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TICs Aplicadas às Informações 
Gerenciais
CARLA CORRÊA TAVARES DOS REIS
1ª Edição
2
Autores
Carla Corrêa Tavares dos Reis
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e 
Editoração
Sumário
Organização do Livro Didático........................................................................................................................................6
Introdução ..............................................................................................................................................................................8
Capítulo 1
A Sociedade da Informação .......................................................................................................................................9
1.1. Introdução ................................................................................................................................................................9
1.2. Ciência, tecnologia e sociedade .................................................................................................................... 10
1.3. Sociedade Agrícola, Sociedade Industrial e Sociedade da Informação ........................................... 13
1.4. Sociedade em Rede ............................................................................................................................................ 24
1.5. O acesso à informação e ao conhecimento na Sociedade da Informação ..................................... 25
1.6. O mundo corporativo no contexto da Sociedade da Informação ...................................................... 26
Capítulo 2
Conceitos de TICs ........................................................................................................................................................ 28
2.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 28
2.2. A técnica e a tecnologia ................................................................................................................................... 29
2.3. Tecnologias da Informação e Comunicação .............................................................................................. 32
2.4. Os componentes das Tecnologias da Informação e Comunicação .................................................. 39
2.5. As redes de comunicação ................................................................................................................................. 42
2.6. A internet ............................................................................................................................................................... 45
Capítulo 3
As Ferramentas Computacionais no Ambiente Empresarial ....................................................................... 48
3.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 48
3.2. Dado, informação e conhecimento ............................................................................................................... 49
3.3. Conceitos essenciais sobre softwares .......................................................................................................... 52
3.4. Pacotes de aplicativos para escritórios ....................................................................................................... 56
Capítulo 4
Os Sistemas de Informação ..................................................................................................................................... 65
4.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 65
4.2. Conceitos de Sistemas de Informação ........................................................................................................ 66
4
4.3. Sistemas de Apoio à Decisão .......................................................................................................................... 68
4.4. Sistema Especialista (SEs) ............................................................................................................................... 71
4.5. Sistema de Processamento de Transações (SPT) ..................................................................................... 72
4.6. Sistema de Informações Gerenciais (SIG) ................................................................................................... 73
4.7. Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) ................................................................. 74
4.8. Sistemas de Suporte ao Conhecimento ...................................................................................................... 78
Capítulo 5
Ferramentas da Internet e Impactos no Ambiente Organizacional .......................................................... 82
5.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 82
5.2. A dinâmica do conhecimento no ambiente organizacional ................................................................ 83
5.3. Ferramentas de Informação e Comunicação da Internet ..................................................................... 84
5.4. A Evolução da Web 1.0 até a Web 4.0 e suas Potencialidades para as Organizações ................ 87
Capítulo 6
Educação a Distância em Ambientes Corporativos ........................................................................................ 98
6.1. Introdução ............................................................................................................................................................. 98
6.2. A Educação a Distância nas organizações ................................................................................................. 99
6.3. EAD: o cenário do ensino a distância no Brasil ....................................................................................... 99
6.4. O cenário EAD de hoje ....................................................................................................................................100
6.5. Distribuição geográfica ...................................................................................................................................102
6.6. Modalidade dos cursos oferecidos .............................................................................................................103
6.7. O e-learning no contexto corporativo .......................................................................................................105
6.8. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) ............................................................................................106
Referências ........................................................................................................................................................................109
5
Organização do Livro Didático
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em capítulos, de forma didática, objetiva e 
coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões para reflexão, entre outros 
recursos editoriais que visam tornar sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, 
fontes de consulta para aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização do Livro Didático.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Cuidado
Importante para diferenciar ideias e/ou conceitos, assim como ressaltar para o 
aluno noções que usualmente são objeto de dúvida ou entendimento equivocado.
Importante
Indicado para ressaltar trechos importantesdo texto.
Observe a Lei
Conjunto de normas que dispõem sobre determinada matéria, ou seja, ela é origem, 
a fonte primária sobre um determinado assunto.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa 
e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. 
É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus 
sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas 
conclusões.
6
ORGAnIzAçãO DO LIVRO DIDáTICO
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Posicionamento do autor
Importante para diferenciar ideias e/ou conceitos, assim como ressaltar para o 
aluno noções que usualmente são objeto de dúvida ou entendimento equivocado.
7
Introdução
A disciplina Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas às Informações 
Gerenciais tem como principal objetivo sensibilizar você, futuro gestor, sobre a 
importância das ferramentas computacionais no cotidiano das organizações. O 
conteúdo desta disciplina está dividido em seis grandes blocos temáticos.
O primeiro bloco discute sobre Sociedade da Informação e suas características e 
potencialidades, além de definições da tríade: ciência, tecnologia e sociedade. No 
segundo, abordaremos os conceitos básicos de Informática e das Tecnologias de 
Informação e Comunicação.
No terceiro, quarto e quinto blocos, refletiremos sobre as potencialidades dos 
aplicativos, das ferramentas de internet, dos sistemas de informação e da Indústria 
4.0 para o processo de criação, administração e compartilhamento de conhecimento 
nas corporações.
Para finalizar, discutiremos de que forma as ferramentas computacionais podem 
contribuir para o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem nas empresas, 
em especial os cursos no formato e-learning . 
Objetivos
Este livro didático tem como objetivos:
 » Compreender o conceito sobre sociedade da informação e suas características, 
potencialidades, limites e desafios. 
 » Compreender a tríade: Ciência, Tecnologia e Sociedade.
 » Refletir sobre as potencialidades que os recursos computacionais (aplicativos, 
ferramentas de internet, sistemas de informação) oferecem para o processo de 
criação, administração e compartilhamento de conhecimento nas corporações.
 » Discutir as mudanças propostas pela Indústria 4.0.
 » Apresentar como as ferramentas computacionais contr ibuem para o 
desenvolvimento de estratégias de aprendizagem nas empresas, em especial 
os cursos no formato e-learning.
8
9
Apresentação
Neste capítulo, abordaremos a tríade conceitual: ciência, tecnologia e sociedade. Em 
seguida, será apresentado ao aluno a Sociedade da Informação e suas características. 
Discutiremos, ainda, sobre as transformações ocorridas nas organizações – as revoluções 
industriais – devido às demandas apresentadas pela sociedade contemporânea. 
Objetivos 
 » Compreender os conceitos de ciência, tecnologia e sociedade.
 » Compreender o conceito de sociedade da informação, suas características e 
potencialidades.
 » Entender a abordagem sobre o perfil das organizações na sociedade da informação 
e o período marcado pelas revoluções industriais.
1.1. Introdução
No mundo atual, a tecnologia tem se apresentado como o principal fator de progresso 
e de desenvolvimento. No paradigma vigente, ela é assumida como um bem social e, 
juntamente com a ciência, é o meio para a agregação de valores aos mais diversos produtos, 
tornando-se chave para a competitividade estratégica e para o desenvolvimento social 
e econômico de uma região.
Podemos iniciar observando que não é possível separar os conhecimentos científicos 
e os artefatos tecnológicos, pois entendemos que ambos estão relacionados. Onde 
há ciência, há tecnologia, e neste caso, tecnologia não é representada apenas por 
equipamentos de hardware ou infraestruturas complexas.
1CAPÍTULOA SOCIEDADE DA InFORMAçãO
10
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
Além disso, a nossa história é constituída de diferentes fases. Em cada uma dessas fases, 
a humanidade se apresenta em diferentes momentos evolucionários. Tradicionalmente, 
para compreender melhor a evolução da humanidade, pesquisadores dividem-na em 
cinco grandes fases: Pré-história, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade 
Contemporânea. 
Entretanto, é importante destacar que existem outras formas de classificação. Uma 
dessas categoriza a evolução da humanidade em três grandes etapas com ênfase no 
desenvolvimento tecnológico, marcado por períodos revolucionários (Revoluções 
Agrícolas e Revoluções Industriais). Podemos denominar essas etapas como: Sociedade 
Agrícola, Sociedade Industrial e Sociedade da Informação. A seguir, conheceremos mais 
detalhadamente as características de cada uma das etapas e abordaremos conceitos da 
tríade: ciência, tecnologia e sociedade.
1.2. Ciência, tecnologia e sociedade
A palavra tecnologia é derivada do grego tekhne e representa o conjunto de técnicas, 
habilidades, métodos e processos usados na produção de bens ou serviços, ou na 
realização objetivos, como, por exemplo, em investigações científicas. O termo tecnologia 
pode ser usado para representar tanto o domínio de técnicas e processos quanto a 
implementação de funcionalidades em máquinas para que essas possam ser operadas 
sem o pleno conhecimento do seu funcionamento interno.
A palavra ciência (oriunda do latim scientia, traduzido como “conhecimento”) refere-se 
a qualquer conhecimento ou prática sistemáticos. Em sentido estrito, ciência refere-se 
ao sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico, bem como ao corpo 
organizado de conhecimentos conseguido por meio de pesquisas.
A ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca fatos, os 
mais gerais e abrangentes possíveis, bem como a aplicação das leis científicas; ambas 
especificamente obtidas e testadas através do método científico. Nestes termos, ciência 
é algo bem distinto de cientista, podendo ser definida como o conjunto que encerra em 
si o corpo sistematizado e cronologicamente organizado de todas as teorias científicas 
– com destaque normalmente dado para os paradigmas válidos – bem como o método 
científico e todos os recursos necessários à elaboração delas.
Após a II Guerra Mundial a imagem da ciência e da tecnologia passou a sofrer 
modif icações. Inic ia lmente, o desenvolvimento tecnológico foi va lor izado 
positivamente por ser considerado a alavanca do progresso e bem-estar social. As 
11
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
políticas públicas eram basicamente políticas de promoção, de maneira que no 
modelo linear de desenvolvimento tecnológico que se estabelecia, não havia lugar 
para as consequências negativas da mudança tecnológica. 
A ciência, ao longo dos anos, vem ganhando importância. Embora exista desde os 
primórdios da civilização, a ciência não era essencial para qualquer finalidade técnica 
até o século XVI, quando se tornou indispensável à navegação. Entretanto, continuou 
não tendo muitas aplicações até o século XIX, quando, então, se tornou necessária à 
Química e à Engenharia. 
O avanço científico e tecnológico possibilitou a Revolução Industrial. Porém, as máquinas 
oriundas da Revolução Industrial não foram simples presentes dos inventores delas. 
Elas decorreram da disponibilidade de capital e de mão de obra. As oportunidades que 
o mercado oferecia para a obtenção dos lucrosfizeram com que o desenvolvimento 
científico-tecnológico ocorresse em grande velocidade. 
A partir da Revolução Industrial, os conhecimentos tecnológicos e a estrutura social 
foram modificados de forma acelerada. Porém, foi a partir da segunda metade do século 
XX que a humanidade mais acumulou conhecimentos e mais acelerou o processo de 
transformações sociais. 
Entretanto, não se pode negar que o desenvolvimento tecnológico é um processo 
irreversível para as pessoas (ou a sociedade) que o vivenciam. 
1.2.1. A visão tradicional da ciência 
A ciência tem recebido várias definições, mas uma das mais aceitas pela comunidade 
científica é a que declara: “a ciência é o conjunto de conhecimentos organizado sobre 
os mecanismos de causalidade dos fatos observáveis, obtidos através do estudo objetivo 
dos fenômenos empíricos”.
O conceito do desenvolvimento científico é um conceito de desenvolvimento completo, 
coordenado e sustentável baseado nos interesses do ser humano.
O desenvolvimento científico é um importante tema das sociedades contemporâneas. 
Além de ser tema de debates econômicos e sociais, o desenvolvimento científico também 
traz consigo uma série de questionamentos a respeito da adequação ética e da moralidade 
de determinadas descobertas e intervenções científicas, sobretudo no campo da saúde 
e do meio ambiente.
12
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
1.2.3. Tecnologia: sua origem e disseminação 
A tecnologia sofre e causa transformações profundas de caráter político, econômico, 
social e filosófico, desde o século XVII em diante. Ela nasceu quando a ciência, a partir 
do renascimento, aliou-se à técnica, com o fim de promover a junção entre o saber e o 
fazer (teoria e prática).
A tecnologia é um modo de produção e transformação que utiliza todos os instrumentos, 
invenções e artifícios e que, por isso, é também uma maneira de organizar e perpetuar 
as vinculações sociais no campo das forças produtivas.
A partir do século XVI, a tecnologia sofre e proporciona transformações profundas 
devido a fatores históricos, sociais, culturais, econômicos e políticos. E além de mudar 
padrões de comportamento, a tecnologia promove mudanças nas relações humanas, 
implicando o estabelecimento de outra visão do mundo exterior, diferentemente da 
visão dos povos antigos. 
Dessa forma, a tecnologia moderna não pode ser considerada um mero estudo da 
técnica, pois quando a ciência, a partir do renascimento, aliou-se à técnica, com o fim 
de promover a junção entre a teoria e a prática, nascia aí a tecnologia moderna. 
Existem três campos da ciência, e um deles é chamado de Ciências Sociais. O termo 
sociais está relacionado ao termo sociedade e, por sua vez, sociedade, na verdade, 
origina-se de uma palavra latina: societas, que significa “associação de amizade com 
vários”. Portanto, a sociedade é o assunto de estudo das Ciências Sociais, em especial 
a Sociologia. 
A sociedade constrói a ciência e a tecnologia e, ao mesmo tempo, a ciência e a 
tecnologia constroem a sociedade (FONSECA, 2010) . A sociedade, por tanto, 
constitui-se de um conjunto baseado em regras e compõe-se de pessoas, que 
constroem conhecimentos pela ciência por meio da tecnologia.
1.2.4. O relacionamento entre ciência, tecnologia e sociedade
Existe um forte relacionamento entre ciência, tecnologia e sociedade. Esses termos 
estão l igados por uma relação dialética. A palavra dialética leva a “caminho 
entre as ideias”. É um método de diálogo no qual a atenção é voltada para a 
contraposição e contradição de ideias e pensamentos que levam a outras ideias. 
Quando dizemos que a relação entre ciência, tecnologia e sociedade é dialética, 
estamos estabelecendo que cada termo desta relação determina os impactos 
sobre os demais termos (figura 1).
13
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
Figura 1. Relacionamento dialético entre ciência, tecnologia e sociedade.
 
 
Ciência
SociedadeTecnologia
Fonte: Santos (2014).
Portanto, há conceitos diferentes sobre sociedade, ciência e tecnologia, variando de acordo 
com o período histórico, a cultura, o contexto e a abordagem que lhes são atribuídos. 
Sociedade, ciência e tecnologia mantêm uma relação dialética contínua entre si, em 
constante interação e determinação mútua de impactos em sua evolução.
1.3. Sociedade Agrícola, Sociedade Industrial e Sociedade 
da Informação
Como foi destacado anteriormente, a história da humanidade pode ser apresentada 
de diferentes formas. Considerado o desenvolvimento tecnológico, podemos classificá-la 
em três grandes etapas.
1.3.1. A Sociedade Agrícola – Revoluções Agrícolas
A Sociedade Agrícola tem início no período anterior ao surgimento da escrita, antes de 
4.000 anos a.C. A população era basicamente rural, isto é, as pessoas viviam em pequenos 
agrupamentos nos campos. O processo da educação era baseado na oralidade. Sendo 
assim, a maior parte da população não era letrada. O conhecimento dessa sociedade 
era baseado em princípios místicos e religiosos. A produção dos bens de consumo 
era artesanal e, por isso, em baixa escala. A atividade comercial era baseada na troca 
(escambo), não havendo presença de moedas e padrões monetários.
A revolução agrícola foi um período de mudança no sistema de produção na Europa 
entre os séculos XVIII e XIX. Essa é denominada de segunda revolução agrícola.
14
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
A primeira revolução agrícola ocorreu 10 mil anos a.C., no período neolítico. Nessa época 
da história, os homens migraram do sistema de caça e coleta para a agricultura. Já a 
revolução agrícola contemporânea ocorreu com o incremento de tecnologias às técnicas 
até então aplicadas.
O objetivo era aumentar a produção e a produtividade. Os resultados foram obtidos por 
meio de técnicas como a rotação de cultura, a diversificação das sementes e a equalização 
do espaço para a pecuária. 
Na Inglaterra foi aprovada a lei que permitiu a compra de campos públicos pela alta 
burguesia. O ato forçava a migração dos pequenos agricultores para as cidades. Esses 
trabalhadores, mais tarde, seriam a mão de obra que iria abastecer as fábricas durante a 
Revolução Industrial. 
1.3.2. A Sociedade Industrial – Revoluções Industriais
A sociedade industrial pode ser caracterizada pela valorização do conhecimento 
técnico-científico que ocasiona o surgimento das máquinas a vapor e das industriais. 
As pessoas saem dos campos para as cidades. A produção deixa de ser manufatureira 
e passa a ser feita em larga escala por meio das linhas de produção. Há uma forte 
presença de atividade comercial baseada no capitalismo. Iniciam-se processos de 
escolarização da população, voltada para formação de mão de obra para atuar nas 
fábricas.
Primeira Revolução Industrial
Transformações ocorridas a partir do século XVI ocasionaram mudanças significativas 
nos aspectos sociais, políticos e econômicos. Tais transformações deram início ao período 
denominado sociedade iIndustrial. O seu início coincide com a Primeira Revolução 
Industrial ocorrida na Inglaterra, no final do século XVIII e início do século XIX.
A Revolução Industrial foi um processo de grandes transformações econômico-sociais 
que começou na Inglaterra no século XVIII. O modo de produção industrial se espalhou 
por grande parte do hemisfério norte durante todo o século XIX e início do século XX.
