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TCC - Canal Pinheiros - DJL FINAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÃO PAULO 
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 
 
DANIEL JESUS DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSOREAMENTO DE RIOS E CÓRREGOS EM ÁREAS URBANAS: ORIGENS E 
CAUSAS – CANAL DO RIO PINHEIROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2019 
2 
 
 
DANIEL JESUS DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
ASSOREAMENTO DE RIOS E CÓRREGOS EM ÁREAS URBANAS: ORIGENS E 
CAUSAS – CANAL DO RIO PINHEIROS 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC 
apresentado como exigência parcial para 
a obtenção do título de bacharel em 
Engenharia Ambiental e Sanitária, do 
Centro Universitário Estácio de São 
Paulo. 
 
Orientador: Prof. Dr. Lino José Cardoso 
Santos 
Coorientador: Prof. Dr. Guillermo Ruperto 
Martin Cortés 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2019 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Lima, Daniel Jesus de 
 Assoreamento de rios e córregos em áreas urbanas: origens e 
causas: canal do Rio Pinheiros / Daniel Jesus de Lima – São Paulo, 
2019. 
 65 f.: il. 
 Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Ambiental e 
Sanitária – Centro Universitário Estácio de São Paulo, São Paulo, 2019. 
 
 1. Assoreamento - Gestão. 2. Impactos ambientais. I. Título. 
 
 CDD 
Ficha catalográfica: Miriam Cristina F. da Silva – CRB-8/9098 
4 
 
 
Daniel Jesus de Lima 
 
 
 
 
ASSOREAMENTO DE RIOS E CÓRREGOS EM ÁREAS URBANAS: ORIGENS E 
CAUSAS – CANAL DO RIO PINHEIROS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado 
como exigência parcial para a obtenção do título de 
bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária-, do 
Centro Universitário Estácio de São Paulo. 
 
Data da Aprovação: __/__/__ 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_________________________ 
Prof. 
Orientador / Centro Universitário Estácio de São Paulo 
 
_________________________ 
Participante da Banca 
 
_________________________ 
Participante da Banca 
5 
 
 
Folha que será substituída pela ATA da apresentação do TCC2 devidamente 
preenchida e assinada 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE 
São Paulo 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais, 
Marialva e Lima e a minha esposa 
Thaisa por todo incentivo e ajuda para 
que isso fosse possível. 
 
7 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
Aos Professores Guillermo Ruperto Martín Cortés e Lino José Cardoso Santos pelas 
orientações para formação e organização deste trabalho. 
 
A todos os professores da Estácio que de alguma forma, puderam contribuir para o 
aperfeiçoamento da minha formação, ao longo de todo o período do curso. 
 
A todos da EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A., em especial a todos 
do Departamento de Meio Ambiente, sem exceções, que pude e tenho a oportunidade de 
compartilhar a minha vida profissional e pessoal, e de sempre acreditarem e confiarem em 
meus trabalhos e de todas as oportunidades que puderam me proporcionar. Em especial ao 
tema aqui abordado neste trabalho, agradecer ao Geógrafo Carlos E. G. do Nascimento por 
ter acreditado em meu potencial, ensinado e dado o compromisso de trabalhar com este 
assunto na EMAE desde 2010. 
 
Aos meus familiares, agradeço o apoio incondicional. Aos meus pais e minha irmã que 
sempre me apoiaram com muito respeito em todas as decisões e caminhos que optei. A 
minha esposa Thaisa, agradeço por tudo, pelo amor, carinho, respeito e companheirismo. 
Pela compreensão que tive em todos os momentos que podiam estarmos juntos, mas tive 
que me dedicar, por estar na Universidade e nos momentos que tinha que estudar e realizar 
trabalhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A gente deve lutar contra o comodismo e a ociosidade; caso contrário, vamos retornar ao 
Mundo Espiritual com enorme sensação de vazio. Dizem que eu tenho feito muito, mas, 
para mim, não fiz um décimo do que deveria ter feito.” 
Chico Xavier 
9 
 
 
RESUMO 
 
O assoreamento em cursos d’águas urbanos é uma problemática que passa por 
constantes alterações geomorfológicas devido a diversas causas, às quais devemos 
estar atentos para sua adequada gestão. Neste gerenciamento da problemática do 
assoreamento, as consequências são os aspectos e impactos ambientais devido aos 
volumes e qualidade dos sedimentos; e técnicos e econômicos que envolvem os 
serviços periódicos de desassoreamento. Com isso, este trabalho aborda as causas 
do assoreamento, considerando a contribuição geológica (erosão) e o transporte dos 
sedimentos até seu acúmulo nos cursos d’águas na Bacia do Canal do Rio 
Pinheiros. Essas causas estão relacionadas ao aumento das vazões máximas por 
causa do escoamento superficial pluvial e a impermeabilização das superfícies; 
aumento da produção de sedimentos devido à desproteção das superfícies e a 
deterioração da qualidade das águas devido à poluição pontual e difusa. 
Palavras-Chaves: Canal do Rio Pinheiros, sedimentos, assoreamento, 
desassoreamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
ABSTRACT 
 
The sedimentation in urban water courses is a problem that goes through constant 
geomorphological changes due to several causes and that we must be attentive to 
these changes for its proper management. In this management of the problem of 
silting, the consequences are the environmental aspects and impacts due to the 
volumes and quality of sediment, technical and economic that involve the periodic 
services of desorption. Therefore, this work approaches the causes of sedimentation 
considering the geological contribution (erosion) and sediment transportation to its 
accumulation in the water courses in the Pinheiros River Basin. These causes are 
related to the increase of the maximum flows due to the surface runoff and the 
waterproofing of the surfaces; increased sediment production due to the lack of 
surface protection and the deterioration of water quality due to point and diffuse 
pollution. 
Keywords: Channel of the Pinheiros River, sediments, sedimentation, desanding. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 01 – Granulometria – Córrego Morro do S .................................................. 42 
 
Gráfico 02 – Granulometria – Córrego Pirajussara .................................................. 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 – Comparativo da inundação em áreas sem e com urbanização ............ 21 
 
Figura 02 – Rio Pinheiros – antes da retificação: traçado sinuoso - 1940................ 24 
 
Figura 03 – Vista aérea do Esporte Clube Pinheiros antes da retificação do Rio 
Pinheiros, 1933 ......................................................................................................... 24 
 
Figura 04 – Remador no Rio Pinheiros. Ao fundo, a Ponte Cidade Jardim em 1933 
................................................................................................................................... 24 
 
Figura 05 – Cocho no Rio Pinheiros – Década de 1930 .......................................... 25 
 
Figura 06 – Canal do Rio Pinheiros / Jurubatuba – Canal retificado. Traçado original 
do Canal antes da retificação - linha azul ................................................................. 27 
 
Figura 07 – Usina Elevatória de Traição: Estrutura e perfil de funcionamento ........ 28 
 
Figura 08 – Planta Geral do Aproveitamento Hidroelétrico da The São Paulo 
Tramway Light And Power Company Limited .......................................................... 33 
 
Figura 09 – Sub-Bacias da Bacia Hidrográfica do Rio Pinheiros ............................. 35 
 
Figura 10 – CanalPinheiros Superior e Inferior e seus afluentes ............................ 37 
 
Figura 11 – Foz do Córrego Pirajussara no Canal do Rio Pinheiros ....................... 39 
 
Figura 12 – Foz do Córrego Morro do S no Canal do Rio Pinheiros ........................ 40 
 
Figura 13 – Sedimento da foz do Córrego Morro do S ........................................... 40 
 
Figura 14 – Sedimento da foz do Córrego Pirajussara ............................................ 41 
 
Figura 15 – Após seleção manual dos elementos contaminantes foram identificados, 
dejetos orgânicos, plásticos, papel e outros ............................................................. 41 
 
Figura 16 – Localização da Bacia do Córrego Morro do S ....................................... 44 
 
Figura 17 – Hidrografia do Bacia do Córrego Morro do S ........................................ 45 
 
