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TOPICOS ESPECIAIS DA CIENCIA DO DIREITO

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QUESTÃO 01 :
Gusmão (2011) afirma de diversas formas que o direito positivo é direito vigente, histórico, efetivamente observado, passível de ser imposto coercitivamente, encontrado em leis, códigos, tratados internacionais, costumes, resoluções, regulamentos, decretos, decisões dos tribunais, etc. É o direito terminável na história de um país com pouca margem de erro, por se encontrar em documentos históricos. É o direito vigente ou que teve vigência.
Assim sendo, julgue as afirmativas a seguir:
1. O direito objetivo pode ser compreendido como norma obrigatória, ou como o conjunto destas, ou ainda o direito em seu sentido objetivo.
2. São as normas jurídicas obrigatórias, garantidas pelos aparelhos policiais e judiciais do Estado, no caso do direito nacional e pelas organizações internacionais, no caso do direito internacional e tem como exemplos, o Código Penal, ou qualquer norma desse código, os Códigos de Processo, o Código Civil, bem como qualquer uma de suas regras.
3. Em sendo, após estabelecido o que entendemos por direito, por direito positivo e por direito objetivo, tentaremos distingui-lo da moral e da ética, posto que, durante muito tempo, estes três termos foram tidos como sinônimos ou complementos ou intrinsecamente ligados.
4. Nesse sentido temos, por exemplo os códigos antigos onde se pode encontrar não só preceitos jurídicos, como, também, prescrições morais e religiosas. Isto porque, no direito desse tempo ainda não havia autonomia, talvez porque, coformeRoubier (1951), “nas sociedades antigas, a severidade dos costumes e a coação religiosa permitiram obter espontaneamente o que o direito só conseguiu mais tarde”, com muita coerção.
5. Os próprios romanos, organizadores do direito, definindo-o sob a influência da filosofia grega, consideraram-no como ars boni et aequi. Todavia, o grande jurisconsulto Paulo, talvez compreendendo a particularidade do direito, sustentou que non omne quod licethonestum est (o permitido pelo direito nem sempre está de acordo com a moral).
A alternativa que corresponde às afirmativas verdadeiras, é:
a) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras
b) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras
c) Todas as afirmativas são verdadeiras
d) Nenhuma afirmativa é verdadeira
e) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras
QUESTÃO 02 :
De fato, somente na Idade Moderna e, mais especificamente, durante o Iluminismo, a distinção entre direito e moral começou a ser desenvolvida por Kant e depois Thomasius, em 1713, que, partindo da consideração da coercibilidade como a marca do direito, não o confundiu com os deveres morais, por considerá-los incoercíveis, em contraposição aos jurídicos, que seriam coercíveis.
Nesse sentido é correto afirmar que,
a) Kant atribuiu à moral o julgamento dos motivos, das resoluções, da intenção e da consciência, enquanto ao direito, a disciplina da conduta exterior do homem e das manifestações da vontade.
b) Por isso, diz Kant, o direito não é coercitivo, enquanto a moral, é.
c) Contra Kant, podemos dizer que no direito penal a intenção não é levada em conta.
d) No direito civil, contrato e testamento não são interpretados em função da vontade declarada nem da intenção do contratante ou do testador.
e) No plano da Teoria Geral do Direito, uma escola, “escola de exegese”, sustentou que na interpretação da lei não se deve indagar a intenção do legislador.
QUESTÃO 03 :
Não obstante, diversos juristas citados por Gusmão (2011, p. 70) como Jellinek, entre outros, definiram o direito como o mínimo ético. Petrone foi mais além, considerando-o “precipitado histórico da moral”. Maggiore, seguindo essa linha, compreendeu-o como a petrificação da moral. Ripert e Josserand comungavam dessa posição. Ripert (La Régle Moraledansles Obligations Civiles, 1925) chega a dizer: “entre a regra moral e a jurídica inexiste diferença de domínio, de natureza e de finalidade”. E continua afirmando que há uma diferença formal: a regra jurídica é a regra moral imposta mais energicamente, dotada de sanção exterior, necessária a atingir o seu objetivo. Contudo, Ripert acrescenta que o direito só pode aperfeiçoar-se se continuamente receber a influência da moral, que é a sua origem e lhe serve de fundamento.
Após a leitura do texto acima, marque a opção em que a afirmativa é incorreta:
a) Em defesa dessa mesma posição, Timasheff pensa ser o direito a moral imposta pelo poder, enquanto J. Freund considera o direito resultante da dialética entre política e ética.
b) Diferentemente dos autores anteriores, DeI Vecchio indicou a coercibilidade e bilateralidade como elementos que o distingue da moral e continua, afirmando que o direito enlaça-se com deveres, enquanto a moral só impõe deveres. (idem).
c) Para nós, a coercibilidade e a bilateralidade são, de modo geral, notas específicas ao direito.
d) É incompatível com a moral o constrangimento; o dever moral deve ser observado voluntariamente, enquanto o constrangimento é essencial ao direito.
e) A consciência, a vontade e a intenção em si não são incontroláveis juridicamente. A sanção jurídica é igual à sanção moral.