Chamamos de Revolução Industrial o processo que levou à substituição das ferramentas 
pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção 
doméstico (ou artesanal) pelo sistema fabril.
O advento da produção em larga escala mecanizada deu início às transformações 
dos países da Europa e da América do Norte. Estas nações se transformaram em 
predominantemente industriais e suas populações se concentraram cada vez mais 
nas cidades.
15
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
As máquinas foram inventadas com o propósito de poupar o tempo do trabalho 
humano. Uma delas era a máquina a vapor, que foi construída na Inglaterradurante 
o século XVIII. (figuras 2 e 3).
Figura 2. Máquina a vapor.
Fonte: https://www.pinterest.com.au/pin/533043305881526895/. Acesso em: 31 março 2020.
Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os lucros também 
cresceram. Vários empresários, então, começaram a investir nas indústrias.
Figura 3. Impacto das máquinas a vapor na velocidade dos transportes.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_vapor. Acesso em: 31 março 2020.
O motor a vapor foi essencial para aumentar a produção das máquinas e a velocidade dos 
transportes.
A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores viviam na 
miséria.
16
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de 
trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, 
abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se 
a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas 
por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, 
por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio-doença, descanso semanal remunerado 
ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e 
passavam por situações de precariedade.
Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco. A jornada de 
trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por dia para as 
crianças (figura 4).
Figura 4. Trabalho infantil em mina de carvão no condado de Cheshire, Lancashire, Inglaterra, 1842.
Fonte: Editora Moderna. Projeto Araribá: História 8o ano. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 85.
Figura 5. Fábrica no interior do Brasil, no período da primeira revolução industrial, em 1880
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_no_Brasil#/media/Ficheiro:Fabrica_brasil_1880.jpg. Acesso em: 31 
março 2020.
17
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
Causas da Revolução Industrial
A expansão do comércio internacional dos séculos XVI e XVII trouxe um extraordinário 
aumento da riqueza para a burguesia. Isto permitiu a acumulação de capital capaz de 
financiar o progresso técnico e o alto custo da instalação nas indústrias.
A burguesia europeia, fortalecida e enriquecida, passou a investir na elaboração de 
projetos para aperfeiçoamento das técnicas de produção e na criação de máquinas para 
a indústria.
Logo se verificou que se obtinha maior produtividade e se aumentavam os lucros quando 
se empregavam máquinas em grande escala.
Consequências da Revolução Industrial
A mecanização se estendeu do setor têxtil para a metalurgia, transportes, agricultura, 
pecuária e todos os outros setores da economia, inclusive o cultural.
A Revolução Industrial estabeleceu a definitiva supremacia burguesa na ordem 
econômica. Ao mesmo tempo, acelerou o êxodo rural, o crescimento urbano e a 
formação da classe operária.
Era o início de uma nova época, onde a política, a ideologia e a cultura gravitavam em 
dois polos: a burguesia industrial e financeira e o proletariado.
O longo caminho de descobertas e invenções foi uma forma de distanciar os países 
entre si, no que diz respeito ao poder econômico e político.
Af inal , nem todos se industr ia l izaram ao mesmo tempo, per manecendo na 
condição de fornecedores de matérias-primas e produtos agrícolas para os países 
industrializados.
Essas diferenças marcam até hoje as nações do mundo que são divididas entre países 
desenvolvidos e em desenvolvimento. Uma das maneiras de medir se um país é 
avançado é avaliar o quanto ele é industrializado.
Segunda Revolução Industrial
A p a r t i r d o f i n a l d o s é c u l o X I X , o p e r í o d o c o n h e c i d o c o m o a f a s e d a l i v re 
concorrência fica para trás e o capitalismo se torna cada vez menos competitivo 
e mais monopolista. Empresas ou países monopolizavam o comércio. Era a fase 
do capital ismo financeiro ou monopolista, marcada pela Segunda Revolução 
Industrial.
18
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
Nesta época, o Império Alemão surge como a grande potência industrial. Com a 
abundância do minério de ferro e uma cultura militar, os alemães, capitaneados 
pela Prússia, fazem reformas políticas e econômicas que vão unificar o país e dotá-lo 
de uma indústria poderosa.
Desde então se estabeleciam as bases do progresso tecnológico e científico, visando 
à invenção e ao constante aperfeiçoamento dos produtos e técnicas, para melhor 
desempenho industrial.
Abriam-se as condições para o imperialismo colonialista e a luta de classes, formando 
as bases do mundo contemporâneo (figura 6).
Figura 6. Mulheres trabalhando em máquinas têxteis.
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/women-working-textile-machines-beaming-inspecting-244389922. 
Acesso em: 31 mar 2020.
Terceira Revolução Industrial
O ponto culminante do desenvolvimento industrial, em termos de tecnologia, teve início 
em meados do século XX, por volta de 1950, com o desenvolvimento da eletrônica, que 
permitiu o desenvolvimento da informática e a automação das indústrias.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), o mundo passa por grandes mudanças 
políticas, sociais e econômicas. A Alemanha é dividida em dois estados independentes, a 
República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, sob a responsabilidade, 
respectivamente, dos Países Aliados, liderados pelos Estados Unidos e a Inglaterra, e da 
União Soviética. A economia mundial sofre grandes transformações. Os Estados Unidos 
19
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
e a União Soviética se transformam nas maiores potências mundiais e estabelecem 
novos modelos econômicos e sociais, baseados no capitalismo e no socialismo.
A busca por esses dois países pela hegemonia do seu modelo político, econômico e 
social, fez surgir um novo conflito denominado Guerra Fria (1945-1991). A Guerra 
Fria foi uma luta ideológica, política e econômica entre os Estados Unidos e a União 
Soviética para estabelecimento do modelo que cada um deles julgava ser o mais 
adequado.
Esse foi o período de grande evolução tecnológica. Primeiramente, devido à corrida 
armamentista que objetivava a construção de um grande arsenal de armas nucleares 
pelas duas grandes potências. Em um segundo momento, por meio da corrida espacial 
que objetivava o desenvolvimento de tecnologias aeroespaciais necessárias para o 
lançamento de mísseis e de foguetes. Durante a corrida espacial, a União Soviética 
se torna o primeiro país a enviar um homem à órbita da Terra e os Estados Unidos, 
a enviar uma missão tripulada à Lua. O setor de telecomunicações também sofreu 
grandes transformações durante a Guerra Fria, com o surgimento dos computadores e, 
posteriormente, da internet.
Essas grandes evoluções tecnológicas, em especial as Tecnologias de Informação e 
Comunicação ( TICs), trouxeram modificações significativas nos aspectos sociais, 
políticos, econômicos e culturais no final do século XX, por volta da década de 1980. 
Assim teve início uma nova fase da sociedade denominada Sociedade da Informação, 
também conhecida como Sociedade em Rede e Sociedade do Conhecimento.
Deste modo, as indústrias foram dispensando a mão de obra humana e passaram a 
depender cada vez mais das máquinas para fabricar seus produtos. O trabalhador 
intervinha como supervisor ou em apenas algumas etapas da produção.
Essa fase de novas descobertas caracterizou a Terceira Revolução Industrial ou 
revolução informática e tecnológica.
1.3.3. A Sociedade da Informação
O termo sociedade da informação surgiu no século XX, a partir dos grandes avanços da 
tecnologia. A relevância que conquistou fez com que a tecnologia se tornasse essencial 
na definição do sistema social e econômico.
Após o desenvolvimento acelerado das telecomunicações e informática na década de 
1970, a sociedade apresentounovas condições para o processamento de informação. 
Isso motivou vários estudiosos a debaterem acerca da sociedade pós-industrial. E vários 
20
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
anunciaram que, a partir desse momento, os serviços e a estrutura central da nova 
economia seriam baseados na informação e no conhecimento.
A ideia de sociedade da informação está relacionada à estrutura socioprodutiva. 
No capitalismo moderno, o campo informacional é importantísimo no processo 
produtivo econômico, científico e cultural. Informação e conhecimento são fatores 
fundamentais na modelagem da produtiva, na qual se opera a apropriação de várias 
frentes: ciência e tecnologia, inovação e apropriação da cooperação e das relações 
sociais.
O advento das Tecnologias de Informação e Comunicação ( TICs), em especial os 
computadores e a internet, influencia diretamente diferentes aspectos sociais, políticos, 
econômicos e culturais da sociedade contemporânea. Diante disso, podemos afirmar 
que as tecnologias digitais influenciam de forma significativa diferentes setores da 
nossa sociedade.
De acordo com Castells (2007), a Sociedade da Informação pode ser caracterizada 
pela presença constante de tecnologias digitais mediando nossas ações em diferentes 
atividades do cotidiano, pois a maior parte das nossas atividades do dia a dia é feita 
utilizando algum tipo de artefato tecnológico.
