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Programa Preparatorio para a Certificação Profissional - Crédito Consignado

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CRÉDITO CONSIGNADO
O CRÉDITO CONSIGNADO pode-se dizer foi o maior alavancador do volume de crédito a pessoas físicas dos
últimos anos.
Fácil, rápido, dispensa análise de crédito, dispensa consulta aos órgão de proteção ao crédito, taxas
reduzidas e regulamentada pelos órgãos do governo. 
Com todos esses atributos fica muito difícil não ser seduzido a tomar um empréstimo. Consignado.
Para as Instituições Financeiras então o atrativo é melhor ainda. O empregador deduz as parcelas
diretamente do vencimento salarial do empregado e transfere para a conta indicada pela Instituição para
liquidar o débito.
Tem riscos? Claro. Todo crédito tem riscos, mas neste caso o risco é da perda do emprego. O que levou as
Instituições a mirarem suas estratégias para financiarem os funcionários públicos que possuem
estabilidade no emprego.
Podem perder o cargo? Podem, mas em casos raros.
Pode haver outros riscos? Pode, mas são de menor monta, como por exemplo a contestação do desconto
de parcelas de financiamento em folha de pagamento. Foi proibido por lei, comandado pelas autoridades
do governo, que alterarama legislação, “protegendo” o credor, pois em contrário o escopo da operação
perde o sentido. 
A figura do CORRESPONDENTE BANCÁRIO evoluiu na esteira dessas oportunidades. 
Às Instituições financeiras bastao acordo com o Órgão Público na esfera Federal, Estadual ou Municipal para
a obtenção do Código para desconto em folha. A partir daí a tarefa passa ao CORRESPONDENTE
BANCÁRIO em convencer o funcionário das vantagens do empréstimo consignado e obter a documentação e
assinatura nos formulários e contratos e formalizar a operação junto à Instituição à qual presta serviço.
Só na esfera federal são cerca 700.000 funcionários públicos.
O outro filão que foi amplamente explorado foi o de Aposentados do INSS. Nesse caso então o risco fica
menor ainda, pois o Aposentado não perde os vencimentos, mesmo em caso de morte, pois o cônjuge
acaba herdando o benefício. No entanto, para cobrir eventuais discussões acerca desse risco, atrelou-se ao
financiamento o seguro que em caso de sinistro (morte) do financiado, a Seguradora liquida o saldo de seu
débito. Perfeito.
Essa população é de cerca de 25 milhões de potenciais tomadores.
E mais, temos os trabalhadores que possuem relação trabalhista pela CLT - Consolidação das leis de
Trabalho (celetistas) tanto do setor público como do setor privado que podem também tomar empréstimo
consignado e ter as parcelas descontadas de seus proventos. Neste caso os riscos são maiores, dada a falta
de estabilidade no emprego, mas de qualquer maneira o recebimento ocorre junto à fonte pagadora, ou
seja, o ato de pagar independe da ação do devedor. O Empregador já destaca a parte do salário
comprometida e entrega ao credor.
Entre janeiro e julho deste ano, o valor médio dos empréstimos consignados contratados por aposentados
e pensionistas do INSS, no Estado de São Paulo, aumentou 44%, passando de R$ 2.346,45 para R$
3.379,80, segundo o Ministério da Previdência Social. Pode até denotar um indício de endividamento
excessivo de parte dos tomadores. No entanto como o valor das operações tem que situar dentro dos
limites destacados em Lei, não podemos dizer que há excesso de endividamento.
Apesar de os juros das operações consignadas serem em média de 27,9% ao ano (2,07% ao mês = juros
nominais, não considerado nesse indicador o Custo Efetivo Total – CET que não deve ultrapassas a 2,5% ao
mês), segundo o Banco Central , este é bem inferior aos 48,7% ao anocobrado nos empréstimos pessoais.
Dívidas muito altas e taxas elevadas contribuem para o aumento da inadimplência. Aparentemente dado o
escopo da operação de credito consignado, que tem peso importante no crédito a pessoas físicas,a
inadimplência até o momento se mantém relativamente baixa.
Em dezembro de 2010,as operações consignadas atingiam R$ 138 bilhões e representavam 61% do
total dos empréstimos pessoais. Em julho de 2011 o valor atingia R$ 150 bilhões, mas a participação do
consignado no crédito pessoal caiu para 58,9%. Provavelmente, isso se deve ao esgotamento da
capacidade dos aposentados, que só podem comprometer 30% da renda.
Fonte: Jornal (O Estado de São Paulo)
 
Fazendo um pequeno paralelo com o passado o total de todas as linhas de financiamentos a Pessoas Físicas
há 20 anos não ultrapassava a R$ 20 bilhões. 
Em julho de 2011, foram contratadas 718,5 mil operações consignadas, no montante de R$ 2,161
bilhões, 5,88% menos do que em julho de 2010. Das operações, 61% são contratados por aposentados na
faixa etária de 60 anos a 79 anos, quando são maiores as despesas obrigatórias com remédios e outros
cuidados com a saúde.
Embora o valor médio do crédito consignado a beneficiários do INSS seja aparentemente baixo, de R$ 3,37
mil, a maioria dos tomadores percebe entre um e três salários mínimos - e as prestações comprometem a
capacidade de consumo. Com a inflação, cresceram os atrasos de pagamento de empréstimos nos bancos e
financeiras. Em tempos de incerteza, cabe lembrar que o excesso de dívidas - de governos, empresas e
pessoas - é causa de recessões, pois os agentes econômicos perdem a capacidade de consumir e de
investir.
Fonte: Jornal (O Estado de São Paulo)
 
 
1. CRÉDITO CONSIGNADO - FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
A Lei 10.820 de 17 de Dezembro de 2.003, posteriormente complementada pela Lei 10.953 de 27
de Setembro de 2.004, regulamentou a autorização de desconto de prestações de financiamentos em
folha de pagamento.
Reza a Lei: Os empregados poderão autorizar, de forma irrevogável e irretratável, o desconto em
folha de pagamento dos valores referentes ao pagamento de empréstimos, financiamentos e operações de
arrendamento mercantil concedido por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil,
quando previsto nos respectivos contratos.
O desconto também poderá incidir sobre verbas rescisórias pagas pelo empregador, se assim previsto no
respectivo contrato de empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil, até o limite de trinta por
cento.
No momento da contratação da operação, a autorização para a efetivação dos descontos permitidos
observará, para cada mutuário, os seguintes limites:
I - a soma dos descontos não poderá exceder a trinta por cento da remuneração disponível,
conforme definida em regulamento; e
II - o total das consignações voluntárias, não poderá exceder a quarenta por cento da remuneração
disponível, conforme definida em regulamento.
O Empregador, dentre outras obrigações, deve efetuar os descontos autorizados pelo empregado em
folha de pagamento e repassar o valor à instituição consignatária até o 5º dia útil. Caso o repasse não seja
efetuado, a Instituição, de acordo com o Contrato de financiamento deverá acionar o Empregador. Não
poderá a Instituição acionar o Empregado, financiado, nem tampouco considerá-lo como inadimplente ou
inscrevê-lo no cadastro de maus pagadores.
É vedado ao empregador impor ao mutuário e à instituição consignatária escolhida pelo empregado
qualquer condição que não esteja prevista nesta Lei ou em seu regulamento para a efetivação do
contrato e a implementação dos descontos autorizados.
No demonstrativo de rendimentos do empregado, deverá constar de forma discriminada, o valor do
desconto mensal decorrente de cada operação de empréstimo, financiamento ou arrendamento, bem
como desconto de custos operacionais para a realização do desconto, permitido na Lei.
Poderão as entidades e centrais sindicais, sem ônus para os empregados, firmar, com instituições
consignatárias, acordo que defina condições gerais e demais critérios a serem observados nos empréstimos,
financiamentos ou arrendamentos que venham a ser realizados com seus representados.
Cumpridos todos os requisitos e condições definidos no acordo entre o empregado e a Instituição
consignatária, com a anuência do Empregador,esta não poderá negar-se a conceder o Empréstimo,
financiamento ou arrendamentomercantil. 
O Empregador é meramente anuente na operação, ou seja, conhece as suas condições, no entanto não é
coobrigado no empréstimo. O financiado é o Empregado e este responde diretamente pela sua liquidação.
Mesmo que Empregador ou Sindicato da categoria tenha firmado acordo com uma Instituição
consignatária, o empregado tem o direito de escolher qualquer instituição consignatária, ficando o
empregador obrigado a proceder aos descontos e repasses por ele contratados e autorizados.
 