QUESTÃO 04 :
O dever moral não é exigível por ninguém, reduzindo-se a dever de consciência, ao tu deves, enquanto o dever jurídico deve ser cumprido sob pena de sofrer o devedor os efeitos da sanção organizada, aplicável pelos órgãos especializados da sociedade. Assim, no direito, o dever é exigível, enquanto na moral, não. Entretanto, não é só, pois, enquanto o direito é heterônomo, por ser imposto ou garantido pela autoridade competente, mesmo contra a vontade de seus destinatários, a moral é autônoma, pois é imposta pela consciência ao homem. Destarte, podemos dizer que o direito, se não respeitado voluntariamente, poderá sê-lo pela intervenção dos aparelhos policial e judiciário, o que não ocorre com a moral, que exige a observância espontânea, voluntária, de seus preceitos.
Nesse sentido é correto afirmar que,
a) regras morais, como, por exemplo, não matar, não furtar, respeitar os mortos, os túmulos, o culto e os símbolos sagrados, não são impostas pela norma penal, nem pelo direito privado, tampouco o é no direito de família.
b) As regras jurídicas que proíbem o enriquecimento sem causa; a regra que veda o ato emulativo, isto é, o exercício do direito só para prejudicar outrem e o abuso do direito; a que proíbe a transmissão de mais direito que tem o titular; a que proíbe causar dano injusto a outrem; bem como a obrigação natural tutelada indiretamente pelo direito, isto é, a obrigação não mais exigível pelo credor por ter ocorrido a prescrição, bem como a dívida de jogo, são exemplos de deveres morais tutelados pelo direito obrigacional, porque, não podendo ser exigida no Judiciário a observância dessas obrigações, se espontaneamente pagas,  irrestituível é o que for pago.
c) No direito público, a obediência à autoridade legítima, alicerce da ordem política, não tem origem moral.
d) Os princípios fundamentais da justiça segundo a Civilização Ocidental, oriundos dos romanos, neminemlaedere (não causar prejuízo a ninguém) e suum cuique tribuere (dar a cada um o que lhe é devido), não têm origem ética.
e) A noção de boa-fé, pressuposta em todas as relações jurídicas, é, antes de ser jurídica, noção moral. Portanto, o direito é indiferente à moral. Por serem distintos, a moral não exerce influência sobre o direito.
QUESTÃO 05 :
Mas nem todas as prescrições morais são tuteladas pelo direito, pois, se o fossem, o direito seria a imposição, pelo poder social, da moral de uma época, civilização ou sociedade. Muitas das prescrições morais, que não são essenciais à paz, à segurança e ao convívio sociais, não se encontram no direito.
Assim, é incorreto afirmar que,
a) é extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas três áreas de conhecimento se distinguem, porém têm grandes vínculos e até mesmo sobreposições.
b) Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam.c) A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir o seu bem-viver.
d) A Moral depende das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral comum.
e) O Direito busca estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado.
QUESTÃO 06 :
As leis tem uma base territorial, elas valem apenas para aquela área geográfica onde uma determinada população ou seus delegados vivem. O Direito Civil, que é referencial utilizado no Brasil, baseia-se na lei escrita. A Common Law, dos países anglo-saxões, baseia-se na jurisprudência. As sentenças dadas para cada caso em particular podem servir de base para a argumentação de novos casos. O Direito Civil é mais estático e a Common Law mais dinâmica.
Em sendo, é correto afirmar que,
a) De acordo com Goldim (2013), alguns autores afirmam que o Direito é um subconjunto da lei.
b) Esta perspectiva pode gerar a conclusão de que toda a lei é moralmente inaceitável.
c) Inúmeras situações demonstram a existência de conflitos entre a Moral e o Direito.
d) A desobediência civil ocorre quando argumentos morais levam uma pessoa a acatar uma determinada lei.
e) A Ética é o estudo geral do que é bom. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e não pelo Direito.
QUESTÃO 07 :
Segundo GUSMÃO (2011, p. 72), alguns juristas, seguindo a tradição que vem desde Roma, identificaram a equidade com o direito natural. Os romanos tinham sempre presente a aequitasnaturalis, chegando a afirmar que quod semperbonum et aequum est, jus dicitur (o direito é sempre o que é bom e equitativo).
Outros compreenderam a equidade como noção moral.
