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A Doutrina da Criação nos livros da Bíblia

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A DOUTRINA DA CRIAÇÃO – Pr. ALMIR CAETANO 
1 
 
A DOUTRINA DA CRIAÇÃO ATRAVÉS DOS LIVROS DA BÍBLIA 
 
 
Louvem o nome do Senhor, pois mandou, 
e logo foram criados. 
Salmos 148.5 
 
 
A Bíblia é o livro que nos revela as verdades e os propósitos de Deus para a 
humanidade, pois tem uma compreensão mais excelente de Deus como Criador. A 
Doutrina da Criação transcorre todas as Escrituras, além de Gênesis 1, permeando a 
atividade criativa de Deus em todos os momentos da história do Universo. A Bíblia é o 
alicerce da religião cristã e fundamentalmente uma herança da tradição judaica. Todas as 
bases e regras de conduta são aprofundadas nela. As Escrituras formam para o 
cristianismo a autêntica revelação do criador ao homem. Para Flori e Rasolofomasoandro1 
(2002, p. 224), torna-se evidente, portanto, que um pesquisador cristão não abandonará 
os fatos científicos sob o mesmo ponto de vista que outro pesquisador não cristão. De 
fato, a Bíblia traz para ele a contribuição de alguns valores que ele não pode e nem deseja 
descartar. 
A palavra de Deus ilumina o mundo e revela seus propósitos para a 
humanidade, como a criação do Deus que se alia ao ser humano e como o mundo do ser 
humano aliado a Deus. Quando analisamos a expressão de que a melhor forma de 
compreendermos a Bíblia deve ser através dela mesma, o rei Davi, em seus hinos, salmos, 
poesias, bem como os profetas de Israel, em seus livros, referiam-se à Criação de uma 
maneira que isso se tornasse bastante esclarecedor para todos. 
Usando ideias e palavras que não foram empregadas na narrativa original do 
Gênesis, essas passagens bíblicas aumentam nossa compreensão do ato inicial da Criação. 
Quando a ciência encontra alguma descoberta como sendo verdadeira, seguramente, 
vamos encontrar essa mesma verdade na Bíblia, por isso a criação apresenta Deus como 
o criador, essa afirmação é proeminente em toda a Escritura. De maneira significativa, as 
últimas palavras da Bíblia em Apocalipse 22.1-5 são notavelmente semelhantes às 
primeiras. 
 
 
E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que 
procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, 
e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz 
doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore 
são para a saúde das nações. E ali nunca mais haverá maldição 
contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os 
seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e nas suas testas estará 
o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de 
lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e 
reinarão para todo o sempre. 
 
 
 
1 Jean Flori – Graduado em Teologia e Ciências exatas, doutor em História, pesquisador do CNRS (Centre 
National de Recherches Scientifiques), autor do livro “Los Orígenes: uma desmitificación”. 
Henri Rasolofomasoandro – Ex-professor de Física na Universidade de Genebra, suíça, ex-pesquisador 
do CNRS da França. 
A DOUTRINA DA CRIAÇÃO – Pr. ALMIR CAETANO 
2 
 
A verdade de que Deus é o criador do céu e da terra não é meramente algo 
em que acreditar, mas algo a que devemos responder. Dessa maneira, os homens devem 
temer o Deus todo poderoso da criação, conforme a revelação transmitida pelo salmista 
Davi, em seu espírito de adorador, por meio de sua composição: 
 
 
Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo 
espírito da sua boca. Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe 
os abismos em depósitos. Tema toda a terra ao Senhor; temam-no todos 
os moradores do mundo. Porque falou, e foi feito; mandou, e logo 
apareceu (Sl 33.6-9). 
 
 
A grandeza de Deus é evidente no trabalho de suas mãos: a doutrina da 
criação, que é toda sobre nós. Os homens devem temê-lo e reverenciá-lo por quem Ele é. 
É esse reconhecimento que nos torna parte de seus propósitos. Uma boa teologia dirá que 
o Deus criador é também nosso sustentador. Assim, podemos concluir que Deus não 
acabou a obra do universo e depois deixou para si mesmo, como alguns parecem dizer. 
Deus mantém um cuidado contínuo sobre a Sua criação, principalmente no aspecto da 
eternidade, porque Deus é eterno, o tempo foi criado por Deus, para que nós tivéssemos 
a percepção do que significa ser eterno. Os aspectos relevantes exemplificados no salmo 
104 declaram Deus não só como o criador, mas também como o que traz a beleza e a 
manutenção contínua sobre sua criação, dando-lhe ordem e cadência, controle e 
direcionamentos. 
 
