Buscar

3_Diagnostico_da_gravidez,_DPP,_modificacoes_maternas,_pré_natal (2)

Prévia do material em texto

3. Diagnostico da gravidez, data provável do parto, 
modificações maternas, pré-natal.
DIAGNOSTICO DA GRAVIDEZ 
- A fecundação se dá na tuba uterina - local onde tem maior probabilidade, inclusive, de haver 
gestação ectopica. 
- A fecundação não marca o início da gravidez, pois não há implantação (nidacao), processo 
necessário para a gestação de um embriao. O momento da nidacao é, portanto, o marco de 
inicio da gestacao. 
- A partir do momento da nidacao, há HCG detectável, modificações maternas. 
- O diagnostico pode ser feito de forma clínica, laboratorial ou pela ultrassonografia.
CLÍNICA
Sinais de presunção
é possível que haja 
gravidez
Queixa materna, sistêmica, mamária
• Náuseas, cloasma, polaciuria, 
• Mastalgia, Tubérculos de Montgomery (hipertrofia de glândula 
sebácea), Sinal de Hunter (surge areola secundária de limites 
imprecisos)
• Atraso menstrual. 
Sinais de 
probabilidade
é provável que haja 
gravidez
Sinais do ninho (perto 
da criança)
Utero, vagina, vulva
• Sinal de Hegar - amolecimento da região istmica uterina 
(entre o corpo e o colo) perceptível pelo toque bimanual. 
• Sinal de Piskacek - assimetria uterina gerada pelo 
crescimento maior no lado da nidaçao. 
• Sinal de Nobile-Budim - preenchimento do fundo de saco 
vaginal pela globosidade uterina.
• Sinal de Jacquemier - meato e vulva arroxeados
Sinais de certeza
Sentir ou ouvir
• Sinal de Puzos - sinal do rechaço fetal após a 14 semana. 
• Percepção pelo médico de movimentação fetal - após a 18 - 
20 semana.
• Ausculta de BCF - Sonar (10 - 12 semanas), Pinard (18 - 20 
semanas) - se consegue palpar útero pela superfície 
abdominal, dá pra escutar. 
LABORATÓRIO
pico do HCG acontece entre 8 e 10 semanas
corpo lúteo é sustentado até que a placenta 
assuma a função endócrina.
Urina - imunológico detecta HCG - dá mais falsos negativos e 
positivos. 
• A subunidade alfa é comum no LH, FSH e TSH
• A subunidade beta é presente só no HCG
Sangue - ELISA - quantifica o beta - HCG
• Valor sugere hora de pedir USG
• Útero vazio com beta alto: ectopica
Ovulo fecundado, zigoto, se divide várias vezes formando 
mórula. A mórula adentra o útero, forma blastocisto, que é 
a estrutura que sofre nidaçao (implantacao)
MODIFICAÇÕES NO ORGANISMO MATERNO 
IMAGEM
a presença do saco gestacional atesta gravidez, 
mesmo que seja, eventualmente, uma gestação 
anembrionada. 
o comprimento cabeça-nádega é o melhor 
parâmetro para o calculo da idade gestacional 
no USG de 6 - 12 semanas
Ultrassonografia transvaginal
• 4 semanas - saco gestacional
• 5 semanas - vesícula vitelinica
• 6 - 7 semanas - embrião + batimento cardíaco (?)
• 7 semanas - batimento cardíaco embrionário
• Saco gestacional > 25mm deve ter embrião 
Ultrassonografia abdominal: 1 semana a mais que as datas 
do TV: saco gestacional com 5 semanas, vesícula com 6, 
batimento com 8 semanas. 
Osteoarticulares
Acentuação da lordose Equilíbrio ao útero gravídico entero-posterior
Marcha anserina Equilíbrio látego-lateral
Articulações alargadas Progesterona relaxa os ligamentos
Urinárias
TFG aumenta em 50%
• Hiperfiltracao 
• Diminuição da ureia e creatinina
• Glicosúria fisiológica (a hiperfiltracao excede a taxa de 
reabsorção tubular)
Dilatação pielocalicial à 
direita
Progesterona relaxa a musculatura ureteral e útero gira à 
direita, comprimindo o ureter desse lado
Respiratórias
Hiperventilação 
Acidose é muito fatal ao feto, por isso a gestante aumenta o 
tempo expiratório. 
PaCO2 é baixa (alcalose respiratória compensada).
Aumento da expansão 
torácica lateral 
Pela compressão uterina ao diafragma. 
Hematologicas
Hipervolemia
Anemia dilucional fisiológica
Leucocitose
Aumenta o volume plasmático em 50%
A serie vermelha aumenta (20-30%), mas não é um aumento 
proporcional ao aumento do volume plasmático.
Tendência pró-coagulante
Fibrinogenese alta, fibrinolise baixa
Fatores pro-coagulantes aumentados
Puerperio é período crítico para eventos tromboembolicos. 
O risco de eventos tromboembolicos em gestantes é 10% 
maior que o risco da população em geral.
Metabólicas
Hipoglicemia de jejum
Mecanismo de passagem da glicose transplacentária é a 
difusão facilitada. Mesmo que a mãe não coma, a glicose vai 
para o feto. 
Hiperglicemia pós prandial
Resistência periférica à insulina faz com que a glicose circule 
mais tempo a fim de que se torne disponível ao feto. 
Há maior produção pancreática de insulina fisiologicamente.
Edema
Hiperaldosteronismo secundário - para evitar que a 
hiperfiltracao faca com que haja perda elevada de água. Com 
a diluição do sangue, há perda de líquido para o terceiro 
espaço (pressao oncotica baixa).
Útero comprime veia cava inferior, o que prejudica o retorno 
venoso. 
Pré-natal 
- Ministério da Saúde recomenda, no mínimo: 
• 1 consulta no primeiro trimestre
• 2 consultas no segundo trimestre
• 3 consultas no terceiro trimestre
- O ideal é
• Consultas mensais até 28 semanas
• Consultas quinzenais de 28-36 semanas
• Consultas semanais de 36 semanas em diante
- Avalia peso, pressão arterial, queixas clínicas, exames.
- Vitaminas
• Avaliar a dieta da paciente e verificar a necessidade real da prescrição. 
• Ferro e ácido fólico são de suplementada obrigatória 
Cardiovasculares
Sopro sistólico Sangue diluido, 
Hipotensão, principalmente 
em função da PAD
Placenta funciona como fístula, o que diminui a resistência 
vascular periférica. Como consequencia, o debito cardíaco 
aumenta muito (até 30% no 2T) e a pressão arterial diminui. 
Gastrointestinais
Refluxo
Progesterona relaxa o esfíncter esofagiano inferior.
A intubacao é assustadora: esfíncter esofagiano 
incompetente, via aérea edemaciada e esvaziamento 
gástrico demorado (relaxamento gastrico). 
Calculo biliar Relaxamento da vesícula biliar
Colecistectomia por vídeo pode ser feita no 2TM.
Constipação intestinal Diminuição do peristaltismo intestinal
Reduz secreção ácida Diminuição de úlcera péptica
FERRO
Profilatico
Hb > 11
Da 20 semana até no mínimo 3 meses após 
o parto (ou até o fim da lactação)
40-60 mg de ferro elementar
ÁCIDO FÓLICO
Profilatico 0,4 mg de 3 meses antes até o fim do 1 trimestre
Risco aumentado
4 - 5 mg 
Mulheres com maior risco de acometimento: filho anterior acometido 
ou em uso de anticonvulsivante
GESTA - Numero de gestações 
PARA - número de partos, só contam 
nascimentos com mais de 20 semanas. 
GEMELAR NÃO MUDA GESTA NEM PARA!
- Exercícios físicos: toda gestante deve fazer.
- Atividade sexual: normal.
Data provável do parto 
- Regra de Nagele:
• Somam-se 7 ao dia
• Somam-se 9 ao mês 
• Lembrar de virar o ano!
Vacinas 
- Permitidas as vacinas inativas:
• Todo pré-natal avalia: tétano / difteria, hepatite B, influenza
• Em situações emergenciais: raiva, meningococo
- Não permitidos organismos atenuados:
• Triplica viral, Sabin, Varicela, BCG.
• Febre amarela não deveria, mas, se a paciente for viajar para área endêmica: 
desaconselhar, repelente, roupas, e, se a viagem for inadiavel, vacinar em dose plena.
dTpa
MS (2017) a partir de 20 semanas
Antes da gestação fez 3 doses - tomar 1 dose 
Tomou 1 dose - toma 2 doses: 1 dT + 1 dTpa 
Nunca vacinada ou ignora - toma 3 doses: 2 dT + 1 dTpa 
Tem que formar 3 doses no final
Exames - MS, 2012 
Toxoplasmose 
- Se IgG e IgM são positivos, não há como saber se a infecção e aguda ou cronica. Deve-se 
testar a avidez se a gestação for menor de 16 semanas. 
• Avidez alta >60% fala de infecção antiga > 4 meses
• Avidez baixa <30% fala de infecção recente < 4 meses
- Tratar infecção aguda com:
• Espiramicina e rastrear feto com amniocentese
- Tratar feto
• Sulfadiazina + acido folinico
Demais exames 
1 trimestre
Tipagem sangüínea
Fator Rh
Hemograma
Glicemia jejum
VDRL
HIV

