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Eletroterapia aplicada a dermato-funcional

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Brasília-DF. 
ElEtrotErapia aplicada 
à dErmato-Funcional
Elaboração
Luísiane de Ávila Santana
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
INTRODUÇÃO A .................................................................................................................................... 9
ELETROTERAPIA ...................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
ONDAS ELÉTRICAS ................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
CORRENTES ELÉTRICAS USADAS NA ESTÉTICA .......................................................................... 16
UNIDADE II
INTRODUÇÃO À ONDA MECÂNICA ..................................................................................................... 37
CAPÍTULO 1
ULTRASSOM ........................................................................................................................... 37
CAPÍTULO 2
ONDAS MECÂNICAS USADAS NA ESTÉTICA ............................................................................. 42
UNIDADE III
INTRODUÇÃO AO RAIO DE LUZ ............................................................................................................ 47
CAPÍTULO 1
LASER .................................................................................................................................... 47
CAPÍTULO 2
LUZ INTENSA PULSADA (LIP) ...................................................................................................... 57
UNIDADE IV
RADIOFREQUÊNCIAS NACIONAIS X IMPORTADAS ................................................................................. 59
CAPÍTULO 1
FREQUÊNCIAS DAS ONDAS DE RÁDIOS .................................................................................. 59
UNIDADE V
ORIENTAÇÕES TÉCNICAS .................................................................................................................... 62
CAPÍTULO 1
RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................ 62
PARA (NÃO) FINALIZAR ..................................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 65
4
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem 
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela 
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade 
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos 
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma 
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para 
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar 
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a 
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de 
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões 
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao 
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e 
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos 
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
6
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
7
Introdução
De todas as tecnologias que serão abordadas neste caderno de estudo o Laser de CO2 é a única 
técnica que deve ser aplicada somente pelo médico especializado. As demais tecnologias não são 
consideradas ablativas, porém ainda não existe um consenso bem esclarecido sobre quem pode ou 
não aplicar determinados aparelhos considerados ninimamente invasivos. Para que não se tenha 
problemas legais é extremamente importante que tanto o Profissional da Saúde, Especialista em 
Estética quanto o Fisioterapeuta, Especialista em Dermato-Funcional, conheça as normativas de 
seu Conselho de Classe, porém, também é importante conhecer as Leis Municipais e Estaduais, 
pois, nenhum Conselho pode ir contra elas. O que é uma contradição.
O profissional Fisioterapeuta possui um Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Crefito 
–, bem definido e estruturado, com normas sobre a atividade privativa que deve ser desempenhada 
por ele, um especialista Dermato-Funcional. São essas as regras que ele deve seguir, independente 
das estipuladas por outros Conselhos, como o de Mediciona (CRM). Já o Especialista em Estética, 
graduado em outras áreas da saúde, deve verificar o que diz o seu Conselho, ou se devem ser seguidas 
normas do CRM, quando são desenvolvidos tratamentos minimamente invasivos. Uma vez que, 
nem todos os Conselhos têm normas definidas para tratamentos estéticos, muitos seguem o CRM. 
O mais importante é ter consciência de que somente o conhecimento da técnica, não habilita o 
profissional a utilizá-la.
Por tanto, se ter consciência de quealgumas tecnologias existentes no mercado não podem ser 
manuseadas por alguns profissionais é o conhecimento mais importante antes de começar a estudar 
este Caderno.
No presente Caderno de Estudos e Pesquisa encontram-se definidas as técnicas de eletroterapia, no 
sentido de elucidá-las, aprofundando seis detalhes técnicos e a aplicação sobre elas.
Quando falamos em eletroterapia, várias são as possibilidades que nos vêm à mente devido à alta 
gama de estudos desenvolvidos nas diversas categorias utilizadas nessa modalidade terapêutica. 
Isto é uma vantagem para o paciente e uma ferramenta a mais para o terapeuta.
A eletroterapia vem sendo cada vez mais utilizada nos tratamentos estéticos faciais e corporais, 
sendo até considerada como fundamental por muitos profissionais da área. Por esse fato, torna-se 
imprescindível o conhecimento pleno das técnicas e sua correta utilização, evitando lesões.
Muitas melhorias no tratamento estético são temporárias, mas conforme o tratamento vai sendo 
realizado, os benefícios tornam-se mais duradouros, pois, o efeito contínuo da corrente faz com que 
ela atue mesmo após a aplicação. Esses benefícios não são definitivos, visto que os efeitos do tempo 
continuarão a incidir sobre o organismo.
Cada capítulo, dedicamos ao trabalho destinado às atividades educativas, bem como às práticas 
desenvolvidas no cotidiano de um ambiente universitário. Porém, lembramos, sempre, de que você 
8
é protagonista da história que estamos construindo a partir de agora. Portanto, tenha esse Caderno 
como direção, mas nunca se limite a ele.
Bons estudos!
Objetivo
 » Estudar os equipamentos usados na estética, seus princípios bioquímicos, biofísicos 
e fisiológicos.
 » Identificar os aspectos físicos necessários para a compreensão da aplicabilidade de 
cada equipamento. 
 » Desenvolver habilidades no manuseio dos equipamentos. 
 » Reconhecer as características dos equipamentos e seu funcionamento. 
 » Conhecer as indicações e contraindicações dos equipamentos.
9
UNIDADE IINTRODUÇÃO A
ELETROTERAPIA
CAPÍTULO 1
Ondas Elétricas
.
O que existe em comum entre: estímulo doloroso; contração muscular; processo de 
cicatrização / regeneração e lesão tecidual?
Há polaridade, em todos esses processos existe efeito elétrico. O impulso nervoso é o sinal elétrico 
transmitido ao longo do axônio. Esse sinal elétrico é iniciado por algum estímulo, que causa uma 
alteração da carga elétrica do neurônio, sendo sua direção a dos dendritos para os terminais axônicos. 
Esse sinal passa de um neurônio ao seguinte, ou termina num órgão efetor, como um grupo de fibras 
musculares, ou retorna ao sistema nervoso central. 
Em qualquer evento, existe polaridade e quando a polaridade é interrompida, ou por lesão, ou por 
dor, ou quando se quer aumentar a intensidade do evento, precisamos restabelecer a polaridade do 
local.
Quando se fala em eletroterapia, tem-se que ter consciência dos efeitos da eletricidade em nosso 
organismo, pois, quando se pensa em tratamentos estéticos, baseados na eletroterapia, pode-se 
dizer que ela vai estimular ou inibir a eletricidade do nosso organismo, baseando-se na terapêutica 
aplicada.
A mesma energia transmitida de forma diferente não tem a mesma resposta. O que 
isso quer dizer?
Quanto menor a fase do pulso, maior tem que ser a intensidade para alcançar os limiares, sendo essa 
corrente é mais agradável.
10
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
No gráfico acima, temos exemplo da mesma quantidade de energia, porém, isso não significa a 
mesma resposta.
Observando o gráfico acima, percebemos que nem todas as correntes vão produzir contração, porque 
por mais que se aumente a intensidade, ela pode nunca chegar à necessidade do limiar. 
.
Quando usar corrente que atinge o limiar motor da fibra muscular?
11
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
Usada para tratar pacientes que perderam o nervo periférico, a corrente tem que ser suficiente para 
produzir contração diretamente na fibra muscular. Para isso há necessidade de uma corrente ideal, 
que é encontrada quando adequamos à frequência.
A frequência (Hz) é a quantidade de repetições por um determinado tempo. A faixa de frequência 
terapêutica do nosso organismo é de 1 à 200Hz, quando se refere à corrente elétrica exitomotora. 
Fora isso o nosso organismo não trabalha, portanto não existe terapia.
 » 1-10Hz – alcança músculo liso (exemplo vasos linfáticos); músculo esquelético do 
tipo I; Analgesia.
 » 30-100Hz – alcança músculo esquelético tipo II.
 » 80-200Hz – alcança analgesia.
Observação: Não adianta aplicar frequências mais elevadas, para correntes exitomotoras porque 
não existe nada no organismo que trabalhe fora dessas frequências.
Conhecendo os parâmetros físicos
.
Se pensamos que a eletroterapia é a aplicação de eletricidade no paciente, por que 
não colocarmos o dedo do paciente na tomada?
Porque a amperagem (intensidade) é alta e ele iria levar um choque.
a) Eletricidade
É uma forma básica de energia na ciência física e pode produzir efeitos sobre os tecidos.
b) Carga Elétrica 
É uma propriedade física, com cargas positivas e negativas. A carga é carregada por elétrons 
(negativa) e prótons (positiva).
Cargas iguais se repelem umas às outras, enquanto cargas opostas se atraem.
 » Átomo: Formado por elétrons e prótons.
 » Íons: São átomos carregados positivamente ou negativamente.
 Átomo (positivos) cátions.
 Átomo (negativos) ânions.
Os tecidos biológicos são condutores, porque os íons são livres para se moverem, quando expostos 
às forças eletromotrizes.
12
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
c) Campo Elétrico
Um campo eletromagnético é um espaço onde agem forças magnéticas, que se formam em torno 
de um condutor elétrico. Quando há uma corrente elétrica num condutor, não somente o condutor 
é submetido a alterações, mas também a região que o circunda sofre modificações. Forma-se um 
campo eletromagnético em volta do condutor. Quanto maior a intensidade da corrente no condutor, 
tanto mais forte é o campo eletromagnético ao seu redor. Sempre quando o campo eletromagnético 
ao redor do condutor se desfaz, ele se desprende do condutor e parte em direção ao infinito. Enquanto 
há corrente ao redor do condutor, ondas eletromagnéticas são geradas. Uma onda é a propagação 
de uma oscilação.
d) Pulso (ms ou µs)
Largura de fase da onda, a medida de onde inicia até onde termina uma onda, em cada pulso se 
obtém uma determinada quantidade de energia já preestabelecida. 
e) Frequência (Hz)
Frequência é a quantidade de pulso em um determinado tempo.