As novas tecnologias permitem a interconexão entre áreas (públicas, privadas e pessoais) e 
segmentos da sociedade. Estamos conectados com diferentes esferas governamentais 
(governo municipal, estadual e federal), empresas dos mais variados ramos de atividades 
e com pessoas de diferentes localidades e nacionalidades. Sendo assim, vivemos em uma 
sociedade interligada em rede, favorecendo o estabelecimento de uma economia globalizada.
Além disso, podemos perceber que nesta sociedade há uma grande difusão e circulação de 
informação sobre os mais variados assuntos. Atualmente, é possível ter acesso aos mais 
variados assuntos e temas, seja por meio da internet ou das mídias de massa. É importante 
destacar que essas informações estão em constante modificação, exigindo que as pessoas 
também estejam sempre atualizadas. 
Na Sociedade Industrial, máquinas, matéria-prima, instalações e bens produzidos eram 
considerados elementos mais importantes. O poder e a relevância de uma organização eram 
Saiba mais
Para saber mais sobre a Sociedade da Informação, leia o livro de Manuel Castells intitulado Sociedade em Rede, da 
Editora Paz e Terra.
21
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
medidos segundo esses itens. Já na Sociedade da Informação, temos um cenário diferente. 
Os elementos mais valorizados são Informação e Conhecimento. 
Tomemos como exemplo a empresa Facebook, que se configura como uma das empresas 
mais importantes e inovadoras na atualidade. Entretanto, ela não possui grandes instalações 
nem maquinários, não produz matéria-prima e bens. O único elemento com que ela trabalha 
é a informação, permitindo que as pessoas gerem conhecimento por meio destas.
1.3.3.1. Sociedade da Informação x Sociedade do Conhecimento
A partir de 1990, surge o termo sociedade do conhecimento como uma alternativa ao 
termo sociedade da informação.
A informação associa-se à semântica, enquanto o conhecimento está associado ao 
pragmatismo, ou seja, algo existente no mundo real. E a informação desempenha um 
papel cada vez mais importante na vida social, cultural e política dos tomadores de 
decisões.
O termo Sociedade da Informação é um dos vários conceitos que tentam explicar o 
mundo contemporâneo. Outros termos como Sociedade do Conhecimento ou Nova 
Economia ou Economia do Conhecimento são, em alguns aspectos, mais precisos 
para discorrer sobre a sociedade pós-industrial.
O fundamental nesta discussão não é a “informação”, mas a “sociedade” que toma 
proveito dessa informação.
O conceito da sociedade da informação e do conhecimento também aparece com os 
evidentes avanços das tecnologias de informação e da comunicação.
Uma das características mais marcantes deste conceito é a participação dos indivíduos 
e sua integração e adaptação às novas tecnologias. Portanto, como consequência, surge 
deste tipo de ambiente uma necessidade muito grande de desenvolver habilidades 
para controlar e armazenar dados, e a capacidade de criar combinações e aplicações 
da informação. 
A sociedade da informação e do conhecimento está baseada em uma rede dinâmica de 
relacionamentos que penetram no ambiente do ciberespaço por meio de vários recursos 
de tecnologia: imagem, som, vídeo etc. 
As tecnologias fazem parte da nossa vida de uma maneira muito presente, tanto no 
campo individual quanto no campo da estrutura econômica e social. O conhecimento 
é um fator de produção. Isto ocorre porque a automação fez com que a informação 
fosse transformada em matéria-prima no processo de produção e manufatura de 
22
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
bens e serviços. Neste processo, a manipulação da informação ocorre por meio da 
inserção, remoção e atualização dos conteúdos para buscar resultados eficientes 
desse modo. 
Mas apenas a tecnologia não garante a produção de informações e conhecimentos. 
Neste novo contexto, existem múltiplas informações acessíveis em um curto período 
de tempo que, ao serem manipuladas e interpretadas, tendem a gerar conhecimentos.
1.3.3.2. Sociedade da Informação – potencialidades e limites
Sabemos que a Sociedade da Informação nos apresenta diversas potencialidades e 
facilidades. Entretanto, não podemos deixar de refletir sobre os seus limites e desafios 
éticos, políticos e sociais que esta apresenta.
O processo de globalização destaca uma característica importante: o argumento dos 
“fluxos de informação”, no qual é levada em conta a quantidade das informações, e não 
o seu conteúdo.
Os países, principalmente os menos desenvolvidos, que carecem de infraestrutura, 
de tecnologia e de educação, acabam sendo os mais prejudicados e vulneráveis 
às pressões comerciais, por falta de recursos financeiros que possam gerenciar e 
produzir recursos humanos e tecnológicos que levariam a uma situação de maior 
competitividade. Por outro lado, o funcionamento da empresa transnacional e sua 
atuação nos territórios influenciam negativamente as culturas locais, subordinadas 
ao processo de universalização do capital. As empresas estrangeiras na América 
Latina, por exemplo, ao imporem padrões de consumo e de exploração do trabalho, 
destroem o núcleo social dos valores e das práticas culturais (FROHMANN, 1993). 
Se antes os países possuíam um conjunto de valores e crenças, transmitidos de uma 
geração a outra e que permitiam uma coesão ao grupo, agora se caracterizam como 
tantas outras informações no contexto globalizante do capitalismo. Assim, o conjunto 
de hábitos, práticas sociais e tradições vai perdendo o significado que tinha para o 
grupo, de modo a ser incorporado em outros sistemas de valores e visões de mundo, 
que se definem a partir de uma concepção utilitarista, mercadológica e racional em 
nível mundial (GERBASI, 2017).
Como pode ser observado, apesar da presença constante das TICs no nosso cotidiano, o 
acesso às tecnologias digitais não é igualitário. A Sociedade da Informação é tão excludente 
quanto as outras sociedades. Ela se mostra como uma sociedade dividida em ricos e 
pobres informacionais, favorecendo, assim, a exclusão digital e, consequentemente, a 
exclusão social.
23
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
Os ricos informacionais são as pessoas que possuem acesso às tecnologias digitais 
e sabem utilizar as ferramentas para seu crescimento pessoal e profissional. Já os 
pobres informacionais não possuem acesso ao computador e à internet e/ou não 
conseguem fazer uso desses recursos.
Dessa forma, podemos concluir que para reverter a exclusão digital são necessárias 
ações conjuntas que possibilitem a diminuição dos preços dos computadores e de acesso 
à internet e estratégiasde capacitação para utilização desses artefatos tecnológicos.
Além da exclusão digital, devemos pensar sobre as questões relacionadas aos crimes 
virtuais, à proteção da propriedade intelectual e à utilização indevida de imagens na 
internet. Nesse caso, faz-se necessário rever a legislação atual para que esta possa se 
adequar às novas demandas. É também importante refletir sobre o desemprego e a 
desqualificação do trabalho ocasionado pela automação dos processos produtivos. 
Para minimizar essas questões, é importante o desenvolvimento de políticas de 
capacitação e formação de mão de obra qualificada. 
1.3.3.3. Vantagens e desvantagens
Surgida no contexto da pós-modernidade, a Sociedade da Informação é essencialmente 
informática e comunicacional, constituída principalmente pelos avanços da 
microeletrônica1, optoeletrônica2 e multimídia3.
Adquirir, armazenar, processar e disseminar informações são as metas básicas do novo 
sistema. A televisão, a telefonia e a internet são as grandes responsáveis pelo advento 
desta nova sociedade, cuja grande consequência é a desmaterialização dos espaços 
produtivos.
1 A microeletrônica é um ramo da eletrônica, voltado à integração de circuitos eletrônicos, promovendo uma miniaturização 
dos componentes em escala microscópica. A área engloba tanto os processos físico-químicos de fabricação dos circuitos 
integrados como o projeto do circuito em si. São considerados ramos desta área, igualmente, o desenvolvimento de software 
de apoio ao projeto de circuitos, modelagem de componentes, técnicas de teste, entre outras.
2 A optoeletrônica é normalmente considerada um subcampo da fotônica. Nesse contexto, luz frequentemente inclui formas 
invisíveis de radiação como raios gama, raios-X, ultravioleta infravermelho, em adição à luz visível. Aparelhos optoeletrônicos 
são transdutores elétrico para ótico ou ótico para elétrico, ou instrumentos que usam tais aparelhos em sua operação. 
3 A multimídia é a combinação, controlada por computador (computador pessoal, periférico e dispositivo móvel), de pelo 
menos um tipo de mídia estática (texto, fotografia, gráfico), com pelo menos um tipo de mídia dinâmica (vídeo, áudio, 
animação).
Para refletir
A exclusão digital envolve outros aspectos além do acesso às TICs. 
Quando uma pessoa não possui acesso às tecnologias digitais, ela não consegue se inserir na Sociedade da 
Informação, levando-a à exclusão social.
24
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
A grande vantagem é que os processos decisórios e empresariais são facilitados, pois 
podem ser realizados a distância por meio de videoconferência.
