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Terapia de Casal II

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Capítulo 36
Terapia Comportamental de casais: da 
teoria à prática
Vçra Regina Ligneí/í O fero 
CHnic<i OR ThC- Ribeinlo Prcto-SP 
Yara kuperstein higberman 
Universidúiic Federai do Paraná 
CtnCC-CunIilki-PR
Este capítulo tem como objetivo oferecer um conjunto de informações sobre o 
atendimento psicoterápico de casais com enfoque comportamental. Serão destacados 
alguns dos tópicos importantes que devem ser considerados nesse tipo de atendimento: 
a escolha de parceiros, o namoro, o casamento e o desenvolvimento dos problemas do 
casal. Serão enfocadas ainda algumas propostas teóricas de intervenção, assim como 
serão apresentadas algumas considerações e sugestões sobre esta prática clínica e sobre 
o encerramento do processo terapêutico. Na estrutura do texto, intencionalmente, estão 
mescladas informações sobre teorias e as práticas clínicas. Algumas destas aparecerão 
mais de uma vez de acordo com a pertinência do aspecto em questão.
O atendimento de casais ó a área de intervenção psicoterápica que se propõe a 
ajudar parceiros no enfrentamento dos problemas de relacionamento existentes entre eles, 
e em suas dificuldades pessoais. Este atendimento conjunto ó denominado terapia de 
casal e não terapia conjugal como era chamada anteriormente dado que o foco da intervenção 
é a relação de parceiros (Beck, 1988; Datillio e Padesky, 1995; Cordioli, 1998).
Procuram este tipo de atendimento as pessoas que mantêm uma relação de 
namorados ou noivos assim como casais heterossexuais ou homossexuais. Atualmente, a 
busca de ajuda por parte de noivos e namorados tem aumentado, numa tentativa de evitar 
problemas no futuro, Rangé e Datillio (1995) referem-se a diferentes propostas baseadas na 
abordagem comportamental para intervenção com casais mostrando que elas têm objetivos 
e procedimentos semelhantes, embora cada uma tenha suas peculiaridades.
Na prática clínica, ao seguir os modelos de intervenção descritos na literatura o 
terapeuta adapta-os à sua forma de atuação e desta maneira constrói os seus próprios 
instrumentos de trabalho (Papp, 1992; Datillio e Padesky, 1995; Otero, 1997).
Para entendermos as queixas apresentadas por um casal e podermos ajudá-los a 
lidar com suas dificuldades examinamos toda sua história de relacionamento - passada e 
p re s e n te assim como a história de vida de cada um deles. Sabe-se que as queixas de 
hoje têm componentes de ontem.
Sobrr Comportdmçnto e Coflnlçâo 363
1. 0 namoro e a escolha de parceiros
É relevante que se identifique quais fatores atraíram os parceiros, dado que os 
mesmos podem ser “indicadores de pistas" para compreender os problemas atuais vividos 
pelos casais. Podemos considerar, basicamente, as seguintes possibilidades de fontes 
de atração:
1.1 Homogamia: as semelhanças existentes entre as pessoas levam a interações 
reforçadoras que funcionam como critérios de escolha dos parceiros. Os fatores mais 
freqüentes são: tipo de educação, valores de vida, projetos para o futuro, escolha de 
atividades e interesses parecidos. As afinidades os atraem e são vistas como elementos 
de atratividade, e são entendidas como facilitadoras de uma convivência futura.
1.2 Heterogamia as diferenças existentes entre as pessoas sâo vistas como fatores de 
complementação, de enriquecimento e neste caso, fundamentalmente funcionam como 
critérios de escolha dos parceiros. Dentre eles os mais comuns são: maneira de ser (mais 
falante, mais calado, assertivo, inassertivo) diferenças de opiniões, afazeres, gostos, 
interesses. Neste critério de escolha, cada parceiro ora atua como controlador ora como 
suplemento do outro. As diferenças são vistas como elementos de atratividade, interpretadas 
pelos pares como facilitadoras da vida a dois. Entendendo assim, eles se escolhem 
mutuamente. A partir disso muitos acordos e concessões se tornam necessárias ao 
estabelecimento de uma boa convivência.
