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Responsabilidade Civil part. 2

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										12/05/2020
→Responsabilidade contratual
· A depender da natureza jurídica da obrigação jurídica preexistente violada a responsabilidade civil pode ser contratual ou extracontratual (aquiliana)
· Quando a obrigação jurídica originária for de natureza contratual, nos termos do art. 389 e 402, CC, existirá uma responsabilidade civil contratual
· Responsabilidade contratual: vínculo obrigacional preexistente 
· O dever jurídico violado pelo devedor tem por fonte a própria vontade dos indivíduos
· As partes têm ampla liberdade para definir cláusula penal tanto compensatória, quanto moratória 
· Está sempre vinculada ao dever de indenizar 
· Há violação de um dever positivo de adimplir, que constitui o próprio objeto da avença (gerando o ilícito contratual)
· Deriva da inexecução do negócio jurídico, da relação obrigacional, ou seja, é o descumprimento de uma obrigação contratual
· Responsabilidade contratual objetiva e subjetiva:
· Natureza do contrato vai determinar 
· Responsabilidade objetiva: inerente a prova de culpa
· Responsabilidade subjetiva: preciso analisar se a obrigação é de meio ou de resultado
· Se for de meio: vai ter que fazer (o mínimo) prova da culpa 
· Se for de resultado: a culpa é presumida na integralidade
· Inversão de culpa 
· Significa que ao autor (inadimplente) cabe fazer a prova de que não agiu com culpa 
· É a consequência do inadimplemento da obrigação
· Inadimplemento voluntário (culposo) ou fortuito
· Ocorrendo inadimplemento culposo da obrigação, via de regra, haverá responsabilidade civil por perdas e danos (art. 389 e 402, CC)
· Dano emergente (prejuízo efetivo) e o lucro cessante (deixou de lucrar)
· Inadimplemento fortuito:
· Decorre de um fato que está fora da possibilidade de previsão, ou ainda que previsível, é um fato necessário 
· Vai ter uma exclusão na responsabilidade, ou seja, não há dever de indenizar, pois não se atribui inadimplemento a uma das partes, porque não foram culpadas daquele inadimplemento 
· Incumbe ao devedor a prova do caso fortuito e da força maior 
· Acarreta presunção da culpa pela inexecução previsível e evitável da obrigação nascida pelo acordo de vontades 
· Negligência, imprudência, imperícia, falta de diligência, falta de atenção 
· Cláusula expressa, ônus decorrente do inadimplemento involuntário ou fortuito da obrigação
· Inadimplemento absoluto ou relativo
· Ideia de ter perdas e danos, prestação ser convertida 
· Cláusula penal/compensatória: referente a multa contratual pelo inadimplemento absoluto 
· Montante de indenização que a parte inocente poderá exigir da outra no caso de descumprimento contratual total ou parcial.
· Esfera da responsabilidade (ação indenizatória): indenizatória, cobrando os prejuízos referentes aquela conduta (perdas e danos)
· Prestação não seja mais útil ao credor; critério objetivo 
· Ex: vestido de noiva e o casamento já passou 
· Enunciado 162 da I Jornada: se não houver mais viabilidade do cumprimento da prestação, não haverá mora, mas sim inadimplemento absoluto
· Violação positiva do contrato: ilícito objetivo
· Representa o descumprimento dos deveres anexos da relação contratual, como o dever de informação - ilícito objetivo 
· Decorre da violação dos chamados deveres secundários, anexos ou instrumentais, todos derivados do princípio da boa-fé objetiva. Quem contrata não contrata apenas a prestação principal; contrata também cooperação, lealdade, respeito e transparência.
· Dando ensejo à resolução com perdas e danos 
· Enunciado 24: art. 422, CC - a violação de deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa
· Pressupostos da Responsabilidade Contratual
· Existência de contrato válido entre o devedor e o credor
· É de se observar que se o contrato for nulo (padecer de vício) não gera obrigação e não pode ser invocado por qualquer das partes como causa de indenização.
· Inexecução do contrato: a mora e o inadimplemento absoluto 
· Quando ocorre a inexecução se estabelece uma obrigação nova, a de reparar o prejuízo (responsabilidade de indenizar)
· Não se configura o inadimplemento se a inexecução do contrato decorrer do caso fortuito ou força maior, caso em que ocorrerá a resolução do contrato 
· E não a rescisão, como ocorre na hipótese de inadimplemento voluntário
· Na responsabilidade contratual a indenização funciona como um substitutivo da prestação contratada
· Dano e nexo causal: deve ser provado o dano, bem como o efeito entre este e o inadimplemento contratual
· Art. 403, CC
· PARA RELEMBRAR:
· Princípios gerais das obrigações:
· A obrigação deve ser cumprida da forma como foi convencionada: nemo aliud pro alio invito creditore potest - art. 313, CC
· Ninguém pode alterar unilateralmente o vínculo obrigacional
· Princípio do ACCESSORIUM SEQUITUR SUUM PRINCIPALE (o acessório segue o principal): art. 233, CC
· Este princípio não se aplica as pertenças:
· Os frutos percebidos são do devedor e os pendentes ao credor
· Os frutos colhidos antecipadamente são do credor e se consumidos devem ser indenizados 
· Princípio da reparação integral: arts. 186 e 927, CC
· O culpado pelo descumprimento/inadimplemento da relação obrigacional fica obrigado a reparar o prejuízo indenizando as perdas e danos (arts. 389 e 394, CC)
· Perecimento da coisa (res perit domino suo) = a coisa perece para o seu dono. O proprietário sofrerá o prejuízo
· Relacionado a ideia da perda
· Quando efetivamente a coisa se perder sem culpa do devedor, significa que ele vai ter que devolver o dinheiro que já recebeu e vai ficar com o objeto quebrado (prejuízo dele)
· Se o devedor já recebeu o valor e a culpa pelo perecimento foi dele, além de devolver o valor já pago, vai ter que indenizar eventuais prejuízos decorrentes da impossibilidade de cumprir a obrigação 
· Quando o credor está em mora, inverte-se o risco da coisa, agora vai perecer para aquele que está em mora, este vai responder pelos prejuízos decorrentes, mesmo se de caso fortuito ou força maior 
· Inadimplemento relativo - MORA 
· Art. 394, CC: ocorre a mora quando o pagamento não é feito no tempo, lugar e forma convencionados 
· Descumprimento parcial do contrato, mas que continua tendo utilidade na prestação
· Mora debendi ou solvendi
· São requisitos da mora do devedor:
· A existência de uma dívida líquida e certa
· O vencimento da dívida
· Havendo vencimento certo da dívida, a mora é automática ou ex re
· Obrigação de dar coisa certa, precisa notificar a pessoa para cumprir 
· Quando o credor precisa comunicar o devedor que ele está em mora essa é chamada de mora ex persona
· Culpa do devedor (só existe mora do devedor quando houver culpa na sua conduta) art. 396, CC
· A análise da existência ou não do interesse do credor na prestação, deverá ser aferida objetivamente pelo princípio da boa-fé e pela manutenção do sinalagma do contrato (relação equilibrada de causa e efeito do contrato) 
· Efeitos da mora do devedor: art. 401, CC
· Responsabilidade civil pelo prejuízo causado ao credor (art. 395, CC) - cumprir a obrigação principal + juro de mora (ou juro legal) + cláusula penal moratória + honorários advocatícios + custas de cobrança
· Responsabilidade civil pela integridade da coisa (ideia de inverter os riscos), durante a mora (art. 399, CC), chamada de “perpetuatio obligationis” que representa a perpetuação da obrigação durante a mora; não vai responder se não teve CULPA DA MORA 
· EX: você pegou a TV emprestada do vizinho, prometendo que assim que terminar de assistir o último capítulo, vai entregar a TV. Acontece que o capítulo está tão chato que você dorme, enquanto dorme, começa um temporal e você acorda com o barulho de um raio que queima todos os aparelhos eletrônicos ligados na tomada do prédio.
