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COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA - CMF QUESTIONÁRIO DE REVISÃO -2ª ANO Prof. Gabriela Araujo 1. Immanuel Kant, filósofo alemão do século XVIII, desenvolveu uma teoria ética baseada no conceito de dever e na ideia de que a moralidade não depende das consequências das ações, mas de sua conformidade com um princípio universal. A ética kantiana está profundamente ligada à noção de imperativo categórico, que exige que as ações sejam realizadas de acordo com uma máxima que possa ser universalizada sem contradição. Assinale (V) verdadeiro ou (F) para as alternativas a seguir: I.( ) A moralidade para Kant depende exclusivamente dos resultados das ações. II. ( ) O imperativo categórico é uma expressão de uma lei moral universal, válida para todos os seres racionais. III. ( ) O dever moral é determinado pela inclinação pessoal de cada indivíduo, sem considerar a universalidade da máxima. IV. ( ) A liberdade, na visão kantiana, está associada à capacidade de agir de acordo com a razão, independentemente das inclinações. V. ( ) Para Kant, a ética é relativa, variando conforme as circunstâncias culturais e sociais. 2. A autonomia, para Kant, é a capacidade do indivíduo de se autolegislar de acordo com a razão. Essa noção de autonomia é central em sua filosofia moral, pois implica a liberdade de agir conforme a lei moral, sem submeter-se a influências externas. Para Kant, a autonomia é o fundamento da dignidade humana e da moralidade. Assinale (V) verdadeiro ou (F) para as alternativas a seguir: I. ( ) A autonomia moral está vinculada à capacidade de agir de acordo com os interesses pessoais. II. ( ) Para Kant, a autonomia significa agir conforme a vontade de outra pessoa, desde que essa vontade seja racional. III. ( ) A autonomia implica a capacidade de se guiar por leis morais que o indivíduo estabelece racionalmente. IV. ( ) Na filosofia kantiana, a liberdade é um estado de completa independência, sem necessidade de moralidade. V. ( ) A autonomia está vinculada à liberdade de escolha, mas apenas dentro dos limites impostos pela sociedade. 3. Immanuel Kant, em sua filosofia moral, estabeleceu a distinção entre imperativos hipotéticos e imperativos categóricos. Enquanto os primeiros são condicionais, ou seja, prescrevem uma ação como meio para atingir um fim desejado (ex: "se queres ser aprovado, estude"), os segundos são incondicionais, valendo por si mesmos, independentemente de qualquer resultado ou inclinação. O imperativo categórico representa, para Kant, a lei moral universal, aplicável a todos os seres racionais em todas as circunstâncias. Considerando a natureza do Imperativo Categórico kantiano, é correto afirmar que: a) Sua validade reside na utilidade da ação para a obtenção de um bem maior, visando à felicidade coletiva como seu principal objetivo. b) Ele prescreve ações que são boas apenas como um meio para alcançar outro fim, sendo, portanto, meramente instrumental e pragmático. c) Sua força reside no medo da punição ou na expectativa de recompensa, características que o assemelham a uma legislação heterônoma. d) Ele se impõe como uma obrigação incondicional, ditada pela própria razão prática, e não por inclinações sensíveis ou consequências desejadas. e) É uma máxima subjetiva que varia de indivíduo para indivíduo, refletindo as preferências pessoais e os costumes de cada cultura. 4. A segunda formulação do Imperativo Categórico de Kant é conhecida como a formulação da humanidade como fim em si mesma: "Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como um fim e nunca meramente como um meio". Essa formulação proíbe a instrumentalização das pessoas, incluindo a si mesmo, reconhecendo a dignidade intrínseca de todo ser racional. Considerando a formulação da humanidade como fim em si mesma, é correto inferir que: a) Utilizar uma pessoa como meio é sempre moralmente condenável, independentemente das circunstâncias ou do consentimento mútuo entre as partes envolvidas. b) A dignidade humana é condicionada à capacidade do indivíduo de contribuir para o bem-estar social, sendo flexível conforme o valor que a sociedade lhe atribui. c) Trata-se de um preceito que se aplica apenas às relações interpessoais, não tendo relevância para as estruturas sociais, econômicas ou políticas. d) A essência da moralidade reside em reconhecer que os seres racionais possuem um valor absoluto e não devem ser tratados como meros objetos para a realização de outros propósitos. e) A autonomia da vontade é secundária à necessidade de se submeter a normas externas, mesmo que estas violem a dignidade intrínseca do indivíduo. 