Relação Frequência versus largura de pulso – sempre que for alterada a frequência de um 
equipamento é o repouso do pulso que está sofrendo alteração.
É uma grandeza física associada a movimentos de característica ondulatória que indica o número de 
revoluções (ciclos, voltas, oscilações etc.) por unidade de tempo.
Alternativamente, podemos medir o tempo decorrido para uma oscilação. Esse tempo, em particular, 
recebe o nome de período (T). Desse modo, a frequência é o inverso do período. 
Considere o evento “dar a volta em torno de si mesmo”. 
 a) primeiro caso, 2 × 0,5 s = 1 s, temos que: F = 2 Hz; T = 0,5 s 
portanto, 2 × 0,5 s = 1 s; ou seja, 
 daí, temos que : F =
1
T
 b) segundo caso, 4 × 0,25 s = 1 s, temos que: F = 4 Hz; T = 0,25 s
portanto, 4 × 0,25 s = 1 s; ou seja, 
 daí, temos que : F =
1
T
Perceba que o tempo considerado para frequência é sempre o mesmo, ou seja, 1 segundo. O que 
varia é o período do evento, que no primeiro caso foi de 0,5 s e no segundo de 0,25 s. Assim sendo, 
para sabermos quantas vezes o evento ocorre em 1 segundo, precisamos saber quantas vezes ele 
“cabe” dentro desse segundo.
13
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
Sempre a frequência é inversamente proporcional a largura da onda, quanto maior a largura da 
onda menor a frequência. E quanto maior a frequência menor a resistência cutânea, portanto mais 
agradável é a corrente.
Classificação dasFrequências:
 » Baixa Frequência: 1 a 1.000 Hz, mas utilizada na prática clínica a faixa de 1 a 200 
Hz. Galvânica, Farádica, Diadinâmicas, Tens e FES. 
 » Média Frequência: 1.000 a 100.000 Hz, sendo utilizado na eletroterapia de 
2.000 a 4.000 Hz. Interferêncial e Corrente Russa. 
 » Alta Frequência: Acima de 100 mil Hz. Ondas Curtas, Ultracurtas, Decimétricas, 
Microondas, Ultrassom.
f) Intensidade (µA ou mA)
Quando se aumenta a intensidade no aparelho aumenta-se a unidade motora recrutada, o tamanho 
da área que está sendo atingida e também a magnitude com que ela está sendo atingida. Serve 
também para manter o estimulo sensorial.
g) Algumas modulações existentes nos aparelhos
 » TON/ TOFF – tempo de transmissão da corrente/ tempo de repouso (sem corrente) 
– unidade em segundos. A contração da corrente elétrica é mais fatigante que a 
voluntária. Por isso o TON/TOFF é usado exclusivamente em correntes exitomotoras.
O tempo on que é composto do tempo de subida e tempo de descida, é importante devido aos efeitos 
de “acomodação”. O tempo off é o tempo em que não existe corrente passando. 
 » Subida/descida – Tempo de subida é o tempo necessário para que a extremidade de 
uma fase saia da linha de base zero até atingir a amplitude de pico. Tempo de descida 
é o tempo necessário para que a extremidade de uma fase diminua da amplitude de 
pico até a linha de base zero.
 » Burst ou salva – É o tempo que a corrente fica em TON. Quando ouvimos a pronuncia 
burst, logo imaginamos o tempo que ela está sendo conduzida. 
 » Repouso (R) – É o que está entre as faces das ondas (figura 1).
Figura 1. Corrente pulsada monofásica, demonstrando o Repouso (R)
Fonte: Nelson, Hayes, Currier. Eletroterapia Clínica
14
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
Tipos de Correntes Elétricas
 » Corrente direta: Sem repouso e pausa, constituindo portanto, entrada contínua 
de energia no organismo (figura 2).
Figura 2. Corrente Contínua
Fonte: Nelson, Hayes, Currier. Eletroterapia Clínica
 » Corrente Pulsada: Caracterizada por possuir o Tempo on (subida e descida) Tempo 
off (figura 3).
Figura 3. Corrente pulsada, com rampa de subida e descida, demonstrando TON e TOFF
Fonte: Nelson, Hayes, Currier. Eletroterapia Clínica
OBS: Cuidado para não confundir Repouso (R) com Tempo off (TOFF)
h) Resistência
 É a propriedade do material em promover oposição de fluxo: 
 » Materiais Isolantes: alta resistência.
 » Materiais Condutores: baixa resistência.
Eletrodo
É o meio pelo qual o fluxo de elétrons do circuito de saída do estimulador é convertido em fluxo 
de corrente iônica nos tecidos vivos. São necessários pelo menos dois eletrodos para completar o 
circuito elétrico e levar a corrente do estimulador até os tecidos-alvos.
15
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
Podem ser:
Borracha de silicone tratada com carbono; Autoadesivo; Placa de alumínio com bucha umedecida.
Classificações
Antes de começarmos a falar de correntes utilizadas no tratamento estético, é importante saber que 
existem duas classificações para as correntes elétricas:
 » Despolarizadas: Também conhecidas como as correntes Pulsadas. São 
correntes bifásicas, não apresentando polos definidos, uma vez que eles se alteram 
a cada fase da corrente. Num primeiro momento o negativo (-) é preto e o positivo 
(+) vermelho, e num segundo momento, isso inverte, o negativo (-) é vermelho e o 
positivo (+) é preto.
São usadas, principalmente, em correntes para efeito analgésico e contração muscular. São utilizados 
eletrodos de borracha ou ato adesivo.
 » Polarizadas: Também conhecidas como correntes Diretas. São correntes 
monofásicas, apresentam polos definidos: um negativo (-) na cor preta e um positivo 
(+) na cor vermelha.
A definição dos polos é importante quando se necessita de correntes com efeitos polares. Já sabemos 
que nosso organismo possui energia elétrica, portanto, cargas positivas (cátions) e cargas negativas 
(ânions). Quando aplicamos uma corrente polarizada temos que ter em mente que as cargas 
positivas (+) de nosso organismo vão em direção ao eletrodo negativo (-), e que as cargas negativas 
(-) vão em direção ao eletrodo positivo (+). Devido a isso essa corrente se torna útil quando temos 
interesse em efeitos ionizantes.
Essas correntes são usadas, principalmente, para cicatrização, diminuição de edema (drenagem) e 
tratamento de estrias, mas também podem ser utilizadas no alívio da dor. Utilizam-se eletrodos de 
alumínio com bucha umedecida.
16
CAPÍTULO 2
Correntes elétricas usadas na estética
Corrente russa
É uma corrente usada para o fortalecimento muscular. 
Para que possamos entender como usá-la é importante lembrar um pouco sobre a fisiologia muscular.
 » Fibras do TIPO I 
Já está bem estabelecido pela ciência que elas são as responsáveis pelo desempenho dos atletas 
(maratonistas, ciclistas de estrada, nadadores de longa distância etc.).
Carregam muitas mitocôndrias (usinas de energia) e a enzima (acelerador metabólico) SDH, são 
volumosas e possuem altos níveis de mioglobina, que lhes dão coloração vermelha, razão do outro 
nome a elas atribuído: fibras vermelhas.
São estimuladas na frequência 20 a 30Hz.
 » Fibras do TIPO II
Só são trabalhadas com exercícios extenuantes e realizadas numa frequência muito rápida. Assim, 
costumam ser as primeiras a se atrofiar. Em geral, as fibras de contração rápida são ativadas nas 
atividades explosivas e rápidas, tipo basquete ou hóquei de campo, necessitanto, às vezes, de energia 
rápida que somente as vias metabólicas anaeróbicas podem fornecer. 
Dependem quase que inteiramente do metabolismo anaeróbico para a produção de energia.
São as principais responsáveis por flacidez e perda de tônus. Cansam-se com facilidade e não toleram 
contrações prolongadas. 
São estimuladas na frequência 50 a 150Hz.
Fibras do TIPO I – contração lenta / metabolismo oxidativo / alta resistência à fadiga.
Fibras do TIPO II – contração rápida / metabolismo glicolítico / baixa resistência à 
fadiga.
 » Parâmetros Físicos
A frequência portadora é de 2500Hz.
17
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
.
Por que a corrente russa (corrente exitomotora) trabalha com uma frequência de 
2500Hz, se no capítulo 1 diz que “o nosso organismo trabalha com estímulo apenas 
na faixa entre 1 e 200Hz?
Porque, quando se aumenta a frequência da corrente, ela se torna mais suportável. O nosso organismo 
não é sensível a essa frequência. Com isso a resistência diminui, e a frquência não encontra nenhuma 
barreira até chegar à fibra nervosa. Essa frequência permite, inclusive, um aumento na intensidade 
sem que se torne desconfortável.
Porém a frequência de 2500Hz serve apenas para “enganar” o organismo, pois o que acontece com 
a corrente russa é que a frequência é modulada, em um modo conhecido como burst. Cada burst 
vai ser modulado de acordo com o tipo de fibra que se deseja estimular (branca ou vermelha). Para 
fibras brancas, frequências mais altas, na ordem de 80Hz são indicadas. Já para fibras vermelhas, a 
frequência que indicamos é a de 20Hz. Dependendo do grupamento muscular, o profissional deve 
dar ênfase a um tipo de fibra ou a outro. Dentro de cada burst tem-se uma frequência de 2500Hz 
(figura 4).
Figura 4. Corrente bifásica com burst, representando uma corrente russa. Tempo off (A). Pulso em burst (B)
Fonte: Nelson, Hayes, Currier. Eletroterapia Clínica
O tempo médio, para pacientes sedentários é de 20 minutos. Durante a evolução do tratamento ou 
em pacientes que realizam atividade física, o tempo pode ser estendido para 25 ou 30 minutos. Para 
maior conforto, deve-se programar o tempo de sustentação e Toff (em segundos) iguais ou com o 
Toff um pouco maior, para diminuir os riscos de fadiga muscular.