· Se o raio tivesse queimado só as coisas do seu apartamento, você teria que indenizar o vizinho
· Todavia, se queimou coisas do prédio todo, não vai precisar indenizar o vizinho 
· MORA ACCIPIENDIOU CREDENDI
· Art. 401, II, CC: subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa
· Obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-las
· Sujeita credor a recebê-la pelo maior valor, ou seja, mais favorável ao devedor, se o valor oscilar entre o dia do pagamento e o recebimento 
· Justificativa do Enunciado 548
· Inadimplemento absoluto:
· Fortuito: decorre do fato não imputável ao devedor (art. 393, CC)
· A obrigação é extinta para ambas as partes, sem responsabilidade civil
· Culposo: fato imputável ao devedor que enseja o dever de indenizar perdas e danos nos termos do art. 402, CC (responsabilidade civil) 
→ Demanda por dívida não vencida ou já paga
· Cobranças antes do vencimento: 
· Se não houver ajuizamento da ação, se for apenas cobrança administrativa, extrajudicial, não enseja a aplicação do art. 939, CC
· O devedor não pode ser obrigado a pagar a dívida antes do vencimento, salvo nos casos previstos na lei (art. 333, CC)
· Se o contrato não estabelecer o vencimento, o credor pode cobrar a obrigação de imediato (art. 331, CC)
· A cobrança antes do vencimento constitui ato ilícito e obriga o credor a esperar o tempo que faltava até o vencimento, além de descontar os juros e pagar as custas em dobro (art. 939, CC)
· No caso do mútuo de dinheiro, não tendo sido estipulado o vencimento, o prazo legal para o pagamento é de 30 dias (art. 592, II, CC)
· As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor (art. 332, CC)
· Segundo TEPEDINO “não é objetiva a responsabilidade do credor pela cobrança ante tempus”
· Responsabilidade subjetiva, com presunção de culpa, permitindo ao credor provar de que houve motivo para se equivocar ou para antecipar a cobrança da prestação
· A jurisprudência exige a demonstração de que houve má-fé do credor na cobrança antecipada 
· Demandar por dívida já paga: art. 940, CC
· Pagamento em dobro por cobrança de dívida já paga somente pode ser aplicada quando comprovada a má-fé do credor 
· Exige-se a efetiva propositura de uma demanda, ou seja, de uma ação judicial, para a cobrança do valor já pago 
· Não se confunde com a indenização por danos morais, pois não está limitada à previsão do art. 940, CC
· CDC: a cobrança extrajudicial pode dar ensejo à pena prevista no art. 42, do CDC, quando se tratar de relação de consumo;
· Responsabilidade objetiva que dispensa a prova do dolo ou má-fé
· Devolução em dobro do indébito (art. 42, pu, CDC). Pressupostos necessários e cumulativos:
· Cobrança extrajudicial indevida de dívida decorrente de contrato de consumo
· Efetivo pagamento do indébito pelo consumidor
· Engano injustificável por parte do fornecedor ou prestador 
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										18/05/2020
→ Responsabilidade civil profissional 
· Trata da obrigação de reparar os danos decorrentes do exercício do ofício do trabalhador
· Atividade profissional representa um conjunto de atos praticados por um sujeito em virtude do exercício de seu ofício, seja ele autônomo ou subordinado
· Atividade profissional: ofício ou profissão
· Atividade econômica: empresarial
· Art. 931, CC - Empresários e empresas respondem objetivamente pelos produtos que colocarem em circulação
· Algumas profissões, em razão do risco e importância que representam à sociedade, estão sujeitas à disciplina especial
· Riscos inerentes a sua profissão
· O preenchimento de requisitos legais para o exercício de certas atividades NÃO EXIME o profissional de responder pelos danos que possa causar em razão da sua atuação
· Natureza jurídica da responsabilidade civil profissional:
· Decorre em regra de uma relação jurídica contratual 
· Preexistência de relação obrigacional
· Em alguns casos o profissional responderá também pelo descumprimento legal ou regulamentar de sua respectiva atividade (responsabilidade extracontratual)
· Infrações de normas regulamentares; administrativa
· Obrigação de meio vs. Obrigação de resultado
· Obrigação de meio: é aquela em que o devedor se obriga a exercer sua atividade com prudência e diligência normais na prestação de certo serviço para atingir um resultado, mas sem comprometer-se a obtê-lo
· Decorre de erro grosseiro
· EX: obrigação do advogado, médicos em geral 
· Culpa provada: na obrigação de meio a vítima tem que provar a falha na prestação do serviço (falta de diligência na atuação, inobservância da melhor técnica ou atuação desonesta e desleal)
· Prova contrato, conduta profissional inadequada que causou o prejuízo, o prejuízo e o nexo causal
· Obrigação de resultado: é aquela em que o credor tem o direito de exigir do devedor a produção de um resultado, sem o que terá o inadimplemento da relação obrigacional. Responde pelo insucesso do seu ato
· EX: transportador, engenheiro
· Culpa presumida: cabe ao devedor provar a inexistência de culpa; Deverá demonstrar fato imponderável e inevitável capaz de romper o nexo e afastar seu dever de indenizar, não basta a simples demonstração de ausência de culpa.
