IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
IAGO SAIBEL BINOW
IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
LARANJA DA TERRA
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
IAGO SAIBEL BINOW
IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
LARANJA DA TERRA
2020
IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Autor
Iago Saibel Binow
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto no trabalho”.
RESUMO – O objetivo desse trabalho é demonstrar a importância de levar a informação a crianças e adolescentes acerca de como investir e como o dinheiro funciona, permitindo aos jovens desta classe, dar um destino adequado a seus recursos. Em relação a essa perspectiva, considera-se importante o fortalecimento de ações no sentido de desenvolver a educação financeira, a fim de controlar o orçamento doméstico e permitir ao indivíduo o conhecimento necessário para que possa investir os excedentes financeiros em uma aplicação vantajosa e em conformidade com o seu perfil. A metodologia utilizada foi o da pesquisa bibliográfico-descritiva, em que se apoiou em fontes diversas para a constituição geral das informações, para que, posteriormente se pudesse expor uma concepção objetiva em torno do tema proposto, contribuindo assim, para fomentar inclusive novos estudos acerca do tema.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Financeira. Mundo. Brasil. Escolas.
ABSTRACT - The objective of this work is to demonstrate the importance of taking information to children and adolescents about how to invest and how money works, allowing young people in this class to give an adequate destination to their resources. In relation to this perspective, it is considered important to strengthen actions in order to develop financial education, in order to control the household budget and allow the individual the necessary knowledge so that he can invest the financial surpluses in an advantageous application and in accordance with your profile. The methodology used was that of bibliographic-descriptive research, which relied on different sources for the general constitution of information, so that, later, an objective conception around the proposed theme could be exposed, thus contributing to foster even new studies on the theme.
KEYWORDS: Financial Education. World. Brazil. Schools.
1 INTRODUÇÃO
Nunca é cedo demais para aprender a lidar com o dinheiro, com o que realmente é necessário e o que é supérfluo, a diferença do que ser quer da que do que se precisa. Existe uma população pouco instruída financeiramente, muitas das vezes, acima da sua capacidade de endividamento. Baseado nisso, existe a necessidade de ensinar os indivíduos, desde o início de sua educação básica para lidarem com seu dinheiro (OLIVEIRA, at al., 2014).
Este trabalho se justifica no sentido de constituir um material substancial de informações em relação ao tema proposto, reforçando temas como, educação financeira no mundo, no brasil e nas escolas, bem como contribuir para novas fontes de análise e reflexão, a fim de resultar em novos estudos.
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 Educação Financeira
A educação financeira tem, como objetivo, auxiliar os estudantes na administração de seus rendimentos e investimentos. Esta educação é de suma importância devido as atuais mudanças demográficas, econômicas e políticas do país.
2.1.1 Conceitos importantes
Segundo consta no Caderno de Educação Financeira, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil (2013), na hora de lidar com o dinheiro, alguns comportamentos são importantes. O consumidor deve conhecer e entender como funciona o mercado e como os juros influenciam nas finanças do cidadão. É de extrema importância, também, controlar o consumismo compulsivo, sabendo a diferenciar um gasto necessário de um supérfluo, de forma a evitar o endividamento.
Por conseguinte, o cidadão deve compreender a importância e vantagem de planejar e acompanhar o orçamento pessoal e familiar e ter noção de que poupar é vantajoso, tanto para reduzir riscos de eventos inesperados como para realizar sonho, tendo assim, uma reserva financeira emergência.
Segundo Pinheiro (2008) define educação financeira como habilidade que um individuo possui para administrar suas finanças pessoais durante o seu ciclo de vida. Habilidades essas que são adquiridas com o tempo por meio de decisões que foram tomadas ao longo de sua vida.
É importante que as pessoas entendam aquilo que desejam e o que precisam, assim, educar-se financeiramente irá auxiliar os indivíduos a alcançarem seus objetivos. D’Aquino (2008, p.23) afirma que “ser capaz de distinguir o que compramos porque queremos daquilo que consumimos porque precisamos é fundamental em qualquer idade”.
Por isso a importância do estudo da educação financeira, a população sente-se cada vez mais na necessidade pelo consumismo num país subdesenvolvido, onde a maioria da população tem dificuldades financeiras, pois, discute diretamente a forma como se gasta. Segundo Cabral (2013, p.03) “na realidade, não é quanto dinheiro se ganha que faz a diferença, mas quanto dinheiro se guarda ou, ainda, quanto o dinheiro trabalha aumentando-o, e por quantas gerações ele se manterá”.
2.1.2 Educação financeira no Mundo
Ana (2014) diz, que em inúmeros países a educação financeira tem sido implantada e eles estão criando instituições para sua promoção. O quadro 1 abaixo demostra as ações de governos no mundo sobre educação financeira.