Além desse aspecto econômico do trabalho a distância, ferramentas digitais como 
bibliotecas digitais, correio eletrônico, banco on-line e redes sociais são marcantes na 
contemporaneidade.
A desvantagem é que as pessoas podem se tornar cada vez mais distantes tendo em 
conta essa facilidade comunicativa, que é, na verdade, uma barreira.
Além disso, as crianças e jovens vivem cada vez mais dependentes dos jogos e dos 
atrativos tecnológicos. Isso sem falar da exposição da vida pessoal propiciada pelas 
redes sociais, o que resulta num sério problema de segurança.
1.4. Sociedade em Rede
Quando o sociólogo espanhol Manuel Castells escreveu a trilogia Sociedade em rede – 
a era da informação: economia, sociedade e cultura, em 1999, ele insinuou que um 
novo mundo começou a surgir a partir dos anos 1970 e 1980, no qual a sociedade, 
economia e cultura estão inter-relacionadas devido à tecnologia, aparecendo, assim, 
uma sociedade em rede, também chamada de sociedade informacional.
Castells revela a existência de uma redefinição nas relações produtivas de poder e 
experiência no meio dos três pilares (economia, sociedade e cultura). As relações de 
produção foram transformadas em uma forma de capitalismo informacional e, para que 
elas sejam entendidas, faz-se necessária a análise do processo produtivo, do trabalho 
e do capital. 
A estrutura de interconexão em rede e mediação das interfaces tecnológicas nas 
atividades do cotidiano apresentam potencialidades e favorecem a criatividade, 
o espírito empreendedor, a inovação e o compartilhamento de informações e 
conhecimento. Elas também ampliam as possibilidades de expressão dos movimentos 
sociais, dificultando as suas ações e iniciativas de controle e repressão pelas 
instâncias governamentais. 
A grande difusão e a circulação de informação na atualidade exigem cada vez mais 
o aperfeiçoamento intelectual e técnico constante. As características referentes 
à Sociedade da Informação permitem estabelecer estratégias voltadas para a 
aprendizagem continuada por meio das ferramentas digitais, favorecendo o 
estabelecimento de comunidades de aprendizagem e a disseminação da inteligência 
25
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
coletiva (LÉVY, 1998). Um exemplo de estratégias de aprendizagem utilizando 
tecnologias são os cursos de treinamento ofertados na modalidade a distância. 
Sabemos que a Sociedade da Informação nos apresenta diversas potencialidades e 
facilidades. Entretanto, não podemos deixar de refletir sobre os seus limites e desafios 
éticos, políticos e sociais que esta apresenta.
Apesar da presença constante das TICs no nosso cotidiano, o acesso às tecnologias 
digitais não é igualitário. A Sociedade da Informação é tão excludente quanto as outras 
sociedades. Ela se mostra como uma sociedade dividida em ricos e pobres informacionais, 
favorecendo, assim, a exclusão digital e, consequentemente, a exclusão social.
1.5. O acesso à informação e ao conhecimento na 
Sociedade da Informação
No atual contexto produtivo, uma grande parte dos serviços e bens produzidos 
caracteriza-se pela sua imaterialidade, criando uma natureza econômica em função 
de novas modalidades de apropriação privada da informação e do conhecimento. 
O desenvolvimento tecnológico propicia um nível de circulação e produção que, 
por sua vez, vai produzir formas de mercados e concorrência em consequência do 
desenvolvimento tecnológico das comunicações, à medida que aumentam a socialização 
das informações.
A deformidade entre utilização social da informação científica pública e utilização 
privada constitui o núcleo da Economia do Conhecimento: o processo de apropriação 
privada está vinculado a uma “acumulação primitiva do capital às expensas do conjunto 
da sociedade; da informação científica como função pública, de cooptação da pesquisa 
das universidades, a partir de investimentos públicos, por parte da iniciativa privada 
(GERBASI, 2017).
Apesar disto, ela promove um paradoxo, à medida que a “socialização de informação” 
vai criar formas não econômicas de informação e conhecimento ao conjunto social 
(HERSCOVICI; BOLAÑO, 2005). É essa contradição permanente entre o acesso público 
e o caráter não público, portanto privado, da informação e do conhecimento que marca 
a Economia do Conhecimento e, além disso, sua apropriação privada, seja a partir de 
preços, seja a partir da implementação de direitos de propriedade intelectual (ciência 
e tecnologia). Essa especificidade faz surgir um tipo também específico de produção, 
denominada Economia do Conhecimento.
Além disso, a Economia do Conhecimento depende hoje da existência de enormes 
bancos de dados informatizados, que deverão ser constantemente renovados, não 
26
CAPÍTULO 1 • A SOCIEDADE DA InFORMAçãO
simplesmente no sentido de que novos dados serão agregados, mas também no sentido 
de uma codificação ininterrupta, o que exige o manejo de códigos em permanente 
atualização, articulando os “trabalhadores intelectuais” dos diferentes campos do saber, 
usuários daqueles bancos, e os “trabalhadores da informação”, qual sejam, os técnicos 
alimentadores e mantenedores dos bancos de dados (GERBASI, 2017).
1.6. O mundo corporativo no contexto da Sociedade da 
Informação
Como vimos anteriormente, o advento das tecnologias computacionais e da internet 
impactaram de forma significativa a nossa sociedade trazendomudança significativa 
para o nosso dia a dia. E no mundo corporativo não seria diferente.
A presença massiva das TICs vem proporcionando transformações significativas nos 
processos econômicos e no meio empresarial. Essas transformações exigem cada vez 
mais que as organizações estejam preparadas para lidar com as demandas da Sociedade 
da Informação, tornando-se mais competitivas e inovadoras. As empresas precisam 
rever os seus processos produtivos, tornando-os mais racionais, flexíveis e eficientes.
Cada vez mais, os consumidores ficam informados sobre a diversidade e a qualidade de 
produtos e serviços disponíveis. Podem facilmente encontrar informações detalhadas, 
comparar preços e dar lances em leilões eletrônicos e, em alguns casos, podem até 
mesmo informar o preço que está disposto a pagar. Os consumidores buscam produtos 
personalizados, de alta qualidade e baixo preço, obrigando a empresa a corresponder 
a tais expectativas, sob pena de perder seus clientes.
Novas tecnologias aceleram as forças competitivas ao criar substitutivos de produtos, 
opções alternativas de serviços e qualidade superiores. As redes de telecomunicação 
respondem por um acúmulo crescente da informação. A acessibilidade, a usabilidade 
e a gestão de dados, as informações e os conhecimentos, necessários para gerir uma 
organização, tornaram-se cruciais em nosso atual estágio de desenvolvimento.
As interfaces entre as empresas e a sociedade estão crescendo e mudando velozmente. 
As Tecnologias de Informação podem ajudar a proteger e prevenir ataques maliciosos 
às organizações, fornecendo sistemas de segurança e identificação de padrões de 
comportamento associados a essas atividades como, por exemplo, ciberataques.
Para atender a novas demandas, as organizações precisam modificar as suas estruturas e 
seus processos. Estando, dessa forma, mais bem preparadas para lidar com as demandas 
e mudanças do mercado, tais como o surgimento de novos negócios e mercados e/ou 
o desaparecimento de segmentos de mercados já consolidados. Para isso, é essencial 
que as organizações rompam com os modelos de gestão consolidados pela Sociedade 
Industrial.
27
A SOCIEDADE DA InFORMAçãO • CAPÍTULO 1
A seguir será apresentado um quadro comparativo que mostra as diferenças entre uma 
organização da Sociedade Industrial e uma organização da Sociedade da Informação.
Quadro 1. Sociedade Industrial x Sociedade da Informação.
EMPRESA NA SOCIEDADE INDUSTRIAL EMPRESA NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Enfoque analítico e atomístico4 Enfoque macro e holístico
Ênfase no individualismo e distanciamento entre as 
pessoas Ênfase no compartilhamento e na participação
Autoridade centralizadora Autoridade facilitadora e democrática
Especialização excessiva do trabalho Visão generalizada do trabalho
Economia de escala, tendência ao gigantismo e à 
centralização Descentralização, resguardando-se a integração
Valorização da quantidade Valorização da qualidade associada à quantidade
Empresário avesso ao risco, voltado para a busca do 
protecionismo Empresário empreendedor, criativo e competitivo
A grande alavanca é o dinheiro A grande alavanca é a informação, o conhecimento e a educação
Investimento em máquinas e instalações Investimento nos aspectos humanos
Fonte: Borges (2000).
É necessário destacar que, sendo a informação o elemento mais importante da 
sociedade atual, é preciso pensar em estratégias que possibilitem trabalhar as 
informações disponíveis para que possamos gerar conhecimentos, favorecendo o 
posicionamento estratégico e agregando valor competitivo às organizações.