· Tanto nas obrigações de meio como de resultado, ter-se-á responsabilidade civil subjetiva do profissional, ou seja, é necessária a verificação da culpa em sentido amplo para a configuração do dever de indenizar, ressalvadas as atividades que ensejam responsabilidade objetiva do profissional
· A prova da culpa é relevante, embora haja presunção de culpa com a inversão do ônus da prova nas obrigações de resultado 
· Responsabilidade médica: art. 951, CC 
· Os arts. 948, 949 e 950, CC, aplicam-se no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho
· Art. 14, §4º, CDC: cabe ao médico fazer a prova de que ele não agiu com culpa (inversão do ônus da prova) 
· A responsabilidade profissional do médico tem natureza contratual:
· Excepcionalmente há responsabilidade extracontratual, como no caso do médico praticar um ilícito penal ou não observar as normas regulamentares da profissão, como o Termo de Consentimento informado (ou livre e esclarecido) 
· EX: direito da personalidade, art. 15, CC - não ser obrigada a tratamento médico
· Natureza: responsabilidade do profissional do médico é subjetiva
· Art. 951, CC
· Responsabilidade indireta:
· Quando busca reponsabilidade do hospital, da clínica, da PJ, responde de forma objetiva pelo ato do seu preposto/empregado, aquele que atua em nome dela, nos termos do art. 942, CC, são solidários
· A obrigação do médico pode ser de meio ou de resultado:
· Na obrigação de meio o profissional não assume o resultado, se obriga a empregar a melhor técnica de tratamento, porém não significa o dever de curar o paciente
· Na obrigação de resultado o profissional se obriga não só a empreender sua atividade com diligência mas sim de atingir o resultado esperado
· EX: cirurgia estética 
· A relação entre médico e paciente pode ser classificada como locação de serviços sui generis, na qual se agregam à prestação remunerada de serviços deveres extrapatrimoniais essenciais ao acordo
· A doutrina, considerando o conceito “responsabilidade contratual” decompõe as obrigações do médico em:
· Deveres de conselho
· Cuidados e assistência
· Abstenção de abusos e desvios de poder 
· Dever de informação (art. 15, CC - consentimento informado) 
· Sigilo
· A infringência aos deveres básicos caracteriza as chamadas “faltas profissionais”
· Falta profissional ou erro médico geram o dever de indenizar
°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°										19/05/2020
· Prova da culpa: demonstrar ERRO GROSSEIRO
· Matéria técnica: exige prova pericial 
· Comprovação do erro profissional: confrontar comportamento do médico com os cuidados possíveis e cabíveis ao caso
· Falta médica: deficiência técnica, descuidodo profissional que não atenta para os primeiros indícios de provável ou possível acidente; ausência de assistência cardiológica imediata; demora de remoção do paciente para um hospital melhor aparelhado - providências, em suma, que possam acudir o doente com eficiência e oportunidade
· Prestação de serviço direta e pessoal: 
· Responsabilidade contratual subjetiva: obrigação de meio - culpa provada 
· Prestação de serviço hospitalar (instituição hospitalar): 
· Responsabilidade objetiva: obrigação de meio, sem discussão de culpa (CDC) - esse médico atua como empregado ou prepostos DESTE hospital, portanto puxa a responsabilidade para o próprio hospital (ação contra o hospital em face da atuação do médico)
· EX: médica sem consultório, quando você vai para o hospital e leva seu médico com você, há uma divisão de responsabilidade
· Responsabilidade médica pessoal e direita X Responsabilidade da estrutura hospitalar
· Para Cristiano Farias (2019), há alguns pontos que podem ser sistematizados: 
· Dessa relação podem surgir danos morais, materiais e estéticos
· O fato de estarmos diante de uma obrigação contratual não implica presunção de culpa do médico
· A culpa do médico não precisa ser grave, embora exija certeza
· Haverá solidariamente sempre que se configurar, por ações ou omissões, a participação no resultado danoso (o cirurgião, por exemplo responde pela equipe médica, mas não, em princípio, pelo ato do anestesista, que responde pessoalmente)
· Quebra de confiança
· Atuação médica:
· Erro profissional: falha humana decorrente do exercício do ofício-profissão
· Pode se caracterizar de várias formas
· Erro médico: é a falha profissional imputada ao médico por imprudência, negligência ou imperícia (por culpa), sujeitando-o às sanções civis, penais e administrativas
· A conduta médica pode estar correta mas a técnica empregada não. Não responsabilizará o médico se não demonstrada a culpa na sua conduta ou se o erro for escusável tendo em vista as circunstâncias do caso.
· Erro de diagnóstico: deve ser grosseiro para gerar dever de indenizar, como um diagnóstico precipitado e impreciso
· A aplicação da teoria da perda de uma chance (inviabiliza a probabilidade de cura ou tratamento eficiente ao paciente)
· Diagnóstico inconclusivo: inviabiliza a busca pela indenização; SALVO quando o diagnóstico é de fácil caracterização e não foi feito para que não houvesse responsabilização 
· Iatrogenia (iatros: médico; genia: origem): danos causados em razão de consequências previsíveis ou não da atuação médica - em regra não gera dever de indenizar
· Porque é esperado e informado 
· Intercorrências: fatos imprevisíveis decorrentes do tratamento, como reação adversa do organismo da pessoa, pouca resistência imunológica
· Em regra não gera dever de indenizar
· Equipe médica: hoje entende-se que, em regra, cada um responde individualmente pela sua especialidade
· Se há chefe cirurgião, os atos dos demais são considerados atos de prepostos e o chefe responde
· Só caberá a responsabilização solidária e objetiva do cirurgião-chefe da equipe médica quando o causador do dano for profissional que atue sob predominante subordinação àquele
· Responsabilidade civil dos PLANOS DE SAÚDE
· Médico cadastrado pelo plano de saúde: haverá responsabilidade solidária entre o médico e o plano de saúde, pois aquele será equiparado a preposto da pessoa jurídica
· A Súmula n. 10 da Agência Nacional de Saúde impõe que as operadoras de planos de saúde arquem com as despesas médicas oriundas de complicações de procedimentos não cobertos, em virtude do princípio da preservação da vida, órgão ou função do paciente.
· STF: planos de saúde respondem, solidariamente, com hospitais e médicos credenciados, pelos danos causados aos pacientes.
· Escolha do médico pelo próprio paciente que é reembolsado pelo plano de saúde das despesas efetuadas: não haverá responsabilidade do plano pois não possui qualquer ingerência na escolha do profissional 
· Dever de INFORMAR: é obrigação da atividade médica e deve ser claro sobre todas as consequências da conduta a ser adotada pelo profissional e pelo paciente 
· Consentimento do paciente:	
· Consentimento informado: documento no qual o médico informa os riscos e recebe autorização para o procedimento (prova de que o paciente recebeu toda e qualquer informação e de que efetivamente concorda com aquele procedimento)
· A intervenção cirúrgica ou invasiva deve ser precedida de autorização do paciente 
· O consentimento do paciente será dispensável em caso de emergência
· Documento de recomendações médicas não substitui o Termo de Consentimento Informado (art. 15, CC) 
· TCI: atribui-se ao paciente plena autonomia quanto ao tratamento médico ou à intervenção cirúrgica prescrita para corrigir ou atenuar determinado mal ou doença
· Perda de uma chance e erro médico:
· A chance de cura (ou de sobrevivência) passa a ser considerada um bem juridicamente protegido, razão pela qual sua privação indevida é tida como possível de ser indenizada 
