Direito Empresarial I - Aula 1 - Teoria Geral do Direito Empresarial - 2020

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19/03/2020
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DIREITO
EMPRESARIAL I
Prof. Esp. Valdenor Ferreira
TEORIA GERAL DO 
DIREITO 
EMPRESARIAL
Prof. Esp. Valdenor Ferreira
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL/COMERCIAL
O comércio sempre ocupou importante lugar no seio da humanidade,
tendo papel fundamental no seu desenvolvimento. Diante dos grandes
conglomerados econômicos que não param de se fortalecer, fica difícil imaginar a
vida sem a atividade mercantil, que surgiu dos usos e costumes da classe
comerciante da Idade Média, adquiriu grandes proporções e elevada importância,
disciplinando toda a seara mercantilista: operações de crédito, direitos do
consumidor, celebração de contratos, fusão de grandes empreendimentos,
controle de práticas econômicas abusivas, consumo de produtos importados,
cheques sem fundos, circulação de bens e valores, entre muitas outras operações
executadas pela quase totalidade dos habitantes do planeta.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL/COMERCIAL
Os registros históricos indicam que, primitivamente, o
homem produzia para seu próprio sustento e,
gradativamente, a produção foi alavancada pelo escambo
(trocas de materiais).
 Com o passar do tempo e a fim de facilitar a troca, inventou-se a moeda.
As primeiras regras acerca de atividades econômicas são
encontradas no Código do Rei Manu, na Índia, e no Código
de Hamurabi.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL/COMERCIAL
 Não havia um corpo sistemático a que se pudesse chamar Direito Comercial.
 Entende-se que esse ramo do Direito surgiu na Idade Média, entre os séculos V e
XV, muito em função de o Direito Civil não satisfazer as necessidades do
comércio.
 Esse contexto fez com que o Direito Comercial nascesse de forma fragmentária,
baseado nos usos e costumes mercantis da época, órfão de consistência
científica. Era um Direito costumeiro.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL/COMERCIAL
Com a evolução das normas pertinentes ás relações comerciais, o
Direito Comercial abarcou também as demandas entre
comerciantes e não comerciantes, surgindo a necessidade de
delimitação da matéria de comércio, para se determinar a
competência do juízo consular.
Esse movimento levou à chamada fase objetiva do Direito
Comercial, vez que não mais se levava em conta o sujeito, mas o
objeto, o ato de comércio.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL/COMERCIAL
 Em 1807, o Direito Comercial passa a ser conhecido como a disciplina dos atos
de comércio, com o advento do Código Napoleônico, que adotou o conceito
objetivista da teoria dos atos de comércio.
 Tal codex influenciou fortemente o Ordenamento Jurídico do mundo inteiro,
inclusive o Código Comercial Brasileiro de 1850, que também abraçou a teoria
francesa dos atos de comércio.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL/COMERCIAL
 Com o crescimento e fortalecimento da indústria, a teoria da empresa começou a
se fortalecer.
A partir de 1942, com o surgimento do Código Civil Italiano,
que adotou a teoria da empresa, passou a influenciar a
produção normativa no mundo inteiro.
Com o advento do Código Civil brasileiro em 2002, que
adotou a teoria da empresa, o Direito Comercial passou a ser
chamado de DIREITO EMPRESARIAL.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
FASES DE FORMAÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL
1- Fase das Corporações de Ofício (Direito Comercial das Corporações)
Marcado pela aglutinação dos comerciantes em torno das
chamadas Corporações de Ofício , através das quais buscam tutelar
satisfatória e adequadamente suas atividades.
Caracterizado por forte subjetivismo , tratava-se de um direito
classista, pois amparava unicamente a classe dos comerciantes
inscritos nas corporações e submetidos a regras comerciais por eles
próprios estabelecidas.
Teve seu declínio a partir da Revolução Francesa (1789)
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
FASES DE FORMAÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL
2- Fase da Teoria dos Atos de Comércio (Direito Comercial)
Teve como principal protagonista o Code de Commerce (Código
Comercial) francês, elaborado em 1807 pelos juristas de Napoleão
Bonaparte.
Houve abandono do subjetivismo, que deu lugar ao objetivismo
dos atos de comércio .
No Brasil, o Código Comercial de 1850 foi inspirado na Teoria
dos Atos de Comércio. Ele descrevia comerciante como aquele que
praticada mercancia.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
FASES DE FORMAÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL
3- Fase da Teoria da Empresa (Direito Empresarial)
Com a promulgação do Codice Civile (Código Civil italiano) de
1942, foi consagrada a Teoria dos Atos de Empresa , que é mais
ampla que a Teoria dos Atos de Comércio, pois alcança qualquer
atividade econômica organizada para produção ou para circulação de
bens ou de serviços, e não apenas a atividade comercial.