 
 
1.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A REMUNERAÇÃO DISPONÍVEL
O Decreto Lei no. 4.840 de 17 de Setembro de 2.003, dentre outras regulamentações define, para
efeitos de cálculo do percentual máximo de 30% de desconto em folha de pagamento a
REMUNERAÇÀO DISPONIVEL.
Da remuneração básica que é a soma das parcelas pagas ou creditadas mensalmente em dinheiro ao
empregado, para o cálculo da REMUNERAÇÃO DISPONÍVEL devem ser excluídas:
I - diárias;
II - ajuda de custo;
III - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
IV - gratificação natalina;
V - auxílio-natalidade;
VI - auxílio-funeral;
VII - adicional de férias;
VIII - auxílio-alimentação, mesmo se pago em dinheiro;
IX - auxílio-transporte, mesmo se pago em dinheiro; e
X - parcelas referentes a antecipação de remuneração de competência futura ou pagamento
em caráter retroativo.
Além disso, deve-se ainda deduzir da remuneração básica acima os descontos efetuados a título de:
I - contribuição para a Previdência Social oficial;
II - pensão alimentícia judicial;
III - imposto sobre rendimentos do trabalho;
IV - decisão judicial ou administrativa;
V - mensalidade e contribuição em favor de entidades sindicais;
VI - outros descontos compulsórios instituídos por lei
A RENDA DISPONÍVEL mensal a ser considerada para efeitos do cálculo do percentual máximo de 30% do
limite máximo de financiamento é a renda básica com as deduções acima indicadas. No entanto, o
empregado poderá autorizar outros descontos de seus proventos, considerados consignações voluntárias
(por exemplo: doações Instituições de caridade, doações a Entidades Religiosas etc.) e neste caso a soma
do financiamento e estas, não poderá exceder a 40% da RENDA DISPONÍVEL. Para tal o Empregador deverá
informar à Instituição interessada em financiar o empregado o valor da RENDA DISPONÍVEL e todos os
compromissos pré-existentes consignados para desconto em folha.
Os contratos de empréstimo, financiamento ou arrendamento celebrados ao amparo da Lei preverão
obrigatoriamente as prestações fixas ao longo de todo o período de amortização.
Nas hipóteses de concessão, ao amparo da regulamentação do desconto em folha, de empréstimo ou
financiamento imobiliário no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação ou de outros sistemas ou
programas destinados à aquisição de imóveis residenciais, as prestações e seus reajustamentos obedecerão
às disposições contratuais celebradas entre as partes, sendo permitida a estipulação de prestações variável.
A liberação do crédito ao mutuário somente ocorrerá após:
I - a confirmação do empregador, por escrito ou por meio eletrônico certificado, quanto à
possibilidade da realização dos descontos, em função dos limites referidos sobre a RENDA
DISPONÍVEL;
II - a assinatura, por escrito ou por meio eletrônico certificado, do contrato entre o mutuário e a
instituição consignatária; e
III - a outorga ao empregador, por parte do mutuário, de autorização, em caráter irrevogável e
irretratável, para a consignação das prestações contratadas em folha de pagamento. Esta outorga
poderá ser por escrito ou meio eletrônico dependendo de instruções/acordo da Instituição com o
Empregador.
Exceto quando diversamente previsto em contrato com a anuência do empregador, a efetivação do
desconto em folha de pagamento do mutuário deverá ser iniciada pelo empregador no mínimo trinta dias e
no máximo sessenta dias após o recebimento da autorização.
A repactuação do contrato de empréstimo, financiamento ou operação de arrendamento mercantil que
implique alteração do número ou do valor das prestações consignadas em folha observará o procedimento
de outorga de autorização de desconto em folha acima descrito.
É facultado ao empregador descontar na folha de pagamento do mutuário os custos operacionais
decorrentes da realização da operação de crédito consignado. Consideram-se custos operacionais do
empregador:
I - tarifa bancária cobrada pela instituição financeira referente à transferência dos recursos da
contacorrente do empregador para a contacorrente da instituição consignatária;
II - despesa com alteração das rotinas de processamento da folha de pagamento para realização da
operação.
As tarifas bancárias acima mencionadas deverão ser iguais ou inferiores às praticadas pela instituição
financeira mantenedora da contacorrente do empregador em transações da mesma natureza.
O Empregador deverá dar publicidade aos empregados do valor das tarifas cobradas.
Em caso de rescisão do contrato de trabalho do empregado antes do término da amortização
do empréstimo, ressalvada disposição contratual em contrário, serão mantidos os prazos e
encargos originalmente previstos, cabendo ao mutuário efetuar o pagamento mensal das
prestações diretamente à instituição consignatária.
Na hipótese de entrada em gozo de benefício previdenciário temporário pelo mutuário, com suspensão
do pagamento de sua remuneração por parte do empregador, cessa a obrigação deste efetuar a retenção e
o repasse das prestações à instituição consignatária. Tal regulamentação deverá constar no contrato.
O desconto da prestação para pagamento do empréstimo, financiamento ou arrendamento concedido com
base neste regulamento será feito diretamente em folha de pagamento e o valor correspondente creditado
a favor da instituição consignatária, independentemente de crédito e débito na conta corrente dos
mutuários de saldo de vencimentos.
Os contratos de empréstimo, financiamento ou arrendamento de que trata este Decreto poderão prever a
incidência de desconto de até trinta por cento das verbas rescisórias para a amortização total ou parcial
do saldo devedor líquido para quitação na data de rescisão do contrato de trabalho do empregado. A
Instituição deverá informar ao mutuário e ao Empregador o valor do saldo devedor.
Considera-se saldo devedor líquido para quitação o valor presente das prestações vincendas na data da
amortização, descontado à taxa de juros contratualmente fixada referente ao período não utilizado em
função da quitação antecipada.
Quando o saldo devedor líquido para quitação exceder o valor comprometido das verbas rescisórias, caberá
ao mutuário efetuar o pagamento do restante diretamente à instituição consignatária, assegurada a
manutenção das condições de número de prestações vincendas e taxa de juros originais, exceto se houver
previsão contratual em contrário.
Havendo previsão de vinculação de verbas rescisórias em mais de um contrato, será observada a ordem
cronológica das autorizações para desconto.
É facultada a contratação pelo mutuário de seguro em favor da instituição consignatária, junto a ela
própria ou a outra instituição de sua escolha, para cobertura do risco de inadimplência nas operações de
que trata este Decreto em caso de morte, desemprego involuntário ou redução de rendimentos.
 