Figura 18 – Perfil longitudinal dos córregos Moenda Velha e Morro do S ............... 46 
 
Figura 19 - Carta Geotécnica da Bacia do Córrego Morro do S .............................. 47 
 
Figura 20 – Uso e Ocupação da Bacia do Córrego Morro do S ............................... 48 
 
Figura 21 – Mapa de hidrografia .............................................................................. 50 
 
Figura 22 – Mapa hipsométrico da bacia do Córrego Pirajussara ........................... 51 
13 
 
 
 
Figura 23 – Mapa geológico da bacia do Córrego Pirajussara ................................ 52 
 
Figura 24 – Mapa de Uso e Ocupação do Solo da bacia do Córrego Pirajussara ... 54 
 
Figura 25 – Evolução de ocupação dos anos de 1984, 1990, 1995, 2000, 2008 e 
2015 .......................................................................................................................... 55 
 
Figura 26 – Localização das áreas de visitadas ....................................................... 56 
 
Figura 27 – Localização da área denominada 01- Córrego Moenda Velha ............. 57 
 
Figura 28 – Córrego Moenda Velha visto da Rua Costa Nova do Prado ................. 57 
 
Figura 29 – Córrego Moenda Velha visto da Rua Costa Nova do Prado – Presença 
de material com característica física de resíduo de construção civil ........................ 58 
 
Figura 30 – Corte da cobertura vegetal para construção de empreendimento 
imobiliário ................................................................................................................. 58 
 
Figura 31 – Imagem antes do corte da cobertura vegetal ........................................ 59 
 
Figura 32 – Corte da cobertura vegetal para construção de empreendimento 
imobiliário ................................................................................................................. 59 
 
Figura 33 - Carreamento de solo oriundo dos processos erosivos devido ao corte da 
cobertura vegetal ...................................................................................................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 01 – Granulometria – Córrego Morro do S ....................................................42 
 
Tabela 02 – Granulometria – Córrego Pirajussara ....................................................43 
 
Tabela 03 – Uso e Ocupação da Bacia do Córrego Morro do S ...............................48 
 
Tabela 04 – Piscinões Existentes na Bacia do Córrego Pirajussara ........................49 
 
Tabela 05 – Uso e Ocupação da Bacia do Córrego Pirajussara ...............................53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 01 – Impactos Ambientais da Ocupação - Meio Físico – Urbana.................22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 17 
Objetivo Geral ....................................................................................................................... 19 
Objetivo Especifico ............................................................................................................... 19 
 
CAPÍTULO 01 – Desenvolvimento 
1.1 – Erosão............................................................................................................... 20 
1.2 – Causas e Mecanismos do Assoreamento ………………..…………………..…. 21 
1.3 – Canal do Rio Pinheiros – Evolução Histórica …………………………...………. 23 
1.4 – O Projeto da Serra …………………………………………………………………. 30 
1.5 – Caracteristicas Físicas da Bacia do Canal do Rio Pinheiros ………………… 34 
 
CAPÍTULO 02 – Estudo de Caso.......................................................................................... 38 
2.1- Resultados ......................................................................................................... 38 
2.2 – Resultados da Caracterização ......................................................................... 39 
2.3 – A Bacia do Córrego Morro do S ....................................................................... 44 
2.3.1 – Hidrografia ......................................................................................... 45 
2.3.2 – Relevo ................................................................................................ 45 
2.3.3 – Carta Geotécnica ............................................................................... 46 
2.3.4 – Uso e Ocupação do Solo ................................................................... 47 
2.4 – A Bacia do Córrego Pirajussara ....................................................................... 49 
2.4.1 – Hidrografia ......................................................................................... 49 
2.4.2 – Relevo ................................................................................................ 50 
2.4.3 – Carta Geotécnica ............................................................................... 52 
2.4.4 – Uso e Ocupação do Solo ................................................................... 53 
2.5 – Evolução da Ocupação .................................................................................... 44 
2.6 – Resultados do Trabalho de Campo ................................................................. 56 
 
CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 61 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 63 
 
 
 
 
17 
 
 
INTRODUÇÃO 
As modificações dos ecossistemas atuais pelo homem podem produzir tanto efeitos 
benéficos quantos catastróficos. Em geral, os efeitos catastróficos estão associados 
ao que é comumente chamado de poluição. (POLETO, 2008). Entre as intervenções 
antrópicas de maior impacto significativo estão, entre outros, o desmatamento e a 
impermeabilização dos centros urbanos, onde as velocidades de escoamentos dos 
corpos d’água estão cada vez mais rápidos e a concentração e a frequência do 
lançamento de cargas de esgotos sem prévio tratamento nos corpos d’água, mais 
frequentes. O assoreamento é um aspecto de desequilíbrio ambiental, que pode ter 
como característica geomorfológica, pedológica e hidrológica, que pode ser 
designado como degradação dos recursos naturais (solos e águas), provocada por 
formas inadequadas de uso do solo urbano. 
Segundo Mazuqui et al. (1999) a origem dos sedimentos basicamente se deve ao 
processo erosivo da formação geológica contribuinte. O impacto direto das gotas 
precipitadas sobre o solo tem um efeito de desagregação das partículas, 
principalmente as mais finas, que entram em suspensão. O escoamento superficial 
carreia grande parte desses sedimentos por toda a encosta. Esta forma de erosão 
pode ocorrer por igual em toda a superfície, sem uma definição clara de canais, ao 
que se denominade erosão laminar, ou pode concentrar-se em zonas de depressão 
natural, em forma de enxurradas com grande capacidade de transporte, dando 
origem ao que se denomina de erosão linear, em forma de sulcos, na sua 
manifestação mais branda, até atingir proporções maiores de escoamento, que 
passam no mesmo sulco ampliando-se em profundidade e extensão (ravinas) ou 
até sulcos que atingem o nível do lençol freático (boçorocas). 
Considerando o que é tratado por Luz (2015), a planície pluvial do Rio Pinheiros 
caracteriza-se com carga sedimentar predominantemente fina (silte e argila). Devido 
às interferências urbanas diretas e indiretas, essas características morfológicas 
encontram-se descaracterizadas. 
Segundo Poleto et al (2008), pouco estudos têm se preocupado em identificar as 
fontes de sedimentos em suspensão transportados por rios urbanos. Isso porque os 
sedimentos produzidos em áreas urbanas representam fontes de minerais e metais 
18 
 
 
pesados de diferentes origens, podendo ser tanto de fontes litogênicas quanto 
pedogênicas e antropogênicas. Assim, os sedimentos configuram-se como 
poluentes ou carreadores e fixadores de outros poluentes; desta forma, em áreas 
onde há depósito de sedimentos em contato com a população humana, corre-se o 
risco de haver contaminação e agravo de doenças, tornando o assoreamento uma 
problemática de saúde pública (MARCELINO, 2009). 
Neste caso, o fluxo de sedimentos em suspensão transportado representa uma 
mistura de partículas derivadas de diferentes localizações, constituída da chamada 
carga difusa, onde é extremamente importante o seu reconhecimento e 
mapeamento. 
Entre os aspectos que demonstram essa complexidade da carga difusa do material 
de assoreamento, podemos destacar: 
• Grande número e a variedade de fontes de sedimentos finos e 
poluentes dentro de ambientes urbanos; 
• Períodos esporádicos que as atividades de construção civil liberam 
pulsos de sedimentos em áreas urbanas; 
• Contribuição da área impermeável; 
• Intensidade de chuva; 
• Período seco antecedente; 
• Limpeza das redes de drenagem; 
• Gradiente da rede de drenagem. 
Em bacias urbanas a alteração de uso do solo é definitiva, o solo, e até o subsolo, 
ficam expostos para erosão no lapso de tempo entre o início do loteamento e o fim 
da ocupação. Quando a bacia urbana está completamente ocupada e o solo 
praticamente impermeabilizado, a produção de sedimentos tende a decrescer 
(TUCCI, 2009). 
O assoreamento tem como consequências principais a redução da profundidade dos 
cursos d’água (volume), produção de cheias, perda de eficiência das obras 
hidráulicas, deterioração da qualidade das águas, alteração e até a morte da vida 
aquática. 
19 
 
 
Objetivo Geral 
Identificar e relacionar as origens e causas do assoreamento de rios e córregos em 
áreas urbanas no município de São Paulo, com foco no Canal do Rio Pinheiros. 
Objetivos Específicos 
A partir da literatura disponível, conceitos sobre processos erosivos e as 
consequências relacionadas com o assoreamento dos principais afluentes do Canal 
do Rio Pinheiros: córregos Morro do S e Pirajussara. 
Buscar o histórico da formação do Canal do Rio Pinheiros e identificar as suas 
bacias e sub-bacias. 
Conhecer as bacias dos Córregos Morro do S e Pirajussara, relacionando as causas 
dos processos erosivos e o fator do assoreamento. 
Evidenciar e caracterizar fisicamente os sedimentos transportados das bacias dos 
Córregos Morro do S e Pirajussara até o Canal do Rio Pinheiros. 
 
