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Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Doença Crônica Não Transmissível Diabete Mellitus Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Caso Clínico 1 • JSC, masculino, 52 anos, agricultor, tabagista e sedentário. Faz 3 refeições diárias (café da manhã: não tem hábito de alimentar-se pela manhã; almoço: arroz com salame ou ovo frito ou carne assada preparada no local de trabalho por algum dos colegas. Jantar com feijão e arroz + carne de porco frita); IMC 32 kg/m2. Glicemia de jejum – duas medidas 150 e 160 mg/dL; Hemoglobina Glicada 6,9%. Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Caso Clínico 1 1 – Lista de Problemas? Hipótese diagnós[ca, Doenças crônicas e problemas 2 – Qual a Abordagem? – Anamnese dirigida – Exame bsico dirigido 3- Qual seu plano? – Exames complementares – Tratamento farmacológico e não-farmacológico (orientações) - Atestado? Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que tem em comum a hiperglicemia ↓ secreção da ↓ ação da ↓ secreção + insulina insulina ↓ ação da insulina HIPERGLICEMIA Definição de Diabete Mellitus Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Prevalência de Diabetes 13 milhões Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO FATORES RESPONSAVEIS PELO CRESCIMENTO DO NÚMERO DE DIABÉTICOS Ø AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA DA POPULAÇÃO Ø PREVALÊNCIA DE OBESIDADE Ø SEDENTARISMO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Tipos de Diabetes I-Diabete Mellitus Tipo 1 – (5 – 10%) - (destruição das células Beta deficiência completa de insulina) - autoimune - idiopático II-Diabete Mellitus Tipo 2 – (85 – 90%) - (graus variados de deficiência e resistência a insulina) III-Diabete Mellitus Gestacional IV-Outros tipos de Diabetes Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Outros tipos específicos de DM 1. Defeitos genéticos da função das células ß (MODY) 2. Defeitos genéticos da ação da insulina (SOPC) 3. Doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, trauma) 4. Endocrinopatias (Acromegalia, Cushing) 5. Induzido por drogas (corticosteroides, interferon) 6. Infecções (rubéola congênita, caxumba) 7. Formas incomuns de DM auto-imune 8. Outras síndromes genéticas associadas a DM (Down,Turner) . Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Ø Destruição autoimune da célula beta nas ilhotas pancreáNcas Ø Deficiência na secreção de insulina l Ø Necessita de insulina exógena para preservação da vida Ø A maior incidência é entre a infância até a puberdade Ø Quadro geralmente de início abrupto – cetoacidose pode ser manifestação inicial Ø Associação com outras doenças autoimunes: Nreoidite de Hashimoto, Insuficiência suprarrenal e a doença celíaca Ø Sub Npo: LADA (latente autoimune diabetes em adultos) – inicio mais insidioso, leva anos para necessitar de insulina e acomete indivíduos adultos. Diabete Mellitus Npo 1 Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Diabetes Mellitus tipo 1 Hereditário Autoimune Ambiental HLA classe II alelo DR3 e DR4 Imunidade celular e humoral Fatores infecciosos e químicos Destruição das células beta HIPOINSULINEMIA HIPERGLICEMIA Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Vírus possivelmente implicados no desencadeamento do DM 1 - Coxsackie B - Rubéola - Caxumba - Citomegalovírus - Mononucleose infecciosa - Retrovírus - Proteína do leite de vaca Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO ◆ maioria dos pacientes são obesos ◆ associada a HAS e Dislipidemia ◆ forte predisposição genética Diabete Mellitus tipo 2 Resistência à insulina Defeito na secreção de insulina Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Diabete Mellitus Npo 2 Ø Componente hereditário