1.2. PROCESSAMENTOS DAS CONSIGNAÇÕES EM FOLHA 
O Decreto 6.386 de 29 de Fevereiro de 2.008 regulamenta o processamento das consignações em folha de
pagamento dos servidores públicos federal através do SIAPE – Sistema Integrado de Administração de
Recursos Humanos.
Estabelece em definições de participantes do processo de crédito consignado como consignante, o órgão ou
entidade da administração pública federal direta ou indireta, que procede, por intermédio do SIAPE,
descontos relativos às consignações compulsória e facultativa na ficha financeira do servidor público ativo,
do aposentado ou do beneficiário de pensão, em favor do consignatário.Consignatário a Instituição Financeira que concede o Empréstimo ou financiamento.
Consignado: o servidor público integrante da administração pública federal direta ou indireta, ativo,
aposentado, ou beneficiário de pensão, cuja folha de pagamento seja processada pelo SIAPE, e que por
contrato tenha estabelecido com o consignatário relação jurídica que autorize o desconto da consignação;
Consignação compulsória: desconto incidente sobre a remuneração, subsídio ou provento efetuado por
força de lei ou mandado judicial.
São consignações compulsórias:
I - contribuição para o Plano de Seguridade Social do Servidor Público;
II - contribuição para a Previdência Social;
III - obrigações decorrentes de decisão judicial ou administrativa;
IV - imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza;
V - reposição e indenização ao erário;
VI - custeio parcial de benefício e auxílios concedidos pela administração pública federal direta e
indireta, cuja folha de pagamento seja processada pelo SIAPE;
VII - contribuição em favor de sindicato ou associação de caráter sindical ao qual o servidor seja
filiado ou associado;
VIII - contribuição para entidade fechada de previdência complementar, durante o período pelo qual
perdurar a adesão do servidor ao respectivo regime;
IX - contribuição efetuada por empregados da administração pública federal indireta, cuja folha de
pagamento seja processada pelo SIAPE, para entidade fechada de previdência complementar;
X - taxa de ocupação de imóvel funcional em favor de órgãos da administração pública federal
direta, autárquica e fundacional;
XI - taxa relativa a aluguel de imóvel residencial de que seja a União proprietária ou possuidora;
XII - outras obrigações decorrentes de imposição legal.
 
São consignações facultativas, na seguinte ordem de prioridade:
I - contribuição para serviço de saúde prestado diretamente por órgão público federal, ou para plano
de saúde prestado mediante celebração de convênio ou contrato com a União, por operadora ou
entidade aberta ou fechada;
II - coparticipação para plano de saúde de entidade aberta ou fechada ou de autogestão
patrocinada;
III - mensalidade relativa a seguro de vida originária de empresa de seguro;
IV - pensão alimentícia voluntária, consignada em favor de dependente indicado no assentamento
funcional do servidor;
V - contribuição em favor de fundação instituída com a finalidade de prestação de serviços a
servidores públicos ou em favor de associação constituída exclusivamente por servidores públicos
ativos, inativos ou pensionistas e que tenha por objeto social a representação ou prestação de
serviços a seus membros;
VI - contribuição ou integralização de quota-parte em favor de cooperativas constituídas por
servidores públicos, na forma da lei, com a finalidade de prestar serviços a seus cooperados;
VII - contribuição ou mensalidade para plano de previdência complementar;
VIII - prestação referente a empréstimo concedido por cooperativas de crédito constituídas, na
forma da lei, com a finalidade de prestar serviços financeiros a seus cooperados;
IX - prestação referente a empréstimo ou financiamento concedido por entidades bancárias ou
caixas econômicas;
X - prestação referente a empréstimo ou financiamento concedido por entidades bancárias, caixas
econômicas ou entidades integrantes do Sistema Financeiro da Habitação; e
XI - prestação referente a empréstimo ou financiamento concedido por entidade aberta ou fechada
de previdência privada.
Compete à Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, efetuar
o cadastramento dos consignatários de que trata este Decreto. Ou seja, a concessão do Código para
desconto em folha.
O ressarcimento dos custos administrativos de cadastramento, manutenção e utilização do sistema de
pactuação contratual será tratado entre consignatários e consignados.
A habilitação para o processamento de consignações dependerá de prévio cadastramento e
recadastramento dos consignatários, a ser realizado anualmente de acordo com cronograma a ser
estabelecido pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Caso aprovado o requerimento, a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão firmará convênio com o consignatário, que disporá sobre os direitos e obrigações
das partes e providenciará a criação de rubrica para aquelas modalidades de consignação ainda não
cadastradas no SIAPE.
Não será permitido o desconto de consignações facultativas até o limite de trinta por cento, quando
a sua soma com as compulsórias exceder a setenta por cento da remuneração do consignado.
No em que exceder o limite de setenta por cento serão suspensas o desconto de consignações
facultativas até a adequação do limite.
Não será incluída ou processada no SIAPE a consignação que implique excesso do limite da margem
consignável.
Ressalvado o financiamento de imóvel residencial, os empréstimos ou financiamentos realizados pelas
entidades financeiras deverão ser amortizáveis até o limite de sessenta meses.
 
1.2.1. CADASTRAMENTO PARA DESCONTO EM FOLHA 
São requisitos exigidos para fins de cadastramento e recadastramento:
I - de todas as entidades de classe:
a) estar regularmente constituída;
b) possuir e manter número mínimo de quinhentos associados, ou número mínimo de
associados equivalentes a oitenta por cento do total de servidores da categoria, carreira,
quadro de pessoal ou base territorial ou geográfica que representam;
c) possuir regularidade fiscal comprovada;
II – Fundações de prestação de serviços a servidores públicos:
a) possuir autorização para funcionamento há pelo menos dois anos; e
b) possuir e manter número mínimo de setecentos associados, ou número de associados
equivalente a noventa por cento do total de servidores da categoria, carreira ou do quadro
de pessoal que representam;
III – Cooperativas de Crédito:
a) possuir autorização de funcionamento expedida pelo Banco Central do Brasil; e
b) atender a outras exigências previstas na legislação federal aplicável à espécie;
IV – Entidade de Previdência Privada:
a) possuir autorização de funcionamento expedida pela Superintendência de Seguros Privados
- SUSEP; e
b) atender a outras exigências previstas na legislação federal aplicável à espécie.
As entidades beneficiárias das consignações deverão comprovar, periodicamente, na forma e prazos
estabelecidos em portaria a ser expedida pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, a manutenção do atendimento das condições exigidas neste Decreto,
por intermédio do recadastramento anual, bem como apresentar quadro demonstrativo de bens e
serviços oferecidos aos consignados para divulgação.
Os consignatários entidades bancáriasou caixas econômicas, entidades integrantes do Sistema Financeiro
da Habitação e entidades de previdência privada, deverão, até o último dia de cada mês, lançar para
divulgação em sítio próprio nos termos definidos em portaria da Secretaria de Recursos Humanos do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, informação quanto às taxas máximas de juros e
todos os demais encargos inerentes à operação que serão praticados na concessão de empréstimo
pessoal no mês subsequente.
As taxas de juros praticadas deverão obedecer ao limite máximo estabelecido em ato do Ministro de
Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.
O não cumprimento da obrigação da publicação das taxas praticadas, implicará desativação temporária do
consignatário até a regularização da situação infracional. A reincidência no descumprimento em período
de doze meses implicará o descredenciamento do consignatário.
A Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão não será
responsável pelos dados informados pelo consignatário, competindo-lhe, sempre que provocada, a
adoção de providências nos casos em que as taxas e encargos praticados divergirem daquelas informadas.No caso de desconto indevido, o servidor deverá formalizar termo de ocorrência junto à unidade de
recursos humanos a que esteja vinculado, no qual constará a sua identificação funcional e exposição sucinta
dos fatos. Este Órgão deverá notificar o consignatário para em até três dias comprovar a regularidade
do desconto.
Não ocorrendo a comprovação da regularidade do desconto, serão suspensas as consignações irregulares e
instaurado processo administrativo para apuração dos fatos:
· o consignatário terá cinco dias para apresentação de defesa;
 