No contexto da Sociedade da Informação, as respostas tradicionais que as organizações 
dão às demandas, constantemente, podem se mostrar ineficazes em face dessa nova 
sociedade. A utilização das TICs é uma forte resposta que as organizações podem dar 
para suavizar os impactos das demandas geradas na atualidade.
4 Atômico ou atomístico (adj) – Que é relativo ao átomo. No sentido figurado, é aquilo que tem efeitos rápidos e enérgicos.
Sintetizando
Vimos até agora:
 » Os conceitos da tríade: ciência, tecnologia e sociedade e seu relacionamento.
 » A classificação da sociedade quanto ao desenvolvimento tecnológico: Sociedade Agrícola, Sociedade Industrial e 
Sociedade da Informação, e suas características históricas. 
O novo modelo político, econômico, social e cultural oriundo da revolução das tecnologias de informação e 
comunicação, denominado Sociedade da Informação.
Os novos termos: Sociedade do Conhecimento e Economia do Conhecimento.
A Sociedade em Rede.
 » A instrumentalidade do acesso à informação e ao conhecimento na Sociedade da Informação.
 » O novo perfil das organizações advindas das demandas da Sociedade da Informação.
28
2.1. Introdução
Neste capítulo discutiremos sobre os conceitos de técnica e tecnologia e, ainda, sobre 
os impactos da evolução tecnológica na sociedade e sobre as principais Tecnologias de 
Informação e Comunicação existentes. Você também terá oportunidade de conhecer os 
conceitos essenciais relacionados à área de Informática. 
Figura 7. Ilustração sobre TICs.
Fonte: https://avaeticsnaeducacao.wordpress.com/2016/08/27/a-utilizacao-das-tics-na-educacao-e-recomendacoes-para-
sua-aplicacao/. Acesso em: 31 março 2020.
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo deste capítulo, você seja capaz de:
 » Elaborar o conceito de Técnica, Tecnologia e TICs.
 » Refletir sobre a evolução das tecnologias e seus impactos na sociedade.
2CAPÍTULOCOnCEITOS DE TICs
29
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
 » Discutir sobre as principais Tecnologias de Informação e Comunicação presentes na 
sociedade.
 » Conhecer os conceitos essenciais relacionados à área da Informática.
No primeiro capítulo da nossa disciplina, discutimos sobre a Sociedade da Informação, 
suas características, potencialidades e desafios. Diante disso, as organizações empresariais 
precisam romper o paradigma da Sociedade Industrial na busca de atender às novas 
demandas apresentadas pelo mercado. Para atender a essas demandas, as empresas 
precisam compreender que o conhecimento e a informação assumem papel central no 
contexto organizacional.
Neste capítulo, conheceremos os principais conceitos relacionados à área de 
Informática. Esses conceitos serão de grande importância para que possamos refletir 
sobre a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação nos processos 
gerenciais.
2.2. A técnica e a tecnologia
A Técnica é o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objetivo obter 
determinado resultado, seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em outra 
atividade. No ser humano, a técnica surge de sua relação com o meio e se caracteriza 
por ser consciente, reflexiva e inventiva, tendo como objetivo central a transformação 
de dada realidade. A palavra técnica se origina do grego techné, cuja tradução é arte.
A técnica diz respeito ao “modo de fazer”, e o modo de fazer as coisas envolve procedimentos, 
métodos, e também objetos. Vamos pensar na culinária: a culinária é uma técnica que 
utiliza procedimentos, ingredientes e objetos diferentes para alcançar seu resultado 
final. O mesmo se pode dizer da dança e da medicina. As técnicas, portanto, envolvem 
objetos, mas não se resumem aos objetos. Elas dizem respeito ao modo de fazer, aos 
métodos e procedimentos envolvidos nas ações.
No entanto, como já foi possível perceber, as técnicas podem sempre ser aprimoradas 
por novos elementos. É aí que entra a Tecnologia.
A Tecnologia é o estudo dos ofícios, das práticas, procurando aprimorá-las. Para 
aprimorar as práticas, estes estudos da “lógica do ofício”, ou seja, tecnológicos, 
podem desenvolver novas técnicas (novos modos de fazer) e/ou novas ferramentas 
e instrumentos (meios de fazer). Sendo assim, a Tecnologia é o campo de criação de 
formas e meios de aprimorar as técnicas humanas e ampliar a capacidade da sociedade 
de alcançar seus objetivos. Dependendo do contexto, tecnologia pode ser:
30
CAPÍTULO2 • COnCEITOS DE TICs
 » ferramentas e máquinas que ajudam a resolver problemas;
 » técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas e processos usados para 
resolver problemas ou ao menos facilitar a solução destes;
 » método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia de manufatura, a 
tecnologia de infraestrutura ou a tecnologia espacial);
 » a aplicação de recursos para a resolução de problemas;
 » o termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de conhecimento 
científico, matemático e técnico de determinada cultura;
 » na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de como combinar 
recursos para produzir produtos desejados (e nosso conhecimento do que pode ser 
produzido).
Podemos concluir, portanto, que as inovações tecnológicas não dizem respeito apenas à 
criação de máquinas, mas, também, à criação de modos de realizar as ações humanas de 
maneira mais eficiente e alcançando resultados mais eficazes.
No que se refere à Revolução das Tecnologias Digitais, a sociedade atual recebe o impacto 
de pelo menos dez tecnologias ou processos tecnológicos que acarretam mudanças 
significativas no cotidiano das pessoas e no ambiente organizacional. Vamos conhecê-los.
A primeira delas é a Microeletrônica. A Microeletrônica é ramo da Eletrônica voltado à 
miniaturização de circuitos eletrônicos. Tem por objetivo criar componentes eletrônicos 
cada vez menores, mais rápidos e mais baratos. Seu surgimento possibilitou, a partir 
da metade do século XX, não só uma revolução tecnológica, mas, também, econômica, 
industrial, social e cultural que viabilizou, ao longo do tempo, o computador pessoal, a 
tomografia computadorizada, o palmtop, a telefonia celular, o GPS, a internet, o home 
theater, o serviço de telecomunicações e diversas outras aplicações, serviços e produtos 
presentes no nosso cotidiano.
Em segundo lugar, podemos considerar o computador e softwares. O computador é 
ferramenta básica utilizada em todos os setores da atividade humana. Caracteriza-se 
por ser um componente eletrônico capaz de receber, armazenar e processar dados, de 
modo organizado e previamente programado e devolvê-los com a resposta para uma 
tarefa específica. Todo o processo de recebimento, armazenamento e processamento de 
dados é controlado pelos softwares. São os softwares que encaminham as instruções de 
funcionamento para os computadores.
A internet é outra tecnologia que trouxe impactos significativos para a sociedade. 
Ela acarretou transformações na economia e na sociedade, e tem sido a responsável 
31
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
por derrubar fronteiras ao fornecer um fluxo contínuo e crescente de informação, 
conhecimento, notícias, ideias, críticas, contestações, modismos, campanhas ou 
apelos de qualquer natureza. Também não se pode deixar de citar a comunicação 
sem fio (wireless), fibra ótica e rede de computadores. A primeira é responsável pela 
transmissão e recepção por sinais de rádio desde o telefone celular, comunicação 
via satélite e redes de computadores sem fio. A segunda permite a transmissão de 
informação em fluxo constante, intenso, interativo e bidirecional, sendo utilizada 
em sistemas que exigem alta largura de banda, tais como sistemas telefônicos e 
videoconferência, entre outros. A terceira oferece uma estrutura que possibilita a 
interconexão entre dois ou mais computadores, permitindo a troca de informações 
e compartilhamento de recursos.
Por último, mas não menos importante, destacamos o armazenamento em massa 
(mass storage), a nanotecnologia, convergência tecnológica e a Indústria 4.0. O mass 
storage refere-se ao armazenamento de grandes quantidades de informação por meios 
que incluem disco rígido, memória flash, disco ótico e fita magnética. Inclui dispositivo 
com meios removíveis e irremovíveis. 
Já a nanotecnologia está associada a diversas áreas como a Medicina, Eletrônica, 
Ciência da Computação, Física, Química, Biologia, Engenharia dos Materiais e Produção 
na Escala Nanoatômica. Ela tem por princípio a construção de estruturas e novos 
materiais a partir dos átomos. A convergência tecnológica se volta para a integração 
de diversos serviços como dados, vídeo, som e canais de comunicação em uma única 
infraestrutura tecnológica, como os aparelhos de smartphone. 
A Indústria 4.0 ou quarta revolução industrial promove o surgimento de produtos mais 
complexos, com inteligência avançada e de alta conectividade, o que tem propiciado a 
reinvenção da indústria mundial. A implantação de soluções desenvolvidas com base 
em conceitos de IoT (Internet das Coisas), inteligência artificial, análise de dados (Tripé 
da Indústria 4.0), realidade aumentada e design paramétrico têm permitido ciclos de 
inovação mais curtos, processos produtivos velozes e flexíveis, tomadas de decisão mais 
rápidas, produtos altamente customizados, além de alto controle sobre a qualidade do 
resultado final. 