importante Ø Acomete indivíduos acima dos 45 anos Ø Diminuição da ação da insulina nos tecidos alvo e diminuição relaNva na secreção pancreáNca de insulina Ø Quadro clínico mais silencioso, inicio insidioso Ø As vezes o diagnósNco ocorre devido complicação crônica: neuropaNa, cegueira, insuficiência renal Ø 70 a 90 % dos casos associado com a SÍNDROME METABÓLICA Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO DIABETE MELLITUS TIPO 2: 70 A 90 % TEM SINDROME METABÓLICA Hipertensão Intolerância a glicose Estado protrombóNco e proinflamatório METABÓLICA Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO SÍNDROME METABÓLICA Ø Glicemia ≥ 100 mg/dL mais 2 dos fatores abaixo: Ø Circunferência abdominal > 94 cm em homens e > 80 cm em mulheres Ø Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL e HDL baixo (< 40 homens e <50 mulheres) Ø HAS (pressão sistólica ≥ 130 mmHg ou diastólica ≥ 85 mmHg) ou estar em uso de anNhipertensivos Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICO do DM • Sinais e sintomas sugestivos • Glicemia de jejum ou ocasional • Teste de tolerância à glicose oral • HbA1c Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICO do DM Sinais e sintomas sugestivos: - Poliúria, Polidipsia e Polifagia - Emagrecimento - Fraqueza - Prurido genital - Complicações crônicas Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO HbA1c < 5,7% 5,7 – 6,4% ≥ 6,5% Valores de glicose plasmáNca (em mg/dl) para diagnósNco de diabetes e seus estágios pré-clínicos (Dosar 2xx) Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Principais características entre DM1 e DM2 DM 1 DM2 Inicio usual Infância e adolescência 40 anos Frequência relativa 10% 90% Prevalência 0,1 a 0,3% 7,5% Concordância em gêmeos idênticos Até 50% 80 a 90% Associação com HLA Sim Não Anti GAD/ICA Geralmente presentes Ausentes Peptídeo C sérico Baixo Normal ou elevado Peso usual ao diagnóstico Baixo Elevado (80% obesos) Sintomas clássicos Quase sempre presentes 50% assintomáticos Complicação aguda Cetoacidose diabética Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica Tratamento medicamentoso inicial Insulina Hipoglicemiantes orais Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Critérios para triagem de diabetes Npo 2 em indivíduos assintomáNcos 1) Adultos com sobrepeso ( IMC > 25) e apresentam fatores de risco adicionais: (Obesidade e SM: DM2 é 5x mais prevalente • Sedentarismo • HF de DM2 em primeiro grau • HAS • Glicemia de jejum prévia alterada ou HbA1c ≥ 5,7% • Síndrome dos ovários policísNcos e acantose nigricans • Diabete mellitus gestacional • Tabagismo • Nível de HDL < 35 mg/dL e/ou triglicerideos > 250 mg/dL • História de doença cardiovascular Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Critérios para triagem de diabetes em indivíduos assintomáNcos 2) Se nenhum critério anterior, testes para diabetes devem começar a parNr dos 45 anos 3) Se os resultados forem normais, testes devemser repeNdos pelo menos a cada 3 anos. 4) Dependendo dos resultados iniciais e do estado de risco, testes mais frequentes podem ser considerados Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO O obje?vo do tratamento: prevenir as complicações do diabetes 28 Adaptado de Grobbee DE. Metabolism 2003;52:24 Complicações microvasculares ReNnopaNa diabéNca Doença renal diabéNca NeuropaNa diabéNca Diabetes Complicações macrovasculares Amputação MMII Ø Doença coronariana Infarto do miocardio Ø AVC Ø Doença arterial periférica Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Fatores de Risco para as Complicações • Genéticos • Não Genéticos: Hiperglicemia Hipertensão Arterial Dislipidemia Fumo Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Tratamento do Diabete Mellitus Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO A terapia atual frequentemente falha em aNngir as metas Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Benexcios do Controle Glicêmico Cada 1% de redução da HbA1c levou a significantes reduções nas complicações Risco de IAM Risco de morte relacionada ao diabetes Risco de complicação microvascular Risco de amputação Diminuição foi estaNsNcamente significante para todas as comparações mostradas Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Manejo não farmacológico Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Terapia Nutricional no Diabete Mellitus ObjeNvos: - Preservar bom estado nutricional - Preservar qualidade de vida - Prevenir e tratar complicações agudas e crônicas - Intervir nas comorbidades associadas - Pode reduzir de 1 a 2% o nível da hemoglobina glicosilada Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Terapia Nutricional no Diabete Mellitus Carboidratos: 45 a 60% Proteínas: 15 a 20 % Gordura total: até 30% Fibra alimentar: mínimo de 20 g ao dia ou 14 g/1000 Kcal Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Terapia Nutricional no Diabete Mellitus Carboidratos simples: EVITAR Amidos refinados – farinhas refinadas de trigo, milho, mandioca, polvilho. Sacarose: açúcar Tubérculos: batatas, mandioca Cereais descascados e polidos: arroz branco Carboidratos complexos: PREFERIR Farinhas integrais, centeio Cereais integrais: arroz integral, aveia Adoçantes: aprovados pelo FDA Acessulfame K, aspartame, sacarina sódica e sucralose Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Terapia Nutricional no Diabete Mellitus Frutas: recomendado no máx. 3 a 4 porções ao dia, entre as refeições, como lanches. Legumes: sempre devem estar presentes nas refeições cenoura, vagem, chuchu, couve flor, brócolis, abóbora, moranga, berinjela, beterraba Verduras: sempre devem estar presentes nas refeições folhas verdes em geral, cebola, tomate, pepino Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Terapia Nutricional no Diabete Mellitus EVITAR: Gorduras Saturadas: carnes vermelhas gordas; manteiga; óleos de coco e dendê; leite integral; bacon; torresmo; embuNdos (linguiça, salame, presunto, salsicha e mortadela) Gorduras Trans: Gordura hidrogenada vegetal, frituras, tortas industrializadas, bolos, fast foods, pipoca de micro-ondas, sorvete de massa, biscoitos salgados, recheados e do Npo Waffer Preferir: Óleos vegetais, óleo de oliva, carnes brancas: peixe e aves Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Terapia Nutricional no Diabete Mellitus Proteínas – 0,8 a 1,0 g/Kg de peso Boa qualidade biológica e fácil digesNbilidade - Carnes magras (bovina, aves e peixes) - Soja - Leite desnatado, queijos e iogurte de baixo teor de gordura, - Leguminosas (feijões, ervilha, lenNlha, grão de bico, fava) - Cereais integrais (aveia, arroz integral, centeio, granola, quinoa) - Oleoginosas (nozes, castanha do Brasil, amêndoa, avelã, pistache) Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Manejo farmacológico no Diabetes Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Medicações para o tratamento do Diabetes tipo 2 Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO An?diabé?cos Orais 1. Biguanidas: Me~ormina 2. Sulfoniluréias: clorpropamida, glibenclamida, glimepirida, gliclazida 3. Glinidas: Repaglinida, nateglinida 4. Glitazonas: Pioglitazona, rosiglitazona 5. Inibidores da alfa glicosidase: Acarbose 6. IncreNnomiméNcos: a. Inibidores da DPP-4: SitaglipNna, vildaglipNna, saxaglipNna, linaglipNna, aloglipNna b. Agonistas do GLP-1: ExenaNde, LiragluNda 7. Glifozinas ou inibidores do SGLT2: Dapaglifozina, Canaglifozina, Empaglifozina Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO An?diabé?cos Orais 1. Biguanidas: Me~ormina - Mecanismo de ação: - Inibição da