A largura de pulso da sinapse de uma contração muscular, no estado normal, varia de 100 a 500us.
O eletrodo mais utilizado é o de borracha, sendo recomendado um, no ponto motor, local de maior 
inervação da fibra muscular, e um, no ventre muscular. 
18UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
Para complementar os estudos é importante que você conheça as contraindicações 
da fisiologia da contração muscular:
 » cardiopatias congestivas;
 » portadores de marca-passo; 
 » patologias circulatórias como flebites, embolias, varizes, tromboflebites; 
 » gestantes; 
 » hiper e hipotensos descompensados; 
 » processos infecciosos e inflamatórios; 
 » neoplasia; 
 » problemas renais crônicos; 
 » patologias pulmonares como enfisema pulmonar;
 » epilepsia;
 » regiões com dermatites ou dermatoses; 
 » lesões musculares;
 » prótese metálica. 
Na figura 5 pode-se visualizar um exemplo de aplicação da Corrente Russa.
Figura 5: Exemplo de colocação dos eletrodos para a corrente russa
Fonte: http://www.kld.com.br/phydias_stand.php
19
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
Quando refletimos sobre a fisiologia da contração muscular observamos que:
Contração fisiológica
 » As fibras musculares de diâmetro pequeno e 
de contração lenta são as primeiras as serem 
recrutadas.
 » As contrações e o recrutamento atuam de forma 
assincrônica para reduzir a fadiga.
 » Os órgãos tendinosos de Golgi evitam que os 
músculos gerem muita força.
Contração elétrica
 » As fibras musculares de diâmetro grande e de contração 
rápida são as primeiras a serem recrutadas.
 » as contrações e o recrutamento atuam de forma sincrônica, 
dependendo do número de pulso por tempo.
 » Os órgãos tendinosos de Golgi não conseguem anular 
o desenvolvimento da tensão, dentro da unidade 
musculotendinosa.
Corrente Galvânica
É uma corrente do tipo polarizada (direta) e com sentido unidirecional, ou seja, os elétrons caminham 
num só sentido do polo negativo para o positivo. Devido a essa particularidade, ela produz um efeito 
eletroquímico.
O efeito eletroquímico é a movimentação dos íons:
Cátodo – eletrodo negativo: para onde as cargas positivas (cátions) se 
direcionam. 
Ânodo – eletrodo positivo: para onde as cargas negativas (ânions) se 
direcionam. 
Para que estejamos cientes de onde aplicar cada polo ( + ou -) é importante saber que tipo de 
molécula cada um desses polos atrai, não devendo ser esquecido que o polo negativo atrai íons 
positivos, e vice versa.
Como se pode observar na (figura 6) a carga + atraí moléculas do tipo: HCL, O2, e H2O e a carga 
negativa atrai moléculas do tipo NaOH e H2.
Figura 6. Eletrólise abaixo dos eletrodos
HCI + O2
H2O
NaOH + H2
Fonte: http://www.albertomonteiro.com.br/materiais/eletroterapia_completa.pdf
20
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
Por isso, o polo negativo
 » Tem reação alcalina OHNa 
 » Repele íons -
 » Atrai íons +
 » É vasodilatador
 » produz > hiperemia 
 » Fluidifica os tecidos
 » Hidrata os tecidos
 » Amolece os tecidos
 » Estimula a circulação
 » Provoca o abaulamento tecidual
 » É cataletrótono – aumenta a irritabilidade
O polo positivo:
 » Produz reação ácida HCl 
 » Repele íons +
 » Atrai íons -
 » Provoca vasoconstrição 
 » Produz < hiperemia (difusa)
 » Desidrata os tecidos
 » Endurece os tecidos
 » É bactericida
 » É anti-inflamatório
 » Tem ação analgésica
 » Provoca depressão tecidual
 » É aneletrótono – diminui a irritabilidade
21
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
Devido ao efeito eletroquímico podemos utilizar essa corrente para diversas aplicações o que 
veremos mais abaixo, pois antes é importante que se conheça os eletrodos utilizados na corrente 
galvânica
Quando falamos na corrente despolarizada, comentamos sobre a posição do 
eletrodo. Como você imagina a posição dos eletrodos para uma corrente polarizada? 
Essa corrente utiliza eletrodos metálicos com esponja umedecida (figura 7), além de uma série de 
eletrodos específicos, produzidos para estética (figura 8).
Figura 7- esponja umedecida Figura 8 - Eletrodos específicos
 
http://www.albertomonteiro.com.br/
materiais/eletroterapia_completa.pdf 
http://www.ck.com.br/materias/81-
eletroterapia.html
Quando utilizado o eletrodo retangular (figura 7) devemos aplicar o eletrodo (+) em uma região e o 
(-) em outra, variando de acordo com o tratamento desejado. Ou então podemos aplicar apenas o 
eletrodo (+) ou o (-) para tratar o local desejado e o outro de forma dispersiva, isto é, geralmente o 
outro eletrodo estará entre as escápulas, ou abaixo da coxa.
Quando utilizado os eletrodos estéticos (figura 8) podemos aplicar os dois eletrodos (+ e -) ao mesmo 
tempo, ou então o paciente segura um eletrodo (bastonete), e o terapeuta usa o outro para aplicação 
da corrente no local desejado.
Técnicas de aplicação
Ionização
É uma técnica que facilita a penetração das substâncias ativas dos cosméticos através da pele. A 
utilização da corrente elétrica “quebra” as moléculas do princípio ativo do produto transformando-
as em íons, que possuem massa e tamanhos menores.
22
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
Pensando nisso, é de extrema importância que o profissional da estética tenha amplo conhecimento 
sobre o produto a ser utilizado, fundamentado na teoria de que: “cargas iguais se repelem e cargas 
opostas se atraem”. Sempre se deve ter o cuidado de utilizar o produto no eletrodo com mesma 
carga, pois o objetivo é fazer o produto penetrar com mais facilidade.
Essa dissociação facilita a passagem do produto pela pele, pela membrana celular e pelos folículos 
pilo - sebáceo, permitindo melhor absorção e penetração.
Geralmente os produtos utilizados são ampolas nutritivas à base de ureia, colágeno, elastina, extrato 
placentário, DNA, vitamina C, entre outros. 
Além de favorecer a penetração de substâncias nutritivas, também estimula os tecidos promovendo 
um aumento do metabolismo e melhora da atividade celular. Essa técnica é indicada para tratamentos 
preventivos de envelhecimento ou mesmo para atenuar os sinais do envelhecimento.
Podem ser utilizados os dois eletrodos em esfera, movimentados ao mesmo tempo, ou um esfera 
e o outro bastonete; ou um com eletrodo caneta, especial para linhas de expressão, e o outro com 
bastonete. Ainda pode-se usar o eletrodo rolinho, tanto facial quanto corporal.
Desincruste
É uma técnica que utiliza a corrente galvânica para facilitar a retirada do excesso de secreção sebácea 
da superfície da pele. Geralmente é utilizado um produto com ativos à base de carbonato de sódio, 
salicilato de sódio ou lauril sulfato de sódio, que possuem características alcalinas. 
Esses produtos realizam saponificação ou efeito detergente com os ácidos graxos presentes na 
secreção sebácea, transformando-se em sabão, que é facilmente removível com água. A função da 
corrente é facilitar a penetração do produto, por isso a polaridade selecionada no aparelho deve ser 
a mesma do produto, seguindo o mesmo princípio da ionização.
A diferença entre a ionização e desincruste é que este último atinge a camada mais superficial da 
pele. A aplicação do desincruste deve ser feita principalmente na zona T, ou seja, testa nariz e queixo.
Os eletrodos que devem ser utilizados são o gancho (jacaré) envolvido por algodão embebido na 
solução e o bastonete. Essa técnica também tem sido bastante utilizada nos tratamentos capilares 
para redução da oleosidade nos quadros seborreicos.
Eletrolifting ou Galvanopuntura 
É uma técnica que utiliza a corrente galvânica, porém em microamperagem (microgalvânica), que 
não deve ser confundida com microcorrente, pois a microcorrente é pulsada e a microgalvânica 
contínua juntamente com uma agulha de 5mm, com o objetivo de atenuar vincos e linhas de 
expressão. Não se caracteriza por um método invasivo, pois a agulha atinge apenas a superfície da 
pele sem aprofundar-se. 
23
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
Esse método consiste em provocar uma sutil agressão na camada superficial da epiderme, sobre 
as rugas ou linhas de expressão nas regiões nasolabial, periocular, frontal, entre outras e também 
muito utilizada para minimizar estrias, com o intuito de estimular a produção de novas células, 
de colágeno e elastina e ainda incrementara nutrição do local, agindo sobre os tecidos que se 
encontram desnutridos e desvitalizados. Um aparelho bastante usado para esse fim terapêutico é 
comercializado com o nome de Estriat.
O resultado varia de acordo com a profundidade da ruga, o tempo da estria, a idade e os cuidados 
que se tem com a pele. 
Para a aplicação, são utilizados os eletrodos bastonete e porta-agulha. 
Eletrólise ou Eletrocoagulação
Também denominada por depilação “definitiva”, é uma técnica que utiliza a corrente galvânica e uma 
agulha metálica de 7mm, como um recurso para destruir a raiz do folículo pilo-sebáceo, bloqueando, 
assim, o crescimento do pelo. Essa destruição ocorre devido a uma descarga elétrica através da agulha, 
pois é na raiz que se encontram os nutrientes necessários para o crescimento do pelo.
Não é um método invasivo, pois, a agulha atravessa a epiderme e chega à derme onde atinge a capa 
germinativa do bulbo e a papila, sem, portanto ultrapassá-la. Para localizar o bulbo é necessário o 
auxílio de uma lupa.