O comércio, a indústria e a prestação de serviços seriam
espécies de um gênero comum, a atividade empresarial.
O Código Civil brasileiro de 2002 optou por essa teoria.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO EMPRESARIAL É MAIS AMPLO QUE O DIREITO COMERCIAL
O Direito Empresarial alcança todo o exercício profissional de
atividade econômica organizada para a produção ou circulação de
bens ou de serviços (exceto intelectual).
Produção de bens e serviços
Circulação de bens e serviços.
O Direito Comercial alcançava apenas a atividade comercial
(circulação de bens e serviços).
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO EMPRESARIAL/DIREITO COMERCIAL - CONCEITO
Direito Comercial “é o ramo do Direito privado que
tem por objeto regular as relações jurídicas que surgem do
exercício do comércio”.
Cesare Vivante
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO EMPRESARIAL/DIREITO COMERCIAL - CONCEITO
O Direito Comercial cuida do exercício da “atividade
econômica organizada de fornecimento de bens ou
serviços, denominada empresa. Seu objeto é o estudo dos
meios socialmente estruturados de superação dos conflitos
de interesses envolvendo empresários ou relacionados às
empresas que exploram”.
Fábio Ulhôa Coelho
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO EMPRESARIAL/DIREITO COMERCIAL - CONCEITO
O Direito Empresarial é o “ramo do Direito que tem
por objeto a regulamentação da atividade econômica
daqueles que atuam de forma organizada e com
habitualidade na circulação ou produção de bens e
prestação de serviços, objetivando a obtenção de lucro”.
Elisabete Vido
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO EMPRESARIAL OU DIREITO COMERCIAL?
O Código Civil de 2002 revogou todo o Código Civil de 1916 e
parte do Código Comercial de 1850 (artigos 1° ao 456).
Ao adotar a Teoria dos Atos de Empresa, a expressão Direito
Empresarial passou a ser usada no lugar do Direito Comercial
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL
Apesar da unificação formal, com alguns aspectos do direito empresarial
regulados pelo Código Civil, é asseguradapela Constituição Federal de 1988, no
artigo 22, I, que, ao tratar da competência privativa da União em legislar sobre
diversas matérias, explicitou dentre elas distintamente o Direito Civil e o Direito
Comercial, mantendo, portanto, sua autonomia em relação ao Direito Civil.
Atualmente é chamado de DIREITO EMPRESARIAL, pois a
preocupação da disciplina também é com a atividade empresarial de maneira
ampla e não apenas com a antiga atividade comercial.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
CONCEITO DO DIREITO EMPRESARIAL
O Direito Empresarial, antigo Direito Comercial, é o ramo do direito que
estuda as relações privatistas que envolvem a empresa e o empresário. Nessas
relações estão o estudo da empresa, o direito societário, as relações de título de
crédito, as relações de direito concorrencial, as relações de direito intelectual e
industrial e os contratos mercantis.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
OBJETO DO DIREITO EMPRESARIAL
O objeto do Direito Empresarial é, essencialmente, regular as relações
entre empresários e dispor sobre as regras das sociedades empresárias, sem
perder de vista as regras disciplinadoras da circulação dos bens entre aqueles que
os produzem e aqueles que os consomem.
Pode-se dizer que seu objeto é qualquer atividade negocial (que tenha
como objetivo o lucro) (exceto as intelectuais).
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
Princípio da livre iniciativa e da livre concorrência: preconiza-se o livre
exercício da atividade econômica organizada privada, na qual o Estado participa tão
somente como agente normativo de fiscalização, incentivo e planejamento.
•O art. 5°, XIII, da Constituição Federal de 1988 dispõe que “é livre o exercício
de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer”.
•O art. 170, parágrafo único da Constituição Federal de 1988, também colabora
nesse entendimento: “é assegurado a todos o livre exercício de qualquer
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos,
salvo nos casos previstos em lei”.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
 Para a doutrina livre concorrência, oriunda de atuação profissional, é a
liberdade dada aos empresários para exercerem suas atividades segundo
seus interesses, limitadas somente pelas leis econômicas, porém norteadas pelo
princípio da boa-fé objetiva.
 Trata-se da opção de uma forma de competição (leal e lícita) com os demais
fatores econômicos dos que exercem a mesma atividade no mercado.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
A norma que incentiva a livre concorrência proíbe e sanciona a concorrência
desleal, que causa dano material e/ou moral, podendo atingir os direitos de
personalidade do empresário individual ou coletivo, como seu nome, sua honra
objetiva, sua imagem, seu segredo etc.