gliconeogênese hepáNca (+ importante) - Aumento sensibilidade periférica a insulina - Efeito incre�nico por aumentar GLP-1, esNmula a secreção de insulina e reduzindo do glucagon - Posologia: comp. De 500, 850 e 1000 mg - Ingerir com alimentos para diminuir EC - Dose máxima 2000 mg ao dia - Efeitos Colaterais: - Sintomas GI ocorrem em até 20% - Acidose lácNca: não usar com insuf. Renal e hepáNca - Reduz absorção da vit. B 12 no íleo terminal - Suspender 1 a 2 dias antes e depois de exames com contrastes Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO An?diabé?cos Orais 2. Sulfoniluréias: clorpropamida, glibenclamida, glimepirida, gliclazida MR - Mecanismo de ação: - EsNmulo da secreção pancreáNca de insulina - - Reduzem produção hepáNca de glicose - Aumentam a uNlização periférica de glicose - Posologia: - Clorpropamida – em desuso - Glibenclamida (Daonil) – comp. 5 mg – dose: 2,5 a 20 mg – tempo de ação – 16 a 24 h - Glimepirida (Amaryl) – comp. 2 e 4 mg – dose: 1,0 a 8,0 mg - Gliclazida MR (Diamicrom MR e Azukon MR)– comp. 30, 60 mg – dose: 30 a 120 mg - Efeitos Colaterais: Hipoglicemia, ganho de peso Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO An?diabé?cos Orais - Glitazonas: Pioglitazona e rosiglitazona - Mecanismo de ação: - Atuam ligando-se aos PPAR-ɣ, expressos no tecido adiposo - Regulam diferenciação dos adipócitos, captação e armanezamento dos ácidos graxos, captação de glicose. Efeito potencializador na ação periférica da insulina (músculo esqueléNco e os adipócitos) e em menor intensidade no xgado. - Posologia: - Rosiglitazona: reNrada do mercado - Pioglitazona: cp de 15, 30, 45 mg – dose de 15 a 45 mg - Efeitos Colaterais: - Infecções do trato respiratório superior, cefaleia, edema periférico, anemia diluicional leve e ganho de peso. Aumento em 2xx risco de ICC - Aumento da gordura subcutânea e redução da gordura visceral Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO An?diabé?cos Orais - Inibidores da alfa glicosidase: Acarbose - Mecanismo de ação: - Inibe, por compeNção, a enzima alfa-glicosidase na superxcie dos enterocitos do intesNno delgado, levando em retardo na digestão e absorção dos carboidratos, retardando a passagem da glicose para o sangue. Reduz glicemia pós prandial. - Posologia: - Acarbose: cp de 50, 100 mg – dose: 25 a 100 mg 3xx ao dia - Efeitos Colaterais: - Dor abdominal, diarreia e flatulência Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO An?diabé?cos Orais - Inibidoresda DPP-4: SitaglipNna, vildaglipNna, saxaglipNna, linaglipNna, aloglipNna - Mecanismo de ação: - EsNmulam o sistema das increNnas – GLP-1 e GIP ao inibir a enzima que degrada o GLP-1, mantém seu efeito de esNmulo de insulina glicose dependente, e inibição liberação de glucagon. - Posologia: - VildaglipNna 50 mg 2xx/dia, SitaglipNna 100mg/dia, saxa e linaglipNna - 5mg/dia; aloglipNna 25mg/dia. - Efeitos Colaterais: - Bem tolerado, neutro no peso. Infecção de via aérea superior (raro) Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Agentes increNnicos para tratamento da hiperglicemia em pacientes com DM2 - Promove importante redução na hemoglobina glicosilada - Bem tolerado com baixo risco de hipoglicemia - Efeito neutro no peso ou reduz peso Oral - DPP-4 i: inibem ação da DPP-4 e reduz a degradação da GLP-1 existente: - SitaglipNna (Januvia) - VildaglipNna (Galvus) - SaxaglipNna (Onglyza) - LinaglipNna (Trayenta) - AloglipNna (Nesina) Injetável – Agonistas do receptor Do GLP-1: Níveis supra fisiológicos do GLP-1: - ExenaNde (Byeta) - LiragluNda ( Vyctoza) - DulagluNna (Trilucity) Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO An?diabé?cos Orais - Glifozinas ou inibidores do SGLT2: Dapaglifozina, Canaglifozina, Empaglifozina - Mecanismo de ação: - Inibição da enzima SGTL2 no túbulo proximal do rim, responsável por - Reabsorção de 90% da glicose filtrada. - Posologia: - Dapaglifozina 10mg (Forxiga) – 1 cp/dia; Canaglifozina (Ivokana) 10 a 25 mg/dia e Empaglifozina (Jardiance) 100 a 300 mg/dia - Efeitos Colaterais: - Devido glicosúria, aumento infecções fungicas e urinárias. Leve redução na PA. Redução do peso. Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO À medida que avança a Insuficiência Renal do paciente com DM2 restam poucas alterna?vas terapêu?cas Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO INSULINAS Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Insulina regular rápida Insulina lispro, aspart, glulisina ultrarrápida Insulina NPH Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Manter drogas orais: - Me~ormina, glitazonas, acarbose, glinidas –manter dose - Sulfoniluréias – reduzir dose pela metade Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Como Insulinizar DM - 2 Esquema 1 - basal Manter drogas orais: • - Me~ormina, glitazonas, acarbose, glinidas –manter dose • - Sulfoniluréias – reduzir dose pela metade INSULINA: • Iniciar de ação intermediaria (NPH) ou análogos de longa ação (GLARGINA OU DETEMIR) - Horário: ao deitar ou 2h após o jantar - Dose: 0,1 a 0,2 ui/Kg de peso ou 10 ui Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Como insulinizar DM 2 Esquema 2 – basal pluss Manter drogas orais + insulina longa ação a noite Adição de insulina regular ou análogo de ação ultrarrápida (lispro,aspart, glulisina) 1x ao dia - na principal refeição do dia Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Como insulinizar DM 2 Esquema 3 Manter drogas orais + insulina longa ação à noite Adição de insulina regular ou análogo de ação ultrarrápida (lispro, aspart, glulisina) 2x ao dia - na principal refeição do dia e em uma segunda refeição Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Como insulinizar DM 2 Esquema 4 – basal pluss Insulinização plena Manter me~ormina - Insulinas pré mistura 2x ao dia - Insulina Detemir + ultrarrápida 2xx ao dia - Insulina Glargina 1x ao dia + ultrarrápida 2x ao dia - Insulina NPH + insulina regular 2x ao dia - 60% da dose antes do café da manhã - 40% da dose antes do jantar - Insulina NPH 3x ao dia Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Como insulinizar DM 1 Insulinização intensiva - Basal: Insulina NPH 2xx ao dia ou glargina 1xx ao dia ou detemir 2xx ao dia (40 a 50% DTD) - Bolus: Insulina ultrarrápida antes das 3 refeições do dia ( 50 a 60% DTD) - Ou bomba de insulina Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Café Almoço jantar 4:00 16:00 20:00 24:00 4:00 8:00 12:00 8:00 Tempo In su lin a Pl as m át ic a Bolus Bolus Bolus Bolus Dose basal HOLLEMAN F, HOEKSTRA J. N Engl J Med, 337: 176-83, 1997. Representação Esquemática do esquema Basal-bolus Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Fator Sensibilidade (FS) • É quanto 1 UI de insulina rápida ou ultrarrápida reduz a glicemia. FS = 1800 (usar 1500 se for insulina regular) Dose total diária de insulina • Exemplo: Glargina = 40 UI lispro = 6 UI no café; 8 UI no almoço; 6 ui jantar DTD = 60 unidades FS = 1800/60= 30 (1 UI insulina ↓ 30 mg/dL) WALSH J et al. Torrey Pines Press, 2003. ROBERTS R. Pumping Insulin, 4th edn. Torrey Pines Press, 2000. Contagem de carbohidratos Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Bolus de Correção (BC) É a quanNdade de insulina rápida ou ultrarrápida necessária para a correção da hiperglicemia antes das refeições BC = Glicemia do momento – meta de glicemia FS Exemplo: glicemia antes do almoço= 240 mg/dL meta glicêmica= 100 mg/dL FS = 30 BC: 240 – 100 = 4,6 unidades (ou 5 ui) 30 WALSH J et al. Torrey Pines Press, 2003. ROBERTS R. Pumping Insulin, 4th edn. Torrey Pines Press, 2000. Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Contagem de carboidratos Padrão: 1 ui de insulina ultrarrápida/30 gr de CH Exemplo: Café da manhã ------------------- CH 1 copo de leite ------------------ 12 1 fruta ----------------------------- 14 3 faNas de pão ----------------- 45 Requeijão light -----------------zero 1 faNa de queijo mussarela ---- zero Total de CH = 71 gr Dose de insulina= 71/30= 2,5 ui insulina ultrarrápida + correção= 5 ui - total a ser aplicado antes do café= 7 a 8 ui Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Caso Clínico 1 • JSC, masculino, 52 anos, agricultor, tabagista e sedentário. Faz 3 refeições diárias (café da manhã: não tem hábito de alimentar-se pela manhã; almoço: arroz com salame ou ovo frito ou carne assada preparada no local de trabalho por algum dos colegas. Jantar com feijão e arroz + carne de porco frita); IMC 32 kg/m2=. Glicemia de jejum – duas medidas 150 e 160 mg/dL; Hemoglobina Glicada 6,9%. Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Caso Clínico 1 1 – Lista de Problemas? Hipótese diagnós[ca, Doenças crônicas e problemas 2 – Qual a Abordagem? – Anamnese dirigida – Exame bsico dirigido 3- Qual seu plano? – Exames complementares – Tratamento farmacológico e não-farmacológico (orientações) - Atestado? Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Manejo não medicamentoso Ø Refeições: variar grupos (alimentos frescos à alimentos semi processados à processados; fracionar refeições; aumentar ingesta de fibras; aumentar proporção carboidratos complexos; reduzir gorduras) – pactuar um diário alimentar Ø Tabagismo – abs[nência x redução de danos Ø A[vidade bsica (quan[ficar a[vidade bsica no trabalho) Ø Meta de redução de peso (10 a 15% do peso) Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Tratamento medicamentoso • Quando introduzir medicação? • Adequação da medicação até a[ngir meta... • Acompanhamento... Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Caso Clínico 2 ● MSS, feminina, 60 anos, domés[ca, com antecedente de DM - 2 há 10 anos, usa Melormina 850 mg três vezes por dia após as refeições e Glibenclamida 5mg antes do café e jantar. Ela confidencia que às vezes come doces no trabalho porque fica ansiosa. Seus exames: Glicose jejum 300, Hemoglobina glicada 8,7%. Refere perda ponderal de aproximadamente 10 kg em 6 meses, poliúria, polidipsia e candidíase vaginal de repe[ção. . Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Caso 3 91 1 – Lista de Problemas? Hipótese diagnós[ca, Doenças crônicas e problemas 2 – Qual a Abordagem? – Anamnese dirigida – Exame bsico dirigido 3- Qual seu plano? – Exames complementares – Tratamento farmacológico e não-farmacológico (orientações) - Atestado? Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Caso Clínico 2 Ø Avaliar a eficácia e indicação de medicamentos orais; Ø Momento de introdução da insulina/posologia; Ø Trabalho em equipe (médico prescreve; enfermeira orienta uso e aplicação, bem como complicações – hipoglicemia etc; ACS visita e avalia uso e dúvidas; técnico de enfermagem); Ø Fazer receita da nova terapêu[ca (Melormina+ insulina); Projeto Mais Médicos para o Brasil MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO Insulinoterapia – Indicações • Se o controle não for alcançado após o uso de me~ormina em associação com uma sulfoniluréia por três a seis meses; • Quando os níveis de glicemia em jejum es[verem > 300mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagnósNco, principalmente se acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia (GUSSO; LOPES, 2012). • Situações de estresse agudo metabólico (infecções, cirurgias, infecções graves, AVE, politrauma, IAM...) 9 3
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