Pode ser utilizada em qualquer região do organismo, onde se deseja a eliminação de pelos 
indesejáveis, tanto da face como do corpo, porém é utilizada com mais frequência no buço, peito, 
virilhas e sobrancelhas. Os eletrodos utilizados são o porta-agulha, o bastonete e um pedal que 
libera a passagem da corrente, sendo que essa não passa de forma contínua para o cliente e sim 
quando o pedal é acionado pelo profissional.
Para a aplicação dessa técnica é necessário localizar com precisão o bulbo piloso.
Embora seja considerada definitiva, a técnica pode não elimina por completo o folículo e o pelo pode 
vir a crescer novamente, porém com muito menos resistência e espessura, facilitando sua retirada 
posteriormente. Além disso, sabemos que o termo definitivo é muito comprometedor, visto que não 
existe um método cem por cento definitivo.
 » Parâmetros Físicos
Os parâmetros são preestabelecidos. Por ser corrente contínua não aparece largura de pulso, 
trabalha em frequência estabelecida em torno de 8MHz e intensidade de 0,1 á 0,5 mA/cm².
O tempo de aplicação varia de 10 a 15 min no máximo.
 » Contraindicações
Iguais as da corrente russa
Na figura 9 exemplificação da aplicação da Corrente Galvânica
24
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
Figura 9. Exemplo de aplicação de Corrente Galvânica na aplicação para desincruste
Fonte: http://www.ck.com.br/materias/81-eletroterapia.html
A Corrente Galvânica é usada para realizar ionização, desincruste, eletrolifting ou 
galvanopuntura e eletrólise ou eletrocoagulação
Microcorrentes
É um tipo de Corrente Galvânica modificada, modulada em tipos de onda contínua ou pulsada, 
com valores de freqüência baixa e com amperagem medida em microamperagem (µA). Na figura 
10 visualize um exemplo da onda de microcorrente. Essas variáveis quando combinadas, efetuam 
trabalhos específicos. Foi criada a partir dos conceitos de galvanização, porém é mais específica e 
mais confortável, pois o paciente não tem a percepção da corrente. É também chamada de Micro 
Electro Neuro Stimulation (MENS). 
A aplicação dos aparelhos de microcorrentes ocorre em níveis (µA) que não consegue ativar as fibras 
nervosas sensoriais subcutâneas e, como resultado, os pacientes não têm nenhuma percepção da 
sensação de formigamento tão comumente associada com procedimentos eletroterapêuticos.
Figura 10. Corrente monofásica com pulsos, representando uma microcorrente
Fonte: Guirro, E.C.O. Fisioterapia Dermato-Funcional
25
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
Na literatura encontram-se duas aplicabilidades já bem documentas, na cicatrização e no 
rejuvenescimento. 
Existe um montante considerável de literatura científica, sugerindo que a cicatrização, crescimento 
e regeneração em todos os organismos vivos são mediados por um fluxo endógeno de corrente 
elétrica. Em tecidos lesados, entretanto, uma “interrupção elétrica” toma lugar, ocorrendo um 
aumento na resistência ao fluxo elétrico (bioimpedância elétrica), o que impede a resolução de 
problemas crônicos. A microcorrente exógena (milionésimo de um ampere) pode ser utilizada no 
local lesado, para normalizar o fluxo de corrente endógena, algo que não é permitido com correntes 
de média e alta intensidade. A bioimpedância dos tecidos lesados é então reduzida, restabelecendo a 
bioeletricidade para reestabilizar a homeostase local. A terapia com estimulação por microcorrente 
pode, então, ser vista como uma catalisadora, nos processos iniciais e de sustentação, em numerosas 
reações químicas e elétricas que ocorrem no processo cicatricial.
A cicatrização ocorre baseando-se na ideia que a corrente polarizada, serve para restabelecer a alteração 
nos sítios de lesão. A célula é negativa em seu interior e positiva em seu exterior, porém numa situação 
de lesão, há uma inversão da situação e a microcorrente passa a atuar restabelecendo o equilíbrio 
elétrico local e assim evitando os fenômenos de apoptose, que é a morte programada das células que 
foram pouco atingidas pela lesão e sofreram aquilo que se chama de lesão secundária. A microcorrente 
atende esse tipo de demanda e pode servir para o restabelecimento dos potenciais locais.
Existe um montante considerável de literatura científica, sugerindo que a cicatrização, o crescimento 
e a regeneração em todos os organismos vivos são mediados por um fluxo endógeno de corrente 
elétrica. Em tecidos lesados, entretanto, uma “interrupção elétrica” toma lugar, ocorrendo um 
aumento na resistência ao fluxo elétrico (bioimpedância elétrica), o que impede a resolução de 
problemas crônicos e da dor. Para solucionar esse dilema, foi desenvolvida a microcorrente exógena 
(milionésimo de um ampere) no local lesado para normalizar o fluxo de corrente endógena. A 
bioimpedância dos tecidos lesados é, então, reduzida, restabelecendo a bioeletricidade para 
reestabilizar a homeostase local. A terapia com estimulação por microcorrente pode, então, ser vista 
como uma catalisadora nos processos iniciais e de sustentação em numerosas reações químicas e 
elétricas que ocorrem no processo cicatricial.
Também se utiliza dessa técnica para promover a revitalização cutânea, melhorando a flacidez 
muscular, elasticidade, a viscosidade e o brilho da pele. A seleção do tipo da onda se deve a cada 
etapa do tratamento, ao grau de flacidez e ao estado geral da pele, sendo algumas utilizadas para 
flacidez mais leves e outras para flacidez mais acentuada.
A técnica atinge tanto a camada superficial da pele, possibilitando a movimentação dos líquidos 
intersticiais, como a camada superficial da musculatura facial, estimulando as fibras.
Ela deve ser aplicada em três etapas: na primeira fase o objetivo é promover a movimentação 
de líquidos, na segunda promover a estimulação muscular e na terceira ionizar um produto com 
características nutritivas e hidratantes, próprias para revitalização cutânea. 
26
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
 » Efeitos Fisiológicos
A movimentação dos líquidos proporciona alguns efeitos fisiológicos, bastante importantes para a 
restauração dérmica, tais como:
 › elevação da temperatura local;
 › formação de hiperemia;
 › otimização do metabolismo;
 › aumento da síntese de ATP e de colágeno;
 › incremento da drenagem;
 › desobstrução ganglionar;
 › aumento das trocas iônicas intracelulares;
 › mobilização de líquidos provenientes das circulações linfática e sanguínea;
 › aumento da reabsorção de hematomas, edemas e cicatrização em pós-cirúrgicos.
 » Parâmetros Físicos
Os controles de intensidade normalmente permitem um ajuste de amplitude em torno de 10 a 1000 
microamperes (µA). Os controles de frequência permitem ajuste de 0,5 Hz a 900 Hz (ou em até 
1000 Hz) e a duração de pulso de microcorrente típico é de aproximadamente 0,5 segundo, que é 
cerca de 2500 vezes maior que um pulso típico de TENS, por exemplo. 
Uma frequência abaixo de 1 Hz realiza penetração profunda é indicada para estimular cicatrizes.
Uma frequência de 10 a 900Hz é indicada para analgesia, efeito bactericida, entre outros.
O tempo pode variar de 01 a 30 minutos. 
Geralmente são feitas 10 sessões com intervalos de dois dias entre elas. Depois uma sessão de 
manutenção pode ser feita a cada mês.
 › Aplicabilidade
Para a aplicação são utilizados sempre dois eletrodos com um polo positivo e outro negativo, 
ocorrendo o mesmo com os eletrodos utilizados para aplicação estética da corrente galvânica, ou 
eletrodos de borracha. 
a) Primeira fase:
27
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
Conectar os bastões (eletrodos) no equipamento, manter o bastão de polaridade negativa parado 
no local de aplicação e movimentar o bastão eletrodo positivo em sentido da musculatura para a 
movimentação dos líquidos; realizar cada movimento por 10 segundos.
Nutrição: 150 Hz e 200 µA 
b) Segunda fase:
Já na segunda etapa, priorizamos a estimulação da musculatura com movimentação no sentido das 
fibras, seguindo-as em um mapa anatômico.
Para essa fase, devemos utilizar os eletrodos de borracha, localizando o eletrodo negativo ao lado do 
eletrodo positivo, com gel condutor. Fixa-se na pele e liga o equipamento regulando a intensidade, 
conforma a sensibilidade da cliente, pois essa estimulação vai tonificar a musculatura, lembrando 
que não podemos utilizar uma intensidade muito alta para não causar fadiga muscular, portanto, 
devemos controlar a intensidade conforme a sensibilidade de cada paciente, deixando agir de 10 a 
15 minutos.
Tonificação: 100 Hz e 300 µA 
c) Terceira fase:
A terceira consiste em ionizar um produto cujos benefícios estão diretamente relacionados com o 
seu princípio ativo.
Para a aplicação: são utilizados eletrodos como bastões, canetas, ou esferas, enrolando-se um 
algodão na parte metálica de cada caneta junto com uma solução aquosa, geralmente solução N.M.F., 
(Natural Moisturizing Factor), fator hidratante sintético semelhante ao encontrado na pele, rico 
em aminoácidos, lactato e sais, conhecida por Ureia. Pode-se utilizar também produtos de lifting, 
lipossomas ou produtos hidratantes e rejuvenescedores ionizáveis de acordo com a preferência.
Iontoforese: 500 Hz intensidade baixas para não produzir contração.
Para essa fase existem algumas sugestões de aplicação. Pode-se esquematizar o movimento das 
canetas como:
As duas canetas se movimentam de dentro para fora.
As duas canetas se movimentam de fora para dentro.
Uma caneta fica parada enquanto a outra se movimenta de fora para dentro.
Uma caneta fica parada enquanto a outra se movimenta em ziguezague de dentro para fora.