O namoro é uma fase do relacionamento na qual as pessoas se conquistam 
visando uma vida futura: ambos explicitam suas melhores idéias, a melhor ’maneira de 
ser’ e de resolver questões divergentes. Os encontros são mais esporádicos e quase 
sempre têm por objetivo a recreação, o lazer e o prazer. As diferenças e semelhanças 
potencialmente conflitantes, em geral, não costumam se caracterizar como problemas 
nesta fase.
Após a decisão de viverem juntos’ e o conseqüente aumento do tempo de 
convivência, revelam-se mais claramente suas características individuais, estados de humor, 
hábitos de vida e preferências pessoais: os valores e os padrões de relacionamento tornam- 
se mais genuínos. Nesta fase nem sempre desejam as mesmas coisas ao mesmo tempo 
eda mesma maneira.
Desenvolvem-se as regras de convivência e a prática de negociações. Negociação 
deve ser entendida como a busca da melhor solução para que ambos se sintam respeitados 
e considerados no enfrentamento de suas divergências. A partir de então, as decisões 
pessoais de um já afetam a vida de ambos. É muito comum neste período surgirem 
dificuldades que a primeira vista não parecem de grande importância, embora sejam 
responsáveis pela maioria dos desajustes encontrados na clínica de casais.
2. Desenvolvimento dos problemas
As mesmas questões que os atraíram poderão ser as que criarão os problemas 
de relacionamento. Quando mal negociadas e mal resolvidas os casais desenvolverão 
dificuldades identificadas como:
2.1. A Incompatibilidade, as mesmas características que os atraíram e eram fontes de 
reforçamento mútuo, passam a dar origem aos conflitos e, portanto, tornam-se fontes de
364 Vera Rcflln.1 I ignelli Otero c V«ira Kupmtcln Infibcriruin
punições mútuas. Ambos os parceiros ficam privados de reforços e/ou expostos à 
estimulação aversiva. Surgem, então, os sentimentos de frustração, decepção, mágoa, 
raiva, arrependimento e acusações recíprocas. Novos padrões de interação se estabelecem 
e passam a ocorrer dificuldades que antes não existiam: comprometem a capacidade de 
expressar necessidades individuais: desaparecem dos seus repertórios a vontade e a 
importância de agradar o(a) parceiro(a); desenvolvem-se esquivas de situações aversivas, 
dentre outras.
2.2. Com o passar do tempo os parceiros tornam-se gradativamente menos tolerantes 
com as diversidades do cotidiano. Agridem-se e interagem coercitivamente. Cada um 
aprende que para fazer com que o outro responda deve agir de modo aversivo, (por exemplo, 
aumentando o tom de voz). O outro aprende que para acabar com a aversividade precisa 
ceder. Ambos passam a usar a 'mesma arma’, ou seja, usam a coerção para induzir o 
outro o fazer o que ele quer e do modo como ele faria.
O parceiro coercitivo ó reforçado positivamente pela manifestação do parceiro à 
aversão (responde ou cede) e o outro é reforçado negativamente por responder à aversão 
(a aversão pára quando a submissão ocorre), conforme descrito por Jacobson e Christensen 
(1998).
Parceiros em conflitos coercitivos atribuem a causa e a responsabilidade pelas 
suas dificuldades ao seu(ua) parceiro(a): interpretam as diferenças existentes entre eles 
como maldade do outro (ela(e) quer ir visitar tal pessoa porque sabe que eu não gosto de 
fazer visitas): a ‘atributos psicológicos’ negativos como 'ele(a) é inseguro(a)’, 'depressivo(a)’, 
‘desequilibrado(a)’; à inadequação social (você não sabe tratar bem seu marido ou sua 
mulher); elaboram autoregras que permitem e conduzem à calúnia e à difamação mútuas.
É possível constatar que as percepções apresentadas pelos pares podem ser 
pessoalmente genuínas. Genuínas, mas não corretas nem absolutas. Para ajudá-los a 
enfrentar esses tipos de problema pode-se utilizar estratégias que enfatizam a aceitação 
do outro, prioritariamente.
Christensen e Jacobson (2000) sugerem um exercício que deve ser realizado 
durante a sessão, logo após um relato de interação coercitiva. Sugerem a seguinte 
instrução:
Escolha um recente desacordo entre você e seu(ua) companheiro(a). Descreva 
trôs lados do incidente: aquele que você contaria, aqueleque seu(ua) companheiro(a) 
provavelmente contaria e como um observador o veria. Compare as trôs histórias, verificando 
o que elas tôm fle diferente? Tôm alguma semelhança?