 
Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Senhor Deus, meu, tu és 
magnificentíssimo; estás vestido de glória e de majestade. Ele se cobre 
de luz como de um vestido, estende os céus como uma cortina. Põe nas 
águas as vigas das suas câmaras; faz das nuvens o seu carro, anda sobre 
as asas do vento. Faz dos seus anjos espíritos, dos seus ministros um 
fogo abrasador. Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em 
tempo algum. Tu a cobriste com o abismo, como com um vestido; as 
águas estavam sobre os montes. À tua repreensão fugiram; à voz do teu 
trovão se apressaram. Subiram aos montes, desceram aos vales, até ao 
lugar que para elas fundaste. Termo lhes puseste, que não ultrapassarão, 
para que não tornem mais a cobrir a terra. (Sl 104.1-9). 
 
 
Da mesma forma, o Novo Testamente dá um passo adicional ao nos informar 
que o Filho de Deus foi o criador e continua a servir como o Sustentador da criação, 
mantendo todas as coisas juntas: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos 
céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, 
sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e 
todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.16-17).Os homens devem reconhecer a grandeza 
da sabedoria de Deus, conforme evidenciado no relato da criação. No livro de Jó, 
personagem central desse livro, observamos que este havia suportado muita aflição. Mas 
finalmente, o suficiente foi o suficiente. Ele começou a questionar a sabedoria de Deus 
em sua adversidade. Ao seu questionamento, Deus respondeu: 
 
 
A DOUTRINA DA CRIAÇÃO – Pr. ALMIR CAETANO 
3 
 
Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo: 
Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? 
Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me 
ensinarás. Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, 
se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou 
quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas 
bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, Quando as estrelas da 
alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam? 
(Jó 38.1-7). 
 
 
Jó foi desafiado a compreender a sabedoria de Deus na doutrina da criação. 
Ele não conseguia explicar ou compreender e, muito menos desafiá-lo. Como, então, 
poderia Jó possivelmente questionar a sabedoria do trabalho de Deus em sua vida? É 
verdade que ele não podia ver o propósito disso tudo, mas sua perspectiva não era de 
Deus. Que qualquer um que questione o trato de Deus em nossas vidas contemple a 
infinita sabedoria de Deus, como é visto na criação, e então fique em silêncio e espere ele 
fazer o que é certo. Entretanto, se o homem escolher ponderar qualquer questão, entenderá 
por que um Deus infinito se preocuparia com o simples homem? É justamente isso o que 
nos diz o salmista Davi: 
 
 
Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que 
preparaste; Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho 
do homem, para que o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os 
anjos, e de glória e de honra o coroaste (Sl 8.3-5). 
 
 
A Bíblia ainda ensina que o homem deve encontrar conforto em tempos de 
aflição e dificuldade, sabendo que o seu criador é capaz e está disposto a libertá-lo. 
Segundo o apóstolo Pedro em sua epístola: “Portantotambém os que padecem segundo a 
vontade de Deus encomendem-lhe as suas almas, como ao fiel Criador, fazendo o bem” 
(1 Pd 4.19). 
Segundo o profeta Isaías, esse cuidado é permanente: 
 
 
Por que você diz, ó Jacó, e afirma, ó Israel: “O meu caminho está 
escondido do Senhor, e a justiça que me é concedida escapa ao 
conhecimento do meu Deus”? Você não sabe? Você não ouviu? O Deus 
Eterno, o Senhor, o criador dos confins da terra, não se cansa nem se 
cansa. Sua compreensão é inescrutável. Ele dá força ao cansado, e 
àquele que lhe falta, Ele aumenta o poder. Embora os jovens fiquem 
cansados e cansados, e jovens vigorosos tropeçam muito, mas aqueles 
que esperam pelo Senhor ganharão nova força; eles subirão com asas 
como águias, correrão e não se cansarão, andarão e não se cansarão (Is 
40.27-31). 
 