Cada movimento (passo) com a caneta deve ser feito durante, aproximadamente, em 10 segundos, 
seguindo o esquema:
28
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
Inicie a sessão, utilizando os terminais de inserção, com bastonetes 
embebidos em produto cosmético, pela região supraclavicular. 
Posicionando os bastonetes em paralelo e de forma ascendente, 
movimente-os até a região mandibular, sempre de forma lenta. Repita 
o movimento até completar a circunferência de toda a região cervical 
anterior (pescoço). 
Movimente os bastonetes em paralelo e de forma ascendente por toda a 
região mentual. 
Movimente os dois bastonetes horizontalmente e em paralelo e por toda 
a região do mento. Repita a operação do outro lado. 
Fixe um bastonete na região do músculo depressor do ângulo da boca e 
movimente o outro por toda a região nasogiana. 
29
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
Movimente conjuntamente, os bastonetes em paralelo, iniciando na 
região dá mandíbula até alcançar a metade da face. 
Movimente os bastonetes em paralelo a partir da metade da face até a 
região do músculo orbicular dos olhos (pálpebras inferior). 
Percorra a pálpebra inferior, utilizando os bastonetes em paralelo, 
inicinando o movimento pelo lado externo, dirigindo-se ao interno, de 
forma lenta. 
Com os bastonetes em paralelo movimentando-se de forma a percorrer a 
pálpebra superior, desde a parte externa até alcançar à interna. 
30
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
Movimente os bastonetes em paralelo, intercalados pelo supercílio, 
desde a região externo até a interna. 
Movimente os bastonetes em paparelo, formando um leque desde a 
lateral externa dos olhos até o início do couro cabeludo. 
Faça um semicírculo imaginário entre os supercílios e vá movimentando 
os bastonetes em paralelo sobre ele, por toda região frontal, formando 
um leque. 
Fonte: http://www.ck.com.br/materias/131-revitalizacao.html
 » Peculiaridades dessa corrente
É interessante pedir para o paciente ingerir líquido 1 hora antes do tratamento. Isso ajuda 
a concentração hídrica no tecido celular subcutâneo que oferece resistência à passagem da 
microcorrente. 
O paciente pode se queixar de “choques” elétricos quando a microcorrente é aplicada em um tecido 
cicatricial.
 » Contraindicações
 › Alergia ou irritação á corrente elétrica;
 › Sobre útero grávido; 
 › Eixo cardíaco;
31
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
 › 3 primeiros messes de gestação;
 › Próteses metálicas no local de aplicação;
 › Pacientes com doenças cardíacas, como arritmias severas, insuficiência cardíaca 
congestiva; 
 › Encurtamento funcional do músculo; 
 › Traumas locais;
 › Sensibilidade alterada.
Obs: O uso de microcorrentes em pacientes desidratados pode causar náuseas, tontura e/ou dores 
de cabeça.
Devido aos seus efeitos fisiológicos, essa corrente é muito bem utilizada em processo 
de reparo e em rejuvenescimento, sendo assim observamos uma boa aplicabilidade 
em processos como:
 » Acne (anti-inflamatório, cicatrizante, bactericida, e antiedematoso). 
 » Involução cutânea (aumento do número de fibroblastos e realinhamento das 
fibras colágenas, potencializando a circulação linfática e diminuindo edema). 
 » Pós-operatório de cirurgia plástica ( cicatrizante, anti-inflamatório, e 
antiedematoso ). 
 » Estrias ( rearranjo das fibras colágenas ). 
 » Eliminação de metabólitos celulares, relaxamento muscular (restabelecimento 
da bioeletricidade tecidual ). 
 » Celulite ( antiedematoso ). 
 » Pós Peeling ( cicatrizante anti-inflamatório ). 
 » Iontoforese. 
A Microcorrente Galvânica tem uma forma de onda de pulso monofásico retangular, podendo 
reverter periodicamente sua polaridade.
O Plano de atuação das microcorrentes é profundo, podendo atingir um nível muscular, apresentando-
se com imediata atuação no plano cutâneo e subcutâneo.
As microcorrentes têm características subsensoriais, não causando desconforto ao paciente.
32
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
Alta-frequência
Alta-frequência é uma corrente de elevada tensão e de baixa intensidade que é aplicada sobre o 
organismo humano, através de eletrodos de vidro que se fixam a uma bobina. 
O aparelho consiste num gerador de alta frequência, num porta-eletrodo e em diversos eletrodos 
de vidro a vácuo ou contendo gás especial. A passagem da corrente provoca uma ionização das 
moléculas de gás, que, sob o forte impacto energético, tornam-se fluorescentes. 
É uma corrente elétrica que se forma dentro do eletrodo de vidro e transmite ondas eletromagnéticas. 
A onda eletromagnética provoca a formação de ozônio ao nível da pele.
Para podermos entender os efeitos da corrente eletromagnética no organismo é importante 
conhecermos especificamente cada eletrodo (figura 11).
Figura 11. Eletrodos utilizados na alta-freguência. a) Bobina; b) Eletrodo Standart; c) Eletrodo Standart Pequeno; d) Pente; e) 
Fulgurador; f) Forquilha; g) Saturador – Fonte: http://www.ck.com.br/materias/125-alta-frequencia.html
Os standarts pequeno e grande (cebolinha e cebolão) são utilizados nos tratamentos faciais. O 
eletrodo pente é utilizado nos tratamentos capilares para a descontaminação e ativação do couro 
cabeludo. O fulgurador (cauterizador) é utilizado durante a limpeza de pele, após extrações. A 
forquilha é utilizada após depilações no corpo e também para relaxamento da cervical. Já o saturador 
(ionizador indireto)é utilizado nos tratamentos faciais e capilares, associado às massagens, 
facilitando a penetração de substâncias nutritivas.
Em nenhum momento fala-se em eletrodo dispersivo. Por quê? 
 » Efeitos Fisiológicos
O ozônio é uma substância instável que se decompõe rapidamente em oxigênio molecular (O2) e em 
oxigênio atomar (atômico) (O). A grande ação desinfetante do ozônio reside na grande agressividade 
do oxigênio atomar (atômico) que é liberado durante a decomposição do ozônio. O envelhecimento 
celular está ligado a ação dos radicais livres, e o oxigênio é um dos percussores dessa ação, por meio 
33
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
da oxidação das estruturas orgânicas. O oxigênio atomar é o oxidante mais agressivo depois do 
flúor. Ele é um radical livre.
Baseado nas considerações sobre os radicais livres, os eletrodos de alta frequência, produtores de 
ozônio em nível da pele, devem ser utilizados pela esteticista, criteriosamente, pois não é lógico que 
um tratamento estético, que visa atenuar e atrasar os efeitos do envelhecimento, utilize os eletrodos 
de alta frequência, pondo todo o resto do tratamento a perder. A corrente de alta frequência, quando 
empregada descriteriosamente, é um meio de se envelhecer mais rápido.
O principal efeito das correntes de alta frequência no organismo é a produção de calor. É um efeito 
comum a todas as formas de aplicação, que se acentua mais nos casos em que o eletrodo se coloca a 
uma ligeira distância da pele, do que quando está em contato direto.
O efeito térmico obtido é inversamente proporcional à superfície do eletrodo. Por isso, para 
efeitos destrutivos (fulgurações) se usam eletrodos de pouca superfície (em forma de ponta já que 
concentram em um ponto os efeitos térmicos. O efeito térmico obtido é diretamente proporcional 
ao tempo de aplicação. Os tratamentos mais habituais duram entre 3 e 5 min. 
Portanto, quando se usam eletrodos de superfície (em forma de bico) podem ocorrer lesões por 
queimadura, já que concentram em um ponto os efeitos térmicos do aparelho de alta frequência.
Os efeitos vasodilatador e hiperemiante são aproveitados para melhorar a absorção de produtos que 
são aplicados sobre a pele como nutritivos e revitalizantes, 1evando ao aumento do trofismo e da 
oxigenação do metabolismo celular.
Por ser um elemento ativador do metabolismo dos tecidos, nos tratamentos capilares, é importante 
como um elemento ativador da circulação sanguínea do couro cabeludo, acentuando também a 
penetração de produtos nutritivos pelos folículos pilo-sebáceos, sendo utilizados nos tratamentos 
antiquados, usando o eletrodo em forma de pente.
O efeito anti-inflamatório associa-se à inflamação ocorrida nos processos de reparo tecidual onde 
há solução de continuidade da pele, como em feridas abertas ( úlceras, acne etc.), pois é comum, 
nesses casos, a presença de germes e bactérias que acabam por dificultar a resolução do processo 
inflamatório. Esse efeito também se justificaria pelo aumento do fluxo sanguíneo, pois aumentaria 
a presença dos elementos de defesa na área da lesão. Apesar disso, o alta frequência não é indicado 
para inflamação em estruturas internas do corpo como tendões, músculos, articulações etc., pois 
não tem ação em profundidade.
A formação de ozônio ao nível da pele tem ação bactericida e antisséptico. As faíscas que saltam 
entre a superfície do eletrodo e a pele formam, a partir do oxigênio do ar, o ozônio, através da 
corrente elétrica. O ozônio formado é muito oxidante e por tanto é um bom bactericida, germicida e 
antisséptico em geral. São utilizados eletrodos específicos, como o standart, que atuará nas diversas 
regiões da face.
A ação bactericida melhora o trofismo dérmico, pois muitas vezes o trofismo da pele, relacionado a 
processos de regeneração tecidual está prejudicado pela ação de bactérias.
34
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
O eletrodo “cauterizador”, conhecido como o fulgurador, é um recurso que auxilia o profissional 
na limpeza da pele, por atuar cauterizando as pústolas que são removidas durante o processo das 
extrações. 
