4 Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e da Gestão

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15/07/2020 Urgência e emergência no SUS: história e marcos legais
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Urgência e emergência no SUS: história e
marcos legais
a- A A+ Alto
contraste
Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e da Gestão
A regulamentação do Pacto pela Saúde surge a partir de compromisso firmado entre os gestores
do SUS, com ênfase no processo e organização do sistema sob a forma de rede como estratégia
para consolidar os princípios de universalidade, integralidade e equidade, efetivado através de três
dimensões (BRASIL, 2006b):
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Fonte: (BRASIL, 2006b).
O Pacto pela Saúde 2006 mudou a forma de pagamento das ações e serviços de saúde por
produção e alocação dos recursos federais em cinco blocos:
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Fonte: (BRASIL, 2006b).
Logo após a regulamentação das diretrizes do Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e da Gestão, foi
aprovada a Política Nacional de Regulação do SUS, agregando a central de regulação médica de
urgência “192” à Regulação do Acesso à Assistência (BRASIL, 2008b).
Dando prosseguimento às propostas do Pacto da Gestão do SUS, estabeleceram-se as diretrizes
técnicas para regionalização da Rede Nacional SAMU “192”. Também, foi incorporada a
“motolância'' a este serviço (BRASIL, 2008c, 2008d). A partir desse momento, houve indução
federal para a implementação do SAMU em caráter regional.
Avançando-se no processo de implementação da PNAU, surgiu a Portaria nº 2.922, de 2 de
dezembro de 2008, que estabeleceu as diretrizes para o fortalecimento de organização de redes
loco-regionais de atenção integral às urgências, através da implantação/adequação das Unidades
de Pronto Atendimento (UPAs) e das Salas de Estabilização (SEs), as quais são estruturas de
complexidade intermediária entre as unidades básicas de saúde/unidades de saúde da família e a
rede hospitalar; e como tais estruturas deveriam compor uma rede organizada de atenção às
urgências, com pactos e fluxos previamente definidos (BRASIL, 2008e).
As UPAs têm como objetivo garantir o acolhimento aos pacientes que a elas recorram, intervir em
sua condição clínica e contrarreferenciá-los para a rede de atenção à saúde, para a rede
especializada ou para internação, proporcionando uma continuidade do tratamento com impacto
positivo no quadro de saúde individual e coletivo da população. Já as Salas de Estabilização têm
o objetivo de dar suporte ao SAMU e/ou à Cadeia de Manutenção da Vida e se destinam a
configurar pontos de apoio ao atendimento, transporte e/ou transferência de pacientesMenu Marcar Recomeçar
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt2922_02_12_2008_comp.html
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críticos/graves nas localidades onde o SAMU tem caráter regional, em locais/municípios com
grande extensão territorial de característica rural ou municípios com isolamento geográfico de
comunidades (BRASIL, 2008e, 2011d).
Desde a publicação da portaria supracitada, foram instituídos instrumentos normativos sobre as
UPAs e SEs, alguns revogados, outros vigentes, conforme apresentado na linha do tempo a seguir.
(Clique nas imagens para expandir o conteúdo )
2008
 
2009
 
2011
Estabelece diretrizes para o fortalecimento e implementação do componente
de "Organização de redes loco-regionais de atenção integral às urgências" da
Política Nacional de Atenção às Urgências (BRASIL, 2008e). Clique aqui para
acessar.
Estabelece diretrizes para a implantação do componente pré-hospitalar fixo
para a organização de redes locorregionais de atenção integral às urgências em
conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências (BRASIL, 2009).
Clique aqui para acessar.
Estabelece diretrizes para a implantação do componente Unidades de Pronto
Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas da Rede
de Atenção às Urgências, em conformidade com a Política Nacional de Atenção
às Urgências (BRASIL, 2011e). Clique aqui para acessar.
Estabelece diretrizes e cria mecanismos para a implantação do componente
Sala de Estabilização (SE) da Rede de Atenção às Urgências (BRASIL, 2011d).
Clique aqui para acessar.
Redefine as diretrizes para implantação do Componente Unidade de Pronto
Atendimento (UPA 24h) e do conjunto de serviços de urgência 24 (vinte e
quatro) horas da Rede de Atenção às Urgências, em conformidade com a
Política Nacional de Atenção às Urgências (BRASIL, 2011f). Clique aqui para
acessar.
Dispõe sobre o incentivo financeiro de investimento para o Componente
Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência
24 horas da Rede de Atenção às Urgências, em conformidade com a Política
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt2922_02_12_2008_comp.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1020_13_05_2009_comp.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1601_07_07_2011_rep.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2338_03_10_2011.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2648_07_11_2011.html
15/07/2020 Urgência e emergência no SUS: história e marcos legais
https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/603 8/10
 