Justificativa 
 
 
 
Problema 
 
Hipótese 
 
 
20 
 
 
CAPITULO 1 - DESENVOLVIMENTO 
1.1. Erosão 
A Erosão é um processo de desagregação e remoção de partículas do solo ou de 
fragmentos e partículas de rochas, pela ação combinada da gravidade com a água, 
vento, gelo e/ou organismos naturais – plantas e animais (BITTAR, 1995). 
A erosão pode se classificar em: 
• Erosão Natural ou geológica: que ocorre em condições de formação natural e 
movimentação do solo; 
• Erosão Acelerada ou Antrópica: que ocorre com intensidade superior que a 
natural, em consequência das atividades humanas, onde sua recuperação 
não é natural (BITAR, 1995). 
Os processos erosivos em ambientes urbanos ocorrem com maior frequência de 
forma acelerada ou antrópica, apresentando um desequilíbrio ambiental. Esse 
desequilíbrio muitas vezes é ocasionado pela transformação e uso do solo e 
interferência em sua cobertura vegetal. Com a interferência da cobertura vegetal, 
diminui-se a capacidade de infiltração do solo e aumenta-se o escoamento 
superficial. No processo de urbanização, além da interferência da cobertura vegetal, 
há também a impermeabilização dos solos, diminuindo ainda mais a capacidade de 
infiltração e aumento das velocidades dos escoamentos superficiais. 
No escoamento superficial, que tem como consequência os processos erosivos, 
podemos destacar as ravinas e boçorocas. 
As ravinas são erosões que ocorrem pela concentração do escoamento superficial. 
Essa erosão caracteriza-se por uma erosão com desprendimento e transporte de 
partículas do solo. Tem como características formas alongadas e compridas sem 
atingir o lençol freático. Podem possuir ramificações e perfil transversal com forma 
de V. 
As boçorocas são erosões devido à concentração do escoamento superficial, 
desencadeado e formado pelo fluxo das águas subterrâneas, quando o lençol 
21 
 
 
freático é atingido, tendo como contribuição além do fluxo das águas superficiais, 
mas como também as águas do lençol freático. Este tipo de erosão é de grandes 
dimensões e de difícil controle devido ao fluxo continuo das águas superficiais e 
subsuperficiais. 
1.2. Causas e Mecanismos do Assoreamento 
A erosão urbana está associada à falta de planejamento que considere o uso do 
solo e as tendências de desenvolvimento da área urbana (Almeida Filho, 2008). 
Essa relação de planejamento deve-se relacionar basicamente às etapas de 
urbanização de uma região, que de certa forma acarretam em alteração do uso do 
solo, impactos ambientais e em consequências físicas relacionadas ao escoamento 
superficial, erosão e assoreamento nos corpos d’água. Principalmente as ocupações 
em áreas de várzeas, próximas dos corpos d’água, como exemplificado na Figura 
01. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Comparativo da inundação em áreas sem e com urbanização. Fonte: BUCALEM, 
2012 
22 
 
 
Poleto, 2008 exemplifica de forma muito clara essas causas no Quadro 01: 
Quadro 01: Impactos Ambientais da Ocupação - Meio Físico – Urbana 
Uso e Ocupação Intervenção Impactos Consequências 
Loteamento 
Remoção da 
cobertura vegetal; 
terraplenagem: 
cortes e aterros. 
Erosão – 
Modificação da 
paisagem. 
Assoreamento; 
inundações / 
Enchentes. 
Área Industrial 
Remoção da 
cobertura vegetal; 
terraplenagem. 
Erosão localizada, 
poluição do ar, solo 
e água. 
Assoreamento; 
contaminação do 
ar, solo e água. 
Sistema Viário 
Desmatamentos; 
terraplenagem; 
corte e aterro; 
sistemas de 
drenagem. 
Erosão e 
escorregamento. Assoreamento 
Infraestrutura 
urbana 
Escavações; 
sistemas de 
drenagem; corte e 
aterro. 
Erosão e 
escorregamento. 
Assoreamento; 
inundações / 
enchentes. 
Fonte: POLETO, 2008 
Ainda para complementar, temos as principiais categorias de uso e ocupação de 
solo urbano em relação aos processos erosivos (POLETO, 2008): 
Áreas de Expansão Urbana: áreas urbanas com presença de loteamentos, 
destacando-se as regiões periféricas, onde os processos de loteamentos acontecem 
sem planejamento e com severos processos de degradação ambiental, 
desencadeando processos erosivos de diversos tipos. 
Áreas Urbanas Consolidadas: ocupação consolidada, com a maior parte do solo 
impermeabilizado, gerando grandes volumes do escoamento superficial, que podem 
ocasionar em áreas suscetíveis, processos erosivos. 
Diante disso, temos uma variação quanto às característicasfísicas e químicas do 
material de assoreamento, que dependerá do tipo da ocupação urbana que está 
ocorrendo na bacia hidrográfica. Para muitos pesquisadores, os processos erosivos 
que causam o assoreamento em bacias urbanas, se apresentam muito difíceis, 
devido as variáveis e interferências antrópicas e naturais, mas há uma técnica 
utilizada em bacias rurais, mas que pode ser adaptada para bacia urbana, chamada 
23 
 
 
de Fingerprinting1, que consiste na identificação de potenciais fontes de material de 
assoreamento, comparando as características desse material da fonte, com o 
material depositado na área de interesse. 
Utilizando-se dessa metodologia em áreas urbanas, devemos estar atentos a 
algumas dificuldades segundo Poleto (2011): 
• O grande número e a variedade de fontes de sedimentos finos e poluentes 
dentro de ambientes urbanos; 
• Os períodos esporádicos na qual a construção civil libera pulsos de 
sedimentos em áreas urbanas ou em urbanização; 
• Contribuição da área impermeável da bacia; 
• Intensidade da chuva; 
• Do período seco antecedente; 
• Limpeza das redes de drenagem. 
 