Através deste exercício o terapeuta induz o casal a verificar que a sua visão do 
problema não ó única. A aprendizagem desta nova percepção possibilita a diminuição da 
culpabilizaçào do outro como responsável pelo conflito, aumentando assim as possibilidades 
de trocas mais positivas para o enfrentamento dos problemas iniciais apresentados. 
Diminuem ou são eliminadas as formas de interação coercitivas.
2.3. A polarização é outro mecanismo importante a ser considerado. Através dele o 
relacionamento ruim transforma as diferenças em deficiências fazendo parecerem maiores 
do que realmente são. Os parceiros negam-se a ter momentos gratificantes, desaparecendo 
assim os reforçadores positivos anteriores. Como conseqüência disso maximiza-se o 
valor do reforçador negativo. Aumenta também a ocorrência de comportamentos de 
polarização, de coerção e de calúnia, dentre outros, típicos da interação conjugal conflituosa.
Sobre Comportamento e Coqnlçflo 365
2.4. Christensen e Jacobson (2000) indicam quatro tipos de argumentos iniciadores de 
discussões entre casais: a) a critica; b) a exigência injusta ou ilegítima; c) o aborrecimento 
acumulado; d) o sentimento de rejeição. Cada parceiro só tem a visão do papel do outro no 
conflito e faz acusações de que é o outro quem tem características negativas e definitivas. 
Ele 'não olha' para si próprio. Passam a classificar um ao outro através de atributos que os 
definem negativamente: ("Você é doente, imaturo, neurótico inseguro, ou depressivo"); a 
desvalorização das capacidades do outro (Você não é bom o suficiente: não sabe ser pai, 
ou se comunicar, não sabe expressar sentimentos'). Estes argumentos são rotas dos 
comportamentos que ferem e que têm como resultado a vitimizaçào ('Pobre de mim'). Em 
resumo, os casais, a partir destas formas de interação, entendem e atribuem os problemas 
como ‘É tudo falta sua'.
Uma outra sugestão de Christensen e Jacobson (2000) para suprimir esses 
argumentos iniciadores de discussões é o exercício denominado 'Você está errado'. 
Através deste exercício ajudamos o casal a fazer os seguintes questionamentos e 
ponderações:
Escolhemos um parceiro com estas falhas? Nós as permitimos ou encorajamos? 
As Inadequações do outro são tão censuráveis assim? Nos centramos mais nos 
comportamentos de nosso(a) companheiro(a) do que no nosso? Temos a falsa crença de 
que informar o(a) companheiro(a) sobre suas falhas ó a melhor maneira de levá-lo(a) a 
trabalhar em sua mudança? Esta hipótese é falsa porque os parceiros raramente são 
receptivos a ela. Sentem-se culpabilizados e querem defender-se colocando suas próprias 
conclusões sobre o(a) companheiro(a).
O conflito torna-se entrincheirado se não ampliado, e ambos cavam seus poços e 
se recusam a perceber que é imprescindível que mudem suas atitudes pessoais.
Assim, tornam-se necessárias intervenções específicas para prevenir e interromper 
esta maneira de se relacionar. Para tanto é necessário levá-los a identificar o que o 
problema diz de cada um, propondo-lhes o seguinte exercício:
'Pense nas afirmações que você faz a respeito de seu(ua) parceiro(a) quando algo 
não está bem. Qual sua reação usual? Você foca imediatamente o papel de seu(ua) 
companheiro(a), o seu papel ou de ambos? O que você faz com os sentimentos que você 
tem acerca de seu papel no conflito? Quando encontra uma falha em seu(ua) companheiro(a), 
o que você usualmente pensa? Ele(ela) é..., mau(má), egoísta. Tem problemas, é 
emocionalmente instável, imaturo(a). Suas incompetências... não sabe ser um bom marido 
(esposa). Identifique os tipos de falhas que você localiza mais repetidamente’.
Geralmênte, o que se ouve dos casais, são afirmações sobre características que 
parecem imutáveis, sobre falta de habilidades, que são consideradas pelo(a) companheiro(a), 
não como aprendidas no decorrer do relacionamento, mas sim, como ‘naturais’ daquela 
pessoa.