· a autoridade responsável pelo julgamento poderá suspender a consignação por meio de decisão
devidamente motivada;
 
· Os valores referentes a descontos considerados indevidos deverão ser integralmente ressarcidos ao
prejudicado no prazo máximo de trinta dias contados da constatação da irregularidade, na forma
pactuada entre o consignatário e o consignado;
 
· O descumprimento do disposto no prazo do ressarcimento implicará desativação temporária do
consignatário.
A consignação em folha de pagamento não implica corresponsabilidade dos órgãos e das entidades da
administração pública federal direta e indireta, cuja folha de pagamento seja processada pelo SIAPE, por
dívidas ou compromissos de natureza pecuniária, assumidos pelo consignado junto ao consignatário.
As consignações em folha poderão a qualquer tempo ser suspensa no todo ou em parte ou excluída, por:
· interesse da administração e serão precedidos de aviso à consignatária, resguardados os efeitos
jurídicos produzidos por atos pretéritos;
 
· interesse do consignatário ou consignante, mediante solicitação expressa. 
As consignações referentes a empréstimos e financiamentos somente poderão ser excluídas a pedido do
consignado mediante prévia aquiescência do consignatário e decisão motivada do consignante.
Poderá ocorrer ainda a exclusão, quando:
· restar comprovada a irregularidade da operação, que implique vício insanável; e
 
· pela não utilização da rubrica pela entidade durante o período de seis meses ininterruptos.
Ocorrerá a desativação temporária do consignatário:
I - quando constatada irregularidade no cadastramento, recadastramento, ou em processamento
de consignação;
II - que deixar de prestar informações ou esclarecimentos nos prazos solicitados pela administração;
III - que deixar de apresentar o comprovante do recolhimento dos custos de processamento; e
IV - que deixar de efetuar o ressarcimento ao consignado no caso de irregularidade.
A desativação temporária permanecerá até a regularização da situação infracional do
consignatário.
Ocorrerá o descredenciamento do consignatário quando:
I - ceder a terceiros, a qualquer título, rubricas de consignação;
II - permitir que terceiros procedam a consignações no SIAPE;
III - utilizar rubricas para descontos não previstas;
IV - reincidir em práticas que impliquem sua desativação temporária; e
V - não regularizar em seis meses a situação que ensejou sua desativação temporária.
Ocorrerá a inabilitação permanente do consignatário nas hipóteses de:
I - reincidência em práticas que impliquem seu descredenciamento;
II - comprovada prática de ato lesivo ao servidor ou à administração, mediante fraude, simulação,
ou dolo; e
III - prática de taxas de juros e encargos diversos dos informados à Secretaria de Recursos
Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, na concessão de empréstimo
pessoal.
O consignado ficará impedido, pelo período de até sessenta meses, de incluir novas consignações em
seu contracheque quando constatado, em processo administrativo, prática de irregularidade, fraude,
simulação ou dolo relativo ao sistema de consignações.
 
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão editará ato com normas complementares necessárias à
execução deste Decreto, inclusive em relação aos membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal e, no que couber, dos ex-Territórios.
O disposto neste Decreto se aplica, também, aos servidores ativos, inativos e pensionistas, e aos
empregados públicos da administração pública federal indireta, cujas folhas de pagamento sejam
processadas pelo SIAPE.
 
1.3. REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO
A Lei 8.112 de 11 de Dezembro de 1.990, e atualizado pela Lei 9.515 de 20 de Novembro de 1.997 e 9.527
de 10 de Dezembro de 1.997, dispõe sobre o regime jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das
Autarquias inclusive as regime especial, e das fundações públicas federais.
Define:
Servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional
que devem ser cometidas a um servidor.
ü É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
Requisitos básicos:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
Portador(a) de necessidades especiais: É assegurado o direito de se inscrever em concurso público para
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para
tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
Exceção para estrangeiros: As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais
poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e
os procedimentos desta Lei.
O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.
A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
São formas de provimento de cargo público:
I - nomeação;
II - promoção;
III - readaptação;
IV - reversão;
V - aproveitamento;
VI - reintegração;
VII - recondução.
 
A nomeação se fará:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.
 
Concurso Público
A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação
em concurso público de provas ou de provas e títulos (no caso em que o concurso exija também a
apresentação de diplomas de ensino superior ou técnico), obedecidos a ordem de classificação e o prazo de
sua validade.
O concurso pode ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo
plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando
indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.
O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual
período, conforme Edital.
Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de
validade não expirado
 
1.3.1. POSSE E EXERCÍCIO DO CARGO
A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres,
as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.
Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão
objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observadosos seguinte fatores:
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.
 
Estabilidade - O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo
adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício.
O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicialtransitada em julgado ou de
processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
Remuneração - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado
em lei.
Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei.
O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.
Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo
Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à
soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos
Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo
Tribunal Federal.
 
Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou
provento.
Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de
terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento.
Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes
retribuições, gratificações e adicionais:
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;
II - gratificação natalina;
III- adicional por tempo de serviço; (revogado pela medida provisória 2.225 de 04/09/2001)
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.
Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo
de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício.
 
 
1.3.2. DEMISSÃO
A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de
outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII – outras transgressões previstas nesta lei.
 
As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais
Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de
aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no
inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou
regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em
comissão.
 
A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência.
 
 
1.3.3. SEGURIDADE SOCIAL
A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família.
Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:
I - quanto ao servidor:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) saláriofamília;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença à gestante, à adotante e licença paternidade;
f) licença por acidente em serviço;
g) assistência à saúde;
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;
II - quanto ao dependente:
a) pensão vitalícia e temporária;
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão;
d) assistência à saúde.
As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram
vinculados os servidores.
 
APOSENTADORIA
O servidor será aposentado:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e
proporcional nos demais casos;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de
serviço;
III - voluntariamente:
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) se mulher, com
proventos integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério se professor, e 25
(vinte e cinco) se professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com
proventos proporcionaisa esse tempo;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.
Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor
equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido.
 
 
2. CRÉDITO CONSIGNADO INSS
Os titulares de benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral de Previdência Social poderão
autorizar o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS a proceder aos descontos de seus proventos bem como
autorizar, de forma irrevogável e irretratável, que a instituição financeira na qual recebam seus benefícios
retenha, para fins de amortização, valores referentes ao pagamento mensal de empréstimos,
financiamentos e operações de arrendamento mercantil por ela concedidos, quando previstos em contrato,
nas condições estabelecidas em regulamento, observadas as normas editadas pelo INSS.
O INSS deve regulamentar sobre:
I - as formalidades para habilitação do desconto a favor das instituições credenciadas;
II - os benefícios elegíveis, em função de sua natureza e forma de pagamento;
III - as rotinas a serem observadas para a prestação aos titulares de benefícios em manutenção e às
instituições consignatárias das informações necessárias à consecução do disposto nesta Lei;
IV - os prazos para o início dos descontos autorizados e para o repasse das prestações às instituições
consignatárias;
V - o valor dos encargos a serem cobrados para ressarcimento dos custos operacionais a ele
acarretados pelas operações; e
VI - as demais normas que se fizerem necessárias.
A responsabilidade do INSS, nesta operação, restringe-se a:
I - retenção dos valores autorizados pelo beneficiário e repasse à instituição consignatária nas
operações de desconto, não cabendo à autarquia responsabilidade solidária pelos débitos contratados
pelo segurado; e
II - manutenção dos pagamentos do titular do benefício na mesma instituição financeira enquanto
houver saldo devedor nas operações em que for autorizada a retenção, não cabendo à autarquia
responsabilidade solidária pelos débitos contratados pelo segurado.
O segurado nãopoderá, a qualquer titulo, enquanto não liquidar o empréstimo realizado solicitar a
alteração da Instituição pagadora, que por contrato transfere, conforme instruções do órgão processador
da folha de benefícios ( Dataprev) , o valor da parcela do financiamento à Instituição credora de seu
benefício. Ou seja, o segurado não pode alterar o “domicilio bancário” que está “travado” por contrato.
A Instituição Financeira que conceder empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil em
valores que superem a relação máxima de 30% dos ganhos do empregado, perderá todas as
garantias que lhe facultam esta lei.
 