2013
 
2014
 
2015
 
2017
Nacional de Atenção às Urgências (BRASIL, 2011g). Clique aqui para acessar.
Dispõe sobre o incentivo financeiro de custeio para o Componente Unidade de
Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas
da Rede de Atenção às Urgências, em conformidade com a Política Nacional de
Atenção às Urgências (BRASIL, 2011h). Clique aqui para acessar.
Redefine as diretrizes para implantação do Componente Unidade de Pronto
Atendimento (UPA 24h) e do conjunto de serviços de urgência 24 (vinte e
quatro) horas não hospitalares da Rede de Atenção às Urgências e
Emergências (RUE), em conformidade com a Política Nacional de Atenção às
Urgências, e dispõe sobre incentivo financeiro de investimento para novas UPA
24h (UPA Nova) e UPA 24h ampliadas (UPA Ampliada) e respectivo incentivo
financeiro de custeio mensal (BRASIL, 2013b). Clique aqui para acessar.
Altera a Portaria nº 342/GM/MS, de 4 março de 2013, que redefine as diretrizes
para implantação do Componente Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h)
em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências, e dispõe
sobre incentivo financeiro de investimento para novas UPA 24h (UPA Nova) e
UPA 24h ampliadas (UPA Ampliada) e respectivo incentivo financeiro de custeio
mensal; e dá outras providências (BRASIL, 2014). Clique aqui para acessar.
Acresce o art. 14-A à Portaria nº 342/GM/MS, de 4 março de 2013, que redefine
as diretrizes para implantação do Componente Unidade de Pronto Atendimento
(UPA 24h) em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências,
e dispõe sobre incentivo financeiro de investimento para novas UPA 24h (UPA
Nova) e UPA 24h ampliadas (UPA Ampliada) e respectivo incentivo financeiro
de custeio mensal; e dá outras providências (BRASIL, 2015). Clique aqui para
acessar.
Redefine as diretrizes de modelo assistenciale financiamento de UPA 24h de
Pronto Atendimento como Componente da Rede de Atenção às Urgências, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2017a). Clique aqui para acessar.Menu Marcar Recomeçar
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2820_28_11_2011.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2821_28_11_2011.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0342_04_03_2013.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt2740_09_12_2014.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt0678_03_06_2015.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0010_03_01_2017.html
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Todos esses instrumentos estão relacionados a temas como (BRASIL, 2009, 2011d, 2011e, 2011f,
2011g, 2011h):
construção de unidades novas e adequação (reforma e/ou ampliação) de unidades
existentes, que possuem CNES de estabelecimentos compatíveis com a urgência e
emergência;
classificação das UPAs de acordo com a população dos municípios-sede;
capacidade instalada (área física);
número de leitos;
gestão de pessoas;
capacidade diária de realizar atendimentos médicos;
aporte financeiro para implantação/implementação de UPAS e SE em todo o território
nacional.
É oportuno registrar que em relação à infraestrutura e atividades prestadas, as UPAs são
semelhantes às Unidades Não Hospitalares de Atendimento às Urgências (UNHAU), porém com
programa arquitetônico específico, criado pelo Ministério da Saúde (de maneira concorrente,
conforme Artigo 24 da Constituição Federal de 1988) e validado pela Anvisa. As UPAs foram
implantadas por meio da Portaria Nº 2.048, de 05 de novembro de 2002, que também define as
Salas de Estabilização (SEs) (BRASIL, 2001a, 2001b).
A diferença entre as UPAs e as UNHAU é que as UPAs estão vinculadas à rede SAMU. A UPA 24
horas é um programa do Ministério da Saúde, assim, possui regramento específico para admitir a
habilitação de uma unidade. Esse regramento não precisa ser cumprido nas unidades de
urgências não hospitalares, como prontos-socorros e prontos-atendimentos que não fazem parte
do programa tripartite.
Atenção
Dispõe sobre as transferências, fundo afundo, de recursos financeiros de
capital ou corrente, do Ministério da Saúde a Estados, Distrito Federal e
Municípios destinados à execução de obras de construção, ampliaçãoe reforma
(BRASIL, 2017b). Clique aqui para acessar.
Consolidação das normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde (BRASIL,
2017c). Clique aqui para acessar.
Consolidação das normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos
federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde
(BRASIL, 2017d). Clique aqui para acessar.
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http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/20792104/do1-2017-02-07-portaria-n-381-de-6-de-fevereiro-de-2017-20791958
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0003_03_10_2017.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0006_03_10_2017.html
15/07/2020 Urgência e emergência no SUS: história e marcos legais
https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/603 10/10
Pode-se sintetizar que o arcabouço jurídico desse período mostra avanço no processo de
regionalização e na proposta de descentralização dos processos administrativos relativos à
gestão, com responsabilidade compartilhada no planejamento regional, na organização das
ações e dos serviços de forma integrada entre os pontos de atenção às urgências.
Uma característica importante desse ciclo foi a ampliação do acesso às urgências por meio da
expansão das portas de entrada do SUS na área de urgência e emergências mediante as UPAs e
SEs. A implantação/implementação desses serviços foi uma política desse período. Houve
mudanças na forma de custeio das ações e serviços no SUS, que passaram a ser em blocos e por
resultados sanitários.
 
 
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