3. Objetivos gerais
Os objetivos gerais do processo psicoterápico de casais propõem o 
estabelecimento de algumas estratégias que facilitam a mudança na direção desejada. 
Estas estratégias incluem atividades como o treinamento em solução de problemas, o 
treinamento em comunicação, a programação de condições para o aumento de trocas 
positivas e a reestruturação de cognições (autoregras) problemáticas (Beck, 1988; Papp, 
1992; Caballo, 1996; Barlow, 1999).
366 Vera Regin.i Lignelli Otero c Vara Kupmteln Intfbfrman
Considerando-se que os enfoques tradicionais da Terapia Comportamental de 
Casais tinham alcance limitado para resolver uma grande gama de problemas entre parceiros, 
dado que não melhoravam suas habilidades interativas, Christensen e Jacobson (2000), 
dentre outros, propuseram uma ampliação de seus objetivos, observando que a ênfase 
nas mudanças deveria basear-se na aceitação e no compromisso.
As intervenções a partir de então visam promover: a) alterações nos comportamentos 
públicos (mudança), b) efeitos sobre as experiências privadas ou emoções (aceitação), c) 
mudanças dos próprios comportamentos e no modo de aceitação do outro (compromisso).
Nesse sentido as estratégias do processo terapêutico de casais se direcionam 
para a melhoria da comunicação entre eles considerando-se os processos de recepção e 
expressão. Propõem-se mudanças de esquemas de vida, realização de tarefas especificas, 
reformulação da compreensão sobre um determinado fato, revisão de autoregras, 
aprimoramento das habilidades de discriminação e generalização. Enfoca-se ainda o 
ensinamento de habilidades específicas de aproximação empática, de explicitação de 
vontades e desejos diretos ao parceiro. De maneira relevante busca-se o desenvolvimento 
de habilidades que podem fortalecer uma relação amorosa: cuidar, compreender, confiar, 
partilhar, respeitar, compartilhar etc. Visam, também, aumentar as taxas de intercâmbios 
positivosem relação aos negativos, modificar expectativas irrealistas, corrigiratribuições 
de causalidade incorretas, identificar esquemas vigentes de reforçamento e classes de 
estímulos e respostas que maximizam os problemas de relacionamento de um casal.
4. Mudança, aceitação e compromisso
Pretendendo aumentar e contextualizar a abrangência do atendimento clínico de 
casais, Hayes, Jacobson, Follette e Dougher (1994) e Hayes e Wilson (1994) formularam 
a Terapia da Aceitação e do Compromisso, que sistematiza uma maneira mais abrangente 
para se compreender os problemas de relacionamento de casais além de oferecer um 
conjunto de técnicas e procedimentos elaborados com o objetivo de alterar as maneiras 
como as relações verbais funcionam entre os pares, É um outro modo psicoterapêutico 
derivado da Análise do Comportamento.
É uma das pouquíssimas psicoterapias verbais compreensivas que, 
consistentemente embasada na filosofia do Behaviorismo Radical, tem como objetivo alterar 
o contexto sócio-verbal no qual ocorrem os eventos privados.
As alterações das relações verbais existentes entre os parceiros têm como meta 
principal tratar e esquiva emocional, o número excessivo de respostas literais ao conteúdo 
cognitivo assim como a inabilidade de assumir e manter compromisso com a mudança 
comportamental.
Os terapeutas de casal seguidores desta orientação teórica, consideram que o 
comportamento de cada pessoa é mantido por eventos singulares e só pode ser 
compreendido e analisado dentro dos seus contextos pessoais. Partem do principio de 
que cada pessoa da díade aprendeu a se comportar nos relacionamentos íntimos através 
de suas próprias experiências de vida, especialmente as do relacionamento atual.
Hayes, Jacobson, Follette e Dougher (1994) observam, ainda, que para se obter 
efeitos sobre comportamentos privados é necessário identificar as funções e as classes 
de equivalência funcional dos comportamentos (crenças, regras, autoregras) além de 
modificar ascontingências atuais e os contextos nos quais ocorrem os problemas de 
relacionamento do casal.