A convergência entre tecnologias de TI e automação industrial criou um ambiente 
de produção físico-cibernético totalmente integrado, onde a troca de informações 
entre sistemas, máquinas, produtos e pessoas é direta e intensa. Esta comunicação 
entre elementos com diferentes linguagens demanda a utilização de um padrão 
unificado de linguagem, garantindo a segurança na troca de informações, eliminando 
as restrições relacionadas aos padrões proprietários vigentes.
32
CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
2.3. Tecnologias da Informação e Comunicação
Você consegue imaginar a sua vida hoje sem computadores, sem smartphones, sem 
aplicativos, sem internet e até sem as redes sociais? Difícil, não é? Então, por qual razão 
você poderia pensar que as vantagens das tecnologias da informação e comunicação 
nas empresas são motivos mais do que suficientes para investir nisso? Pois acredite, 
muitas empresas ainda pensam que os custos com TIC são muito “altos”. 
A grande verdade é que sem um investimento mínimo em tecnologia, em muitos 
segmentos, hoje, é quase impossível progredir. É por isso que você deve considerar 
investir em tecnologia da informação na sua companhia. Mais do que um diferencial 
competitivo, em muitos casos ela pode significar a manutenção do seu negócio vivo 
perante a concorrência.
A importância das novas Tecnologias de Informação e da Comunicação ( TICs) na 
sociedade de atualmente é um fato. Além disso, uma parte muito significativa da 
humanidade é hoje diretamente afetada pelas transformações provocadas pelas 
TICs do plano econômico ao social. 
O setor de TICs representa as atividades industriais, comerciais e de serviços que 
capturam eletronicamente, transmitem e disseminam dados e informações. Dentre 
essas atividades podem ser destacados os produtos e serviços relacionados à 
informática, às telecomunicações e à microeletrônica. 
Esse setor se destaca por possuir expressivo dinamismo econômico e tecnológico, 
que além do mais, se difunde às demais cadeias de produto e processo em que se 
insere. Além disso, abrange uma gama variada de segmentos que impactam de forma 
significativa o crescimento econômico e o bem-estar social dos países. 
Produtos de opções políticas e de evoluções sociais, e não de meras revoluções 
técnicas, as TICs alteram as relações de espaço e tempo, geram novos e imprevisíveis 
caminhos na comunicação entre os homens, sobretudo devido ao imenso potencial 
de interatividade que desencadeiam, abrem ilimitadas oportunidades de acesso à 
informação e à inovação, como automatização da produção, eficiência de processos 
organizacionais, gestão de negócios, comércio globalizado, bancos de dados 
especializados, altas taxas de conectividade, comunicação eficiente e segura, maior 
oportunidade de negócios, relacionamentos interpessoais, além de facilidade e 
agilidade na troca de informações. 
33
COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
2.3.1. Como podemos conceituar as Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TICs)? 
É um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, queproporcionam, 
por meio das funções de hardware , software e telecomunicações, a automação 
e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e 
aprendizagem.
As TICs são recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação. 
Esse conceito enquadra-se na visão de gestão da Tecnologia da Informação e do 
Conhecimento. 
As Tecnologias da Informação e Comunicação podem ser todo e qualquer dispositivo 
que tenha capacidade para tratar dados e/ou informações, tanto de forma sistêmica 
como esporádica, quer esteja aplicada ao produto, quer esteja aplicada ao processo 
(CRUZ, 1998). 
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) referem-se ao papel da comunicação 
(seja por fios, cabos, ou sem fio) na moderna tecnologia da informação. Entende-se 
que TICs consistem em todos os meios técnicos usados para tratar a informação 
e auxi l iar na comunicação, o que inclui o hardware de computadores, rede, 
telemóveis. Em outras palavras, TICs consistem em TI, bem como quaisquer 
formas de transmissão de informações e correspondem a todas as tecnologias 
que inter ferem e mediam os processos infor macionais e comunicativos dos 
seres. Ainda, podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos 
integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardware, software 
e telecomunicações, a automação e comunicação dos processos de negócios, da 
pesquisa científica, de ensino e aprendizagem, entre outras.
2.3.2. A grande revolução no cenário das tecnologias da 
informação: o computador
A última grande revolução no cenário das tecnologias da informação foi, sem dúvida, a 
criação do computador e, posteriormente, a rede mundial de computadores, a internet. 
Tanto o computador quanto a internet foram criados inicialmente para atender, 
explicitamente, a interesses militares. O computador foi criado pelas Forças Armadas 
americanas durante a Segunda Guerra Mundial e a internet na década de 1960, no 
período da Guerra Fria.
2.3.2.1. A história dos computadores
A evolução dos computadores acompanhou a evolução da sociedade durante os séculos 
século XX e XXI. Entretanto, a história do computador não teve início apenas na 
modernidade.
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CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
Lembre-se de que os computadores são aparelhos eletrônicos que recebem, armazenam 
e produzem informações de maneira automática. Eles fazem parte do nosso cotidiano, 
sendo cada vez maior o número de computadores usados no mundo.
A palavra computador vem do verbo “computar” que, por sua vez, significa “calcular”. 
Sendo assim, podemos pensar que a criação de computadores começa na idade 
antiga, já que a relação de contar já intrigava os homens. Dessa forma, uma das 
primeiras máquinas de computar foi o “ábaco”, instrumento mecânico de origem 
chinesa criado no século V a.C. Assim, ele é considerado o “primeiro computador”, 
uma espécie de calculadora que realizava operações algébricas.
Figura 8. ábaco.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
No século XVII, o matemático escocês John Napier foi um dos responsáveis pela 
invenção da “régua de cálculo”. Trata-se do primeiro instrumento analógico de 
contagem capaz de efetuar cálculos de logaritmos. Essa invenção foi considerada a 
mãe das calculadoras modernas.
Figura 9. Régua de Cálculo.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-
computadores-80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
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COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
Por volta de 1640, o matemático francês Pascal inventa a primeira máquina de 
calcular automática. Essa máquina foi sendo aperfeiçoada nas décadas seguintes 
até chegar ao conceito que conhecemos hoje. 
A primeira calculadora de bolso capaz de efetuar os quatro principais cálculos 
matemáticos foi criada por Gottfried Wilhelm Leibniz. Esse matemático alemão 
desenvolveu o primeiro sistema de numeração binário moderno que ficou conhecido 
como “Roda de Leibniz”.
Figura 10. Roda de Leibniz.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
A primeira máquina mecânica programável foi introduzida pelo matemático francês 
Joseph-Marie Jacquard. Tratava-se de um tipo de tear capaz de controlar a confecção 
dos tecidos através de cartões perfurados.
George Boole (1815-1864) foi um dos fundadores da lógica matemática. Essa nova 
área da matemática se tornou uma poderosa ferramenta no projeto e estudo de 
circuitos eletrônicos e arquitetura de computadores.
Já no século XIX, o matemático inglês Charles Babbage criou uma máquina analítica 
que, grosso modo, é comparada com o computador atual com memória e programas. 
Por meio dessa invenção, alguns estudiosos o consideram o “Pai da Informática”.
Alan Turing foi um matemático e criptógrafo inglês, considerado atualmente o pai 
da computação, uma vez que, por meio de suas ideias, foi possível desenvolver o que 
chamamos hoje de computador. Turing também ficou muito conhecido como um dos 
responsáveis por decifrar o código utilizado pelas comunicações nazistas durante a 
Segunda Guerra Mundial.
Por meio do seu trabalho, foi desenvolvida uma máquina conhecida como bomba 
eletromecânica (The Bombe, em inglês) ou máquina de Turing, que decifrou o código 
da máquina Enigma, utilizada pelos alemães, e permitiu que os aliados tivessem acesso 
a informações privilegiadas ao longo da guerra. 
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CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
A máquina de Turing foi criada em 1936, muito tempo antes da invenção dos computadores 
modernos. Até hoje, a maior parte dos nossos dispositivos eletrônicos, como celulares e 
computadores, são máquinas programáveis, que operam de acordo com os fundamentos da 
máquina de Turing. 
Assim, as máquinas de computar foram, cada vez mais, incluindo a variedade de cálculos 
matemáticos (adição, subtração, divisão, multiplicação, raiz quadrada, logarítmos etc.). 
Atualmente, é possível encontrar máquinas de computar muito mais complexas. 
O computador, tal qual conhecemos hoje, passou por diversas transformações e foi se 
aperfeiçoando ao longo do tempo, acompanhando o avanço das áreas da matemática, 
engenharia e eletrônica. É por isso que não existe somente um inventor.
De acordo com os sistemas e ferramentas utilizados, a história da computação está 
dividida em quatro períodos/gerações.