 
Site do INSS
Empréstimo Consignado - Instrução Normativa no. 28/2.008
No site do INSS, (www.previdencia.gov.br), página de Crédito Consignado, está disponível a consulta à
Instrução Normativa 28, que concentra todas as normas referentes ao empréstimo consignado para
aposentados e pensionistas do INSS. É possível, ainda, a consulta às taxas de juros oferecidas por todas as
instituições financeiras conveniadas com o INSS, para operar o crédito consignado. Atualmente, as taxas
máximas são de 2,5% ao mês, para o empréstimo, e 3,5% ao mês, para o cartão consignado. O
beneficiário deverá ficar atento, pois este limite detaxa contempla todos os custos da operação de
empréstimo ou cartão de crédito, ou seja, o CET Custo Efetivo Total.
Entre as normas previstas na IN 28 está a obrigatoriedade de as instituições financeiras emitirem, em 48
horas, boleto ou documento de pagamento detalhado, quando o beneficiário quiser quitar
antecipadamente suas operações de empréstimo ou com cartão de crédito. O boleto ou documento de
pagamento informará o valor total do empréstimo, o desconto para o pagamento antecipado e o valor
líquido a pagar. A instituição financeira terá esse mesmo prazo para excluir o lançamento de desconto
no benefício.
As instituições também devem informar previamente, ao titular do benefício, o valor total financiado, a
http://www1.previdencia.gov.br/pg_secundarias/paginas_perfis/www.previdencia.gov.br
taxa mensal e anual de juros, acréscimos remuneratórios, moratórios e tributários, o valor, número e
periodicidade das prestações e a soma total a pagar por empréstimo. ( é o orçamento regulamentado no
Código de Defesa do Consumidor no Sistema de Autorregulação Bancária da FEBRABAN). Ao assinar o
contrato, o beneficiário deverá exigir sua via. Empréstimos e cartão de crédito são operações diferentes,
portanto exigem contratos específicos. Ao contratar o negócio, o beneficiário deverá apresentar, no
mínimo, o documento de identidade ou carteira nacional de habilitação, ambos com fotografia, e o
CPF.
É vedada a contratação de empréstimos por telefone e também a cobrança da Taxa de Abertura de
Crédito (TAC) ou qualquer outra taxa ou impostos. Para o cartão de crédito é permitida a cobrança de
uma taxa única de emissão no valor de R$ 15,00, com pagamento dividido em até três vezes.
O banco não poderá celebrar contratos com prazo de carência, ou seja, prazo superior a 30 dias para
o início dos descontos.
A margem consignável, que é o valor máximo da renda a ser comprometida, não pode ultrapassar 30% do
valor da aposentadoria ou pensão recebida pelo beneficiário, podendo ser dividida da seguinte forma: 20%
da renda para empréstimos consignados e 10% exclusivamente para o cartão de crédito. O número
máximo de parcelas é de 60 meses.
O beneficiário não está obrigado a obter empréstimo no banco em que recebe o pagamento, podendo
optar pela instituição financeira que oferece menor taxa de juros. Mas para garantir a segurança da
operação, o valor do empréstimo terá que ser creditado diretamente na conta em que a pessoa recebe o
benefício. Caso o pagamento de benefícios seja na modalidade cartão magnético, o depósito deverá ser
feito em conta corrente, na poupança da qual o beneficiário também seja titular ou por meio de ordem
de pagamento depositada preferencialmente na agência ou banco em que o segurado recebe do INSS. O
depósito não poderá ser efetuado em conta de terceiros.
Também para evitar irregularidades, não é possível para os bancos fazer operações com beneficiários de
outros estados: os empréstimos deverão obrigatoriamente ser contratados no estado em que o aposentado
ou pensionista reside e recebe o benefício.
O beneficiário que, a qualquer momento, se sentir prejudicado por operações irregulares ou que identificar
descumprimento do contrato por parte da instituição financeira ou de normas estabelecidas pela IN 28,
deverá registrar sua reclamação no INSS, por meio do sítio eletrônico (www.previdencia.gov.br) ou pela
Central 135. Após o recebimento e análise, a Ouvidoria Geral da Previdência Social encaminhará as
reclamações para a Diretoria de Benefícios do INSS.
A partir do recebimento da reclamação pela Diretoria de Benefícios, as instituições financeiras terão 10
dias úteis para responder. Em caso de irregularidade ou desconto indevido, terão dois dias úteis para
devolver ao beneficiário a quantia descontada. Os valores deverão ser corrigidos com base na variação da
taxa SELIC.
As instituições financeiras são obrigadas a manter a documentação comprobatória do empréstimo ou do
cartão de crédito por cinco anos após a quitação do empréstimo.
Para evitar irregularidades, a Previdência alerta que o aposentado deve se precaver, jamais oferecendo
seu cartão ou a senha do banco a terceiros. Somente deve contratar empréstimo após pesquisar as taxas,
consultando as instituições conveniadas com o INSS. Em caso de dúvida, verificar as regras informadas
na Instrução Normativa 28 ou ligar para a Central 135.
O INSS também orienta aos aposentados e pensionistas que não passem dados pessoais caso alguém
apareça em sua casa prometendo acelerar a liberação do empréstimo e pedindo, para isso, o cartão, a
senha do banco ou outros documentos. A melhor forma de obter um empréstimo é procurar diretamente a
instituição financeira de sua preferência. O INSS nunca oferece crédito e nunca indica instituições
http://www1.previdencia.gov.br/pg_secundarias/paginas_perfis/www.previdencia.gov.br
financeiras. A decisão de contratar empréstimo pessoal e cartão de crédito é do beneficiário. O INSS
somente desconta no valor do benefício o valor que o beneficiário expressamente autorizou.
O INSS nunca entra em contato com o beneficiário por telefone para solicitar informações pessoais nem
passa estas informações às instituições financeiras.
No site do INSS é mantida uma pesquisa das taxas de juros praticadas pelos Bancos conveniados
para a realização de operações de crédito consignado. A tabela contempla o limite estipulado
pelo Ministério da Previdência Social para a prática da taxa de juros do empréstimo consignado
de até 2,50% ao mês, considerando o Custo Efetivo Total CET.
 