Sobre Comportamento c Cognição 367
As estratégias mostradas entào, para se atingir os objetivos acima são: desenvolver 
uma união empática em torno do problema (enfatizar o sofrimento sem acusar), transformar 
o problema em um atrativo (tolerar as diferenças sem culpar ou acusar), identificar o 
contexto para o desenvolvimento da aceitação (rusgas que terminam em brigas), promover 
a aceitação emocional através do desenvolvimento da tolerância (compreender o outro), 
treinar a re-ônfase positiva (ver o positivo no negativo). Propõem-se, também, a enfatizar 
as diferenças complementares, realizar simulações de interações negativas, buscar 
aceitação emocional através de maior autocuidado, modificar comportamentos, treinar 
comunicação e resolução de problemas além de prepará-los para eventuais recaídas futuras.
Christensen e Jacobson (2000) enfatizam também que, para se escolher os objetivos 
a serem atingidos por cada casal e decidir quando e como intervir é indispensável que se 
faça análises funcionais. Essas análises facilitam a realização de boas discriminações 
acerca das contingências atuais que controlam os comportamentos dos pares, tornando- 
as passíveis de modificação. Permitem deslocar o foco da atenção da topografia para a 
função de um comportamento. Podem-se entào identificar classes de equivalências 
funcionais que contêm grupos de comportamentos que, mesmo sendo topograficamente 
diferentes, têm funções semelhantes.
Promove-se a aceitação e a mudança. É importante frisar que alguns 
comportamentos tais como os diferentes tipos de abuso, nunca devem ser aceitos. No 
entanto, é imprescindivel destacar que algumas características do outro precisam ser 
aceitas para melhorar o relacionamento do casal.
Cada um deve decidir o que é ou não aceitável no comportamento de seu parceiro, 
assim como o que pode e quer (ou não) mudar em si mesmo. O terapeuta deve ficar alerta 
para evitar o perigo da elaboração de uma lista muito grande de mudanças para o outro e 
uma pequena lista para si mesmo. Este fato indicaria que os parceiros estariam somente 
'mais ou menos abertos’ ao que o outro expõe, pede ou necessita.
Para se treinar atitudes de aceitação e mudança o terapeuta propõe aos casais 
tarefas de pensar sobre características de seu parceiro, descrever aspectos que passou a 
aceitar com o tempo e os que acha que poderia passar a aceitar mais facilmente. Quais 
características suas seu(ua) companheiro(a) passou a aceitar? Quais características suas 
você gostaria que seu(ua) parceiro(a) aceitasse melhor? É importante que o terapeuta 
ensine aos parceiros a considerar as diferenças existentes entre eles como diferenças e 
não como defeitos ou erros; que considerem vulnerabilidade ao invés de violação, descrição 
ao invés de avaliação, validar ao invés de invalidar a experiência do outro. É relevante que 
atinem, também, que os dilemas se tornaram complexos ao invés de mais simples; que 
as conseqüências das ações são conscientes e não simples tentativas inconscientes de 
ferir o outro. É imprescindível que o casal verifique que as próprias ações e suas 
conseqüências podem ser alteradas. Finalmente busca-se levá-los a entender que muitas 
das situações aversivas, são conseqüências de reações emocionais ao invés de motivadas 
a ferir o outro.
Para exercitarem a aceitação e a mudança se propõem, também, como exercício, 
que o casal desenvolva, por escrito, uma história acerca de um problema importante em 
seu relacionamento. Propõe-se ainda, que identifiquem as incompatibilidades e 
vulnerabilidades que constituíram a dificuldade inicial; que indiquem algumas das maneiras 
como costumam enfrentar o problema; que relembrem quando cada um começou a ficar 
mais reativo ao problema. Solicita-se ainda, que olhem para sua história e verifiquem se a 
baseou mais em diferenças do que em defeitos, mais em vulnerabilidades do que em violações,
368 Vrra Rcfiln.i l.igndli Otcro c Var.i Kuperstein liifibcrm.m
mais em descrições do que em avaliações. Se a pessoa escreveu a sua história sozinha 
sugere-se que tente compartilhá-la com seu(ua) parceiro(a). O melhor critério para considerar 
uma história como boa, ó que ambos possam concordar com as ‘histórias que contam.’