Quadro 1: Educação Financeira em alguns países
	País
	Instituição Promotora
	Objetivos
	Estados Unidos
	Departamento do Tesouro – Escritório de Educação Financeira
	Promover o acesso a instrumentos de educação financeira para tomar decisões sábias quanto ao gerenciamento financeiro pessoal.
Coordenar as ações da Comissão de Educação e Instrução Financeira.
	Inglaterra
	Autoridade de Serviços Financeiros (FSA)
	Manter a confiança do mercado;
Promover o entendimento público do sistema financeiro, a proteção do consumidor e reduzir o crime financeiro.
Elaborar diretrizes para o ensino de educação financeira nas escolas inglesas.
	Portugal
	Instituto do Consumidor (IC)
	Atuar como órgão de defesa do consumidor.
Promover ações de educação, formação e produção de meios didático-pedagógicos.
	Japão
	Instituto Nacional para a Educação do Consumidor (NICE)
	Sustentar a efetiva e abrangente promoção da educação do consumidor.
	Canadá
	Escritório de Assuntos do Consumidor (OCA)
	Atuar no sistema de monitoramento do mercado e do consumo.
Atuar como fonte de informação econômico-financeira para a população canadense.
	Nova Zelândia
	NZ Retirement Comission
	Apresentar programas de incentivo ao plano de aposentadoria, garantindo aos idosos a qualidade de vida que eles esperam; atuar na educação de jovens.
	Espanha
	Comisión Nacional Del Mercado de Valores (CMNV) e pelo Banco de España
	Melhorar a cultura financeira da população adulta;
Inserir disciplinas que desenvolva a educação financeira nas escolas.
Fonte: Ana (2014)
De acordo com Ana (2014), as escolas de ensino fundamental dos Estados Unidos da América oferecem educação financeira, sendo que até o ano de 1985 dos 50 estados americanos, 60% já incluía a educação financeira como conteúdo obrigatório nas escolas secundarias.
Já no Reino Unido, Ana (2014) afirma, que a disciplina de educação financeira não é obrigatória, no entanto, existe uma discriminaçãode conteúdo por parte de outras disciplinas como educação moral e cívica, matemática, dentre outras.
Ana (2014) diz que, em Portugal, o instituto do consumidor, promove ações de educação, formação e produção de meios didáticos-pedagógicos. No Japão, o instituto Nacional para Educação do Consumidor desenvolve ações destinadas a educação do consumidor. No Canadá, as crianças aprendem educação financeira desde o início da escolarização.
Segundo Ana (2014), na Nova Zelândia, existe uma comissão que atua na educação financeira dos jovens e ainda orienta pessoas que se preparam para a aposentadoria.
Já na Espanha, segundo Ana (2014), argumenta-se a inserção da educação financeira no currículo escolar sem a necessidade de matéria nova, podendo ser tratada em disciplinas que criem a oportunidade de educar financeiramente crianças e adolescentes.
2.1.3 Educação financeira no Brasil
Segundo Savoia at all (2007), a educação financeira é algo fundamental na educação brasileira, pois os indivíduos são atraídos pelo crédito fácil, tendo como consequência o endividamento pois, não estava dentro do orçamento.
Wisniewski (2011) fiz que, devido ao padrão elevado de consumo das famílias e a falta de controle financeiro afeta o desenvolvimento das economias a saúde financeira pessoal e a sustentabilidade ao longo prazo. Por isso a importância do consumo consciente, do planejamento financeiro.
Para Cabral (2013), o fácil acesso ao crédito aumenta o endividamento das famílias brasileiras, principalmente das classes sociais mais baixas da sociedade.
Cabral (2013, p. 6) enfatiza que,
O consumo desenfreado de bens e serviços estimula o aumento do preço dos produtos, que por sua vez elevam o nível de inflação, desvalorizam a renda pessoal disponível e lançam os consumidores aos empréstimos pessoais, aos cartões de crédito, a utilização de limites de cheque especial, que no final desse ciclo terão um grande desiquilíbrio financeiro.
Segundo Ana (2014), o Brasil não tem planejamentos educacionais voltados para o processo de socialização econômica e que não há especificamente trabalhos sobre a implantação da educação em finanças pessoas nos currículos nacionais. 
2.1.4 Educação financeira infantil 
Muitos adultos não conseguem administrar as finanças pessoas. Para que estes sejam indivíduos responsáveis financeiramente é necessária uma base de conceitos e por conseguinte a importância da educação financeira infantil. 
Segundo Cabral (2013) é importante ensinar a criança a comprar itens de forma planejada, que suas escolhas proporcionem um melhor investimento de sua renda. A criança, a partir de sua organização e comprometimento com suas finanças perceba que seu consumo seja cada vez mais consciente.
Para Cerbasi (2011) a relação com o dinheiro deve ser construída a longo prazo, logo, tomar a iniciativa cedo e de forma correta diferencia um endividado de um milionário. Portanto, é necessário criar competências adequadas para adquirir recursos próprios, com a finalidade de se tornarem independentes num certo período.
