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Professor: Fagner Moura Química I – Tabela Periódica Página: @prof.fagnermoura °Tabela Periódica Um evento é chamado de periódico quando ele se repete regularmente em função de determinado parâmetro. Todo o conhecimento acumulado no século XVIII sobre o comportamento dos elementos químicos chamou a atenção de vários cientistas para a semelhança de propriedades de certos grupos de elementos. Essa constatação gerou várias tentativas de classificar os elementos em função dessa semelhança de propriedades. Tabela Periódica dos Elementos Newlands tentou estabelecer uma tábua dos elementos, que lhes permitiria serem agrupados em famílias naturais. Depois o químico Dmitri Ivanovich Mendeleyev tentou, por sua vez, empreender a tarefa. Como Newslands, Mendeleyev organizou os elementos por ordem de seu peso atômico crescente. No entanto, não tentou fazer as coisas tão simplesmente e organizá-los em uma trama fixa de sete elementos por fila. Em vez disso, fazendo-se guiar pela valência de cada elemento, deixou que o comprimento do período (fila) aumentasse. O hidrogênio vinha sozinho, depois vinham duas linhas de sete elementos cada uma; a seguir, duas linhas de dezessete elementos cada. Preparara o que é conhecida hoje como tabela periódica dos elementos. Publicou sua tabela no dia 6 de março de 1869, passando na frente de outros que tentavam a mesma empreitada, principalmente o químico alemão Julius Lothar Meyer (1830-1895). Em 1871, Mendeleyev deu novo passo à frente, que o distinguiu ainda mais, Para manter as valências e outras propriedades dos elementos semelhantes, quando uma pessoa olhasse as colunas da tabela de cima pra baixo, precisou deixas espaços vazios. Não encarou isso como uma imperfeição de seu esquema. Simplesmente anunciou que esses espaços vagos representavam elementos que ainda não tinham sido descobertos. Escolheu três vagas em particular, a que ficava embaixo do boro, a debaixo do alumínbio e uma sob o silício e chamou-as de eka-boro, eka-alumínio e eka-silício (eka significa “um” em sânscrito, de modo que cada elemento é um abaixo do elemento indicado na tábua periódica). A seguir Mendeleyev passou a predizer as propriedades dos elementos que faltavam, de acordo com sua posição na tabela. Naturalmente, ninguém prestou muita atenção a isso na época; mais tarde, ficou- se sabendo que Mendeleyev estava correto. Fonte: ASIMOV, I. Cronologia das Ciências e das Descobertas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993, p. 595. Ano e Cientista Proposta de Classificação 1829: químico alemão Johann Wolfgang Döbereiner Agrupou os elementos com propriedades químicas semelhantes de três em três, chamando-os de tríades ou grupos naturais. 1. Li – Na – K 2. Ca – Sr – Ba 3. S – Se – Te 4. Cl – Br - I 1862: químico e geólogo fracês Alexandre Béguyer de Charcoutois Propôs o parafuso telúrico, distribuindo os elementos na forma de uma espiral de 45° que se desenvolveria na superfície de um cilindro. Em cada volta da espiral ele colocou 16 elementos em ordem crescente de massa atômica, de modo a posicionar os elementos com propriedades semelhantes, um por baixo do outro na geratriz do cilindro. 1864: químico inglês John Alexander Reina Newlands Propôs a lei das oitavas relacionando a periodicidade dos elementos às notas musicais. Ao colocar os elementos 1866: químico alemão Julius Lothan Meyer Publicou uma tabela na qual os elementos apareciam distribuídos em grupos, de acordo com suas valências. Notando que a diferença entre as massas atômicas de elementos consecutivos do mesmo grupo era constante. Meyer concluiu que havia relação entre a massa atômica de certos grupos de elementos e suas propriedades. 1869: químico russo Dmitri Mendeleyev Foi o único que procurou relacionar todos os elementos em uma única classificação e formulou a chamada lei periódica: as propriedades dos elementos, assim como as fórmulas e propriedades das substâncias simples e compostas que eles formam, são funções priódicas das massas atômicas dos elementos. 1913: físico inglês Henry Gwyn Jeffreys Moseley Provou que as propriedades dos elementos variavam periodicamente em função do número de prótons existentes no núcleo dos átomos e formulou a lei periódica atual: muitas propriedades químicas e físicas dos elementos e das substâncias simples que eles formam variam periodicamente em função de seus números atômicos. A história do desenvolvimento da Tabela Periódica - A Tabela Periódica Atual Na tabela periódica os elementos estão dispostos em ordem crescente de número atômico (Z) de modo a formar sete períodos (linhas) e dezoito grupos ou famílias (colunas). Os elementos podem ser classificados como elementos representativos [GRUPO A] ou elementos de transição (interna ou externa) [GRUPO B]. Elementos representativos: nome das famílias 1. Metais alcalinos (exceto o hidrogênio (H). 