5. Para Kant, a autonomia da vontade é o fundamento da moralidade. Uma vontade autônoma é aquela que se autodetermina pela razão, agindo de acordo com leis que ela própria se dá, em contraste com a heteronomia, onde a vontade é determinada por impulsos sensíveis, inclinações ou leis externas. O Imperativo Categórico, nesse sentido, é a expressão dessa autonomia, pois é a lei que a razão prática impõe a si mesma. Sobre a autonomia da vontade em Kant e sua relação com o Imperativo Categórico, assinale a afirmativa correta: a) A vontade é autônoma quando obedece às inclinações naturais do indivíduo, agindo em conformidade com seus desejos e paixões mais fortes. b) A heteronomia da vontade é o estado em que o indivíduo age por dever, sem levar em consideração as consequências de suas ações. c) A autonomia significa que a vontade é capaz de se dar a lei moral, agindo não por coação externa, mas por respeito à lei que a própria razão reconhece como universalmente válida. d) A autonomia da vontade kantiana justifica qualquer ação individual, desde que o agente a considere correta em seu foro íntimo, sem necessidade de universalização. e) Uma vontade heterônoma é aquela que se guia pelo Imperativo Categórico, uma vez que este representa uma imposição externa à liberdade individual. 6. A moral kantiana é frequentemente descrita como uma ética do dever, pois, para Kant, uma ação tem valor moral genuíno apenas se for praticada por dever, e não meramente em conformidade com o dever. Agir por dever significa que a ação é motivada pelo respeito à lei moral, independentemente de inclinações, interesses ou consequências favoráveis. Isso distingue a ética kantiana de abordagens consequencialistas ou eudaimonistas. Considerando a ética do dever kantiana e o Imperativo Categórico, é correto afirmar que: a) Uma ação é moralmente valiosa se, e somente se, ela produzir resultados benéficos para a sociedade, independentemente da intenção do agente. b) Agir por dever implica que o indivíduo deve reprimir todas as suas inclinações e sentimentos, tornando-se um ser desprovido de emoções. c) O valor moral de uma ação reside na sua conformidade com a lei moral universal, e na motivação de agir por puro respeito a essa lei. d) A ética do dever kantiana é um relativismo moral, onde o "dever" é definido individualmente por cada pessoa, de acordo com suas crenças. e) Ações praticadas por inclinação (como a compaixão ou o altruísmo) possuem o mesmo valor moral que ações praticadas por dever, desde que produzam o mesmo efeito. 8. A relevância da intenção na ética kantiana é um ponto crucial. Para Kant, o valor moral de uma ação não reside nas suas consequências, mas unicamente na máxima que a determina, ou seja, na intenção ou no princípio subjetivo pelo qual o agente age. Uma boa vontade é boa em si mesma, não pelo que realiza, mas por seu querer. Isso contrasta fortemente com as éticas consequencialistas. Considerando a centralidade da intenção na ética kantiana, é correto inferir que: a) As consequências de uma ação são o único critério para determinar seu valor moral, sendo a intenção irrelevante para a avaliação ética. b) Uma ação, mesmo que produza resultados desastrosos, pode ter valor moral se for realizada com uma boa intenção, isto é, por dever. c) A intenção é importante, mas deve ser secundária à utilidade da ação para a maximização do prazer ou minimização da dor coletiva. d) A ética kantiana é pragmática, avaliando as ações pela sua eficácia em alcançar objetivos predeterminados, independentemente da intenção subjacente. e) A boa intenção é um conceito subjetivo e arbitrário, que não pode servir de base para uma ética universalmente válida. 9.No famoso ensaio "Resposta à Pergunta: O que é Esclarecimento?" (1784), Immanuel Kant define o Esclarecimento como a "saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado". Para o filósofo, a menoridade é a incapacidade de fazer uso do próprio entendimento sem a direção de outro, e essa condição é perpetuada pela preguiça e pela covardia dos indivíduos, bem como pela ação de tutores que os mantêm nessa dependência. Kant defende que o caminho para o Esclarecimento passa pela liberdade de fazer uso público da razão em todas as questões. Considerando as ideias de Kant sobre o Esclarecimento, analise as afirmativas a seguir, marcando (V) para verdadeiro e (F) para falso. a) ( ) A menoridade, segundo Kant, é uma condição imposta pela natureza humana, sendo impossível ao indivíduo dela se libertar por conta própria. b) ( ) O uso público da razão, defendido por Kant, refere-se à liberdade de o indivíduo expressar suas opiniões e críticas em debates amplos, contribuindo para o avanço do conhecimento. c) ( ) Kant argumenta que a preguiça e a covardia são os principais fatores que levam os indivíduos a permanecerem na menoridade, preferindo ser guiados a pensar por si mesmos. d) ( ) O Esclarecimento implica na rejeição total de qualquer forma de autoridade e na desobediência civil a todas as leis estabelecidas, em nome da liberdade individual. e)( ) Para Kant, viver em uma "época de esclarecimento" significa que a sociedade já alcançou plenamente a autonomia da razão, não havendo mais necessidade de tutores. 