: A afirmativa é falsa. Nem todas as relações sociais são jurídicas, mas todas as relações jurídicas são relações sociais. Uma série de relações sociais não precisam do amparo de uma estrutura normativa pois não são relevantes para a vida em convivência. Por exemplo, relações de amizade não interessam ao Direito. 4) Quais são os elementos da relação jurídica? Cite e explique Resposta: Os elementos são: sujeitos, objeto, fato gerador, garantia e vínculo. Os sujeitos são as pessoas (jurídica ou física) entre as quais a relação jurídica se estabelece e podem ser sujeito ativo (titular do direito) ou sujeito passivo (responsável pelo cumprimento da obrigação). O objeto, por sua vez, é o próprio objeto do direito subjetivo, são as coisas ou utilidades sobre as quais incide o interesse legítimo do sujeito ativo a que se refere o dever do sujeito passivo. O fato gerador é um fato a que a lei atribui um especial efeito (fato gerador ou fato jurídico), ou seja, são os fatos que dão origem: à constituição de uma relação jurídica (fatos constitutivos) ; à modificação de uma relação jurídica (fatos modificativos) e à extinção de uma relação jurídica (fatos extintivos) . A garantia é a susceptibilidade de tornar os poderes do sujeito ativo da relação jurídica, que poderá, assim, reagir no caso de violação do seu direito subjetivo. Para isso, o seu titular tem a sua disposição uma série de meios coercivos, podendo em último caso recorrer aos tribunais para fazer valer os seus direitos. Por fim, o vínculo surge com a ocorrência do fato gerador, que funciona como iniciador da relação jurídica. Dessa forma, a relação jurídica colocada na lei abstratamente, vincula-se com a ocorrência do fato jurídico (fato gerador), ligando os sujeitos em torno de um objeto e respaldando (garantia) o direito subjetivo como uma garantia para a efetivação daquele dever jurídico descrito na Lei. 5) Sérvio Túlio, advogado, recebeu, em seu escritório, o senhor Marco Aurélio; casado há mais de 25 (vinte e cinco) anos com Antígona. Este relatou que alguns dias atrás, recebeu carta anônima informando da traição de sua esposa com um senhor de nome Tício. Resolveu, então, procurar o advogado, a fim de que fossem tomadas todas as providências assecuratórias e necessárias para a devida separação judicial. Ficou acordado que os serviços advocatícios prestados pelo advogado custariam R$ 3.000,00 (três mil reais). O processo judicial foi iniciado então. Ocorre que, no decorrer do processo, o senhor Marco Aurélio ficou insatisfeito com os serviços prestados por Sérvio Túlio e resolveu revogar o mandato, pelo qual havia conferido poderes ao advogado. Tendo em vista o caso narrado, responda: a) A revogação do mandato, praticada pelo senhor Marco Aurélio, é hipótese de direito subjetivo ou de direito potestativo? Por quê? Resposta: Direito Potestativo, pois o Sr. Marco Aurélio ficou insatisfeito com os serviços prestados e tem o direito de procurar outro advogado e não cabe contestações, pois é uma prerrogativa jurídica de impor a outrem, unilateralmente, a sujeição ao seu exercício, atua na esfera jurídica de outrem, sem que este tenha algum dever a cumprir. Em outras palavras, o direito do mandante de revogar o mandato é potestativo, ou seja, independe da concordância da outra parte, que se sujeita aquela determinação mesmo que contra a sua vontade, desde que receba a remuneração proporcional aos serviços prestados. b) Qual a diferença entre o direito subjetivo e o direito potestativo? Resposta: o direito subjetivo associa-se a noção de faculdade, de "facultas agendi”, ou seja, é o poder reconhecido pelo ordenamento jurídico a um sujeito para a realização de um interesse do próprio sujeito. Refere-se a “potencialidade” do exercício de um direito. Já o direito potestativo representa uma situação subjetiva em que o titular do direito subjetivo pode unilateralmente constituir, modificar ou extinguir uma situação subjetiva interferindo diretamente na esfera jurídica de outro sujeito que a esse poder formativo não poderá se opor.
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