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TEMA 10 METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 1 TEMA 10. METODOLOGIA E ESTRUTURA DOS TRABALHOS ACADÊMICOS I: RESENHA, ARTIGO CIENTÍFICO E MEMORIAL. Verificamos que a qualidade dos trabalhos acadêmicos depende de alguns requisitos que precisam ser seguidos e uniformizados, dentre os quais o respeito às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Neste tema estudaremos conteúdos que lhe nortearão quanto à organização e estruturação de trabalhos acadêmicos como resenha, artigo científico e memorial, que são algumas produções exigidas no ensino superior. As orientações aqui apresentadas lhe fornecerão os principais parâmetros, mas a sua utilização não dispensa a consulta a outras publicações na área. RESENHA Comumente solicitados como trabalhos acadêmicos, sobretudo nos cursos de graduação, a resenha trata de comunicação sintética, incluindo avaliação e análise informativa ou crítica de um texto, artigo, livro, capítulo de livro ou de uma obra (LUBISCO; VIEIRA, 2019). Mediante leitura, as resenhas possibilitam tomar conhecimento prévio do conteúdo de uma obra, além de auxiliar na seleção de fontes para elaboração de um trabalho científico e na atualização bibliográfica do pesquisador. Vale destacar que não se deve confundir resenha com resumo. Além de apresentar um texto de pequeno porte, a resenha é mais abrangente que um resumo, permitindo evidenciar credenciais do autor, apreciações críticas, novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias, comparações com obras diversas da mesma área de conhecimento e também recomendações para os leitores. A resenha pode ser classificada em dois tipos: 2 HELISANGELA ACRIS ARAUJOVANESSA DO ESPIRITO SANTO ALMEIDA descritiva ou informativa, quando expõe o conteúdo do texto; e a resenha crítica, quando se manifesta sobre o valor e alcance do texto analisado, admitindo comentários críticos, julgamentos e comparações (PRODANOV; FREITAS, 2013). Há muitos modelos para estruturação das partes de uma resenha crítica, porém, a sua organização ocorre em parágrafos que contenham a divisão típica de um trabalho acadêmico: introdução, desenvolvimento e conclusão. Sem necessidade de que esta divisão esteja aparente. Com base em Lakatos e Marconi (2003), Severino (2008) e Amorim (2018), a redação de uma resenha crítica contem os seguintes itens: 1. Referência bibliográfica da obra • Transcrição dos dados bibliográficos completos da publicação resenhada: autor, título (incluindo subtítulo se houver), edição, local de publicação, editora, ano de publicação e número de páginas ou de volumes. 2. Dados sobre o autor da obra base (Credenciais do autor) • Nome, profissão, nacionalidade, titulação, cargos exercidos e obras publicadas, entre outros. 3. Resumo da obra (Digesto) • Resumo das principais ideias expressas pelo autor. • Exposição sintética e precisa do conteúdo do texto, que deve ser objetiva e incluir os pontos principais da obra avaliada, seguindo os capítulos ou parte por parte. 4. Conclusões da autoria • Inclui a síntese das principais conclusões a que a autoria da obra chegou: o autor da obra apresenta conclusões? (ou não?) Onde foram colocadas? (final da publicação ou dos capítulos?) Quais foram? METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 3 • Caso as conclusões não se apresentem separados do corpo da obra, os principais resultados obtidos pelo autor deverão ser indicados. 5. Crítica do resenhista (apreciação da obra) • Trata da avaliação que o resenhista faz sobre o texto após leitura e síntese. O julgamento da obra pode situar a autoria em relação às escolas ou correntes científicas e filosóficas, bem como às circunstâncias culturais, sociais, econômicas e históricas. • Permite citar outros autores/obras de referência para enriquecer o comentário crítico, mas isso, em forma de citação (direta ou indireta) com as suas devidas referências em lista ao final da resenha. • Pode destacar os méritos e contribuição que a obra traz para determinados setores, sua originalidade, qualidade científica, literária ou filosófica. • Permite avaliar o estilo do texto e a linguagem utilizada: É conciso? Objetivo? Simples? É claro? Coerente? Acessível? É uma linguagem técnica? Quanto à forma do texto: é lógica? Sistematizada? Há equilíbrio e originalidade na disposição das partes? E outros tantos aspectos que o resenhista julgar interessantes. • Permite explicitar falhas de edição (nesse caso, deve indicar a página), incoerências e limitações do texto. Contudo, as críticas devem ser dirigidas às ideias e posições do autor perante a teoria abordada, e de forma alguma à sua pessoa, enquanto crítica pessoal. 