1.3. Canal do Rio Pinheiros – A Evolução Histórica 
O rio Tietê tem características peculiares - nasce nos limites da Serra do Mar, na 
vertente interiorana e segue em direção ao interior paulista cortando todo o Estado 
até desaguar no rio Paraná. O rio Pinheiros é um dos seus principais tributários e 
representa hoje o rio mais importante da capital. 
O Rio Pinheiros, na sua origem, era formado por duas afluências principais. Numa 
afluência, tinha o rio Grande que desaguava onde hoje se constitui a barragem do 
rio Grande e Usina Elevatória de Pedreira da represa Billings, no rio Jurubatuba que, 
por conseguinte, desaguava no rio Pinheiros. Noutra afluência estava o rio 
Guarapiranga que drenava uma grande bacia em direção ao mesmo ponto de 
deságue no rio Pinheiros que prosseguia em direção ao rio Tietê, formando um 
desenho que representava uma forquilha na confluência. O rio Pinheiros, com 
característica de planície, possuía uma sinuosidade extensa e declividade quase 
imperceptível. Ao longo de suas várzeas, grandes áreas separadas do leito principal 
davam origem a pequenas lagoas. Sua baixa declividade permitia a navegação por 
 
1
 Fingerprinting: rastreamento de fontes, para distinguir as fontes potenciais de sedimentos (POLETO, 2008). 
24 
 
 
índios, jesuítas e viajantes provenientes da Baixada Santista (NASCIMENTO, 2011). 
As Figuras 02 e 03 evidenciam sua sinuosidade e suas áreas de várzea, ainda no 
início do século XX. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Vista aérea do Esporte Clube Pinheiros antes da retificação do 
Rio Pinheiros, 1933. Fonte: TOYOSHI, 2009. 
Figura 2: Figura 02: Rio Pinheiros – antes da retificação: traçado sinuoso – 
1940. Fonte: GOLDENSTEIN, 2017 – Acervo da Fundação Energia e 
Saneamento. 
25 
 
 
Durante boa parte do século XIX, os cursos d’água do Pinheiros, Tamanduateí e o 
Tietê, foram utilizados para transportar madeira, pedras, argila, e produtos 
alimentícios da região de Santo Amaro. Além disso, parte da areia para construção 
civil da cidade de São Paulo, foram exploradas da Bacia do Rio Pinheiros. 
Até o século XIX, apenas três pontes atravessavam o rio, sendo duas em Santo 
Amaro e uma em Pinheiros. A primeira ponte de Pinheiros foi construída em 
madeira, no final do século XVII, com a contribuição dos moradores das vilas de São 
Paulo, Santana de Parnaíba, Itu e Sorocaba, pois era o principal elo de travessia dos 
viajantes entre o sul do país e essas regiões. As enchentes de verão sempre traziam 
problemas a essa ponte, até que em 1865 foi erguida a primeira ponte metálica. 
Essa foi a primeira grande intervenção da engenharia sofrida pelo rio. 
Nas várzeas do Rio Pinheiros eram comuns as práticas de esportes e lazer pelos 
moradores e clubes localizados próximos em suas margens como, por exemplo, o 
Esporte Clube Pinheiros, cujas práticas náuticas eram praticadas no próprio rio, 
como mostrado nas Figuras 04 e 05 (TOYOSHI, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Remador no Rio Pinheiros. Ao fundo, a Ponte Cidade Jardim 
em 1933. Fonte: TOYOSHI, 2009. 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na década de 1940 essa rede de drenagem foi retificada desde a foz do rio Grande, 
atual barragem do rio Grande e o trecho do rio Guarapiranga a partir da atual 
barragem Guarapiranga, até o seu deságue no rio Tietê. Desde então, passou a se 
chamar Canal Pinheiros e possuir um comprimento total de cerca de 25 Km, com 
uma largura aproximada de 80 metros e profundidade média de cerca de 3 metros. 
Na figura 06, compara-se o Canal do Rio Pinheiros com o leito original, antes da 
retificação. 
A bacia do Canal Pinheiros encontra-se quase que totalmente dentro do município 
de São Paulo, excetuando-se a parte correspondente ao rio Poá afluente do rio 
Pirajussara que se localiza na região do município de Taboão da Serra e a 
drenagem da bacia do Guarapiranga, que abrange os municípios de Embu das Artes 
e Cotia. 
Sua dinâmica hidráulica, totalmente alterada, permite que por condições artificiais, 
suas águas e a de seus tributários sejam revertidas por duas estruturas, as Usinas 
Elevatórias de Traição (Figura 07) e Pedreira, para o Reservatório Billings. Este 
conjunto artificial drena os vales dos rios Tietê e Pinheiros em até 395 m³/s de água, 
no sentido invertido, em épocas de chuvas, promovendo melhor trânsito de ondas de 
cheias na Região Metropolitana de São Paulo (EMAE, 2017). 
Figura 5: Cocho no Rio Pinheiros - Década de 1930. Fonte: TOYOSHI, 
2009. 
2
7
 
 
 
 
Figura 6: Figura 06: Canal do Rio Pinheiros / Jurubatuba – Canal retificado. Traçado original do Canal antes da retificação - linha 
azul. Fonte: EMAE, 2017. 
2
8
 
 
 
. 
Figura 7: Usina Elevatória de Traição: Estrutura e perfil de funcionamento. Fonte: EMAE, 2017. 
29 
 
 
A operação do Canal pressupõe serviços de desassoreamento e lançamento em 
bota-foras, retirada do lixo flutuante com escavadeiras e barcaças e finalmente 
desaterro e destinação final do material depositado nos bota-foras. 
Por um longo período os bota-foras construídos e situados ao longo do Canal, 
estiveram em operação desde a década de 60, constituindo-se áreas de disposição 
transitória para secagem do material proveniente do desassoreamento do Canal. 
O Canal Pinheiros, devido às suas características físicas e operacionais, é 
naturalmente um corpo d’água destinado à retenção de sedimentos, uma vez que 
tem capacidade de transporte muito limitada. 
A capacidade de transporte de sólidos do Canal Pinheiros é extremamente limitada 
e dependente das regras de operação do Sistema Hidráulico. As análises sobre o 
regime de transporte sólido neste curso d’água, demonstram claramente que a 
quase totalidade do transporte sólido ocorre em poucos eventos chuvosos, quando 
as estruturas são operadas com a finalidade de controlar as cheias e procede-se ao 
isolamento dos rios Tietê e Pinheiros através de uma estrutura implantada com esta 
finalidade – Estrutura de Retiro, localizada na confluência do Rio Pinheiros com o 
Rio Tietê (NASCIMENTO, 2011). 
O Rio Pinheiros, antes de sua retificação, era um típico rio de planície, com 
declividade quase imperceptível e sinuoso. Estas particularidades criaram as 
condições necessárias para que o seu entorno se caracterizasse por uma grande 
várzea, que periodicamente era inundada pelas cheias naturais do rio e, em 
consequência, por uma baixa ocupação humana. A retificação do seu leito e a 
construção do canal criaram as condições propícias para uma ocupação mais 
intensa dessas áreas, que inicialmente foi feita de forma ordenada, mas que a partir 
dos anos 70 deu-se de forma não planejada,em especial nos afluentes de sua 
margem esquerda (por exemplo, os córregos do Morro do S, do Pirajussara e do 
Jaguaré) (GESP, 2002). 
Como em toda cidade grande, as regiões periféricas, de menor valor imobiliário, mas 
fisicamente na bacia de seus tributários, serviram-se da ocupação de população de 
baixa renda. Daí, as regiões mais próximas ao centro, se impermeabilizaram 
30 
 
 
rapidamente e com isso, reduziram-se as áreas de recarga e de absorção das 
grandes precipitações pluviométricas, e, consequentemente, a drástica redução do 
tempo de trânsito das cheias. Já nas áreas periféricas, a expansão do uso e 
ocupação do solo se deu de forma mais desordenada, sem critérios de saneamento 
e de densidade e sem controle dos processos erosivos. Ainda as regiões periféricas 
são as grandes contribuintes de sólidos, por causa dos processos de uso e 
ocupação do solo. 
Nos últimos vinte anos, o avanço da mancha urbana - horizontal caracterizou-se por 
deixar grandes vazios à especulação imobiliária, que foram preenchidos num 
processo agressivo sem proteção de solo, geralmente erodíveis, sem preservação 
da cobertura vegetal e sem previsão de medidas preventivas para escoamento das 
águas superficiais. 
1.4. O Projeto da Serra 
A retificação do Rio Pinheiros foi uma das etapas do “Projeto da Serra”, um 
investimento gigantesco na produção de energia elétrica empreendido pela The São 
Paulo Tramway, Light and Power Company Limited, a Light, entre as décadas de 
1920 e 1960, que teve como objetivo principal o aproveitamento hidráulico para 
Geração de Energia elétrica em uma usina situada na Serra do Mar, em Cubatão, 
denominada Usina de Cubatão, mais tarde, renomeada como Usina Henry Borden, 
apresentada na Figura 08. 
O Projeto da Serra não só compreendia a Usina Henry Borden, como também 
oferecia vantagens e possibilidades de desenvolvimento, podendo mencionar: 
• Um abundante e seguro suprimento de energia elétrica, garantido por enorme 
volume de água armazenado em reservatórios; 
• O controle da vazão do Rio Pinheiros por meio bombas e Estruturas (Usinas 
Elevatórias de Pedreira e Traição e Estrutura de Retiro) e eventualmente, 
lançando-se as águas desse rio para o mar, por intermédio das represas, de 
forma a reduzir o nível do Rio Tietê nas grandes enchentes nos seus terrenos 
marginais; 
31 
 