10. Na filosofia moral de Immanuel Kant, apresentada principalmente na "Fundamentação da Metafísica dos Costumes", ele estabelece uma distinção crucial entre diferentes tipos de imperativos, que são comandos ou regras da razão. O Imperativo Hipotético é um deles, e sua característica principal é ser condicional: ele prescreve uma ação como um meio necessário para atingir algum outro fim que se deseja ou que se poderia desejar. Ou seja, a sua validade depende de um objetivo a ser alcançado. Considerando a concepção kantiana do Imperativo Hipotético, analise as afirmativas a seguir, marcando (V) para verdadeiro e (F) para falso. a) ( ) O Imperativo Hipotético expressa um comando da razão que é válido por si mesmo, independentemente de qualquer propósito ou desejo particular do agente. b) ( ) Se uma pessoa deseja passar no vestibular, o comando "deves estudar muito" representa um Imperativo Hipotético, pois o estudo é um meio para um fim. c) ( ) A moralidade, para Kant, baseia-se fundamentalmente nos Imperativos Hipotéticos, pois estes garantem que as ações sejam úteis e tragam felicidade. d) ( ) A força obrigatória de um Imperativo Hipotético é universal e incondicional, aplicando-se a todos os seres racionais sem exceção. e) ( ) Um exemplo de Imperativo Hipotético seria a máxima "Nunca deves fazer uma promessa falsa", pois sua obrigatoriedade não depende de nenhum fim externo. 11. (UNIVESP) Em 1783, Immanuel Kant definiu o conceito de Esclarecimento como o desenvolvimento da autonomia do pensamento e da ação humana. Esse desenvolvimento se opunha à apatia e à comodidade dos indivíduos em viver tutelados por ideias e instituições que pensavam e agiam por eles. Com isso, os indivíduos se tornavam livres para exercer a sua razão na esfera pública, podendo criticar desde as instituições, como a Igreja e o Estado, até a própria liberdade advinda do livre exercício da razão. O texto se relaciona à corrente filosófica ocidental conhecida como a) Altruísmo. b) Confucionismo. c) Reformismo. d) Especismo. e) Iluminismo. 12. (UEL) Leia o texto a seguir. Dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. [...] devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal. KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos costumes. Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 208-209. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria kantiana do dever, assinale a alternativa correta. a) A máxima de uma ação moral universalizável pode ter como fundamento os efeitos da ação, sendo considerada moralmente boa uma ação cujos efeitos causam o bem. b) A obrigação incondicional que a lei moral impõe advém do reconhecimento da possibilidade de universalização das máximas da ação. c)A mentira pode, em certas circunstâncias, ser legitimada moralmente quando dela resulta uma ação benéfica ou impede o prejuízo a outrem. d) A máxima incondicional de uma ação moral pode ter como fundamento a experiência, pois os costumes fornecem elementos suficientes para ela. e)O imperativo categórico, princípio dos imperativos do dever, escolhe, dentre os estímulos fornecidos à vontade, o que lhe é mais adequado. 13. Um dos conceitos mais importantes na ética kantiana é a distinção entre agir conforme o dever e agir por dever. Agir conforme o dever significa que a ação está de acordo com o que é moralmente correto, mas a motivação pode ser, por exemplo, o interesse próprio ou a inclinação. Agir por dever, por outro lado, significa que a única motivação é o respeito pela lei moral. Segundo Kant, uma ação só possui verdadeiro valor moral quando é realizada: a) Visando as consequências mais benéficas e úteis para a coletividade. b) A partir de uma inclinação natural para a simpatia e a benevolência pelos outros. c) Unicamente pelo respeito à lei moral, independentemente de inclinações ou interesses pessoais. d) Em conformidade com as normas sociais e as expectativas da comunidade em que o indivíduo vive. e) Buscando a felicidade do agente e a satisfação de seus desejos e aspirações. 