 
 
 
 
 
A DOUTRINA DA CRIAÇÃO – Pr. ALMIR CAETANO 
4 
 
E continua o profeta Isaías: 
 
 
Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os estendeu, os quais 
espalharam a terra e a sua descendência, os quais dão fôlego ao povo e 
o espírito daqueles que nele andam: Eu sou o Senhor, tenho chamai-vos 
em justiça; também te hei de segurar pela mão e velar-te-ei, e te 
designarei como pacto para o povo, como luz para as nações [...] Eu sou 
o Senhor e não há outro; além de mim não há Deus. Eu te cingirei, ainda 
que não me conhecesses; Que os homens saibam desde o nascer até o 
pôr do sol que não há ninguém além de mim. Eu sou o Senhor e não há 
outro. Aquele que forma a luz e cria as trevas, causando bem-estar e 
criando calamidade; Eu sou o Senhor que faz tudo isso (Is 42.5-6; 45.5-
7). 
 
 
Através da Bíblia, a palavra de Deus revelada, devemos responder ao Deus 
da criação com o louvor que lhe é devido. Para a glória de seu nome e louvor de sua 
majestade, a criação nos motiva a exaltar o criador, pois somos todos obras de suas mãos, 
sua obra prima, a melhor obra produzida por um artista em particular. 
 
 
Louvai ao SENHOR. Louvai ao SENHOR desde os céus, louvai-o nas 
alturas. Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos. 
Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes. Louvai-o, céus 
dos céus, e as águas que estão sobre os céus. Louvem o nome do Senhor, 
pois mandou, e logo foram criados. E os confirmou eternamente para 
sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassarão (Sl 148.1-6). 
 
 
O ensinamento da doutrina da criação de Gênesis 1, é uma grande e poderosa 
verdade. É aquele que exige mais que assentimento; isso requer ação. E, no entanto, por 
mais que seja, ficou empalidecido pela vinda de Jesus Cristo. Assim como Deus 
proclamou, que haja luz, assim Deus falou de uma vez por todas nestes últimos dias (Hb 
1.1-2) em Seu Filho, que é a luz: “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse 
a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da 
glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (2 Co 4.6).Enquanto Deus se revelou vagamente 
na criação, Ele revelou-se plenamente em seu Filho: “Deus nunca foi visto por alguém. 
O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo 1.18).A criação é obra do 
Deus triuno: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 
Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do 
que foi feito se fez” (Jo 1.1-3). 
Não podemos evitar a revelação bíblica de que o Deus que criou o céu e a 
terra, o Deus que redimiu os israelitas do Egito, é o Deus-homem da Galileia, Jesus Cristo. 
Assim como Ele formou a primeira criação (Cl 1.16), veio agora para realizar uma nova 
criação, através de sua obra na cruz do Calvário: “Assim que, se alguém está em Cristo, 
nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Além 
disso, logo chegará o dia em que os céus e a terra serão expurgados dos efeitos do pecado 
e haverá um novo céu e uma nova terra: 
 
 
A DOUTRINA DA CRIAÇÃO – Pr. ALMIR CAETANO 
5 
 
Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus 
passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e 
a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer 
todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e 
piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em 
que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? 
Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, 
em que habita a justiça (2 Pe 3.10-13). 
 
 
A doutrina da criação em Gênesis 1 revela como Deus tomou o caos e o 
transformou em cosmos – ordem e beleza. Dessa forma, somos levados a crer que Cristo 
nos faz refletir que uma vida sem Deus é sem forma e vazia; é caótico o mundo sem vida. 
O mesmo que transformou o caos em cosmo pode tornar a vida do homem bela 
novamente. 
As Sagradas Escrituras, em vários livros, mostram que a Criação é atribuída 
a Deus absolutamente, isto é, a cada uma das três Pessoas da Trindade coordenadamente, 
e não a qualquer uma delas como sua função pessoal e especial: à deidade absolutamente 
(Gn 1.1,26); ao Pai (1Co 8.6); ao Filho (Jo 1.3; Cl 1.16,17); ao Espírito Santo (Gn 1.2; 
Jó26.13; Sl 104.30). 
É de suma importância lembrar as palavras do escritor aos hebreus: “Pela fé entendemos 
que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não 
foi feito do que é aparente” (Hb 11.3). Na continuidade, o escritor começa a referenciar 
muitos personagens como Noé, Abraão e Moisés, como também o povo de Israel. É muito 
importante que todo esse contexto bíblico seja destacado ao lidarmos com o aspecto da 
doutrina da criação, a qual é uma realidade que deve ser conhecida por todos. 
 