4 HELISANGELA ACRIS ARAUJOVANESSA DO ESPIRITO SANTO ALMEIDA 6. Indicações do resenhista • A quem é dirigida a resenha: estudantes, especialistas, grande público? • Fornece subsídios para o estudo de quais disciplinas? • Pode ser adotado (a) em que tipo de curso? 7. Localização da obra • Este é um item indicado por poucos autores, entretanto, muitas vezes torna-se interessante trazê-lo, pois, principalmente no âmbito do curso superior, poderá facilitar ao estudante, a localização da obra utilizada, em caso da necessidade de acessá-la novamente. Complementarmente, de acordo com Arcoverde e Arcoverde (2007), a composição geral de uma resenha exige os seguintes aspectos: a.Introdução: com texto breve que contextualiza o autor, o assunto da obra lida, seus objetivos e sua relevância para um leitor interessado no assunto. b. Resumo da obra: pode ser uma resenha sem crítica, ou seja, apresentar apenas uma descrição das ideias do autor resenhado; e um resumo com crítica, que além de apresentar as ideias, inclui julgamento do resenhista, indicando pontos positivos e/ou negativos, revelando ideologias etc. c. Opinião: o resenhista, ao produzir seu texto, responde a algumas questões, admitindo um posicionamento, um juízo de valor, e argumentando-o. METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 5 ARTIGO CIENTÍFICO Conforme a norma NBR 6022 (ABNT, 2018, p. 2), o artigo técnico e/ou científico é “parte de uma publicação, com autoria declarada, de natureza técnica e/ou científica”. Lakatos e Marconi (2003, p. 259) designam artigos científicos como “pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de um livro”. Já Severino (2007) se refere a artigos científicos como documentos destinados para publicação em revistas e periódicos científicos, com fins de registro e divulgação de resultados de estudos novos ou pouco explorados, ou ainda para tratar de questões em discussão no âmbito científico. Lubisco e Vieira (2019) reconhecem que o artigo científico trata de uma pesquisa em andamento ou o seu resultado, e cujo aceite para publicação é sujeito a julgamento. Juntamente com livros, dissertações, teses, normas, relatórios, patentes, enciclopédias e dicionários, os artigos científicos representam um documento primário, que é a informação produzida diretamente pelo autor, e, portanto, representa a fonte original da informação. De acordo Pereira (2012), os artigos científicos constituem “[...] a unidade de informação do periódico científico. Por meio deles, as informações do autor são transformadas em conhecimento científico, que é de domínio público”. Nesse caso, o texto do artigo original (scientific article ou paper, em inglês) é geralmente dividido em quatro seções: introdução, métodos, resultados e discussão. Na Tabela 1 são apresentadas perguntas- chave que podem ajudar a compreender o conteúdo das quatro seções de um artigo original e o relacionamento entre elas. 6 HELISANGELA ACRIS ARAUJOVANESSA DO ESPIRITO SANTO ALMEIDA Tabela 1 – Estrutura do artigo científico em quatro seções e respectivos questionamentos. Fonte: Pereira (2012). A norma NBR 6022 (ABNT, 2018, p. 4) classifica o artigo em dois tipos: “[...] o artigo de revisão, parte de uma publicaçãoque resume, analisa e discute informações já publicadas; e o artigo original, parte de uma publicação que apresenta temas ou abordagens originais”. Ainda conforme a normatização, a estrutura básica de um artigo comporta os elementos pré- textuais, textuais e pós-textuais: Seções Perguntas-chave Introdução De que trata o estudo? Por que a investigação foi feita? O que se sabia sobre o assunto no início da investigação? Ou melhor, o que NÃO se sabia sobre o assunto e motivou a investigação? Método Como o estudo foi realizado? Resultados O que foi encontrado? Quais são os fatos revelados pela investigação? Discussão O que significam os achados apresentados? Os achados estão de acordo com os resultados de outros autores ou são divergentes? O que este estudo acrescenta ao que já se sabe sobre o assunto? METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 7 1. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 1.1 Título: deve ser redigido no idioma do documento e ser apresentado na página de abertura do artigo. 1.2 Autor: o nome do autor deve ser inserido de forma direta, incluindo o prenome (abreviado ou não) e sobrenome. Para mais de um autor, os nomes podem ser grafados na mesma linha, separados por vírgula ou em linhas distintas. 1.3 Resumo no idioma do documento: deve ser elaborado conforme a norma NBR 6028 (ABNT, 2003). Se houver um resumo em outro idioma, este deve suceder o resumo no idioma do documento, ou seja, de língua vernácula. 1.4 Datas de submissão e aprovação: devem ser indicadas as datas (dia, mês e ano) de submissão e aprovação do artigo para publicação. 2. ELEMENTOS TEXTUAIS 2.1 Introdução: parte inicial do artigo na qual devem constar a delimitação do assunto tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do artigo. 2.2 Desenvolvimento: parte principal que contém a exposição ordenada e detalhada do assunto tratado. 2.3 Considerações finais: (e não mais Conclusão) parte final na qual se apresentam as considerações correspondentes aos objetivos e/ou hipóteses formulados. 3. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 3.1 Referências: devem ser elaboradas e apresentadas conforme a ABNT NBR 6023 / 2018. 8 HELISANGELA ACRIS ARAUJOVANESSA DO ESPIRITO SANTO ALMEIDA Os elementos pós-textuais podem incluir, opcionalmente, de acordo à necessidade do trabalho, outros itens não obrigatórios, como: glossário, anexos, apêndices e agradecimentos. IMPORTANTE Vale ressaltar que todo trecho citado, quer direta ou indiretamente, precisa ter a referência completa da obra relacionada na lista de referências ao final de todo trabalho acadêmico ou científico. Da mesma forma que, para toda referência listada, equivale um trecho citado da obra no corpo do texto elaborado. Não há citação sem referência, nem referência sem citação!!! Regras Gerais Quanto às regras gerais de formatação de um artigo, o texto original da normatização NBR 6022 (ABNT, 2018) fornece as orientações listadas a seguir. Com o propósito de aplicação desta norma, devem ser consultadas adicionalmente as normas NBR 6024 (ABNT, 2012) e NBR 10520 (ABNT, 2002). Quanto à formatação técnica do texto do artigo, os periódicos e revistas costumam definir normas específicas, cabendo aos autores se certificarem antes da submissão do trabalho à publicação. METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 9 Vejamos as regras gerais de formatação do artigo científico: a) Formato: recomenda-se fonte em tamanho 12 e espaçamento simples, e não mais um e meio (1,5). Citações com mais de três linhas, paginação, notas, legendas e fontes das ilustrações e tabelas devem ser em tamanho menor e uniforme (Geralmente convencionam-se fonte 10 como fonte reduzida). b) Seções: títulos das seções com ou sem indicativo numérico devem ser conforme a ABNT NBR 6024. c) Citações e notas: devem ser apresentadas conforme a ABNT NBR 10520. Notas de tabelas devem ser conforme as Normas de apresentação tabular do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). d) Sigla: quando mencionada pela primeira vez no texto, deve ser indicada entre parênteses, precedida do nome completo. EXEMPLO: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). e) Tabelas: devem ser citadas no texto, inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referem, e padronizadas conforme as Normas de apresentação tabular do IBGE. Deve- se obrigatoriamente indicar a fonte consultada, mesmo que seja produção do próprio autor, de acordo com a ABNT NBR 10520. f) Ilustrações: devem ser precedidas de sua palavra designativa (figura, imagem, desenho, esquema, gráfico, fotografia, entre outros), seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, de travessão e do respectivo título. Após a ilustração, deve-se indicar a fonte consultada conforme a norma ABNT NBR 10520. A ilustração deve ser citada no texto e inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere. 10 HELISANGELA ACRIS ARAUJOVANESSA DO ESPIRITO SANTO ALMEIDA EXEMPLO: Mapa 1 – Região Norte do Brasil Fonte: EMBRAPA (2019). Disponível em: https://www.embrapa.br/contando-ciencia/ regiao-norte Pereira (2017), sobre noções práticas que podem auxiliar a preparação de relatos bem feitos de investigação, discute, em artigo de mesmo título, os Dez passos para produzir um artigo científico de sucesso, dentre os quais: Passo 1. Decida o objetivo a ser alcançado no artigo. Passo 2. Escolha o periódico para o qual o artigo será submetido. METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 11 Passo 3. Muna-se de guias que facilitem a redação do texto. Passo 4. Redija a estrutura do artigo. Passo 5. Complemente o texto com as partes que lhe faltam. Passo 6. Revise o texto mais de uma vez. Passo 7. Certifique-se de que o artigo está metodologicamente correto. Passo 8. Assegure-se de que não há falhas de redação. Passo 9. Submeta o artigo para publicação. Passo 10. Lide adequadamente com editores e revisores. MEMORIAL Segundo Arcoverde e Arcoverde (2007), o memorial constitui um gênero textual rico e dinâmico inserido na “ordem do relatar”, ou seja, um gênero que narra episódios significativos da memória e experiências relevantes. Pode ser designado, também, como um gênero que possibilita a expressão da construção da identidade, o registro de emoções, vivências, descobertas e sucessos que marcam a trajetória pessoal e profissional de um indivíduo. Deste modo, o memorial pode ser usado para designar o seu percurso de vida, enquanto estudante ou profissional, refletindo sobre momentos dos eventos dos quais participou e ainda sobre sua própria ação. Chama atenção o fato que o memorial possui uma estrutura composicional bastante maleável, e não representa um documento definitivo e finalizado. Uma vez que possui características flexíveis e não segue um roteiro fechado, o gênero se define como um texto aberto, que evidencia a marca 12 HELISANGELA ACRIS ARAUJOVANESSA DO ESPIRITO SANTO ALMEIDA estilística do seu autor. Deste modo, no gênero memorial, o(a) memorialista é ao mesmo tempo escritor(a), narrador(a) e personagem da sua história. A partir das suas memórias e escolhas para registrar as suas experiências, o texto escrito pode produzir certos efeitos nos possíveis leitores. No contexto acadêmico, os memoriais têm ampla tradição no Brasil, constituindo-se em documentos que descrevem trajetórias de professores universitários para fins de concursos ou progressões na carreira docente. O resultado final possibilita aos leitores compreenderem o conjunto de atividades desenvolvidas, bem como as impressões do(a) autor(a) sobre tais atividades. Para além da função de avaliação institucional, os memoriais acadêmicos representam também um testemunho da vivência universitária dos(as) docentes, levando em conta as ações de ensino, pesquisa e extensão. Como são redigidos na primeira pessoa do singular, do mesmo modo que cartas e diários, esse gênero textual expõe as razões do sujeito na sua parcialidade e subjetividade.Por este motivo, a sua elaboração frequentemente causa desconforto entre os pesquisadores, já que a redação acadêmica utiliza uma linguagem escrita na terceira pessoa do singular ou na primeira pessoa do plural (VIEIRA, 2017). Volpato e Cruz (2012) indicam que o memorial expõe as informações de um curriculum vitae de forma discursiva. Considerando o cenário acadêmico, os autores sugerem a seguinte estrutura básica para sua elaboração: METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 13 1. Capa e folha de rosto: contendo nome, título (Memorial), local e ano. 2. Sumário: contendo seções enumeradas na mesma ordem e grafia em que aparecem no documento. 3. Corpo do memorial: contendo um cabeçalho com o título, data e os dados subdivididos em seções redigidas na forma narrativa, podendo incluir: • Títulos e aprovação em concursos. • Atividades profissionais desenvolvidas. • Formação e aperfeiçoamento: como ocorreram os cursos e seus reflexos na carreira profissional. • Produção científica, literária e artística: mencionar trabalhos acadêmicos como dissertações e teses, livros, capítulos de livro, organização de livro, artigos científicos, divulgação científica em jornais ou revistas, traduções, resenhas, notas científicas, participação em relatórios técnicos, trabalhos artísticos, exposições, pesquisa em andamento, entrevistas concedidas, entre outros. Após compreender que o memorial é um gênero textual que registra trajetórias de vida, propomos que você elabore o seu memorial. 