14. O Imperativo Categórico é a formulação central da lei moral em Kant. Uma de suas formulações mais conhecidas é: "Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne uma lei universal". Ele serve como um teste para a moralidade de nossas ações. A universalidade da máxima, exigida pelo Imperativo Categórico, significa que a regra que guia a ação deve poder ser: a) Adaptada a cada situação particular, dependendo das circunstâncias e dos resultados desejados. b) Aceita por uma autoridade religiosa ou por um líder político para ser considerada válida. c) Desejada como uma lei que se aplique a todos os seres racionais, em qualquer tempo e lugar, sem contradição. d) Utilizada para alcançar objetivos egoístas, desde que não prejudique abertamente a maioria da população. e) Submetida à aprovação da maioria dos indivíduos através de um processo democrático de votação. 15. Para Kant, a autonomia da vontade é o princípio supremo da moralidade. Uma vontade autônoma é aquela que se dá a si mesma a lei moral, ou seja, age segundo princípios que ela própria reconhece como universais e válidos, em contraste com uma vontade heterônoma, que é determinada por fatores externos (como inclinações, medo ou autoridade externa). A autonomia da vontade, na ética kantiana, significa que o ser humano: a) Deve agir de acordo com seus instintos e desejos mais profundos, sem se preocupar com a razão. b) É livre para seguir as leis e os costumes da sociedade, mesmo que sejam impostos por uma autoridade externa. c) É capaz de ser seu próprio legislador moral, agindo por dever e segundo princípios universalizáveis. d) Precisa de um guia externo, como um líder religioso ou político, para determinar o que é moralmente correto. e) Tem o direito de ignorar quaisquer regras ou deveres, buscando apenas sua própria satisfação e prazer. 16. Kant distingue o Imperativo Categórico dos Imperativos Hipotéticos. Enquanto o primeiro é incondicional e universal, os imperativos hipotéticos são condicionais, do tipo "se queres X, deves fazer Y". Eles são regras de prudência ou habilidade, e não comandos morais. A principal diferença entre o Imperativo Categórico e o Imperativo Hipotético na ética kantiana é que o Imperativo Categórico: a) É sempre um conselho para alcançar a felicidade pessoal, dependendo das circunstâncias. b) Prescreve uma ação como um meio para atingir um fim desejado, sendo, portanto, condicional. c) Representa um comando incondicional da razão, válido por si mesmo e não por um propósito externo. d) É uma regra prática que se aplica apenas a situações específicas e não pode ser universalizada. e) Tem sua validade baseada na utilidade da ação para o maior número de pessoas envolvidas. 17. Para Kant, a autonomia da vontade é o princípio supremo da moralidade. Uma vontade autônoma é aquela que se dá a si mesma a lei moral, ou seja, age segundo princípios que ela própria reconhece como universais e válidos, em contraste com uma vontade heterônoma, que é determinada por fatores externos (como inclinações, medo ou autoridade externa). A autonomia da vontade, na ética kantiana, significa que o ser humano: a) Deve agir de acordo com seus instintos e desejos mais profundos, sem se preocupar com a razão. b) É livre para seguir as leis e os costumes da sociedade, mesmo que sejam impostos por uma autoridade externa. c) É capaz de ser seu próprio legislador moral, agindo por dever e segundo princípios universalizáveis. d) Precisa de um guia externo, como um líder religioso ou político, para determinar o que é moralmente correto. e) Tem o direito de ignorar quaisquer regras ou deveres, buscando apenas sua própria satisfação e prazer. 18.Um dos pontos centrais da obra de Kant sobre o Esclarecimento é a distinção entre o uso público e o uso privado da razão. Essa diferenciação é fundamental para entender como a sociedade pode progredir intelectualmente sem cair na desordem. O uso público da razão, conforme Kant, é aquele exercido quando o indivíduo: a) Obedece às ordens de seu superior no ambiente de trabalho ou em sua função militar. b) Expressa livremente suas ideias e críticas como um estudioso diante do público leitor. c) Segue as regras e doutrinas de sua igreja em seu papel como fiel praticante. d) Aceita as determinações do governo em sua vida cotidiana como cidadão. e) Conduz suas finanças pessoais de acordo com os princípios de sua própria conveniência. GABARITO REVISãO 1.F, V,F, V, F 2.F, F,V,F,F 3.D , 4D, 5C, 6C, 7B, 8.B 9.a)F; b)V; c)V; d)F; e)F 10. a) F; b)V; c)F; d)F; e)F 11. E, 12.B, 13C, 14.C, 15.C, 16.C ,17.C ,18.B