· Responsabilidade do anestesista
· Ele que dá condição para o cirurgião trabalhar
· A responsabilidade do anestesista é ainda mais importante, pois a falta desta condição pode inviabilizar ou causar uma falta grave no procedimento 
· Responsabilidade dos hospitais e clínicas:
· É tratada pela regra geral do CDC, não se confunde com a responsabilidade direta do médico, se você quiser processar diretamente o médico, esta responsabilidade é subjetiva, se quiser responsabilizar o hospital por falha do procedimento do médico, o hospital responde de forma objetiva
· O hospital tem responsabilidade pela estrutura hospitalar 
°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°										25/05/2020
→Responsabilidade civil: advogados
· Advocacia - função essencial à Justiça (art. 133, CF)
· Advogado - elemento indispensável à administração da Justiça
· Art. 3º, Código de Ética 
· É por intermédio dos advogados que, em relação aos cidadãos, exerce-se o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (ar. 5º, LV, CF)
· Demandas da sociedade chegam ao poder judiciário (interesses dos cidadãos)
· Segundo Maria Sylvia Di Pietro, a advocacia tem papel fundamental na busca e concretização da Justiça, entendida no duplo sentido:
· Justiça como instituição, como sinônimo de poder judiciário, visto que o início das ações judiciais dependem da atuação dos operadores do direito, sem os quais a justiça não existe
· Justiça como valor incluída no preâmbulo da Constituição para garantia de uma sociedade fraterna pluralista e sem preconceitos
· Funções do advogado:
· Levar os conflitos ao judiciário e intermediar o interesse entre as partes e o juiz (múnus público)
· Função premente da advocacia
· Lutar pela correta aplicação do Direito
· Zelar pelo cumprimento do texto constitucional e das instituições
· Atuar com ética, responsabilidade e conhecimento técnico do seu ofício 
· Obrigações do advogado:
· A advocacia é regulada pelo Estatuto da OAB e pelo Código de Ética do Advogado
· Art. 2º, EAOAB
· As obrigações do advogado consistem em defender a parte em juízo e dar-lhe conselhos profissionais
· Responsabilidade com o que vai dizer ao cliente
· O Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94) estabelece como atividade exclusiva dos advogados os serviços de consultoria, assessoria, direção jurídica e a postulação perante a qualquer órgão do Poder Judiciário
· Art. 31, lei 8906/94
· A consultoria que o advogado dá ao cliente é tão importante quanto a petição que assina 
· O advogado é profissional liberal, gozando, como tal, de ampla autonomia no desempenho do seu mister
· Responderá pelos prejuízos causados no exercício da atividade, em qualquer âmbito 
· Deveres do advogado: art. 2º, pu, CED
· Responsabilidade civil do advogado
· Arts. 32 e 33, lei 8906/94
· Advogado não tem responsabilidade objetiva 
· Saber seus deveres é saber os limites do exercício do advogado 
· O contrato entre cliente e advogado não trata apenas daobrigação de executar o serviço advocatício, trata também de obrigações éticas exigíveis antes, durante e após a contratação
· Ex: sigilo, dever de informação, conhecimento técnico da informação que está dando 
· O advogado está obrigado a usar de sua diligência e capacidade profissional na defesa da causa, mas não se obriga pelo resultado, que sempre é falível e sujeita às vicissitudes intrínsecas ao processo
· OBRIGAÇÃO DE MEIO
· Sua negligência ou imperícia pode caracterizar várias espécies de responsabilização
· A responsabilidade pode ser disciplinar, criminal, cível 
· A ineficiência de sua atuação deve ser apurada no caso concreto
· Se não houver prejuízo, não haverá o dever de indenizar (3 elementos)
· O que se repreende é o erro grosseiro, inescusável no profissional
· Não basta que o advogado tenha agido mal: é preciso que a essa ação (ou omissão) desastrada se junte um dano indenizável 
· O advogado é o 1º juiz da causa, razão pela qual “é legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de pretensão concernente a lei ou direito que também lhe seja aplicável, ou contrarie expressa orientação sua, manifestada anteriormente” (Código de ética)
· Avalia o risco de sucumbência e tem o dever de informar 
· Atribui à parte vencida em um processo judicial o pagamento de todos os gastos decorrentes da atividade processual
· Natureza jurídica da obrigação de prestação de serviços advocatícios 
· Responsabilidade contratual
· A procuração, como instrumento do mandato, delinea os poderes conferidos pelo constituinte ao advogado
· Limites de atuação
· O mandato judicial habilita o advogado a agir judicialmente em nome do cliente 
· O advogado responde civilmente apenas se provada sua conduta culposa na condução de sua atividade (responsabilidade subjetiva)
· O erro do advogado que dá margem à indenização é aquele injustificável, elementar para o advogado médio, tomado aqui também como padrão por analogia ao bonus pater familias 
· Exceção: excepcionalmente a atividade do advogado pode envolver obrigação de resultado - na elaboração de um contrato ou de uma escritura, por exemplo, o advogado compromete-se a ultimar o resultado
· Nesse caso responde pelo insucesso do ato 
· Tanto nas obrigações de meio como de resultado, ter-se-á responsabilidade civil subjetiva do profissional, sendo necessária a verificação da culpa em sentido amplo para responsabilização e configuração do dever de indenizar
· A falha na conduta do advogado não enseja dano in re ipsa
· O ônus da prova de culpa será distribuído em função da natureza da obrigação avençada e geradora do dano 
· Se for obrigação de meio, quem prova é a vítima, se for de resultado, a culpa é presumida (advogado tem que fazer prova de que não agiu com culpa) 
· Mesmo o advogado dativo, nomeado para o ato processual, que causar danos ao representado, por eles responderá 
· O advogado que, sem autorização, substabelece os poderes que lhe foram conferidos, responde, perante o outorgante, pela atuação do procurador substabelecido 
· STJ: o advogado contratado pode ser processado por causar danos morais e materiais ao cliente se houver agido com negligência na condução do processo 
· Seguro de responsabilidade civil facultativo (enunciado 544, CJF)
· Vítima demanda direto a seguradora 
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· Perda de uma chance:
· A ausência de interposição de determinado recurso ou a não contestação de uma demanda, a falta de juntada de documentos essenciais, etc, subtraem da vítima a chance de vitória na causa
· Não basta que as expectativas do cliente sejam legítimas em relação à demanda, é preciso que elas se frustrem em razão da atuação desastrada do advogado (FARIAS)
· A perda da chance, a priori, está ligada ordinariamente a omissões do advogado 
· Erros profissionais comuns de advogados:
· Deixar de ingressar com ação sujeita a prazo prescricional ou decadencial
· Perda de prazo para contestar, recorrer ou praticar ato precluso
· Deixar de arguir/formular pedido essencial para satisfação/defesa do direito do cliente
· Deixar de realizar prova essencial a comprovação do direito 
· Perder prazo em face de não ter recebido notificação eletrônica de publicação
· Litigância de má-fé e ajuizamento de ação impossível exceder os poderes outorgados
· Levantamento de alvará sem repasse ao cliente 
· Ausência à audiência
· Abandono da causa
· Erro grosseiro na formulação de pareceres, notas técnicas e conselhos jurídicos
· Violação do sigilo profissional
· Todos os atos são passíveis de responsabilização, cabendo ao advogado em tese de defesa provar que mesmo que tivesse adotado as providências cabíveis (prazo, peça, prova) ainda assim, seu cliente não lograria êxito.