 
• A possibilidade de criar um porto na cidade de São Paulo, a cerca de 750 
metros de altitude, em média, ligando-se com o oceano, em Santos, pelo 
canal do Rio Pinheiros, reservatórios descida das barcas por um plano 
inclinado na encosta da serra, continuando pelo Rio Cubatão e braços do Mar 
até os transatlânticos atracados nas docas. Como alternativa ao plano 
inclinado, poderia ser empregado o transporte aéreo das cargas por cabos 
teleféricos ligando o ultimo reservatório na cumeada da serra com o cais de 
Santos (SOUZA, 1989). 
Com o processo de industrialização intensificando a modernização a partir da 
década de 1920, houve uma necessidade de produção de energia elétrica. Em 
função desse novo panorama, a Light decidiu construir outras usinas, das quais a 
mais importante é a Usina Henry Borden, implantada entre os anos de 1925 e 1926, 
na raiz da Serra do Mar, no município de Cubatão. 
Por questões de topografia, os rios situados no planalto paulista (750 metros de 
altitude em relação ao nível do mar), correm para o interior do Estado, como 
demonstra o caso do Rio Tietê, que nasce a 15 quilômetros da costa e só vai 
desaguar no Atlântico no estuário do Rio da Prata, na fronteira entre o Uruguai e a 
Argentina. Os pequenos rios da vertente marítima que contrariavam essa tendência 
possuíam bacias com volume muito reduzido, impossibilitando seu represamento 
para a produção de energia elétrica. 
Para a construção da Usina Henry Borden, adotou-se a ideia de edificar barragens 
de pequena altura, impedindo, com isso, que as águas represadas corressem para o 
interior. Os reservatórios resultantes desses acúmulos foram ligados a bacia do Rio 
da Pedras, passando a formar o reservatório Billings. Essas águas, acrescidas das 
recebidas pelos contribuintes do Rio das Pedras, são lançadas em direção a 
Baixada, acionando, com isso, as turbinas da Usina Henry Borden. 
A Usina Henry Borden, contudo, teve ainda uma evolução técnica em relação a seus 
planos originais. Através da realização de um arrojado projeto de engenharia, foi 
possível lançar as aguas do Rio Tietê, na Billings, mediante a reversão do curso 
natural do sinuoso Rio Pinheiros, que foi transformado em Canal. A utilização de 
bombas de recalque instaladas nas Usinas Elevatórias de Pedreira e Traição 
32 
 
 
permitiu aumentar ainda mais o volume das águas dos reservatórios existentes, 
possibilitando maior volume de turbinamento na Usina Henry Borden. 
A Usina Henry Borden é composta por duas usinas de alta queda (720 m), 
denominadas de Externa e Subterrânea, com 14 grupos de geradores acionados por 
turbinas Pelton, perfazendo uma capacidade instalada de 889 MW, para uma vazão 
de 157 m³/s. Desde outubro de 1992 a operação desse sistema vem atendendo às 
condições estabelecidas na Resolução Conjunta SMA/SES 03/92, de 04/10/92, 
atualizada pela Resolução SMA-SSE-02, de 19/02/2010, que só permite o 
bombeamento das águas do Rio Pinheiros para o Reservatório Billings para controle 
de cheias, reduzindo em 75% aproximadamente, a energia produzida em Henry 
Borden (EMAE, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
3
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: Planta Geral do Aproveitamento Hidroelétrico da The São Paulo Tramway Light And Power Company Limited 
Fonte: SOUZA, 1989. 
34 
 
 
1.5. Características Físicas da Bacia do Canal do Rio Pinheiros 
O Canal do Rio Pinheiros está localizado no município de São Paulo, mais 
especificamente no eixo sudeste/centro-oeste da cidade. Pertence a Unidade de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos 6 - Bacia Hidrográfica do Alto Tietê – Zona 
Metropolitana e, conforme Decreto Estadual nº 10.755/77, o corpo hídrico - Canal 
Pinheiros – está enquadrado na classe 4 de qualidade das águas do Estado de São 
Paulo (CETESB, 2017). 
O Rio Pinheiros é um dos principais tributários do rio Tietê. Os rios Tietê e Pinheiros 
exercem função de estruturação espacial como condicionantes geográficos naturais 
do sítio urbano da metrópole de São Paulo, entretanto as intervenções exercidas 
nesses cursos d’água ao longo do tempo desempenharam papel determinante e 
configurador no território metropolitano. 
O Canal do Rio Pinheiros possui um comprimento total de cerca de 25,1 km, com 
uma largura aproximada de 80 metros e profundidade média de cerca de 3 metros. 
A área total da bacia é de 332,6 km² e composta por 46 sub-bacias 16 delas na 
margem esquerda do rio Pinheiros, em uma área de 209,6 km² e 30 bacias na 
margem direita. Nessas sub-bacias corre uma rede diversificada de pequenos 
cursos-d’água, cada um deles alimentando um córrego principal, que, por sua vez, 
chegará ao rio Pinheiros. O mapa de sub-bacias da bacia hidrográfica do rio 
Pinheiros (Figura 09 e 10) apresenta a localização de cada um dos córregos que são 
afluentes do Rio Pinheiros e os limites de suas bacias hidrográficas 
(GOLDENSTEIN, 2017). 
A bacia do Canal do Rio Pinheiros insere-se dentro dos limites de seis 
subprefeituras do município de São Paulo e em parte dos municípios de Taboão da 
Serra, Embu das Artes e uma pequena parte de Diadema. As subprefeituras são: 
Lapa, Pinheiros, Butantã, Vila Mariana, Santo Amaro e Campo Limpo. 
A bacia percorre os bairros da Lapa, Perdizes, Cerqueira Cezar, Jardim América, 
Pinheiros, Vila Madalena, Jardim Paulista, Butantã, Indianópolis, Jabaquara, Vila 
Mariana, Ibirapuera, Santo Amaro e Capela do Socorro. Portanto, a bacia encontra-
se quase que totalmente dentro do município de São Paulo, excetuando-se a parte 
35 
 
 
correspondente ao rio Poá afluentedo rio Pirajussara, que se localiza na região de 
Taboão da Serra e a drenagem da bacia do Guarapiranga, que abrange os 
municípios de Embu das Artes e Cotia. 
As Sub-Bacias 
 
O Canal Pinheiros possui 46 sub-bacias que estão identificadas na Figura 09: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Sub-Bacias da Bacia Hidrográfica do Rio Pinheiros. Fonte: 
GOLDENSTEIN, 2017. 
36 
 