 
O LIVRO DE JÓ – ESCRITURA E CIÊNCIA 
 
 
O livro de Jó tem sido descrito como o mais fascinante e ao mesmo tempo o mais 
negligenciado da Bíblia. A maioria dos leitores somente olha o seu estilo literário, ou 
analisa os conceitos filosóficos contidos nele. O livro de Jó, no entanto é um livro que 
descreve a natureza e o trabalho de Satanás, apoiando a interpretação literal da criação 
registrada em Gênesis 1 a 11, e não lida com a questão do problema do sofrimento na 
vida das pessoas justas. O livro de Jó tem dois propósitos. Primeiro, ele ilustra a soberania 
de Deus sobre todos os anjos, caídos ou não. Segundo, ele declara a importância 
fundamental da criação inicial.2 
O livro de Jó é universalmente aceito como o mais antigo livro da Bíblia e Jó 
é claramente um profeta e Deus. Jó morreu 140 anos após os eventos descritos no livro. 
Jó viveu mais ou menos no ano de 2000 a.C. e teve 10 filhos, antes desses eventos 
acontecerem (Jó 42.16). Jó viveu antes de Abraão, Moisés e do estabelecimento da nação 
de Israel. Sabemos disso porque não há menção nenhuma deles, nem dos juízes, reis, 
profetas, leis mosaicas ou dos dez mandamentos. Sabemos que as leis divinas foram dadas 
ao homem, incluindo Jó e Abraão, antes de Moisés, mas elas não eram registradas 
(Gênesis 26.5; Jó 22.22 e 23.12). 
 
2 MCMURTRY, G. S. Criação X Evolução: onde está a verdade científica? 6ª. ed. Curitiba: AD Santos 
Editora, 2009. p. 45. 
A DOUTRINA DA CRIAÇÃO – Pr. ALMIR CAETANO 
6 
 
Enquanto se vê que Jó realiza rituais de sacrifícios, o livro não faz nenhuma 
menção ao sistema de sacrifícios mosaicos ou de qualquer sacerdócio (Gênesis 8.20; 
22.13 e Jó 42.7-9). O livro não descreve eventos registrados no livro de Gênesis, que 
obviamente ocorreram antes da vida de Jó, mas nenhum depois desse período (do livro) 
também. 
O livro de Jó é um livro de ficção ou um relato biográfico verdadeiro? O autor 
declara ser verdadeiro. Quatro capítulos citam expressões literais diretas do próprio Deus, 
e outro capítulos descrevem eventos que ocorreram no céu. Isto seria uma blasfêmia se 
as afirmações não fossem verdades. O profeta Ezequiel considera Jó uma pessoa real, 
juntamentecom Noé e Daniel. Assim também o faz o apóstolo Tiago (Ezequiel 14.14 e 
Tiago 5.11). 
O apóstolo Paulo certamente acreditava ser Jó, um personagem verdadeiro na 
história, e inclusive cita Jó 5.13, em 1Co 3.19.3 O livro de Jó é uma obra de arte científica, 
que defende a Criação relatada em Gênesis, modela o Método Científico e contém muitas 
alusões aos processos e sistemas naturais somente descobertos. 
Depois de Gênesis, nenhum outro livro da Bíblia contém tantos relatos sobre 
o criador e Sua criação como o livro de Jó. O autor admite que Deus é o único criador 
(9.6) e em contrapartida Deus também reivindica ser o único Criador (38.4). Podemos 
destacar vários aspectos da fé de Jó na criação, nos seguintes segmentos: 
 
I. À medida que Jó responde aos seus acusadores, ele confirma muitas referências à 
semanada da Criação, da forma como é relatada em Gênesis: 
a) Descreve a formação das estrelas (9.9; 26.13); 
b) A criação do homem e dos animais (12.7-9); 
c) Deus é apresentado como sendo o Doador da vida, alma e espírito (12.10; 27.3 e 
33.4-6); 
d) Adão foi uma pessoa real (31.33). 
 
II. O pecado, a queda da humanidade e a instituição da maldição são totalmente 
conhecidos por Jó: 
a) O pecado trouxe a morte (34.14,15); 
b) A maldição é descrita como algo que afeta todas as coisas (5.7; 10.9; 14.1-4 e 25.4). 
 
III. A extensão e a natureza do Dilúvio de Noé são aceitos como fatos por Jó: 
a) A razão de o dilúvio ter acontecido foi por causa da equidade do homem (22.15-
17); 
b) O Dilúvio foi um cataclismo global (9.5-8; 12.14,15 e 26.1-14); 
c) O fim do dilúvio é descrito corretamente (14.11,12); 
d) Jó diz que Deus nuca mais inundará a Terra (26.10 e 38.8-11); 
e) Até mesmo a Era do Gelo, que aconteceu logo após o dilúvio, aparentemente foi 
mencionada por Jó (37.9,10; 38.22,23,29,30). 
 