Manfredini (2007) fiz que por meio de técnicas e estratégias, a educação financeira pode ser realizada na família, na escola. Pois, são estes os ambientes mais frequentados pelas crianças. Educar a crianças a forma de se usar o dinheiro, não está só relacionada a maneira de manusear a moeda em si, mas a implicações éticas e morais que o dinheiro pode envolver.
2.1.5 Educação financeira nas escolas
Stephani (2005) diz que, a chegada no aluno à escola traz, além de suas tradições familiares, sua história, as concepções da sua religião. Por conseguinte, a vida das crianças pode ser influenciada pela escola, todavia, ela não é a principal responsável pela sua educação.
A OCDE (2012) propõe que para que a abordagem da educação financeira escolar seja efetiva em escalas mais abrangente, é necessário que ela seja parte de uma estratégia nacional direcionada a capacitação financeira da população, e não exclusivamente uma estratégia isolada. A instituição defende ainda, que a educação financeira faça parte do essencial do currículo escolar, já que muitas vezes ela ainda é tratada como disciplina isolada, o ideal seria que ela interagisse com outras disciplinas do currículo escolar, dando uma base ainda maior para as crianças na vida real.
Martins (2004, p.5)
Uma criança passa oito anos no ensino fundamental, três anos no ensino médio e, durante esses onze anos de educação básica, é obrigada a memorizar nomes e datas de pouca utilidade na vida real. Nesses onze anos, o aluno não estuda noções de comércio, economia, finanças ou impostos. O sistema educacional ignora o assunto “dinheiro”, algo incompreensível, já que a alfabetização financeira é fundamental para ser bem-sucedido em mundo complexo. Se fizer um curso universitário fora da área econômica, o estudante completará a sua formação superior sem noções de finanças. Não tenho dúvida que essa falha é responsável por muitos fracassos pessoais e familiares.
O processo de aplicação acima é árduo e lento, por ser algo relativamente novo, ainda assim, é de suma importância para uma sociedade melhor financeiramente.
3 CONCLUSÃO
Nesse artigo destacou-se que o Brasil não tem uma população com conhecimento financeiro.
Diante destas circunstâncias e levando em consideração os princípios da Educação Financeira que foram expostos, é evidente a necessidade de uma educação financeira nas escolas, a fim de que não somente os novos indivíduos possam administrar seus recursos de forma mais racional, mas, também, compreender a dinâmica dos mais diversos investimentos para que possam diversificar suas aplicações, consequentemente, oferecendo um destino mais rentável e vantajoso aos seus recursos pessoais.
As informações aqui discorridas, embora relevantes, não são conclusivas, já que a literatura em torno do tema ainda é escassa, de modo que, diante dessa realidade, novos estudos devem ser realizados
4 REFERÊNCIAS
ANA, M. V. S. S. Educação Financeira no Brasil: Um estudo de caso. Dissertação de Mestrado – CENTRO UNIVERSITÁRIO UMA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO, Belo Horizonte, 2014.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. BCB. BACEN. Caderno de Educação Financeira: Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB, 2013.
CABRAL, B. B. Educação financeira: O primeiro passo para o consumo consciente. Acadêmico mundo Multidisciplinar. Bahia, 2013.
CERBASI, G. Pais inteligentes enriquecem seus filhos. 1º ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.
D’AQUINO, C. Educação Financeira: como educar seus filhos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
MANFREDINI, A. M. N. Pais e filhos: um estudo da educação financeira em famílias na fase de aquisição. 2007. 218f. Dissertação (Mestrado em psicologia clínica) – Pontifício Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.
MARTINS, J. P. Educação financeira ao alcance de todos. São Paulo: Fundamento Educacional, 2004.
OCDE – ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. Financial Education in schools. International Network on Financial Education. OECD Publication, 2012. 8 p.
OLIVEIRA, A. E.; MACHADO, F. F. S.; MARTINS, J. C.; SPOSITO, R. R. A importância da educação financeira no contexto escolar e familiar: uma amostra do projeto implantado na unespar. 2014. 16 f. Projeto de graduação. Universidade Estadual do Paraná - Campus de Apucarana, 2014.
PINHEIRO, R. P. Educação financeira e previdenciária, a nova fronteira dos fundos de pensão. 2008.
SAVOIA, J. R. F.; SAITO, A. T.; SANTANA, F. de A. Paradigmas da Educação Financeira no Brasil. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v.41, n.6, 2007.
STEPHANI, M. Educação Financeira: uma perspectiva interdisciplinar na construção da autonomia do aluno. Dissertação (Mestrado). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre-RS: PUCRS, 2005.
WISNIEWSKI, M. L. G. A importância da educação financeira na gestão das finanças pessoais: uma ênfase na popularização do mercado de capitais brasileiro. Revista Intersaberes, v.6,n. 11, p. 155-170, 2011.
Trabalho de conclusãode curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título em Complementação Pedagógica em Matemática. 
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