· Imunidade profissional:
· Art. 133, CF; art. 7º, §2º, EAOAB
· A imunidade profissional do advogado está vocacionada a assegurar-lhe o pleno exercício da liberdade profissional, mas não é manto para irresponsabilidades ou ofensas. Nem abrange questões pessoais (Rosenvald/Farias)
· Não tem caráter absoluto, deve-se observar os parâmetros da legalidade e da razoabilidade e não abarcando violações de direitos da personalidade, notadamente da honra e da imagem de outras partes ou profissionais que atuem no processo 
· Ofensa irrogada em juízo: discussões acaloradas pelas partes e procuradores, contextualizadas com a causa, não ensejam responsabilização e não tipificam crime de injúria ou difamação (art. 142, I, CP)
· A imunidade não alcança o crime de calúnia 
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→ Responsabilidade civil nas relações de consumo
· Toda relação jurídica ajustada entre um consumidor e um fornecedor de produtos ou serviços
· Consumidor: art. 2º, CDC
· Considera-se hipossuficiente por estar em desvantagem técnica e jurídica frente ao fornecedor
· Ex: passageiro que está na parada esperando o ônibus B e é atropelado pelo ônibus A, é um consumidor por equiparação e vai ser tratado como consumidor do próprio ônibus que o atropelou
· Fornecedor: art. 3º, CDC
· Incluem-se: produtor, fabricante, comerciante, prestador de serviço
· Produção de atos continuados e habituais (atividade empresarial)
· O CDC tem o objetivo de promover a defesa do consumidor reestabelecendo e garantindo o equilíbrio e a igualdade nas relações de consumo
· PRODUTO: qualquer bem móvel ou imóvel material ou imaterial
· Responsabilidade objetiva, fundada na teoria do risco, para regular suas relações 
· Pelo CDC a responsabilidade é estendida solidariamente a todos os que compõem o elo básico na colocação do produto no mercado 
· Acidente de consumo: pode ser solidária na cadeia, mas em regra, recai diretamente sobre determinados agentes
· Ex: sou comerciante dessa linha solidária, comerciante passa a ser subsidiária
· Incidente de consumo (vício): todos que são responsáveis pela colocação do produto no mercado respondem de forma solidária
· São limitadas as excludentes invocáveis para exoneração da responsabilidade
· Equipara a consumidor todos aqueles que foram vítimas dos vícios do produto ou do serviço (acidente de consumo) 
· CONSUMIDOR PADRÃO E POR EQUIPARAÇÃO 
· Fundamento da responsabilidade civil do fornecedor: DEVER DE SEGURANÇA
· O fato gerador da responsabilidade do fornecedor é o DEFEITO do produto ou do serviço ou fato do produto ou do serviço que caracteriza ACIDENTE DE CONSUMO
· Defeito: falta de capacidade do fabricante de eliminar os riscos de um produto sem prejudicar sua utilidade (art. 12, §1º, CDC) - acidente de consumo (externo)
· Dever de segurança: não lançar no mercado produto com defeito que cause acidente de consumo - dever fundamental (gera responsabilidade do fornecedor ou produtor)
· Garantia de idoneidade de produtos e serviços
· Segurança: desconformidade com uma expectativa legítima do consumidor e capacidade de causar acidente de consumo
· FATO vs. VÍCIO do produto ou do serviço
·Fato (acidente de consumo - via externa): quando o defeito atinge a incolumidade econômica, física ou psíquica do consumidor
· Falha no dever de segurança do produto 
· Arts. 12, 13 e 14, CDC - essenciais para compreender quais os limites da responsabilidade 
· Fornecedor do serviço: art. 14, CDC
· Se for profissional liberal, a responsabilidade vai ser subjetiva
· O prejuízo extrapola a esfera do próprio bem e atinge o consumidor
· Ex: levar choque quando liga o produto; ligar na tomada e queimar os outros produtos que estão ligados na rede elétrica
· Responsáveis: o fabricante, o produtor, o construtor e o importador
· §3º, art. 12, CDC: excludentes de responsabilidade
· não será responsabilizado quando provar: I - que não colocou o produto no mercado; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
· Culpa concorrente pras relações de consumo é vista com restrição
· A maioria não admite culpa concorrente com o consumidor 
· Comerciante só responde subsidiariamente, porque é só o comerciante do produto, se o problema está na construção do produto, não é ele que vai ficar responsável por isso 
· Só entra na possibilidade de não se encontrar o efetivo construtor
· Responsabilidade objetiva
· Art. 13, pu, CDC: direito de regresso ao efetivo responsável pelo dano 
· Ação indenizatória, prazo de 5 anos a partir da data do acidente 
· Prazo para reclamação desse prejuízo 
· Vício (incidente de consumo - interno): o defeito atinge apenas a esfera patrimonial do consumidor
· Responsabilidade solidária de todos que colocaram o produto em circulação
· Conserto, troca do produto, abatimento do preço ou desfazimento do negócio
· O prejuízo é do próprio bem
· Responsáveis: fornecedor 
· Responsabilidade por defeito do produto: acidente de consumo (art. 12, CDC)
· Excludentes: art. 12, §3º, CDC - inclusão de fortuito externo entre as excludentes 
· O CDC não admite cláusulas que impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos (são nulas)
· Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis (art. 51, CDC)
· Responsabilidade por vício na prestação do serviço ou do produto: art. 18, CDC
· Defeito que interfere na qualidade do produto ou economicidade do produto ou serviço
· Vício de qualidade ou quantidade que torna o produto impróprio ou inadequado ao consumo a que se destina ou lhe diminua o valor 
· ATENÇÃO aos prazos decadenciais para reclamar pelos vícios: 30 dias para bens não duráveis e 90 dias para bens duráveis - considerados inclusive para o ingresso da ação
· Arts. 26 e 27 CDC
· Vício ou fato
· Vício oculto: art. 26, §3º, CDC
· A assistência tem 30 dias para dar uma posição sobre aquela situação e não dando, há a possibilidade do pedido (art. 18, CDC)
· Prazo prescricional para reclamação de prejuízos decorrentes de acidente de consumo: 5 anos 
· Responsabilidade do comerciante no fato do produto (acidente de consumo) é subsidiária, salvo se: art. 13, CDC
· Fornecedor responde solidariamente com o fabricante por vícios no produto
· Arts. 19, 20 e 21 CDC
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· Questões de prescrição das pretensões reparatórias
· Direito subjetivo violado, frente a violação, nasce a pretensão (tempo para ser exercida) satisfativa, possibilidade de ser reparado da violação 
· Pretensão de exigir do devedor em juízo a satisfação do direito 
· O decurso do tempo tem grande influência na aquisição e na extinção de direitos
· Podem gerar insegurança e seria fonte de conflitos e prejuízos diversos
· Visa segurança jurídica e pacificação social
· É necessário, para que haja tranquilidade na ordem jurídica, pela consolidação de todos os direitos
· Art. 189, CC - conceito prescrição
· Prescrição aquisitiva: adquiro/incorporo na ordem jurídica um determinado direito em face da pretensão aquisitiva
· Prescrição extintiva: termo consuma a pretensão, a possibilidade de exigir de alguém juridicamente a satisfação do direito
· REGRA
· O que é afetado pelo prazo prescricional é a exigibilidade da pretensão/direito
· Efeito do tempo sobre as pretensões existentes sobre a violação do direito existente
· Responsabilidade contratual: art: 205, CC
· 10 anos
· Prescrição de caráter patrimonial
· Teoria objetiva 
· Responsabilidade extracontratual: art. 206, CC
· Teoria subjetiva: parte tem que ter conhecimento da violação; não vai haver prazo prescricional se a parte não tem conhecimento 
· Princípio da actio nata
· Teoria objetiva da actio nata: o prazo de consumação da prescrição terá início na data do fato, instante em que ocorreu a lesão a um direito subjetivo 
· Se restringe a aplicação das indenizações contra o Estado
· Teoria subjetiva da actio nata: o termo inicial da contagem dos prazos não se prende ao momento do dano injusto, mas a alguma outra circunstância posterior, a fim de que se compatibilize a necessária segurança jurídica do autor do dano com o princípio da justiça
· Determina que o prazo não começa no momento da lesão, mas sim do conhecimento da lesão 
· Protege e viabiliza uma maior adequação ao que acontece hoje 
· Suspensão - interrupção (PRAZO CONTRA OU A FAVOR)
· Arts. 197, 198, 199 e 200, CC
· Suspensão: começa a contar, paro e continuo do prazo que parei (o prazo restante)
· Interrupção: zera o prazo 
· PRESCRIÇÃO CORRE CONTRA: ou a pessoa entra com a ação, ela ou ela vai ser prejudicada; corre contra a vítima; porque nas regras de suspensão, as regras dizem respeito a situações em que o prazo prejudica, só se suspende o prazo que corre contra
· Porque é a vítima que vai perder a pretensão indenizatória 
· PRESCRIÇÃO CORRE A FAVOR: de quem cometeu o dano
· Condição suspensiva e resolutiva: 
· Condição: elemento que suspende a eficácia do negócio até um evento futuro e incerto
· Suspensiva: suspende os efeitos do ato jurídico, até o evento futuro e incerto 
· Não corre prescrição pendendo condição suspensiva (art. 199, CC)
· Resolutiva: produz os efeitos até o momento que aconteceu o evento futuro e incerto quando efetivamente finaliza os efeitos daquela situação 
· Regra de transição: art. 2028,CC
· Prazo da lei anterior: 20 anos
· Mantenho esses prazos, se na data da entrada em vigor do novo código já tiver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada
· Novo prazo: 3 anos/ 10 anos
· Data do fato até data da entrada em vigor novo CC - 11/01/2003
· 1+0 anos; +da metade do prazo anterior
· Continua prazo antigo contado da data do fato
· -10 anos; -da metade do prazo anterior
· Novo prazo contado da data da entrada em vigor
· Situação hipotética:
· Em 20/04/1995, NATÁLIA ao dirigir seu veículo pela W3 Sul, para não atropelar uma criança, que atravessava a rua desatenta e fora da faixa de pedestre, colide com o carro de PEDRO que trafegava regularmente pela via ao seu lado, causando-lhe um prejuízo de R$ 2.000,00. Em 21/02/2005 Natália e Pedro se casaram mas acabaram se divorciando judicialmente em 25/07/2019. Nesse caso é correto afirmar que hoje Natália não está obrigada a reparar o dano causado a Pedro em face da prescrição da pretensão indenizatória?