Veja abaixo a lista de bancos e as taxas de juros.
Informações atualizadas em 10/11/2008, de acordo com a Instrução Normativa nº 121, de 1º de julho
de 2005, alterada pela Instrução Normativa nº 25, de 07 de janeiro de 2008.
Observação:
A lista não inclui a taxa de juros para cartão de crédito, que é de até 3,50% (Representa o custo
efetivo total – ficando a parte o valor da emissão de cartão que é de R$ 15,00, que pode ser parcelado em
até 3 vezes e o seguro de R$ 3,90, quando solicitado pelo beneficiário no ato da contratação e expresso no
contrato).
É recomendável que o beneficiário solicite a confirmação da taxa antes da contratação desta
modalidade.
Atenção:
De acordo com a Instrução Normativa INSS/PR nº 05, a cobrança da taxa de abertura de crédito (TAC) está
proibida desde 15 de maio de 2006.
Tabela com limite de taxa de juros ao mês igual a 2,50%
(IMPORTANTE: Este limite representa o custo efetivo total da operação de empréstimo – inclusive
IOF).
Resolução MPS/CNPS nº 1.295, de 05/03/2008.
Obs.: Os espaços em branco representam taxas não informadas pelas instituições financeiras. Abaixo
exemplificamos algumas Instituições a consulta é realizadaao quadro com todas as Instituições
credenciadas.
Instituição
financeira
Código Taxas de juros (%) conforme o período escolhido (meses) - de 1 a 15 meses
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
1. Banco
Industrial do
Brasil S/A
604 - - - - - 0,89 - - - - - 2,50 - - -
2. Caixa
Econômica
Federal
104 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 1,69 1,69 1,69 1,69 1,69 1,69 2,16 2,16 2,16
3. Banco do
Brasil
1 - 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 2,16 2,16 2,16
4. Banco Ibi
http://www1.previdencia.gov.br/docs/pdf/IN_121_2005.pdf
http://www1.previdencia.gov.br/docs/pdf/in_25_de-07-01-2008.pdf
http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/38/INSS-PR/2006/5.htm
S/A 63 - - - - - 0,99 - - - - - 2,16 - - -
5. Banco
Real S.A. -
ABN AMRO
356 - - 0,99 0,99 0,99 0,99 1,99 1,99 1,99 1,99 1,99 1,99 2,25 2,25 2,25
6. Banco
Safra
422 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50
 
 
 
2.1. SEGURIDADE SOCIAL
A Lei 8.213 de 24 de Julho de 1.991, atualizado pelas Leis 8.647 de 13 de Abril de 1.993 e Lei 9.876 de 26
de Novembro de 1.999, dispõe sobre as obrigações da Previdência Social em assegurar os meios
indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada,
tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.
Atualizado pela Lei 11.718 de 20 de junho de 2.008 no que tange a atividade rural.
A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos:
I - universalidade de participação nos planos previdenciários;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios;
IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente;
V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo;
VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento
do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo;
VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional;
VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do
governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e
aposentados.
Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS, órgão superior de deliberação colegiada,
que terá como membros:
ü REPRESENTANTES DO GOVERNO FEDERAL
ü REPRESENTANTES DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS
ü REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES EM ATIVIDADE
ü REPRESENTANTES DOS EMPREGADORES
 
 
2.2. COMPETÊNCIAS DO CNPS
Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social proporcionar ao CNPS os meios necessários
ao exercício de suas competências, para o que contará com uma Secretaria-Executiva do Conselho Nacional
de Previdência Social.
Compete ao Conselho Nacional de Previdência Social–CNPS:
I - estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à Previdência Social;
II - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão previdenciária;
III - apreciar e aprovar os planos e programas da Previdência Social;
IV - apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da Previdência Social, antes de sua consolidação
na proposta orçamentária da Seguridade Social;
V - acompanhar e apreciar, através de relatórios gerenciais por ele definidos, a execução dos
planos, programas e orçamentos no âmbito da Previdência Social;
VI - acompanhar a aplicação da legislação pertinente à Previdência Social;
VII - apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas da União,
podendo, se for necessário, contratar auditoria externa;
VIII - estabelecer os valores mínimos em litígio, acima dos quais será exigida a anuência prévia do
Procurador-Geral ou do Presidente do INSS para formalização de desistência ou transigência
judiciais;
IX - elaborar e aprovar seu regimento interno.
 
2.3. SEGURADOS
São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I - Como Empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual,
sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica,
presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e
permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado
em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
d) aquele que presta serviço no Brasil amissão diplomática ou a repartição consular de carreira
estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o
nãobrasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação
previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou
internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo
se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em
empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de
capital nacional;
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União,
Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais;
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a
regime próprio de previdência social;
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil,
salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
 
II - Como Empregado Doméstico:
ü aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta,
em atividades sem fins lucrativos;
 
 
 
 
III - Como Contribuinte Individual:
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em
caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em
área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de
empregados ou por intermédio de prepostos;
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em
caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o
auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou
de ordem religiosa;
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de
previdência social;
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho
de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o
sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e
o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer
natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de
direção condominial, desde que recebam remuneração;
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais
empresas, sem relação de emprego;
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com
fins lucrativos ou não;
 
VI - Como TrabalhadorAvulso:
ü quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural
definidos no Regulamento;
 
VII – Como Segurado Especial:
ü a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que,
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de
terceiros, na condição de:
 
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
 
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;
 
2. de seringueiro ou extrativista vegetal.
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal
meio de vida; e
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo.
 
2.4. ELEGIBILIDADE DO BENEFÍCIO
 
ü A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:
180 contribuições mensais.
III - salário-maternidade para as seguradas, dez contribuições mensais.
Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido em número
de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
ü Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
 
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após
filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e
afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da
Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação,
mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que
mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos aos segurados especiais
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada
doméstica
ü A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.
 
ü A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será
devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-
á paga enquanto permanecer nesta condição.
 
 
ü A aposentadoria por tempo de serviço será devida, cumprida a carência exigida nesta Lei, ao
segurado que completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se do sexo feminino, ou 30 (trinta)
anos, se do sexo masculino. Sendo:
I - para a mulher: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 25 (vinte e cinco)
anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade,
até o máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de
serviço;
II - para o homem: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de
serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, até o
máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 35 (trinta e cinco) anos de
serviço.
ü O professor, após 30 (trinta) anos, e a professora, após 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício
em funções de magistério poderão aposentar-se por tempo de serviço, com renda mensal
correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.
 
ü A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado
que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos.
 
ü A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado
ou não, a contar da data:
I - do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste;
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior;
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida.
 
 
2.5. CÁLCULO DO VALOR DO BENEFÍCIO
O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de
acidente do trabalho, exceto o salário-família e o salário-maternidade, será calculado com base no salário-
de-benefício.
O salário-de-benefício consiste:
I - para os benefícios relativos aaposentadoria por idade ou por tempo de contribuição, na média
aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de
todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário;
II - para os benefícios relativos aaposentadoria por invalidez; aposentadoria especial;
auxíliodoença,e auxílioacidente; na média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.
O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao do limite
máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício.
Serão considerados para cálculo do salário-de-benefício os ganhos habituais do segurado empregado, a
qualquer título, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuições
previdenciárias, exceto o décimo-terceiro salário (gratificação natalina).
Não será considerado, para o cálculo do salário-de-benefício, o aumento dos salários-de-contribuição
que exceder o limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos 36 (trinta e seis) meses
imediatamente anteriores ao início do benefício, salvo se homologado pela Justiça do Trabalho, resultante
de promoção regulada por normas gerais da empresa, admitida pela legislação do trabalho, de sentença
normativa ou de reajustamento salarial obtido pela categoria respectiva.
O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade no momento da aposentadoria, a
expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria e o tempo de contribuição do segurado ao se
aposentar, ponderado pela alíquota de contribuição.
O INSS utilizará as informações constantes no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS sobre os
vínculos e as remunerações dos segurados, para fins de cálculo do salário-de-benefício, comprovação de
filiação ao Regime Geral de Previdência Social, tempo de contribuição e relação de emprego.
A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda
mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.
 