A corrente pode ser utilizada como ionizadora indireta, onde utilizamos eletrodo “saturador” para 
aumentar a penetração de ampolas aquosas ionizáveis à base de elastina, colágeno, ureia e extratos 
placentários através da pele e também na penetração de substâncias que tonificam o couro cabeludo 
e fortalecem o bulbo capilar.
 » Parâmetros físicos
É um parelho que trabalha com correntes alternadas de alta frequência, cujos parâmetros de 
frequência e tensão podem variar de acordo com o fabricante. Eis alguns parâmetros encontrados 
normalmente: frequência variando entre 100 e 200KHz, com tensão que oscila entre 25.000 e 
40.000V ou entre 150 e 200KHz, com tensão oscilando entre 30.000 a 40.000V; ou entre 500KHz e 
1KHz, com tensão entre 40.000 e 90.000V; e ainda com tensão oscilando entre 100.000 e 150.000V 
sempre com intensidade na ordem de 100mA.
Com a finalidade de aumentar a ação do eletrodo, ele pode ser passado, ligeiramente afastado da 
pele, ou sobre uma gase seca.
O tempo de utilização depende do local e do tipo da aplicação, que é, geralmente, em torno de 3 a 8 
minutos.
 » Peculiaridades dessa corrente
A junção entre o eletrodo e o porta-eletrodo não deve tocar a pele do cliente, pois ele sentiria um 
choque elétrico muito forte. Também o profissional não deve jamais encostar nessa junção
Os aparelhos de alta-frequência devem manter uma distância de 6m de aparelhos de Corrente 
Galvânica ou Corrente Farádica, quando usados simultaneamente. Os cabos dos outros agem como 
antenas, captando as ondas eletromagnéticas produzidas pelos aparelhos de alta frequência. Isso 
pode danificar o aparelho e/ou proporcionar algum perigo para o cliente que está sendo tratado.
 » Contraindicações:
 › Marca-passo cardíaco.
 › Gestantes (é prudente que a profissional grávida evite usar o aparelho nas 
clientes).
 › Implante metálico local (aquecimento perigoso).
 › Zonas hemorrágicas.
 › Distúrbios de sensibilidade.
 › Pele com cosméticos inflamáveis ( álcool e éter ).
35
INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA │ UNIDADE I
A seguir observe um exemplo de aplicação de alta frequência (figura 12).
Figura 12. Exemplo de aplicação do alta frequência com o “cebolinha”
Fonte: http://fisionew.blogspot.com/2010/05/alta-frequencia-utilizada-pos.html
Pode ser utilizado, tanto na estética facial, corporal e capilar. A maioria das indicações 
tem por base a ação bactericida, entre elas podemos destacar desinfecção após 
extração acneicas, acnes inflamadas, desinfecção do couro cabeludo em casos de 
seborreia, pós-depilação, principalmente onde haja história de foliculite, úlcera de 
pressão infectadas, feridas abertas. Nos procedimentos estéticos, a alta frequência 
é empregada principalmente na terapêutica facial, não só nos procedimentos 
de limpeza de pele, como também em outros protocolos faciais (hidratação, 
revitalização).
Corrente Farádica
Essa corrente, quando empregada na estética, é usada de forma alternada, ou seja, sua polaridade 
muda em um determinado tempo preestabelecido, e assim realiza uma estimulação muscular por 
excitação nervosa. 
Ela reduz a flacidez muscular com consequente melhora da circulação periférica
Além de estimular a musculatura, a aplicação da corrente farádica promove a otimização do 
metabolismo e da circulação sanguínea do tecido muscular. 
A região a ser estimulada deve seguir o mapa muscular, porém, não por pontos motores, mas sim por 
grupos que apresentem maior tendência à flacidez (regiões mentoniana, zigomática, entre outras). 
 » Parâmetros físicos
A intensidade deve ser ajustada de acordo com a sensibilidade da cliente e o tempo médio de 
aplicação deve ser em torno de 5 a 10 minutos.
36
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A ELETROTERAPIA
A Corrente Farádica é uma corrente de excitação de baixa frequência, 50 a 100 Hz, com largura de 
pulso de 0,1 a 1 ms e com intervalo de 20 ms (figura 13).
Figura 13. Correntebifásica triangular, representando Corrente Farádica
Fonte: Manual de operação Nemesys, Quark Medical
É aplicada por eletrodos de borracha.
Na figura abaixo observe um exemplo de aplicação da Corrente Farádica (figura14).
Figura 14. Exemplo de posição de eletrodos para aplicação da Corrente Farádica
Fonte: http://www.ck.com.br/materias/81-eletroterapia.html
Sua utilização está bastante reduzida, nos dias atuais, por ter-se tornado obsoleta frente aos 
modernos estimuladores. As restrições são decorrentes da forma de pulso (triangular) e da largura 
de pulso (1,0ms), que proporcionam um grande estímulo sensorial, levando a um desconforto ao 
paciente e com isso conseqüente restrição da contração muscular.
 » Contraindicações: são as mesmas descritas na Corrente Russa.
37
UNIDADE IIINTRODUÇÃO À
ONDA MECÂNICA
CAPÍTULO 1
Ultrassom
O ultrassom é um aparelho muito usado para tratamentos estéticos há muitos anos, porém, não 
basta simplesmente falar em quadro clínico versus tratamento. Citar os parâmetros do ultrassom é 
muito fácil, porém o mais difícil e, contudo, o mais importante, é entender o seu mecanismo de ação 
nos tecidos.
A onda mecânica é uma onda sonora transmitida de modo similar às ondas criadas por uma pedra 
atirada na água. O ultrassom é uma onda mecânica cuja energia é transmitida pelas vibrações das 
moléculas do meio biológico, através do qual a onda se propaga.
O ultrassom se propaga como uma onda de pressão, causando agitação das moléculas do meio em 
que estão se propagando, fazendo-as oscilarem, quer o meio seja sólido, liquido ou gasoso.
O ultrassom é gerado por um transdutor, um dispositivo que transforma uma forma de energia em 
outra. O transdutor mais comumente utilizado no ultrassom transforma energia elétrica em energia 
mecânica, utilizando o efeito piezoelétrico. Um cristal piezoelétrico tem a propriedade de que, por 
um lado, se uma voltagem for aplicada através de sua substância, ele mudará de espessura, por 
outro lado, se a espessura do cristal for mudada, se cria uma voltagem através do cristal. À medida 
que a face frontal do transdutor se desloca para trás e para frente, regiões de compressão e rarefação 
se afastam dessa parte, formando uma onda ultrassônica.
À medida que a onda de ultrassom é transmitida por vários tecidos, há uma atenuação ou redução na 
intensidade de energia. Essa redução se deve à absorção de energia pelos tecidos ou à dispersão ou 
disseminação da onda sonora como resultado de reflexão ou refração. A absorção aumenta à medida 
que a frequência aumenta o que reduz a transmissão de energia para os tecidos mais profundos.
 » A reflexão ocorre, quando uma onda não consegue atravessar a próxima densidade. 
Pode ser completa ou parcial. O eco é um exemplo de reflexão composta de energia 
acústica.
 » A refração é a curvatura das ondas resultante de uma alteração da velocidade de 
uma onda que entra em um meio com densidade diferente.
38
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO À ONDA MECÂNICA
Parâmetros físicos
 » Frequência
Quando se fala de efeito térmico, percebe-se que ele se torna mais elevado, quando em maiores 
frequências, porém a seleção da frequência não se dá, única e exclusivamente, pensando-se no efeito 
térmico, e, sim, na profundidade do tecido a ser atingido Tabela 1.
O equipamento de ultrassom clínico e comercialmente mais vendido nas frequências de 1,0 MHz 
à 3,0 MHz, com o comprimento de onda a 1mm, quando interagindo com água, mas isso não é 
por acaso, e sim porque no nosso organismo o ultrassom se desloca, na grande maioria pela água, 
visto que quase todos os tecidos do organismo são formados principalmente de água e que os 
comprimentos de onda na ordem do milímetros, nas faixas de frequências de megahertz (0,75 – 
10 MHz) são mais compatíveis ás dimensões das estruturas dos tecidos com os quais deve haver 
interação, essa frequência se torna a mais eficiente.
Tabela 1. Porcentagem da densidade incidente a diferentes profundidades de penetração da radiação com 
diferentes comprimentos de onda na pele de indivíduos caucasianos.
Fonte: Guirro, E.C.O. Fisioterapia Dermato-Funcional
Observamos na tabela 1 que a baixa frequência é mais efetiva para as estruturas localizadas mais 
profundamente, enquanto que frequências maiores são preferencialmente utilizadas para o 
tratamento de tecidos superficiais.
 » Intensidade
A intensidade representa a força das ondas sonoras, em uma determinada área, dentro dos tecidos 
tratados, medida em Watts (w/cm²). Geralmente varia de 0,5 a 5 w/cm². Tem-se que tomar bastante 
cuidada ao escolher intensidade. Não existem muitos dados, científicos ou clínicos quantitativos, 
que indiquem a melhor aplicação da intensidade. Geralmente, nos casos de problemas agudos, 
a intensidade utilizada não deve ser superior a 0,5 w/cm², e para as lesões crônicas, os níveis 
geralmente são em torno de 1 w/cm².
39
INTRODUÇÃO À ONDA MECÂNICA │ UNIDADE II
Um fator importante ao se escolher a intensidade é o tipo de onda selecionada, pois quando ela é 
pulsada, temos que chamar atenção para a intensidade escolhida, pois, no modo pulsado, muitas 
vezes, a intensidade de saída pode não ser a intensidade teoricamente absorvida (tabela 2). A falta 
de atenção para esse fato pode implicar em procedimentos clínicos ineficientes.
Tabela 2: Relação entre os valores da intensidade instantânea e a média do ultrassom 
terapêutico para os diferentes regimes de pulso.