2. Metais alcalinoterrosos 13. Família do Boro 14. Família do Carbono 15. Família do Nitrogênio 16. Calcogênios 17. Halogênios 18. Gases Nobres As propriedades químicas dependem diretamente do número de elétrons na camada de valência do átomo no estado fundamental. O número de elétrons na camada de valência determina não só os tipos de ligações entre os átomos para formar substâncias como também as propriedades e os tipos de reação que essas substâncias apresentam. Isso nos leva à seguinte conclusão: As propriedades químicas dos elementos podem ser previstas com base na distribuição eletrônica do átomo no estado fundamental. Tabela Periódica Oficial da IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) - Tabela Periódica e Diagrama de Energia O diagrama de energia pode ser relacionado com a tabela periódica de diversas formas, uma delas é a relação entre n (número quântico principal) e os períodos (linhas). Ex: Na (Z=11) = 1s2 2s2 2p6 3s1 3s1 é a camada de valência e o subnível mais energético O elemento Na encontra-se no 3º período, ou seja, terceira linha tabela periódica. Elemento Distribuição eletrônica no estado fundamental Níveis de energia ocupados por elétrons Período que o ocupa na Tabela Periódica Si (Silício) (Z=14) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p2 3 Níveis de energia 3º Período Au (Ouro) (Z=79) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s1 4f14 5d10 6 Níveis de energia 6º Período V (Vanádio) (Z=23) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d3 4 Níveis de energia 4º Período Os elétrons de diferenciação mostram que bloco da tabela periódica o elemento químico pertence, o bloco s e o bloco p pertencem aos elementos representativos (GRUPO A) o bloco d e o bloco f pertencem aos elementos de transição (GRUPO B). Antigamente os elementos pertencentes ao bloco d eram chamados de elementos de transição externa e os elementos de do bloco f eram chamados de elementos de transição interna. A IUPAC, atualmente, não recomenda mais esta terminologia. Porém, alguns livros ainda utilizam esse tipo de nomenclatura a respeitos dos elementos de transição. Relação do elétron de diferenciação com a tabela periódica. O número de elétrons existentes no nível mais energético do átomo no estado fundamental indica a coluna verticual, ou grupo que pertence o elemento. GRUPO A [Bloco s e Bloco p]: Terminam em ns ou ns np Ex: Na (Z=11) = 1s2 2s2 2p6 3s1 Pertence ao grupo 1 (metais alcalinos), pois apresenta um elétron na camada de valência. P (Z=15) = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3 Pertence ao grupo 5 (família do nitrogênio), pois apresenta cinco elétrons na camada de valência. GRUPO B [Bloco d e Bloco f]: Terminam em ns2 (n-1)dx ou ns2 (n-1)fx Au (Ouro) (Z=79) : 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s1 4f14 5d10 6s1 + 5d10 = 1+ 10 (soma dos elétrons da camada de valência e do subnível mais energético)= Coluna 11 (Vanádio) (Z=23): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d3 4s2 + 3d3= 2 + 3 (soma dos elétrons da camada de valência e do subnível mais energético) = Coluna 5 Para átomos no estado fundamental, a configuração eletrônica de um elemento na tabela periódica é igual à do elemento imediatamente anterior acrescida de um elétron. Tornando-se a configuração eletrônica dos gases nobres (He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn) como padrão, e acrescentando-se os níveis e subníveis com os elétrons que estão faltando, temos a configuração eletrônica simplificada. Os gases nobres possuem camadas de valência totalmente preenchidas ( oito elétrons na camada de valência), isto leva o elemento a um talto estado de estabilidade eletrônica. Dessa maneira, os gases nobres servem de referência para adotar uma distribuição eletrônica simplificada. Pois a coluna 18 agrupa elementos com alta estabilidade eletrônica. Ex: 26Fe: [Ar] 4s2 3d6 79Au: [Xe] 4f14 6s1 5d10 Tatuagem Os elementos de transição formam compostos coloridos. Devido a essa característica, são utilizados com várias finalidades, como por exemplo: fabricação de vidros coloridos e tatuagens. Até alguns anos atrás, era a grande a discriminação em relação às pessoas que se tatuavam e muitas eram “rotuladas” como marginais. Embora ainda haja discriminação, as tatuagens hoje são vistas com maior naturalidade e o preconceito é mais acentuado em alguns ambientes de trabalho. As tatuagens são entendidas em diversos grupos sociais como uma forma de comunicação não verbal e servem na identificação dos membros de um grupo (tribo ou sociedade). Também são usadas como apelo erótico ou sinal de protesto; expressam também gosto pessoal, e ainda, um simples modismo. As tatuagens podem ser: -Temporárias: Normalmente são feitas utilizando-se uma substância conhecida como hena, uma planta encontrada originalmente na Índia e nos países do Oriente Médio. A coloração natural da hena é marrom ou ferrugem, e ela não é tóxica. Para que a hena receba outras colorações – por exemplo, preta – ela recebe a adição de carbono ou de alguma substância contendo chumbo e mercúrio. Esse tipo de hena pode ser nocivo. -Definitivas: A técnica utilizada nessa forma de tatuagem consiste em introduzir na derme, com o auxílio de agulhas, pigmentos coloridos, que ficam retidos nas células da derme de frma permanente. Os mais comuns são: Pigmento Cor Carbono (carvão) Preto Sulfeto de Mercúrio Preto Sais de Cádmio Amarelo ou Vermelho Sais de Crômio Verde Sais de Cobalto Azul Sais de Ferro Castanho, Rosa e Amarelo Óxido de Titânio Branco Quando uma pessoa decide fazer esse tipo de tatuagem, deve estar conciente de que o processo é doloroso e pode trazer riscos à saúde. As agulhas devem ser descartáveis, pois uma agulha contaminada pode transmitir doenças como hepatites B e C e AIDS. A remoção das tatuagens do tipo definitiva é dolorosa e só pode ser feito utilizando-se laser, sendo o resultado não muito satisfatório, pois permanece uma cicatriz. Fonte: USBERCO e SALVADOR, Química Geral vol. 1; Editora Saraiva.
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