 
 
REAJUSTES
O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário
mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base
no Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística – IBGE.
Nota: Atualmente o reajuste de benefícios até um salário mínimo tem reajuste com base no índice de
variação do IPCA Índice de Preços ao Consumidor Ampliado calculado pelo IBGE Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Benefícios superiores tem reajuste negociado. 
 
DATA DOS PAGAMENTOS
Os benefícios com renda mensal no valor de até um salário mínimo serão pagos no período compreendido
entre oquinto dia útil que anteceder o final do mês de suacompetência e o quinto dia útil do mês
subseqüente, observada a distribuição proporcional dos beneficiários por dia de pagamento.
Os demais serão pagos em datas posteriores de acordo com a sequência numerica do ultimo algarismo
do resgistro do beneficiário.
 
 
2.6. PERMISSÃO DE DEDUÇÕES DOS BENEFICIOS
Podem ser descontados dos benefícios:
I - contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social;
II - pagamento de benefício além do devido;
III - Imposto de Renda retido na fonte;
IV - pensão de alimentos decretada em sentença judicial;
V - mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente reconhecidas, desde
que autorizadas por seus filiados.
VI - pagamento de empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento mercantil
concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, públicas e privadas,
quando expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de trinta por cento do valor do
benefício.
 
2.7. PROCESSAMENTO DAS CONSIGNAÇÕES DE DESCONTOS DO BENEFICIÁRIO DO INSS
A Instrução Normativa INSS/DC 121 de 01 de julho de 2.005,consolidando a Legislação que trata
direta ou indiretamente do assunto de processamento e desconto de parcelas de empréstimos
consignados de beneficiários do INSS, incluindo-se as normas do código de defesa do consumidor,
editou a presente Instrução Normativa.
Ø Podem ser consignados e/ou retidos descontos na renda mensal dos benefícios de aposentadoria
ou de pensão por morte, para pagamento de empréstimos, financiamentos e operações de
arrendamento mercantil, somente após efetiva contratação pelo titular do benefício em favor da
instituição financeira pagadora ou não do benefício, desde que:
I - o desconto, seu valor e o respectivo número de prestações a consignar sejam
expressamente autorizados pelo próprio titular do benefício;
II - a operação financeira tenha sido realizada pela própria instituição financeira ou pela
sociedade de arrendamento mercantil a ela vinculada;
III - a instituição financeira tenha celebrado convênio com o INSS para esse fim;
IV - o somatório dos descontos e/ou retenções consignados para pagamento de
empréstimos, financiamentos ou operações de arrendamento mercantil não exceda, no
momento da efetiva contratação, a trinta por cento do valor do benefício, deduzidas:
ü As consignações obrigatórias, excluindo-se o Complemento Positivo-CP, o
Pagamento Alternativo de Benefício-PAB, e
ü O décimo terceiro salário, correspondente à última competência emitida,
constante no Histórico de Créditos - HISCRE/Sistema de Benefícios-
SISBEN/Internet,
 
Ø O convênio com o INSS para desconto somente será firmado e mantido com a instituição financeira
ou sociedade de arrendamento mercantil que satisfaça, cumulativamente, as seguintes condições:
I - enquadre-se no conceito de instituição financeira, autorizada pelo Conselho Monetário
Nacional, e esteja devidamente autorizada a funcionar como tal pelo Banco Central do Brasil;
II - não esteja em débito na Fazenda Nacional, Estadual e Municipal, inclusive com o
sistema de seguridade social e com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço-FGTS,
devendo manter sua regularidade comprovada por intermédio do Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI/SICAF, e, também, não integrar o
Cadastro Informativo de Créditos não Quitados - CADIN;
III - esteja apta à troca de informações via arquivo magnético, conforme especificações
técnicas constantes do Protocolo de Relacionamento em meio magnético CNAB-Febraban.
 
 
Ø O valor do benefício, a ser considerado para aplicar o limite de trinta por cento é o apurado após as
deduções das seguintes consignações obrigatórias:
I - contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social;
II - pagamento de benefícios além do devido;
III - imposto de renda;
IV - pensão alimentícia judicial;
V - mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente
reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados.
A contratação de empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil de que trata esta Instrução
Normativa, firmada pelos titulares dos benefícios previdenciários, deverá observar os meios que atendam
as normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional.
A instituição financeira ou sociedade de arrendamento mercantil concedente do empréstimo deverá
conservar em seu poder, pelo prazo de cinco anos, a contar da data do término do empréstimo, a
autorização firmada pelo titular do benefício, por escrito ou por meio eletrônico, para o empréstimo,
financiamento ou operação de arrendamento mercantil ou constituição de Reserva de Margem
Consignável - RMC.
Ø As consignações/retenções de que tratam este artigo não se aplicam aos benefícios:
I - concedidos nas regras de acordos internacionais para segurados residentes no exterior;
II - pagos por intermédio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT;
III - pagos a título de pensão alimentícia;
IV - assistenciais;
V - recebidos por meio de representante legal do segurado: dependente, tutelado ou
curatelado;
VI - pagos por intermédio da empresa convenente;
VII - pagos por intermédio de cooperativas de créditos que não possuam contratos para
pagamento e arrecadação de benefícios.
Entende-se por autorização por meio eletrônico para a consignação/retenção/ constituição de Reserva de
Margem Consignável- RMC, nos benefícios previdenciários, aquela obtida a partir de comandos seguros
gerados pela aposição de senha ou assinatura digital do titular do benefício em sistemas eletrônicos
reconhecidos e validados pelo Banco Central ou pelo Conselho Monetário Nacional.
Ø Quando a Instituição utilizar o meio eletrônico deverá dar ciencia das seguintes informações:
I - valor total financiado;
II - taxa efetiva mensal e anual de juros;
III - todos os acréscimos remuneratórios, moratórios e tributários, que
eventualmente incidam sobre o valor financiado, principalmente a Taxa de
Abertura de Crédito - TAC;
IV - valor, número e periodicidade das prestações;
V - soma total a pagar com o empréstimo, financiamento ou operação de
arrendamento mercantil.
 