Fonte: Guirro, E.C.O. Fisioterapia Dermato-Funcional
Para melhor compreender esse parâmetro é de extrema importância ler o manual do aparelho de 
forma minuciosa e detalhada, pois, cada aparelho traz esse parâmetro de maneira diferente. O 
aparelho pode converter a intensidade de interesse para o modo desejado pelo terapeuta. Com isso, 
independentemente do modo de onda escolhida pelo terapeuta, a intensidade de saída sempre será 
a intensidade teoricamente absorvida, ou então, o aparelho não faz essa conversão automática e o 
terapeuta então terá que fazer o seu cálculo. 
 » Tempo
Em geral a literatura preconiza de 1 a 2 min. para cada 2,5cm² (tamanho do cabeçote) de área a ser 
tratada, sempre em movimentos circulares.
A área a ser tratada deve ser calculada sempre fazendo comparação com o tamanho do cabeçote. 
Por exemplo, uma área de aproximadamente 5cm equivale ao tamanho de dois cabeçotes, portanto 
a área a ser tratada deve ser 2min + 2min, sendo assim serão 4min. de tratamento.
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UNIDADE II │ INTRODUÇÃO À ONDA MECÂNICA
 » Modo
Pulsado – A voltagem pode ser aplicada em pulsos - ligada por um tempo, desligada por um tempo 
e assim por diante; esse é conhecido como modo pulsado.
Contínuo – A voltagem através do transdutor de ultrasom pode ser aplicada continuamente 
durante todo o tempo de tratamento. Portanto, o aumento da temperatura no tecido é maior que o 
modo pulsado, pois, mantém uma continua oscilação das células, produzindo, assim, maior energia 
e, também, absorvendo mais onda, quando comparado ao pulsado.
Efeitos físicos do ultrassom
Quando o ultrassom penetra no organismo, ele pode exercer um efeito sobre as células e tecidos 
mediante dois mecanismos físicos: térmicos e atérmicos.
 » Efeitos térmicos
Quando a onda mecânica atravessa os tecidos uma parte dela é absorvida, e isso leva a produção de 
calor, porém a quantidade de absorção depende do tipo de tecido, da quantidade de vascularização 
e da frequência do ultrassom.
É importante saber que tecidos com elevado conteúdo protéico absorvem mais rapidamente que 
os com maior conteúdo de gordura, e quanto maior a frequência, menor a profundidade da onda e 
maior a absorção. 
Com tudo que foi dito até o momento sobre ultrassom, pense quais os parâmetros 
aplicar em tratamentos em nível de tecido muscular e em nível de tecido adiposo.
Observamos na literatura que o efeito térmico do ultrassom é bastante usado no alívio da dor, na 
diminuição da rigidez articular e no aumento do fluxo sanguíneo.
Uma vez que a quantidade de absorção depende do tipo detecido, é importante saber que o 
periósteo, osso cortical superficial, meniscos articulares, músculo fibrosado, bainhas tendinosas, 
grandes raízes nervosas e interfaces intermunsculares são preferencialmente aquecidas. Portanto, 
é importante que o terapeuta tenha conhecimento das estruturas que se situam entre a fonte do 
ultrassom e o tecido lesionado, e também além desse tecido.
O calor é dissipado, tanto pela difusão térmica como pelo fluxo sanguíneo, e, por isso, esse também 
se torna um fator importante a ser observado. Quanto mais vascularizado o tecido maior a absorção 
de calor. Devido a essa teoria, podemos dizer que o modo pulsado preconiza efeitos não térmicos e 
o modo contínuo possui ambos os efeitos.
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INTRODUÇÃO À ONDA MECÂNICA │ UNIDADE II
 » Efeitos não térmicos
O efeito de cavitação ligado a vibração das moléculas é o efeito não térmico mais conhecido dessa 
onda. Esse efeito é caracterizado pela formação de bolhas nos líquidos, o que pode ser útil ou 
perigoso. Ele pode ser lesivo devido à exposição contínua e de alta intensidade da onda no tecido, 
o que pode ser evitado quando diminuída a continuidade e/ou a intensidade da onda. Esse efeito 
se torna importante por realizar a vibração das moléculas, que vão sintetizar estimular ou inibir 
substâncias. Quando o ultrassom é utilizado para fins estéticos esse efeito também pode destruir 
moléculas.
Agentes e métodos de acoplamento
As ondas de ultrassom não podem atravessar o ar, portanto deve ser utilizado um agente de 
acoplamento para permitir que as ondas passem do transdutor para os tecidos.
O transdutor é colocado diretamente sobre a pele, junto com um gel que serve para excluir o ar entre 
a pele e a fonte sonora.
Os géis acopladores consistem de água destilada e um material inerte e não refletor, que aumenta a 
viscosidade da mistura.
Fonoforese
É a habilidade do ultrassom em incrementar a penetração de agentes farmacologicamente ativos 
através da pele. Há várias evidências de que o ultrassom possa promover a penetração de substâncias 
químicas, uma vez que o feixe ultrassônico é capaz de alterar os potenciais de membrana. O aumento 
da permeabilidade de membrana promovida pelo ultrassom é o fator que torna possível a maior 
penetração de fármacos no organismo.
Existem várias vantagens na utilização dessa modalidade de tratamento, entre elas a ação localizada 
da droga, com a consequente ausência de efeitos colaterais decorrente de ações sistêmicas. Outra 
vantagem dessa forma de tratamento é a somatória dos efeitos inerentes ao ultrassom associados 
aos efeitos da droga. A técnica apresenta ainda a vantagem de que o medicamento a ser introduzido 
não necessita ter carga elétrica, isto é, ser polarizado. A utilização da onda ultrassônica para a 
penetração de drogas através da pele pressupõe a utilização do pulso contínuo.
Contudo poucos produtos apresentam as características apropriadas para a fonoforese, sendo os 
géis o tipo mais apropriado de formulação para essa terapia. Na estética a fonoforese é utilizada 
principalmente com enzimas de difusão. Nesse caso a dose dever ser cuidadosamente selecionada, 
uma vez que as enzimas se desnaturam em temperaturas acima do limite suportável.
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CAPÍTULO 2
Ondas mecânicas usadas na estética
O ultrassom mais comumente usado na estética é o que trabalha com frequência em torno de 3 
MHz, e com intensidades variando entre 0,5 e 5 w/cm². Contudo, cada vez mais, novos parâmetros 
vêm sendo lançados no mercado, entre eles o MANTHUS.
Inicialmente, precisamos entender que MANTHUS é um nome comercial de uma tecnologia baseada 
em ondas mecânicas (ultrassom) que não se baseia apenas na onda ultrasônica, como eles, existem 
outros no mercado. 
Recentemente, pesquisadores israelenses criaram uma técnica de lipoescultura por ultrassom, a 
lipo ultrassônica, que elimina gordura localizada, sem cirurgia e sem a necessidade de suar a camisa. 
A onda ultrassônica também é utilizada para tratamento de celulite, pós lipoaspiração e pós-parto.
Podemos nos perguntar por que criar um aparelho de lipoescultura baseado 
em ondas ultrassônicas, se já existe no mercado aparelhos de ultrassom usados 
especificamente na estética como vimos acima.
A grande diferença são os parâmetros do ultrassom de lipoescultura, que se diferencia por se tratar de 
um aparelho de alta intensidade, atingindo as células de gordura com mais potência. A intensidade 
é em torno de 45watts, a energia é liberada em pulsos, portanto, não existe elevação significante 
de temperatura. O mais importante é o efeito mecânico, de cavitação, que permite que as células 
adiposas dentro da área tratada sejam destruídas. Os parâmetros predefinidos do MANTHUS levam 
a seletividade do tecido. Somente o tecido adiposo é destruído, enquanto os tecidos adjacentes, 
incluindo os vasos sanguíneos, nervos e tecidos conectivos permanecem inalterados (figura 15). É 
extremamente importante ressaltar isso, pois assim, toma-se consciência do perigo de se aplicar 
qualquer corrente sem o seu conhecimento profundo, e, ainda, mais importante de se utilizar de 
técnicas ainda não testadas, ou não aprovadas pela ANVISA.
A quebra da gordura pelo ultrassom é um método físico e envolve diferenças de meio, sendo a 
cavitação a responsável pela quebra dessa gordura, que é eliminada pelo sistema linfático, não 
trazendo riscos de aumento de gordura no sangue.
Figura 15. Sequência da onda mecânica no tecido de gordura
Fonte: Informativo da HV Comércio, Importação e Exportação - Ano IV - Nº 14 - agosto a outubro/08
43
INTRODUÇÃO À ONDA MECÂNICA │ UNIDADE II
Em geral, são realizadas três seções por semana de 20min cada, com intervalo de 1 dia entre elas. 
Depois de 15 a 20 seções consecutivas é importante um intervalo de 15 a 30 dias, visto que, depois de 
um pequeno intervalo, os resultados que estavam num processo de acomodação voltam a responder 
novamente, além de o organismo poder dar conta de eliminar toda a gordura liberada.
A dosimetria deve respeitar os índices de atenuação, portanto, devem ser tais que o tecido a ser 
tratado receba no mínimo uma dose de 0,7W/cm2. Como a cada 1,5cm de gordura há uma atenuação 
de 50% na intensidade, para tratar uma camada de 1,5 cm de modo que toda a camada receba pelo 
menos 0,7W/cm2, devemos ajustar uma dose de 1,5W/cm2 e assim por diante.
O cabeçote não deve ficar parado sobre um mesmo local e também não deve ser movimentado muito 
rápido. O melhor procedimento é o movimento circular deslocado em uma velocidade de 1 a 2 cm/
segundo. Em áreas de trabalho extensas aconselhamos que seja dividida em quadrantes.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, acompanharam 164 pacientes e 
concluíram que uma sessão pode reduzir 2 centímetros do ponto tratado.
Essa técnica se destaca pela vantagem de não necessitar de internações, ser indolor, não invasiva e 
efetiva. Qualquer região do corpo onde há acúmulo de gordura localizada, como abdômen, flancos, 
braços, coxas, costas, pode ser tratada.