· A prescrição corre contra PEDRO e a favor de NATÁLIA, porque efetivamente NATÁLIA que causou o prejuízo
· Fato (1995) até vigência NCC(2003) = 8 anos
· Menos metade do prazo > Prazo do NCC 3 anos contado da vigência > 3 anos de 11/01/2003 > 2 anos, 1 mês e 10 dias > 21/02/2005 CASAMENTO > SUSPENSÃO
· DIVÓRCIO 25/07/2019 > REINÍCIO > Prazo restante: 10 meses e 20 dias contado do divórcio
· RESPOSTA: Não está prescrito e Natália vai ter que pagar 
MARIA ao ultrapassar sinal vermelho, colidiu no carro de JOÃO no dia 20/01/2004, causando-lhe danos materiais. Em razão de se conhecerem com o acidente, João e Maria acabaram se casando,sob regime da comunhão parcial de bens, em 10/01/2006, sem que Maria reparasse os prejuízos causados ao João. Após 10 anos de casados a união chegou ao fim, sendo declarada extinta judicialmente em 18/11/16. João deprimido com o fim do casamento aproveitou a indicação do seu trabalho e aceitou a nomeação para representar a União em operação internacional de combate a corrupção deflagrada na Itália, tendo viajado em 28/11/2016 e retornado ao Brasil apenas em 10/12/2018. Ainda magoado com o fim do casamento João resolveu cobrar o valor do prejuízo sofrido no acidente de 2004 de Maria. Você foi procurado por João para saber se é possível o ajuizamento. Considerando a legislação vigente, explique o tipo de responsabilidade civil aplicada ao caso, identifique os seus elementos, bem como se ainda há viabilidade jurídica de exigir judicialmente a reparação do prejuízo sofrido por João à época.
· RESPOSTA: Responsabilidade civil subjetiva - fundada no ato ilícito - art. 186, CC - causar dano por culpa; até o dia 10/12/2019 ele pode ajuizar a ação 
· Em junho de 2020 ele não tem mais o direito de utilizar o poder judiciário para fazer com que Maria faça o pagamento, pois prescreveu
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· Responsabilidade Bancária 
· Relevante impacto social - Tratamento diferenciado
· Funções distintas:
· Fornecedor de produtos: quando empresta de dinheiro 
· Prestador de serviços: quando cobram e pagam contas 
· Responsabilidade bancária: enquanto intermediário financeiro, corresponde aquelas inerentes ao vício ou defeito por fato do serviço ou do produto 
· Vício de serviço: art. 20, CDC (ineficiência da cobrança)
· O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir
· Responsabilidade contratual - responsabilidade subjetiva
· A responsabilidade contratual dos bancos pode ser invocada no caso de inexecução ou revogação injustificada de uma abertura de crédito 
· Confecção de cartão de crédito
· Concessão de crédito indevida
· A conduta subjetiva no ato de omissão, negligência ou imprudência que ocasione um ato ilícito (art. 186, CC)
· Concessão de crédito imprudente: dano patrimonial
· Superendividamento - danos a terceiros credores - maquiagem patrimonial
· Ivo Waisberg e Gilberto Gornati também compartilham de tal entendimento: “Portanto, somos da opinião de que a responsabilidade do administrador de instituição dos bancos comerciais sujeitos a regimes especiais, é subjetiva”.
· Súmula 479/STJ: As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
· Não necessidade de comprovação de culpa da vítima (proteger o consumidor)
· Clonagem de cartão de crédito
· Golpe do envelope
· Senha hackeada
· Assalto dentro da agência bancária
· Abertura de conta com documentos falsos
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· Responsabilidade civil - transporte de pessoas
· Conceito: arts. 730 e ss, CC
· Requisitos: transportador, passageiro e interesse ou vantagem para o transportador 
· Espécies de transporte de pessoas: 
· Transporte gratuito: art. 736, CC
· Responsabilidade: art. 736 + 734, CC
· Súmula 145/STJ: NO TRANSPORTE DESINTERESSADO, DE SIMPLES CORTESIA, O TRANSPORTADOR SÓ SERÁ CIVILMENTE RESPONSÁVEL POR DANOS CAUSADOS AO TRANSPORTADO QUANDO INCORRER EM DOLO OU CULPA GRAVE.
· Responsabilidade subjetiva
· Contrato oneroso: art. 736, pu, CC
· Responsabilidade: art. 734 puro, ou seja, responsabilidade objetiva
· Agente condutor:
· Transportador: o mais simples. Tem 2 modalidades
· Transportador simples (pessoa física)
· Transportador preposto
· Responsabilidade: art. 734 CC (transportador simples) + art. 34, CDC (transportador prepostos + empresa)
· Concessionário/permissionário: transportador prestando serviço público (transporte público)
· Responsabilidade: art. 3º, CDC (fornecedor) + arts. 37, II (concessão) e 42, II (permissão), da lei 10.233/01
· Municípios/União: transporte público executado diretamente pela pessoa jurídica de direito público 
· Responsabilidade: arts. 21, XII, ‘d’ e ‘e’, (União) e 30, V (Município), 37, §6º (respondem objetivamente) e 175, CF + arts. 37, II e 42, II, da lei 10.233/01
· Transportado:
· Responsabilidade art. 738, CC
· Dano causado:
· Passageiro/transportado: autoexplicativa
· Bagagem: pertences que se encontram com o transportado durante o transporte
· O transportador é responsável pelos dois e responde objetivamente por qualquer dano causado à ambos (art. 734, CC)
· Responsabilidades específicas:
· Geram responsabilidades:
· Transportador:
· Desobedecer horários e itinerários previstos (art. 737, CC)
· Recusar passageiros sem justificativa legítima (art. 739, CC)
· Culpa de terceiro (art. 735, CC)
· Passageiro:
· Desobedecer normas estabelecidas pelo transportador (art. 738, CC)
· Não geram responsabilidade:
· Transportador:
· Reter a bagagem como garantia de pagamento, uma vez executado o transporte (art. 742, CC)
· Exigir declaração do valor da bagagem (art. 734, pu, CC)
· Força maior (art. 734 e 737, CC)
· Passageiro:
· Rescindir o contrato antes (art. 740, CC), ou durante a viagem (art. 740, §1º, CC)
· Responsabilidade civil no transporte aéreo:
· Responsabilidade objetiva: art. 12, CDC
· Princípio da reparação integral: art. 14, §2º, CDC
· Transporte aéreo nacional:
· As vítimas de acidentes aéreos localizados em superfície são consumidores por equiparação, devendo ser a elas estendidas as normas do art. 17, CDC, relativas a danos por fato do serviço 
· Fortuito interno X Fortuito externo 
· Excludentes de responsabilidade: 
· Culpa exclusiva do consumidor
· Defeito inexistente: art. 14, §3º, CDC
· Responsabilidade subjetiva: art. 20, CDC
· Limitação do quantum indenizatório: art. 22, CDC - limites de responsabilidade relativos ao atraso da bagagem e da carga 
· Art. 19, CDC
· Convenção de montreal: 
· Direitos especiais de saque são um instrumento monetário internacional, criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em 1969, para completar as reservas oficiais dos países membros. São ativos de reserva em moeda estrangeira suplementares definido e mantidas pelo FMI. Seu valor é baseado em uma cesta das principais moedas internacionais, revista pelo FMI a cada cinco anos
· O posicionamento do STF:
· Tema 210 STF
· “Por força do artigo 178 da Constituição Federal, as normas e tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor”.