1. Faça um breve relato das lembranças mais marcantes de sua história de vida como estudante da escola que você frequentou no Ensino Médio até o ingresso na universidade. Antes de iniciar, você pode refletir sobre as seguintes questões: - Que fatos pitorescos, situações e recordações eu gostaria de registrar? 14 HELISANGELA ACRIS ARAUJOVANESSA DO ESPIRITO SANTO ALMEIDA - Quais as minhas melhores recordações? E quais as piores? - Aconteceu algo que marcou a minha vida neste período? - Com a escrita do meu memorial, eu pretendo convencer o seu leitor acerca de quê? - Qual o sentido que eu quero provocar, no outro, com a leitura da minha história? De alguém vencedor? Batalhador? Infeliz? Crítico? - Que modelo narrativo eu vou adotar? Um relato tradicional ou inusitado que surpreenda meu leitor com questionamentos, posicionamentos críticos, ou algo com formato poético? - Que reflexões finais eu posso argumentar em relação à minha história de vida? 2. Para facilitar a produção do seu memorial, sugerimos um breve roteiro que poderá auxiliá-lo (a)! Mas, lembre-se, você poderá reelaborar e flexibilizar este roteiro imprimindo o seu estilo! - Como era minha escola na época em que eu estudei? - Quais os fatos marcantes para mim naquela época? - Todos tinham acesso à escola? - De que forma a escola daquela época contribuía para o exercício da cidadania? - A escola onde eu estudei era igual à escola nos dias de hoje? - O ensino, hoje, melhorou ou piorou? Por quê? - Como foi o inicio do meu percurso universitário? METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 15 3. Organizando a escrita do memorial: - Elabore as suas respostas e escreva a primeira versão do seu memorial com base nos aspectos destacados. 4. Revisando e reescrevendo o memorial: - Após produzir a primeira versão do seu memorial, revise-o observando se o texto está adequado ao leitor para o qual se escreve; - Releia o texto para conferir se não há problemas de inadequação à norma culta da língua padrão; - Após revisão, realize as alterações necessárias no texto e reescreva-o; - Ao final, solicite a um(a) colega que leia o seu memorial e faça comentários. Fonte: adaptado de Arcoverde e Arcoverde (2007). E lembre-se: a prática e o esforço contínuo na elaboração destes documentos contribuirão para que a qualidade dos seus trabalhos seja progressiva, e também para que você tenha cada vez mais autonomia na produção intelectual e saiba comunicá- la adequadamente. 16 HELISANGELA ACRIS ARAUJOVANESSA DO ESPIRITO SANTO ALMEIDA REFERÊNCIAS ARCOVERDE, Maria Divanira de Lima; ARCOVERDE, Rossana Delmar de Lima. Leitura, interpretação e produção textual. Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN, 2007. AMORIM, Ana Paula. Módulo Didático de Metodologia da Pesquisa. Salvador: FTC EAD, 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento: apresentação. Rio de Janeiro, 2012. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica técnica e/ou científica: apresentação. Rio de Janeiro, 2018. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. LUBISCO, Nídia Maria Lienert; VIEIRA, Sônia Chagas. Manual de estilo acadêmico: trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses. 6. ed. Salvador: EDUFBA, 2019. PEREIRA, Mauricio Gomes. Estrutura do artigo cientifico. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, 21(2):351-352, abr-jun, 2012. PEREIRA, Mauricio Gomes. Dez passos para produzir artigo científico de sucesso. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, 26(3):661-664, jul-set, 2017. PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo,RS: Feevale, 2013. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007. METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 17 VIEIRA, Carlos Eduardo. Memorial acadêmico para Professor Titular. Exercício de escrita de si: uma trajetória intelectual no âmbito do ensino e da pesquisa em história da educação. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 63, p. 291-312, jan./mar. 2017. VOLPATO, Gilson Luiz; CRUZ, Maria Inês Andrade. Memorial: sugestões para elaboração. 2. ed. Botucatu,SP: 2015. Disponível em: https://www.fca.unesp.br/ Home/Biblioteca/memorial-2a.-edicao-2015.pdf. Acesso em: 01 set. 2019.
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