 
Lista das Sub-Bacias 
• 1 - Córrego Continental 
• 2 - Intermediário Jaguaré/ Continental 
• 3 - Córrego Jaguare 
• 4 - Intermediário Pirajussara/ Jaguaré 
• 5 - Córrego Pirajussara 
• 6 - Intermediário Morro do “S”/Pirajussara 
• 7 - Córrego Morro do “S” 
• 8 - Intermediário Ponte Baixa/ Morro do “S” 
• 9 - Córrego Ponte Baixa 
• 10 - Córrego Itupu 
• 11 - Intermediário Itupu / Ponte Baixa 
• 12 - Contr. Direta Guarapiranga/ Pinheiros 
• 13 - Rio das Pedras 
• 14 - Córrego São Jose 
• 15 - Jusante Rio Cocaia 
• 16 - Rio Cocaia 
• 17 - Intermediário Fort. Ferraz 
• 18 - Córrego Belini 
• 19 - Intermediário Corujas / Belini 
• 20 - Córrego das Corujas 
• 21 - Intermediário Verde I / Corujas 
• 22 - Córrego Verde I 
• 23 - Intermediário Verde II / Verde I 
• 24 - Córrego Verde II 
• 25 - Intermediário Iguatemi / Verde II 
• 26 - Córrego Iguatemi 
• 27 - Intermediário Sapateiro / Iguatemi 
• 28 - Córrego Sapateiro 
• 29 - Intermediário Uberaba / Sapateiro 
• 30 - Córrego Uberaba 
• 31 - Córrego da Traição 
• 32 - Área Intermediária do Dreno do Brooklin 
• 33 - Córrego Agua Espraiada 
• 34 - Córrego Cordeiro 
• 35 - Intermediário Maria Joaquina / Dreno do Brooklin 
• 36 - Córrego Maria Joaquina 
• 37 - Intermediário Poli / Maria Joaquina 
• 38 - Córrego Poli 
• 39 - Intermediário Zavuvus / Poli 
• 40 - Córrego Zavuvus 
• 41 - Intermediário Olaria / Zavuvus 
• 42 - Córrego Olaria 
• 43 - Intermediário Pedreiras/ Olaria 
• 44 - Córrego Pedreiras 
• 45 - Intermediário Billings/ Pedreiras 
• 46 - Córrego Apucas 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: Canal Pinheiros Superior e Inferior e seus afluentes – Sem escala – Fonte: EMAE, 2017. 
38 
 
 
CAPITULO 2 - ESTUDO DE CASO 
2.1. Resultados 
Devido à complexidade da Bacia do Canal do Rio Pinheiros e considerando o 
alcance do presente Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, o autor decidiu 
estudar as amostras de dois dos mais representativos afluentes do Canal do 
Rio Pinheiros: Morro do S e Pirajussara. Foi efetuada a caracterização 
descritiva das bacias desses dois afluentes o que deve servir de base para 
futuros trabalhos de detalhamento em níveis superiores de pesquisa que 
devem influir no futuro aproveitamento econômico desses materiais. 
O desenvolvimento urbano acompanhado da impermeabilização da camada 
superficial dos solos e a densidade demográfica desordenada na Região 
Metropolitana de São Paulo acarretam grandes impactos nos cursos d’águas 
relacionados ao acréscimo do transporte de sedimentos, que vem a prejudicar 
de forma gradativa os afluentes e os principais cursos d’águas – Rio Pinheiros. 
Pode-se destacar o crescimento dos distritos do município de São Paulo, que 
dos anos de 1980 a 2010, apresentou expressivos crescimentos populacionais, 
atrelado as alterações do uso e ocupação do solo na região, que resulta em 
alterações físicas significativas nas coberturas vegetais e de exploração do 
solo. Através desses dados, é possível entender as contribuições expressivas 
de material de assoreamento, oriundas principalmente dos processos erosivos 
causados, entre outros pela ausência de cobertura vegetal, expansão urbana 
em crescimento com construções de edificações e o inadequado descarte de 
resíduos sólidos tendo como principal contribuição, mas não única, os resíduos 
das atividades de construção civil. 
Dentre os distritos apresentados destacamos as Bacias dos Córregos Morro do 
S e Pirajussara que apresentaram crescimentos populacionais exponenciais 
nas últimas três décadas e que são bacias onde seus desemboques estão no 
Canal do Rio Pinheiros e suas fozes representam significativos volumes de 
material assoreado. Nessas fozes e nas proximidades ao longo do eixo do 
Canal do Rio Pinheiros, ocorrem com maiores frequências as atividades de 
desassoreamento e acompanhamento da situação dos volumes depositados 
39 
 
 
(EMAE, 2018). 
Para evidenciar as características físicas dos sedimentos dessas bacias que 
contribuem significativamente no Canal do Rio Pinheiros e poder diagnosticar 
as origens do material de assoreamento, realizamos uma campanha de 
caracterização granulométrica dos dois principais córregos: Morro do S e 
Pirajussara. Os critérios para o estabelecimento para essa caracterização foi à 
disponibilidade dos recursos disponíveis para a coleta; tendo como método, 
uma coleta realizada na margem do Canal do Rio Pinheiros, sendo material 
oriundo da atividade de desassoreamento das fozes desses córregos. 
As coletas foram realizadas no dia 10 de outubro de 2017. 
2.2. Resultados da Caracterização 
Seguem abaixo, os dados das amostras de material de assoreamento oriundas 
das fozes dos Córregos Morro do S e Pirajussara (Figuras 11, 12 e 13). O 
material foi coletado na margem do Canal do Rio Pinheiros, que consiste na 
área de secagem e disposição transitória das atividades de desassoreamento 
da EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. – figuras 11 e 12. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11: Foz do Córrego Pirajussara no Canal do Rio 
Pinheiros, 19/07/2017 – Fonte: Fotografia do autor. 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amostra da Foz do Córrego Morro do S 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Foz do Córrego Morro do S no Canal do Rio 
Pinheiros, 22/09/2017 – Fonte: Fotografia do autor. 
Figura 13: Sedimento da foz do Córrego Morro do S - Fonte: 
Fotografia do autor, 2017. 
41 
 
 
Amostra da Foz do Córrego Pirajussara 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A cor escura indica a presença de matéria orgânica predominante nos 
sedimentos do Córrego Pirajussara, conforme Figura 14. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudados na lupa binocular, os sedimentos mostraram fragmentos de mica 
moscovita, quartzo e feldspatos, concordantes com materiais procedentes 
da erosão dos granitos da região. Para a amostragem e caracterização, foram 
Figura 14: Sedimento da foz do Córrego Pirajussara - Fonte: 
Fotografia do autor, 2017. 
Figura 15: Após seleção manual dos elementos contaminantes foram 
identificados, dejetos orgânicos, plásticos, papel e outros - Fonte: 
Fotografia do autor, 2017. 
42 
 
 
necessários 1 kg de material. 
Para complementar a descrição destes materiais as amostras foram 
submetidas a ensaios de granulometria – Tabelas 01 e 02 e Gráficos 01 e 02. 
 
Tabela 01: Granulometria – Córrego Morro do S 
 
 
 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
Gráfico 01: Granulometria – Córrego Morro do S 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
 
43 
 
 
Tabela 02: Granulometria – Córrego Pirajussara 
 
 
 
 
Fonte: Autor, 2017. 
Gráfico 02: Granulometria – Córrego Pirajussara 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor, 2017. 
Diante dessa caracterização física dos sedimentos, temos como resultado final 
que os materiais oriundos da Bacia do Córrego Morro do S classificam-se como 
Areia Média e da Bacia do Córrego do Pirajussara como Areia Fina. 
Segundo Canil (2006) a análise do comportamento do material permite 
observar que os sedimentos finos se deslocam com a mesma velocidade das 
44 
 
 
águas dos rios (em suspensão), enquanto aqueles com partículas de maior 
granulometria são transportados mais lentamente e podem permanecer em um 
mesmo local por um período maior de tempo, dependendo da vazão dos 
cursos d’água. Dessa forma, o sedimento em suspensão pode apresentar uma 
distribuição variável na direção vertical da coluna d’água. 
Para analisar as potencias fontes do material das Bacias dos Córregos Morro 
do S ePirajussara (como uma das bacias com contribuição de sedimentos 
mais expressiva para o Canal do Rio Pinheiros), se apresentam a seguir 
algumas características físicas dessas regiões. 
2.3 A Bacia do Córrego Morro do S 
 
A Bacia Hidrográfica do Morro do S localiza-se na zona sul do Município de 
São Paulo, abrangendo uma área de 22,6 km², correspondente a 1,5% da área 
total do Município – Figura 16. A cabeceira da Bacia do Morro do S localiza-se 
próximo da divisa dos municípios de São Paulo e Itapecerica da Serra. O 
Córrego Morro do S percorre a Avenida Carlos Caldeira Filho e a Avenida João 
Dias até a sua foz no Canal do Rio Pinheiros (FCTH, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 16: Localização da Bacia do Córrego Morro do S. Fonte: FCTH, 2016. 
45 
 