· As controvérsias:
· Abarca os danos morais
· “Determinar às instâncias de origem que apreciem novamente o feito, levando em consideração que a norma internacional que rege a matéria deve prevalecer sobre Código de Defesa de Consumidor para eventual condenação de empresa aérea internacional por danos morais e materiais”.
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· Responsabilidade - transporte de coisas
· Contrato de transporte - características
· Negócio jurídico; Contrato sinalagmático (bilateral); Oneroso; Consensual; Cumulativo - limites e obrigações conhecidas pelas partes; Executa e conclui em um ato; Típico (CC); Não solene (pode ser verbal)
· Arts. 730 e 756, CC
· Transporte: pessoas e bens
· Transporte acessório:
· EX: compra geladeira, danificada no transporte - responsabilidade da loja (contrato de compra e venda)
· Transporte concessão ou permissão: direito administrativo (art. 731, CC); art. 21, XII, ‘d’ e ‘e’, CF; art. 30, V, CF
· Entre empresários:contratos empresariais
· Contrato:
· 3/2 sujeitos
· Remetente - transportador (pessoa/empresa) - destinatário (discutível)
· Remetente: pessoa física ou jurídica
· Transporte de coisas: mercadorias, semoventes, bagagens, máquinas e equipamentos; exclui pessoas
· Declarar: valor, peso, quantidade
· Formas de entrega e prazo: a domicílio; local; prazo respondendo o contratante pelo atraso
· Deveres e direitos do remetente:
· Deveres: declarar valor, peso e quantidade; Acondicionar adequadamente, embalagem fechada; Indicar destinatário; Variação de consignação
· Direitos/responsabilidade: indenização - furto, perda, avaria da coisa; Responsável - coisa causou prejuízo ao transportador (tem que provar) 
· Deveres e direitos do transportador:
· Deveres:
· Expedição de conhecimento de transporte: qualificação do emissor, número de ordem, data da emissão, nomes do remetente e do destinatário (art. 744, CC)
· Documento endossável, cláusula “não a ordem”
· Aceitar variação de consignação (art. 748, CC)
· Manter a coisa em bom estado e entregá-la no prazo no destino final (art. 749, CC)
· IMPORTANTE - RESPONSABILIDADE
· Limitada ao valor constante no conhecimento de transporte (documento)
· Literalidade: vale o que está escrito 
· Direitos/responsabilidade: 
· Direito de retenção (pagamento de frete); Reajustar o valor do frete - variação de consignação; Avaliar os riscos de transporte - aceitar ou não, embalagem inadequada, risco a saúde das pessoas, danificar bens ou veículos (art. 746, CC); Recusa justificada/legal - comercialização não permitida e/ou embalagem inadequada (art. 747, CC); Depositar a coisa em juízo - deterioração e/ou destinatário não encontrado (art. 755, CC); LIMITADA ao valor declarado na mercadoria; Informação inexata - indenização: prazo decadencial de 120 dias a contar do ato que gerou prejuízo (art. 745, CC); Responsabilidade: momento de entrega da mercadoria e encerra - destinatário/depósito em juízo; Transporte cumulativo: responsabilidade SOLIDÁRIA (art. 756, CC); Transporte cumulativo - terceirização - art. 733, CC (cada transportador responde pelo trecho); Responsável: dano, perda, extravio e outros - RESPONSABILIDADE OBJETIVA
· EXCLUDENTE: força maior ou caso fortuito, culpa exclusiva da vítima ou fato de 3º (transportador tem que provar esses prejuízos e que não tem culpa)
· Deveres e direitos do destinatário
· Deveres: retirar a coisa; Conferir a coisa entregue; Reclamar - decadência
· Direitos/responsabilidade: receber a coisa tal qual foi entregue ao transportador; Perda parcial ou avaria - 10 dias; Responsabilidade: entrega/retirada da coisa 
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· Responsabilidade civil das empreiteiras
· Contrato de empreitada (art. 610 a 626, CC)
· Conceito: contrato bilateral, oneroso, comutativo, consensual e informal
· Segundo Tartuce, trata-se de uma espécie do contrato de prestação de serviço. Por meio deste, uma das partes – empreiteiro ou prestador – obriga-se a fazer ou mandar fazer determinada obra, mediante remuneração ou a manda fazer em favor de outrem – dono da obra ou tomador.
· Empreiteiro: trabalha sem qualquer subordinação ou dependência do dono da obriga
· Dono da obra: é contratante e não patrão
· Modalidades: 
· Empreitada sob administração: 
· Empreiteiro: administra as pessoas contratadas pelo próprio dono da obra e se encarrega da execução de um projeto mediante remuneração.
· O dono da obra: fornece os materiais.
· Responsabilidade do dono: pelos riscos até o momento da entrega
· Empreitada de mão de obra (de lavor):
· Empreiteiro: a mão de obra e tem o dever de avisar sobre a qualidade técnica dos materiais.
· Materiais fornecidos pelo dono da obra.
· Obrigação do empreiteiro: de meio e subjetiva
· Arts. 612 e 613, CC
· Empreitada mista (regra adotada pelo CC):
· Empreiteiro: fornece a mão de obra e os materiais e se compromete com a execução da obra toda.
· Obrigação do empreiteiro: de resultado e objetiva.
· Art. 611, CC e art. 14. §4º, CDC
· OBS.: a obrigação de fornecer material deve estar sempre explícita, não será nunca presumida. Depende de lei ou da vontade das partes.
