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Olá, Alan Rodrigues de Souza ! Urgência e emergência no SUS: história e marcos legais a- A A+ Alto contraste Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU) Em 2003, foi aprovada a primeira Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU), implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão (BRASIL, 2003a). Essa Política é composta pelos sistemas de atenção às urgências estaduais, regionais e municipais, organizados com o objetivo de (BRASIL, 2003a): garantir a universalidade, equidade e a integralidade no atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas às causas externas (traumatismos não intencionais, violências e suicídios); consubstanciar as diretrizes de regionalização da atenção às urgências; desenvolver estratégias promocionais da qualidade de vida e saúde capazes de prevenir agravos, proteger a vida, educar para a defesa da saúde e recuperar a saúde; fomentar, coordenar e executar projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde, de caráter urgente e transitório; contribuir para o desenvolvimento de processos e métodos de coleta, análise e organização dos resultados das ações e serviços de urgência, permitindo que a partir de seu desempenho seja possível uma visão dinâmica do estado de saúde da população e do desempenho do SUS em seus três níveis de gestão; integrar o complexo regulador do SUS, promover intercâmbio com outros subsistemas de informações setoriais, implementando e aperfeiçoando permanentemente a produção de dados e a democratização das informações com a perspectiva de usá-las para alimentar estratégias promocionais; qualificar a assistência e promover a capacitação continuada das equipes de saúde do SUS na atenção às urgências, de acordo com os princípios da integralidade e humanização (BRASIL, 2003a). 50% visualizado Comentários desta página 8 Marcar esta página Recomeçar Tópicos Lista de siglas Você conhece a história da estruturação da Atenção às Urgências no Brasil? O que aconteceu na área de urgência e emergência após a criação do SUS? Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU) Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e da Gestão https://kami.sabertecnologias.com.br/logout https://ava-unasus.sabertecnologias.com.br/course/view.php?id=6 https://kami.sabertecnologias.com.br/6 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_urgencias.pdf https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/1778 https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/600 https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/601 https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/602 https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/603 A PNAU foi instituída por meio dos seguintes eixos estruturantes (BRASIL, 2003a): Primeiro eixo estruturante - Estratégias promocionais de qualidade de vida Segundo eixo estruturante - Organização de redes loco-regionais Terceiro eixo estruturante - Instalação e Operação das Centrais de Regulação Médica das Urgências Quarto eixo estruturante - Capacitação e educação continuada das equipes Quinto eixo estruturante - Humanização da atenção Concomitantemente à aprovação da PNAU, foi publicada a Portaria nº 1.864, de 29 de setembro de 2003, que instituiu o Componente pré- hospitalar móvel previsto na PNAU por meio da implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU) com suas centrais de regulação de urgências (192) e seus Núcleos de Educação em Urgências em municípios e regiões de todo o território brasileiro, como primeira etapa da implantação da PNAU (BRASIL, 2003b). Saiba mais Você sabe qual a diferença entre o pré-hospitalar fixo e o móvel? De acordo com o Regulamento Técnico dos Sistemas de Atenção às Urgências: A Portaria nº 1.864 estabeleceu os parâmetros de cobertura populacional para alocação de ambulâncias e de recursos financeiros, para aquisição de materiais e equipamentos das ambulâncias, para central de regulação médica e urgência, para estruturação de laboratórios de ensino em procedimentos de saúde e para capacitação no NEU, e para o acompanhamento e avaliação das ações do APH móvel por intermédio da apresentação trimestral de casuísticas e de indicadores de desempenho; e as responsabilidades dos Estados na organização da atenção às urgências (BRASIL, 2003b). Possibilitou que os municípios e estados que possuíssem serviços de APH móvel e central SAMU “192” em conformidade com a Portaria nº 2.048, de 05 de novembro de 2002 (ver páginas 7 a 11, 13 a 36 e 7 a 121), Pré-hospitalar móvel na área de urgência Pré-hospitalar fixo na área de urgência Rede de Atenção à Saúde (RAS) Considerações finais Referências http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2003/prt1864_29_09_2003.