 
2.3.1. Hidrografia 
 
A hidrografia principal da Bacia do Morro do S é composta pelos córregos 
Morro do S e Moenda Velha, além de afluentes importantes como os córregos 
São Luiz, Cachoeira, Freitas e Capão Redondo – figura 17. A extensão do eixo 
principal, considerando o curso do Córrego Moenda Velha e depois seguindo 
pelo Córrego Morro do S até a foz no Rio Pinheiros, é de 11,4 km. Já a 
extensão total dos cursos d’água na bacia é de aproximadamente 60 km 
(FCTH, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3.2. Relevo 
 
A região baixa da Bacia do Morro do S, localizada na vertente esquerda do Rio 
Pinheiros, é constituída por anfibolitos. A parte central da bacia é formada por 
rochas granitóides predominantemente orientadas ou folhadas e a região alta 
da bacia possui micaxistos, com quartzitos e metassiltitos e xistos. 
As elevações na bacia variaram de 871 m na cabeceira até 724 m no exutório, 
Figura 17: Hidrografia do Bacia do Córrego Morro do S. Fonte: FCTH, 2016. 
46 
 
 
conforme observado no perfil longitudinal – Figura 18 (FCTH, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3.3 Carta Geotécnica 
 
A Carta Geotécnica traz importantes informações sobre as características do 
meio físico, como solos e rochas, e problemas existentes ou esperados, tais 
como zonas de escorregamentos. 
Estas características, combinadas à forma de ocupação, possibilitam a 
interpretação do meio físico e avaliação das potencialidades e limitações ao 
uso e ocupação do solo. 
A Figura 19 apresenta a Carta Geotécnica da Bacia do Morro do S com suas 
Figura 18: Perfil longitudinal dos córregos Moenda Velha e Morro do S. Fonte: FCTH, 
2016. 
47 
 
 
unidades geológicas. Destaca-se neste Mapa a planície aluvial como áreas de 
fundo de vale com baixa declividade (menos de 5%), solos arenosos e 
argilosos de espessura variável, nível de água raso, que são áreas sujeitas à 
inundação (FCTH, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3.4. Uso e Ocupação do Solo 
 
A caracterização do uso e ocupação do solo foi elaborada com base em 
imagens aéreas do IGC do ano de 2010 confrontadas com as mais recentes 
imagens disponíveis na plataforma do Google Earth. 
A Tabela 04 indica os usos observados na Bacia do Morro do S com suas 
respectivas áreas e a porcentagem em relação à área total da bacia. O mapa 
contendo os usos do solo predominantes é apresentado na Figura 20 (FCTH, 
2016). 
 
 
 
Figura 19: Carta Geotécnica da Bacia do Córrego Morro do S. Fonte: FCTH, 2016. 
48 
 
 
Tabela 03: Uso e Ocupação da Bacia do Córrego Morro do S. 
Uso e Ocupação Área (km²) % Área da Bacia 
Residencial Horizontal Baixo Padrão 7,25 32,08 
Ruas e Estradas 3,14 13,92 
Residencial Horizontal Médio e Alto Padrão 2,46 10,87 
Residencial Vertical Médio e Alto Padrão 1,82 8,03 
Calçadas e outros 1,80 7,96 
Residencial e Comércio/Serviços 1,78 7,87 
Comércio/Serviço 1,01 4,46 
Residencial Vertical Baixo Padrão 1,00 4,42 
Equipamento Urbano 0,77 3,41 
Espaços Abertos 0,48 2,12 
Residencial e Indústria/Armazém 0,45 2,01 
Indústria / Armazém 0,34 1,52 
Comércio / Serviço e Indústria Armazém 0,22 0,99 
Massa d’água 0,08 0,34 
Fonte: FCTH, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20: Uso e Ocupação da Bacia do Córrego Morro do S. Fonte: FCTH, 2016. 
49 
 
 
2.4. A Bacia do Córrego Pirajussara 
 
A bacia do Córrego Pirajussara, afluente da margem esquerda Rio Pinheiros 
está localizada na região oeste da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), 
ocupando uma área de 73,1 km². De acordo com a divisão política 
administrativa abrange os municípios de São Paulo com 40,6 km², Embu das 
Artes com 12,3 km² e Taboão da Serra com 20,2 km² (CANIL, 2006) 
 
2.4.1. Hidrografia 
 
As nascentes do Córrego Pirajussara se localizam nos municípios de Embu 
das Artes e de São Paulo. Sua extensão total é de aproximadamente 18,5 km, 
dos quais 6,3 km estão canalizados. Seu afluente principal é o ribeirão Poá, 
que tem 9 km de extensão e área da bacia de 16,32 km. Situa-se 
inteiramente no município de Taboão da Serra, desaguando no ribeirão 
Pirajussara, onde faz divisa com São Paulo, que a partir desse trecho, corre 
apenas por esse município (CANIL, 2006). Uma característica importante na 
Bacia do Pirajussara é a existência de 7 reservatórios de detenção (piscinões), 
para o amortecimento das cheias e minimizar os problemas de inundações. Ao 
todo somados, conseguem acumular o volume de 1.200.000 m³ -Tabela 04 
(DAEE, 2018). 
 
Tabela 04: Piscinões Existentes na Bacia do Córrego Pirajussara. 
Piscinão Volume de Armazenamento 
Nova República, Embu das Artes 110.000,00 
Parque Pinheiros, Taboão da Serra 117.000,00 
Portuguesinha, Taboão da Serra 120.000,00 
CPTM / Maria Sampaio, São Paulo 120.000,00 
Eliseu de Almeida São Paulo / Taboão da Serra 113.000,00 
Sharp São Paulo 500.000,00 
Olaria São Paulo 120.000,00 
Total 1.200.000,00 
Fonte: DAEE, 2019. 
 
 
50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4.2. Relevo 
As formas de relevo da bacia do ribeirão Pirajussara associadas às diferentes 
litologias, ora apresentadas e que representam a superfície da área da bacia 
são predominantemente dos tipos planícies, colinas e morrotes baixos (CANIL, 
2006). 
De acordo com o mapa hipsométrico (Figura 22), a variação altimétrica da foz 
Figura 21: Mapa de hidrografia da Bacia do Córrego Pirajussara. Fonte: FCTH, 
2016. 
51 
 
 
do Córrego Pirajussara até o divisor de cabeceiras é de 175 m, com a menor 
cota de altitude de 710 m junto à foz do rio Pinheiros, e a maior, de 910 m nas 
cabeceiras do ribeirão Poá. Porções mais elevadas da superfície, entre as 
cotas de 835 e 860 m correspondem aos topos, principalmente das cabeceiras 
do córrego Poá e ao longo dos interflúvios que o separa da bacia do Córrego 
Pirajussara, são caracterizadas por morrotes baixos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 22: Mapa hipsométrico da bacia do Córrego Pirajussara. Fonte: 
CANIL, 2006. 
52 
 
 
2.4.3. Carta Geotécnica 
Segundo a Carta Geológica da Região Metropolitana de São Paulo 
(COUTINHO, 1980), a bacia do ribeirão Pirajussara está inserida em contexto 
geológico onde predominam rochas do embasamento cristalino e 
secundariamente sedimentos do terciário-quaternário da Bacia Sedimentar de 
São Paulo e sedimentos aluvionares quaternários – Figura 23 (CANIL, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 23: Mapa geológico da bacia do Córrego Pirajussara. Fonte: 
CANIL, 2006. 
53 
 