Para Gagliano (2006) uma das fontes do Direito é a equidade e, no Direito Civil a doutrina tem dividido as decisões que se valem da equidade de formas distintas, relacionadas a seguir:
a) Decisão com equidade: é toda decisão que pretende estar de acordo com o direito, direito enquanto ideal supremo de justiça;
b) Decisão por equidade: tem por base a consciência e percepção de justiça do julgador, que não precisa estar preso a regras de direito positivo e métodos preestabelecidos de interpretação e;
c) Decisão utilizando a equidade como meio supletivo de integração e interpretação de normas: neste caso a decisão é proferida no sentido de encontrar o equilíbrio entre norma, fato e valor (aplicação do direito ao caso concreto), nas situações em que há contradição entre a norma legal e a realidade, gerando uma lacuna.
d) Todas as alternativas acima;
e) Somente as alternativas a e c.
QUESTÃO 08 :
Sobre a equidade, marque a opção que faz a correspondência verdadeira:
a) Maggiore (DirittoPenale apud GUSMÃO, 2011) a posicionou nos limites da moral com o direito, como forma de possibilitar o retorno do direito (moral petrificada, codificada) ao seio de sua inesgotável fonte: a moral histórica.
b) Contudo, Windscheid (DirittodellePandette apud GUSMÃO, 2011) destaca para nós, a equidade, que entre os romanos teve grande influência na época dos pretores, e, atualmente, tem grande valor na Inglaterra, onde o LordChancellor, com base nela, pode negar a aplicação de uma norma jurídica, a equidade, dizíamos, é a justa aplicação da norma jurídica geral ao caso concreto que impede a transformação do summum jus em summa injuria.
c) Nesse sentido, Gusmão (2011, p. 72) pensa ser a equidade a adaptação do direito ao fato, aproximando-se, assim, de certa forma, do pensamento de Aristóteles (Ética), que a vê como “o meio de corrigir a lei”, aplicando-a com justiça ao caso concreto. Outros entenderam-na como o sentimento do justo, provocado no juiz pelo caso sub judice. Há quem a identifique com as noções de humanidade, clemência, moderação e mitigação.
d) Essa é a equidade secundumleges, que consiste na injusta concretização do preceito ilegal, de grande valor na aplicação do direito.
e) Ao lado dela está a equidade contra legem, que conflita com o direito positivo, correspondendo aos velhos ideais históricos da justiça. Nesse caso, a equidade não é a adaptação do ideal de justiça de uma época a um caso concreto.
QUESTÃO 09 :
No caso de lacuna, quando o juiz não encontra nos princípios gerais do direito o princípio aplicável ao caso novo, a ele submetido a julgamento, a equidade de que se deve socorrer o juiz é a praeterlegem correspondente ao ideal histórico de justiça, ainda não presente no direito positivo.
Temos, assim, a Equidade como instrumento de integração de lacunas. Nesse sentido, é incorreto afirmar que,
a) O termo equidade deriva do termo grego επιεικέια, e tem origem no pensamento de Aristóteles.
b) Nos dias atuais, a equidade é por vezes reconhecida como fonte de direito, em alguns ordenamentos jurídicos, e como instrumentos de integração em outros.
c) O ordenamento jurídico brasileiro faz menção genérica ao uso da equidade, seja como fonte de direito, seja como instrumento integrador.
d) O art. 4º da LICC não prevê a possibilidade do uso da equidade em casos de omissões legislativas, restringindo-se ao uso da analogia, costumes e princípios gerais de direito.
e) No entanto, o art. 5º desse mesmo dispositivo legal diz que, “na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”.
QUESTÃO 10 :
A justiça, no pensamento aristotélico, é compreendida como uma virtude, e como tal, localiza-se no meio-termo (mesotés). Ela se difere das demais virtudes e se coloca em posição superior por ser uma virtude que manifesta na aplicação da excelência moral em relação às outras pessoas, não em relação a si mesmo.
Nesse sentido, é incorreto afirmar que,
a) O Filósofo, no Livro V da Ética a Nicômaco, trata da dikayosyne (justiça) e da aidikía (injustiça), dizendo que nas pessoas, a primeira é a “disposição da alma que graças à qual elas dispõem a fazer o que é justo, a agir justamente e a desejar o que é justo; de maneira idêntica, diz-se que a injustiça é a disposição da alma de graças à qual elas agem injustamente e desejam o que é injusto”.
b) Introdutoriamente, considerando a justiça e a injustiça, indaga, pretendendo demonstrar sobre “quais são as espécies de ações com as quais elas se relacionam, que espécie de meio-termo é a justiça, e entre que extremos o ato justo é o meio-termo”
c) A justiça é considerada como a maior das virtudes, pois esta visa o “bem do outro”, relacionando-se com o próximo.
d) Aristóteles, citando as Elegias de Têognis, diz que “nem a estrela vespertina nem a matutina é tão maravilhosa (...); na justiça se resume toda excelência”
e) Nas palavras de Aristóteles: A justiça é a forma imperfeita de excelência moral porque ela é a prática efetiva da excelência moral perfeita. Ela é imperfeita porque as pessoas que possuem o sentimento de justiça podem praticá-la não somente a sim mesmas como também em relação ao próximo.

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