Conforme já descrito em trabalhos anteriores, Christensen e Jacobson (2000) 
(Otero, 2003), pode-se agrupar, de maneira resumida, os objetivos das diferentes maneiras 
de intervir: a) ajudar o casal a identificar os próprios sentimentos e os da outra pessoa, 
expressando-os e nomeando-os corretamente (raiva, medo, indiferença, vingança, forra, 
abandono, desamparo, ressentimento etc.); b) evitar inferir intenções maldosas no outro;
c) identificar os valores de vida que estão embutidos em cada comportamento queixa 
(respeito, solidariedade, individualismo etc.); d) desenvolver habilidades que permitam o 
aumento de interações positivas; e) demonstrar interesse pelo conteúdo da fala do outro;
e) indicar que está ouvindo com atenção; f) parafrasear e identificar semelhanças e diferenças 
entre relatos sobre um mesmo fato; g) atentar para o fato de que diferentes interpretações 
geram diferentes estados emocionais e que diferentes compreensões levam a acreditar 
em diferentes regras; h) ajudar os parceiros a identificar os modelos de interação que cada 
um traz consigo e o quanto cada um deles os reproduz no relacionamento do casal, 
lembrando que é mais fácil perceber no outro do que em si mesmo; i) voltar para as 
histórias de vida de cada um tentando identificar em seu repertório a influência dos modelos 
de interação de seus pais; j) identificar como as características pessoais, de cada membro 
do casal interferem na qualidade da relação; k) não tentar mudar o outro impositivamente;
I) rever a forma de compreender o próprio comportamento e o comportamento do outro; m) 
fazer análises funcionais, distinguindo topografia de classes de respostas; n) falar sobre 
seu próprio comportamento e não sobre o comportamento do outro; o) clarear algumas 
regras básicas que, normalmente, estão presentes nas relações dos casais em crise 
[exemplo: *ele(a) planejou algo para me prejudicar’; 'ele(a) fez alguma coisa exatamente 
porque eu não gosto’; ‘a relação ó ruim porque o outro não colabora', de modo a estabelecer 
regras de interação mais adaptativas.
5. A condução do processo terapêutico
Otero (1997) e Christensen e Jacobson (2000), dentre outros, sugerem que o 
processo terapêutico pode ser conduzido em sessões conjuntas e em sessões individuais.
A realização de sessões individuais mostra-se de grande importância para a 
psicoterapia de casal. O conteúdo das mesmas é próprio e pessoal e apenas poderá ser 
levado para a sessão conjunta pela própria pessoa,
Note-se que nas sessões individuais, de um modo geral, os parceiros são mais 
honestos, especialmente com relação a áreas sensíveis como sexo e violência. Nessas 
sessões, o terapeuta tem a possibilidade de ficar bastante atento e validativo, sem deixar 
de lado o outro membro do casal. O cliente verificará que a sua versão da história foi 
escutada e se sentirá compreendido quando o terapeuta adotar uma postura neutra nas 
sessões seguintes. Este procedimento aumenta a credibilidade nas reformulações, em 
momentos subseqüentes.
As sessões individuais podem ser solicitadas pelo terapeuta ou pelos parceiros e 
a freqüência delas depende do andamento do caso devendo o terapeuta atentar para que 
sejam intercaladas por sessão conjunta.
O estabelecimento do vínculo de confiança e lealdade entre os membros do casal 
e o terapeuta é condição indispensável para iniciarem-se os atendimentos individuais, a
Sobre Comportamento e CofjnlçJo 369
despeito de contribuírem, fortemente, para o sucesso do tratamento. Quando efetivadas, 
as sessões individuais permitem alcançar os seguintes objetivos: a) conhecimento da 
história de vida de cada um dos parceiros em relação ao comportamento queixa focalizado;b) a identificação de como foram estabelecidas as regras controladoras de seus 
comportamentos; c) proposição de análises funcionais dos comportamentos em questão 
e, finalmente, d) o confronto das regras individuais com a realidade.