IV. A criação e a dispersão das setenta nações na Torre de Babel é um fato aceito por Jó: 
a) A dispersão do povo é mencionada (12.23-25); 
b) Muitos nomes das tribos do Índice das Nações são mencionadas: 
• Uz (1.1); 
• Sabá (1.5 e 6.19); 
• Ofir (28.14); 
 
3 Ibid. p. 46. 
A DOUTRINA DA CRIAÇÃO – Pr. ALMIR CAETANO 
7 
 
• Cuxe – Etiópia (28.19). 
 
O livro de Jó alude a muitos sistemas e processos naturais, os quais os 
cientistas continuam estudando até hoje: 
• O ciclo das águas (26.8; 28.24-27; 36.27,28; 38.25-28). 
• Geologia, geofísica e astrofísica: 
a) Lei da Gravidade (26.7); 
b) Rotação da Terra (38.12-14); 
c) Erosão dos continentes (14.18,19); 
d) Mineralogia (28.9-18); 
e) Oceanografia (38.8,10,11,16); 
f) Astronomia (9.8,9 – 11.7.8 – 22.12; 26.13; 38.7,31-33); 
g) Meteorologia (38.22,25-30,34,35). 
• Outros campos sociais e físicos: 
a) Ótica (38.19,24); 
b) Psicologia (38.36); 
c) Física (38.33); 
d) Eletrônica (38.25); 
e) Biologia/Zoologia/anatomia/Paleontologia (38.39; 39.30). 
 
 
A CRIAÇÃO NOS SALMOS 
 
 
O livro dos Salmos é o mais glorioso livro de toda a bíblia. Ele contém 
componentes de louvor, música, conforto, ira, imprecação, testemunho, oração, alegria, 
esperança, desespero, profecia, revelação, bênçãos espirituais e compreensão da ciência 
moderna. 
Este livro ainda, contém 8 grandes Salmos sobre a Criação, com uma 
importância científica moderna e significativa. 
 
1. SALMO 8 – Lida com a questão do homem e sua função dada por Deus no universo; 
2. SALMO 19 – Lida com os dois temas da revelação física de Deus no Seu mundo (v. 
1-6) e na Sua Palavra (v. 7-14); 
3. SALMO 29 – Lida com a descrição de eventos registrados em Gênesis, referentes ao 
período durante e após o dilúvio de Noé; 
4. SALMO 33 – Declara a todos que a Palavra de Deus é reta (v.4), poderosa (v.6) e 
absolutamente certa (v.9); 
5. SALMO 90 – Salmo de Moisés escrito pouco antes de sua morte, descreve Deus em 
Sua natureza preexistente eterna e Seu plano maravilhoso para o homem; 
6. SALMO 91 – Contrasta a brevidade da vida humana encontrada no Salmo 90 com a 
“vida longa” (vida eterna) dada àquele que confia no Senhor; 
7. SALMO 104 – Traça uma trajetória desde a semana da Criação até o Dilúvio, e até 
mesmo depois dele. 
8. SALMO 139 – Nos dá uma visão em quatro dimensões do nosso Deus criador. 
 
O livro dos Salmos contém muitas outras declarações científicas precisas 
espalhadas por seu conteúdo: 
• Salmo 103.11,12 – Fala da expansão infinita do universo; 
• Salmo 95.5; 96.5 e 104.3 – Declara a criação dos mares, dos céus e do homem; 
A DOUTRINA DA CRIAÇÃO – Pr. ALMIR CAETANO 
8 
 
• Salmo 136.4-9 – Declara que Deus e somente Deus é o criador; 
• Salmo 119.99 e 135.5-7 – Aqui, certamente toda a evolução teísta é descartada quando 
alguém compreende todo o conselho de Deus. 
 
A Bíblia, a Palavra fiel de Deus nos dá provas claras de Deus como criador e 
sustentador de todas as coisas. Nele fomo criados, à sua imagem e semelhança, dele 
recebemos a revelação necessárias para compreendermos os propósitos de nossa 
existência, avaliarmos o nosso presente e vislumbrarmos o nosso futuro, o Reino Eterno 
preparado para todos nós.

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