HBsAg
EAS
Urocultura
Sorologia toxoplasmose
30 semanas 
Hemograma
HIV 
VDRL
Glicemia jejum
EAS 
urocultura
IgG - IgM - Sem imunidade
IgG + IgM - Com imunidade
IgG - IgM + Infecção aguda
IgG + IgM + Infecção aguda ou cronica
USG 
não é rotina do MS
Morfológico de 1trimestre - 11-14 semanas 
• osso nasal (presente)
• translucencia nucal (< 2,5mm)
• ducto venoso (onda A positiva)
Morfológico de 2 trimestre - 20-24 semanas 
Colpocitologia avaliar necessidade
Tipagem Rh 
Eas e urocultura 
Sexuais (HIV, hepB,Sif)
Toxoplasmose
Anemia e açúcar
Repetir
- Não precisa rastrear GBS em bacteriuria atual por GBS e em filho anterior que teve GBS
- Mesmo com controle negativo, deve ser feita ATB intraparto.
- A profilaxia intraparto deve ser realizada de acordo com fatores de risco, segundo recomenda o 
Ministério da Saúde. 
- Trabalho de parto prematuro < 37 semanas
- Bolsa rota há mais de 18 horas
- Febre intraparto > 38 (ruptura prematura de membranas ovulares)
- Profilaxia intraparto:
- A droga de escolha é a penicilina cristalina = 5.000.000 ataque e 2.500.000 de 4/4h 
até o clampeamento de cordao. 
- Ampicilina pode ser realizada = 2g de ataque + 1g 4/4h até clampeamento de cordao.
- Quem não precisa:
- Swab negativo colhido há menos de 5 semanas
- Cesárea eletiva (fora de trabalho de parto e bolsa íntegra) - pode ter swap positivo, 
não precisa de profilaxia. 
Rastreio de GBS Swab vaginal e retal entre 35 e 37 semanas Deveria ser feito universalmente

Continue navegando