Ficam vedadas as concorrências desleais e a infração à ordem econômica, e
segundo o art. 173, parágrafo 4°, da Constituição Federal de 1988, “a lei reprimirá
o abuso do poder econômico, que vise à dominação dos mercados e à
eliminação da concorrência, e o aumento arbitrário dos lucros”.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
Exemplos de atos que caracterizam a concorrência desleal:
 Violação de segredo empresarial, mediante fraude na obtenção de informação
sobre o empresário concorrente, na invasão a banco de dados, infiltração de
empregados no corpo de funcionários do concorrente.
 Indução do consumidor em erro sobre a origem do produto ou serviço por
meio de publicidade enganosa ou de publicação falsa, tudo para obter vantagens
em detrimento do concorrente.
 Inobservância do padrão de qualidade dos produtos e serviços.
 Sonegação de tributos.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
De acordo com o art. 209, da Lei n° 9.279 de 1996 (Propriedade Industrial), o lesante deverá, pela
prática dos atos descritos, reparar civilmente o prejuízo causado mediante o pagamento de perdas e
danos.
Lei n° 9.279/1996
Art. 209. Fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e danos em ressarcimento de
prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade industrial e atos de
concorrência desleal não previstos nesta Lei, tendentes a prejudicar a reputação ou os negócios
alheios, a criar confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de
serviço, ou entre os produtos e serviços postos no comércio.
§ 1º Poderá o juiz, nos autos da própria ação, para evitar dano irreparável ou de difícil
reparação, determinar liminarmente a sustação da violação ou de ato que a enseje, antes da
citação do réu, mediante, caso julgue necessário, caução em dinheiro ou garantia fidejussória.
§ 2º Nos casos de reprodução ou de imitação flagrante de marca registrada, o juiz poderá
determinar a apreensão de todas as mercadorias, produtos, objetos, embalagens, etiquetas e
outros que contenham a marca falsificada ou imitada.
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PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
Princípio da Função Social da Empresa
 Pela teoria da função social da empresa, o empresário e a sociedade empresarial
deverão ter o poder-dever de, no desenvolvimento de sua atividade, agir a
serviço da coletividade.
 É preciso compartilhar essa função social, visando o bem comum, o bem-estar e
a justiça social, com finalidade de produção de lucros.
 A empresa como atividade econômica organizada, deve ser preservada por gerar
lucro, empregos e tributos, ou seja, a empresa é pró-sociedade quando bem-
sucedida. Interessa a todos preservá-la.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
Código Civil de 2002
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função
social do contrato.
Lei n° 11.101/2005 – Lei de Recuperação de Empresas e Falência
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da crise
econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte
produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores,
promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o
estímulo à atividade econômica.
Vejam também: Artigos 5°, XIII, XXIII, 170, II a IX e 186, da Constituição Federal 1988.
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
P R I N C Í P IOS D O D I R E I T O E M P R E SA R I A L
Constituição Federal de 1988
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ...
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
...
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
...
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conformeo impacto ambiental dos produtos e serviços e de
seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração
no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos
públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência
estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
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PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
Princípio da Simplicidade das formas (informalismo): As formas
precisam ser simples, do contrário os negócios se tornam muito
lentos, podendo inviabilizar as atividades.
Princípio do fragmentalismo: não apresenta um sistema jurídico
completo, mas um complexo de normas.
Princípio da Onerosidade: Nada se presume gratuito, salvo
disposição expressa em contrário. Desconhece a gratuidade.
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PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
Princípio do Individualismo: o lucro está vinculado ao interesse
individual.
Princípio do Cosmopolitismo: Precisa de normas internacionais.
Não cabe direito empresarial isolado, exclusivamente nacional, pois
as atividades não se restringem a um país. A matéria representa um
fato universal e sem fronteiras.
Princípio da Tutela de crédito: O crédito é um elemento essencial
para a atividade empresarial. A lógica do direito empresarial é a
proteção do credor (desde que este seja de boa-fé).
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DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL
Fonte é o início de algo, é o modo pelo qual surgem as normas
jurídicas de um determinado ramo do direito.
As fontes do direito podem ser classificadas em:
Fontes Materiais: fenômenos socioeconômicos e políticos;
Fontes Formais: conteúdo ou norma jurídica, são elas que dão
fundamento para o ramo do direito a ser estudado e são
validadoras das normas jurídicas estabelecidas.
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FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO EMPRESARIAL I - TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL
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FONTES FORMAIS DO DIREITO EMPRESARIAL
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DIREITO
EMPRESARIAL I
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