6. Avaliação e condução do atendimento
A partir da primeira entrevista o terapeuta deve avaliar a história de relacionamento 
do casal e identificar quais são suas bases de ligação. Deve observar a expressão do 
afeto na sala de terapia, verificando se sâo capazes ou não de refletir sobre o porquê de 
ainda estarem juntos; se dirigem ou não o foco da atenção sobre o que está errado com 
o relacionamento, enquanto estão discutindo sua história de desenvolvimento. Para avaliar 
as áreas nas quais o casal tem problemas, Christensen e Jacobson (2000) sugerem que 
o terapeuta examine diferentes aspectos e momentos do relacionamento dos pares:
• Como se escolheram? Como se conheceram, e como se envolveram como um casal? 
Quais das características pessoais os atraíram? Semelhanças ou diferenças pessoais? 
Quais são os pontos de ligação entre eles? O que se tornou diferente agora? A situação 
poderia ser diferente se o terapeuta pudesse girar uma varinha mágica e transformá-los 
no tipo de casal que gostariam de ser? Como seria uma boa relação para eles?
• Qual a condição de estresse do casal? Qual tipo de compromisso o casal tem com a 
relação? Quais questões os dividem? Por que estas questões constituem problemas 
para eles? Quais são as forças que os mantêm juntos? Acreditam que o tratamento 
poderá ajudá-los? Crêem que as intervenções terapêuticas os tornarão capazes de 
retomar os propósitos que os uniram? Pensam que ambos devem mudar?
• Quais as peculiaridades próprias de cada um dos parceiros? O terapeuta deverá ficar 
atento para identificar as dificuldades existentes no relacionamento do casal. Deverá 
avaliar se elas são decorrentes de fatores tais como: a) distúrbios de comportamento;
b) transtornos de personalidade; c) parceiros homossexuais; d) parceiros de diferentes 
etnias, classes sociais, religiões; e) parceiros com filhos de relacionamentos anteriores 
(de ambos ou só de um deles); f) parceiros de idades muito diferentes; g) casal cujos 
filhos já saíram de casa (ninho vazio); h) casal de namorados ou noivos. Cada um 
desses casos requererá intervenções específicas.
Durante a avaliação o terapeuta buscará informações que o ajudarão na formulação 
do plano de tratamento. Conduzirá as sessões, focalizando a discussão geral e tomará 
algumas decisões relevantes. Escolherá dentre os incidentes ocorridos no intervalo entre 
as sessões qual deles deverá ser examinado naquela entrevista. O terapeuta tentará 
transformar uma questão conflituosa em um veículo de intimidade, levando os membros 
do casal a verem suas diferenças de maneira mais construtiva. Além disso, o terapeuta 
tentará facilitar o desenvolvimento de uma relação mais próxima ensinando-os a respeitar 
as diferenças existentes entre eles.
As discussões podem ocorrer em quatro níveis: 1) discussão geral do problema;
2) discussão de um evento que pode trazer o problema; 3) discussão de um incidente 
recente que ilustre o problema de maneira negativa; 4) discussão de um problema recente 
de maneira positiva na qual cada um dos dois ou ambos tentou ‘fazer melhor' mesmo que 
o resultado não tenha sido positivo.
370 Vera Regina Lignelli Ofero e Vara Kupcrslcln Ingbcrman
Os parceiros devem deixar a sessão sentindo-se melhor, mais aliviados, valorizados 
e com um bom nível de compreensão do processo de avaliação que está sendo feito. 
Deve-se buscar, já nas primeiras entrevistas, que se consiga aumentar o relacionamento 
dos parceiros durante a mesma. O terapeuta mostrará aos parceiros com muita clareza, 
que compreende as dificuldades enfrentadas por ambos, suas ambivalôncias e 
desesperanças e que tentará ajudá-los. Tentará ainda sensibilizá-los para o processo 
duplo de avaliação e terapia. Esses primeiros contatos com o casal tôm uma 'agenda 
oculta', que é planejada para ser terapêutica.
O papel do terapeuta é propor um plano que leve á mudança ou à aceitação o mais 
rapidamente possível. O profissional deverá investir mais na aceitação do que na mudança.
7. Predltores de eficácia da terapia de casal
Outras informações relevantes que devem ser buscadas, ao longo do atendimento 
de um casal em conflito, dizem respeito aos preditores de eficácia de uma terapia de 
casal. São informações que devem ser colhidas pelo terapeuta ao longo do atendimento. 