A Primeira Geração (1951-1959)
Os computadores de primeira geração funcionavam por meio de circuitos e válvulas 
eletrônicas. Possuíam o uso restrito, além de serem imensos e consumirem muita energia.
Um exemplo é o ENIAC (Eletronic Numerical Integrator and Computer) que consumia cerca 
de 200 quilowatts e possuía 19.000 válvulas.
Figura 11. Computador EnIAC.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
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COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
A Segunda Geração (1959-1965)
Ainda com dimensões muito grandes, os computadores da segunda geração 
funcionavam por meio de transistores, os quais substituíram as válvulas que eram 
maiores e mais lentas. Nesse período já começa a se espalhar o uso comercial.
Figura 12. Computador da segunda geração utilizando transistores.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
A Terceira Geração (1965-1975)
Os computadores da terceira geração funcionavam mediante o emprego de 
circuitos integrados/chips . Esses substituíram os transistores e já apresentavam 
uma dimensão menor e maior capacidade de processamento. Foi nesse período 
que a utilização de computadores pessoais começou.
Figura 13. Computador da terceira geração utilizando circuitos integrados.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
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CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
A Quarta Geração (1975 – até os dias atuais)
Com o desenvolvimento da tecnologia da informação, os computadores diminuem de 
tamanho, aumentam a velocidade e capacidade de processamento de dados. São incluídos 
os microprocessadores com gasto cada vez menor de energia.
Nesse período, mais precisamente a partir da década de 1990, há uma grande expansão dos 
computadores pessoais.
Figura 14. Computador da quarta geração.
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
Além disso, surgem os softwares integrados e, a partir da virada do milênio, começam 
a surgir os computadores de mão. Ou seja, os smartphones, iPod, iPad e tablets, que 
incluem conexão móvel com navegação na web.
Figura 15. Evolução dos computadores.
 
 
Evolução dos Computadores 
1960 1970 1980 1990 2000 2010 2015 
Fonte: https://medium.com/@annajulianogueira.alves/hist%C3%B3ria-e-evolu%C3%A7%C3%A3o-dos-computadores-
80c01179cb5b. Acesso em: 31 março 2020.
Segundo a classificação, nós pertencemos à quarta geração dos computadores, o que tem 
revelado uma evolução incrível nos sistemas de informação.
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COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
Observe que antes a evolução dos computadores ocorria de maneira mais lenta. Com o 
desenvolvimento da sociedade, podemos ver a evolução dessas máquinas em dias ou meses.
Alguns estudiosos preferem acrescentar a “Quinta Geração de Computadores”, com o 
aparecimento dos supercomputadores, utilizados por grandes corporações como a NASA. 
Nessa geração, é possível avaliar a evolução da tecnologia multimídia, da robótica e 
da internet. Onde o futuro busca a miniaturização contínua com a nanotecnologia, 
computadores óticos – utilização de um cubo ótico e o cruzamento de feixes de luz, e 
computadores quânticos – átomos desempenhando o papel dos transistores.
2.4. Os componentes das Tecnologias da Informação e 
Comunicação 
 » O hardware e seus dispositivos e periféricos; 
 » O software e seus recursos; 
 » Os sistemas de telecomunicações;
 » A gestão de dados e informações. 
2.4.1. O hardware
O hardware corresponde aos componentes físicos do computador, ou seja, são as peças 
e aparatos eletrônicos que, ao se conectarem, fazem o equipamento funcionar. Ele é 
uma estrutura formada por peças eletrônicas, magnéticas e mecânicas. O hardware é 
constituído pelos seguintes componentes:
 » Unidade central de processamento (CPU): manipula os dados e controla tarefas 
realizadas pelos outros componentes.
 » Dispositivos de entrada: aceitam dados e instruções e os convertem em uma forma 
que o computador possa entendê-los. Exemplo: teclado e mouse.
 » Dispositivos de saída: apresentam os dados de forma que as pessoas possam 
entendê-los. Exemplo: monitor e impressora.
 » Memória principal : armazenamento interno e temporário dos dados e 
instruções de programação durante o processamento. Também armazena 
resultados intermediários de processamento. Exemplo: memórias ROM (Read 
Only Memory – Memória Somente para Leitura e RAM (Random Access Memory 
– Memória de Acesso Aleatório).
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CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
 » Memória secundária: armazenamento externo de dados e programas. Exemplo: 
disco rígido, DVD e pendrive.
 » Dispositivos de comunicação: permitem o fluxo de dados das redes externas de 
computadores para a CPU e da CPU para as redes de computadores. Exemplo: placa 
de rede, switch, roteador.
Figura 16. Os componentes de hardware do computador.
 
 
Caixa de som 
Monitor 
Fonte de energia Drive de DVD/CD 
Placa-mãe 
Processador 
Memória 
Placa de vídeo 
Placa de som 
Disco rígido Leitor interno 
Mouse 
Teclado 
Fonte: https://www.todamateria.com.br/hardware-e-software/. Acesso em: 31 março 2020.
2.4.2. O software
Os softwares representam todas as instruções que o computador recebe pelo usuário 
para que determinada tarefa seja executada. Para isso, ele utiliza códigos e linguagem de 
programação. 
Nenhuma ação pode ser executada em um hardware sem que esse receba instruções. 
Essas instruções são chamadas de software ou programas de computador. Eles são 
classificados de duas formas:
 » Software de sistema: são programas que permitem a interação do usuário com a 
máquina. Como exemplo, podemos citar o Windows, que é um software pago; e o 
Linux, que é um software livre;
 » Software de aplicativo: são programas de uso cotidiano do usuário, permitindo a 
realização de tarefas, como os editores de texto, planilhas, navegador de internet etc.
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COnCEITOS DE TICs • CAPÍTULO 2
Figura 17. Exemplos de software.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/hardware-e-software/. Acesso em: 31 março 2020.
2.4.3. Diferenças entre hardware e software
Em todos os equipamentos, o software atua informando as tarefas a serem realizadas, para 
que, assim, sejam executadas pelo hardware.
Conheça no quadro a seguir as principais diferenças entre hardware e software.
Quadro 2. Diferenças entre hardware e software.
Hardware Software
O que são Elementos físicos que formam o equipamento.
Programas ou sistemas que fazem o equipamento 
funcionar.
Função Atua como sistema de entrega do software.
Executa uma tarefa específica, o qual fornece as 
instruções ao hardware.
Tempo de vida Pode estragar com o tempo. Pode ficar desatualizado.
Desenvolvimento Criado a partir de materiais eletrônicos.
Criado por meio de códigos e linguagem de 
programação.
Inicialização Funciona quando o software é carregado. Instalado no equipamento para que esse funcione.
Manutenção As peças podem ser substituídas por outras. Pode ser reinstalado.
Fonte: Elaboração da autora.
2.4.4. O computador
Todo equipamento ou componente eletrônico capaz de receber, armazenar e processar 
dados, de modo organizado e previamente programado, e devolvê-los com a resposta 
para uma tarefa específica. Com base em suas capacidades de processamento, os 
computadores são classificados como:
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CAPÍTULO 2 • COnCEITOS DE TICs
Su p e rc o m p u t a d o re s : c o m m a i o r c a p a c i d a d e d e p ro c e s s a m e n t o, s ã o m u i t o 
i m p o r t a n t e s p a ra g ra n d e s m o d e l o s d e s i m u l a ç ã o d e f e n ô m e n o s re a i s , q u e 
exigem representações e cálculos matemáticos complexos ou para a criação e o 
processamento de imagens como simular previsões climáticas. São muito usados 
nas áreas científicas e militares, apesar de o seu uso na área de negócios ter 
aumentado à medida que seu preço diminui.
Computadores paralelos massivos: utilizam grande número de processadores que 
dividem e processam, de forma independente, pequenas porções de grandes problemas. 
Esses problemas consomem toda a capacidade de processamento de um único 
computador convencional e, por isso, é preciso utilizar os processadores de diversos 
computadores ao mesmo tempo.
Mainframe: usado para o processamento de dados centralizado, utiliza grandes 
bancos de dados e aplicativos que permitem que os dados e as informações sejam 
compartilhados por toda a organização.
Minicomputadores : também chamados de computadores de médio porte, são 
projetados para realizar tarefas específicas, tais como controle de processos, pesquisa 
científica e aplicações de engenharia. As organizações ganham maior flexibilidade 
corporativa distribuindo o processamento de dados para minicomputadores em 
unidades espalhadas pela empresa do que utilizando a computação centralizada num 
único local.
Estações de Trabalho (Workstations): proporcionam altos níveis de desempenho 
exigidos pelos usuários por fornecerem alta capacidade de processamento gráfico e 
matemático.
Computadores Pessoais (PCs): chamados também de microcomputadores/micros, 
representam a categoria menor e mais barata de computadores de uso geral. Podem 
ser subdivididos em duas categorias, baseadosem seu tamanho: desktops e notebooks. 
Os computadores desktop possuem desenho

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