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Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Máximos e mínimos para funções de várias variáveis reais: Parte I Antonio R. G. Garcia Universidade Federal Rural do Semi-Árido Departamento de Ciências Naturais, Matemática e Estatística 12 de julho de 2020 1 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Máximo e mínimo em A definição Definição Seja f (x , y) uma função a valores reais e seja (x0, y0 ∈ A), com A ⊆ Df . Dizemos que (x0, y0) é um ponto de máximo da f em A, se para todo (x , y) ∈ A, f (x , y) 6 f (x0, y0). Sendo (x0, y0) ponto de máximo de f em A, o número f (x0, y0) será denominado valor máximo de f em A. 2 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Máximo e mínimo global Definição Dizemos que (x0, y0) ∈ Df é ponto de máximo global ou absoluto de f se, para todo (x , y) ∈ Df , f (x , y) 6 f (x0, y0). Diremos, neste caso, que f (x0, y0) é o valor máximo de f . 3 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Máximo e mínimo local Definição Finalmente, diremos que (x0, y0) ∈ Df é ponto de máximo local de f , se existir uma bola aberta de centro (x0, y0) e raio r > 0, isto é, Br (x0, y0) tal que f (x , y) 6 f (x0, y0),∀(x , y) ∈ Br (x0, y0) ∩ Df . 4 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Exemplos Exemplo (0, 0) é ponto de mínimo global de f (x , y) = x2 + y2 e f (0, 0) = 0 é o valor mínimo de f , pois f (x , y) > f (0, 0) = 0, ∀(x , y) ∈ R2. 5 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Exemplos cont. Exemplo Sejam f (x , y) = 2x − y e A o conjunto determinado pelas condições x ≥ 0, y ≥ 0, x + y ≤ 3 e y ≥ x. Estude f com relação a máximo e mínimo em A. 6 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Exemplos cont. Exemplo Seja f (x , y) definida em R2 dada por f (x , y) = { x2 + y2, se x2 + y2 ≤ 4; 1− (x − 3)2 − y2, se x2 + y2 > 4. 7 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Teorema Seja (x0, y0) um ponto interior de Df e suponhamos que ∂f∂x (x0, y0) e ∂f∂y (x0, y0) existam. Nestas condições, uma condição necessária para que (x0, y0) seja um extremante local de f é que ∂f ∂x (x0, y0) = 0 = ∂f ∂y (x0, y0). 8 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Exemplo Seja f (x , y) = x2 + y2. Como Df = R2 é um conjunto aberto, de ∂f ∂x (x , y) = 2x , ∂f ∂y (x , y) = 2y segue que (0, 0) é o único candidato a extremante local. Como f (x , y) > f (0, 0) = 0, ∀(x , y) ∈ R2, resulta que (0, 0) é um ponto de máximo global de f . 9 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Exemplo O único ponto crítico de f (x , y) = x2 − y2 é (0, 0). Verifica-se sem dificuldade que (0, 0) não é extremante local (para uma visualização geométrica, desenhe as interseções do gráfico de f com os pontos yz e xz). O ponto (0, 0) denomina-se ponto de sela. O gráfico desta função tem aspecto de uma “sela de cavalo”: tente desenhá-lo. 10 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Exemplo Seja z = f (x , y), com domínio A = {(x , y) ∈ R2 : x > 0, y > 0}, onde f (x , y) = x2y + 3x. O ponto (0, 0) é um ponto de mínimo de f em A, pois f (x , y) ≥ f (0, 0) = 0,∀(x , y) ∈ A. Como ∂f ∂x (x , y) = 2xy + 3, segue que ∂f ∂x (0, 0) = 3 6= 0. Isto não contradiz o teorema 4, pois ele só se aplica aos pontos interiores da f e (0, 0) não é ponto interior do Df = A. 11 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Teorema Seja f de classe C2 e seja (x0, y0) um ponto interior do domínio da f . Uma condição necessária para que (x0, y0) seja ponto de máximo local é que (x0, y0) seja ponto crítico de f e, além disso, ∂2f ∂x2 (x0, y0) ≤ 0 e ∂2f ∂y2 (x0, y0) ≤ 0. Se ao contrário tivermos ∂2f ∂x2 (x0, y0) ≥ 0 e ∂2f ∂y2 (x0, y0) ≥ 0, teremos uma condição necessária para (x0, y0) ser ponto de mínimo local de f . 12 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Exemplo Determine os candidatos a extremantes locais de f (x , y) = x3 + y3 − 3x − 3y + 4. 13 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Teorema Seja f (x , y) de classe C2 e (x0, y0) um ponto interior de Df . Suponhamos que (x0, y0) seja ponto crítico de f . Então i) Se ∂2f ∂x2 (x0, y0) > 0 e H(x0, y0) > 0, então (x0, y0) será ponto de mínimo local de f ; ii) Se ∂2f ∂x2 (x0, y0) < 0 e H(x0, y0) > 0, então (x0, y0) será ponto de máximo local de f ; iii) Se H(x0, y0) < 0, então (x0, y0) não será extremante local, neste caso, (x0, y0) será ponto de sela; iv) Se H(x0, y0) = 0, nada podemos afirmar. 14 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Exemplo Seja f (x , y) = x3 + y3 − 3x − 3y + 4. Estude f quanto aos pontos de máximo e mínimo local. 15 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Exemplo Seja f (x , y) = 3x4 + 2y4. Calcule os pontos críticos de f e estude quanto a máximo e mínimo local. 16 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local Exemplo Deseja-se construir uma caixa, sem tampa, com a forma de um paralelepípedo retângular e com 1m3 de volume. O material a ser utilizado nas laterais custa o triplo do que será usado no fundo. Determine as dimensões da caixa que minimiza o custo do material. 17 Pontos de máximo e ponto de mínimo Condições necessárias para que um ponto interior ao Df seja um extremante local de f Uma condição suficiente para um ponto crítico ser extremante local
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