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_urgencias.pdf https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/604 https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/605 https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/606 deixassem de apresentar faturamento de serviços com base na tabela do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS) e passassem a ser custeados por meio de repasse mensal regular e automático fundo a fundo (BRASIL, 2002b, 2003b). Também determinou a formalização dos Comitês Gestores dos Sistemas de Atenção às Urgências nos âmbitos estadual, regional e municipal, com o objetivo de monitorar, avaliar e discutir os indicadores produzidos na rede assistencial de atenção às urgências e corrigir possíveis distorções nos Planos Estaduais de Atenção às Urgências (BRASIL, 2003b). Após implantação do SAMU, com suas Centrais de Regulação de Urgências (192) como primeiro componente da PNAU, foram instituídas pelo Decreto nº 5.055, de 27 de abril de 2004, cinco Portarias Ministeriais (BRASIL, 2004a): Portaria nº 1.828, de 02 de setembro de 2004; (BRASIL, 2004b) Portaria nº 1.927, de 15 de setembro de 2004; (BRASIL, 2004c) Portaria nº 1.929, de 15 de setembro de 2004; (BRASIL, 2004d) Portaria nº 2.657, de 16 de dezembro de 2004. (BRASIL, 2004d) Tais instrumentos jurídicos são focados no repasse de recursos financeiros e nas diretrizes para a implantação/implementação dos serviços em todo o território brasileiro (BRASIL, 2004a, 2004b, 2004c, 2004d, 2004e). Em âmbito nacional, foi instituído o Comitê Gestor Nacional de Atenção às Urgências, por meio da Portaria nº 2.072/GM, de 30 de outubro de 2003 (BRASIL, 2003c). Também constituiu-se o Grupo Técnico (GT), visando a avaliar e recomendar estratégias de intervenção do SUS para abordagem dos episódios de morte, por meio da Portaria MS/GM nº 2.420, de 9 de novembro de 2004 (BRASIL, 2004f). Observa-se, pela quantidade de instrumentos normativos relacionados à implantação/implementação do SAMU e de suas centrais “192” e pelos incentivos financeiros para operacionalizações desses serviços, que o SAMU foi, sem dúvida, uma política desse período. Percebe-se que as mudanças propostas neste ciclo são fortemente influenciadas pelas propostas da I Conferência Mundial de Promoção da Saúde, realizada em 1986 no Canadá (Carta da Ottawa) e pela IX Conferência Nacional de Saúde, em 1992 (BRASIL, 2002c, 2008a; CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 1992). Realmente, esse ciclo foi um marco na reestruturação da atenção às urgências no Brasil, mas, como as NOAS estavam pautadas em critérios de habilitação rígidos para financiamento das ações e serviços de saúde, a implementação desse arcabouço jurídico foi bem diversificada em todo o território brasileiro, levando alguns estados e municípios a perpetuarem o modelo de atenção às urgências centrado nos serviços que funcionavam 24 horas e hospitais com atenção pontual e fragmentada. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_urgencias.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5055.htm http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt1828_02_09_2004.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt1927_15_09_2004.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt1929_15_09_2004.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt2657_16_12_2004.htmlhttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2003/prt2072_30_10_2003.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt2420_09_11_2004.html Então, podemos sintetizar que o arcabouço jurídico desse período mostra um avanço na regionalização, na reestruturação dos sistemas de atenção às urgências e emergências e no enfrentamento das urgências. Esse período tem uma forte orientação para a construção de banco de dados na área de urgências, com o objetivo de diagnosticar as necessidades das urgências nos territórios sociais para o planejamento estratégico sustentado por políticas públicas orientadas pela equidade e permeadas pela ideia da promoção intra e intersetorial da saúde. Três características inovadoras foram fundamentais na área de urgências e emergências (BRASIL, 2002b): Observa-se uma imensa quantidade de instrumentos normativos relacionados à implantação e implementação do SAMU e de suas centrais 192 e aos incentivos financeiros para a operacionalização desses serviços. Nesse momento, responsabiliza-se toda a rede assistencial pelo acolhimento dos pacientes com condições agudas ou crônicas agudizadas por meio do acolhimento e classificação de risco. Pausa para o debate Você já precisou se comunicar com um serviço de urgência devido algum caso de demanda espontânea na Atenção Básica? Como se deu essa comunicação? Foi efetiva? Conte-nos sua experiência no fórum. Clique aqui para acessar. https://ava-unasus.sabertecnologias.com.br/mod/octopus/thread.php?id=702&thread_id=386 https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/601?action=prev https://kami.sabertecnologias.com.br/6/1/603?action=next
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