Os seguintes indicadores podem ser considerados relevantes para o prognóstico do 
atendimento de cada casal: a) a gravidade dos conflitos; b) o tempo de ocorrência das 
principais queixas; c) o grau de compatibilidade entre os membros do casal; d) o grau de 
comprometimento com o relacionamento; e) o desejo de cada um de melhorar a relação;
f) o grau de participação e colaboração no processo; g) a receptividade de cada membro 
do casal para conciliação e concessão mútuas; h) qual dos dois propôs a terapia de 
casal, quem e como aderiu.
8. Habilidades do terapeuta
Christensen e Jacobson (2000) sugerem que especialmente na prática da terapia 
comportamental integrativa o terapeuta de casais tenha algumas habilidades e seja capaz 
de: a) ensinar os parceiros a reconhecerem a polarização; b) ensinar os parceiros a 
formular a descrição de suas histórias, c) estar apto a distinguir entre variáveis básicas e 
derivativas, d) manter uma atmosfera terapêutica bastante relaxada, apesar dos casais 
estarem vivendo conflitos severos; e) evitar a ocorrência de confrontos; f) interromper a 
interação destrutiva, sem contribuir para a linguagem raivosa e acusatória; g) manter uma 
posição não confrontativa, tentando não entrar em nenhum dos lados; h) exercer uma 
influência apaziguadora, sendo que quando isto não for possível a sessão deverá ser 
interrompida e poderão ser realizadas mini sessões individuais para tentar o 
equacionamento da situação; i) usar a linguagem da maneira que 'seja familiar' ao cliente, 
tentando utilizar as mesmas palavras e expressões proferidas pelos casais.
Além disso, o terapeuta habilidoso usará de metáforas pertinentes, ficando sempre 
atento ao tipo de linguagem do casal; tem habilidade para usar o bom humor e fazer os 
casais rirem de situações que vivenciam assim como deve ensiná-los a rir de si mesmos. 
Utilizará linguagem da aceitação, para guiar os casais no sentido de desenvolverem uma 
maneira diferente de falar sobre os problemas. Enfatizará a experiência de cada um ao 
invés de salientar o que o parceiro fez ou disse. Encorajará os parceiros a falarem sobre 
suas próprias experiências. Quando falarem acerca de si mesmos, o terapeuta os estimulará 
para que façam revelações suaves ao invés de apontarem ou abordarem incisivamente 
temas difíceis para o casal.
Sobre Comportamento c CognifA» 371
9. Conclusões
Os objetivos e estratégias, apresentadas pelas diferentes propostas de intervenção, 
devem ser modificadas, ampliadas, encampadas e revistas, constantemente por cada 
profissional. A intervenção deve sempre ser especifica para cada casal. Uma dupla de 
parceiros tem sua própria história de relacionamento e, portanto sua terapia requer objetivos 
e estratégias próprias. Conclui-se que, toda terapia de casal, para ser eficaz, deve prever 
processos de mudança, tolerância e aceitação; deve trabalhar com os comportamentos 
públicos e com os encobertos presentes na relação; deve considerar que diferentes conjuntos 
de variáveis controlam diferentes interações entre os membros do casal (Lazarus, 1992; 
Otero, 1997).
Embora o objetivo primeiro de uma terapia de casal seja equacionar a relação de 
ambos, é também fundamental que cada um deles possa identificar a influência de seus 
comportamentos nas interações. Ou seja, deverão identificar suas características pessoais, 
seus sentimentos e seus valores de vida. Além disso, é desejável que possam, ainda, 
conhecer-se melhor e reconhecer seus objetivos pessoais devida. Ao término da terapia 
multo provavelmente, nem todos os problemas do casal estarão resolvidos. Mesmo assim 
a terapia termina porque os casais já adquiriram as habilidades necessárias ao 
equacionamento das situações problemáticas e entrarão em um procedimento de 
esvanecimento (fading out). Finalmente, uma terapia de casal deverá contemplar total ou 
parcialmente três processos psicoterápicos: o de cada um dos parceiros e a própria terapia 
do casal, todos em um mesmo processo.
As propostas aqui apresentadas são sugestões de caminhos que buscam ajudar 
os terapeutas a identificar os problemas reais de um casal, descobrir soluções para 
resolvê-los ou minimizá-los ou mesmo ajudar os parceiros a interromper a relação, 
suavizando o processo de separação.
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Sobre Comportamcnlo e CogniçJo 373

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