 
2.7.1. CARTÃO DE CRÉDITO
Os titulares dos beneficios previdenciários do Regime Geral da Previdência Social do INSS poderão constituir
Reserva de Margem Consignável – RMC de até dez por cento do valor do beneficio atualizado para
consignações futuras de descontos e/ou retenções destinadas ao pagamento de emprestimos,
financiamentos ou operações de arrendamento mercantil que sejam operacionalizados por meio de cartão
de crédito, respeitados o limite total de trinta por cento sobre o valor do benefício, observando-se:
I - a constituição da RMC deverá ser autorizada, por escrito ou por meio eletrônico, pelo
titular do benefício;
II - a RMC será processada e identificada pela Empresa de Tecnologia e Informações da
Previdência Social - Dataprev, em rubrica própria;
III - as informações relativas à RMC e aos descontos e/ou retenções destinados ao pagamento
de empréstimos, financiamentos ou operações de arrendamento mercantil, efetuados por
meio de cartão de crédito, serão enviadas pelas instituições financeiras conveniadas, em
arquivo magnético, à Dataprev;
IV - a inclusão de informações relativas aos descontos e/ou retenções implicará na
diminuição proporcional da RMC constituída;
V - caso o valor das parcelas do empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil não
exceda o percentual máximo constituído da RMC, o percentual remanescente desta
permanecerá disponível para a consignação de descontos e/ou retenções operacionalizadas
por meio de cartão de crédito;
VI - a RMC poderá ser desconstituída pelo beneficiário, desde que não remanesçam
operações não liquidadas e o cartão de crédito tenha sido cancelado na instituição financeira;
VII - o titular do benefício, ao constituir a RMC, poderá solicitar o cartão de crédito à
instituição financeira conveniada sem qualquer custo adicionalde manutenção ou anuidade.
Os encargos praticados deverão ser idênticos para todos os beneficários, na mesma Unidade da
Federação, admitindo-se variação somente em função do prazo da operação.
As alterações de encargos deverão ser informadas ao INSS com no mínimo cinco dias úteis de
antecedencia. As Instituições informarem mensalmente o INSS até o quinto dia útil do mês as taxas
praticadas.
A cessão de créditos entre instituições financeiras poderá ser realizada desde que atenda as normas
editadas pelo Conselho Monetário Nacional.
Para a efetivação da consignação/retenção nos benefícios previdenciários, as instituições financeiras e as
sociedades de arrendamento mercantil que firmarem convênio com o INSS deverão encaminhar, até o
segundo dia útil de cada mês, para a Dataprev, arquivo magnético, conforme procedimentos previstos no
Protocolo de Pagamentos de Benefícios em Meio Magnético.
Havendo rejeição de valores, por motivo de alteração de dados cadastrais ou de dados bancários não
informados em tempo hábil à Coordenação-Geral de Orçamento, Finanças e Contabilidade pela instituição
financeira ou sociedade de arrendamento mercantil, o repasse de valores referentes às consignações
efetuadas somente ocorrerá na competência seguinte à regularização do cadastro.
O repasse dos valores referentes às consignações em favor da instituição financeira ou sociedade de
arrendamento mercantil será efetuado pelo INSS até o quinto dia útil da data de início da validade do
crédito do benefício via Sistema de Transferência de Reservas - STR, por meio de mensagem específica,
constante do catálogo de mensagens do Sistema de Pagamentos Brasileiro-SPB, ou crédito em conta-
corrente a ser indicada pela instituição financeira.
Os custos operacionais mencionados serão pagos pela instituição financeira ou sociedade de
arrendamento mercantil à Dataprev, até o 5º dia útil, mediante crédito em conta a ser indicada pela
Dataprev, por expressa autorização do INSS.
Para a instituição financeira que realize o pagamento de benefícios e opte pela modalidade de
retenção, o INSS repassará o valor integral do benefício sendo de sua total responsabilidade o desconto
do valor referente ao pagamento de empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento
mercantil.
O primeiro desconto na renda do benefício dar-se-á no primeiro mês subsequente ao do envio das
informações pelas instituições financeiras para a Dataprev, desde que encaminhadas até o segundo dia útil
do mês subsequente a partir da competência informada pela instituição concessora, desde que posterior
ao envio do arquivo que contenha a informação da consignação. Primeiro deve haver o registroda
consignação e depois o registrodo desconto.
É vedado ao segurado a transferência de seu beneficio para Instituição diversa daquela que o INSS
está repassando os valores enquanto houver parcelas a amortizar. Excetuam-se os casos:
I - quando houver fusão/incorporação bancária, situação em que o benefício será transferido
para a instituição financeira incorporadora;
II - mudança de domicílio, sem que no município de destino exista uma agência da matriz
bancária;
III - encerramento de agência.
Será permitida a transferência do benefício para outro município, mantendo a mesma modalidade, desde
que na microrregião de destino haja agência bancária da instituição financeira que realizou o empréstimo,
financiamento e operação de arrendamento mercantil.
 
 
2.7.2. RECLAMAÇÕES
Na ocorrência de casos em que o segurado apresentar qualquer tipo de reclamação quanto às operações
previstas nesta Instrução Normativa, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:
I - a Agência da Previdência Social - APS, recebedora da reclamação, deverá emitir
correspondência oficial para a instituição financeira ou sociedade de arrendamento
mercantil concessora do empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil, solicitando
o envio da comprovação das informações pertinentes e a comprovação da autorização prévia
e expressa da consignação/retenção/constituição de Reserva de Margem Consignável-RMC,
que poderá ser por escrito ou eletrônica,
II - caso inexista a autorização ou a instituição financeira ou sociedade de arrendamento
mercantil não atenda à solicitação no prazo de até cinco dias úteis da data do
recebimento da correspondência, a APS deverá cancelar a consignação no sistema de
benefícios;
III - a reativação da consignação cancelada deverá ser comandada no Sistema de Benefícios
pela APS, quando da apresentação de documentos que comprovem a existência efetiva do
empréstimo ou da regularização da situação reclamada;
IV - o cancelamento da consignação das operações realizadas por intermédio de cartão de
crédito no PRISMA deverá ser efetivado cancelando o código correspondente à RMC. Somente
deverá ser cancelada a consignação se houver registro de operação ativa;
V - a reativação do disposto no inciso anterior será a que se refere à RMC;
VI - caberá exclusivamente à instituição financeira ou sociedade de arrendamento
mercantil concessora do empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil, a
responsabilidade pela devolução do valor consignado/retido indevidamente, corrigido
monetariamente, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento
da notificação expedida pelo INSS ou da manifestação direta do próprio titular do benefício à
entidade concessora;
VII - quaisquer acertos de valores sobre retenções deverão ser ajustados entre beneficiário
e instituição financeira;
VIII - nos casos de retenções indevidas, a instituição financeira deverá informar
imediatamente à Dataprev o respectivo cancelamento do empréstimo, financiamento ou
arrendamento mercantil.
 
 
2.7.3. INFORMAÇÕES GERAIS
As informações necessárias à consecução das operações poderão ser obtidas:
I - pelos beneficiários, diretamente no site do Ministério da Previdência Social
(www.mps.gov.br), na opção serviços/extratos de pagamentos;
II - pelas instituições financeiras ou sociedade de arrendamento mercantil, valendo-se de
dados fornecidos pelo respectivo beneficiário.
A Dataprev é responsável tanto pelos procedimentos operacionais quanto pela segurança da rotina de
envio dos créditos em favor das instituições financeiras não pagadoras de benefícios.
A instituição financeira ou sociedade de arrendamento mercantil obriga-se a liberar o valor contratado no
prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas após a confirmação da margem consignável pela Dataprev
e a informar ao titular do benefício, no prazo descrito, o local e a data em que o valor do
empréstimo/financiamento será liberado, principalmente quando tal liberação for feita por meio de ordem
de pagamento.
Os descontos e/ou retenções de que tratam esta Instrução Normativa, em nenhuma hipótese, poderão
ultrapassar o limite de trinta por cento do valor do benefício pago, já deduzidas as consignações
previstas.
Aplica-se o limite previsto de trinta por cento mesmo no caso de redução da renda do titular do
benefício durante a vigência do contrato.
O INSS poderá suspender temporariamente o recebimento de novas 
Consignações/retenções/constituição de RMC sem prejuízo das operações já realizadas, caso constate
irregularidades na operacionalização das consignações/retenções/constituição de RMC pela instituição
financeira ou sociedade de arrendamento mercantil, podendo promover a rescisão do convênio se não
forem sanados os motivos determinantes da suspensão, assegurada a ampla defesa e o contraditório.
A instituição financeira ou sociedade de arrendamento mercantil deverá divulgar as regras acordadas no
convênio celebrado aos titulares de benefício que autorizaram as consignações/retenções/constituição de
RMC diretamente em seus benefícios, obedecendo, nos materiais publicitários que fizer veicular, as normas
do Código de Proteção e Defesa do Consumidor
Nas operações que envolvem cartão de crédito, a instituição financeira ou sociedade de arrendamento
mercantil deverá encaminhar

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