· Responsabilidade do empreiteiro:
· Art. 618, CC: imputa ao empreiteiro a responsabilidade sobre a solidez da obra por até 5 anos a contar da conclusão da obra. Vale observar que se o dono da obra descobrir o vício e não entrar com ação em até 180 dias, seu direito decairá
· Vícios ocultos que afetam a solidez e estrutura da obra: aplica-se o disposto no art. 618 do CC e seu parágrafo único – prazo decadencial de 180 dias para o dono da obra entrar com ação;
· Vícios ocultos que não afetam a solidez e segurança da obra: aplica-se o disposto no art. 445,§1º do CC – prazo decadencial de um ano;
· Caso o contrato esteja sob a égide do Código do Consumidor, pelo seu art. 26, aplica-se: Prazo decadencial de 90 dias da entrega do bem para os vícios aparentes e 90 dias da descoberta do vício para os ocultos.
· Além da responsabilização prevista pelo art. 618, o art. 615 do Código Civil também prevê a responsabilidade do empreiteiro para o que lhe foi instruído: caso o empreiteiro esteja em desacordo com este artigo, as regras aplicáveis serão as do inadimplemento das obrigações (arts. 389 a 391, CC) 
· Prescrição:
	ARTIGO
	PRAZO PRESCRICIONAL
	APLICAÇÃO
	206, §3º, V, CC
	3 ANOS
	Pretensão de reparação civil -
EXTRACONTRATUAL
	27, CDC
	5 ANOS
	Pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do
serviço
	205, CC c/c 389, CC
	10 ANOS
	Descumprimento da obrigação com
fundamento em ato ilícito –
CONTRATUAL
· Vício redibitório: arts. 441 a 446, CC
· Vício oculto, que já vem com o objeto adquirido. Torna a coisa imprópria para uso ou diminui o seu valor.
· Apenas aplicável em contratos onerosos.
· Alienante que desconhece o vício: restituição do valor e despesas do contrato.
· Alienante que conhece o vício: perdas e danos, restituição do valor e despesas do contrato.
· Para que haja responsabilidade do alienante o defeito precisa existir no momento da tradição.
· Adquirente pode pleitear a devolução do que foi pago (rescisão contratual) ou aceitar a coisa e abater o preço.
· Em se tratando de contrato de empreitada a data de contagem deste prazo dá-se da ocorrência do evento danoso (violação do direito subjetivo).
· Dano a terceiro
· Responsabilidade do dono da obra será objetiva e indireta.
· Vizinho: Responsabilidade objetiva e solidária entre o dono da obra e o empreiteiro (art. 942, parágrafo único, CC)
· Ressalvado o direito regressivo do dono da obra para com o construtor caso os danos decorram de negligência, imprudência ou imperícia de sua parte 
· art. 934, CC
· Dano causado por ato ilícito: apenas o dono da obra terá direito de regresso.
· Dano a transeunte (não vizinho): a responsabilidade do construtor, fundada em ato ilícito – art. 186 do CC.
· Remuneração: art. 614, CC 
· Remuneração global: não leva em conta o desenvolvimento da construção.
· Preço estipulado pela obra inteira.
· REMUNERAÇÃO PROPORCIONAL: 
· Dono da obra acompanha o desenvolvimento da construção
· Empreiteiro pode exigir o pagamento proporcional.
· Tudo o que foi pago, considera-se realizado e verificado.
· A execução do serviço pactuada em partes.
· 30 dias, contados da verificação, para arguir vício ou defeito.
· Art. 619, CC, trata de empreitada com preço fixo ou preço relativo:
· Empreitada com preço fixo absoluto (empreitada global): empreiteiro não tem direito a exigir acréscimo no preço
· Empreitada com preço fixo relativo (empreitada proporcional): por meio de modificações escritas do dono da obra, pode haver adaptação no preço.
· O documento de recebimento e verificação da obra exonera o construtor dos vícios aparentes.
· Além do artigo 615, CC – mais uma espécie de responsabilidade – inobservância das instruções recebidas e dos planos dados, ou das regras técnicas.
· Modificações no projeto pelo dono da obra:
· Boa-fé objetiva: impossibilidade do donoda obra introduzir modificações no projeto sem a anuência do construtor.
· EXCEÇÃO: motivos supervenientes ou de ordem técnica, por excessiva onerosidade da execução originária do projeto (art. 621, CC).
· Tal proibição não abrange alterações de pouca monta, ressalvada sempre a unidade estética da obra projetada.
· Suspensão da obra: art. 624, CC
· Suspensão sem justa causa: o empreiteiro responderá por perdas e danos;
· Extinção por inadimplemento (resolução com perdas e danos);
· Suspensão da construção pelo dono da obra: art. 625, CC
· Culpa do dono, ou motivo de força maior (evento previsível, mas inevitável).
· Dificuldades imprevisíveis de execução, que torne a empreitada excessivamente onerosa, e o dono da obra se opuser ao reajuste do preço inerente ao projeto por ele elaborado – aqui sim aplicação da teoria da imprevisão.
· Modificações exigidas pelo dono da obra desproporcionais ao projeto aprovado, ainda que o dono se disponha a arcar com o acréscimo de preço.
°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°										22/06/2020
· Responsabilidade do estacionamento
· Diferença entre depósito e guarda: 
· Contrato de depósito: ex. manobrista (efetivamente, entrega o produto, para que ele seja depositado até que a pessoa vá buscá-lo)
· Contrato de guarda/vigilância: art. 627 e 628, CC - tanto o depósito gratuito quanto o oneroso obrigam um dever de segurança com a coisa depositada 
· No caso do estacionamento, não há entrega das chaves ao estabelecimento, a chave continua com o proprietário 
· Obrigação do depositário: devolver a coisa íntegra (obrigação de resultado)
· Assalto a mão armada e roubo constituem fortuito externo, portanto excluem o dever de indenizar 
· Inaplicabilidade da súmula 130/STJ
· Julho de 2019 - jurisprudência
· Roubo em posto de gasolina 
· Responsabilidade das oficinas mecânicas 
· Caso fortuito, não configura previsibilidade do ato apto a fazer com que haja o ressarcimento 
· Estacionamento bancário
· Agência bancária dentro a Universidade POTIGUAR
· Estacionamento não é exclusivo da agência bancária, portanto não pode ser responsabilizada por eventual roubo ou assalto
· Estacionamento do ceub: onde ele colocou cancela, a responsabilidade é dele, responsabilidade pela incolumidade/integridade física dos alunos e de seus bens
· Prestação de segurança aos bens e a integridade física do consumidor é inerente a atividade comercial desenvolvida por supermercado e shopping, portanto, mesmo que o ilícito tenha acontecido em estacionamento gratuito, a responsabilidade do estabelecimento comercial permanece 
· Furto (fortuito interno) - não impõe prejuízo a violação do dever de segurança à pessoa (Súmula 130/STJ vigente - mantém responsabilidade do estabelecimento comercial pelo estacionamento que ele oferece)
· Estabelecimento que agrega segurança, chamando os clientes; fechado, coberto
· Cláusulas que exoneram responsabilidade do estabelecimento, são inoperantes, cláusulas nulas 
· “Estacionamento gratuito, não nos responsabilizamos por ilícitos que gerem danos ao consumidor”
· Vai ter que responder, pois tem vantagens sobre o estacionamento
· Cláusula que imponha dever de segurança ao condômino e aos seus bens
· Sem ela, o condomínio não é obrigado a indenizar 
· Serve também para clubes e seus associados 
· Drive Thru: assalto a mão armada é considerado fortuito interno
· Por tratar-se de um serviço no qual o cliente não adentra o estabelecimento, ficando dentro do carro aguardando a prestação do serviço, o dever de incolumidade e segurança se estende a essa área de livre acesso 
· Há o dever de indenizar, responsabilidade do estabelecimento comercial

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