 
As rochas do embasamento cristalino são caracterizadas, por migmatitos e 
gnaisses graníticos. Ocorrem predominantemente desde as cabeceiras dos 
afluentesdo ribeirão Pirajussara, incluindo toda a área da sub-bacia do córrego 
Poá, seu principal afluente, até as proximidades de sua foz junto ao rio 
Pinheiros. 
2.4.4. Uso e Ocupação do Solo 
Em relação ao uso e ocupação do solo, a bacia do Córrego Pirajussara 
apresenta diversas tipologias que variam desde mata preservada (sub-bacia do 
córrego Poá, município de Taboão da Serra) até áreas em diversos graus de 
urbanização (muito adensadas, poucoadensadas, com infra-estrutura, sem 
infra-estrutura, etc.). De qualquer forma, pode-se dizer que mais de 90% da 
área da bacia é caracterizada pela ocupação urbana – Tabela 06 e Figura 24 
(CANIL, 2006). 
Tabela 05: Uso e Ocupação da Bacia do Córrego Pirajussara (CANIL, 
2006) 
Categoria Área (km²) % 
Cobertura vegetal (mata) 5,16 7,0 
Cobertura vegetal degradada - - 
Campo 2,03 2,8 
Área urbana consolidada com alto padrão construtivo, 
com cobertura vegetal significativa e média densidade 
de ocupação 
2,60 3,5 
Área urbana consolidada com médio padrão construtivo, 
média cobertura vegetal, média densidade de ocupação 8,81 12,0 
Área urbana consolidada com médio padrão construtivo, 
pouca cobertura vegetal, alta densidade de ocupação 22,01 30,0 
Área urbana consolidada com baixo padrão construtivo, 
sem cobertura vegetal, alta densidade de ocupação 17,18 23,4 
Área Institucional 7,99 10,9 
Chácaras 0,90 1,2 
Área urbana em consolidação com alta densidade de 
ocupação 2,33 3,2 
Área urbana em consolidação com média densidade de 
ocupação 1,47 2 
Área parcelada 0,35 0,5 
Superfície em exposição 2,59 3,5 
Área da bacia 73,43 100 
Fonte: CANIL, 2006. 
54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5. Evolução de Ocupação 
Para se compreender a apropriação das áreas estudadas levantaram-se 
algumas imagens que podem testemunhar o histórico da alteração física da 
região. Nesta composição de imagens, apresenta-se o histórico das imagens 
de satélite do Google Earth, evidenciando o avanço do uso e ocupação do solo, 
um dos fatores antrópicos que acelera e interfere diretamente em processos 
erosivos e consequentemente em fontes de material para assoreamento. O 
histórico corresponde aos anos de 1984, 1990, 1995, 2000, 2008 e 2015 
(Figura 25). 
Figura 24: Mapa de Uso e Ocupação do Solo da bacia do Córrego 
Pirajussara Fonte: CANIL, 2006. 
55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 25: Evolução de ocupação dos anos de 1984, 1990, 1995, 2000, 2008 e 2015 – Fonte: Google Earth, 2019. 
56 
 
 
2.6. Resultados do Trabalho de Campo 
Foram demonstradas duas situações de processos erosivos na Bacia do Córrego 
Morro do S, que tem como consequência fontes de material de assoreamento; que 
ocorrem em bairros de classes sociais opostas, mas ambos tendo as mesmas 
consequências. 
Foram visitadas duas áreas, definidas como Área 01 e 02 – Figura 26. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A área 01, conforme as figuras 27, 28 e 29 correspondem ao Córrego Moenda 
Velha, na altura da rua Costa Nova do Prado, localizado no Bairro do Capão 
Redondo, um dos principais afluentes do Córrego Morro do S. Neste Córrego, 
evidenciou-se ocupação subnormal em suas margens, processos erosivos, resíduos 
urbanos e assoreamento em seu leito. No seu leito, há bancos de sedimentos de 
materiais finos e principalmente grossos, com características físicas de resíduos de 
construção civil. 
 
 
 
 
Figura 26: Localização das áreas de visitadas – Fonte: Google Earth, 2019. 
57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
Figura 27: Localização da área denominada 01- Córrego Moenda Velha – Fonte: Google 
Earth, 2019. 
Figura 28: - Córrego Moenda Velha visto da Rua Costa Nova do Prado. 
Fonte: Fotografia do autor, 19/05/2018. 
58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A área 02 (Figuras 30, 31, 32 e 33) é um exemplo de uso e ocupação do solo na 
Rua Carvalho de Freitas na altura da Rua Castelhano, bairro da Vila Andrade, onde 
o corte da cobertura vegetal devido ao novo uso do local – empreendimento 
imobiliário - apresenta processos erosivos e carreamento de material de solo nos 
cursos das águas pluviais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 29: Córrego Moenda Velha visto da Rua Costa Nova do Prado 
– Presença de material com característica física de resíduo de 
construção civil. Fonte: Fotografia do autor, 19/05/2018 
Figura 30: Corte da cobertura vegetal para construção de empreendimento imobiliário 
– imagem do dia 11/12/2017 – Fonte: Google Earth, 2019. 
59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 31: Imagem antes do corte da cobertura vegetal. Imagem do dia 23/06/2017 – 
Fonte: Google Earth, 2019. 
Figura 32: Imagem do corte da cobertura vegetal antes existente para a 
construção de empreendimento imobiliário. Fonte: Fotografia do autor, 
19/05/2018 
60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 33: Carreamento de solo oriundo dos processos erosivos 
devido ao corte da cobertura vegetal. Fonte: Fotografia do autor, 
19/05/2018. 
61 
 
 
CONCLUSÃO 
Esta pesquisa serviu para apresentar de forma histórica e técnica as origens e 
causas do material de assoreamento na Bacia do Canal do Rio Pinheiros. Se mostra 
como a ocupação urbana desordenada influi na ação da erosão, mobilidade, 
acúmulo e deposição do material de assoreamento nos corpos d’água. 
Quanto a caracterização granulométrica, apesar das bacias hidrográficas dos 
córregos Morro do S e Pirajussara terem os usos e ocupações similares, uma das 
características que potencialmente influenciou em resultados diferentes de 
granulometria, é o fato que a bacia do Córrego Pirajussara é composta de 7 
reservatórios de detenção (piscinões) para amortecimento de cheias, assim as 
águas perdem velocidade e o material mais grosso é retido nos piscinões e o mais 
fino fica em suspensão. Dessa forma apenas o material mais fino acumula-se na sua 
foz no Canal do Rio Pinheiros. No caso do Córrego Morro do S como não há 
nenhuma área de amortecimento a montante, todo o material acumulado em seus 
afluentes e leitos, são arrastados para sua foz no Canal do Rio Pinheiros, tendo um 
material de assoreamento mais arenoso e com partículas maiores, comparadas com 
o Córrego Pirajussara. Este aspecto pode significar um potencial para o 
beneficiamento do material e possível aplicação na indústria da construção civil. 
As frequências de assoreamento, em destaque, com origens das Bacias do Morro do 
S e Pirajussara, estão relacionadas ao crescimento populacional e o uso e ocupação 
do solo que favorecem as ocorrências frequentes dos processos erosivos e 
carreamento dos materiais. A medida que esse crescimento demográfico se 
estabiliza, as áreas expostas aos processos erosivos diminuem e o assoreamento 
reduz. Nessa mudança da situação do uso e ocupação do solo as características do 
material assoreado se alteram. 
Nesse contexto, destacamos os seguintes aspectos para o assoreamento na Bacia 
do Canal do Rio Pinheiros: 
• Os sedimentos são um agente poluidor nos corpos d’água 
considerando o aspecto de quantidade e qualidade. 
• Os processos erosivos e os descartes inadequados de resíduos sólidos 
62 
 
 
urbanos nas áreas urbanas são os principais fatores no assoreamento 
nos cursos e corpos d’água 
• Os sedimentos dos materiais oriundos das áreas urbanas apresentam 
características de baixa capacidade de mobilidades nos cursos 
d’águas, que podem gerar enchentes e inundações. 
• A ausência de uma efetiva aplicabilidade do plano diretor para o 
estabelecimento de obras necessárias e regras efetivas de 
zoneamento urbano. Conforme comentado por TUCCI, 1998, para que 
isto ocorra são necessárias medidas administrativas e técnicas que são 
implantadas através do Plano Diretor Urbano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
 
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