Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Enfermagem Clínico-cirúrgica ENFERMAGEM EM ESTOMATERAPIA Hudson Pereira Disciplina: Enfermagem Clínico-cirúrgica Sendo a enfermagem uma atividade profissional, em que os enfermeiros, técnico e auxiliares de enfermagem, prestam cuidados a outras pessoas, o cuidar se torna uma ação inerente à profissão. Para Waldow (1998) cuidar é a nossa prática, que se caracteriza por ações e comportamentos de cuidar, podendo ser considerada uma forma de ser e de se relacionar. Neste sentido, para a autora o processo de cuidar pode ser entendido como um conjunto de ações e comportamentos realizados no sentido de favorecer, manter ou melhorar o processo de viver ou morrer, proporcionando ao paciente a necessidade que apresenta de conforto físico, emocional e espiritual. As funções exercidas pela enfermagem durante a trajetória de sua história multiplicaram-se com o passar do tempo, deixando de ser apenas curativa e ganhando dimensões preventivas e de reabilitação. Para Passos (1996, p.33) “Do simples cuidado direto com o ser humano, ele tornou-se também planejamento, produção e propagação do saber, administração e fiscalização da assistência”. Assim com a multiplicação das funções, e após estudos realizados, evidenciou-se que os cuidados que eram realizados sem um planejamento e sem uma sistematização necessitavam a implementação de um modelo para sistematizar a assistência de enfermagem estada ao paciente. Neste contexto, surge o processo de enfermagem como metodologia assistencial que o enfermeiro utiliza para o planejamento e implementação dos cuidados, sendo aplicada também para o paciente no período perioperatório (FLORIO; GALVÃO, 2003). O procedimento cirúrgico é uma situação estressante para o paciente, ao deparar-se com a mesma é acometido de muitos medos, diante destas características entendemos que a sistematização da assistência de enfermagem perioperatória possibilita a melhoria da qualidade da assistência prestada, “pois se torna um processo individualizado, planejado, avaliado e, principalmente, contínuo...” (GALVÃO; SAWADA; ROSSI, 2002, p. 692 ). O processo de enfermagem é considerado a metodologia de trabalho mais conhecida no mundo (BORK, 2005). De acordo com a Lei do Exercício Profissional nº 7.498, art 11, alínea c, “O enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe: Privativamente: c) planejamento, organização, coordenação e avaliação dos serviços de assistência de enfermagem”. A enfermagem é uma profissão que pode e deve ser desenvolvida em diversos ambientes, e tem sua assistência ofertada desde o atendimento pré-hospitalar até o atendimento post-mortem, sendo inúmeros os assuntos que podemos abordar sobre a assistência de enfermagem e seus locais de atuação, hoje nos ateremos ao que tange a enfermagem nos atendimentos aos pacientes em tratamento clinico e/ou cirúrgico. Atualmente faz-se necessário uma compreensão profunda sobre o processo de cuidar do idoso por meio de conceitos de adulto, idoso, velhice, envelhecimento, geriatria e gerontologia, entendendo o envelhecimento como algo biológico, porém, que tem consequências social, econômico e funcional. Entendendo o impacto do envelhecimento para a pessoa e a sociedade, sabendo diferenciar a velhice normal, patológica e bem sucedida conhecendo as principais características do envelhecer normal e patológico e as doenças crônico-degenerativas prevalentes no idoso. Todo profissional de enfermagem, em especial os graduados, quando exercem suas atividades laborais em unidades de internação cujo, a especialidade seja focada no diagnóstico e tratamento clínico das patologias em adultos, ou seja, sem cirurgia, denominada clinica médica, ou em setor destinado ao atendimento pré e pós-operatório, ou seja, que recebem os pacientes que irão fazer a cirurgia, realizando o preparo, e também aos pacientes que vêm da cirurgia denominada clinica cirúrgica, devem possuir algumas habilidades e conhecimentos específicos para oferecer uma assistência de qualidade aos usuários. Dentro destas competências os profissionais devem conseguir desenvolver técnicas e definir metas voltadas para a assistência de enfermagem ao adulto e idoso hospitalizado, seja em tratamento clínico e/ou cirúrgico, levando em consideração o processo de cuidar, por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), relacionando a fisiopatologia, fatores de risco, causas, prevenção, métodos diagnósticos, sinais e sintomas, tratamento e complicações nas seguintes doenças: hipertensão arterial sistêmica, aterosclerose, angina pectoris, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, edema agudo de pulmão, acidente vascular encefálico, aneurisma cerebral, diabetes mellitus, atelectasia, derrame pleural, pneumonia, insuficiência renal, câncer de colo e reto, doenças inflamatórias de intestino e polipose adenomatosa familiar, artrose e trauma ortopédico (joelho e quadril). Explicar, orientar e informar os pacientes e seus familiares sobre pontos acerca do ambiente cirúrgico e sua estrutura física, algumas terminologias cirúrgicas empregadas aos principais procedimentos e as práticas de segurança para cirurgia segura recomendada pela Organização Mundial da Saúde e protocolos do Ministério da Saúde, realizar consulta de enfermagem, preparo pré- operatório e avaliação de risco cirúrgico. Conhecer as anestesia: tipos, indicações e complicações. No período de recuperação anestésica realizar avaliação pela escala de Aldrete Kroulik, observar complicações (respiratórias, cardiovasculares, dor, náuseas e hipotermia). Conhecer as possíveis respostas humana oriundas do trauma anestésico cirúrgico e no período pós-operatório oferecer assistência de enfermagem na clínica cirúrgica observando ventilação adequada, estabilidade hemodinâmica, dor incisional, integridade do local cirúrgico, náuseas e vômitos, condição neurológica e micção espontânea. Uma das ocasiões que mais ocorrem duvidas, para o paciente e seus familiares, durante a assistência de enfermagem, ocorrem nos momentos em que é necessária lançar mão de terapias de apoio como: Hemotransfusão, Quimioterapia e radioterapia, o uso de tubos, cateteres e drenos de eliminação, sendo necessária uma abordagem antes durante e após a introdução de tais terapias, oferecendo a retirada de duvidas e receios dos pacientes, bem como os informando sobre a indicação dos tratamentos propostos e estadiamento das patologias. Em suma a assistência de enfermagem ao adulto e ao idoso hospitalizado, acometidos por doenças agudas e crônicas, em situação clínica e cirúrgica (pré, trans e pós-operatório), devem ser amparada e baseada em evidencias em bases científicas, metodológicas, éticas e legais, levando em conta um atendimento pautado nas necessidades humanas básicas. Sendo o enfermeiro o principal ator nos cuidados ao doente, e não a doença, constituindo um elo entre a família, paciente e equipe transdisciplinar. Este profissional tem em muitos momentos a incumbência de antever riscos, reações adversas e prognósticas da clientela por ele assistida. Tendo como objetivo geral prestar uma assistência de enfermagem, individualizada e sistematizada, a adultos e idosos hospitalizados, com doenças agudas e crônicas, em situações clínicas e cirúrgicas.
Compartilhar