Porém, existem algumas observações a serem feitas: primeiramente, ao contrário do que muitos 
pacientes imaginam, ninguém sai da clínica com o corpo imediatamente remodelado, é preciso 
dar tempo ao tempo; além disso, é necessário ressaltar que nem toda a gordura lançada para a 
circulação é eliminada, pois sabemos que fisiologicamente a única maneira de se eliminar gordura 
acumulada é através da atividade física. Lógico que toda a gordura jogada na circulação tem dois 
caminhos, ou é armazenada, através da formação de “pneuzinhos” indesejáveis, ou é eliminada pela 
urina, processo feito pelo nosso organismo, conforme ele acredite ser necessário, devido a inúmeros 
fatores internos e externos. Aqui o importante é saber que aquela gordura que estava acumulada, 
e que, através de ondas ultrassônicas será lançada a circulação, pode também voltar a acumular. 
Fala-se que isso não é comum. No entanto esse efeito ainda não foi profundamente estudado, nos 
fazendo entender o porquêde ser fundamental a atividade física. Portanto, um bom profissional da 
área da saúde tem o dever de saber que o uso da tecnologia é um importante complemento para a 
beleza e o bem-estar do cliente, porém em momento algum substitui a atividade física e ele tem a 
obrigação de informar isso ao seu paciente.
O ultrassom pode ser aplicado junto a uma técnica conhecida como hidrolipoclasia (aplicação de soro 
fisiológico), conseguindo um resultado ainda melhor e mais rápido. A célula de gordura (adipócito) 
ao absorver o soro, fica maior, com mais volume, facilitando a sua quebra pelas ondas provocadas 
pelo ultrassom, proporcionando uma maior quebra de células de gordura e consequentemente um 
melhor resultado do que apenas o ultrassom isolado. Porém nunca podemos esquecer que para uso 
dessa técnica é necessário o auxílio de um médico, pois, por se tratar de uma técnica invasiva não é 
permitido ser realizada por profissionais não médicos.
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UNIDADE II │ INTRODUÇÃO À ONDA MECÂNICA
MANTHUS
Vamos falar especificamente do MANTHUS, por ser hoje um equipamento muito conhecido do 
público, mas deixando claro a existências de outros aparelhos que também trabalham com ondas 
ultrassônicas para eliminar gordura localizada.
O MANTHUS é um aparelho que emite ultrassom de alta potência (45 watts), com frequência de 
3MHz, associado às correntes estéreo-dinâmicas. O cabeçote Tripolar gera ultrassom e correntes 
estéreo-dinâmicas ao mesmo tempo. 
As correntes estéreo-dinâmicas são consideradas polarizadas.
 » Técnicas de utilização
 a) Sonophasys – RT
Quanto se utiliza o MANTHUS temos a ação da corrente estéreo-dinâmica que circula entre os três 
polos do cabeçote, sem um eletrodo dispersivo, levando a ativação do sistema linfático e a ação da 
onda mecânica, levando efeitos de cavitação e com isso destruição da gordura.
 b) Phono – Ionto – Poração
A fonoforese e a iontoforese são os nomes que se dá para o uso da onda mecânica e da corrente 
polarizada, respectivamente, junto a fármacos em creme ou géis. 
As melanges são géis constituídos basicamente por um veículo de acoplamento acústico e elétrico, 
permeantes químicos, surfactantes e princípios ativos específicos similares aos utilizados na 
Mesoterapia Clássica. Elas podem ser positivas ou negativas. As utilizadas na clínica são: a 
lipolítica e a lipocell, em que ambas têm a função de ativar o sistema linfático, a microcirculação. 
A lipolítica tem ação desintoxicante melhorando o quadro de gordura localizada, e a lipocell inibe o 
desenvolvimento da celulite.
É importante saber se o produto (melange) é de carga positiva ou negativa, pois o cabeçote do 
utrassom, que também conduz corrente estéreo-dinâmica deverá estar com uma polaridade igual 
ao do produto. Isso é importante com base na teoria de que os “opostos se atraem” e os “iguais se 
repelem”. Exemplificando: se a melange é positiva o cabeçote é polarizado positivamente, assim o 
aparelho realizará efeito de fonoforese e iontoforese ao mesmo tempo. Para que ocorra o circuito 
elétrico da corrente estéreo-dinâmica que estará liberando energia elétrica, existe um eletrodo 
positivo dispersivo.
 c) Endophasys – RT
Utilização apenas da ação da corrente estéreo-dinâmica, o MANTHUS tem 3 canais de saída 
para essa corrente. Nessa técnica usam-se eletrodos convencionais, com polo positivo e negativo 
predefinido. Utilizada para fins analgésicos, principalmente em pré-procedimentos invasivos.
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INTRODUÇÃO À ONDA MECÂNICA │ UNIDADE II
Na figura 16 podem-se observar todas as funções do MANTHUS.
 » Contraindicações:
 › gravidez, ou mulheres em fase de amamentação;
 › infecções locais;
 › áreas com circulação inadequada;
 › marca-passo;
 › diabetes;
 › hipertensão não compensada;
 › pacientes com doenças de pele;
 › processos tumorais.
É importante entender como a corrente elétrica polarizada realiza analgesia, para 
isso, aprofunde-se sobre o assunto.
A terapia combinada do MANTHUS associa os eficientes efeitos do ultrassom, 
na quebra da gordura localizada, com uma corrente estéreo-dinâmica para a 
ativação do sistema linfático. Por isso, esse aparelho é utilizado para realização de 
mini-lipoaspiração não invasiva; aplicação prévia nos procedimentos de cirurgias 
plásticas; tratamentos pós-cirurgicos; abrandamento e tratamento de aderências; 
tratamentos com fonoforese e iontoforese.
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UNIDADE II │ INTRODUÇÃO À ONDA MECÂNICA
AMBIENTE GRÁFICO
Figura 16. Desenho esquemático das funções do Manthus
SONOPHASYA - RT
(Ultrassom + Correntess Esteréodinâmicas). 
Lipolise + Ativação do Sistema Neurovegetativo, 
este módulo não utiliza eletrodos dispersivos, as 
correntes estéreo dinâmicas circularão entre os 
três pólos do cabeçote.
 SOFTWARE 
O MANTFUS utiliza uma interface gráfica amigável 
com três módulos de programação em que doses, 
ajustes e parâmetros são totalmente controlados 
por meio das teclas do cabeçote.
Características
Equipamento computadorizados; Ultrassom de 
3MHz com potência real de 45 Watts; Correntes 
polarizadas e despolarizadas; Monitoração 
de temperaturas; Ajustes total dos comandos 
pelo cabeçote; Contínuo e Pulsado; Voltagem 
automática 110/220v; Dimensão Aparelho 50,3cm 
x 38,2cm x 56com (CxLxA) Peso 15kg e Monitor 
50,3cm x 30,2cm x 56cm (CxLxA) 15kg; Rack 57cm 
x 51cm x 96 cm(CxLxA) 30kg
PHONO-IONTO-PORAÇÃO
(Ultrasson + Correntes Polarizadas), Ultrassom 
+ Iontoforese, este módulo coloca-se o eletrodo 
dispersivo para fazer Terapia Combinada.
ENDOPHASYS-RT
Este módulo permite a aplicação exclusiva de 
correntes, com três canais de saída de corrente que 
podem ser utilizados para fins analgésicos
Indicado para eletro-massagem e pré-
procedimento invasiuvos (Intradermoterapia).
Fonte: http://www.kld.com.br/manthus_stand.php
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UNIDADE IIIINTRODUÇÃO AO
RAIO DE LUZ
CAPÍTULO 1
Laser
Para entendermos o raio de luz é preciso lembrar que a luz é formada por fótons. O elétron é uma carga 
negativa que circunda o núcleo de um átomo carregado positivamente. Esses elétrons são mantidos 
por forças de atração. Se a eles for fornecida energia suficiente, eles abandonarão as suas órbitas. 
Em um laser, o material gerador, seja HeNe, Diodo, Co2 é “bombardeado” para que os átomos 
entrem em um estado excitado. De maneira geral, flashes de luz muito intensos ou descargas 
elétricas “bombardeiam” o material gerador e criam um grande conjunto de átomos em estado 
excitado (átomos com elétrons de energia mais alta).
Assim que o material gerador é bombardeado, ele passa a conter um grupo de átomos com alguns 
elétrons localizados em níveis excitados. Os elétrons excitados têm mais energia que os elétrons 
mais “relaxados”. Assim como o elétron absorveu uma quantidade de energia para atingir o estado 
excitado, ele também pode liberar essa energia. Como a figura abaixo ilustra, o elétron pode 
simplesmente ‘relaxar” e livrar-se de uma parte desta energia. Essa energia emitida surge na 
forma de fótons (energia luminosa) (figura 17).
Figura 17. Esquema da liberação de fóton pela movimentação de elétrons
http://ciencia.hsw.uol.com.br/laser3.htm
Os átomos absorvem e emitem luz unicamente se puderem passar de um estado de energia para 
outro. 
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UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO RAIO DE LUZ
A absorção de luz ocorre quando os fótons emitidos são absorvidos pelo organismo. É através 
desse mecanismo que a célula do organismo é instigada pela luz a sintetizar, estimular e/ou inibir 
substâncias para fins terapêuticos.
O laser é uma abreviação da expressão inglesa Light Amplification by Stimulated Emission of 
Radiation, que significa amplificação da luz por emissão estimulada da radiação. 
É uma emissão de luz monocromática, coerente, com grande concentração de energia, capaz de 
provocar alterações físicas e biológicas. É um recurso da fototerapia que vem sendo utilizado pelos 
profissionais da saúde, por produzir um efeito anti-inflamatório, analgésico, estimulador celular, 
modulador do tecido conjuntivo na regeneração

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